Tarde trágica no edifício do INSS em construção
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- Lara Monsanto Miranda
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1 mediafax Maputo, Quarta-feira, *Nº5847 De segunda a sexta, um diário no seu fax ou * Propriedade e edição: mediacoop SA * Editor: Fernando Mbanze * Sede: Av. Amilcar Cabral, nº C.P. 73 * Maputo-Moçambique Telfs: / ou , *Fax: * mediafax@mediacoop.co.mz *INTERNET: Delegação na Beira: Prédio Aruângua, nº Apartamento A - 1º. Andar *Telef. & Fax * C.Postal 15 Assinaturas mensais - Ordinária: 20 USD* Institucional: 35 USD* Embaixadas e ONG s estrangeira: 50 USD - Outras moedas ao câmbio do dia Cinco mortos confirmadas na queda de andaimes Tarde trágica no edifício do INSS em construção (Maputo) Simplesmente trágica é como se pode classificar a tarde de ontem, na zona baixa da cidade de Maputo, mais concretamente a zona onde estão a ser erguidos edifícios denominados JAT, onde, até ao fecho da presente edição, se tinha vconfirmado a morte de cinco pessoas em resultado da queda de andaimes de um edifício em construção. Constituído por 15 andares, uma das estruturas do andaime que ia até ao último piso, simplesmente caiu com cerca de 30 trabalhadores que estavam em pleno exercício laboral. Na hora da queda perderam a vida imediatamente três trabalhadores, tendo, até ao fecho da presente edição, sido confirmados mais dois óbitos já no Hospital Central de Maputo, subindo, desta forma, o número de óbitos para cinco. No fecho da presente edição, seis trabalhadores estavam em tratamento hospitalar, dos quais três em situação crítica, pois esperavam por aturada intervenção cirúrgica. Entretanto, no local, alguns trabalhadores continuavam debaixo dos escombros resultantes da queda da estrutura de andaimes, daí que se acredita que o número de óbitos e feridos possa subir. Aliás, no local, alguns trabalhadores falavam de oito mortos. A construção ocorre exactamente na zona onde, em tempos se proibia completamente a construção de qualquer edifício por ser uma zona que serve de suporte natural para a zona alta da cidade de Maputo. É uma zona já elitizada onde se subs- Maputo, mediafax Pág. 51/5
2 Principais Câmbios MZN em 08 de Julho de 2015 Moeda Compra Venda ZAR/MT 3,01 3,07 USD/MT 37,60 38,36 GBP/MT 58,11 59,29 EUR/MT 41,38 42,22 ZAR/MT Fonte: 2,93 2,99 Nota: Cotações válidas apenas para montantes inferiores ao contravalor de USD (cinco mil dólares americanos) titui o pulmão natural por empreendimentos de alto valor monetário. Edifício do INSS Trata-se do prédio JAT VI, que pertence ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), tendo como empreiteiro o grupo de construtores que formam o grupo JAT. Segundo testemunhas oculares, a queda dos andaimes aconteceu por volta das 14 horas e começou mesmo do 16 andar, arrastando tudo e todos até ao chão. O mediafax esteve no local e testemunhou os inúmeros pedaços de metais dobrados. Aliás, os trabalhadores reclamam de material precário no trabalho, tanto que afirmam que se os andaimes fossem de qualidade razoável não se teriam dobrado, independente da altura da queda. Ainda falando dos andaimes os trabalhadores dizem que estes foram segurados por varões que não constituem material apropriado. O empreendimento está a cargo da construtora JAT constrói, mas o edifício pertence ao INSS e a fiscalizadora é a empresa Idto consultoria que é uma empresa que presta serviços de consultoria, em especial a fiscalização de obras, arquitectura e engenharia. É uma situação muito grave Fontes oficiais do Serviço Nacional de Salvação Pública (bombeiros) disseram que ainda se estava por apurar as razões reais da queda da estrutura de andaimes. Vitória Diogo, ministra do Trabalho, Segurança Social e Função Pública esteve no local, juntamente com o presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, para se inteirar da situação. É uma situação muito grave esta que envolveu perda de vidas humanas e como governo iremos fazer tudo que é para se apurar aquilo que causou este acidente. Obras desta envergadura exigem grande atenção e grande responsabilidade dos empreiteiros. Por- (Maputo) A bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique remeteu, na última semana, à Assembleia da República, uma proposta para a constituição de uma comissão de inquérito com o objectivo de investigar indícios de tráfico de influência nos resultados dos concursos públicos regularmente lançados pela empresa responsável pela distribuição de electricidade no território nacional. No âmbito desta proposta de uma das duas bancadas da oposição parlamentar, o medi afax ouviu, esta terça-feira, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Electricidade de Moçambique (EDM), exactamente no sentido de perceber como é que se posiciona a empresa em torno das acusações feitas no parlamento. Em resposta, o responsável da EDM disse simplesmente que a empresa da qual é dirigente tinha folha limpa no processo de contratação de fornecedores de bens e serviços, pois, tudo quanto foi feito seguiu a lei de procurement. Estando a acontecer teria que ser provado pelas pessoas que fizeram a acusação disse o PCA da EDM, Gildo Abílio Sibumbe. Acrescentou que o que nós sabemos é que, na EDM, os critérios usados são os da lei do procurement, que é uma lei aprovada. Portanto, tem que haver um concurso e depois do concurso se que estamos a falar de edifícios que vão albergar pessoas e envolvem pessoas na fase da construção disse a governante. Questionada em torno das causas do incidente, a governante disse que uma comissão de inquérito tinha já sido criada. (Raf. Ricardo) Ainda a suposta promiscuidade nos negócios EDM vs figuras da nomenklatura PCA da empresa justifica-se com base na lei do procurement identifica o vencedor naturalmente. Há outras questões como a Lei da Probidade Pública que devem ser verificadas. Havendo qualquer viciação, os órgãos competentes podem fazer qualquer denúncia e se houver matéria o processo até pode ser anulado - avançou Sibumbe, negando a existência de esquemas de facilitação e tráfico de influências para se ganhar concursos públicos com alto rendimento económico. As acusações da bancada parlamentar do MDM foram feitas tendo como base diversos trabalhos de investigação jornalística, incluindo um trabalho elaborado pelo Centro de Integridade Pública (CIP), intitulado Electricidade de Moçambique: mau serviço, não transparente e politizada. Em relação a alguns nomes da nomenklatura política dominante e funcionários seniores da empresa que aparecem citados em associações empresariais que sempre saem ganhadoras de concursos públicos, o PCA da EDM disse que o importante é que as acusações sejam provadas. Isso aí tem que ser provado pelo acusador e em órgãos competentes e penso que esse órgão não é a EDM. A EDM lida é com as empresas que concorrem, havendo um vencedor, a empresa adjudica ao vencedor. Portanto, esses pronunciamentos são uma acusação apenas.(ilódio Bata) Maputo, mediafax nº Pág. 3/ 5
3 Revisão em baixa do rating de Moçambique para B- Banco de Moçambique diz que tomou nota (Maputo) O Banco de Moçambique, reunido esta segunda-feira, na sua sétima sessão ordinária do presente ano, diz ter tomado conhecimento e analisado a revisão em baixa da capacidade nacional de endividamento interno e externo actualizada pela agência de notação financeira Standard & Poor, que reduziu o rating de Moçambique de B para B -. Esta revisão em baixa significa, essencialmente, que o custo do dinheiro torna-se mais caro em prováveis novos pedidos de empréstimos por parte das autoridades moçambicanas. Uma das razões que obrigou àquela agência a rever em baixa a capacidade moçambicana tem a ver com o buraco financeiro criado pela dívida da EMATUM nas finanças públicas nacionais. O Banco de Moçambique, no seu comunicado a propósito da reunião da Comissão de Política Monetária, não avança com comentários concretos e claros em torno do assunto, mas, no geral, diz apenas que tomou medidas para assegurar que o país continue em situação de estabilidade económica e financeira. O Comité registou a avaliação recente da agência de notação financeira Standard & Poor, que reduziu o rating de Moçambique de B para B - - refere o BM, para depois avançar que perante os objectivos macroeconómicos estabelecidos para 2015 e tomando por base as projecções de inflação de curto e médios prazos, ponderados os riscos presentes na conjuntura doméstica e internacio- nal, o CPMO considera adequado manter a vigilância ao funcionamento dos mercados, tendo assim deliberado: Intervir nos mercados interbancários de modo a assegurar o cumprimento da meta da base monetária para Julho de 2015, fixada em milhões de Meticais; manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de liquidez em 7,5%; manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos em 1,50%; e manter o Coeficiente de Reservas Obrigatórias em 8,0%. (Redacção) LEIA E DIVULGUE mediafax Site: savana@mediacoop.co.mz mediafax@mediacoop.co.mz Maputo, mediafax nº Pág. 3/ 5
4 Cabo Delgado Tanzaniano detido na posse de 15 toneladas de pedras semi-preciosas (Maputo) Ilustrando o verdadeiro e grave cenário de exploração ilegal de recursos naturais no território nacional, um cidadão de nacionalidade tanzaniana foi detido, na última semana, na província de Cabo Delgado, transportando cerca de 15 toneladas de pedras preciosas e semi-preciosas. O tanzaniano transportava o produto num camião por ele conduzido e o destino era, de acordo com informação policial, o seu país de origem (Tanzânia). As autoridades acreditam que as cerca de 15 toneladas de pedras preciosas e semipreciosas terão sido ilegalmente explorados na província de Manica, região onde muitos estrangeiros exploram ilegal- mente diversos recursos naturais, incluindo pedras do subsolo. Pedro Cossa, porta-voz do Comando-Geral da Polícia, que deu a informação esta terça-feira no habitual briefing semanal, não conseguiu explicar, ao detalhe, as reais circunstâncias da detenção do indiciado e apreensão do produto que transportava. Nos últimos tempos vários casos de exploração ilegal de pedras preciosas e semi preciosas tem sido reportados em vários cantos do país, particularmente nas províncias de Manica, Niassa e Cabo Delgado, com os estrangeiros a ocuparem os lugares cimeiros em casos de exploração ilegal de recursos naturais. Por ser uma actividade ilegal e sem quaisquer regras de segurança, casos de desmoronamento de terra e consequente morte dos mineradores artesanais têm sido reportados.(eduardo Conzo) Estavam na posse de duas caçadeiras Três furtivos surpreendidos no Parque do Limpopo (Maputo) Três indivíduos estão a conta com a Polícia da República de Moçambique (PRM) desde semana passada, no distrito de Massingir, província de Gaza, por envolvimento na caça furtiva, no Parque Nacional do Limpopo e Kruger Park, lado sul-africano. Na posse dos indiciados, foram apreendidas duas armas de fogo do tipo Mauser de 350 milímetros (caçadeiras). Segundo o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Pedro Cossa, os indivíduos foram detidos em flagrante, na posse das armas, no interior do Parque Nacional do Limpopo. Existem fortes indícios de que estes estão envolvidos em actividades de caça furtiva. Estão detidos por posse ilegal de armas de fogo e envolvimento em caça furtiva. As investigações continuam - afirmou. Dados disponíveis indicam que Moçambique é o país africano com quarto maior número de elefantes abatidos ilegalmente em todo o continente. (Eduardo Conzo) Assistência e busca de salvamento Operadora móvel disponibiliza linhas telefónicas (Maputo) Para permitir o acesso fácil e rápido das populações à comunicação sobre a busca de salvamento e assistência humanitária, a mcel-moçambique Celular disponibilizou linhas telefónicas, a custo zero, ao INGC-Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, ao abrigo do memorando de entendimento celebrado, esta terça-feira, em Maputo. Para além da Linha Verde com o número , a operadora colocou igualmente à disposição do INGC a sua plataforma tecnológica para o envio de mensagens de apoio às vítimas de desastres naturais, incluindo a alocação de 15 linhas operacionais, para facilitar a comunicação entre as delegações provinciais e as direcções regionais do instituto, para que todas as situações de emergência sejam respondidas com a maior brevidade possível. Intervindo na cerimónia de assinatura do referido acordo, o Presidente do Conselho de Administração da mcel, Teodato Hunguana, referiu que a operadora tem privilegiado, no seu negócio, o uso da sua plataforma tecnológica para apoiar serviços de saúde, para além de outros projectos em vários sectores vulneráveis. Agora, conforme sublinhou, a mcel junta-se a mais um projecto na busca de soluções positivas para a melhoria da qualidade de vida das comunidades, no âmbito da responsabilidade social da operadora. Para o Director-geral do INGC, João Ribeiro, os meios de comunicação rápidos e eficientes, que a mcel está a disponibilizar ao INGC, vão servir para antecipar a informação o mais rápido possível, de modo a que as comunidades que precisam do apoio possam obtê-lo de modo eficiente.(r) Maputo, mediafax nº Pág. 4/ 5
5 Maputo, mediafax nº Pág. 5/ 5
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