TRAÇOS COLONIAIS EM UM CONFLITO DE TERRAS REPUBLICANO (FREGUESIA DE SÃO TIAGO DE INHAÚMA, RIO DE JANEIRO, BRASIL, )

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1 TRAÇOS COLONIAIS EM UM CONFLITO DE TERRAS REPUBLICANO (FREGUESIA DE SÃO TIAGO DE INHAÚMA, RIO DE JANEIRO, BRASIL, ) Rachel Gomes de Lima 1 * Resumo: A ausência de um Código Civil Brasileiro até 1916 e 1917 (ano de criação e promulgação respectivamente) permitiu que os conflitos de terras fossem decididos por uma mescla de legislações coloniais, imperiais e republicanas até as primeiras décadas da Primeira República. Ao analisarmos um conflito de terras entre duas famílias proprietárias no Campo de Bonsucesso, área leste da freguesia rural de São Tiago de Inhaúma (Rio de Janeiro, Brasil) que se confrontavam judicialmente com o objetivo de garantir a posse sobre suas propriedades, percebemos que a visão da fronteira entre essas duas terras não coincidia para as partes em litígio que apresentavam em seus discursos variadas provas documentais privadas, tais como testamentos, inventários, partilhas amigáveis, escrituras de compra e venda, além de documentos públicos de arrematação de hipotecas. Completando a trama processual, uma série de legislações coloniais e imperiais estruturavam os discursos em plena era de Primeira Republica brasileira. Palavras chave: Conflitos de Terra; Legislação Colonial; Legislação Imperial; Brasil República. Introdução O conflito que foi por nós esquadrinhadoem dissertação de mestrado 2, se iniciou no ano de 1896, com a abertura de um protesto judicial feito por Luiz Gonzaga de Sousa Bastos contra João Teixeira Ribeiro Junior que supostamente tentava vender parte das terras de sua propriedade no Campo de Bonsucesso a terceiros. João Teixeira Junior, por sua vez, afirmando ser proprietário das terras abriu no mesmo ano um contra protesto alegando que a parte a ser vendida era de sua propriedade 3. Em 1898, o Dr. Luiz Gonzaga de Sousa Bastos, juntamente com o senhor Sizernando Luiz dos Santos e outros conseguiram a imissão de posse de terras da casa número 2 da Fazenda Bonsucesso, contra João Teixeira Ribeiro Júnior e Francisco Rebello 4. Já no ano de 1899, o Alferes João Torquato de Oliveira e sua mulherabriram processo de manutenção de posse contra Luiz Gonzaga de Souza Bastos alegando que a parte de sua irmã, D. Leonor Francisca de Oliveira Ribeiro, e sobrinho, João Teixeira Ribeiro Junior, eram de sua responsabilidade e estava sendo perturbada por Luiz Gonzaga Bastos que, além disso, ameaçava 1* Professora da Universidade Cândido Mendes. Doutoranda em História pela Universidade Federal Fluminense. Bolsista Capes 2 LIMA, Rachel Gomes de. Ciranda da Terra: A dinâmica Agrária e seus Conflitos na Freguesia de São Tiago de Inhaúma ( ). Dissertação de Mestrado. Niterói: UFF, março de Pretoria do Rio de Janeiro,13. Luiz Gonzaga de Souza Bastos e João Teixeira Ribeiro Junior. Ano 1896, n 191, maço 2879, galeria A. Arquivo Nacional. 4As informações deste processo de 1898 chegaram a nós apenas pelo contato com o processo do ano de 1912 que tem o de 1898 como uma das bases de sustentação. Não encontramos, porém, este processo nos arquivos acessados e optamos, por isso, não trabalhar o processo profundamente. Arquivo Nacional. Documentos do Judiciário. 3A Vara cível do Rio de Janeiro. Leonor de Oliveira Mascarenhas, David Semeão de Oliveira Mascarenhas. Ano Número 772. Maço 3009 Gal. ª Seção de Guarda Codes. (Documento Incompleto).

2 expulsar seu inquilino para vender aquelas terras 5. Em 1912 houve um novo processo aberto pelo filho do Alferes João Torquato, João Torquato de Oliveira Júnior 6, sua mãe D. Luiza Maria de Mesquita Oliveira e sua tia D. Leonor Francisca de Oliveira Ribeiro onde reivindicaram as terras perdidas nos processos anteriores para o Dr. Luiz Gonzaga de Sousa Bastos que devido a sua morte estavam em posse de seu filho, o Doutor Guilherme Maxwell de Sousa Bastos, não por hereditariedade, mas sim por ter comprado um crédito hipotecário cujo pagamento eram as terras de seu pai que estavam em litígio. Este último processo foi o mais complexo em termos de retórica jurídica e foi neste que percebemos a complexidade legislativa que trabalharemos neste artigo. Os membros da família Oliveira se julgavam injustiçados por terem perdido a parte de seu terreno, alegando serem proprietários das terras que naquele momento pertenciam a Guilherme Maxwell e desejavam não apenas a nulidade das decisões jurídicas anteriores, como também a reintegração da parte que então lhes caberia segundo o testamento de D. Leonor de Oliveira Mascarenhas (proprietária das terras até meados do século XIX) e inventários de outros membros da família. Utilizavamo mito fundador da gênese da propriedade alegando que tais terras estavam na propriedade da família desde o século XVIII quando pertenciam ao Sargento Mor José Dias de Oliveira e que sempre e principalmente naquele momento (final do século XIX e início do século XX) a família realizava grande papel no desenvolvimento da região. Durante mais ou menos dezesseis anos 7 duas famílias se dispuseram a pleitear um pedaço de propriedade, a localização de uma fronteira, uma divisa, em frente à Estação férrea de Bonsucesso. Cada parte tinha uma história própria da origem de sua posse 8, prática comum para tentar provar a posse de boa fé por várias gerações e, com base nestas, somavam o discurso do que estaria em disputa e modificavam detalhes deste ao longo dos processos. Ao explicarem a origem da ocupação de cada parte, o embasamento documental que tinham para prová-la e a acusação à parte oposta, os advogados utilizavam também palavras de juristas diversos e de diversos direitos, tais como o romano, o Regulamento 737 do Código Comercial ou as Ordenações Filipinas ainda no ano de Somado a estas legislações estava um corpo documental apresentado como prova e composto de testamentos, inventários, partilhas amigáveis, escrituras de compra, recibos de pagamento de impostos, etc. O fato é explicado pela ausência de um Código Civil Brasileiro ainda neste início de século XX e pelas brechas sempre existentes nas 5 Tribunal Civil e Criminal do RJ. Alferes João Torquato de Oliveira e Luiz Gonzaga de Sousa Bastos. Manutenção de Posse. Ano 1899, n 5022, maço 271. Arquivo Nacional. 6 Nota-se este ser neto do Doutor João Torquato de Oliveira e filho do Alferes João Torquato de Oliveira. 7Baseamo-nos no espaço de tempo entre o primeiro processo que encontramos 1896 e o último Falamos no sentido de possuir, de deter poder, não de se apossar do que não era seu. 38

3 diversas legislações agrárias. Por isso as defesas eram articuladas na intenção de convencer os juízes, de persuadir com a sua verdade aquele que detinha o poder público entre os dois discursos privados. Legislações e suas implicações em um processo de (...)Não há duvida, portanto, de que o Aggravante, pelos documentos que exhibe, é legitimo senhor e possuidor dos terrenos descriptosno acto judicial que o investio dessa qualidade e na phrase da VELHA E SABIA Ord. L. 4.º, T.6º, 3º e da Lei de 3 de Novembro de 1768, pr. possue bem quem possue por autoridade da justiça.-(...) 9 O trecho acima poderia ser facilmente interpretado como algum discurso jurídico do final de século XVIII ou início do XIX, se não o tivéssemos retirado de um conflito de terras na Fazenda Bonsucesso, freguesia rural de Inhaúma, na cidade do Rio de Janeiro, em Como dissemos anteriormente, a falta de um Código Civil brasileiro até 1917 permitia a utilização de legislações da época colonial, como as Ordenações Filipinas e a Lei da Boa Razão citadas no trecho acima, até as primeiras décadas da República. Enquanto colônia, o Brasil possuía as mesmas leis de sua metrópole. No século XVIII, estas eram principalmente as Ordenações Filipinas 10 ( ) e a Lei da Boa Razão editada pelo Marquês de Pombal que pretendia reprimir a grande recorrência aos textos de direito Romano ou a textos doutrinais, sendo proibido invocar a autoridade de algum escritor quando houvesse disposição em contrário às Ordenações, nos usos do reino ou nas leis pátrias. Os textos romanos só poderiam ser utilizados em casos de lacunas na legislação permitida 11. As Ordenações Filipinas serviram aos letrados coloniais de guia jurídico, pela falta de um corpus de 9 Processo de Reivindicação de Posse de Pág A função em itálico e negrito foi realizada por nós. A parte sublinhada está tal qual o original. 10 As Ordenações Filipinas ou Ordenações e Leis do Reino de Portugal, foram recopiladas pelo Rei Phillipe I, que teve vigência em 1603, durante o período da União Ibérica. Sucedeu as Ordenações Afonsinas ( ) e Manuelinas ( ), encerrando todos os institutos anteriores, baseados no Direito Romano que então prevalecia sobre o Direito Canônico. Criavam-se leis, para organizar e administrar o vasto império e suas possessões ultramarinas, modificar ou mesmo derrogar certos costumes locais e para produzir novas normas de direto. As Ordenações eram compostas por 5 livros. MACHADO, Marina & MOTA, Sarita. Legislações e Terras. IN: MOTTA, Márcia & GUIMARÃES, Elione. Propriedades e Disputas fontes para a História do Oitocentos. Guarapuava: Unicentro, Niterói: Eduff, 2011.Pág FONSECA, Ricardo Marcelo. A Cultura Jurídica Brasileira e a Questão da Codificação Civil no século XIX. IN: NEDER, Gizlene (org.). História & Direito: Jogos de encontros e transdisciplinaridade. Rio de Janeiro: Ed. Revan, Pág Outras documentações, tais como cartas régias, alvarás, decretos, leis provisões regimentos, etc., determinadas pelo reino também eram utilizadas. 39

4 leis pátrias. Porém, tal legislação não conseguiria solucionar problemas que surgiriam no cotidiano colonial. A produção legislativa no Brasil se iniciou com a chegada e estabelecimento da Corte Portuguesa no Rio de Janeiro em 1808 e consequentemente houve a continuidade dos trabalhos administrativos desta. Entre 1808 e 1821, o Brasil possuía numerosas formas de legislar, tais como as já citadas Ordenações Reais ou Filipinas, além de Decretos, Alvarás, alvarás com força de Lei ou em forma de Lei, Cartas de Leis e Leis, Provisões, Regimentos e Resoluções, dentre outras 12. Após a Independência Brasileira foi promulgada a Lei de 20 de Outubro de 1823, que determinou a continuidade do vigor de todas essas legislações promulgadas pelos reis de Portugal até 25 de abril de 1821, até que se criasse o Código Civil Brasileiro. A necessidade da criação deste Código Civil e também de um Código Criminal foi salientada já na Primeira Constituição do Império Brasileiro de O Código Criminal foi promulgado em 1830 com a influência elitista e da formação jurídica portuguesa, atendendo, de acordo com Gizlene Neder, às forças políticas escravistas e retrógradas e fingindo atender os setores liberais radicais 14. O Código Civil, contudo, esperaria até o ano de 1917 para ser promulgado, sendo as Ordenações Filipinas utilizadas como Código Civil até esta data 15. Tais fatos demonstram o elemento de continuidade com relação à tradição jurídica portuguesa herdada dos tempos coloniais, porém o recente Estado Brasileiro buscaria regulamentar várias legislações privadas e se separaria, neste ponto, das tradições jurídicas portuguesas: (...) Enquanto a antiga metrópole, a partir de 1822, sofrerá uma forte influência do pensamento liberal (...) a antiga colônia continuará a aplicar a velha legislação herdada dos tempos coloniais sem proceder a grandes e radicais rupturas, adaptando-a as tradições específicas dos brasileiros, à cultura jurídica em formação e, sobretudo, aos interesses econômicos das elites agrárias brasileiras. 16 O Brasil caracterizar-se-ia, desde o início do Império por uma flexibilidade conveniente e por uma adaptabilidade oportuna. Um exemplo disso seria a própria demora na formulação de um Código Civil. De acordo com Marina Machado e Sarita Mota, alguns autores defendem que a ausência de um Código explica-se pela manutenção da escravidão no país enquanto outros 12MACHADO, Marina & MOTA, Sarita. Legislações e Terras. Op. Cit. Pág FONSECA, Ricardo Marcelo. Op. Cit. Pág NEDER, Gizlene. História da cultura jurídico-penal no Brasil Império: os debates parlamentares sobre pena de morte e degredo. In: Ribeiro, Gladys Sabina, Neves, Edson Alvisi Neves e Ferreira, Maria de Fátima Cunha Moura (org.). Diálogos entre Direito e História:Cidadania e Justiça, Niterói: EdUFF, Pág MOTTA, Márcia. Posse. IN: MOTTA, Márcia (Org.). Dicionário da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Pág FONSECA, Ricardo Marcelo. Op. Cit. Pág

5 destacam o papel e o poder dos terrratenentes na dificuldade em instituir o Código que definisse tanto a posse, quanto a propriedade de bens 17. Ou seja, esta adaptabilidade transcorria tranquilamente até as primeiras décadas da Primeira República, como observado no processo de Reintegração de Posse de 1912 (no trecho do início desta sessão). Neste conjunto jurídico, a questão e a discussão sobre a propriedade seriam muito atingidas. No período colonial a sesmaria foi implementada no Brasil com a intenção legislativa de promover o cultivo de terras ligadas à necessidade da colonização do território. Desta forma, a doação se baseava no cumprimento da exigência do cultivo, além da medição e demarcação das terras doadas 18. Segundo Carmem Alveal e Márcia Motta, as tentativas da Coroa de regularizar o sistema de sesmarias na colônia brasileira foram em vão 19 : mesmo com a obrigatoriedade do cultivo, da medição e demarcação das áreas não foi possível deter o processo de expansão dos sesmeiros e outros agentes sociais sem permissão da Coroa. Outra questão foi o surgimento de novas categorias sociais estranhas aos sesmeiros, tais como os arrendatários que após arrendarem parte ou a totalidade das sesmarias ainda sublocavam as mesmas à pequenos lavradores. Estas novas categorias, dentre outros motivos, foram responsáveis por conflitos de difícil solução para a burocracia colonial. A complexidade dos conflitos fundiários motivados pelo sistema de sesmarias ocasionou a suspensão da concessão destas pela lei de 17 de julho de 1822 durante a regência de D. Pedro I. A criação de outra lei capaz de solucionar a questão de terras no Brasil só surgiria 28 anos depois com a Lei de Terras. De acordo com Jose Luiz Cavalcante, foi no período entre 1822 e 1850 que a posse se tornou a única forma de aquisição de domínio sobre as terras, ainda que apenas de fato, ficando o período conhecido, portanto, como fase áurea do posseiro 20. A perda do controle da distribuição das terras gerou um caos para a organização política do país, motivando muitos debates que culminariam na Lei de Terras. A Lei de Terras ou Lei n 601 foi promulgada no dia 18 de setembro de 1850 e regulamentada em 30 de janeiro de Possuía nove capítulos, 108 artigos e tinha como objetivo abranger diversas situações relacionadas à ocupação das terras, dentre elas a repartição 17MACHADO, Marina & MOTA, Sarita. Op. Cit. Pág A sesmaria era um instituto de origem portuguesa que pressupunha a doação de terras mediante a comprovação do cultivo das mesmas. O sistema foi criado em finais do século XIV, em Portugal, com o objetivo de solucionar o problema da crise de gêneros alimentícios no país. ALVEAL, Carmem & MOTTA, Márcia. Sesmarias. IN:Márcia Motta. (Org). Dicionário da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Pág Idem. Pág CAVALCANTE, José Luiz. A Lei de Terras de 1850 e a reafirmação do poder básico do Estado sobre a terra. Histórica - Revista Eletrônica do Arquivo do Estado de São Paulo. Edição nº. 2. Junho de Disponível em: Último Acesso: 15/ 04/

6 das terras públicas e como poderiam ser medidas, a revalidação e legitimação das terras particulares, preocupações com as terras devolutas, com aldeamentos indígenas e normas para os registros das terras. Para a conservação, divisão, administração, descrição e medição das terras devolutas foi criada a Repartição Geral das Terras Públicas que faziam também os registros das terras possuídas. Estes registros eram obrigatórios para todos os proprietários de terras e os vigários de cada freguesia ficavam responsáveis para receber as declarações necessárias para a produção dos registros 21. Tais declarações deveriam ter duas cópias iguais contendo o nome dos proprietários, a freguesia onde se localizava a terra, o nome desta propriedade (se o tivesse), a extensão da mesma (se a tivesse) e os limites. A Lei de Terras é considerada por muitos historiadores uma definidora da terra como mercadoria. É uma lei que mercantiliza a terra e foi interpretada como expressão única da classe dominante e um instrumento que faz com que o ato da compra seja o único e o novo meio da apropriação da terra. Murilo Marx, um dos defensores desta idéia afirma que: A Lei de Terras de 1850 inaugurou um novo sistema geral de obtenção e de transmissão de terras entre nós. Tal sistema, significativamente, muito tardou, tem sido o de sesmarias suspenso uma geração antes, porém não substituído até o seu advento. A Lei de Terras estabeleceu como única forma possível de adquirir ou de transmitir a outrem que não os herdeiros a compra e venda de terras (...) 22. A interpretação de Murilo Marx leva em consideração a existência de um mercado de terras somente criado em A partir deste momento a única possibilidade de se adquirir terras do Estado seria pelo meio da compra, não existindo mais a concessão pública. Entretanto, há autores que discordam desta posição de Marx e também de José de Souza Martins, documentada e inaugurada em O Cativeiro da Terra 23, que afirmam que o mercado fundiário foi estabelecido após a Lei de Terras. Dentre os autores discordantes destacamos Cristiano LuisCristillino 24 que defende que o mercado de terras não poderia ser reduzido a um único fator ou marco legal. Deste modo, Cristillino afirma que a Lei de Terras de 1850 fracassou em seus objetivos e não criou o mercado fundiário no Brasil Pedro Parga Rodrigues afirma que o Registro feito pelo vigário é um indício de clientelismo local. RODRIGUES, Pedro Parga. Império das Leis e a Jurisprudência sobre a Propriedade. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UNIRIO, Capítulo MARX, Murilo. Cidade no Brasil, terra de quem? São Paulo: Edusp/Nobel,1991. Pág MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da Terra. São Paulo: HUCITEC, CRISTILLINO, Cristiano Luís. Litígios ao Sul do Império: A Lei de Terras e a consolidação política da Coroa no Rio Grande do Sul ( ). Tese de Doutorado em História. Niterói: UFF, Idem. Pág

7 Outra interpretação desta Lei de 1850 e sua regulamentação de 1854 é que ambas tinham como objetivo uma regularização da estrutura fundiária no país. Sem dúvida a Lei foi um instrumento que tranquilizou alguns conflitos entre posseiros e proprietários, por exemplo, e arbitrou sobre a questão das terras devolutas do Estado. Todavia o que se percebe é a variedade de interpretações desta lei por parte dos proprietários da época, o que muitas vezes podia gerar novos tipos de conflitos entre eles. Isto derruba as visões tradicionais que acreditam que ela seja apenas uma expressão jurídica da classe dominante 26. Até porque muitos membros desta classe não gostavam da ideia de demarcar as suas terras, pois fazenda demarcada é propriedade finita, expansão dificultada; a indefinição dos limites da propriedade é aposta no futuro, esperança de usurpação do público e do alheio 27. Assim, para um senhor de terras a posse sobre seu território está atrelada à capacidade do exercício de poder sobre seus domínios, suas terras e homens que trabalhavam nela, fossem escravos, moradores ou homens livres. A possibilidade de expandir a cerca de suas terras ocupando áreas devolutas ou pertencentes a outros, possibilitaria também a expansão de seu domínio. Para Motta os senhores resistiam em medir e demarcar suas terras porque tal limitação territorial implicava um limite ao exercício de seu poder sobre vizinhos e posseiros e uma subordinação ao poderexterno representado pela Coroa 28. Este fenômeno foi observado, por exemplo, por Maria Sarita Mota em sua tese de doutorado onde analisou a estrutura fundiária da freguesia de Guaratiba. De acordo com Sarita Mota, os senhores das maiores propriedades na freguesia de Guaratiba não registraram suas terras no livro do vigário 29. Porém, o mesmo não ocorreu na freguesia de Inhaúma, por exemplo, onde foi possível perceber que os proprietários das maiores propriedades existentes entre 1855 e 1863 registraram suas terras, tendo alguns registros as delimitações e confrontações, o que interpretamos como um meio de proteção a sua ocupação 30. Márcia Motta faz um pequeno debate sobre a Lei de Terras em um verbete presente no Dicionário da Terra. MOTTA, Márcia. Lei de Terras. IN:.(Org.) Dicionário da Terra. Op. Cit. Pág MOTTA, Márcia. Nas Fronteiras do Poder: Conflito e Direito a terra no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: Vício de Leitura: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, CHALHOUB, Sidney. IN: Motta, Marcia. Nas Fronteiras do Poder. Op. Cit. 1998, Pág Motta, Márcia. Nas Fronteiras do Poder. Op. Cit., Pág. 38. Esta citação da historiadora é referente ao sistema de sesmarias, mas percebemos que a não medição de terras também ocorre em alguns registros de terras em Inhaúma após MOTA, Maria Sarita. Nas Terras de Guaratiba: Uma aproximação Histórico-Jurídica às definições de Posse e Propriedade de Terra no Brasil entre os séculos XVI XIX. Tese de doutorado. Seropédica, UFRRJ - CPDA, LIMA, Rachel Gomes de. Contribuição a História da Freguesia de Inhaúma: Elites, Usos e Formas de Apropriação das Terras, Relações Sociais e Econômicas. Revista Eletrônica História em Reflexão. Vol. 5 n. 9 UFGD - Dourados jan./jun

8 No entanto, a legislação básica que aparece no processo por nós trabalhado (em 1912) é um regulamento de outra lei, também instaurada no ano de 1850: O Código Comercial e seu regulamento 737, como podemos perceber a seguir: (...) que estando o excepiente de posse dos ditos terrenos, por si e por seus antecessores, há perto de 60 annos, por força das sentenças referidas no inventario de D. Leonor de Oliveira Mascarenhas (doc. Junto sob n.5), no inventario de Antonio Lobo de Souza Bastos (doc junto sob o n.4) e de escripturaspublicas de compra e venda (doc. Juntos sob ns. 1,2 e 3), tem os seus direitos de senhor perfeitamente resguardados e ao abrigo de qualquer contestação e os de possuidor até por força da usucapião; Entretanto que, quando assim não fosse, a acção dos exceptos deveria ser proscripta da tela judiciária por força da regra universal de direito - Res jurídica pro veritatehabetur em virtude da qual os interpretes do Direito Romano, os civilistas em geral e as legislações dos povos cultos dão á cousa julgada dupla feição- positiva e negativa -, positiva, porque, actopublico, emanado de um dos poderes constitucionaes, por ninguém pode ser impugnado: firma definitivamente o facto, que passa a ter, adversus omnes, a feiça de verdade - ; negativa, porque, apresentando-se regularmente em juízo sob a forma de excepção, impede a reprodução da demanda Vid. João Monteiro Pr. Civil e Comm. Vol. 3, 236 e 237; mas que o nosso direito adjectivo exige para a legitimidade da excepção de cousa julgada o requisito de identidade de cousa, causa e pessoa mandando, porem, regular esta identidade pelo direito civil (Reg.n. 737, de 25 de Novembro de Art: 92); 31 Criado no mesmo ano que a Lei de Terras e a Lei Eusébio de Queirós, o primeiro código comercial Brasileiro foi instaurado pela lei n 556, de 25 de junho de 1850 depois de 15 anos tramitando no Congresso Nacional Brasileiro, passando por pelo menos três comissões de debate, em 1833, 1843 e A primeira comissão formada por Limpo de Abreu, Ignascio Ratton, Guilherme Midosi, Laurence Westin e Visconde de Cairú, se baseou nos existentes Códigos Comerciais francês (1808), espanhol (1829) e portugês (1833) 32. A criação do Código Comercial brasileiro se deu pela necessidade de se consolidar a ordem capitalista em um mercado interno em expansão, mas dotado de características arcaicas. Pretendia assim, racionalizar e normalizar as atividades econômicas no Império, além de regulamentar as relações comerciais entre pessoas, relações estas que envolviam bens, efeitos, obrigações ou convenções celebradas por meio de normas que as regiam. Destinava-se, portanto, a sistematizar a confusa legislação anterior de característica colonial, dotando estas relações de uma legislação eficaz e uniforme. Dividia-se em três partes: Comércio em Geral (com 18 Títulos), Comércio Marítimo (com 12 Títulos) e 31 Grifos sublinhados são do original, os demais foram feitos por nós. Reintegração de Posse. 3A Vara cível do Rio de Janeiro. Leonor de Oliveira Mascarenhas, David Semeão de Oliveira Mascarenhas. Ano Número 772. Maço 3009 Gal. ª Seção de Guarda Codes. (Documento Incompleto). Pág. 55 e 55v. 32 Tendo também uma influência do Código Belga. 44

9 Quebras (com 8 Títulos), e antecipava diversas matérias do Direito Civil ao tratar mandatos, trocas, locação, finanças, hipotecas, penhoras e depósitos 33. Os criadores do Código Comercial Brasileiro, bem como seus diversos membros das comissões, eram integrantes da classe senhorial e além de suas atividades com a agricultura possuíam ligações diretas ou indiretas com as atividades comerciais. Sua criação permitiu a ampliação dos interesses da classe mercantil e comprovou a importância dos comerciantes junto ao Estado Imperial, constituindo alianças políticas para viabilizar seus projetos 34. Cinco meses depois foram publicados os Regulamentos 737 e 738 ambos de 25 de novembro de 1850, com o objetivo de entrarem em vigor juntamente com o Código Comercial. De acordo com Júlio Bentivoglio, o Regulamento 737 foi tão importante quanto o próprio Código, pois tratava da execução processual e permaneceu inalterado por mais tempo 35. Este correspondeu a um verdadeiro Código de processo Civil permitindo regulamentar as relações comerciais entre pessoas, que envolviam bens, efeitos, obrigações ou convenções celebradas, por meio de normas que permitiam estas relações. O Código Comercial supria também, de certo modo, inexistência de uma lei de hipotecas naquele momento, mas não extinguia conflitos existentes 36 ou a utilização de outras leis. O Regulamento 737 do Código Comercial pode ter sido escolhido como base do discurso de defesa de Guilherme Maxwell, em 1912, pelo fato de tratar dos casos de hipotecas comerciais e civis, já que uma das causas pela qual respondia o processo era de ter se tornado um credor hipotecário de seu próprio pai que teria dado como garantia de hipoteca terras que não seriam suas. Outro motivo é que o Código também era considerado uma prévia do Código Civil Brasileiro e vinculava juntamente às Ordenações. Apesar na instauração do Código Comercial e seus Regulamentos, havia a necessidade de constituir um Código Civil, sendo montada uma Comissão encarregada de rever a consolidação das leis civis, ainda nesta década de Destacamos a escolha de um importante jurisconsulto convocado, o Advogado Augusto Teixeira de Freitas. Segundo Márcia Motta, a trajetória de Teixeira de Freitas mostra que de fato ele poderia fazer jus à tarefa de escrever o Código Civil: nascido na Bahia no ano de 1816, formado em Direito na Academia de Ciências Sociais e 33 BENTIVOGLIO, Júlio. Elaboração e Aprovação do Código Comercial Brasileiro de 1850: Debates Parlamentares e Conjuntura Econômica ( ). Revista do Memorial do Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Justiça & História. Volume 5, número 10, Pág Idem. Pág Ibidem. Pág. 19. O Código Comercial ainda é utilizado, porém já teve alguns artigos revogados. A última revogação foi feita em sua primeira parte (Título I dos Comerciantes) pela Lei de 10 de janeiro de Vide: Último Acesso: 30/12/ BENTIVOGLIO, Júlio. Op. Cit. Pág de

10 jurídicas de Olinda, foi nomeado, em 1845, um dos advogados do Conselho de Estado e foi também membro fundador do Instituto de Advogados Brasileiros em Antes de elaborar um Código Civil, Teixeira de Freitas salientou a importância de fazer uma Consolidação das Leis Civis existentes, antes de se elaborar uma nova legislação 37.No entanto, suas intenções de formular o Código Civil, foram distintas dos interesses de diversos setores da sociedade, fato que adiou por décadas a promulgação do mesmo 38. Um exemplo disto eram aqueles que não viam com bons olhos a promulgação de um novo Código Comercial submetido ao que ele procurava estabelecer como seu Código Civil. Freitas criticava as formas como o Código Comercial e a Lei Hipotecária, promulgada na década seguinte, eram utilizados como meio de produzir títulos de propriedade. A Lei Hipotecária (Lei 1237) foi instaurada em 24 de setembro de 1864 e seu Regulamento em 26 de abril de 1865, com o objetivo de estabelecer as bases das sociedades de crédito real 39. Em seu regulamento foi criado o Registro Geral de Imóveis onde deveriam ser registrados todas as transmissões de domínio do adquirente ou do credor, como constava na própria lei. Pedro Parga Rodrigues salientou em sua dissertação de mestrado os debates parlamentares que discordavam quanto ao fato do registro de transmissão de imóveis e de hipotecas teriam ou não força para comprovar o domínio do adquirente ou credor sobre a propriedade. Discussões que existiam pelas constantes disputas sobre a propriedade foram intensificadas pela Lei Hipotecária e ligavam-se às questões de propriedade e de formação do Estado Nacional. 40 A Lei de Terras de 1850 não foi capaz de solucionar conflitos ou impedir a expansão das cercas que limitavam as propriedades. Ela era acionada de diversas formas de acordo com a dinâmica da disputa agrária de cada região e também de acordo com o estabelecimento de redes de solidariedade estabelecidas. Por ser realizado através de declarações dadas pelos próprios proprietários, Pedro Parga afirma que o Registro Paroquial de Terras, executado por ordem da Lei 601, se aproximava mais de um cadastro do que de um registro público de fato. Como regularização não conseguiu atingir a sua finalidade e os títulos continuavam com pouco valor de troca, sendo a propriedade um bem não tão confiável em garantia de empréstimos. Mas mesmo 37 MOTTA, Márcia Maria Menendes. Teixeira de Freitas: da posse e do direito de Possuir. Revista da Faculdade de Direito de Campos, Ano VI N. 7. Dezembro de Pág Pág Idem. Pág Lei n de 24 de Setembro de Disponível em: último Acesso: 30/12/ Rodrigues, Pedro Parga. Op. Cit. Pág

11 assim, alguns senhores apresentavam seus registros de terra como uma prova de domínio de particulares sobre terras, em sua maioria devolutas 41. A referida legislação mantinha a diferença entre o direito obrigacional e o real, característico das Ordenações e Alvarás portugueses, segundo o historiador 42. Teixeira de Freitas foi um daqueles que contestou a transcrição das transmissões de imóveis e as inscrições de hipotecas como prova de domínio e pregava que estes registros deveriam ser obrigatoriamente realizados. Distanciava-se das opiniões dos grandes fazendeiros que desejavam que o Registro Geral de Imóveis tivesse caráter comprobatório e afirmava que para que o registro viesse a assumir esse papel, não poderia ser apenas uma transcrição, mas deveria ocorrer juntamente a uma depuração para se descobrir a quem realmente pertencia este domínio. Juntamente a este processo das transmissões, precisava ocorrer também uma regulamentação fundiária 43. Como afirmamos anteriormente, apesar da causa da abertura do processo de Reivindicação de Posse pelos membros da família Oliveira, em 1912, que contestava o domínio de Guilherme Maxwell adquirido por uma compra de crédito hipotecário onde seu pai era devedor e supostamente teria dado terras que não eram suas como base para a hipoteca, não encontramos no processo a utilização desta Lei Hipotecária como base principal de discurso. Porém, Maxwell se vale da arrematação deste crédito como título de seu domínio no processo, demonstrando que a duplicidade de interpretações sobre o caráter da Lei estavam presentes ainda no século XX. A utilização do Código Comercial como Código Civil também foi criticada por Teixeira de Freitas, pois o Comercial não se adequava à realidade do Império e da terra e invadia, segundo o jurisconsulto, os domínios da Legislação Civil. Freitas chegou a enumerar matérias que deveriam sair do domínio do Código Comercial, por se tratarem de questões ligadas a outros ramos do direito, dentre elas a própria hipoteca que deveria obedecer a Lei Hipotecária 1237 de 1864, e não mais o Código Comercial de A questão da regularização fundiária teria um debate ainda mais intenso com a Proclamação da República. A primeira medida normativa tomada neste regime para enfrentar os 41 Idem. Pág Márcia Motta apresenta um caso onde um senhor de terras se baseia em seu Registro de Terras para garantir sua posse no mesmo artigo que trabalha Augusto Teixeira de Freitas. MOTTA, Márcia. Teixeira de Freitas: da posse e do direito de Possuir. Op. Cit. 42 RODRIGUES, Pedro Parga. Op. Cit. Pág RODRIGUES, Pedro Parga. Op. Cit. Pág Idem. Pág. 90 e

12 problemas herdados desde o fracasso da política fundiária do Império veio seis meses após a Proclamação da República sob a forma do Decreto N. 451-B de 31 de maio de 1890, que estabeleceu o Registro e Transmissão de Imóveis pelo Sistema Torrens. A medida pretendia resolver as legitimações das posses, as revalidações das sesmarias e seus registros e a discriminação, a arrecadação e a venda das terras devolutas no Estado, sobre as quais os processos de posse e ocupação aceleraram-se na segunda metade do século XIX, apesar da proibição expressa na Lei de Terras N A proposta de Robert Torrens para por fim à confusão em matéria de títulos de domínio, transferências e aquisições da propriedade móvel na Austrália através de um registro, foi originalmente apropriada por Rui Barbosa e outros políticos como solução para se legalizar e reparar as posses não fundadas em perfeito título de propriedade e visava fazer um acerto de contas com o passado, tendo o mérito de representar um caminho seguro para a modernização do Brasil. A matrícula dos imóveis seria feita mediante a satisfação de certos requisitos prescritos na nova legislação. O projeto possuía 85 artigos e objetivava consolidar um mercado de terras (ao instituir a hipoteca sobre a terra e não sobre os seus frutos), e também pretendia definir os limites dos domínios, o que minimizaria, ao menos em tese, a prática recorrente de invasão das terras devolutas e sua transformação em propriedade privada, tal como instituído ao arrepio da lei de O projeto Torrens visava à reorganização do espaço, definindo as terras privadas representando, neste sentido, uma ruptura radical com o passado agrário brasileiro: a rejeição dos interesses fundiários como hegemônicos, a intangibilidade da propriedade fundiária e a subalternização do capital 47. No entanto a primeira constituição republicana de 1891 contradisse semelhantes esforços, transferindo para os governos estaduais a responsabilidade pela discriminação das terras devolutas. Ao analisarem tal fato, Márcia Motta e Sônia Mendonça afirmaram que a República representou um rearranjo dos segmentos dominantes agrários no sentido de obstaculizar qualquer política que significasse uma reformulação da estrutura fundiária vigente, consolidando-se em 45 JONES, Alberto da Silva. Direito e Apropriação de Terras no Brasil. (Parte I) Portal Vermelho, 29 de fevereiro de Disponível em: Último Acesso: 12/06/2011. E também em: (segundo Currículo Lattes do autor) 46 MOTTA, Márcia Maria Menendes. MENDONÇA, Sonia Regina de. Continuidade nas rupturas: Legislação Agrária e Trabalhadores Rurais no Brasil, de Inícios da República. IN: Revista Brasiliense de Pós Graduação em Ciências Sociais. Ano VI. Brasília. Katacumba Editores, Pág Idem. Pág

13 nome de uma ruptura realizada (a República) uma continuidade com o passado, onde os conflitos fundiários e as expansões desenfreadas continuariam. 48 Alberto Silva Jones afirma que o registro Torrens apresentava duas peculiaridades importantes. A primeira era por ser um registro facultativo, apesar de possuir vantagens para quem optasse por tal. A segunda é que era instituído de forma paralela e ao mesmo tempo que ao Registro Imobiliário existente. Para o sociólogo, esta duplicidade de alternativas para o registro de Imóveis, sobretudo os rurais, poderia gerar a oportunidade do surgimento de processos de expropriação por via registral, ou seja, de grilagem especializada 49. Podemos assim afirmar que dada à extraordinária elasticidade dos textos, que vão por vezes da indeterminação ao equívoco, a operação hermenêutica de declaratio dispõe de uma imensa liberdade 50. Paralela a estas novas legislações republicanas e falta de resoluções de problemas, ainda não havia sido promulgado o Código Civil Brasileiro. Loren Dutra Franco afirma que com a proclamação da República uma das primeiras medidas tomadas pelo Governo com relação ao processo civil foi que se aplicassem ao processo, julgamento e execução das causas cíveis em geral, as disposições do Regulamento 737 de Entretanto, manteve-se em vigor as disposições que regulavam os processos especiais, não compreendidos pelo referido Regulamento 51, uma característica ainda colonial baseada na Lei da Boa Razão de Pombal, que previa a utilização de outras leis, para que não houvesse lacunas ou omissões nos julgamentos das causas 52. Tal medida parece nos esclarecer o motivo do advogado de Guilherme Maxwell, o senhor Abelardo Saraiva da Cunha Lobo, utilizar em seus processos o Regulamento 737 do Código Comercial de 1850 e demais legislações coloniais e imperiais, principalmente, debatidas neste trabalho como base de defesa deste litígio. 48 Ibidem. Pág JONES, Alberto Silva. Op. Cit. 50 BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 13ª Edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, Pág FRANCO, Loren Dutra. Processo Civil: Origem e Evolução Histórica. Revista Eletrônica de Direito Dr. Romeu Vianna. Ano II N Último Acesso: 30/12/ Como vimos o último trecho retirado do Processo de Reintegração de Posse de 1912 apresentado neste trabalho, o advogado de Guilherme Maxwell de Sousa Bastos também utilizava o Direito Romano, legislações dos povos cultos e diversos juristas para solucionar a existência de lacunas na legislação e estruturar seu discurso de defesa. 49

14 Fontes -Arquivo Nacional. Protesto. Pretoria do Rio de Janeiro,13. Luiz Gonzaga de Souza Bastos e João Teixeira Ribeiro Junior. Ano 1896, n 191, maço 2879, galeria A. -Arquivo Nacional. Manutenção de Posse. Tribunal Civil e Criminal do RJ. Alferes João Torquato de Oliveira e Luiz Gonzaga de Sousa Bastos. Ano 1899, n 5022, maço Arquivo Nacional. Reintegração de Posse. Documentos do Judiciário. 3 A Vara cível do Rio de Janeiro. Leonor de Oliveira Mascarenhas, David Semeão de Oliveira Mascarenhas. Ano Número 772. Maço 3009 Gal. ª Seção de Guarda Codes. (Documento Incompleto). -Lei n de 24 de Setembro de Disponível em: último Acesso: 30/12/2011. Referências Bibliográficas ALVEAL, Carmem & MOTTA, Márcia. Sesmarias. IN:Márcia Motta. (Org). Dicionário da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, BENTIVOGLIO, Júlio. Elaboração e Aprovação do Código Comercial Brasileiro de 1850: Debates Parlamentares e Conjuntura Econômica ( ). Revista do Memorial do Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Justiça & História. Volume 5, número 10, BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 13ª Edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, CAVALCANTE, José Luiz. A Lei de Terras de 1850 e a reafirmação do poder básico do Estado sobre a terra. Histórica - Revista Eletrônica do Arquivo do Estado de São Paulo. Edição nº. 2. Junho de Disponível em: Acesso: 15/ 04/2009. CRISTILLINO, Cristiano Luís. Litígios ao Sul do Império: A Lei de Terras e a consolidação política da Coroa no Rio Grande do Sul ( ). Tese de Doutorado em História. Niterói: UFF, 2010 FONSECA, Ricardo Marcelo. A Cultura Jurídica Brasileira e a Questão da Codificação Civil no século XIX. IN: NEDER, Gizlene (org.). História & Direito: Jogos de encontros e transdisciplinaridade. Rio de Janeiro: Ed. Revan, JONES, Alberto da Silva. Direito e Apropriação de Terras no Brasil. (Parte I) Portal Vermelho, 29 de fevereiro de Disponível em: Último Acesso: 12/06/2011. E também em: (segundo Currículo Lattes do autor) LIMA, Rachel Gomes de. Ciranda da Terra: A dinâmica Agrária e seus Conflitos na Freguesia de São Tiago de Inhaúma ( ). Dissertação de Mestrado. Niterói: UFF, março de LIMA, Rachel Gomes de. Contribuição a História da Freguesia de Inhaúma: Elites, Usos e Formas de Apropriação das Terras, Relações Sociais e Econômicas. Revista Eletrônica História em Reflexão. Vol. 5 n. 9 UFGD - Dourados jan./jun MACHADO, Marina & MOTA, Sarita. Legislações e Terras. IN: MOTTA, Márcia & GUIMARÃES, Elione. Propriedades e Disputas fontes para a História do Oitocentos. Guarapuava: Unicentro, Niterói: Eduff, MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da Terra. São Paulo: HUCITEC, 1986 MARX, Murilo. Cidade no Brasil, terra de quem? São Paulo: Edusp/Nobel,

15 MOTA, Maria Sarita. Nas Terras de Guaratiba: Uma aproximação Histórico-Jurídica às definições de Posse e Propriedade de Terra no Brasil entre os séculos XVI XIX. Tese de doutorado. Seropédica, UFRRJ - CPDA, 2009 MOTTA, Márcia. Posse. IN: MOTTA, Márcia (Org.). Dicionário da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Nas Fronteiras do Poder: Conflito e Direito a terra no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: Vício de Leitura: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, Teixeira de Freitas: da posse e do direito de Possuir. Revista da Faculdade de Direito de Campos, Ano VI N. 7. Dezembro de MENDONÇA, Sonia Regina de. Continuidade nas rupturas: Legislação Agrária e Trabalhadores Rurais no Brasil, de Inícios da República. IN: Revista Brasiliense de Pós Graduação em Ciências Sociais. Ano VI. Brasília. Katacumba Editores, NEDER, Gizlene. História da cultura jurídico-penal no Brasil Império: os debates parlamentares sobre pena de morte e degredo. In: Ribeiro, Gladys Sabina, Neves, Edson Alvisi Neves e Ferreira, Maria de Fátima Cunha Moura (org.). Diálogos entre Direito e História:Cidadania e Justiça, Niterói: EdUFF, RODRIGUES, Pedro Parga. Império das Leis e a Jurisprudência sobre a Propriedade. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UNIRIO,

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