Audiência Pública VILA PRUDENTE (13ª)

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1 Audiência Pública VILA PRUDENTE (13ª) CONGESTIONAMENTO (R32) (Rede Viária Estrutural/Da Política de Circulação Viária e Transportes/Da Pavimentação/Da Rede Estrutural Viária/Da Rede Estrutural de Transportes Públicos Coletivos) - necessidade de metrô na região (R41) - investimento de transporte sobre trilhos (R41) - obras de estruturação viária (R41) - eixo de transporte, o que foi planejado o que está sendo trazido para a região da Vila Prudente e da Cidade Tiradentes: o monotrilho, o VLP: onde está previsto isso no Plano Diretor? (R41) (R1) (R18) - por que trazer transporte de massa de alta capacidade para atender a região de Vila Prudente, Anália Franco e Tiquatira? (R41) ENCHENTES (R32) (Do Saneamento Básico/ Da Pavimentação/Drenagem Urbana/Rede Estrutural Hídrica) - cuidar dos córregos, córrego do Oratório por exemplo (R2) DEFICIT HABITACIONAL (R32) (R19) (R15) (R12) (Da Função Social da Propriedade Urbana/Da Política de Habitação/Da Habitação e dos Equipamentos Sociais e Urbanos/ Zonas Especiais de Interesse Social/Das Diretrizes da Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo/ Das Diretrizes para a Regularização de Assentamentos Precários, Conjuntos Habitacionais, Loteamentos e Edificações/Dos Instrumentos da Política de Desenvolvimento Urbano) - problema de regularização fundiária na região (R15) (R22) (R27) (R29) - verticalização das favelas (R40) (R29) - necessidade das ZEIS e operações urbanas continuarem a existir (R10) (R44) - Conselho Gestor das ZEIS com participação da população (R10) - a revisão não prevê regularização de favelas (R10) - continuidade da existência das ZEIS de operação (R10) - funcionamento de Conselho Gestor nas ZEIS (R10) - regularização fundiária e implantação de Conselho Gestor no Jardim Iva, localizada na R. Artur Montenegro, Av. Lauro Xerfan, ZEIS-1 (R10) - regularização fundiária da Comunidade Iguaçu, existente há 30 anos: deixaram de ser área de risco (R15) (R12) (R19) (R11) (R21) (R23) (R22) (R27) (R29) - regularização fundiária dos moradores ao redor do piscinão do Oratório (Rua da Amizade e da Marginal do Oratório) (R15) (R3) (R22) (R27) (R29) 1

2 PERDA DOS MANANCIAIS (R32) (R19) (R15) (R12) (Dos Recursos Hídricos) SAUDABILIDADE AMBIENTAL (*) (R32) (Da Política Ambiental/Das Áreas Verdes/Dos Resíduos Sólidos/Da Política de Patrimônio Histórico e Cultural/Da política da Paisagem Urbana/Da Política de Infra-Estrutura e Serviços Públicos/Do Sistema de Áreas Verdes e Logradouros Públicos//Macrozona de Proteção Ambiental/ Zonas Especiais de Proteção e Recuperação Ambiental/Dos Instrumentos de Gestão Ambiental) - trabalho cultural para os parques lineares e (zonas) verdes (AR47) (R43) (R32) - construção de um teatro na Vila Prudente para apresentação da cultura local (R3) (R49) - o parque Fazenda da Juta está previsto para 2016 (R47) ; o meio ambiente não pode esperar tanto: deveria ser previsto para 2012 (R47) - instalação de equipamentos culturais na região do Sapopemba (R3) (R49) - não retirar a política e social (R4) - despoluição de terreno de 98 mil metros da Esso na Mooca, temos um terreno de 98 mil metros quadrados, que é da Esso há 85 anos: a Associação Comercial queremos que esse terreno se torne uma área de ZEPAM (R13) (R3) - os comerciantes poderiam fornecer banheiros públicos, onde pudessem fazer propaganda até cobrando pelo uso (R35) - abandono das favelas pelos órgãos públicos: insegurança aos moradores, transformando as favela em abrigo de bandidos (R50) - abandono do bairros pelos órgãos públicos: falta infraestrutura, o lixo é espalhado pelos córregos e pelos terrenos baldios (donos dos lotes não são comunicados para murar e multados caso não o façam) (R50) (AR13) (R15) (R24) (R60) MELHORIA NOS NÍVEIS EDUCACIONAIS (**) (R32) - EMEI Vicente de Carvalho necessita de boa infraestrutura: limpeza por dentro, mato em suas dependências (R3) OUTROS TEMAS - falta de cumprir o PDE atual para fazer sua revisão (R47) (R1) - não se trata de revisão, mas de proposta de outro PDE (R1) - transformação da Avenida Henry Ford, que acabou de ser recapeada pelo Prefeito, numa Henrique Schaumann: como na Henry Ford não há moradores e só tem armazéns, é lugar onde pode haver casas noturnas, a noite toda, sem problema nenhum para a comunidade e o Psiu não precisaria intervir (AR12) - regular as caçambas de lixo e suas retirada por caminhões: representam perigo para o tráfego (R41) (R46) (R15) ALGUNS DEPOIMENTOS DESTACADOS André Delfino (morador da Favela de Vila Prudente; membro do Movimento de Defesa dos Favelados e da direção Executiva da União Estadual de Defesa da Moradia) : (...) 2

3 Nossa questão em relação ao Plano Diretor é a seguinte: estamos vivendo, depois do plano de 2002 e de seu complemento em 2004, com algumas previsões de obras para 2006 e 2012 que não foram realizadas. Foi apresentada a importância do Plano Diretor, mas de 2002 para cá, o que efetivamente foi realizado na nossa região? Muitas pessoas participaram de várias audiências e indicaram obras viárias. Até o momento, não vimos um balanço do que foi feito nem na cidade nem na nossa região. (R47) Como podemos participar da revisão de um plano em que - em nossa opinião em alguns pontos é um novo plano. Como refazer esse processo, se não temos em mãos uma avaliação do que já foi executado. Será que alguém tem noção do que já foi feito de intervenção do Plano Diretor na nossa região, se esse plano foi constituído em 2002? Quais foram essas intervenções? Só a partir disso poderemos discutir. Será que nossas propostas, mais uma vez, servirão para preencher papel? Quais delas sairão do papel e serão executadas? Não temos ideia do que foi executado desde o plano de Essa é a primeira questão. Precisamos, num processo de avaliação, saber o que foi executado em nossa região. Alguém tem ideia disso? Isso nós não temos. Outra questão é a respeito das Zonas Especiais de Interesse Social. Realmente, todas as ZEIS, por lei, têm de constituir um conselho gestor (R10), em que representantes da municipalidade e do Poder Público possam discutir o futuro da comunidade. Eu, como morador da favela de Vila Prudente, quero participar da discussão (AR13) sobre o futuro da favela onde moro, assim como qualquer cidadão aqui presente também deseja participar. Percebemos que os conselhos gestores estão ficando de fora da revisão dessa lei. Existe uma comunidade que só por força do Ministério Público conseguiu, por meio de processo indicado pelos moradores, compor o Plano Diretor. Estamos esperando a Subprefeitura para indicar essas pessoas. Queremos discutir o futuro da região do Jardim Independência. Outra questão é sobre o mapa apresentado com as obras de estruturação viária (R41) (AR35). Sabemos que a Vila Prudente vive um caos também no trânsito, tanto na região do Largo da Vila Prudente como no nosso Centro expandido, desde a R. Ibitirama, Parque São Lucas, Anhaia Melo e Vila Ema. São várias as intervenções que precisam ser feitas. Nesse novo plano, verificamos uma única intervenção, das pouquíssimas, na R. Dianópolis, pertencente à favela de Vila Prudente. Isso causa preocupação aos moradores, como se darão os processos se não tem um conselho gestor. Como participaremos se simplesmente abrem uma rua e os moradores para onde irão? Não temos ideia de como e quando isso irá acontecer. O problema viário da região de Vila Prudente não se resume à R. Dianópolis, os moradores sabem bem disso. Temos preocupação com os moradores da região de Vila Prudente. Percebemos que essa revisão tem sido alvo de muitas críticas. Não queremos só criticar, mas sim dar opiniões e participar desse processo (AR13). Será que, em apenas uma audiência pública na nossa região, conseguiremos discutir todos os problemas? Quais as garantias de que as reivindicações apresentadas serão, realmente, levadas em consideração? Não temos ideia do que foi posto em prática (R47) e muita gente participou do processo em Uma preocupação maior ainda: parece que serão pouquíssimas as intervenções na região. Vimos, no Jornal da Tarde, que o potencial construtivo da região de Vila Prudente, de verticalização, ou seja, seria de 518 mil m². Será que a região de Vila Prudente e Sapopemba comportam esses investimentos com o sistema viário que temos hoje? (AR11) (R40) São reflexões que precisamos fazer para podermos caminhar e para que possamos ter uma cidade participativa, inclusiva e com direitos para todos. Beatriz Gomes (da Comunidade Iguaçu) : (...) Nossa comunidade existe a 30 anos no local. Lutamos, há uns bons anos, para tentarmos a regularização fundiária da área (AR24) (R15) (R22). Gostaríamos de entregar um documento ao Subprefeito, para que o nosso local venha a ser reconhecido pela Subprefeitura. A comunidade Iguaçu gostaria que o Subprefeito protocolasse para nós essa segunda via. Nosso interesse é a regularização fundiária e a implantação do Conselho Gestor (R10) no local. Passa, por gentileza, para ele, a segunda 3

4 pasta. Gostaríamos de pedir a atenção dele para nós, porque é assim: em nossa área já foi feita muita mudança. A Subprefeitura foi lá, retirou alguns moradores. Nós saímos da área de risco, porque eles nos alegavam que não tínhamos direito à regularização, porque estávamos em área de risco (R54). Então, no Córrego Oratório já foi feita a contenção e no outro também. O que acontece? Deixamos de ser área de risco. Fizeram a continuidade da Frederico Martins Costa Carvalho, fizeram lá a rua. Então, a gente deixou. Já saiu o morro e já saíram as enchentes, não há mais. Então, é essa nossa reivindicação. Queremos a regularização. Maria da Conceição Gomes (Comissão de Moradores do Piscinão do Oratório) : (...) Venho aqui pedir ao Subprefeito a regularização (AR24) (R15) (R22) (R54) da nossa área, que ele já conhece, já foi lá, que é da Rua da Amizade e da Marginal do Oratório. Lá está feito o piscinão atrás, ele já olhou tudo, e pedimos que seja regularizado. Já lhe pedimos também uma praça, que era para ser feita num terreno lá que cuidamos. Pedimos que ele providencie o que ele prometeu, que ele falou que iria olhar para fazer a praça. Que ele pudesse dar mais uma olhada, dar mais uma assistência um pouco para nós de lá. E a nossa regularização, pela qual vimos lutando há muito tempo: faz uns quatro anos. Pedimos encarecidamente que possa ser regularizada essa área nossa: Rua da Amizade e da Marginal do Oratório. Viemos lhe trazer aqui esse documento também. E que vá lá nos visitar. (R3) Luís Mário: (...) Acho que é importante debatermos e colocarmos algumas preocupações que temos com relação ao Plano Diretor. Vou me situar na nossa região que é o que interessa para a maioria dos presentes. Fiquei preocupado quando vi que várias questões foram retiradas do Plano Diretor. Primeiramente, não está contemplado o Plano Diretor Regional. Segundo, as Operações Urbanas previstas para Anhaia Melo e Sapopemba foram retiradas. Em terceiro, foi incluída uma ligação viária com São Caetano (R41) (R44). Tínhamos outra ligação importante no Sapopemba que era a do Teotônio Vilela para Santo André, uma ligação que pensamos ser importante: Avenida Rio das Pedras e da Avenida Matteo Bei. Vemos que estamos sendo retirados do Plano Diretor. Temos o transporte público, mas o metrô não vem mais (R41), vem o tal do VLP Veículo Leve Sobre Pneu. Quer dizer, Vila Prudente, Sapopemba e São Lucas não merecem o metrô. O Plano Diretor de 2006 previa uma revisão e agora temos outro cuja revisão está prevista para Então, do que estava contido no Plano Diretor de 2002, retiraram algumas coisas e acrescentaram outras e vai ser revisado somente em 2012 (R1) (R47), ou seja, daqui a três anos. Oxalá nós tenhamos alguma coisa para comemorar do que foi executado, porque, se em vez de revisão houver outras alterações, perderemos novamente. Penso que essa preocupação a nossa região precisa ter porque estamos sendo totalmente deixados de lado com a retirada da Operação Urbana, ligação de viários, transporte público, etc. Por isso temos de prestar um pouco de atenção. Afinal de contas, será que não merecemos metrô até São Mateus? (R41) (R36) Álvaro de Abreu: (...) Inicio minha fala dizendo que pertenço a um coletivo político e trago algumas considerações desse coletivo no intuito de contribuir na discussão da revisão do Plano Diretor. Chama-me a atenção que o objetivo do Plano Diretor seja estabelecer regras organizadas em prol do desenvolvimento sustentável, (R17) (R19) ou seja, organizar a Cidade por meio de uma gestão democrática. Penso que esse conceito é perfeito, mas que fica devendo em termos de participação. (AR43) (R30) Quando da elaboração do primeiro Plano Diretor, lembro-me que a Cidade foi ouvida em todos os seus Subdistritos e por isso foram feitas mais de 300 reuniões para elaborar um Plano Diretor que não chegou a ser efetivado realmente e que boa parte ficou para ser regulamentada. (R47) Agora propõem uma substituição, porque eu penso que isso não é uma revisão, é uma substituição.basta ouvirmos as falas anteriores que destacam a retirada de pontos importantes para a região do 4

5 Sapopemba. Outra coisa que me chama atenção é o eixo de transporte, o que foi planejado o que está sendo trazido para a região da Vila Prudente e a Cidade Tiradentes: o monotrilho, o VLP. A pergunta que faço é: onde está previsto isso no Plano Diretor? (R41) Outra pergunta: quais são os argumentos para trazer um transporte de massa de média capacidade para a região mais populosa da zona Leste e um transporte de massa de alta capacidade para atender a região de Vila Prudente, Anália Franco e Tiquatira? Qual é a lógica disso? É esse o planejamento da Cidade? Minha concepção de raciocínio diz que não. Também quero falar sobre as ZEIS. Essa revisão do Plano Diretor tem de dar ênfase à situação das favelas da região da Vila Prudente e de Sapopemba. A debate sobre a regularização dessas favelas tem de estar nesse Plano, para que seja apontado um prazo para se resolver esse problema. (R10) Penso que é este o objetivo de um Plano Diretor: apontar estratégias e buscar soluções num determinado prazo. Cito algumas favelas: Favela do Tanque; Favela do Pró-Morar; Favela do Jacareíbe, que tem um problema crônico de esgoto; Favela do Madalena, que tem problema crônico de áreas de risco e lixo nas encostas dos morros, dentre outras. As regras têm de estar apresentadas nessa revisão do Plano Diretor. Um outro ponto é sobre os parques. (R22) (R43) Nesta revisão do Plano Diretor, a previsão para implantação do Parque Fazenda da Juta é para O meio ambiente não pode esperar tanto tempo e a implantação desse parque está muito fácil. Esse parque teria de ser implantado até 2012, porque a cada dia um pouco da vegetação da Mata da Juta está sendo perdida por lançamento de entulho de inertes, numa ocupação irregular. Esse parque tem de ser implantado em 2012 e a revisão do Plano Diretor tem de apontar isso. (R47) Uma outra situação que não vi neste Plano Diretor é a previsão de equipamentos culturais para a região de Sapopemba. Desconheço equipamentos culturais de massa de qualidade para a região do Sapopemba e o Plano Diretor, na minha opinião, teria de apontar para isso (R3). Sobre a questão do transporte, vi que foi colocado como ponto principal a estruturação do transporte viário, do eixo viário. E vi que não temos uma estruturação condizente para corredores de ônibus (R18) (R41). Eu queria saber qual o prazo para a instalação dos corredores de ônibus previstos. E mais: se essa invenção que trouxeram para a região - o monotrilho - tira de circulação o corredor de ônibus que vai de São Matheus à Cidade Tiradentes. É substituição que está sendo proposto? O Plano Diretor tem resposta para isso? Já que se tinha previsão, qual é? Haverá só o monotrilho ou o Expresso Tiradentes como estava sendo previsto anteriormente como corredor de ônibus de São Matheus à Cidade Tiradentes, já que acho que existe uma estação do monotrilho até 2010 e as outras 16 em um ano só, até 2011 ou 2012? (R41) (R47) Geralda Cândida De Jesus: (...) Resido na Vila Nhocuné, em Arthur Alvim. Tenho vergonha de comentar o que está ocorrendo onde moro. Lá há duas favelas, uma perto da outra. Estamos abandonados. Adolescentes com crianças comem com ratos, em pratos, porque ninguém é atendido no local. Na época da ex-prefeita Marta Suplicy, S.Exa. começou a organizar a região, (R22) dando títulos de moradias. Recebemos isso. Hoje ninguém faz nada para nós. Parece que o atual Prefeito discrimina o pessoal em favelas, desculpem-me por dizer isso. Gostaria que as pessoas, os Vereadores, dessem atenção para nós, naquela área, porque vemos muitos adolescentes se acabando nas drogas. Os bandidos fizeram moradia em cima do córrego de (R54) esgoto e não sei mais onde reclamar. As drogas tomam conta da área. Ficamos numa situação bastante complicada. Às vezes, consigo uma reunião com a Sabesp, para pedir algum benefício, porque o esgoto foi destruído nas ruas. Os ratos e os bandidos tomam conta da área. São mais ou menos cinco mil famílias que moram nesse local, abandonadas, sem assistência alguma da saúde e de ninguém, - para dizer a verdade. Quando chamamos a polícia, ela nem aparece no local. Peço que alguém dê um pouco de atenção a nós e que deem continuidade ao trabalho iniciado pela ex-prefeita Marta. Recebemos orientação para não colocarem moradias (R13) em cima do córrego e parece que ninguém está se preocupando com isso. Fiz uma 5

6 comunicação à Subprefeitura e nada foi feito. Agora, aos finais de semana, é funk a noite inteira, não conseguimos ter paz para dormir (AR9) (AR13) (R3) (AR10) (AR11) (R15). Os idosos, os doentes, todos reclamam e ninguém faz nada por nós. A polícia não aparece.peço para que se lembrem de nós. Em outra reunião, foram mostrados vários projetos para outras áreas, mas não para a nossa. Quero saber o que tem a minha região para ninguém se interessar por ela. Demétrio Dimitroff: Boa noite a todos. Faço parte e sou Presidente de uma associação dos moradores do bairro da Vila Zelina. Gostaria de saber quem poderia colocar nesse Plano Diretor uma proposta, como já existe, de se construir um teatro na região de Vila Prudente (R49), perto do parque (R3). Gostaria de propor que nesse teatro fossem construídas salas em que fossem representadas as culturas existentes no bairro. Poucas pessoas aqui sabem que o bairro de Vila Zelina foi construído por povos que vieram do Leste europeu, como russos, lituanos, búlgaros, romenos, ucranianos, enfim, uma infinidade de povos que ajudaram a construir essa cidade. São pessoas que atravessaram o Atlântico, numa viagem de 30 dias, com necessidades que vocês nem imaginam. A construção desse teatro, aqui na Vila Zelina, seria uma maneira de compensar todo sofrimento desse povo. Essa região é carente na parte cultural (R4) (R20). A ideia é construir uma sala em que se pudesse divulgar a cultura desses povos. Poucos sabem como essas pessoas vivem, sua cultura, o que comem, como celebram suas festividades, entre outras coisas. É uma região que pode ter como foco o turismo, como na Liberdade, com os japoneses. Temos um projeto, - já apresentado para o Wilson de realizar a tematização da Vila Zelina como o bairro do Leste europeu, devido à concentração desses imigrantes. Alguns moradores vieram de lá no ano de 1920 e 1926, quando da primeira imigração para o Brasil. Outros, como os filhos, continuam no bairro preservando a cultura, muito rica e milenar. Todos deveriam participar dela. Esses povos trabalharam muito e ajudaram a construir tudo o que existe no bairro. Não temos nenhum lugar em São Paulo que represente esses povos. Glória Gonçalves: (...) Sou do Jardim Sapopemba. Na nossa região, o que mais falta é infraestrutura em matéria de pavimentação. Você anda um pouquinho, entra numa rua e cai num buraco, quando não cai num buraco feito, às vezes, pela própria Sabesp. Quando ela vai lá fazer buraco, para arrumar, ela não volta para consertar. Daí, temos de nos comunicar com a Subprefeitura, para pedir a pavimentação (R41). Agora que estão melhorando a rede, para nós não está sendo muito bom. É um recapeamento de péssima qualidade (AR13) (R3) ; quando não fica alto; quando passa, afunda. Isso acontece em frente às duas escolas existentes. Em frente ao Hospital Sapopemba, a pavimentação é péssima. Não tem como não entrar num buraco, tem de desviar, corre-se o risco de bater em outro carro, ou o ele vem ao seu encontro no meio da rua. A pavimentação está de péssima qualidade. Outro ponto. Há vários terrenos no Jardim Sapopemba em que os donos não são comunicados para murar e limpar. Estão com acúmulo (R50) de lixo. E agora, infelizmente, descobri que nós vamos ter uma redução de 20% na verba da limpeza pública (R46) (R60). Então, é sinal que agora vai ficar tudo do mesmo jeito. Espero que tomem uma providência sobre isso e sobre uma EMEI. A EMEI Vicente de Carvalho necessita de boa infraestrutura. Limpeza por dentro, mato. Eu tenho um neto que estuda lá, e o CEU é muito lindo (R33) (R20), do lado, só que as pessoas esquecem de olhar para o outro porque lá estão a EMEI e uma escola municipal. E todo mundo só anda na calçada e a calçada do CEU Sapopemba é linda, mas toda volta da escola, na EMEi, onde você anda, você caí porque são buracos, há lixo, está tudo quebrado, mas o CEU Sapopemba todos se preocuparam em deixar maravilhoso, mas o resto não existe. (Audiência Pública realizada dia 14 de agosto de 2009) 6

7 Obs: As falas dos participantes foram transcritas diretamente das notas taquigráficas, sem correções. (*) Ausência de saudabilidade ambiental: sistema suficiente de saúde, combate às poluições, enchentes de esgotos. (**) Substancial e permanente melhoria dos níveis educacionais adequada à Sociedade do Conhecimento. PD: Plano Diretor PDU: Política de Desenvolvimento Urbano LE: Lei Específica LEGENDAS 7