Surgimento da marca Volvo
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- Maria da Assunção da Mota Fonseca
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2 Surgimento da marca Volvo Uma fábrica automotiva instalada em Gotemburgo na Suécia em 1927, resultante da ideia de dois amigos de infância O Engenheiro Gustaf Larson O Economista Assar Gabrielsson
3 Surgimento da marca Volvo Em 1927, o primeiro carro Volvo fabricados em série, o Volvo ÖV4, saiu da linha de produção na ilha de Hisingen, Göteborg. Desde então, a Volvo desenvolveu a partir de uma pequena indústria local para um dos maiores fabricantes mundiais de caminhões pesados, ônibus e equipamentos de construção.
4 Surgimento da marca Volvo Assar Gabrielson, perdeu a esposa num acidente. Após horas de bate papo, ambos tiveram a ideia de projetar um carro genuinamente sueco e que fosse extremamente seguro e adequado as severas condições climáticas do país, onde surgiu o Volvo ÖV4 Que saiu da fábrica em 14 de abril de O objetivo era produzir veículos que fossem seguros, resistentes e adequados ao clima frio do país.
5 Surgimento da marca Volvo Volvo ÖV4
6 Surgimento do Volvismo Nas décadas de 1960 e 1970, a Volvo teve dificuldades em contratar mão de obra devido ao baixo desemprego na Suécia e ao excesso de qualificação da mão de obra. Os jovens recusam os empregos monótonos Recusam empregos com o modelo Taylorista Aumentam os conflitos laborais na Suécia Crescimento constante das greves
7 Surgimento do Volvismo A Volvo Company desenvolveu na Suécia nas décadas de 1970 e 1980 em relação à criação de alternativas á forma baseada na produção em massa. Tais experiências em Londres, ainda nas décadas de 1940 e 1950, e visavam compatibilizar os aspectos humanos e tecnológicos presentes no sistema produtivo, como alternativa ao Fordismo. Na Volvo os trabalhadores, organizados através de sindicatos fortes, manifestavam insatisfação com as práticas da produção em massa, o que levou a empresa a testar alternativas para a organização do trabalho chão-de-fábrica
8 Surgimento do Volvismo Em 1971, assume o novo Chefe Executivo (CEO) da Volvo, Pehr Gustaf Gyllenhammar, que aposta na concepção socio técnica para resolver os problemas de trabalho. Desse modo, a Volvo constrói novas fábricas, seguindo tal concepção em Kalmar, em 1974, e em Uddevalla, em 1989, e adapta os processos produtivos em Torslanda, em 1980.
9 Surgimento do Volvismo Características da concepção SÓCIO TÉCNICA Linha de montagem tradicional substituída por módulos de montagem paralelos Equipes de 6 a 8 operários montam um veículo completo Os ciclos de trabalho alongam-se de 2 a 4 horas O fornecimento das peças é integrado na montagem As equipes têm autonomia para distribuir as tarefas e decidir o ritmo de trabalho.
10 Surgimento do Volvismo Os operários estavam satisfeitos com a nova forma de trabalhar em grupos semiautônomos, com a solidariedade e a tolerância que se estabeleciam entre colegas. Valorizavam a margem de autonomia que passaram a dispor, o aumento da responsabilidade o enriquecimento e rotatividade das tarefas.
11 Surgimento do Volvismo Os experimentos mostraram que: O investimento necessário para construir uma fábrica deste tipo era, então, 10% superior à de uma fábrica (tradicional) de montagem A produtividade era similar O sistema de produção era mais flexível, tornando menos onerosa à montagem de um novo modelo de veículo; As faltas no trabalho eram mais baixas
12 Surgimento do Volvismo O turnover (rotatividade de pessoal) era mais baixo Lidava-se melhor com a reprogramação da produção Os custos de formação e de reajustamento técnico também eram menores do que nas outras fábricas Era mais orientada para o cliente.
13 Planta de Kalmar Possuia a meta de fabricar unidades por ano. Especificações como forma dos prédios, o layout de distribuição do pessoal, as condições de meio ambiente (temperatura, iluminação, ruídos, etc.), foram concebidos visando proporcionar uma organização das condições de trabalho da maneira mais otimizada possível em conjunto com o projeto de engenharia da instalação industrial. Era o primeiro exemplo de uma planta para manufatura automobilística, onde a técnica é planejada às necessidades dos homens.
14 Planta de Kalmar
15 Fábrica de Uddevalla Posteriormente, uma nova fábrica foi construída em Uddevalla, ampliando a aplicação dos conceitos. A organização do trabalho baseava-se em grupos autodirigidos Não havia hierarquias profissionais ou organizacionais Não existiam as tradicionais chefias diretas Os próprios membros do grupo faziam a gestão da qualidade, dos custos e da manutenção
16 Fábrica de Uddevalla Havia rodízio de tarefas todos os meses, com objetivo de fazer com que, ao final de dezesseis meses, o operário soubesse montar um carro completo Os grupos participavam nas tarefas de recrutamento, seleção e formação de pessoal O líder de cada grupo era eleito pelos seus pares, ou seja, não era nomeado pela direção da fábrica.
17 Fábrica de Uddevalla Uddevalla foi concebida e construída considerando as pessoas: nível de ruído baixo, ergonomia presente em todas as operações e ar respirável. Cada grupo conseguia montar um carro completo num ciclo de duas horas.o automóvel é montado por uma equipe de oito a dez pessoas em um único local, para onde convergem os seus materiais. Através de esteiras automatizadas, kits de peças são enviados à linha de montagem, elevando o grau de autonomia das equipes e reduzindo os níveis hierárquicos.
18 Fábrica de Uddevalla A fábrica de Uddevalla foi fechada em 1992, como parte de um acordo de fusão não concretizado com a indústria francesa de automóveis Renault. Em 1996, a Volvo reabriu a planta e, em 2003 ela produzia automóveis de luxo em pequena escala, não mais pertencendo ao Volvo Group.
19 Fábrica de Uddevalla
20 Fábrica de Uddevalla
21 Fábrica de Uddevalla As propostas do sindicato, atendidas pelos diretores da Volvo na montagem da fábrica de Uddevalla, foram: A montagem feita em estações fixas Cada trabalhador controla seu próprio ritmo Trabalho de supervisão incorporado à rotina do trabalhador: logística, qualidade, preparação de ferramentas, formação de novo operários e chefia de equipe. O ciclo da tarefa era de 20 minutos, contra dois minutos nas outras fábricas da Volvo.
22 Fábrica de Uddevalla Uma característica interessante é que 45% da mão de obra é feminina, o que é causa e consequência de várias alterações no sistema de produção (CLETO, 2002, P.39) De simples montadores de partes de veículos, os trabalhadores de Uddevalla foram transformados em construtores de um automóvel completo, dominando todas as etapas de sua produção.
23 Objetivo das Fábricas A Volvo teve por objetivo criar condições para tornar tanto operários como ambiente produtivo mais saudáveis. procuraram aumentar a capacidade produtiva, reduzindo custos e produzindo cada vez mais com qualidade superior. O processamento de informações e o processo de aprendizado são pilares do sistema Volvo.
24 Single Loops e Double Loops Para que as organizações tornem-se inteligentes dependerá em grande parte da sua capacidade em aprender, bem como da forma como serão programadas para que atuem como cérebros humanos. Para isso, a Volvo desenvolveu quatro princípios a partir do conceito de aprendizado.
25 Single Loops e Double Loops Capacidade de sentir ou monitorar o ambiente e o processo de produção Relacionamento das informações colhidas com normas predefinidas Detecção das variações no processo Início da correção no processo O aprendizado do aprendizado é um ponto fundamental, pois evita que um excesso de flexibilidade leve ao caos. Permite, igualmente, ao sistema, guiar-se em relação às normas e valores existentes. (WOOD JR., 1992, p. 16).
26 Single Loops e Double Loops O objetivo dessas etapas era fazer o todo em cada parte ou etapa da produção; criar conexões (conectividade) entre as etapas; promover especialização de funções ao mesmo tempo em que se difunde um conhecimento generalista sobre a totalidade do processo de produção, de maneira simultânea; capacitar para a auto-organização dos trabalhadores.
27 Resultado Os princípios estabelecidos com o Sistema Volvo estavam a frente de seu tempo, mesmo com o fechamento da fábrica em Uddevalla eles serviram de modelo a diversas outras industrias pelo mundo. Seu fechamento não significa que seus princípios e procedimentos estavam errados, mas que o mercado não estava adequado ainda a suas propostas. A plena participação do ser humano, decidindo e atuando em equipe demonstraram que a atividade em uma linha de montagem não precisa, necessariamente ser repetitiva e alienante, e neste ponto se concentra a maior contribuição da Volvo em Uddevalla.
28 A Volvo atualmente Uma notícia recente divulgou o possível fechamento de algumas fábricas em Entre elas está a Volvo. A afirmação vem da publicação 24/7 Wall St., que aponta, todos os anos, as dez marcas que mais possuem chances de deixar de ser comercializadas no país americano. Segundo a publicação, a lista desse ano reflete a natureza brutalmente competitiva de certas indústrias e a importância de não ficar para trás em eficiência, inovação e financiamento. Com informações do Huff Post Business
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