IPI ISS - DF LEGISLAÇÃO - DF ITCD - GO ICMS - TO ANO XXI ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2010 BOLETIM INFORMARE Nº 42/2010
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- Cacilda Campos Zagalo
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1 ANO XXI ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2010 BOLETIM INFORMARE Nº 42/2010 IPI IMUNIDADE DO IPI - ATUALIZAÇÃO RIPI/2010 Imunidade - Normas e Requisitos Especiais - Destinação Diversa ao Produto... ISS - DF CONSTRUÇÃO CIVIL - CÁLCULO Introdução - Construção Civil/Conceito - Materiais Incorporados à Construção e Deduções Concedidas - Base de Cálculo do Imposto - Apuração do Imposto - Lista de Serviços/Anexo I do RISS/DF - Como Calcular o ISS no Serviço de Construção Civil... LEGISLAÇÃO - DF Pág. 434 Pág. 434 Decreto nº , de (DODF de ) - ICMS - FUNGER - Alterações... ITCD - GO Pág. 431 ITCD - INTERVIVOS - DOAÇÃO Introdução - Base de Cálculo - Alíquotas - Benefícios Fiscais - Prazo de Pagamento - Penalidades... ICMS - TO CST - CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA - INDICAÇÃO EM DOCUMENTO FISCAL Introdução - Indicação do CST Nos Documentos Fiscais - Aplicação da Tabela - Composição do CST - Regras de Utilização - SIMPLES NACIONAL - Operações Normais - Operações Com Substituição Tributária - Contribuinte Substituto Tributário - Contribuinte Substituído - Combinações Possíveis do Código de Situação Tributária... Pág. 431 Pág. 429
2 OUTUBRO - Nº 42/2010 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - DF/GO/TO IPI IMUNIDADE DO IPI Atualização RIPI/2010 d) a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. Sumário 1. Imunidade 2. Normas e Requisitos Especiais 3. Destinação Diversa ao Produto 1. IMUNIDADE São imunes da incidência do imposto: a) os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão; Notas: 1) De acordo com o Ato Declaratório (Normativo) CST nº 46/1988, a imunidade alcança todo e qualquer tipo de papel, desde que destinado à impressão de livros, jornais ou periódicos. 2) Nos termos da Instrução Normativa SRF nº 20/1989, tem-se como não tributados, na importação, os livros, stricto sensu, das posições 4901, 4903, 4904 e 4905 da NBM/SH, em relação ao II/IPI, não obstante constar da TAB/88, alíquota ad valorem. Não descaracteriza o livro, para esse efeito, o recurso gráfico utilizado. Não estão abrangidos pelo referido tratamento os produtos que, pelo material neles empregados, ou pelos entalhes ou incrustações, evidenciem estar nestes o seu maior valor. b) os produtos industrializados destinados ao Exterior; c) o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; ISS - DF Sumário CONSTRUÇÃO CIVIL Cálculo 1. Introdução 2. Construção Civil - Conceito 3. Materiais Incorporados à Construção e Deduções Concedidas 4. Base de Cálculo do Imposto 5. Apuração do Imposto 6. Lista de Serviços - Anexo I do RISS/DF 7. Como Calcular o ISS no Serviço de Construção Civil 1. INTRODUÇÃO A matéria a seguir transcrita dispõe sobre o ISS no 2. NORMAS E REQUISITOS ESPECIAIS A Secretaria da Receita Federal poderá estabelecer normas e requisitos especiais a serem observados pelas firmas ou estabelecimentos que realizarem operações com o papel referido na letra a, bem assim para a comprovação da exportação, inclusive quanto ao trânsito, dentro do Território Nacional, do produto a ser exportado. Na hipótese de exportação, a destinação do produto ao Exterior será comprovada com a sua saída do País. Para fins do disposto na letra d do item 1, entende-se como derivados do petróleo os produtos decorrentes da transformação do petróleo, por meio de conjunto de processos genericamente denominados refino ou refinação, classificados quimicamente como hidrocarbonetos. 3. DESTINAÇÃO DIVERSA AO PRODUTO Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a este for dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade não existisse. Cessará a imunidade do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos quando este for consumido ou utilizado em finalidade diversa da prevista na letra a do item 1, ou encontrado em poder de pessoa que não seja fabricante, importador, ou seus estabelecimentos distribuidores, bem assim que não sejam empresas jornalísticas ou editoras. Fundamentos Legais: Arts. 18, 19 e 20 do RIPI/2010. serviço de construção civil e como calcular o imposto quando há retenção do mesmo no Distrito Federal. 2. CONSTRUÇÃO CIVIL - CONCEITO Para fins de incidência do imposto, são definidos como obras e serviços de construção civil: a) obras de edificação, incluindo a construção ou a montagem de edificações destinadas à habitação, instalação industrial ou comercial, bem como construção de estradas, pontes, viadutos, ancoradouros, barragens, portos, logradouros públicos e outras obras de urbanismo; b) obras de terra, inclusive sondagens, escavações, fundações, barragens, aterros, túneis, terraplanagem e 434
3 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - DF/GO/TO pavimentação; c) obras hidráulicas destinadas ao direcionamento, emprego e aproveitamento de líquidos, inclusive a perfuração de poços, drenagem e irrigação; d) obras de instalações elétricas, telefônicas, de telecomunicações e radiodifusão, de gás e de redes lógicas; e) reparação, conservação e reforma de bens imóveis relacionados nas letras anteriores; f) instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos que não tenham funcionamento isolado do imóvel. Para fins do disposto acima, considera-se também: a) reparação: a obra de pequena monta que, sem alterar a estrutura da construção, restaura os defeitos trazidos pelo tempo ou pelo uso; b) conservação: a obra de pequeno porte de preservação da construção, evitando que esta se deteriore, sendo mantida em bom estado; c) reforma: a obra de maior porte que abrange a reparação e a conservação, como também a ampliação ou a adequação da construção para uma nova finalidade. Consideram-se, ainda, obras de construção civil ou reforma as referidas no item 5, nºs 7.02 e 7.05, da lista de serviços do Anexo I do Decreto nº /2005, e os serviços que, incorporados à construção, requeiram, por si só, registro de projeto e anotação de responsabilidade técnica junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA. 3. MATERIAIS INCORPORADOS À CONSTRUÇÃO E DEDUÇÕES CONCEDIDAS Consideram-se incorporados à construção os serviços que, nela mesma executados, consistam na materialização física de algo que dela não se possa apartar ou desprender, sem dano, desintegração ou destruição à própria construção ou a si mesmo. Na prestação dos serviços referidos no item 5, dos subitens 7.02 e 7.05, da lista do Anexo I do Decreto nº /2005, deduzir-se-á da base de cálculo do imposto o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços. O disposto acima aplica-se, também, à prestação do serviço na modalidade de subempreitada. A dedução do valor dos materiais fornecidos na base de cálculo do imposto fica condicionada à comprovação por meio das Notas Fiscais de aquisição ou de remessa do material fornecido, com a indicação do endereço da obra pelo emitente da Nota Fiscal. A dedução do valor dos materiais fornecidos somente poderá ser feita quando estes se incorporarem diretamente OUTUBRO - Nº 42/2010 à obra, perdendo sua identidade física no ato da incorporação, e a data da emissão da Nota Fiscal dos materiais se referirem ao mesmo período da medição ou conclusão da etapa. A dedução a que nos referimos anteriormente fica limitada ao valor total da Nota Fiscal de serviços emitida para a respectiva etapa ou medição. 4. BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO Incluem-se na base de cálculo, ainda que os serviços mencionados sejam executados por administração: a) os valores recebidos para pagamento de salários dos empregados da obra, contratados pelo prestador de serviços, bem como os destinados ao pagamento dos respectivos encargos trabalhistas e previdenciários, inclusive para pagamento de obrigações legais do prestador, mesmo que tais recebimentos sejam feitos a título de reembolso ou provisão, sem qualquer vantagem financeira para este; b) o valor da locação de máquinas, motores e equipamentos, quando este estiver englobado no preço do contrato, sem destaque. O prestador deverá efetuar a apuração do imposto no mês em que o tomador realizar o pagamento do serviço ou de parcela do serviço, com a retenção do imposto. 5. APURAÇÃO DO IMPOSTO Na apuração do imposto a que se refere o item anterior, observar-se-á: a) a base de cálculo será obtida na forma transcrita acima; b) sobre a base de cálculo aplicar-se-á a alíquota prevista na Legislação; c) do resultado obtido na letra anterior deduzir-se-á o valor do imposto retido. A diferença do imposto devido, se houver, deverá ser recolhida conforme calendário-fiscal. A diferença a maior entre o valor retido e o valor apurado pelo prestador do serviço poderá ser compensada. O procedimento de compensação deverá ser escriturado no campo Observações do livro Registro de Serviços Prestados. 6. LISTA DE SERVIÇOS - ANEXO I DO RISS/DF Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, 433
4 OUTUBRO - Nº 42/2010 de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia Demolição Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres Calafetação Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização, higienização, desratização, pulverização e congêneres (Vetado na Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003) (Vetado na Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003) Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - DF/GO/TO concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos minerais Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres. 7. COMO CALCULAR O ISS NO SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO CIVIL Para os serviços descritos nos subitens 7.02 e 7.05 da lista do Anexo I do Decreto nº /2005, parte do imposto será pago pelo tomador do serviço e parte pelo prestador, da seguinte forma: a) o tomador do serviço efetua a retenção de 1% (um por cento) sobre o valor total do serviço; b) o prestador do serviço calcula o imposto próprio e deduz o valor retido. Da retenção a ser efetuada pelo tomador do serviço O tomador do serviço deverá efetuar a retenção de 1% (um por cento) sobre o preço do serviço, sem qualquer dedução, no caso de contratar os serviços descritos nos subitens 7.02 e 7.05 da lista do Anexo I, conforme dispõe o 11 do artigo 8º do Decreto nº /2005. Exemplo: Valor total cobrado pelo serviço (incluído o material utilizado na obra) = R$ 1.000,00 Valor da retenção: R$ 1.000,00 x 1% = R$ 10,00 Do cálculo do imposto do prestador do serviço Para o cálculo do imposto próprio, o prestador do serviço irá: a) determinar a alíquota prevista para o serviço; b) deduzir o valor do material fornecido na execução do serviço; c) aplicar a alíquota sobre o valor do serviço deduzido do material; d) deduzir o valor retido (para os serviços relacionados nos subitens 7.02 e 7.05) do valor resultante da aplicação da alíquota sobre o valor do serviço Do cálculo do imposto pelo prestador do serviço O prestador do serviço aplicará a alíquota de 2% (dois por cento) sobre os serviços relacionados nos subitens 7.02, 7.03, 7.04, 7.05, 7.17 e 7.19 da lista do Anexo I (Artigo 38, inciso I, alínea g, do Decreto nº /2005). Dedução do material fornecido O artigo 45 do RISS dispõe que para os serviços relacionados nos subitens 7.02 e 7.05 da lista do Anexo I, deduzir-se-á da base de cálculo do imposto o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços. 432
5 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - DF/GO/TO OUTUBRO - Nº 42/2010 Exemplo: Valor total da prestação de serviço de R$ 1.000,00, sendo que R$ 400,00 se referem a material aplicado. A base de cálculo será: R$ 1.000,00 - R$ 400,00 = R$ 600,00 Aplicação da alíquota sobre o valor do serviço, deduzido o material utilizado: Base de Cálculo = R$ 600,00. Aplicação da alíquota: R$ 600,00 x 2% = R$ 12,00 Dedução do valor retido Valor apurado acima - valor retido = valor devido R$ 12,00 - R$ 10,00 = R$ 2,00 Valor devido pelo prestador do serviço: R$ 2,00 Fundamentos Legais: Arts. 38 ao 47 e Anexo I do Decreto nº /2005. LEGISLAÇÃO - DF ICMS FUNGER - ALTERAÇÕES DECRETO Nº , de (DODF de ) Altera dispositivos do Decreto nº , de 11 de abril de 2005, que Regulamenta a Lei Complementar nº 704, de 18 de janeiro de 2005, que cria o Fundo para a Geração de Emprego e Renda do Distrito Federal, altera o 2º do artigo 25, da Lei nº 3.196, de 29 de setembro de 2003 e dá outras providências. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, decreta: Art. 1º - O artigo 11, do Decreto nº , de 11 de abril de 2005, passa a vigora com a seguinte redação: Art A Secretaria de Estado de Trabalho do Distrito Federal, firmará Termo de Cooperação Técnica, Convênio ou Contrato com o agente financeiro do Governo do Distrito Federal, com vistas à operacionalização dos empréstimos e financiamentos concedidos com recursos do FUNGER/DF. Art. 2º - Os incisos II e VI do artigo 12, do Decreto nº , de 11 de abril de 2005, passam a vigorar com as seguintes redações: II - pagar aos fornecedores dos bens a serem adquiridos pelos contratantes, nos casos de financiamento para investimento fixo ou semi fixo, por meio de cheque administrativo ou outras formas de pagamento estabelecidas a critério do Conselho de Administração do FUNGER/DF; VI - efetivar os aditivos contratuais referentes às renegociações e parcelamentos de dívidas com o FUNGER/DF, de acordo com as regras aprovadas pelo Conselho de Administração do Fundo; Art. 3º - O artigo 13, do Decreto nº , de 11 de abril de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação: Art O agente financeiro do Governo do Distrito Federal será remunerado pelo Fundo parageração de Emprego e Renda - FUNGER/ DF, a título de cobertura dos custos operacionais relativos aos empréstimos e financiamentos, e à manutenção do software gerenciador dos recursos do FUNGER/DF. Parágrafo único - A remuneração será aprovada pelo Conselho de Administração do FUNGER/DF e revista a cada renovação do instrumento contratual firmado entre a Secretaria de Estado de Trabalho do Distrito Federal e o agente financeiro. Art. 4º - O inciso III, do artigo 15, do Decreto nº , de 11 de abril de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação: III - proceder a inscrição dos inadimplentes do FUNGER/DF na dívida ativa da Fazenda Pública do Distrito Federal; Art. 5º - Ficam revogados os incisos VII e VIII do artigo 12, o inciso X do artigo 15 e a alínea c do inciso II do artigo 16, todos do Decreto nº , de 11 de abril de Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 05 de outubro de 2010; 122º da República e 51º de Brasília Rogério Schumann Rosso ITCD - GO Sumário 1. Introdução 2. Base de Cálculo 3. Alíquotas 4. Benefícios Fiscais 5. Prazo de Pagamento ITCD Intervivos - Doação 6. Penalidades 1. INTRODUÇÃO O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCD - incide sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. Doação é qualquer ato ou fato em que o doador, por 431
6 OUTUBRO - Nº 42/2010 liberalidade, transmite bem, vantagem ou direito de seu patrimônio ao donatário que o aceita expressa, tácita ou presumidamente. A incidência do imposto alcança a doação, cujo doador tenha domicílio no Estado de Goiás, ou quando nele se processar o inventário relativo a bem móvel, direito, título e crédito. Contribuinte do ITCD é o donatário (indivíduo que recebeu a doação); 2. BASE DE CÁLCULO A base de cálculo do ITCD é o valor venal do bem e do direito a ele relativo, do título ou do crédito transmitido ou doado. Devem ser deduzidos da base de cálculo do ITCD o passivo patrimonial formado, em relação a bem, título, crédito ou direito, até a abertura da sucessão e as dívidas do espólio previstas no art. 965 do Código Civil. Não se inclui na avaliação do imóvel o valor da construção nele executada pelo donatário ou de novas aquisições que lhe ajuntar, posteriormente à transmissão, e comprovada mediante exibição, ao funcionário ou órgão responsável pela avaliação, dos seguintes documentos: a) Alvará de licença para construção; b) Nota Fiscal do material adquirido para a construção; c) Certidão de regularidade de situação da obra, fornecida pela Previdência Social da União; d) Termo de Habite-se, fornecido pela Prefeitura do Município onde se situar o imóvel; e) Documentação que comprove o fato, no caso de se juntar ao imóvel novas aquisições. Na hipótese de sucessivas doações entre o mesmo doador e o mesmo donatário, devem ser consideradas todas as transmissões realizadas a esse título, nos últimos 12 (doze) meses, devendo o imposto ser recalculado a cada nova doação, adicionando-se à base de cálculo os valores dos bens anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores dos impostos já recolhidos. 3. ALÍQUOTAS As alíquotas do ITCD são: a) 2% (dois por cento), quando a base de cálculo for igual ou inferior a R$ ,00 (vinte e cinco mil reais); b) 3% (três por cento), quando a base de cálculo for superior a R$ ,00 (vinte e cinco mil reais) e inferior a R$ ,00 (cento e dez mil reais); c) 4% (quatro por cento), quando a base de cálculo for igual ou superior a R$ ,00 (cento e dez mil reais). A aplicação da alíquota deve ser feita sobre o valor venal do quinhão, parte, legado ou direito de cada herdeiro, legatário, donatário ou beneficiário. ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - DF/GO/TO 4. BENEFÍCIOS FISCAIS Isenção São isentos do pagamento do ITCD: a) o herdeiro, o legatário ou o donatário que houver sido aquinhoado com um bem imóvel: a.1) urbano, edificado, destinado à moradia própria ou de sua família, desde que, cumulativamente: a.1.1) o beneficiário não possua outro imóvel residencial; a.1.2) a doação, o legado ou a participação na herança limite-se a esse bem; a.1.3) o valor do bem seja igual ou inferior a R$ ,00 (vinte e cinco mil reais); a.2) rural, cuja área não ultrapasse o módulo da região; Obs: A isenção prevista é limitada a uma única transmissão realizada entre os mesmos transmitente e beneficiário ou recebedor de bem ou direito. b) o donatário de imóvel rural, doado pelo Poder Público com o objetivo de implantar programa de reforma agrária; c) o donatário de lote urbanizado, doado pelo Poder Público, para edificação de unidade habitacional destinada a sua própria moradia; d) o herdeiro, o legatário ou o donatário, quando o valor do bem ou direito transmitido ou doado for igual ou inferior a R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais). Não-incidência O ITCD não incide sobre a transmissão ou doação: a) em que figurem como adquirentes: a.1) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; a.2) templo de qualquer culto; a.3) partido político, inclusive suas fundações; a.4) entidade sindical de trabalhadores, instituição de educação e de assistência social, sem fins lucrativos; b) de livro, jornal, periódico e de papel destinado a sua impressão. O ITCD não incide, também: a) sobre a transmissão ou doação: a.1) em que o herdeiro, legatário ou donatário renuncie à herança, ao legado ou à doação, desde que feita sem ressalva ou condição, em benefício do monte, e não tenha o renunciante praticado qualquer ato que demonstre ter havido aceitação da herança, do legado ou da doação; 430
7 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - DF/GO/TO a.2) que corresponda a uma operação incluída no campo de incidência do ICMS. 5. PRAZO DE PAGAMENTO Na doação ou cessão não onerosa o pagamento do imposto deve ser feito em parcela única, no prazo até 20 (vinte) dias contados da data da ciência ao sujeito passivo da avaliação feita com base na Declaração do ITCD entregue no prazo estabelecido. No caso de doação ou cessão não onerosa de bem que dependa de instrumento público para se efetivar, o pagamento do imposto deve ocorrer antes da lavratura do respectivo instrumento. O Contribuinte do ITCD ao solicitar a emissão do DARE 2.1 do ITCD no setor próprio da Agência Fazendária - AFA, onde tenha ocorrido o ato ou negócio jurídico de doação, instituição, baixa ou renúncia de usufruto, deve apresentar os seguintes documentos: a) 3 (três) vias da Declaração do ITCD Intervivos, devidamente preenchidas preferencialmente por Serventuário do Cartório, com aposição de carimbo, quando o objeto de transmissão referir-se a bem imóvel ou pelo próprio Contribuinte, conforme previsto no art. 388 do RCTE, para os demais bens; b) 1 (uma) cópia, quando houver, de avaliação judicial de cuja data de sua realização tenha decorrido até 90 (noventa) dias; c) 1 (uma) cópia do talão de IPTU ou ITU do exercício corrente, ou, se ainda não disponibilizado pela Prefeitura da situação do imóvel, o do último exercício, especificamente da parte onde constar o valor venal do imóvel e 1 (uma) cópia do documento de propriedade (escritura devidamente registrada), quando se tratar de ICMS - TO CST - CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA Indicação em Documento Fiscal Sumário 1. Introdução 2. Indicação do CST Nos Documentos Fiscais 3. Aplicação da Tabela Composição do CST 4. Regras de Utilização 5. SIMPLES NACIONAL Operações Normais Operações Com Substituição Tributária Contribuinte Substituto Tributário Contribuinte Substituído 6. Combinações Possíveis do Código de Situação Tributária 1. INTRODUÇÃO O Código de Situação Tributária (CST), instituído através imóvel urbano; OUTUBRO - Nº 42/2010 d) 1 (uma) cópia da Declaração de Imposto Territorial Rural - ITR, do exercício corrente, ou, se ainda não homologada pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda - SRF-MF, a do último exercício e 1 (uma) cópia do documento de propriedade (escritura devidamente registrada), quando se tratar de imóvel rural; e) 1 (uma) cópia do documento de propriedade, quando se tratar de veículo automotor; f) 1 (uma) cópia do contrato social atualizado na respectiva Junta Comercial e 1 (uma) cópia dos 2 (dois) últimos balanços patrimoniais, devendo, no caso de inexistência de balanço, apresentar cópia do inventário de bens e direitos, quando se tratar de firma individual, ações ou quotas. 6. PENALIDADES As infrações relacionadas com o ITCD são punidas com as seguintes multas: a) de 10% (dez por cento) do imposto devido, pelo atraso na entrega da Declaração do ITCD Causa Mortis ou Intervivos, aumentada para 20% (vinte por cento) quando o atraso ultrapassar 60 (sessenta) dias; b) de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto devido, quando não pago no prazo legal; c) de 200% (duzentos por cento) do valor do imposto, na falta de seu pagamento em virtude de fraude, dolo, simulação ou falsificação; d) no valor de R$ 332,79 (trezentos e trinta e dois reais e setenta e nove centavos), pelo descumprimento de obrigação acessória, prevista no Regulamento. Fundamentos Legais: Arts. 372 ao 395 do Decreto nº 4.852/1997. do Convênio SINIEF s/nº/1970, juntamente com o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), visa aglutinar em grupos homogêneos nos documentos e livros fiscais, nas guias de informação e em todas as análises de dados, as operações e as prestações realizadas pelos contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). De acordo com o art. 5º do mencionado Convênio SINIEF s/nº/1970, os respectivos códigos devem ser interpretados de acordo com as Normas Explicativas, anexadas ao referido Convênio. Por tratar-se de norma conveniada proveniente do Sistema Integrado de Informações Econômico-Fiscais, os Estados e Distrito Federal obrigam-se a adaptar às suas Legislações as normas consubstanciadas no citado Convênio. 2. INDICAÇÃO DO CST NOS DOCUMENTOS FISCAIS Conforme art. 545 do RICMS/TO, aprovado pelo Decreto 429
8 OUTUBRO - Nº 42/2010 nº 2.912/2006, dentre outras informações, a Nota Fiscal deverá conter a indicação do Código de Situação Tributária (CST). Não há hipótese legal de dispensa de seu preenchimento, sendo, portanto, exigido a todos os contribuintes emitentes a Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A, e NF-e, modelo 55, em todas as operações. Observe-se, ainda, que ante a ausência de disposição normativa específica relativa à informação do CST nos documentos fiscais emitidos por contribuintes enquadrados no regime simplificado do ICMS, estes devem consignar o código correspondente à situação tributária da mercadoria, independentemente de seu recolhimento efetuarse por estimativa. 3. APLICAÇÃO DA TABELA Para preenchimento do quadro Dados do Produto da Nota Fiscal (modelos 1 ou 1-A) e NF-e (modelo 55), referente à coluna CST, o contribuinte deverá recorrer à Tabela A, que indica a origem da mercadoria ou serviço, e à Tabela B, que indica a tributação pelo ICMS, constantes na Seção I do Anexo 10 do RICMS/SC, conforme disposto no subitem 3.1 abaixo Composição do CST O CST é composto de 3 (três) dígitos, na forma ABB, em que o 1º dígito indica a origem da mercadoria ou serviço, com base na Tabela A, e os 2º e 3º dígitos a tributação pelo ICMS, com base na Tabela B, conforme segue: Tabela A - Origem da Mercadoria Tabela B - Tributação pelo ICMS 0. Nacional 00. Tributada integralmente 1. Estrangeira - Importação direta 10. Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 2. Estrangeira - Adquirida no 20. Com redução de base de cálculo mercado interno 30. Isenta ou não-tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 40. Isenta 41. Não tributada 50. Suspensão 51. Diferimento 60. ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária 70. Com redução da base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária 90. Outras 4. REGRAS DE UTILIZAÇÃO Na utilização dos CST devem ser observadas as seguintes regras básicas: a) nas operações sujeitas a mais de uma situação tributária constantes de uma mesma Nota Fiscal os valores relativos ao mesmo código devem ser subtotalizados; b) para escolha do CST correto, os contribuintes não devem considerar o tratamento fiscal do IPI que constar do respectivo documento fiscal. A análise para essa escolha deve limitar-se apenas ao tratamento do ICMS. É importante observar que o Código de Situação Tributária não é separado por ponto, traço ou barra. Ele é uma sequência de 3 (três) algarismos arábicos sem separação, uma combinação de 3 (três) dígitos, um ao lado do outro. 5. SIMPLES NACIONAL Em conformidade com a Nota Técnica nº 04/2009 de Projeto de Nota Fiscal Eletrônica, a NF-e emitida por Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - DF/GO/TO optante pelo SIMPLES NACIONAL deverá observar as disposições da Resolução CGSN nº 10, de 28 de junho de 2007, e alterações posteriores. Enquanto não forem implementados códigos específicos para identificar as operações realizadas por contribuinte optante pelo SIMPLES NACIONAL, sem prejuízo dos demais campos obrigatórios, a emissão da NF-e por estabelecimento de ME/EPP optante pelo referido regime deverá observar, para o preenchimento dos campos do documento fiscal, as recomendações desta Nota Técnica Operações Normais Emissão de NF-e em operação tributada normalmente pelo SIMPLES NACIONAL e com ou sem permissão de crédito de ICMS (Arts. 2ºA e 2ºB da Resolução CGSN nº 10/2007): a) informar no campo CST o valor 41 (não-tributada); b) informar a origem da mercadoria: 0, 1 ou Operações Com Substituição Tributária Contribuinte Substituto Tributário NF-e emitida por contribuinte na condição de Substituto Tributário (Art. 2º, 4º, da Resolução CGSN nº 10/2007): a) informar no campo CST o valor 30 (isenta ou nãotributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária); b) informar a origem da mercadoria: 0, 1 ou Contribuinte Substituído NF-e emitida por contribuinte substituído ou nas operações em que o imposto já tenha sido retido anteriormente: a) informar no campo CST o valor 60 (ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária); b) informar a origem da mercadoria: 0, 1 ou COMBINAÇÕES POSSÍVEIS DO CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA NACIONAL ORIGEM ESTRANGEIRA IMPORTAÇÃO DIRETA ADQUIRIDA NO MERCADO INTERNO TRATAMENTO FISCAL DO ICMS Tributada integralmente Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária Com redução de base de cálculo Isenta ou não-tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária Isenta Não-tributada Com suspensão Com diferimento ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária Outras Fundamentos Legais: Anexo XXVII do Decreto nº 2.912/ RICMS/TO e os citados no texto. 428
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