Modernidade, Lazer e Entretenimento. A produção acadêmica sobre lazer e entretenimento
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- Theodoro Castel-Branco Beltrão
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1 Modernidade, Lazer e Entretenimento A produção acadêmica sobre lazer e entretenimento
2 Problematização Quais as possíveis relações entre a produção acadêmica sobre lazer e entretenimento e sua valorização como atividade social? O que o fato do pioneirismo europeu e americano na produção acadêmica sobre lazer e entretenimento pode nos revelar?
3 Histórico da produção acadêmica dos estudos do lazer É preciso, para entender o fenômeno, equacionar espaço e tempo: As características sociais e econômicas do lugar da produção acadêmica, Assim como as características de sua conjuntura histórica, Explicam a diferença entre a produção européia/americana e a brasileira.
4 Análise da conjuntura sóciohistórica da produção acadêmica Como hipótese inicial, podemos afirmar que há relação entre modernidade e lazer/entretenimento. Essa relação é cartesiana, em que a causa é a modernidade e a consequência é a valorização como atividade social do lazer/entretenimento.
5 A Modernidade: A Modernidade Período histórico pós Revolução Industrial ( ), Que tem suas características vinculadas às necessidades ou consequências da Revolução Industrial.
6 A Revolução Industrial Qual o fator desencadeador da Revolução Industrial? Artesanato X Indústria: o processo produtivo, o saber. A introdução da máquina na indústria, A indústria passou de manual para mecanizada.
7 Consequências da Revolução Industrial O novo ritmo da vida A desumanização do Homem A rebelião das classes trabalhadoras Redução da jornada de trabalho
8 O novo ritmo da vida A civilização da velocidade: indícios nossa paixão pela velocidade? A máquina como padrão para o ritmo da vida. O Homem passou ter a vida determinada e controlada pelo relógio: das torres das igrejas à miniaturização. Somos acessórios dos relógios.
9 A desumanização do Homem Karl Marx, A Maquinaria e a Indústria Moderna (In: O Capital) A revolução industrial desumanizou o Homem, transformando-o em peça da máquina. O Homem deve ser facilmente substituído como uma peça: Mais Valia: lucro e riqueza baseados na exploração da mão-de-obra. Tempos Modernos de Charles Chaplin e Metrópoles de Fritz Lang
10 A rebelião das classes trabalhadoras Organização dos Sindicatos como resistência: Melhores salários, diminuição das jornadas de trabalho, DSR, Férias... Participação em diversas revoluções como a Francesa e a Russa.
11 A redução da jornada de trabalho Ao longo dos séculos XIX e XX as jornadas de trabalho foram reduzidas por: Pressões dos trabalhadores e Novas teorias de administração, como o Taylorismo: Baseados na fadiga humana. A consequência foi o aumento do tempo de nãotrabalho, que Potencializou o fenômeno lazer/entretenimento
12 Histórico da produção acadêmica sobre lazer/entretenimento Paul Lafargue (FRA, 1880): O Direito à Preguiça Thorstein Veblen (EUA) em 1899 com a Teoria da classe ociosa: ócio conspícuo Bertrand Russel (Gales) em 1932 com Elogio ao Lazer Jhoan Huizinga (HOL) em 1938 com Homo Ludens
13 Histórico da produção acadêmica sobre lazer/entretenimento Pós Segunda Guerra Mundial: David Reisman (EUA, 1950): A multidão solitária Georges Friedmann (FRA, 1956): O trabalho em migalhas Wright Mills (EUA, 1951): A nova classe média. Nas últimas quatro décadas: Stanley Parker, Kaplan, Grazzia, Fourastié Joffre Dumazedier (FRA, 1974): Lazer e cultura popular e Conteúdos culturais do lazer. Domenico De Masi (ITA, 2000): O ócio criativo.
14 Histórico da produção acadêmica sobre lazer/entretenimento no Brasil O Brasil está atrasado uns 50 anos em relação a Europa Na Europa o tema está vinculado ao processo industrial, Aqui no Brasil também, contudo com mais ênfase à urbanização e a vida nas grandes cidades pós-década de 1930: Enfocam a questão do trabalho, o império da moral cristã do trabalho. Autores como Alceu Amoroso Lima, Gilberto Freire estudaram o ócio, o não-trabalho e outras perspectivas abertas pela automação. Lazer Operário: Um estudo de organização social das cidades foi o primeiro estudo brasileiro, escrito por Jose Acácio Ferreira em 1959 em Salvador.
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