Estratégia Nacional de REDD+ do Brasil

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1 República Federativa do Brasil Comitê Interministerial de Mudança do Clima (CIM) Grupo Executivo sobre Mudanças Climáticas (GEx) Grupo de Trabalho Interministerial sobre REDD+ (GT REDD+) Estratégia Nacional de REDD+ do Brasil Circulação restrita Brasília, DF Dezembro 2013

2 Coordenação: Ministério do Meio Ambiente Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental Departamento de Políticas de Controle ao Desmatamento Gerência de Mudança do Clima e Florestas Membros do Grupo de Trabalho: Aloísio Lopes Pereira de Melo - Ministério da Fazenda Alexandre Avelino - Ministério do Meio Ambiente Ana Luiza Champloni - Ministério da Fazenda Bráulio Santiago Cerqueira - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Elisa Malafaia - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Elvison Ramos - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Érico Feltrin - Casa Civil da Presidência da República Felipe Ferreira - Ministério das Relações Exteriores Kátia Marzall - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Letícia Guimarães - Ministério do Meio Ambiente Mercedes Bustamante Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Natalie Unterstell - Ministério do Meio Ambiente Reinaldo Lourival Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Sérgio Siebra - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Tatiana Alves Vilaça - FUNAI - Fundação Nacional do Índio 2

3 Sumário Apresentação...5 Resumo...6 Glossário...10 Siglas Introdução Contexto Internacional Definição de abordagens para o desenvolvimento da estratégia brasileira de REDD Elementos da Estratégia Brasileira Objetivo Geral Objetivos Específicos Fontes de recursos Governança Implementação Coordenação de política públicas Investimentos Salvaguardas Cronograma de Implementação ( ) Bibliografia Consultada...42 Anexo I: Diagnóstico...47 Anexo II: Custos de transição para REDD Anexo III: Fundo Amazônia...68 Anexo IV: Componente Indígena...70 Anexo V: Salvaguardas, princípios e critérios

4 Apresentação O presente documento é a versão preliminar da Estratégia Nacional de REDD+ do Brasil (reduções de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e degradação florestal em países em desenvolvimento; incluindo o papel da conservação florestal, do manejo florestal sustentável de florestas e do aumento dos estoques de carbono florestal em países em desenvolvimento), sistematizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com base nas discussões do Grupo de Trabalho de REDD+, criado em 2011 sob o Grupo Executivo sobre Mudança do Clima (GEx) do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM). O referido Grupo de Trabalho reuniu-se em oito ocasiões durante o ano de 2011, e três vezes em Este grupo apreciou as recomendações oriundas de um processo amplo e participativo de diálogo entre sociedade e setores ocorrido em 2010 sob coordenação do MMA. Ainda em 2012, os Ministérios da Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, Relações Exteriores, Ciência, Tecnologia e Inovação e Meio Ambiente, liderados pela Casa Civil da Presidência da República e os governos estaduais da Amazônia Legal (representados pelos Secretários de Meio Ambiente) trabalharam juntos no âmbito da Força Tarefa para alcançar um entendimento em aspectos chave da Estratégia. Esta versão leva em consideração as observações e recomendações do GT REDD+, bem como os resultados alcançados no âmbito de Força Tarefa entre o Governo Federal e os Estados da Amazônia Legal, com relação ao uso, pelo Brasil, de incentivos contemplados pelas negociações de REDD+ no contexto da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Depois de passar por uma segunda rodada de apreciação e consideração pelos Ministérios envolvidos no GT REDD+, o grupo encaminhou este documento ao GEx para apreciação em fevereiro de Este documento foi revisado em novembro de 2013, para incorporar alterações advindas da 19ª Conferência das Partes da UNFCCC, onde foi criado o Marco de Varsóvia para REDD+, e reencaminhado ao GEX em dezembro de

5 Resumo O conceito de REDD+ se refere a reduções de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e degradação florestal em países em desenvolvimento; incluindo o papel da conservação florestal, do manejo sustentável de florestas e do aumento dos estoques de carbono florestal em países em desenvolvimento. A Estratégia Nacional de REDD+ é peça fundamental para permitir ao País aproveitar plenamente a oportunidade que REDD+ representa, em cumprimento de decisões internacionais e em função das negociações e da implementação da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, por sua sigla em inglês). Além de conectar as ações brasileiras de mitigação no setor florestal com a UNFCCC a Estratégia serve à integração de iniciativas de mudança do clima e de florestas no Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), a partir da promoção de uma matriz de impacto de carbono e de uma estrutura de governança integrada. O objetivo geral que orienta esta Estratégia é eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil, passando de net source a net sink até A seguir, são detalhados os três pilares de desenvolvimento da Estratégia. 1. Coordenação de Políticas Públicas de Mudança do Clima e Florestas O Brasil já implementa diversas ações, programas e planos que contribuem com os objetivos de REDD+. O governo federal criou em 2004 o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), o que permitiu atingir importantes resultados na redução do desmatamento (RED). Com a aprovação da Lei /2012 (Código Florestal), as prioridades do país passam a ser a regularização ambiental das propriedades rurais por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR), com vistas a recuperação de áreas degradadas, a proteção dos remanescentes florestais e o manejo sustentável de florestas. Não se conhece o real impacto em termos de mitigação de mudança do clima de muitas medidas em aplicação, a exemplo do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia Pradam, instituído pelo Ministério da Agricultura e do Programa Nacional de Manejo Florestal Comunitário e Familiar (Decreto 6.874/09), gerido pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Isso interfere na efetividade destas políticas e também na contabilidade nacional de emissões líquidas de gases do efeito estufa (GEE) no setor florestal. A Estratégia tem como um de seus objetivos centrais desenvolver uma matriz de impacto de carbono de políticas e iniciativas vigentes que contribuem para os objetivos de REDD+, a fim de otimizar sua implementação e promover a complementariedade com novas iniciativas em elaboração. Além disso, há ações em outros setores que oferecem oportunidades adicionais de reduzir a pressão sobre os remanescentes florestais - como o aumento da oferta de matéria prima florestal manejada para fins industriais, bem como técnicas de integração entre áreas de lavoura, pecuária 5

6 e floresta. Há, portanto, sinergias entre a Estratégia de REDD+ e Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para Consolidação de uma Economia de baixa Emissão de Carbono na Agricultura e o Plano Setorial de Redução de Emissões da Siderurgia. 2. Mensuração, relato e verificação de resultados Nas últimas décadas, o Brasil desenvolveu consideravelmente seus sistemas de monitoramento de cobertura florestal. Este desenvolvimento, especialmente no bioma Amazônia, viabilizou a criação de um processo de mensuração (Inpe), relato (Ministério do Meio Ambiente) e verificação (Comitê Técnico do Fundo Amazônia) para o estabelecimento de um sistema de pagamentos por resultados alcançados através do Fundo Amazônia. Até o momento, o foco tem sido na contabilização dos resultados alcançados na redução do desmatamento (RED) no bioma Amazônia. As demais atividades REDD+ carecem de uma definição operativa mais avançada, de monitoramento e protocolos de mensuração, relato e verificação (MRV). O desenvolvimento de sistemas e protocolos de monitoramento mais avançados para os demais biomas e atividades faz-se necessário para viabilizar o pagamento por resultados alcançados em nível nacional. A Estratégia propõe desenvolver esses aspectos técnicos e catalisar a implementação dessas ações em todos os biomas brasileiros. O Marco de Varsóvia para REDD+ definiu os procedimentos para apresentação de níveis de referência e para verificação dos resultados. Os custos para efetivar essas ações serão compartilhados com a comunidade internacional, por meio de investimentos na construção de capacidades técnica e institucional nos demais biomas brasileiros e de pagamentos de resultados de mitigação alcançados, de maneira compatível com a ambição de mitigação definida na PNMC para o setor florestal. 3. Financiamento No âmbito da UNFCCC, o Marco de Varsóvia para REDD+ define as regras multilaterais sobre requisitos metodológicos (decisão x/cp.19) e o objetivo coletivo de canalização de recursos para o pagamento por resultados alcançados por países em desenvolvimento (decisão x/ CP.19). Os recursos para REDD+ virão de várias fontes (decisão x/ CP.17), caberá a cada país, após terminado seu ciclo de apresentação de resultados, buscar parcerias bilaterais ou entidades financeiras internacionais dispostas a oferecer pagamentos por resultados um trabalho de captação de recursos. A Estratégia propõe que a captação de recursos com base nos resultados alcançados pelo Brasil seja feita de forma descentralizada. O Ministério do Meio Ambiente, através da Entidade Nacional de REDD+, enquanto ponto focal para REDD+ na UNFCC, deverá nomear através do portal de informações da Convenção, entidades nacionais e subnacionais autorizadas a captar 6

7 recursos internacionais seguindo os parâmetros definidos 1. O potencial estimado de captação para REDD+ pelo Brasil até 2020 poderia chegar a mais de R$ 65 bilhões 2. Até o momento, menos de 10% total de resultados alcançados no bioma Amazônia foram pagos por doadores internacionais. É necessário aumentar a eficácia na captação dos recursos correspondentes junto aos países desenvolvidos. Investimentos serão direcionados para iniciativas consideradas prioritárias para a manutenção, no longo prazo, da cobertura florestal. Aumentar a eficiência e eficácia do desembolso dos recursos de REDD+ no Brasil é essencial para a permanência dos resultados alcançados em termos de redução de emissões até o momento e para viabilizar a eliminação do desmatamento liquido até 2020 através do aumento de estoques de carbono florestal. No horizonte de implementação até 2020, as soluções propostas são: (a) Estabelecer uma Entidade Nacional de REDD+ responsável por inserir as informações sobre os resultados alcançados em nível nacional pelo Brasil no repositório da UNFCCC, cumprir com os requisitos técnicos definidos no Marco de Varsóvia para REDD+ para o reconhecimento dos resultados alcançados em nível nacional e captar recursos com base nestes resultados. Essa Entidade será também responsável por definir diretrizes e critérios para a distribuição de cotas e nomeação de entidades subnacionais e outros atores para captar recursos internacionais e por articular com outras instituições existentes para promover a integração entre políticas florestais e de mudança do clima. A Entidade será também responsável pelo gerenciamento do sistema de informação sobre salvaguardas. (b) Elaborar um sistema de cadastro das reduções de emissões e aumento de estoques verificados no processo de MRV doméstico, em nível de bioma, que deverá ser ampliado e refinado para incluir todo território nacional e todas as atividades REDD+. (c) Definir uma estratégia de captação de recursos a partir de uma articulação estruturada de governo. (d) Elaborar planos de investimento, proporcionais ao financiamento obtido, desenvolvidos a partir de: c.1. Finalidades prioritárias/específicas: Desenvolvimento de capacidades e governança. 1 Nas decisões do Marco de Varsóvia, não há previsão de que os pagamentos por resultados de REDD+ gerem unidades de compensação para cumprimento de compromissos de mitigação dos países desenvolvidos sob a Convenção o reconhecimento dos resultados e de seus pagamentos correspondentes não gera direitos ou obrigações de nenhuma natureza. 2 Considerando-se o bioma Amazônia, o nível de referência do Decreto nº 7.390/2010 e o valor de US$ 5/tonelada de CO 2 e do Fundo Amazônia, multiplicados pelo potencial de mitigação de GEE de Mt = USD 29,63 bilhões ou R$ 65,2 bilhões (1 USD = R$ 2,20). 7

8 Regularização ambiental rural. Monitoramento e fiscalização. Fomento a atividades produtivas sustentáveis. c.2. Recortes territoriais: Territórios emergenciais. Territórios de recuperação. Territórios de parceria com grandes empreendimentos. Os planos de investimento deverão ser operacionalizados a partir das seguintes modalidades: Programas de governo Plano Plurianual (PPA); Transferências intergovernamentais; Projetos estruturantes por meios tais como Fundo Amazônia e Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; Instrumentos econômicos. 8

9 Glossário Análise e Consulta Internacional (ICA): Processo de análise e consulta internacional das ações de mitigação dos países em desenvolvimento perante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Áreas de preservação permanente: Áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bemestar das populações humanas. Definição dada pelo Código Florestal - Lei nº /2012. Biomassa: Quantidade total de matéria orgânica não fóssil existente em um determinado ecossistema, com exceção da matéria orgânica do solo. CO 2 eq ou CO 2 e: Dióxido de carbono equivalente é uma medida para equiparar ao Dióxido de Carbono diferentes gases de efeito estufa (como o metano ou o óxido nitroso, entre outros). É o resultado da multiplicação das toneladas emitidas de gases de efeito estufa (GEE) pelo seu potencial de aquecimento global (GWP), potencial de temperatura global (GTP) ou outra métrica definida como padrão. Conservação de estoque florestal: A conservação de vegetação existente, evitando a emissão do CO 2 armazenado em sua biomassa para a atmosfera. Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ou Convenção do Clima (UNFCCC, na sigla original em inglês): Adotada em 1992, com o objetivo de alcançar a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático, em um prazo suficiente que permita aos ecossistemas adaptarem-se naturalmente a mudança do clima, que assegure que a produção de alimentos não seja ameaçada e que permita ao desenvolvimento econômico prosseguir de maneira sustentável. Trata-se da convenção no âmbito da qual REDD+ é negociado e implementado. Conferência das Partes: Reunião das Partes na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Conversão: Mudança de uso da terra em que ecossistemas naturais são substituídos por sistemas de produção, com pequena ou nenhuma similaridade com ecossistemas de referência (Aronson et. al, 2011). Degrad: Sistema de mapeamento da degradação florestal na Amazônia brasileira. Utiliza imagens dos satélites Landsat e CBERS e seu objetivo é mapear anualmente áreas de floresta degradada e com tendência a ser convertida em corte raso. Deslocamento de emissões: No Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), deslocamento 9

10 é a mudança líquida de emissões antropogênicas por parte de fontes de gases de efeito estufa (GEE) que ocorre fora das fronteiras do projeto, e que é mensurável e atribuível à atividade do projeto. Deter: Desenvolvido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento, mapeia diariamente tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal na Amazônia Legal com dados do sensor MODIS do satélite Terra/Aqua e do Sensor WFI do satélite CBERS. Diplomas: Documentos que reconhecem a contribuição dos doadores ao país por resultados REDD+ alcançados. Os diplomas são nominais, intransferíveis e não geram direitos ou créditos de qualquer natureza. Esforço adicional: Expressão relacionada a ações de mitigação das mudanças do clima que resultam em redução real de emissões ou remoção de carbono atmosférico, e que não são passíveis de utilização para fins de compensação de novas emissões, por países que detêm compromissos mandatórios de mitigação no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Emissões: Liberação de gases de efeito estufa e/ou seus precursores na atmosfera numa área específica e num período determinado. Estoque de carbono florestal: Quantidade de carbono estocada na biomassa de uma vegetação (sobre e debaixo do solo, matéria em decomposição no solo e produtos madeireiros) ou de qualquer outro ecossistema florestal. Floresta: Área com mais de 0,5 ha que contenha árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ, não incluindo terras que estão predominantemente sob uso agrícola ou urbano (FAO, 2010). Fundo Amazônia: Fundo criado pelo Governo do Brasil pelo Decreto n o 6.527/2008 com a finalidade de captar doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma Amazônia. Gases de efeito estufa: Constituintes gasosos da atmosfera, naturais ou antrópicos, que absorvem e reemitem radiação infravermelha. Segundo o Protocolo de Quioto, incluem dióxido de carbono (CO 2 ), metano (CH 4 ), óxido nitroso (N 2 O), hexafluoreto de enxofre (SF 6 ), além de duas famílias de gases: hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs). Incremento de estoques florestais: A restauração ou recuperação florestal, aumentando o potencial de armazenamento de carbono. Manejo Sustentável de florestas ou manejo florestal sustentável: Administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou 10

11 alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não-madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços florestais. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: Mecanismo de flexibilização criado para ajudar os países do Anexo 1 que são Partes da Convenção Quadro de Mudança do Clima a cumprirem suas metas do Protocolo de Quioto. Através desse mecanismo, países desenvolvidos compram Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), também chamadas de créditos de carbono, de projetos em países em desenvolvimento que gerem reduções de emissões ou sequestro de carbono e que contribuam para o desenvolvimento sustentável local. Mitigação: Ações e estratégias voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e à ampliação dos sumidouros de carbono, contribuindo para a amenização da mudança do clima. Nível de referência/nível de referência de emissões: Definem o período de referência e a escala contra a qual as atividades dentro do escopo de REDD+ são medidas, em uma perspectiva histórica ou projetada. Tem a função de permitir a avaliação dos efeitos reais de políticas e medidas de redução de emissões, conservação e incremento de estoques. Povos tradicionais: A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) define estes povos como grupos culturalmente diferenciados, que possuem formas próprias de organização social, ocupam e usam, de forma permanente ou temporária, territórios tradicionais e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. Para isso, são utilizados conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Entre os PCTs do Brasil, estão os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades de terreiro, os extrativistas, os ribeirinhos, os caboclos, os pescadores artesanais, dentre outros. Prodes: Sistema de monitoramento anual do desflorestamento da Amazônia Legal, utilizando imagens de sensoriamento remoto e técnicas de Processamento Digital de Imagens. O monitoramento é realizado pelo INPE utilizando metodologia própria (metodologia Prodes). Projetos voluntários de REDD: Iniciativas voluntárias de redução de emissões, conservação de estoques de carbono florestal e incremento de estoques de carbono com área de influência determinada, metodologia crível para o cálculo de emissões evitadas e/ou biomassa estocada, tempo de realização delimitado e com resultados e expectativas definidos. Reabilitação: Similar à restauração (vide abaixo), com ações sobre sistemas degradados para que restituam elementos da estrutura e do funcionamento, sem alcançar a condição original. Recuperação: Restituir certos processos florestais de ecossistemas extremamente degradados, sem que com isto se retorne à condição original, devido à intensa degradação a que foi submetido. Em certos casos, a recuperação pode ser um passo da restauração. Reflorestamento: Plantação de árvores, nativas ou não, para formação de uma estrutura florestal em área que foi desmatada há menos de 50 anos. 11

12 Remoção de carbono atmosférico: Acúmulo de carbono em elementos do ecossistema quer seja na biomassa viva, biomassa morta ou no solo. Processo também conhecido como sequestro de carbono ou fixação de carbono. REDD: Reduções de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e degradação florestal em países em desenvolvimento. REDD+: Reduções de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e degradação florestal em países em desenvolvimento; incluindo o papel da conservação florestal, do manejo sustentável de florestas e do aumento dos estoques de carbono. Restauração ecológica: Processo e prática de auxiliar a recuperação de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído, com objetivo de retornar à condição original ou o mais próximo possível. Quando aplicada a ecossistemas florestais, denomina-se restauração florestal. Stakeholders: Em português, parte interessada ou interveniente. Compreende todos os públicos envolvidos em um processo, sendo influenciados por ou influentes no processo. Subsídio ambiental: Instrumento econômico cuja função é incentivar o controle da poluição e de outros danos ambientais cobrindo os custos de uma mudança de comportamento do agente econômico. TerraClass: Projeto desenvolvido pelo INPE e EMBRAPA com o objetivo de qualificar, a partir de imagens orbitais, das áreas já desflorestadas da Amazônia Legal. Teragramas: Um teragrama (Tg) equivale a g ou um milhão de toneladas. Unidade de conservação: Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção (Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação). Uso sustentável: Exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. Vazamento: Termo utilizado para a situação em que a redução do desmatamento em uma determinada área se desloca para outra, podendo comprometer a eficiência líquida de REDD+. 12

13 Siglas ABC: Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura APP: Área de Preservação Permanente Arpa: Programa Áreas Protegidas da Amazônia BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CAR: Cadastro Ambiental Rural CIM: Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima COP: Conferência das Partes Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Degrad: Sistema de Monitoramento de Degradação Florestal Deter: Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real Embrapa: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FBMC: Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas FNMC: Fundo Nacional de Mudança do Clima GEx: Grupo Executivo sobre Mudança do Clima GT REDD+: Grupo de Trabalho Interministerial sobre REDD+ Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Inpe: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais IPCC: Painel Intergovernamental de Mudança do Clima MBRE: Mercado Brasileiro de Redução de Emissões MCTI: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação MDL: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MRV: do inglês measurement, report and verification, traduzido como Mensuração, Comunicação e Verificação de carbono florestal NAMAs: do inglês Nationally Appropriate Mitigation Actions, traduzido como Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas 13

14 PNGATI: Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas PNMC: Política Nacional sobre Mudança do Clima PPCDAM: Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal PPCerrado: Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas no Bioma Cerrado Prodes: Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite PSA: Pagamento por Serviços Ambientais ou Serviços Ecossistêmicos RL: Reserva Legal Sisnama: Sistema Nacional de Meio Ambiente SNIF: Sistema Nacional de Informações Florestais TI: Terra Indígena UC: Unidade de Conservação UNFCCC: Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima 14

15 1. Introdução A Estratégia Nacional de REDD+ tem como objetivo orientar ações de redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes de desmatamento e de degradação florestal no território brasileiro e incentivar a conservação dos estoques de carbono florestal, o manejo sustentável de florestas e o aumento dos estoques de carbono florestal no Brasil. Quadro 1: Motivação - para que desenvolver uma estratégia nacional? 1. Mobilizar recursos internacionais em escala compatível com a ambição de mitigação de GEE definida na Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). 2. Integrar as estruturas de governança e os instrumentos vigentes nas políticas de mudança do clima e florestas maximizando seu potencial de contribuição para a mitigação da mudança global do clima a partir do desenvolvimento de uma matriz de impacto de carbono. 3. Apoiar a convergência e a coordenação entre políticas públicas de mudança do clima no setor florestal nos níveis de governo federal, estadual e municipal a fim de eliminar a perda líquida zero da área de cobertura florestal no Brasil até A Estratégia alcançará estes objetivos através de ações de coordenação, priorização e articulação das esferas governamentais, da sociedade civil e da iniciativa privada. A Estratégia é peça fundamental para permitir ao País aproveitar plenamente a oportunidade que REDD+ representa. Esse documento está organizado em cinco seções. Esta primeira seção apresenta uma breve introdução ao tema, enquanto a segunda o contextualiza em âmbito internacional. A terceira seção apresenta a definição de abordagens utilizadas para o desenvolvimento desta Estratégia. A quarta, os elementos da Estratégia Nacional de REDD+, incluindo arranjos institucionais, processos de MRV e de financiamento, e o sistema de informação de salvaguardas. A quinta e última seção apresenta a agenda de implementação na forma de um cronograma. 15

16 2. Contexto Internacional O principal instrumento internacional sobre mudança do clima é a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). Em conformidade com os princípios e disposições da UNFCCC, a cooperação técnica, tecnológica e financeira entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento, e também a Cooperação Sul-Sul, são fundamentais para garantir o esforço global de combate à mudança do clima. Ao reafirmar os artigos 4º e 11 da UNFCCC, a COP estabeleceu, em 2007 (decisão 1/CP.13), que os países em desenvolvimento devem ser apoiados pela comunidade internacional com recursos financeiros e tecnológicos novos e adicionais, a fim de viabilizar suas ações de mitigação, incluindo REDD+ (Quadro 2). Quadro 2. O que é REDD+ As políticas e incentivos positivos para a Redução das Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação florestal em países em desenvolvimento; e o papel da conservação, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal em países em desenvolvimento são conhecidas pela sigla REDD+ na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. REDD+ consiste em recompensar países em desenvolvimento, detentores de florestas tropicais, por seus resultados referentes a seus resultados de mitigação da mudança do clima. Nos termos da decisão 1/CP.16 ( 70) da UNFCCC, as seguintes atividades fazem parte do escopo da REDD+: Redução das emissões provenientes de desmatamento Redução das emissões provenientes de degradação florestal Conservação dos estoques de carbono florestal Manejo sustentável de florestas Aumento dos estoques de carbono florestal Na mesma decisão ( 71), a Conferência das Partes solicitou aos países em desenvolvimento que, de acordo com as circunstâncias e capacidades nacionais, desenvolvam os seguintes elementos para a execução de atividades de REDD+: Uma estratégia ou plano de ação nacional; Um nível de referência nacional de emissões florestais ou nível de referência florestal (ou, como uma medida interina, os correspondentes níveis subnacionais); Um sistema robusto e transparente para o monitoramento florestal e relatoria das atividades de REDD+; e Um sistema de informações sobre a implementação das salvaguardas de REDD+ (identificadas no Anexo I da Decisão 1/CP.16). No desenvolvimento e implementação de suas respectivas estratégias nacionais ou planos de ação de REDD+, a decisão 1/CP.16 ( 72) solicitou ainda que os países em desenvolvimento abordem os seguintes aspectos, entre outros: 16

17 Vetores de desmatamento e degradação florestal; Questões fundiárias; Questões de governança florestal; e Considerações de gênero e as salvaguardas, garantindo efetiva participação dos stakeholders relevantes, entre outros, dos povos indígenas e comunidades locais. Para a obtenção de recursos financeiros internacionais por resultados, as ações de REDD+ devem ser mensuradas, relatadas e verificadas em conformidade com processos a serem acordados pela COP (decisão 1/CP.17, 64). O Marco de Varsóvia para REDD+ (Warsaw Framework for REDD+) definiu em 2013 as principais regras internacionais para o reconhecimento dos resultados REDD+, concluindo, em grande medida, o ciclo de negociações sobre o tema. Trata-se de um conjunto de sete decisões que define os aspectos financeiros, metodológicos e institucionais de REDD+ no plano internacional, ao amparo da UNFCCC. Estabelecem, também, ferramentas sob a Convenção para aumentar a transparência sobre os resultados REDD+ e seus respectivos pagamentos. Estas decisões devem ser seguidas pelas diferentes entidades financeiras interessadas em apoiar ações REDD+. O financiamento poderá ser proveniente de uma variedade de fontes, públicas e privadas. A partir do Marco de Varsóvia para REDD+, o Fundo Verde para Mudança do Clima (GCF, na sigla em inglês) para a ter um papel chave na distribuição de recursos em escala adequada e previsível para REDD+. Não há previsão de que os pagamentos por resultados de REDD+ gerem unidades de compensação para cumprimento de compromissos de mitigação dos países desenvolvidos sob a Convenção (decisão x/ CP.19). A COP poderá, no futuro, desenvolver abordagens apropriadas de mercado para o apoio de ações de REDD+ (decisão 1/CP.17, 66). 17

18 3. Definição de abordagens para o desenvolvimento da estratégia brasileira de REDD+ O Brasil já implementa uma série de políticas públicas com vistas à mitigação da mudança do clima por meio da redução do desmatamento e da degradação florestal. Contudo, a construção da Estratégia Nacional de REDD+ requer novas abordagens, incluindo a integração políticas florestais e de mudança do clima existentes, o estabelecimento de uma matriz de impacto de carbono destas iniciativas e a criação de incentivos positivos para a conservação das florestas. Na definição de abordagens para o desenvolvimento desta Estratégia foram considerados a definição de níveis de referência, processos de mensuração, relatoria e verificação (MRV) de resultados, captação e alocação de recursos e relação com políticas já existentes. De forma resumida, o Brasil optou por definir seus níveis de referência 3 por bioma, usando em um primeiro momento os dados históricos monitorados no bioma Amazônia desde A mensuração e verificação de resultados se dará inicialmente no nível do bioma, avançando posteriormente para uma contabilidade nacional com o desenvolvimento do monitoramento refinado para os biomas para além da Amazônia. A captação dos recursos com base nos resultados alcançados e mensurados e a distribuição de recursos se dará de forma descentralizada, orientada por uma Entidade Nacional de REDD+. A Tabela 1 apresenta uma análise das abordagens que foram consideradas para o desenvolvimento da estratégia nacional de REDD+ do Brasil. Tabela 1. Análise de abordagens alternativas MODELOS O QUE É ADOTADO PELO BRASIL? Níveis de referência de emissões florestais Projeções Histórico por bioma Modelos preditivos de emissões futuras. Taxas históricas de desmatamento por bioma. Não Sim ANÁLISE O uso de projeções traz como problema associado a confiabilidade das projeções. O uso de projeções é utilizado principalmente por países que apresentam baixos índices históricos de desmatamento, ou que não possuam série histórica de desmatamento. Esse não é o caso do Brasil. 3 Nível de referência define o período de referência e a escala contra a qual as atividades dentro do escopo de REDD+ são medidas, em uma perspectiva histórica ou projetada. Tem a função de permitir a avaliação dos efeitos reais de políticas e medidas de redução de emissões, conservação e incremento de estoques. 18

19 Mensuração, Relato e Verificação de Resultados (MRV) Projetos individuais Abordagem integrada Abordagem nacional Captação de recursos Contabilidade, geração e distribuição de certificados baseado em cada projeto. Integração de projetos individuais em um tipo de registro de REDD+. Contabilidade inicialmente por bioma (fase 1) e posteriormente nacional (fase 2). Centralizada Captação centralizada em um único agente, com base em resultados nacionais. Descentralizada Atribuição de resultados a vários atores que competem pela captação de recursos. Alocação de recursos Centralizada Todos os recursos passam pelo governo federal. Não Não Sim Não Sim Não Descentralizada O governo federal Sim através de sua coordenação pode atribuir parte dos resultados a entidade subnacional que terá então o direito de captar recursos diretamente. Relação com políticas e instrumentos já existentes O Marco de Varsóvia reitera o entendimento da abordagem nacional para a implementação de atividades de REDD+, aceitando, caso necessário de forma interina, uma abordagem em escala subnacional. A arquitetura internacional de REDD+ está inteiramente voltada para o pagamento por resultados de ações nacionais. As vantagens da abordagem nacional são: maior efetividade das ações, menor risco de vazamento e dupla contagem de resultados e relativo baixo custo de implantação. A captação descentralizada de recursos permite uma maior eficácia desde que coordenada por uma entidade nacional responsável por informações relacionadas ao resultado nacional, facilitando o entendimento por interlocutores externos, assegurando transparência e confiabilidade de resultados. A partir de critérios prédefinidos a alocação de recursos a entidades subnacionais e outros atores poderá se dar de forma descentralizada desde que coordenada por uma entidade nacional. 19

20 Substituição por novos Integrá-los Criação de novos instrumentos exclusivos para as ações de REDD+. Integrar os instrumentos já existente e que são relacionados a REDD+. Não Sim REDD+ deve ser integrado aos componentes dos incentivos para a proteção das florestas e o aumento do estoque de carbono florestal, como os PPCDs, o Fundo Amazônia e os planos setoriais da PNMC. 20

21 4. Elementos da Estratégia Brasileira 4.1. Objetivo Geral O objetivo geral que orienta esta Estratégia é eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil, passando de net source a net sink até Objetivos Específicos Para alcançar o objetivo geral, propõe-se avançar nos seguintes objetivos específicos até 2020, quando serão reavaliados para um novo período de implementação: Construir uma matriz de impacto de carbono de políticas públicas com resultados REDD+, buscando maximizar sua contribuição para a mitigação da mudança global do clima, através da promoção de sinergias entre as várias iniciativas. Mobilizar recursos internacionais em escala compatível com a ambição de mitigação de GEE definida na Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), isto é, reduzir as emissões na Amazônia em 80% e no Cerrado em 40% com base nas emissões projetadas para o ano de 2020 e estabilizar as emissões de GEE nos demais biomas nos níveis de Integrar as estruturas de governança e os instrumentos vigentes e apoiar a convergência nas políticas de mudança do clima e florestas nos níveis de governo federal, estadual e municipal a fim de eliminar a perda liquida da área de cobertura florestal 4 até Fontes de recursos Adota-se para fins desta Estratégia a abordagem de mobilização de recursos ex post com base em resultados verificados, à semelhança daquela já utilizada pelo Fundo Amazônia porém ampliada, procurando dar escala à captação de recursos. No âmbito da UNFCCC, para ter acesso a pagamentos por resultados REDD+, países em desenvolvimento devem ter implementado todos os elementos descritos no parágrafo 71 da decisão 1/CP.16: uma estratégia ou plano nacional; um sistema de monitoramento florestal em nível nacional; um nível de referência de emissões por desmatamento e/ou degradação florestal; e/ou nível de referência de estoque de carbono florestal; e um sistema de informação sobre salvaguardas. A decisão de Cancun estabelece ainda que as ações nacionais deverão ser plenamente mensuradas, relatadas e verificadas (MRV). 4 Este objetivo será alcançado quando o desmatamento ilegal for reduzido a zero e as atividades de aumento de estoque de carbono florestal forem suficientes para compensar a supressão de vegetação nativa autorizada (Código Florestal, instituído pela Lei nº /2012). 21

22 O Marco de Varsóvia para REDD+ definiu o que significa plenamente mensuradas, relatadas e verificadas, ao adotar os procedimentos para apresentação de níveis de referência e para verificação dos resultados e criou também o requisito adicional de apresentação do relatório sobre o sistema de informações sobre salvaguardas. O Marco de Varsóvia para REDD+ prevê também que, dentre as diversas fontes que financiam REDD+ (bilaterais ou multilaterais, públicas ou privadas), o Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês) terá um papel chave para canalizar recursos em escala adequada e previsível para os países em desenvolvimento implementando atividades de REDD+. Caberá aos países em desenvolvimento, terminado seu ciclo de apresentação de resultados seguindo os procedimentos e requisitos definidos no Marco de Varsóvia para REDD+, buscar parcerias bilaterais ou entidades financeiras internacionais dispostas a oferecer pagamentos por resultados um trabalho de captação de recursos. Daí a importância de o Marco de Varsóvia para REDD+ ter definido um papel central ao GCF nessa arquitetura, de forma a assegurar alguma previsibilidade na provisão de recursos aos países em desenvolvimento. Estes recursos serão utilizados pelo Brasil para otimizar investimentos do Tesouro Nacional, assegurando integridade ambiental e promovendo o desenvolvimento sustentável. Até o momento, os recursos do orçamento (PPA ) que contribuem para esta Estratégia tem foco no apoio a ações de comando e controle voltadas para a redução do desmatamento ilegal na Amazônia e no Cerrado. Com estes recursos novos, o país aumentará o escopo das atividades REDD+ financiadas para incluir a conservação e o aumento de estoque florestal e expandir estas atividades para todos os biomas brasileiros Governança Uma estrutura de governança robusta e transparente é essencial para que resultados REDD+ sejam alcançados e convertidos em valor econômico, gerando benefícios aos detentores de florestas, garantindo assim a permanência destes resultados. Para tanto, propõe-se institucionalizar o processo doméstico de mensuração, relato e verificação (MRV), criar uma Entidade Nacional de REDD+, regular a descentralização da captação de recursos, estabelecer um sistema de informação sobre salvaguardas socioambientais e criar instrumentos econômicos para fomentar as ações de manejo sustentável de florestas e aumento de estoques florestais. O modelo de governança proposto promove a integração dos arranjos existentes, dispondo da experiência acumulada historicamente nos temas mudança do clima, florestas e controle do desmatamento (Figura 1). Propõe-se a criação de uma Entidade Nacional de REDD+ que promova, inter alia, a integração da governança de mudança do clima por meio do Grupo Executivo (GEx) do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) e da governança dos planos de prevenção e controle do desmatamento por meio da Comissão Executiva do Grupo Permanente de Trabalho Interministerial (GPTI). 22

23 Figura 1. Arranjo de governança A Figura 2 abaixo apresenta as principais atribuições e correlações entre a Entidade Nacional de REDD+ incluindo processos de monitoramento e MRV, compilação e informação dos resultados alcançados, e processos de captação de recursos, atribuição de resultados e distribuição de benefícios. Figura 2: Entidade Nacional de REDD+ e respectivos processos e instâncias nacionais e internacionais. 23

24 Processos de Monitoramento e MRV O processo de mensuração, relato e verificação tem como objetivo apresentar dados sobre emissões líquidas do setor florestal à sociedade brasileira e à UNFCCC para fins de captação de recursos. O Marco de Varsóvia para REDD+ definiu os procedimentos para apresentação de níveis de referência (decisão x/cp.19) e para verificação dos resultados (decisão x/ CP.19). A base das informações para o processo de MRV é o monitoramento da cobertura florestal realizado por instituições como Inpe, Ibama e Embrapa aqui denominadas Grupo de Monitoramento inicialmente com foco em corte raso e degradação, para os biomas Amazônia e Cerrado, mas com planos de expansão para todos os biomas e atividades REDD+. O monitoramento de processos como degradação, conservação, restauração e incremento de estoques florestais, bem como o refinamento de dados de desmatamento, também será feito por este Grupo de Monitoramento. Pelo conhecimento acumulado no desenvolvimento de ferramentas geoespaciais, este Grupo ainda será responsável pela disponibilização de embasamento científico sobre o monitoramento empregado pelo país nos diferentes biomas, bem como sobre as necessidades e perspectivas de evolução na área de conhecimento. No Brasil, a mensuração dos resultados de atividades REDD+ será feita anualmente pelo MMA com base em informações a serem produzidas pelo em conjunto com o Inpe, a partir de um Sistema Modular de Monitoramento de Ações e Redução de Emissões de Gases-Estufa (Smmare), e posterior verificação por um Grupo Técnico. Este Grupo será formado por especialistas brasileiros de notório saber e terá como função avaliar metodologias, dados e informações para todos os biomas. Além disso, por sua competência técnica, o Grupo elaborará subsídios para a submissão de anexo técnico e relatório bienal de atualização Tabela 2. Todos estes componentes passam a ser objeto de análise técnica por especialistas identificados pela Convenção, que avaliarão o conteúdo submetido pelo país. O objetivo destes processos é aferir em que medida os dados submetidos estão de acordo com as diretrizes metodológicas, mas também promover a troca de informações no melhoramento do conteúdo submetido à UNFCCC (decisão x/ CP.19). Anualmente, os países em desenvolvimento poderão submeter seus níveis de referência para avaliação por uma equipe de especialistas credenciados da UNFCCC. Após essa avaliação, os resultados das ações nacionais de REDD+ correspondentes poderão então ser apresentados, a cada dois anos, na forma de um anexo técnico ao Relatório de Atualização Bienal (BUR, na sigla em inglês) 5. O anexo técnico deverá conter informações sobre o sistema de monitoramento florestal e uma demonstração de como os resultados apresentados são consistentes com as premissas e metodologias adotadas para o nível de referência. Conforme acordado na decisão 2/CP.17, os BURs serão submetidos ao chamado processo de Consulta e Análise Internacional (ICA, na sigla em inglês). O anexo técnico de REDD+ passará pelo mesmo processo de 5 A apresentação dos BUR foi acordada na COP-17 os primeiros deverão ser apresentados ao final de É uma das obrigações de comunicação dos países em desenvolvimento, em conformidade com o artigos 4.1 e 12 da Convenção. Para mais detalhes, ver 24

25 transparência e verificação. No caso do Brasil, no ano de 2014 se inicia o processo de construção dos níveis de referência e do anexo técnico a serem submetidos à UNFCCC para avaliação técnica internacional. Um grupo de especialistas nacionais deverá se debruçar sobre questões como a adequação dos níveis de referência hoje adotados, necessidade de alterações na forma de cálculo dos resultados de redução de emissões e as próximas evoluções no refinamento dos dados. Uma vez concluída esta etapa, o conteúdo técnico de consenso pode ser submetido à UNFCCC e passar pelos processos descritos no parágrafo anterior. A Entidade Nacional de REDD+ será responsável pela apresentação dos níveis de referência e do anexo técnico à UNFCCC e pelo acompanhamento dos processos de análise técnica e verificação dos resultados. Processos de atribuição de resultados e distribuição de benefícios No final deste processo de verificação técnica, o Secretariado da UNFCCC publicará as informações referentes ao resultado em toneladas de CO 2 eq por ano, os níveis de referência avaliados, o sumário de informação sobre a implementação das salvaguardas, o link para a estratégia nacional e as informações sobre o sistema nacional de monitoramento da cobertura florestal, no portal de informações REDD+. Este portal é uma ferramenta online, criada sob a plataforma de REDD+ da UNFCCC, que tem como objetivo ampliar a transparência sobre os resultados e seus respectivos pagamentos. A Entidade Nacional de REDD+ será responsável por prover as informações necessárias ao Secretariado para o reconhecimento multilateral das ações de REDD+ sob a Convenção. Esta ferramenta servirá de base para a captação de recursos que no caso brasileiro será feita inicialmente com base nos resultados mensurados e verificados no bioma Amazônia. A partir do refinamento do monitoramento e MRV para os demais biomas, a captação de recursos deverá gradualmente incluir os resultados destas regiões. Os recursos para REDD+ virão de várias fontes, caberá a cada país, após terminado seu ciclo de apresentação de resultados, buscar parcerias bilaterais ou entidades financeiras internacionais dispostas a oferecer pagamentos por resultados um trabalho de captação de recursos. A Estratégia propõe que com base nos resultados do processo de MRV seja feita a captação de recursos com base nos resultados alcançados pelo Brasil seja feita de forma descentralizada. A captação de recursos poderá ser feita por outros atores para além do governo federal. O Ministério do Meio Ambiente, através da Entidade Nacional, enquanto ponto focal para REDD+ na UNFCCC, deve nomear entidades nacionais e subnacionais autorizadas a captar recursos internacionais seguindo os parâmetros previamente definidos por instâncias superiores e dentro dos limites de captação. Entidades subnacionais e outros atores não-governamentais serão então incluídos no portal de informações de REDD+ e poderão empreender esforços próprios de captação de recursos. A transferência do pagamento por resultados a estes atores pode se dar diretamente pelos doadores, desde que autorizada pela Entidade Nacional. Os recursos captados pelo governo federal serão alocados para finalidades específicas (vide seção sobre Investimentos). A seguir são sintetizadas informações sobre as instituições envolvidas e suas respectivas 25

26 atribuições na implementação desta Estratégia (Tabela 2). Tabela 2. Instituições envolvidas na implementação da estratégia nacional, composição e função INSTÂNCIAS COMPOSIÇÃO PRINCIPAIS FUNÇÕES CIM Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima GEx Grupo Executivo GPTI Grupo Permanente de Trabalho Interministerial Comissão Executiva MAPA, MCTI, MDA, MDIC, MIN, MMA, MME, MT, MPOG, MRE, MF e Casa Civil. MAPA, MCTI, MDA, MDIC, MJ, MIN, MMA, MME, MTE, MT, MPOG, MRE, MF, MPA e Casa Civil. Orientar a Entidade Nacional de REDD+ quanto às deliberações internacionais e nacionais relevantes. Promover integração de REDD+ com PPCDAM, PPCerrado, Plano ABC e outros. 26

27 Entidade Nacional de REDD+ MMA Coordenar o processo de comunicação das ações de REDD+ internacionalmente por meio da apresentação das Comunicações Nacionais do Brasil à UNFCCC e, quando couber, por meio do processo de análise e consulta internacional (ICA). Acompanhar o processo de discussões internacionais sobre REDD+ na UNFCCC, a fim de garantir a adequada relação entre as ações brasileiras e as decisões internacionais no tocante a essa temática. Promover a integração entre políticas públicas de mudança do clima e florestas através do desenvolvimento de uma matriz de impacto de carbono e da promoção de sinergias para a maximização da contribuição para o combate a mudança global do clima. Assegurar uma contabilidade nacional e evitar dupla contabilidade através da criação de um sistema nacional de cadastro de resultados. Definir limites de captação de recursos com base nas informações sobre os resultados alcançados do processo de monitoramento e MRV. Distribuir cotas a entidades subnacionais e outros atores para captação de recursos com base em resultados nacionais de acordo com diretrizes definidas por instâncias superiores. Apoiar a captação de recursos e oferecer incentivos diretos para ações de conservação, manejo e aumento de estoques de carbono florestal. Acompanhar a aplicação das regras e diretrizes de REDD+. Desenvolver e implementar o sistema de informação de salvaguardas. 27

28 Grupo Técnico Grupo de Monitoramento Especialistas de notório saber Inpe, Ibama, SFB, Embrapa Verificar o cálculo da redução de emissões para fins de captação de recursos e para propor diretrizes cientificamente embasadas para a implementação da estratégia nacional. Promover o desenvolvimento de bases científicas e técnicas para o aprimoramento do monitoramento da degradação florestal. Verificar o cálculo das emissões líquidas de GEE no setor florestal. Apoiar a elaboração do anexo técnico à UNFCCC, com embasamento científico em aspectos como níveis de referência e resultados de redução de emissões, sob a orientação da Entidade Nacional de REDD+. Elaborar conteúdo técnico sobre dados e informações utilizados na estimativa de emissões, a compor o relatório de atualização bienal à UNFCCC. Monitorar de forma transparente e confiável as variações nos estoques de carbono florestal no território brasileiro Prover embasamento científico sobre sistemas de monitoramento de florestas empregados no país 4.5. Implementação Esta Estratégia será implementada em duas fases. A primeira fase será de 2014 a 2015 e a segunda fase de 2017 a Essa divisão em etapas tem por objetivo permitir que a sua implementação se inicie imediatamente e progrida em consonância com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), Plano de Ação para Prevenção do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), Código Florestal e o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Na Fase 1 ( ), investimentos serão prioritariamente direcionados a terras indígenas, assentamentos e unidades de conservação públicas e privadas (como as RPPN). Na Fase 2 ( ), as ações direcionadas às terras privadas serão intensificadas em sintonia com os prazos previstos na Código Florestal (Lei n.º /2012) para implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), Programa de Regularização Ambiental (PRA), e legislação florestal por bioma. Destaca-se que os incentivos direcionados as terras indígenas deverão ser implementados por meio de um Componente Indígena (vide Anexo IV), a ser criado no âmbito da regulamentação 28

29 de REDD+ e fundamentado na legislação indigenista vigente, especialmente através da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de terras Indígenas (Decreto nº 7.747/2012) Coordenação de política públicas A coordenação entre as diversas políticas públicas, programas e iniciativas federais e estaduais, através de uma estratégia integrada de mitigação e adaptação com abrangência nacional e que aborde diversas ações no setor de mudança do uso da terra e florestas tal como se propõe na Política Nacional sobre Mudança do Clima é um dos grandes desafios do governo brasileiro. A Tabela 3 a seguir apresenta as principais sinergias identificadas com iniciativas federais até o momento. Essa tabela é meramente ilustrativa e outras sinergias com políticas públicas serão exploradas nos vários níveis, tomando como base o desenvolvimento de uma matriz de impacto de carbono. Tabela 3. Sinergias com iniciativas federais INICIATIVAS PNMC, planos setoriais e PPCDs INSERÇÃO NA ESTRATÉGIA Em 2013: aprovação da estratégia nacional de REDD+; planejamento integrado de ações com o PPCDAM, PPCerrado, Plano ABC, Plano Setorial da Siderurgia Verde e Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Código Florestal (Lei nº /2012) 2016 e 2020: revisão simultânea dos documentos relativos ao PPCDAM, PPCerrado e Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Até 2020: Fortalecimento da coordenação interministerial para REDD+. Desenvolvimento de uma matriz de impacto de carbono de políticas públicas vigentes e em elaboração. Implementação de diretrizes nos planos e programas setoriais para a convergência de políticas a favor da redução do desmatamento e da degradação florestal, assim como do incremento de estoques, levando em conta o sistema nacional de salvaguardas. Esforço de articulação para sinergia e complementaridade entre os demais PPCDs, à medida que forem construídos ou revisados. Expansão, fortalecimento e articulação com os pactos setoriais associados aos principais setores ligados ao desmatamento, e parceiros na implementação do PPCDAM e do PPCerrado : planejamento e implementação das ações de REDD+ a partir das definições, diretrizes e instrumentos vigentes no Código Florestal. 29

30 Plano Nacional de Até 2020: Florestas (PNF) Identificação, fortalecimento e geração de instrumentos específicos que Decreto nº 3.420/2000 estimulem a restauração e recuperação de áreas florestais degradadas, com e gestão integrada de enfoque integrado de paisagens e bacias hidrográficas, que detenham paisagens matrizes de impacto de carbono. Fomento as atividades de reflorestamento, notadamente em pequenas propriedades rurais. Recuperação de florestas de preservação permanente, de reserva legal e áreas alteradas. Implementação de novos Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas (CRADs) nos biomas brasileiros - executado pelo Ministério do Meio Ambiente (Secretaria de Biodiversidade e Florestas). Estabelecimento de métodos de recuperação de áreas degradadas para os biomas - executado pelo Ministério do Meio Ambiente (Secretaria de Biodiversidade e Florestas). Instituição de um plano nacional de recuperação de áreas degradadas e restauração da paisagem - executado pelo Ministério do Meio Ambiente (Secretaria de Biodiversidade e Florestas). Implementação do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (Pradam), executado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). PNGATI Até 2020: fortalecimento e implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas (PNGATI). Política de gestão de florestas públicas, conforme prevê a Lei de Gestão de Florestas Públicas nº /2006 Até 2015: Elaboração do Inventário Florestal Nacional. Até 2020: Desenvolvimento de níveis de referência para manejo florestal sustentável no âmbito de ações de REDD+ no país. Ampliar as florestas públicas sob concessão privada para o manejo florestal de baixo impacto. 30

31 Programa Nacional de Até 2020: Conservação e Restabelecer 1/3 da cobertura original e garantir serviços ambientais. Recuperação da Mata Componente 2: recuperação de ecossistemas alterados, prevenção de riscos Atlântica (Programa ambientais e pagamento por serviços ambientais (apoiar recuperação de Mata Atlântica) propriedades rurais (APP+RL); apoiar acesso de mecanismos de PSA (carbono, água e biodiversidade), planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica. Componente 4: Implantação e operação de um sistema de monitoramento da cobertura vegetal, da biodiversidade e da mudança do clima. Programa Revitalização da Bacia do Rio São Francisco Portaria MMA nº 175/2009 Até 2020: Atuação em 5 áreas temáticas, dentre as quais se destacam: Fortalecimento institucional socioambiental. Proteção e uso sustentável dos recursos naturais inclui conservação do solo e água, recuperação da cobertura florestal, unidades de conservação, conservação e uso da biodiversidade. Economias sustentáveis. Plano ABC Até 2020: Promover alinhamento e sinergias entre o financiamento de ações no âmbito do ABC para recuperação de áreas florestais e a diminuição da degradação florestal com os incentivos de REDD+ em propriedades rurais. Alinhar as iniciativas de promoção de capacitação do programa ABC e da estratégia nacional de REDD+ para agricultores familiares. Instrumentos de fomento e captação como o Fundo Amazônia, Fundo Clima, Fundo Nacional de Meio Ambiente, o Plano ABC, FIP (Forest Investment Program), entre outros, serão estratégicos para o desenvolvimento de ações de REDD+ nos demais biomas brasileiros (Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa). Na Tabela 4, apresentam-se de forma não exaustiva informações resumidas sobre os principais fundos acerca de suas características gerais, modalidades, ações relevantes apoiadas. Tabela 4. Resumo das informações gerais sobre os principais instrumentos financeiros para mudança do clima e florestas no país. INSTRUMENTOS FINANCEIROS AÇÕES RELEVANTES APOIADAS 31

32 FNMA Lei nº de 10 de julho de 1989 Fundo Amazônia Decreto Nº 6.527, de 1º de agosto de 2008 Ações no PPA : Uso sustentável dos recursos florestais de espécies nativas; Manejo e Uso Múltiplo de Florestas Nativas; Implementação de Práticas Agroecológicos; Recuperação Florestal de Áreas Alteradas e Degradadas; Apoio à Consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Investimentos em projetos não reembolsáveis nas seguintes categorias: Gestão de florestas públicas e áreas protegidas; Controle, monitoramento e fiscalização ambiental; Manejo florestal sustentável; Atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da floresta; Zoneamento ecológico e econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária; Conservação e uso sustentável da biodiversidade; Recuperação de áreas desmatadas. Fundo Clima Lei N /2009 e Decreto N 7.343/2010 Não reembolsáveis: Desenvolvimento e difusão tecnológica. Práticas adaptativas para desenvolvimento sustentável do semiárido. Adaptação da sociedade e ecossistemas. Educação, capacitação, treinamento e mobilização. Monitoramento e avaliação Reembolsáveis Combate à desertificação. Infraestrutura. Energias renováveis. Indústria. Cidades sustentáveis e mudança do clima. Florestas nativas. Gestão e serviços de carbono. 32

33 PLANO ABC Decreto n 7.390/2010 O Plano ABC conta com uma de linha de crédito Programa ABC aprovada pela Resolução CMN nº de 17/08/10. O Plano ABC é composto por sete programas, seis deles referentes às tecnologias de mitigação, e ainda um último programa com ações de adaptação às mudanças climáticas: Programa 1: Recuperação de Pastagens Degradadas; Programa 2: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ilpf) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Programa 3: Sistema Plantio Direto (SPD); Programa 4: Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); Programa 5: Florestas Plantadas; Programa 6: Tratamento de Dejetos Animais; Programa 7: Adaptação às Mudanças Climáticas. Pacto Federativo e Transferências Intergovernamentais Iniciativas dos governos estaduais para o alcance de resultados REDD+ serão incentivadas. Neste sentido, propõe-se a criação de transferências intergovernamentais do governo federal com o objetivo de premiar governos que obtiverem bom desempenho institucional e na prevenção e no controle do desmatamento. Esta seria uma transferência condicional, sem contrapartida, com base no desempenho dos estados, que por sua vez o distribuem aos municípios. Esta transferência seria alternativa à atribuição de resultados aos estados, servindo àqueles entes federados que optarem por receber incentivos financeiros diretos ao invés de captar recursos de forma independente. Para participar deste mecanismo os Estados devem participar de um processo de habilitação, mediante requisitos mínimos a serem definidos em lei. Sugerem-se três critérios básicos para alocar os recursos entre os estados: o total da área coberta por floresta, a variação dessa área de um ano para outro, e o desempenho institucional dos governos estaduais envolvidos. A avaliação do desempenho institucional deveria incluir o percentual da área estadual que já esteja dentro do Cadastro Ambiental Rural (CAR), tendo em vista que esse e um instrumento imprescindível no processo de controle do desmatamento e governança, e que esta diretamente associado ao esforço administrativo dos governos estaduais e municipais. Através da definição de parâmetros de desempenho institucional e metodologias de aferição de resultado para o acesso aos recursos, um sistema de transferências intergovernamentais contribuiria com transparência quanto à destinação dos recursos para doadores e comunidade internacional. Além disso promove-se a articulação e coordenação direta entre políticas e programas nacionais (PSA, Áreas protegidas, PPCDAM, entre outros), estaduais e municipais Investimentos A Entidade Nacional de REDD+ deverá elaborar planos de investimento, proporcionais ao financiamento obtido, desenvolvidos a partir de finalidades específicas e recortes territoriais. 33

34 Algumas das finalidades específicas identificadas até o momento incluem: Desenvolvimento de capacidades e governança; Regularização ambiental rural; Monitoramento e fiscalização; Fomento a atividades produtivas sustentáveis. Tais finalidades ganhariam eficiência e eficácia se implementadas dentro de estratégias territoriais. Três territórios estratégicos foram até o momento identificados; o principal critério para a definição destes territórios é que trariam maior relevância econômica à implementação das atividades: Territórios emergenciais: municípios críticos para o controle do desmatamento em escala regional. O foco deveria ser as atividades de governança, monitoramento e fiscalização, mitigação de efeitos adversos das operações de fiscalização através do fomento a atividades produtivas sustentáveis, regularização ambiental rural e pactos pelo desmatamento zero como já aplicado nos municípios prioritários pelo PPCDAM. Territórios de recuperação: municípios muito afetados pelo desmatamento, mas onde a situação já se consolidou e deve-se buscar a recuperação estratégica dos ecossistemas. Nesses territórios devem ser enfatizadas as atividades de regularização ambiental rural, restauração ambiental, ciência e tecnologia de restauração florestal, planos de desenvolvimento econômico sustentável com base na restauração florestal e pagamentos por serviços ambientais. Territórios de parceria com grandes empreendimentos: territórios influenciados pela presença de grandes empreendimentos (usinas hidrelétricas, extração mineral, exploração de petróleo e gás, e novas estradas) que geram recursos de compensação ambiental. A estratégia de REDD+ potencializaria, por meio da sinergia entre as finalidades específicas, os efeitos da aplicação dos recursos. Os planos de investimento deverão ser operacionalizados a partir de modalidades tais como programas de governo (PPA), projetos estruturantes por meios tais como Fundo Amazônia e Fundo Nacional do Meio Ambiente; instrumentos econômicos, entre outros. Benefícios e incentivos para atividades de conservação, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal (Plus) No Brasil, o fomento a atividades de conservação, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal (plus) é de fundamental importância para o alcance da meta de desmatamento líquido zero definida na PNMC. A permanência das baixas taxas de desmatamento alcançadas na Amazônia e o alcance da meta de aumento de estoque de carbono florestal dependem da criação de instrumentos econômicos que incentivem os proprietários rurais a deixar de suprimir a vegetação conforme autorizado no Código Florestal e em alguns 34

35 casos investir na recuperação de áreas de florestas degradadas. O desafio em questão será alcançado através da elaboração e implementação um sistema doméstico de distribuição de incentivos e repartição de benefícios (nacional, unificado e descentralizado, com adesão voluntária, mediante habilitação). Esse sistema deve assegurar que a distribuição de incentivos beneficie, de forma equitativa, todos os atores envolvidos, inclusive no que se refere a considerações de gênero e à participação dos povos indígenas, agricultores familiares e comunidades tradicionais. Dentre os potenciais incentivos positivos a serem utilizados para financiar atividades REDD+ nos diversos biomas brasileiros estão subsídios, tributos e incentivos fiscais, e direitos negociáveis, apresentados na Tabela 5. Tabela 5. Tipos de incentivos positivos. Fonte: CIM, GEx, GT REDD+, INCENTIVOS DEFINIÇÃO MODALIDADES Subsídios ambientais Incentivos tributários Direitos negociáveis Instrumento econômico cuja função é incentivar o controle da poluição e de outros danos ambientais cobrindo os custos de uma mudança de comportamento do agente econômico. Incentivo positivo que se materializa em cada unidade de tributo ambiental não paga seja pelo desincentivo ao fato gerador (exemplo, emissão de GEE) Distribuição e negociação de licenças baseadas em limites estabelecidos de utilização dos recursos naturais. Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), reserva de mercado e incentivo de aproveitamento de recursos genéticos das florestas Incentivos fiscais à proteção e conservação. Cotas florestais, títulos de ativos florestais Levantamento do Governo Federal indica que há predominância de subsídios ambientais entre os incentivos positivos utilizados em políticas ambientais no Brasil, com grande variedade e diversidade de instrumentos em aplicação. Faz-se necessário aumentar a diversidade e fomentar a sinergia entre incentivos positivos utilizados no Brasil, para permitir que agentes econômicos desenvolvam estratégias complementares de investimento que resultem na conservação de estoques florestais, manejo florestal sustentável ou incremento de estoques florestais. Nesse sentido, é necessário considerar o uso de abordagens apropriadas de mercado para reduzir os custos de abatimento e incentivar a participação de entidades privadas em atividades de conservação, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal (Plus). Para tanto, o governo federal avaliará diferentes opções de instrumentos econômicos de incentivo ao desenvolvimento de atividades de conservação, manejo e aumento de estoques de carbono florestal (Plus), inclusive abordagens apropriadas de mercado para algumas das atividades de "Plus", em consonância com as negociações sobre REDD+ no âmbito da UNFCCC. O Código Florestal estabelece a obrigação da reposição florestal para pessoas físicas ou 35

36 jurídicas que utilizam matéria prima florestal oriunda de supressão da vegetação nativa ou que detenham autorização para supressão de vegetação nativa (Art. 33, para. 1 o ) 6. A Tabela 6 apresenta algumas opções para proprietários rurais em diversas situações. Quando proprietários em situação irregular aumentam o estoque de carbono florestal de suas propriedades através da recomposição ou regeneração natural há um ganho em termos de carbono. Se estes proprietários fazem uso de instrumentos como CRA, proprietários regulares tem incentivos para investir no aumento de estoque e os proprietários excedentes incentivos para manter seus estoques adicionais. Neste caso, a soma é zero para carbono. Tabela 6. Iniciativas que demandam incentivos econômicos. ATIVIDADES SITUAÇÃO DO PROPRIETÁRIO RURAL IRREGULAR REGULAR EXCEDENTE Supressão de vegetação nativa autorizada Manutenção do estoque V + Aumento de estoque V +* + * Nota: Onde (V) são atividades em que o proprietário rural, por regra, tem o dever de cumprir segundo o Código Florestal enquanto (+) são atividades para as quais os proprietários precisariam de incentivos adicionais. As duas categorias assinaladas com asterisco são as únicas que levam a um resultado positivo em termos de incremento de estoque de carbono, desde que não sejam utilizadas no mecanismo de cotas para proprietários em situação irregular. V As cotas são de fato instrumentos importantes para a manutenção do estoque de carbono excedente, mas instrumentos econômicos adicionais 7 são necessários para garantir que além da soma zero haja também um ganho em termos de carbono. Neste sentido proprietários rurais em situação regular devem também receber incentivos positivos para recuperar as florestas, através de instrumentos como pagamentos por serviços ambientais e outros Salvaguardas As salvaguardas visam potencializar os múltiplos benefícios e reduzir eventuais riscos relacionados ao REDD+. Esta Estratégia considera as salvaguardas definidas no Anexo I da 6 Segundo o 2º, há isenção dessa obrigação caso haja Plano de Manejo Florestal Sustentável. 7 O Código Florestal prevê a criação e mobilização de incentivos econômicos para fomentar a preservação e a restauração da vegetação nativa e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis (Art. 1, inciso VI). Este instrumento legal autoriza o Poder Executivo federal a instituir programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável (Art. 41). As categorias a serem consideradas para a criação destes programas incluem pagamentos por serviços ambientais e linhas de financiamento para incentivar a conservação, manejo florestal e agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse rural, ou restauração de florestas degradadas (Art. 41, I e II). 36

37 Decisão 1/CP.16 8, as orientações da Decisão 12/CP.17, bem como os princípios e critérios socioambientais para REDD+, desenvolvidos pela sociedade civil organizada (Anexo V), como referência. No que tange às terras indígenas, além das salvaguardas apresentadas, um conjunto de premissas desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente e a Fundação Nacional do Índio servirão de base para a implementação da estratégia nacional (Anexo IV). Prevê-se a criação do sistema de informações sobre como as salvaguardas serão tratadas e respeitadas, usando como base os marcos legais e institucionais vigentes no Brasil para a organização, promoção, assistência, avaliação, monitoramento nacional e divulgação dessas informações. Esse sistema será uma ferramenta importante para informar decisões, avaliar os impactos e benefícios sociais e ambientais alcançados, e, além disso, apoiar a governança e implementação efetiva de instrumentos de REDD+ no país. O sistema de informações sobre salvaguardas também subsidiará a Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC, conforme decisão 1/CP.17. A COP-19 trouxe novas orientações sobre como o tema salvaguardas deve ser tratado pelas partes. Foi reiterada a necessidade por um sumário de informações sobre como as salvaguardas são abordadas e respeitadas, documento que figura como novo elemento na comunicação nacional à UNFCCC. Além disso, a submissão deste relatório passa a ser um dos requisitos para elegibilidade de países em desenvolvimento para o pagamento por resultados. O sistema de informação de salvaguardas deve atuar com abrangência nacional, ser simples, confiável, custo efetivo e coordenado por uma instância específica do governo federal, em plena articulação com sistemas de informação existentes e com efetiva parceria dos fóruns nacional e estaduais de mudança do clima. O sistema deverá ser periodicamente revisado e adaptado aos novos desafios e prioridades. Os usuários potenciais identificados são participantes e beneficiários dos programas e iniciativas de REDD+ em âmbito estadual e regional, atores interessados na implementação de ações de REDD+ como organizações não governamentais, setor privado, sociedade civil, governos (cooperações e agências), investidores/doadores e a comunidade internacional. Este sistema de informações será desenhado e implementado pelo governo brasileiro até 2014, como uma ferramenta transparente e de fácil acesso à sociedade. 8 As ações que complementem ou sejam consistentes com os objetivos de programas florestais nacionais e convenções e acordos internacionais relevantes; estruturas de governança florestal nacional transparentes e eficazes, tendo em conta a legislação nacional e soberania; respeito pelo conhecimento e direitos dos povos indígenas e membros de comunidades locais, tendo em conta as obrigações internacionais relevantes, circunstâncias e as leis nacionais, e observando que a Assembleia Geral da ONU adotou na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas; participação plena e efetiva das partes interessadas, em particular povos indígenas e comunidades locais, nas ações referidas nos parágrafos 70 e 72 da decisão 1/CP.16; as ações sejam consistentes com a conservação das florestas naturais e diversidade biológica, garantindo que as ações referidas no parágrafo 70 desta decisão não sejam utilizadas para a conversão de florestas naturais, mas sim para incentivar a proteção e conservação das florestas naturais e seus serviços ecossistêmicos, e para melhorar outros benefícios sociais e ambientais; ações para enfrentar os riscos de reversões; ações para reduzir o deslocamento de emissões. 37

38 38

39 5. Cronograma de Implementação ( ) Esta seção apresenta o cronograma de desenvolvimento da Estratégia e uma proposta preliminar de cronograma de implementação dos aspectos estratégicos de REDD+ no Brasil (Figura 3). Esse cronograma será revisado periodicamente, com as várias instituições envolvidas em cada uma das atividades. Figura 3. Cronograma de desenvolvimento

40 Figura 4. Cronograma de implementação

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