: Ordinária Nº 02/2011 : Extraordinária Decisão da C. Especializada : CEEMM / PA nº 0054/2011 Referência : Interessado
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1 Decisão da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, Metalúrgica e Química do Crea/PA Reunião : Ordinária Nº 02/2011 : Extraordinária Decisão da C. Especializada : CEEMM / PA nº 0054/2011 Referência : Interessado ADEMAR ME/Auto MONTENEGRO de Infração DELGADO EMENTA: Orientação acerca do Plano de Manutenção Operação e Controle - PMOC para ambientes climatizados DECISÃO A Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, Metalúrgica e Química do CREA-PA, em reunião realizada em 21/06/2011, apreciando o assunto de que trata o processo em epígrafe de interesse de ADEMAR MONTENEGRO DELGADO junto a este Crea. Considerando a legislação do CONFEA acerca do tema: Decreto /33, Art. 32 Alínea f, de 12/10/1933; Decreto - Lei 8.620/46, 10/01/1946, que dispõe sobre a profissão de engenheiro, arquiteto e agrimensor; Lei Federal 5.194/66, de 24/12/1966; Lei Federal 5.524/68, de 05/11/1968, que dispõe sobre os técnicos de nível médio; Resolução 218/73, Arts. 1º, 12 e 25, de 29/06/1973, dispondo nestes artigos sobre as atribuições do engenheiro mecânico; Lei Federal 6.496/77, 07/12/1977, que dispõe acerca da Anotação de Responsabilidade Técnica; Resolução 278/83, de 27/05/1983, que trata das atribuições de técnicos industriais de nível médio; Resolução 288/83, de 07/12/1983, que trata das atribuições dos engenheiros industriais; Resolução 310/86, de 23/07/1986, que trata das atividades dos engenheiros sanitaristas; Resolução 313/86, de 26/09/1986, que trata dos tecnólogos; Resolução 359/91, de 31/0/1991, que dispõe acerca das atribuições dos engenheiros de segurança do trabalho; Resolução 437/99, de 27/11/1999, que dispõe sobre a ART dos engenheiros especialistas em engenharia de segurança do trabalho; Decisão Normativa Nº 42/92, de 08/07/1992, que trata da instalação e manutenção de sistemas de refrigeração e ar condicionado; e Decisão Plenária PL-0293/2003, de 27/06/2003; Considerando a legislação da ANVISA: Portaria 3.523/98, DE 28/08/1998, que criou o PMOC; Resolução RE 50/2002, de 21/02/2002; Resolução RE 09/2003, de 16/01/2003; Considerando que o PMOC - Plano de Manutenção, Operação e Controle para o sistema de climatização é um Regulamento Técnico emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA, através da Portaria 3.523/GM de 28/08/1998, que contém as medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados. ; Considerando que da Portaria 3.523/GM da ANVISA, de 28/08/1998 em seus considerandos, pode-se facilmente inferir que a grande preocupação do normativo é garantir a qualidade do ar dos ambientes climatizados a fim de evitar ou pelo menos minimizar a síndrome dos edifícios doentes; considerando que o Art. 2 da Portaria afirma que medidas específicas referentes a padrões
2 de qualidade do ar em ambientes climatizados, no que diz respeito a definição de parâmetros físicos e composição química do ar de interiores, a identificação dos poluentes de natureza física, química e biológica, suas tolerâncias e métodos de controle, bem como pré-requisitos de projetos de instalação e de execução de sistemas de climatização serão objetos de normativos específicos a serem editados no futuro e que esse normativo foi editado em 2003, a Resoluções RE 09/2003; Considerando que o Artigo 4 traz as definições para: d. boa qualidade do ar interno: conjunto de propriedades físicas, químicas e biológicas do ar que não apresentem agravos à saúde humana;( ) h. manutenção atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de desempenho técnico dos componentes ou sistemas de climatização, garantindo as condições previstas neste Regulamento Técnico. i. Síndrome dos Edifícios Doentes: consiste no surgimento de sintomas que são comuns à população em geral, mas que, numa situação temporal, pode ser relacionado a um edifício em particular. Um incremento substancial na prevalência dos níveis dos sintomas, antes relacionados, proporciona a relação entre o edifício e seus ocupantes. Considerando que o Art. 7 da Portaria estabelece que o PMOC deve também respeitar as boas práticas da Saúde e Segurança no trabalho, conforme determinado no Art. 7: O PMOC do sistema de climatização deve estar coerente com a legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. Os procedimentos de manutenção, operação e controle dos sistemas de climatização e limpeza dos ambientes climatizados, não devem trazer riscos a saúde dos trabalhadores que os executam, nem aos ocupantes dos ambientes climatizados. ; Considerando que no Anexo I, está contido a estrutura do PMOC; Considerando que no que se refere ao Plano de Manutenção e Controle, item 5 do Anexo, o PMOC traz recomendações de manutenção dispostos em itens que vão da letra a até a letra g : a) Condicionador de Ar (do tipo "expansão direta" e "água gelada"); b) Condicionador de Ar (do tipo "com condensador remoto" e "janela"); c) Ventiladores; d) Casa de Máquinas do Condicionador de Ar; e) Dutos, Acessórios e Caixa Pleno para o Ar; f) Ambientes Climatizados; g) Torre de Resfriamento. Considerando que para todos os itens do Anexo, exceto o item f, as recomendações de manutenção e controle são exequíveis pelos profissionais da engenharia mecânica: verificar e eliminar sujeiras, ruidos, limpeza, funcionamento, verificar o estado dos mancais, do isolamento, dos dutos, dos filtros, etc; Considerando que o item f do Anexo da Portaria trata dos AMBIENTES CLIMATIZADOS recomenda as seguintes ações: verificar e eliminar sujeira, odores desagradáveis, fontes de ruídos, infiltrações, armazenagem de produtos químicos, fontes de radiação de calor excessivo, e fontes de geração de microorganismos;, o qual deverá seguir o disposto na Resolução RE 09/2003 da ANVISA; Considerando que o PMOC deve ser executado em conjunto com a Norma ABNT NBR e com o disposto no capítulo Práticas de Manutenção, Anexo 3, itens e da Portaria n.º 2296/97, de 23 de julho de 1997, Práticas de Projeto, Construção e Manutenção dos Edifícios Públicos Federais, do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado MARE, conforme previsto na Nota 1 do referido Anexo; Considerando que no que se refere à Resolução RE 09/2003 da ANVISA, de 16/01/2003 traz em seu anexo uma Orientação Técnica sobre Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, no que diz respeito a definição de valores máximos recomendáveis para contaminação biológica, química e parâmetros físicos do ar interior, a identificação das fontes poluentes de natureza biológica, química e física, métodos analíticos (Normas Técnicas 001, 002, 003 e 004) e as recomendações para controle (Quadros I e II) ; Considerando que as normas técnicas listadas no Anexo da referida Resolução versam sobre
3 os seguintes métodos de avaliação e controle no item V do anexo: Norma Técnica 001 Qualidade do Ar Ambiental Interior Análise de Bioaerosol em Ambientes Interiores - Pesquisa, monitoramento e controle ambiental da possível colonização, multiplicação e disseminação de fungos em ar ambiental interior; Norma Técnica 002 Qualidade do Ar Ambiental Interior - Análise da Concentrac ão de Dióxido de Carbono em Ambientes Interiores Pesquisa, monitoramento e controle do processo de renovac ão de ar em ambientes climatizados; Norma Técnica 003 Qualidade do Ar Ambiental Interior - Determinac ão da Temperatura, Umidade e Velocidade do Ar em Ambientes Interiores Pesquisa, monitoramento e controle do processo de climatizac ão de ar em ambientes climatizados; Norma Técnica 004 Qualidade do Ar Ambiental Interior Análise de Concentrac ão de Aerodispersóides em Ambientes Interiores - Pesquisa, monitoramento e controle de aerodispersóides totais em ambientes interiores climatizados; Considerando que o item VIII da Resolução 09/2003 da ANVISA trata da responsabilidade técnica no que se refere à qualidade do ar: VIII RESPONSABILIDADE TÉCNICA - Recomenda que os proprietários, locatários e prepostos de estabelecimentos com ambientes ou conjunto de ambientes dotados de sistemas de climatizac ão com capacidade igual ou superior a 5 TR ( kcal/h = BTU/h), devam manter um responsável técnico atendendo ao determinado na Portaria GM/MS no 3.523/98, além de desenvolver as seguintes atribuic ões: a) providenciar a avaliac ão biológica, química e física das condic ões do ar interior dos ambientes climatizados; b) promover a correc ão das condic ões encontradas, quando necessária, para que estas atendam ao estabelecido no Art. 4o desta Resoluc ão; c) manter disponível o registro das avaliac ões e correc ões realizadas; e d) divulgar aos ocupantes dos ambientes climatizados os procedimentos e resultados das atividades de avaliac ão, correc ão e manutenc ão realizadas. Em relac ão aos procedimentos de amostragem, medic ões e análises laboratoriais, considera-se como responsável técnico, o profissional que tem compete ncia legal para exercer as atividades descritas, sendo profissional de nível superior com habilitac ão na área de química (Engenheiro químico, Químico e Farmaceûtico) e na área de biologia (Biólogo, Farmaceûtico e Biomédico) em conformidade com a regulamentac ão profissional vigente no país e comprovac ão de Responsabilidade Técnica - RT, expedida pelo Órgão de Classe. As análises laboratoriais e sua responsabilidade técnica devem obrigatoriamente estar desvinculadas das atividades de limpeza, manutenc ão e comercializac ão de produtos destinados ao sistema de climatizac ão. Considerando que após a publicação da Portaria 3.523/GM de 28/08/1998 e da Resoluções RE 09/2003, de 16/01/2003, o CONFEA manifestou-se em 27 de junho de 2003 por meio da Decisão Plenária PL-0293/2003 nos seguintes termos: Ref. SESSÃO : Plenária Ordinária DECISÃO Nº : PL-0293/2003 PROCESSO Nº : CF-2543/2002 INTERESSADO : Crea-PR EMENTA: Pedido do Crea-PR de reconsideração da Decisão Plenária nº PL-0208/2002. Relatório e Voto Fundamentado em Pedido de Reconsideração. Aprovado. D E C I S Ã O O Plenário do Confea, apreciando o Relatório e Voto Fundamentado em Pedido de Reconsideração exarado pelo Conselheiro Federal Élbio Gonçalves Maich, relativo ao processo em epígrafe, que trata de pedido apresentado pelo Crea-PR através do Ofício nº 476/2002-DETEC-CEEMM/PRES, de reconsideração da Decisão nº PL-0208/2002, que firmou entendimento de quais profissionais do Sistema Confea/Crea estão legalmente habilitados para executar, responsabilizar-se tecnicamente e/ou fiscalizar a qualidade do ar de ambientes climatizados, DECIDIU, por unanimidade: 1) Aprovar o Relatório e Voto Fundamentado em Pedido de
4 Reconsideração, na forma apresentada pelo Conselheiro Federal Élbio Gonçalves Maich. 2) Reeditar a Decisão Plenária nº PL-0208/2002 que passa a vigorar com o seguinte teor: a) Definir que os profissionais do Sistema Confea/Crea legalmente habilitados para executar, responsabilizar-se tecnicamente e/ou fiscalizar a qualidade do ar de ambientes climatizados no que se refere a realização da avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados são: a.1) Os Engenheiros Químicos ou engenheiros industriais, modalidade química, com as atividades do art. 17 da Resolução n.º 218, de 29 de junho de 1973, do Confea; a.2) Os Engenheiros e Arquitetos com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, com as atividades do art. 4º, item 4 da Resolução n.º 359, de 31 de julho de 1991; a.3) Os Tecnólogos da área da Engenharia Química, habilitados para executar, responsabilizar-se tecnicamente e/ou fiscalizar a qualidade do ar dos ambientes climatizados, inclusive a vistoria, perícia, avaliação e emissão de laudos ou pareceres técnicos; a.4) Os Técnicos de nível médio da área da Engenharia Química podendo responsabilizar-se tecnicamente pela prestação de assistência técnica e assessoria no estudo, pesquisa e coleta de dados, execução de ensaios, aplicação de normas técnicas e regulagem de aparelhos e instrumentos concernentes aos serviços de fiscalização de qualidade do ar nos ambientes climatizados. b) Os profissionais do Sistema Confea/Crea legalmente habilitados para executar, responsabilizar-se tecnicamente e/ou fiscalizar a qualidade do ar de ambientes climatizados no que se refere a realização dos serviços de limpeza e manutenção dos equipamentos envolvidos no processo de climatização são: b.1) Os Engenheiros Mecânicos ou os Engenheiros Industriais, modalidade Mecânica, com as atividades do art. 12 da Resolução n.º 218, de 1973; b.2) Os Tecnólogos da área da Engenharia Mecânica, habilitados para executar, responsabilizar-se tecnicamente e/ou fiscalizar a qualidade do ar dos ambientes climatizados, inclusive a vistoria, perícia, avaliação e emissão de laudos ou pareceres técnicos; b.3) Os Técnicos de nível médio da área da Engenharia Mecânica, podendo responsabilizar-se tecnicamente pela prestação de assistência técnica e assessoria no estudo, pesquisa e coleta de dados, execução de ensaios, aplicação de normas técnicas e regulagem de aparelhos e instrumentos concernentes aos serviços de fiscalização de qualidade do ar nos ambientes climatizados. 3) Ficam revogadas as Decisões nºs PL-0630, de 24 de agosto de 2001, e PL-0208, de 26 de abril de Presidiu a Sessão o Eng. Civil WILSON LANG. Presentes os senhores Conselheiros Federais ANJELO DA COSTA NETO, ANTÔNIO BARBOSA TELES, ANTÔNIO ROQUE DECHEN, ÉLBIO GONÇALVES MAICH, IARA MARIA LINHARES NAGLE, ITAMAR COSTA KALIL, JOÃO DE DEUS OLIVEIRA DE AZEVEDO, JOSÉ QUEIROZ DA COSTA FILHO, LUIZ ALBERTO FREITAS PEREIRA, MANOEL ANTÔNIO DE ALMEIDA DURÉ, MARCOS DE SOUSA, MARIA DE NAZARETH DE SOUZA FRANÇA, MARIA JOSÉ BALBAKI FETTI, MARIA LAIS DA CUNHA PEREIRA, MOACYR FREITAS DE ALMENDRA GAYOSO JÚNIOR, NILZA LUIZA VENTURINI ZAMPIERI, PAULO AMARO DO NASCIMENTO FILHO, PAULO CELSO RESENDE RANGEL, ROBERTO RODRIGUES SIMON, SÉRGIO LUIZ CHAUTARD e WALTER LOGATTI FILHO.Cientifique-se e cumpra-se. Brasília, 27 de junho de Eng. Wilson Lang. Presidente. DECIDIU: 1) reafirmar os termos da PL- 0293/2003 do CONFEA, inclusive detalhando as atribuições dos profissionais do sistema Confea-Crea; 2) esclarecer que embora o único profissional que possa responsabilizar-se concomitantemente tanto pela execução ou fiscalização da qualidade do ar de ambientes climatizados no que se refere a realização da avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados e quanto no que se refere a realização dos
5 serviços de limpeza e manutenção dos equipamentos envolvidos no processo de climatização, seja, de fato, o Engenheiro Mecânico com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, NÃO SE FAZ NECESSÁRIA A VINCULAÇÃO PRÉVIA DAS ARTS das duas atividades relativas à qualidade do ar em ambientes climatizados; 3) determinar que os profissionais engenheiros mecânicos, tecnólogos em mecânica e técnicos em mecânica devam anotar suas responsabilidades técnicas com um texto padrão, nos seguintes termos: execução, que se refere a realização dos serviços de limpeza e manutenção dos equipamentos envolvidos no processo de climatização conforme previsto na Portaria 3.523/GM de 28/08/1998 da ANVISA ou outra que vier a substituí-la; 4) determinar que os profissionais engenheiros químicos, tecnólogos em química e técnicos em química devam anotar suas responsabilidades técnicas com um texto padrão, o qual sugerimos o seguinte: execução, que se refere realização da avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados; 5) encaminhar à CEEC para decisão conjunta no que ser refere aos engenheiros de segurança do trabalho, quando registrarem ARTs de execução, que se refere realização da avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados; 6) sugerir à CEEC consulta no que se refere à verificação da habilitação dos profissionais engenheiros sanitaristas para executar, responsabilizar-se tecnicamente e/ou fiscalizar a qualidade do ar de ambientes climatizados no que se refere a realização da avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados. A reunião foi coordenada pelo(a) Conselheiro(a) Eng. Quim. Carlos Augusto de Brito Carvalho, tendo sido o presente processo relatado pelo Conselheiro Eng. Mec. Raimundo Lucier Marques Leal Junior, presentes os senhores Conselheiros Eng. Mec. Raimundo Lucier Marques Leal Junior, Eng. Mec. Ricardo José Lopes Batista e Eng. Eletric. Pedro Rodrigues de Brito. Não houve voto contrário nem abstenção. Belém, 12 de agosto de Eng. Quim. Carlos Augusto de Brito Carvalho Coordenador da CEMM
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