Avaliação do Plano MAIO de DE2011 Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP
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1 DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE COMPETITIVIDADE E TECNOLOGIA DECOMTEC Avaliação do Plano MAIO de DE2011 Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP 1
2 A indústria de transformação é o setor com maior impacto na economia, porém, carrega o maior ônus tributário, que impede um crescimento mais robusto do país. R$ 1,00 de aumento na produção da indústria eleva em R$ 2,22 a produção de todos os setores. 0,0% Fonte: RFB; CONFAZ; (Matriz de Leontief) IBGE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.. Dados relativos a 2008.
3 Distribuição dos tributos em relação ao PIB de cada setor não é isonômica. A Indústria de Transformação responde por 36,7% na arrecadação de tributos*, porém representa 16,6% do PIB. Menos tributados % do PIB > % Tributos Mais tributados % do PIB < % Tributos Fonte: SCN/IBGE. Extração especial RFB. CONFAZ.. * Tributos Federais (exceto FGTS) e ICMS respondem por 83,2% da Carga Tributária no Brasil.
4 Distribuição dos tributos em relação ao PIB de cada setor não é isonômica. Em 2008, os Tributos Federais e o ICMS responderam por 84% da arrecadação total (União, Estado e Municípios). Mais Tributados % Tributos > % do PIB Menos Tributados % do PIB > % Tributos Setores Fonte: SCN/IBGE. Extração especial RFB. CONFAZ. Elaboração DECOMTEC/FIESP. Dados de Tributos não considerados: FGTS, Municipais e Estaduais (Exceto ICMS). ISS = 2,1%. Tributos Federais e ICMS (%) PIB a preços de fatores (%) Relação Tributos/PIB Ind. Transformação 36,70% 16,60% 2,21 Comércio 15,20% 12,50% 1,22 Intermediação financeira 13,40% 6,80% 1,97 SIUP 6,90% 3,10% 2,23 Informação 6,30% 3,80% 1,66 Outros serviços 8,10% 14,10% 0,57 Administração pública 5,40% 15,80% 0,34 Agropecuária 0,80% 5,90% 0,14 Transporte 3,00% 5,00% 0,60 Aluguéis 0,30% 8,20% 0,04 Construção 2,70% 4,90% 0,55 Extrativa 1,20% 3,20% 0,38
5 Participação dos setores na arrecadação previdenciária. A IT é responsável por 23% da arrecadação da Previdência Social e por 45,2% das receitas da COFINS Seções % na Previdência % na COFINS Indústria de Transformação 23,0% 45,2% Comércio 13,4% 15,9% Serviços Profissionais, Administrativos e complementares 8,0% 4,7% Atividades Financeiras 7,4% 8,2% Construção 6,6% 3,9% Serviços às Famílias + Serviços de manutenção e reparação 6,3% 1,3% Informação 5,6% 5,7% Transporte 5,4% 4,6% SIUP 2,4% 7,8% Indústria Extrativa 1,0% 0,7% Atividades Imobiliárias 0,3% 0,5% A SEÇÕES UTILIZADAS NO ESTUDO 79,5% 98,6% Administração pública, defesa e seguridade social 15,9% 0,1% Saúde humana e serviços sociais 3,0% 0,9% Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 1,6% 0,3% Serviços domésticos 0,0% 0,0% Organismos internacionais e inst. extraterritoriais 0,0% 0,0% B SEÇÕES NÃO UTILIZADAS NO ESTUDO 20,5% 1,4% A + B = ARRECADAÇÃO 100,0% 100,0% Fonte: Extração especial da Receita Federal do Brasil. Elaboração DECOMTEC/FIESP. O percentual de arrecadação corresponde ao total pago pelo setor à previdência e a COFINS em Não incluídos na análise
6 Composição dos tributos* nos produtos da Indústria de Transformação Produto Industrializado A contribuição patronal à Previdência Social da Indústria de Transformação corresponde a 2,6% dos preços industriais Tributos Valor sem Tributos Tributos Prev. Patronal cadeia produtiva 1,3% FGTS 1,5% Outros** 40,3% 7,2% IR e CSLL 6,9% 59,7% 40,3% Prev. Patronal IT 2,6% IPI; 3,0% PIS/COFINS 6,7% ICMS 11,1% Fonte: Extração Especial RFB; MIP (IBGE); CONFAZ (MF). Dados de Elaboração DECOMTEC/FIESP. *Tributos federais e ICMS equivalem a 84% da arrecadação total (União, Estados e Municípios). ** Outros: Previdência parte dos empregados, IOF, Receitas administradas e receitas não administradas, RFB, etc.
7 Composição da Contribuição Patronal à Previdência Social da Indústria de Transformação INSS RAT Salário Educação Terceiros IT regra geral % da folha de pagamentos 20% De 1% a 3% 2,5% 3,3% (Incra, Sesi, Senai e Sebrae) IT Agroindústria 2,5% Receita Bruta (RB) 0,1% RB 2,5% Senar (0,25% RB); Incra (2,7% folha) Fonte: Previdência Social: Códigos de Fpas (Instrução Normativa RFB nº 836/08). DECOMTEC/FIESP.
8 Valor da Contribuição Patronal à Previdência Social da Indústria de Transformação (2008) RAT, Salário Educação e Terceiros INSS Folha de salários e RB agroindústria RAT ponderada pelas divisões e classes da PIA.
9 Proposta de desoneração da folha de pagamentos da Indústria de Transformação
10 Proposta de desoneração da folha de pagamentos da Indústria de Transformação Eliminação da cobrança de 20 pontos percentuais da contribuição previdenciária patronal para o INSS incidente na folha de pagamento das empresas da Indústria de Transformação. A Indústria de Transformação é classificada como seção C e abrange as divisões de10a33dacnae2.0. Eliminação da contribuição de dois vírgula cinco por cento (2,5%) destinados à Seguridade Social incidente sobre o valor da receita bruta (proveniente da comercialização da produção) da agroindústria. Agroindústria. Para fins de recolhimento das contribuições sociais destinadas à seguridade social e a outras entidades e fundos, entende-se como agroindústria a pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de terceiros. O que caracteriza a agroindústria é o fato de ela própria produzir, total ou parcialmente, a matériaprima empregada no processo produtivo (Instrução Normativa RFB nº 1.071, de 15desetembrode2010)
11 Proposta de desoneração da folha de pagamentos da Indústria de Transformação A compensação da desoneração da folha de pagamentos das empresas industriais se dará pela elevação da alíquota da COFINS dos Demais Setores (DS), calculada para equilibrar as contas da Previdência Social. Demais Setores (DS): Indústria Extrativa; SIUP; Construção; Comércio; Transportes; Informação; Instituições Financeiras; Atividades imobiliárias; serviços profissionais e serviços prestados às famílias. Além da Indústria de Transformação, não terão acréscimo de alíquotas de COFINS: Agropecuária; Administração Pública; Educação; Saúde Humana e Serviços Sociais; Arte, cultura, esporte e recreação; Serviços domésticos e Organismos internacionais e outras entidades extraterritoriais.
12 Como calcular uma alíquota de COFINS que compense a desoneração da folha de pagamento da IT? A Previdência Social é administrada pela União, por isso a compensação da desoneração da folha de pagamentos na Indústria deve considerar: o aumento de arrecadação da COFINS dos Demais Setores(DS) devido a majoração da alíquota da COFINS, a variação de arrecadação do PIS dos DS, que é afetado pela cumulatividade vertical com a COFINS, e as variações dos tributos sobre renda (IRPJ e CSLL) da Indústria de Transformação(IT) se houver. Previdência IT = COFINS DS + PIS DS + IRPJ IT + CSLL IT
13 Desoneração da Folha de Pagamento transferida para o preço dos produtos industriais
14 Novas alíquotas de COFINS após a desoneração da folha de pagamentos com 0% à margem bruta Alíquotas de COFINS Atual em p.p. Total Demais Setores - DS Sistema Não Cumulativo Lucro Real Demais Setores - DS Sistema Cumulativo Lucro Presumido 7,60% 1,0923 8,69% 3,00% 0,2180 3,22% Instituições Financeiras 4,00% 0,5741 4,57% Indústria de Transformação IT Sistema Não Cumulativo Lucro Real Indústria de Transformação IT Sistema Cumulativo Lucro Presumido 7,60% Não há 7,60% 3,00% Não Há 3,00% Fonte: PIA Empresa; PIA Produto; PAC; PAS; PAICC e POF/IBGE; RFB. Elaboração DECOMTEC/FIESP Onde DS = Demais Setores: Indústria Extrativa; SIUP; Construção; Comércio; Transportes; Informação; Instituições Financeiras; Atividades imobiliárias; serviços profissionais e serviços prestados às famílias. Além da Indústria de Transformação, os seguintes setores não terão acréscimo de alíquotas de COFINS: Agropecuária; Administração Pública; Educação; Saúde Humana e Serviços Sociais; Arte, cultura, esporte e recreação; Serviços domésticos e Organismos internacionais e outras entidades extraterritoriais.
15 Devido à elevação da alíquota da COFINS e os efeitos desse tributo e da desoneração sobre outros tributos federais, a arrecadação da União não é alterada, não havendo renúncia fiscal. Variação dos Tributos c/ 0% à margem Valor R$ bilhões (2008) Previdência Social IT -20,30 COFINS DS + 19,81 PIS DS + 0,48 TOTAL = 0,00 Fonte: PIA; PAC; PAS; PAICC e POF/IBGE; RFB. Elaboração DECOMTEC/FIESP. DS = Demais Setores: Indústria Extrativa; SIUP; Construção; Comércio; Transportes; Informação; Instituições Financeiras; Atividades imobiliárias; serviços profissionais e serviços prestados às famílias.
16 A desoneração da Folha de Pagamentos na Indústria de Transformação pouco reduzirá a distribuição dos tributos entre os setores da economia, permanecendo a Indústria de Transformação como o setor mais tributado Cenário atual Cenário 0% à margem Variação em p. p. Indústria de Transformação 36,70% 34,36% -2,34 Comércio 15,22% 16,16% 0,94 Setor Financeiro 13,39% 13,54% 0,15 Serviços Industriais de Utilidades Públicas 6,94% 7,26% 0,32 Informação e Comunicação 6,31% 6,59% 0,28 Serviços Profissionais 3,97% 4,16% 0,19 Transportes 3,00% 3,26% 0,26 Outros* 14,48% 14,69% 0,21 Fonte: PIA Produto; PIA Empresa; PAC; PAS; PAICC e POF/IBGE; Extração especial RFB. Elaboração DECOMTEC/FIESP. Considerou-se redução de preços com crescimento de quantidade. *Administração Pública, Serviços Prestados às Famílias; Construção; Indústria Extrativa; Saúde Humana e Serviços Sociais; Agropecuária; Atividades Imobiliárias; Organismos Internacionais e Serviços Domésticos.
17 Proposta Aspectos positivos Aumento da competitividade da indústria nacional no mercado interno e externo. Redução de um custo fixo da atividade Desoneração líquida proporciona condições mais isonômicas de competição para a produção nacional no mercado doméstico e no exterior Diminuição do incentivo à informalidade e terceirização da mão de obra (e de seus efeitos negativos, como custos de monitoramento e incerteza jurídica) Redução das Necessidades de Capital de Giro. 17
18 Proposta Aspectos positivos Minimização da disparidade existente entre as contribuições de cada setor da economia à arrecadação tributária Viabilidade operacional: facilidade de implantação, operacionalização e de fiscalização. 18
19 Obrigado! Departamento de Competitividade e Tecnologia- DECOMTEC José Ricardo Roriz Coelho
Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade DECOMTEC / FIESP
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