A Historiografia luso-brasileira e as Manifestações dos Tratados de 1810: um balanço historiográfico

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1 Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo & Flávia Florentino Varella (org.). Caderno de resumos & Anais do 2º. Seminário Nacional de História da Historiografia. A dinâmica do historicismo: tradições historiográficas modernas. Ouro Preto: EdUFOP, (ISBN: ) A Historiografia luso-brasileira e as Manifestações dos Tratados de 1810: um balanço historiográfico Daniel Elias de Carvalho 1 Os tratados de Aliança e Amizade e Comércio e Navegação foram ratificados em 1810 entre o reino de Portugal e o reino da Grã-Bretanha 2. Tais acordos feitos com a Coroa portuguesa já devidamente instalada no Brasil e os portos brasileiros abertos para o comércio com as nações aliadas, estavam propostos na convenção secreta de Estes tratados regulamentaram e mudaram muito as relações comerciais entre a Grã- Bretanha, Portugal e o Brasil, atingindo toda a teia comercial existente no sistema de privilégio português alterando questões sociais como a permissão de liberdade de culto aos vassalos britânicos residentes no Brasil. Por mudar diversas relações já consolidadas no campo social e comercial do reino luso-brasileiro, estes acordos geraram uma gama imensa de manifestações acerca dos mesmos. O presente artigo pretende fazer um balanço historiográfico referente ao modo de análise feito pela historiografia, especialmente a brasileira, em relação às manifestações desencadeadas antes e após a ratificação dos tratados de Esta historiografia varia sua maneira de análise e o que discute sobre o tema, porém, nem sempre estes tratados são abordados e mesmo quando são muitas vezes as manifestações desencadeadas dos mesmos não são abordadas. Poucas referências bibliográficas relatam as manifestações em sua totalidade, ou dedicam uma análise específica a elas. 1 Graduando do 4º do curso de História da Faculdade de História, Direito e Serviço Social UNESP/Franca. Orientadora: Prof. Dra. Marisa Saenz Leme. 2 Tratado de comércio e navegação entre D.João, príncipe Regente de Portugal, e Jorge III, Rei da Inglaterra, assinado em 18 de janeiro, pelos plenipotenciários e ratificado em 26 de fevereiro por suas majestades. Tais tratados podem ser encontrados em AGUIAR, Pinto de. A abertura dos portos: Cairu e os ingleses. Salvador: Livraria Progresso Editora p Artigo VII: Quando o Governo Português estiver estabelecido no Brasil, proceder-se-á à negociação de um tratado de auxílio e de comércio entre Governo Português e a Grã-Bretanha. A convenção secreta de 1807 pode ser encontrada em ARRUDA. José Jobson de Andrade. Uma colônia entre dois impérios: a abertura dos portos brasileiros Bauru, SP: EDUSC,

2 As obras escolhidas para o artigo são referencias da historiografia brasileira, e serão abordadas em ordem cronológica, para que possamos explicitar melhor o desenvolvimento das abordagens e mostrar claramente quando uma obra faz alusão à outra. Duas obras de autores consagrados na historiografia que aborda o tema dos processos que ocorreram no império luso no início do século XIX, mas que não fazem nenhuma menção aos tratados de 1810 são as obras de João Armitage História do Brasil e Tobias Monteiro em História do Império: elaboração da Independência, ambos descrevem e analisam a vinda de D. João VI no Brasil, a corrupção da corte lusa, a abertura dos portos, porém, não fazem nenhuma alusão aos tratados de 1810, muito menos das manifestações decorrentes dos mesmos. Já na História Geral do Brasil, Francisco Adolfo de Varnhagen possui um capítulo chamado Política exterior, negociações, tratados, conquistas e etc. É neste capítulo que o referido autor comenta sobre o tema em questão com uma abordagem rápida e sucinta, na qual fala que os tratados foram feitos entre D. Rodrigo e por Strangford, cita os artigos em geral, porém, não os detalha, analisando apenas os julga serem principais. Em relação à gama de manifestações que surgiram após os tratados, Varnhagen não aborda nenhum deles, porém, faz seu próprio comentário em relação aos acordos de 1810 e o Congresso de Viena de Em sua obra renomada Dom João VI no Brasil, Oliveira Lima discorre sobre os tratados de 1810 no capítulo IX do 2 volume intitulado Relações comerciais do Brasil. Os tratados de O autor discute exaustivamente os artigos dos tratados e após sua análise, sustenta a idéia de que os tratados de 1810 entre o reino de Portugal e o reino da Grã-Bretanha, não foram tão prejudiciais para o Brasil como se tem abordado na historiografia 5.Tanto que termina o capítulo dizendo que a obra de Linhares foi benéfica ao Brasil, mesmo diante da aparente unilateralidade a favor dos britânicos 6. 4 Infelizmente, não fazem elas em geral muita honra a diplomacia portuguesa dessa época, como passamos a manifestar, não sem grande mágoa, ao ver que os deveres da imparcialidade como historiador nos obrigam neste momento a pôr de parte afeições a indivíduos e reputações, com que já por outro lado muito desejáramos não contender. Gema, pois, o coração, não a consciência pungida. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História Geral do Brasil. São Paulo, Edições Melhoramentos, p. 115.v.5. 5 [...] se os efeitos imediatos do tratado que tamanha celeuma levantou, tantas imprecauções valeu a Linhares e ficou na história diplomática como um modelo de convenção leonina, foram em grande parte vantajosos ao Brasil pelos motivos indicados, seus resultados permanentes sabemos também que não foram afinal tão vantajosos para a Inglaterra como se podia ou queria imaginar. OLIVEIRA, Lima. Dom João VI no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1945.p v.2. 6 A Obra política do conde de Linhares foi, portanto benéfica ao Brasil, mesmo em seus aspectos menos defensáveis, por avessos à equidade de um pacto internacional e aos exclusivos posto que legítimos interesses da metrópole. Ibid.,p

3 Em relação às manifestações decorrentes dos tratados de 1810, Oliveira Lima aborda-as com muito mais atenção que os autores mencionados até o momento. O autor menciona Hipólito da Costa como alguém que expôs elucidamente as condições dos tratados em relação à reciprocidade dos mesmos. Porém, não explora a grande gama de opiniões e posições que Hipólito expôs em seu periódico. Oliveira Lima aponta para reclamações de ministros franceses, coloca a questão da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro que gerou alguns desentendimentos entre os oficiais britânicos e portugueses por referência a cláusula da extinção dos monopólios. A queixa do Conde da Barca também é citada pelo autor 7.Em relação aos periódicos, fala de alguns comentários do jornal o Português e de outro periódico no qual o autor não define nem faz referência na nota de rodapé. É importante notar que Oliveira Lima tem consciência que os tratados de 1810 geraram diversas manifestações no império luso-brasileiro 8 e também fora dele, deixando clara tal posição ao relatar muitas manifestações acerca do tema. O autor J. Pandiá Calógeras em seu livro Formação Histórica do Brasil explana os tratados de 1810 inseridos em todo o processo da vinda da corte para o Brasil, das transformações que D. João VI fez no Rio de Janeiro e da abertura dos portos. Após esta contextualização o autor comenta o tema, não que estes sejam o centro do capítulo, o autor obviamente seguiu uma linha lógica e cronológica de explicação do período. Como Varnhagen, Calógeras trata apenas de algumas cláusulas que chama mais atenção nos tratados, como a do Juiz Conservador, da taxa de 15% para os produtos ingleses e da abolição gradativa do tráfico de escravos. Em relação às manifestações, Calógeras não cita nenhuma especificamente, porém não deixa de perceber que tais tratados geraram atritos. 9 7 [...] queixando-se a tal propósito o ministro de Dom João VI de que o convênio de 1810, imposto pela Inglaterra, impossibilitaria o comércio do Brasil com o resto da Europa, colocando-o inteiramente nas mãos dos ingleses. Ibid., p Um tratado de comércio como este, tão extenso, variado e inovador, bolia com tantos interesses e alterava tantas cousas, que se podia bem esperar que suscitassem dificuldades e despertassem discussões quase todos os seus artigos. Choveram, com efeito, as reclamações, que pejam os livros de correspondência com a legação de Londres, provenientes tanto dos negociantes portugueses em Inglaterra, como do comércio do Reino, como dos próprios negociantes ingleses. Ibid., p Nesses convênios se encontram os pontos de partida de inúmeros dissídios e atritos, que, com o decorrer do tempo, chegaram quase ao rompimento aberto de hostilidades. De fato, D. João havia até certo ponto comprometia a liberdade de comércio no Brasil, pelo erro de conceder um regime excepcional para as importações inglesas, assim como ferira a soberania nacional admitindo em território nosso, juízes e tribunais para julgamento de nossos patrícios; e, bem assim, por haver permitido que forças navais e leis inglesas fossem, em assunto de tráfico, 3

4 citada 12 Após colocar estas manifestações para mostrar que o processo de ratificação dos tratados Uma obra que é referência na questão da influência inglesa no Brasil é o livro de Alan K. Manchester Preeminência inglesa no Brasil, no qual os tratados de 1810 são abordados no capítulo IV A Inglaterra assegura direitos preferenciais no Brasil. Diferentemente de alguns livros que tratam sobre o tema, o autor não discute no mesmo capítulo a chegada da corte ao Brasil e todos os processos que desencadearam isto, juntamente com os tratados. O primeiro é discutido no capítulo III A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, enquanto o segundo é discutido no capítulo IV, que se inicia abordando a abertura dos portos e sua importância para o desenvolvimento da consciência nacional do Brasil e, conseqüentemente sua futura independência 10. Posteriormente a introdução, o autor desenvolve as relações que antecederam a assinatura do tratado, neste momento, as manifestações sobre o mesmo são relatadas. Ao falar do momento de quase ratificação do tratado, Alan Manchester mostra como a oposição do Núncio Papal ocorreu 11 frisando que esta cláusula foi a que mais causou resistência a Strangford, e como ela se desenvolveu, influenciando resistências de outros setores, como alguns membros da Corte que tinham desafetos contra Souza Coutinho. Além disto, é explicitado que os comerciantes do Rio, instruídos pela Associação londrina, discutiam o tratado na Corte do Príncipe Regente, o que deixou a situação mais incomoda para Strangford. A questão do tráfico de escravos também é não foi simples e que houve resistências, o autor discorre sobre os artigos. Por último, cita as opiniões de Hipólito da Costa no Correio Brasiliense, declarando que o acordo era uma tarefa delicada e que as relações existentes entre Portugal e Inglaterra não poderiam servir de competentes para capturar, julgar e punir tripulações de barcos portugueses. CALÓGERAS, J. Pandiá. Formação Histórica do Brasil. São Paulo. Companhia Editora Nacional, p Na verdade, as conseqüências políticas e sociais, postas em movimentos por este provisório decreto de 28 de janeiro de 1808, levariam finalmente a um Brasil independente. As portas fechadas durante trezentos anos estavam abertas de repente, e a colônia ficou fora de controle da metrópole. MANCHESTER, Alan K. Preeminência inglesa no Brasil. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1973.p [...] surgiu uma oposição na corte portuguesa contra o tratado proposto, enquanto o Núncio Papal usava de toda a sua influência, sobre o supersticioso príncipe-regente para impedir a aprovação da cláusula que garantia tolerância religiosa aos protestantes. Ibid.,p [...] Fernando Portugal, ministro do Interior, combateu as estipulações referentes ao tráfico de escravos. Toda a corte estava unida contra o visconde e Souza Coutinho, num esforço para bloquear a ratificação. Ibid.,p..85 4

5 parâmetros. Vários outros pontos são explicitados, utilizando outras falas do periódico feito em Londres. 13. Alan K. Manchester em relação às manifestações dos tratados de 1810 avança se comparado às bibliografias tratadas anteriormente, pois apesar de dar maior enfoque no Núncio Papal e em Hipólito da Costa, não deixa de fazer referência a outros setores que opinaram no período, como os desentendimentos que giraram em torno da Companhia de Vinhos do Porto. A análise é mais completa e nos ajuda a entender a complexidade do momento, porque o autor para explicar o processo de consolidação da influência inglesa no Brasil através dos tratados de 1810 utiliza as resistências e manifestações sobre o mesmo, deixando de fazer uma análise simplista focando apenas nos artigos do acordo. Em História Econômica do Brasil, Caio Prado Júnior no capítulo intitulado A era do liberalismo , no qual desenvolve os processos da vinda de D. João VI ao Brasil associado à crise do sistema colonial português, o que seria uma transição do capitalismo comercial para o capitalismo industrial. Coloca a abertura dos portos como o início do fim do parasitismo português sobre o Brasil, e então discorre sobre os tratados de O autor mostra que a situação da Metrópole portuguesa se agrava com a assinatura dos tratados de 1810, e que Portugal estava sendo cada vez mais excluído do comércio brasileiro. Aponta como fator disto, a cláusula que decreta em 15% as tarifas alfandegárias para a Inglaterra enquanto Portugal pagaria 16%. 14 Coloca que apesar de as forças produtivas brasileiras estarem em expansão, e com o livre comércio as restrições que Portugal fazia não teriam mais peso, o Brasil pagou caro por esta liberdade, pois os tratados de 1810 privilegiavam os ingleses que atropelaram o comércio brasileiro, comprometendo a indústria nacional. Às manifestações relativas aos tratados, não são abordadas no livro. O livro de Caio de Freitas George Canning e o Brasil: Influência da diplomacia inglesa na formação brasileira abordou as manifestações em um capítulo intitulado Os tratados de comércio, navegação e amizade de 1810, no qual busca desenvolver o processo de negociação dos tratados e aponta para um movimento de resistência que ocorreu antes da assinatura dos 13 As manifestações que o autor utilizou do Hipólito da Costa são: Correio Brasiliense II, p ; Correio Braziliense.,III p ; Correio Braziliense., IV, p. 188; Correio Braziliense., V, p Tão estranha e absurda situação, que mostra até que ponto chegara à subserviência do soberano português e o predomínio da Inglaterra nos negócios da monarquia, manter-se-á até 1816, quando se equiparão as tarifas portuguesas às inglesas. PRADO Jr., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, p

6 mesmos, sendo que nacionalistas, francófilos e o núncio papal D. Caleppi fizeram frente à ratificação do acordo entre Portugal e Grã-Bretanha 15. Vale ressaltar que o autor não define quem são os nacionalistas, nem os francófilos da corte, atendo-se em grande parte as ameaças que o núncio fez ao regente D. João VI. No supracitado capítulo, são apontadas as cláusulas dos tratados e mais adiante, desenvolvida as reações que ocorreram diante da segunda versão do acordo, que ocorreu enquanto os mesmos estavam nas mãos de George Canning que indicou algumas alterações. Desta vez, as frentes de resistência, segundo o autor, se dividiam em dois pontos, o primeiro em relação à cláusula religiosa, e o segundo em relação à cláusula da abolição do tráfico de escravos, porém, o autor não desenvolve mais o tema além do exposto acima. Observa-se que todas as referências das manifestações até então citadas pelo mesmo são das correspondências do Foreign Office. Ao retratar Hipólito da Costa, duas falas são citadas 16, a primeira ocorre antes da assinatura do combinado e refere-se ao perigo que a colônia corria se fosse assinado um tratado baseado em acordos existentes entre Portugal e Grã-Bretanha, mais tarde, quando foram divulgados os textos oficiais, Hipólito desmascara a questão da reciprocidade, deixando claro que tal acordo era uma humilhação para a corte portuguesa e um entrave para a prosperidade do Brasil. Após abordar as manifestações que ocorreram no período, o referido autor começa a mostrar como os tratados sofreram o repúdio unânime de diversos historiadores como J.P.Calógeras, Oliveira Lima, Alan Manchester, Oliveira Martins, J. Lúcio de Azevedo, entre outros. A obra de Nelson Werneck Sodré As razões da Independência trata minuciosamente o domínio inglês em Portugal e no Brasil, explicitando o tratado do Methuen de 1703 e depois os de Para analisar o tema, como é recorrente na historiografia que se refere ao assunto, o autor explicita a situação complicada da Coroa portuguesa no início do século XIX, a Convenção secreta de 1807, a vinda da família real para o Brasil e a abertura dos portos. Quanto aos tratados, 15 À onda de protestos, já levantada pelos nacionalistas que reivindicavam a instituição de um regime de plena liberdade para o comércio colonial, veio se juntar, pouco depois, a voz da própria Igreja que, através da atitude de indignação do seu Núncio Apostólico D. Caleppi, passou a fazer coro com os que combatiam a tendência, manifestada pelo governo, de fazer concessões exageradas á Grã-Bretanha. FREITAS Caio de. George Canning e o Brasil. A influência da diplomacia inglesa na formação brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, v. p Correio Brasiliense, II, p Correio Brasiliense., V, p

7 Sodré aborda todos os processos que ocorreram no desenvolvimento do mesmo, desde as instruções de George Canning a Strangford até os artigos em si dos tratados. Quanto às manifestações, o autor comenta-as no desenrolar de seu raciocínio sobre os processos que levaram até a ratificação dos mesmos. Cita o movimento contra Souza Coutinho e quando aborda duas frentes de resistência, que seriam a contra a cláusula religiosa e a outra dizendo respeito à cláusula da abolição do tráfico de escravos, faz uma leitura idêntica a de Caio de Freitas, no mesmo livro referido neste artigo, coincidência ou não, Sodré faz até citações do livro do autor para explicar as manifestações acerca do acordo. Após tais considerações, Sodré expõe as opiniões de alguns autores sobre o evento, o que também foi feito por Caio de Freitas. O que é interessante notar, é que o autor para relatar as falas que ocorreram visando o acordo, se apóia na obra de Caio de Freitas, tanto no que diz respeito às informações, como no seu modelo de análise. Já Sérgio Buarque de Holanda em História Geral da Civilização Brasileira: o Brasil Monárquico aborda o tema em questão no capítulo III, nomeado de A presença inglesa, não destoando da historiografia, ele desenvolve o tema através da vinda da família real para o Brasil e aponta o fato de que o início da influência inglesa no Brasil é concomitante a chegada da coroa. Dentro deste retrospecto, desenvolve todos os processos que antecederam a vinda da corte, inclusive a convenção secreta assinada em 22 de Outubro de Após relatar tais movimentos, Sérgio Buarque aponta para a abertura dos portos e mostra a dificuldade que os ingleses encontraram em comercializar com o Brasil entre os anos de , mesmo com a abertura do comércio brasileiro. Eis que os tratados de 1810 ganham relevância no discurso do autor, pois são apontados como uma das condições que firmaram o comércio entre Brasil e Grã-Bretanha. O autor explicita os tramites que ocorreram até a assinatura deles e depois fala sobre cada artigo dos mesmos, isto é, faz o mesmo processo que os outros autores, fixam seu ponto de atenção nas cláusulas dos tratados. Em relação às manifestações, Sérgio Buarque de Holanda não dá tanta relevância ao tema, abordando-o indiretamente quando se refere ao artigo XII que diz respeito à liberdade religiosa 17 e quando comenta a opinião de Hipólito da Costa sobre o artigo IX, referente ao Juiz 17 Era-lhes concedida, apesar de toda a oposição que fora feita, a liberdade de religião (art.12). HOLANDA, Sérgio Buarque de. A herança colonial sua desagregação. In: HOLANDA, Sérgio Buarque de (DIr). História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel, 1965.v.2. O Brasil Monárquico, 1. O processo de emancipação.p.84. 7

8 Conservador 18. Fora estes dois comentários, o autor não menciona nada a respeito da gama de manifestações que decorreram dos tratados de Quanto à historiografia mais recente, é bem representada por Valentim Alexandre no livro Os Sentidos do Império. Nele, as manifestações acerca dos acordos possuem um capítulo específico, chamado As tensões na aliança, no qual o autor aborda as primeiras críticas ao tratado de comércio e aliança de Logo de início, aborda as críticas feitas por Hipólito da Costa publicadas no Correio Brasiliense, utilizando apenas uma delas 19, que diz respeito às questões de falta de reciprocidade do acordo, a humilhação que a dignidade portuguesa sofria e por fim, o retardamento que isto causaria a prosperidade do império do Brasil. Passando a frente, o foco dirige-se no problema de interpretação e aplicação dos tratados, que geraram muitas reclamações no âmbito oficial, citando Souza Coutinho e o Conde de Galveias. Os negociantes portugueses em Londres e os de Lisboa também são retratados em relação as suas manifestações, os primeiros, insatisfeitos com o não cumprimento do acordo por parte das autoridades britânicas, enviam para a corte do Rio de Janeiro várias notas e memórias, além de uma carta publicada no periódico luso O Espelho Político e Moral 20, o autor é feliz ao perceber e avaliar que os comerciantes lusos em Londres tinham uma posição muito privilegiada 21 em relação aos portugueses situados em Lisboa que eram afetados pela base do tratado, e não pela relutância dos ingleses em aplicar algumas cláusulas do mesmo, logo, vê-se que, neste caso, Valentim Alexandre deixa de observar apenas as manifestações em si, para avaliar as condições das mesmas, isto é, de onde tais falas são proferidas o próprio Hipólito José da Costa no Correio Brasiliense, concordava em que a justiça em Portugal era falha na sua prática, o que se julgou uma afronta foi a afirmação meio brutal da superioridade da justiça inglesa, aceita pelo governo português. Afirmação feita por Hipólito referente a passagem do artigo IX que dizia....ibid.,p A referência que o autor utiliza está em Correio Brasiliense. v.iv, p A carta do clube português foi publicada em O Espelho Político e Moral, n 20, 10 de Setembro de Essas queixas provinham ainda de um sector limitado, que tinha uma posição muito específica perante o tratado de comércio: o problema fundamental, para os negociantes portugueses estabelecidos em Londres, estava, sobretudo nas formas de aplicação de um acordo que, pelo menos na teoria, lhes era favorável. ALEXANDRE, Valentim. Os sentidos do Império. Porto: Edições Afrontamento, p

9 É importante notar que o autor percebe a gama de manifestações geradas pelos tratados de 1810, e que as abordadas em seu livro não são de maneira alguma a totalidade do evento 22. Esta reflexão inexiste em grande parte da historiografia que aborda os acordos. A questão da Companhia do Alto Douro e do tráfico de escravos também são abordados pelo autor em subcapítulos específicos, relatando as correspondências a nível oficial e algumas reclamações publicadas no periódico O Investigador Português e no Correio Brasiliense, deixando claro que o autor procura relatar muitas manifestações sobre diversos pontos dos tratados, destoando das outras obras abordadas neste artigo. Após discorrer sobre a maneira de como a historiografia brasileira desenvolve o tema das manifestações acerca dos tratados de Aliança e Amizade e Comércio e Navegação de 1810 assinados entre Portugal e Grã-Bretanha, conclui-se que apesar de alguns autores como Valentim Alexandre e Alan Manchester se mostrarem conscientes da amplitude das manifestações, mesmo não as relatando, as abordagens normalmente não buscam conceber a totalidade das manifestações, ficando fragmentada e dispersa na bibliografia, isto é, uma referência bibliográfica complementa a outra, porém, nenhuma delas tenta englobar o todo para que houvesse uma melhor compreensão do período analisado. Fica evidente que a época no qual o livro foi feito não tem nenhuma relação com a quantidade ou a atenção dedicada às manifestações, vide a obra de Oliveira Lima e Alan Manchester que são do início do século XX e que abordam muitas manifestações se comparadas a obras posteriores, aliás, as duas comumente são referências para as obras posteriores, tanto que as falas de Hipólito da Costa que aludem aos tratados e que são abordadas por Alan Manchester, são igualmente usadas em obras mais recentes, isto é, nenhuma obra atual aborda alguma manifestação de Hipólito que A. Manchester não tenha abordado a não ser no livro de Carlos Rizzini 23. Para que haja uma nova percepção historiográfica do assunto, é importante considerar que nenhuma obra analisa os discursos acerca das manifestações tentando observar os sujeitos que falam, de onde eles falam, e para que eles estão emitindo tais opiniões, normalmente, o que 22 Estes documentos emanados dos negociantes portugueses em Londres e da praça de Lisboa estão longe de constituir as únicas referências desfavoráveis ao tratado de 1810: nos anos de , toda a imprensa nacional livre(a que se editava em Londres) está cheia de correspondências de leitores... Ibid., p RIZZINI, Carlos. Hipólito da Costa e o Correio Braziliense. São Paulo: Companhia Editora Nacional,

10 ocorre, é uma simples constatação de tais falas, constituindo análises simplistas que não tentam explorar a pluralidade que existia no pensamento do império luso-brasileiro no início do século XIX. Como fala Michel Foucault em A Ordem do Discurso, as falas, o discurso, não são simples manifestações 24, porém, a historiografia brasileira ao trabalhar com os discursos que permearam os tratados de 1810, tendem a construir uma análise que não explora os sujeitos, as idéias e os fins dos mesmos, algo que com certeza nos ajudaria a compreender melhor os complexos processos que ocorreram no período. BIBLIOGRAFIA: ALEXANDRE, Valentim. Os sentidos do Império. Porto: Edições Afrontamento, ARRUDA. José Jobson de Andrade. Uma colônia entre dois impérios: a abertura dos portos brasileiros Bauru, SP: EDUSC, CALÓGERAS, J. Pandiá. Formação Histórica do Brasil. São Paulo. Companhia Editora Nacional, FREITAS Caio de. George Canning e o Brasil. A influência da diplomacia inglesa na formação brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. São Paulo, Edições Loyola, HOLANDA, Sérgio Buarque de (Dir). História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel, 1965.v.2. O Brasil Monárquico, 1. O processo de emancipação. MANCHESTER, Alan K. Preeminência inglesa no Brasil. São Paulo: Ed. Brasiliense, MONTEIRO, Tobias do Rego. História do Império:a elaboração da independência. 2. ed. Brasília: Instituto Nacional do Livro, t.i.v.i. HOLANDA, Sérgio Buarque de (DIr). História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel, 1965.v.2. O Brasil Monárquico, 1. O processo de emancipação. OLIVEIRA, Lima. Dom João VI no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1945 PRADO Jr., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, [...] o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, pelo que se luta o poder do qual nos queremos apoderar. FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. São Paulo, Edições Loyola,

11 RIZZINI, Carlos. Hipólito da Costa e o Correio Braziliense. São Paulo: Companhia Editora Nacional, VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História Geral do Brasil. São Paulo, Edições Melhoramentos,

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