O Ensino Religioso nas Escolas : Formação Moral ou Doutrinação?

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1 1 O Ensino Religioso nas Escolas : Formação Moral ou Doutrinação? Prof. Dr. Thomé Eliziário Tavares Filho (*) RESUMO Este trabalho faz uma abordagem sobre o contexto histórico da Educação Religiosa no Brasil em várias épocas, além de abordar os aspectos legais, filosóficos e pedagógicos. Com este estudo, será possível observar como o assunto é tratado na Lei 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e na Constituição Federal e quais as polêmicas surgidas em torno dele. A questão da formação do professor que atua nessa área não poderia ser esquecida, pois é de suma importância sabermos se o profissional é apto ou não para tal trabalho. A escolha do tema serviu para o aprofundamento dos meus conhecimentos e para passar um pouco da pedagogia de Jesus, tão moderna e atual. Através dessa pedagogia, Jesus conduzia seus discípulos à reflexão, fazendo com que se tornassem pessoas críticas. Os professores de hoje também precisam preocuparse com a criticidade de seus alunos e, por isso, é importante que estejam bem preparados para tal. Jesus foi um grande professor de religião, pois buscava a formação moral e ética do ser humano, sem abandonar o lado religioso. Com os nossos professores, não pode ser diferente, deve focar na formação do indivíduo como um todo, levando em conta todas as dúvidas de seus alunos. Palavras Chaves: Religião. Escola. Ensino (* ) O autor tem formação em Filosofia, Teologia e Psicanálise Clínica. É pós-graduado em nível Lato Senso de especialização em Filosofia Clínica e Psicopedagogia. É posgraduado em nível Strictu Senso com Mestrado e Doutorado em Psicologia.

2 2 INTRODUÇÃO Falar sobre ensino religioso é muito fascinante e instigador. Saber como se deu o início deste ensino no Brasil e o seu desenvolvimento é de extrema importância para o estudo e seu aperfeiçoamento. A questão religiosa sempre esteve presente em minha vida, pois acho necessário que o ser humano tenha preceitos éticos e morais a serem seguidos. Mesmo pensando dessa forma, questiono-me há bastante tempo sobre o ensino religioso, se é correto ministrá-lo, se as escolas foram feitas para determinado tipo de assunto. Segundo Dora Incontri, Educação é toda influência exercida por um espírito sobre outro, no sentido de despertar um processo de evolução. Essa influência leva o educando a promover autonomamente o seu aprendizado moral e intelectual. Trata-se de um processo sem qualquer forma de coação, pois o educador apela para a vontade do educando e conquista-lhe a adesão voluntária para uma ação de aperfeiçoamento. Para que essa evolução aconteça, não é necessário falar de religião de forma direta, pois dentro de uma classe há crianças de vários credos. Falara da moral, do convívio diário com outras pessoas e em família é uma forma muito mais ética de trabalhar algum assunto que venha lembrar religião. Como podemos ver, a educação não existe para impor condições ao ser humano e sim para ajudá-lo em sua evolução. Jesus, em momento algum, teve a intenção de implantar uma determinada religião, mas soube, através de seus exemplos, mostrar aos homens o que é a verdadeira moral e passou mensagens de amor a quem quisesse recebê-las. A escola pode trabalhar a parte moral, ética e pode com isso contribuir para o surgimento de alguns questionamentos do aluno, pois este, como qualquer ser humano, vive em busca de respostas para sua existência e sobre o sentido da vida. Com a abordagem sobre o contexto histórico do ensino religioso no Brasil, aspectos legais, filosóficos e pedagógicos, interferências doutrinárias e o ensino religioso nas escolas, passaremos a entender um pouco mais deste assunto tão polêmico mas que ao mesmo tempo nos desperta medo e uma grande vontade de saber cada vez mais. Para entendermos bem o funcionamento do Ensino Religioso, faz-se necessário sabermos o significado da palavra religião e qual a sua finalidade. A palavra religião vem do latim: religio, formada pelo prefixo re (outra vez, de novo) e o verbo ligare (ligar, unir, vincular). A religião é um vínculo. A passagem do sagrado à religião determina as finalidades principais da experiência religiosa e da instituição social religiosa. Dentre essas finalidades, destacamos: proteger os seres humanos contra o medo da Natureza, nela encontrando forças benéficas, contrapostas às maléficas e destruidoras; dar aos humanos um acesso à verdade do mundo, encontrando explicações para a origem, a forma, a vida e a morte de todos os seres e dos próprios humanos; oferecer aos humanos a esperança de vida após a morte, seja sob a forma de reencarnação perene, seja sob a forma de reencarnação purificadora, seja sob a forma da imortalidade individual, que permite o retorno do homem ao convívio direto com a

3 3 divindade, seja sob a forma de fusão do espírito do morto no seio da divindade. As religiões da salvação, tanto as do tipo judaico-cristão quanto as de tipo oriental, prometem aos seres humanos libertá-los da pena e da dor da existência terrena; oferecer consolo aos aflitos, dando-lhes uma explicação para a dor, seja física ou psíquica; garantir o respeito às normas, às regras e aos valores da moralidade estabelecida pela sociedade. Em geral, os valores morais são estabelecidos pela própria religião, sob a forma de mandamentos divinos, isto é, a religião reelabora as relações sociais existentes como regras, normas, expressões da vontade dos deuses ou de Deus, garantindo a obrigatoriedade da obediência a elas, sob pena de sanções sobrenaturais. 1. O CONTEXTO HISTÓRICO DO ENSINO RELIGIOSO NO BRASIL A inclusão do Ensino Religioso na nova LDB, Lei 9.394/96, ganhou uma dimensão inesperada neste mundo de hoje. É considerada como parte integrante da educação a necessidade de investigarmos a nossa história, como este assunto foi abordado em outras épocas, a fim de podermos situá-lo melhor nos dias de hoje. Diante disto, é preciso voltar à história da educação no Brasil O ensino religioso na época da colonização Desde o descobrimento, o Brasil passou a ser utilizado pelos portugueses como mero instrumento de seus próprios interesses. A carta de Pero Vaz de Caminha mostra que, no início, Portugal nutria o desejo de encontrar ouro no Brasil. Pôr causa disso, foram organizadas várias expedições, não obtendo resultados. Mais tarde, os portugueses perceberam a necessidade política de preservar a posse do Brasil, que encontrava-se ameaçada por estrangeiros. Mas Portugal tinha em vista que o processo de colonização precisava de bases econômicas que justificassem o empreendimento, ou seja, a colonização precisava dar lucros à metrópole. A simples extração do pau-brasil, que foi marca nos primeiros tempos, não se constituía em uma atividade sólida, por ser nômade e predatória. Essa característica não permitia a formação de povoamentos necessários à ocupação e defesa da terra contra invasões estrangeiras. A solução histórica encontrada foi a agromanufatura açucareira. Com essa iniciativa, Portugal inaugurava uma nova fase da colonização, representada pela produção agrícola de um gênero tropical (o açúcar) destinado à exportação. Em 154, chega ao Brasil, o primeiro Governador Geral, Tomé de Souza, e juntos com ele, quatro padres e dois irmãos jesuítas, chefiados por Manoel da Nóbrega. Luiz A. de Mattos, diz que dele dependeria (...) o êxito da arrojada empresa colonizadora; pois que, somente pela aculturação sistemática e intensiva do elemento indígena aos valores espirituais e morais da civilização ocidental e cristã é que a colonização portuguesa poderia lançar raízes definitivas (...). Com estes poucos fatos percebe-se que a organização escolar no Brasil- Colônia era estreitamente ligada à política colonizadora dos portugueses.

4 4 A Ordem dos Jesuítas ou Companhia de Jesus, foi fundada em 1534 pelo militar espanhol Inácio de Loyola. Sobretudo a partir de 1540, quando a Ordem foi oficialmente aprovada pela Igreja, os jesuítas assumiram decididamente a defesa do cristianismo católico, como soldados obedientes às ordens da Contra-Reforma. No combate ao Protestantismo, os jesuítas pretendiam utilizar a arma da conquista espiritual: a educação. Os jesuítas pretendiam desenvolver no Brasil a catequização dos índios, que tinha como meta convertê-los ao cristianismo católico. Esse trabalho exigia a penetração dos missionários jesuítas para o interior, em direção aos locais onde se encontravam as tribos indígenas. Os padres avançaram pelo sertão, fundando as missões a partir de Essas missões ou aldeamentos, eram destinados ao ensino catequético. O ensino jesuítico afastava os alunos do questionamento da realidade imediata da colônia. Incutia-lhes a idéia de que o mundo civilizado era o mundo europeu. Adequava-se às diretrizes básicas do sistema colonial. Em todos os níveis (humanidade, filosofia e teologia) estiveram presentes os colégios e seminários jesuítas, dos quais os mais destacados foram o de Todos os Santos, na Bahia, e o de São Sebastião, no Rio de Janeiro. Eram em número de 17 nos meados do século XVIII. Paralelamente, dada a tradição da aristocracia rural de possuir em seu seio pelo menos um filho letrado e outro padre, este último, regressando à casa grande como capelão, exercia as funções de mestre-escola, ensinava às crianças a leitura e os rudimentos da doutrina cristã. As reformas empreendidas pelo Marquês de Pombal inserem-se no contexto histórico do despotismo esclarecido. O objetivo geral era recuperar o atraso de Portugal em relação ao avanço do capitalismo. O Marquês de Pombal, que atribuía à Companhia de Jesus responsabilidade pelo conservadorismo cultural, expulsou os jesuítas do reino português (1759). Ele traçou como novos objetivos educacionais: abrir o conteúdo do ensino às ciências experimentais, tornando-o mais prático e utilitário; despertar um maior número de interessados no ensino superior; diminuir a influência da Igreja no setor educacional.. A estrutura educacional jesuítica sobreviveu à expulsão da Companhia de Jesus. As reformas pombalinas não produziram efeitos práticos. Maria José Garcia Werebe traça um rápido balanço da educação colonial, referindo-se à pedagogia jesuítica e a reforma educacional pombalina. 2. A HERANÇA EDUCACIONAL DO BRASIL COLÔNIA A educação formal e anticientífica, a cargo dos jesuítas, influiu, sem dúvida, na péssima administração do país, no mau aproveitamento de nossas terras e riquezas. Se, de um lado, tínhamos a capacidade de uma metrópole mala administrada com vista aos lucros imediatos, de outro, não contávamos, no Brasil, com uma elite capaz de se opor a esta política e de preconizar medidas mais justas, amplamente conhecidas na Europa daquela época. Os inconvenientes do ensino jesuíta, encontravam-se, principalmente, no fato de que sua preocupação não era propriamente a educação, mas a difusão de um credo religioso. A orientação do ensino caracterizava-se, assim, pelo dogmatismo e pela abstração, afastando os jovens dos verdadeiros problemas brasileiros. Quando os jesuítas foram expulsos do Brasil, a obra que pretendiam realizar estava praticamente consolidada: o país estava reunido em torno de uma mesma fé, sob uma mesma coroa.

5 5 Contudo, as conseqüências de sua expulsão foram, de imediato, desastrosas no campo educacional: suprimiu-se um ensino pouco eficiente que não foi substituído por um outro, melhor organizado. Portugal, que jamais gastara um real com o desenvolvimento e a manutenção do ensino na colônia, manteve a mesma política em relação à educação brasileira. Um ensino precário foi assegurado, de maneira irregular, por outras ordens religiosas e por leigos. A unidade administrativa escolar não foi alcançada, por falta de bases materiais e culturais. O Diretor de Estudos, que deveria ser a autoridade suprema do ensino, foi mais uma figura formal do que prática. O ensino de nível médio, desaparecendo como sistema, foi substituído, de maneira irregular, pelas aulas régias, cuja única vantagem, com a quebra da uniformidade dogmática dos colégios jesuítas, foi a introdução de novas matérias, até então completamente ignoradas: línguas vivas, matemática, física, ciências naturais, etc. O maior benefício que o Brasil teve, com a reforma pombalina, recebeu-o de forma indireta, por intermédio da Universidade de Coimbra, inteiramente renovada, em moldes mais científicos e onde estudou uma importante elite brasileira que viria, bem cedo, desempenhar papel de destaque nos movimentos políticos do país, até levá-lo à independência. Esta elite intelectual, formada em centros europeus, principalmente em Coimbra, em contato com as idéias liberais que circulavam nestes centros, influenciados pela independência dos estados Unidos e pela revolução francesa, voltava ao Brasil com disposições de trabalhar pela libertação nacional. Distanciada, porém, do povo, vinculada aos interesses das classes a que pertenciam, não tinha condições de promover movimentos libertadores de grande alcance, com apoio e repercussão populares O ensino religioso na época da República Alguns anos depois das transformações políticas, a educação nacional recebe uma grande influência positiva, uma perceptível marca. Com o grande crescimento e de forma rápida da camada média e sua participação em alguns segmentos da vida pública, como atividades culturais e mesmo religiosas, criaram condições de expressão de seus interesses mais amplos como o de participação no aparelho do Estado. O alicerce do Brasil que se tem hoje, provavelmente, teve sua origem na República Nova, inclusive a aspirações à uma escola pública de qualidade, que atendesse ás necessidades populares e que ajudasse a eliminar as desigualdades sociais. Durante a República Nova, os católicos conseguiram reintroduzir a educação religiosa nas escolas públicas, de caráter interconfessional. Contudo, percebemos que, desde aquela época, essa polêmica ficou acesa e que a nova forma, como o artigo 33, da nova Lei 9394/96 foi redigido, deixa claro que o ensino religioso só permanece na escola pública até hoje é somente para atender interesses políticos, já que a intenção materialista impressa na lei não dá lugar a disciplinas como religião, filosofia, arte e outras que ajudem o aluno a questionar-se e a valorizar-se como cidadão consciente. Com a Proclamação da República, o Brasil, que desde a administração da metrópole até 1889, não tinha mais que 12 dioceses, entrou num período de maior expansão religiosa do catolicismo. Já a Constituição de 1946 voltou à figura de que a educação é um direito de todos, tornando-se uma constituição mais liberal e democrática. Já o ensino religioso foi um dos pontos mais polêmicos desta nova lei, pois tiveram muitos pontos

6 6 que levaram a vários questionamentos, como por exemplo, a matrícula para o ensino religioso que era facultativa nos estabelecimentos confessionais tornando-se questionável a relação entre o Estado e a Igreja Católica. Daí surgem dois embates: o primeiro é que a República separou o Estado da Igreja; então o ensino religioso ministrado em escolas privadas seria um retrocesso e agravando-se mais por termos um país com um vasto número de religiões e seitas, mas também seria uma contradição Ter uma República com uma Igreja livre de um Estado. E no término dos anos 50 que se sucederam ao final da crise brasileira, a Igreja estava dividida entre os bispos conservadores e progressistas e a ACB (Ação Católica Brasileira), que assim dificultavam o progresso e a organização da Igreja. No entanto, o rompimento da integração entre a base social da Igreja com o populismo se desenvolveu em virtude da crise de nossa sociedade O ensino religioso na época da ditadura militar Com o golpe militar de 1964, rompeu-se o diálogo do Governo com as classe trabalhadoras e populares. Abandonou-se a política nacionalista-reformista para se adotar um modelo de desenvolvimento que poderia ser chamado de tecnoburocráticocapitalista-dependente. Esse modelo baseava-se na tríplice aliança das multinacionais, das empresas estatais e da burguesia local. Por sua vez, essa tríplice aliança caracterizase pela promoção de um modelo de desenvolvimento marcado pela modernização de setores de infra-estrutura econômica, pela concentração de renda nas classes altas e pela marginalização social das classes populares trabalhadoras. No plano estritamente político, o movimento militar de 1964 montou um amplo esquema de mudanças de nossas instituições, que esfacelaram a vida democrática e lançaram o País no autoritarismo. O regime militar promoveu forte repressão policial contra várias entidades de bases populares (sindicatos, União Nacional dos Estudantes, movimentos de inspiração socialista, etc); extinguiu todos os partidos políticos, instituindo o bipartidarismo (ARENA, partido do Governo e MDB, partido reunindo as oposições) e exerceu severa censura às atividades culturais e aos meios de comunicação de massa. A Igreja brasileira ante a essa nova situação, modificou seu comportamento. Houve uma constante repressão sobre ela, que gerou vários conflitos com o regime militar, que a influenciou contra o projeto da burguesia brasileira e o modelo de dominação de exploração em massa levando assim a formação de uma Igreja pelas bases, que significou o engajamento das classes dominadas para a criação das CEBS (Comunidades Eclesiais de Base). Com isso, segundo GONZAGA:... a Igreja tomou conhecimento de seu papel... e do...reconhecimento efetivo da importância da Igreja no processo político da democracia no país. Principalmente na ditadura.... Em relação à educação, nessa época houve uma ampliação de oferta de vagas nas escolas públicas que se revestiu de um caráter meramente quantitativo, através da diminuição da jornada escolar e do aumento de anos que comprometeram a qualidade do ensino. Em 1971 foi promulgada a lei 5692 que regulamentou o ensino de primeiro e segundo graus. Essa lei estruturou o ensino, ampliou a obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos e manteve as matérias obrigatórias tais como Educação Física, Educação Artística, Educação Moral e Cívica, Educação Religiosa e Programa de Saúde.

7 7 4. ASPECTOS LEGAIS DO ENSINO RELIGIOSO A educação brasileira, ao longo de sua história, apresenta uma multiplicidade de leis, decretos, pareceres, resoluções, portarias. Merecem destaque as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: 5540/68, 4024/71 e 5692/71 que juntas, se complementam numa tentativa de reformar toda a organização escolar brasileira. Tais leis norteiam uma política educacional atual e reflete ambiguidade nas idéias liberais. A inspiração liberal na Lei 4024/71 deu lugar a tendências tecnicistas nas Leis 5540/68 e 5692/71 resultantes das características do grupo que ascendeu ao poder em 1964, ou seja, militares e tecnocratas. As idéias liberais dão ênfase à qualidade do ensino, enquanto os tecnicistas privilegiam a quantidade. As primeiras favorecem as aspirações individuais ao invés das necessidades sociais, a cultura em geral, enquanto que a Segunda privilegia a formação profissional e a relação com o mercado. A organização escolar brasileira vem refletindo com relativa fidelidade até os dias atuais as tendências dominantes da relação da escola com o mercado. A partir do momento, que aparentemente, se consegue libertar de um regime político autoritário e que a sociedade continua reivindicando os direitos que lhes são concedidos, a partir de uma constituição elaborada em 1988, de acordo com ideais democráticos, nada mais justo do que se pretender também para a educação, a substituição de leis que só favorecem a sociedade, do ponto de vista dos interesses da classe dominante O ensino religioso na Constituição Federal Ultimamente, religiosos de todos os matizes conservadores, parecem ter encontrado a solução para se deter a onda de violência e desagregação moral em que vive a sociedade brasileira: o ensino dos valores religiosos pelo Estado. Solução simplista, fruto de uma mentalidade eivada, de irracionalismo, mas que oculta em seu bojo um desejo inconfessável, pôr enquanto: a transformação da sociedade brasileira numa espécie de Estado submisso à Religião, nos moldes do Irã, Afeganistão, e tantos outros modelos. Na realidade, há duas semelhanças entre a visão religiosa que predomina e oprime as sociedades islâmicas e a visão religiosa dos setores conservadores na sociedade brasileira: a primeira é a de que a leitura religiosa desses grupos é de caráter fundamentalista; a segunda é a de que ambas tem como prerrogativa a mescla entre Estado e religião. E estes grupos têm conseguido burlar nossa tradição republicana da separação Igreja-Estado: podemos perceber isto no preâmbulo da Constituição de 1988: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e

8 8 internacional, com a solução pacífica das controvérsias, PROMULGADA SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. O ensino religioso no Brasil, assente no curriculum como disciplina há mais de 70 anos, atualmente se encontra previsto e cimentado no texto constitucional que, no seu artigo 210, 1º, litteris, assim dispõe: Art. 210 Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. (sem grifo no original) O estado brasileiro é laico e não é contrário à religião, no entanto o povo brasileiro não é laico, pois na sua grande maioria acredita em uma religião, não sendo exatamente a mesma. Geralmente, o ensino oferecido nas escolas públicas é o católico e isso pode causar confusão na mente dos alunos, pois nem todos compartilham do mesmo credo. Se a escola quer realmente ser democrática, a grande maioria dos credos deve ser oferecidos ou então nenhum, pois há muitas outras formas de trabalhar a moral, a ética, entre outros. Os credos gozam, entre a sociedade, de favores, isenções, imunidades. Cerca-os o respeito público, envolve-os a proteção da lei. Garantem-lhes os poderes constituídos, a liberdade de culto, de tribuna, de imprensa. Facultam-lhe o ensino nas escolas, mantêm-lhes a independência, asseguram-lhes a expansão, consentem-lhe a divulgação, a propaganda dos seus princípios. Por isso é tão difícil abrir qualquer questionamento sobre ensino religioso nas escolas. Se voltarmos algumas décadas, veremos que em 1946, foi a primeira vez que apareceu em uma Constituição brasileira a explicitação da educação como um dever do Estado. Além do ponto de vista pedagógico, o ensino da religião era também visto sob os ângulos ideológico e filosófico. O cristianismo constituía, por sua natureza, o melhor sistema ideológico para servir de base à tarefa de educar para a democracia e a religião representava uma exigência fundamental do espírito humano, que nela encontrava solução para o angustiante problema da origem da vida, sua finalidade, do sofrimento e de seu sentido. O ensino de religião era mais adequado para orientar uma educação que se pretendesse ser democrática. Em 1967, os primeiros choques do regime militar com a Igreja permitiam antever o engajamento desta na luta pelo restabelecimento do regime democrático. Ao regime militar não restava alternativa senão buscar outras formas de legitimação. Houve uma reintrodução da Educação Moral e Cívica nas escolas. De acordo com alguns políticos, a adequada orientação religiosa exerce um papel dificilmente substituível na educação integral do ser humano O ensino religioso na LDB De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, a educação é direito de todos, como afirma em seu artigo 205:

9 9 Art.205- A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Como podemos perceber, o cidadão deve ser completamente beneficiado através da educação, exercendo sua cidadania e desenvolvendo-se. Em 20 de dezembro de 1996 é promulgada a Lei 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A LDB age de forma conjunta com o texto constitucional e essa integração normativa com a Constituição gera, para a Lei de Diretrizes e Bases, algumas limitações e características, conforme afirmam Souza e Silva: 1) A LDB não pode divergir filosófica e doutrinariamente do que estatui a Constituição, no que diz respeito aos princípios guiadores da educação brasileira. 2) A LDB não pode, nem acrescentar, nem omitir, no seu texto, algo não consagrado expressamente na Constituição. 3) A LDB não pode conter minúcias, nem normas de regulamentação casuística, devendo sua linguagem primar pela clareza, pela generalidade e pela síntese. Não fora ela uma lei de diretrizes! Sendo, como é, uma lei de âmbito nacional e compondo-se, como se compõe o Brasil, de uma variedade incontestável de situações as mais diversas e contrastantes, se não for genérica e abrangente nas regras que contém, não servirá todos os sistemas de ensino do País, como é do seu dever. Ademais, estando a educação sujeita, o tempo todo, a mutações dinâmicas e sucessivas, se o texto de sua lei básica não for sintético e amplo, com vistas à estabilidade normativa, a lei de hoje poderá ser inútil amanhã. 4) A LDB deve regular a vida das redes escolares, no que diz respeito ao ensino formal, ficando fora de seu alcance todas as manifestações de ensino livre e daquele tipo de curso que funciona sob a supervisão de órgãos outros, que não os da administração superior dos sistemas de ensino. A primeira Lei de Diretrizes e Bases (4024/61) foi mais rica ao conceituar a educação, como processo formativo da infância e da juventude. Levou em conta os fins (liberdade e ideais de solidariedade humana) e os hegemonizou em relação aos meios (processos formais e informais de educar). A lei atual (nº9394/96) prefere dar proeminência aos meios, sociologizando o conceito, que se empobreceu em suas dimensões filosóficas. Eis o texto integral do artigo 1º da Lei 4024/61: Artigo 1º - A educação nacional, inspirada nos princípios da liberdade e os ideais de solidariedade humana, tem por fim: a) a compreensão dos direitos e deveres da pessoas humana, do cidadão, do Estado, da família e dos grupos que compõem a comunidade; b) o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem; c) o fortalecimento da unidade nacional e da solidariedade internacional; d) o desenvolvimento integral da personalidade humana e sua participação na obra do bem comum; e) o preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos que lhes permitam utilizar as possibilidades e vencer as dificuldades do meio; f) a preservação e a expansão do patrimônio cultural; g) a condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica ou religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de classe ou raça.

10 10 Por não se tratar de dispositivo auto-aplicável, carecendo, pois, de regulamentação em legislação extravagante, o texto constitucional foi recepcionado pela Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996 que, estabelecendo as novas diretrizes e bases para a educação nacional, assim estatuiu com pertinência ao ensino religioso: Art.33- O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter: ]- confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou de seu responsável, ministrado pelos professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou ]]- interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa. Destarte a lucidez do texto regulamentador, que promova uma ampla reforma do ensino religioso no sistema educacional, ao proibir que os cofres públicos custeassem a despesa da disciplina, a Lei em comento, após sete meses de efervescência no orbe jurídico, veio de ser modificada, segundo Demerval Saviani (in Da nova LDB ao novo plano nacional de educação: pôr uma outra política educacional. Campinas,1999, apud Álvaro Chrispino), em função dos interesses corporativos de um segmento da sociedade, abrindo-se mais uma válvula para drenagem dos já sabidamente escassos recursos públicos desviados de sua função de garantir a cada brasileiro o acesso aos conhecimentos de base científica indispensáveis à inserção ativa na sociedade contemporânea, independente de professar uma ou nenhuma religião. E tal modificação operacionalizou-se através da Lei 9475, de , que abrogando o artigo 33 da Lei 9394/96, deu-lhe nova redaçãop, de seguinte teor: Art.33- O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 1º- Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. 2º- Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituídas pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos de ensino religioso. O ensino religioso é tratado no artigo 33, sendo mantida a sua natureza facultativa, para o aluno, como na legislação anterior. De novidade na matéria, temos o preenchimento da lacuna deixada na Lei 5692/71 e que tanta polêmica gerou nos sistemas de ensino: remunerar ou não o professor de ensino religioso. A presente Lei não deixa dúvida: o ensino religioso deve ser oferecido, sem ônus para os cofres públicos. Na prática, esse dispositivo fará uma grande diferença, já que os sistemas de ensino, em sua grande maioria, remuneram as aulas de ensino religioso no mesmo patamar que o fazem com os demais componentes curriculares. Em muitos sistemas, são

11 11 os professores de outras disciplinas que lecionam ensino religioso, completando a carga horária de trabalho e, desde que tenham o necessário credenciamento para fazê-lo. Agora, isso não será mais possível. Não pode haver remuneração do poder público para os que ministram aulas de ensino religioso. É o que diz a Lei. 5. ASPECTOS FILOSÓFICOS DO ENSINO RELIGIOSO O educando é um produto da cultura. É o herdeiro de um legado cultural desde o nascer, e vai sendo modelado por essa herança. Esse espólio cultural é constituído pelo acervo dos modos de ser de um povo: seus costumes, tradições, leis, artes, lendas, folclores, instituições, etc. É um modo de viver coletivo, não individual e relativo a determinada época. Essa cultura, assim difundida e assimilada pelo educando, prepondera sobre seu ser tanto individual quanto social: é o postulado culturalista. O educando, predisposto a essa herança, tanto mais receptivo à educação será quanto mais essa educação estiver de acordo com o meio cultural. Não se pode subtrair o educando de sua dimensão religiosa. Desterrado Deus da área da educação, dificilmente o educando tomará consciência de sua origem divina e de seu fim último, balizas determinantes do seu extensíssimo roteiro formativo. Deus é o nexo essencial, pela sua perfeição e bondade em graus infinitos, que imprime à nota da simples existência do Espírito seu alto sentido educativo. 6. ASPECTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO RELIGIOSO A educação deve atingir a totalidade da natureza humana, desenvolvendo harmoniosamente todas as suas faculdades e o Ensino Religioso deve ser um dos meios da educação, no entanto, ela não pode deixar de ser essencialmente religiosa. O Ensino Religioso também necessita de uma didática, com objetivos, conteúdos e princípios que orientem a prática pedagógica dos profissionais do Ensino Religioso. E.VIESSER relata que a didática perpassa vários caminhos da educação. O processo didático do Ensino Religioso implica em vincular seus objetivos, conteúdos, relação ensino-aprendizagem aos múltiplos processos sociais nos quais estão implicadas as dimensões políticas, ideológicas, éticas, religiosas e pedagógicas, que formulam esses objetivos, conteúdos e metodologias, conforme a dependência ou interdependência no contexto histórico. Para que o Ensino Religioso se torne uma disciplina integrada com o sistema educacional é necessário que se observem os seguintes fatores que o autor Figueiredo cita em seu livro: ensino religioso deve fazer parte integrante do projeto educativo, em vista do desenvolvimento harmônico da consciência; ensino religioso como processo de cooperação mútua na busca de transcendência; ensino religioso como estado de harmonia com a natureza interior e exterior; ensino religioso como ação educativa interdisciplinar;

12 12 ética, coerência em todas as relações. O Ensino Religioso deve ser baseado na experiência direta, não intelectualizante, mas ter a sabedoria da vida, trabalhar os valores, as atitudes, as estruturas sociais e políticas. Essa formação religiosa não pode sucumbir ao dogmatismo nem ser catequética. Deve, sim, ser conduzida por apelos à razão do educando com respaldo no desenvolvimento progressivo do seu senso crítico A finalidade pedagógica do ensino religioso Todo ensino tem uma finalidade e com o Ensino Religioso não é diferente. Deve visar-se à motivação do educando para amar a Deus de toda a sua alma e ao próximo como a si mesmo. A educação religiosa deve ter por fim também despertar na criança toda a vontade de ajudar as pessoas que encontram-se em aflições, que estejam passando por dificuldades de qualquer ordem. A criança que traz dentro de si um sentimento dessa grandeza, transforma-se num homem de bem e disposto a ajudar a quem precisar. Tratando da educação do sentimento, denominada por ele de filética, RENÉ HUBERT esclarece: A pedagogia das ordens religiosas atribuiu [ ] a maior importância ao desenvolvimento normal da consciência afetiva da qual dependia essencialmente, aos seus olhos, o destino sobrenatural do ser. Noutra passagem, em que orienta a formação dos sentimentos sociais, o mesmo pedagogo complementa: nem sequer as lições de bondade exerceram qualquer influência sobre as crianças antes de chegarem à pré-puberdade, porque em geral não têm nem experiência, nem imaginação do sofrimento, ou se o conhecem, consideram-no como um elemento da natureza das coisas e nem lhes ocorre apiedarem-se dele. Bem diferente é o que ocorre com a expansão das disposições afetivas que acompanham a puberdade. Então, é quando o educador pode trabalhar utilmente ampliando os sentimentos de simpatia, que todavia não tratam de fixar-se, iluminando-os sobre a realidade da dor e da miséria, ativando-os pelo cumprimento de atitudes suscetíveis de aliviar estas realidades. A puberdade é a idade em que tendo já pouco a pouco se desvanecido o egocentrismo, os demais começam a existir verdadeiramente e pôr si mesmos aos olhos do adolescente. A imaginação afetiva consiste então na capacidade de pôr-se no lugar deles, de sofrer com eles e ainda por eles. Este é o momento em que a revelação das grandes tristezas sociais pode comover mais profundamente a sensibilidade posta a nu. O importante é que esta impregnação pelo conhecimento da dor seja suficientemente forte, suficientemente prolongada durante todo o período da adolescência, como para manter-se como um traço essencial da estrutura moral do adulto. Graças a essas condições, adquire-se a virtude da generosidade e se forjamos homens de coração A formação do professor ignorada. Dentro desta discussão, o fato da formação do professor não pode ser

13 13 A cada ano são formados novos professores e a realidade das salas de aula exigirá dos mesmos uma formação que leve em conta os problemas relacionados aos níveis religiosos, morais, políticos e sociais. Uma vez inserido no universo escolar, o professor vê-se tomado por um espaço onde existem diferentes grupos sociais e religiosos e é necessário que aprenda a lidar com essa nova realidade. É indispensável que o professor tenha sólida formação religiosa em curso de formação e que ostente livre e consciente aceitação do princípio da existência de Deus. Os valores religiosos, políticos e sociais, que os professores administram em sala de aula, giram de uma certa forma em torno de sua própria formação do magistério, apoio para gestão do que é pessoal e do que é relativo ao trabalho com a criança. Os professores precisam buscar sempre a atualização e precisam Ter em mente e conscientizarem-se que a religião só pode ser boa e verdadeira na medida em que sirva à humanidade, na medida em que, em suas doutrinas de fé, em seus ritos e instituições, promova a identidade, o sentido e sentimento de valor das pessoas. Essa sensibilidade pôr parte do educador, faz-se necessária para que a disciplina de Ensino Religioso não seja desviada de seu real sentido e para que esse desvio não aconteça, o educador deve ter também a capacidade de relacionar o políticosocial com o projeto de Deus e ser comprometido com a formação de um mundo melhor. 7. INTERFERÊNCIAS DOUTRINÁRIAS NO ENSINO RELIGIOSO O Ensino Religioso não deve ser confundido com doutrina. Um professor jamais deve impor o seu credo aos alunos, pois a certeza da presença de Jesus, conforme sua promessa de que, quando dois ou mais se reunissem em seu nome, Ele estaria presente, basta para inspirar reverência íntima e atitude condizente com relação aos alunos. Assim, se o professor deseja uma boa aula, é preciso fazer sua parte, oferecer sua quota, sem impor o seu credo. Agir como se Jesus estivesse ali, porque Ele efetivamente está O Ensino Religioso e o Vaticano II A religião é um dos elementos da existência humana. Todo ser humano vive na busca das grandes respostas existenciais sobre o sentido da vida; no entanto, a religião vem dar as respostas que a ciência moderna não é capaz de responder. Só que definir religião é um pouco difícil porque os comportamentos religiosos são diferentes; para identificar o comportamento religioso existente em qualquer sociedade, não é necessário dar uma definição de religião. No entanto, a religião não está desligada dos interesses e das necessidades do ser humano, mas faz parte inerente da formação total da pessoa. É neste ponto que a educação e a religião se encontram. A Igreja, que é governada atualmente pelo Papa Bento XVI, tem o dever de administrá-la através da inspiração do Espírito Santo. No século IX, a Igreja estava passando por uma grande crise de fé, que também atingiu a sociedade da época.

14 14 Quando o Papa João XXIII anunciou a sua intenção de reunir um Conselho Ecumênico, houve um espanto geral, mas essa idéia não era tão nova assim, como poderia parecer à primeira vista. De 1869 a 1870 houve o Concílio Vaticano Primeiro, que ficou incompleto porque teve que ser interrompido devido à guerra franco-alemã. O Papa João XXIII ( ) resolveu reformular as normas da Igreja. Este Concílio foi diferente dos outros, pois trouxe muitas inovações, com um caráter mais otimista, no qual este foi o ponto de partida para a renovação geral da Igreja em todo o mundo. O Concílio Vaticano II tinha como objetivo elaborar um documento que pudesse abranger todas as partes da sociedade para uma busca total de Deus e atualizar a Igreja dentro de sua época, com os costumes e mentalidade que estavam evoluindo muito rapidamente. O alcance do Concílio Vaticano II foi muito grande, isto sem perder o contato com a tradição e muito menos com a Sagrada Escritura. A abertura equilibrada dos documentos conciliares pode ser percebido em alguns traços marcante como relata D. Estêvão Bittencourt,... pode-se dizer que o Concílio Vaticano II foi uma das mais significativas realizações da Igreja nos tempos modernos, portadora de amplas conseqüências... Portanto, os ensinamentos do Concílio não se constituem como um sistema orgânico e completo da doutrina católica. Ele é uma continuidade de documentos que foram se estruturando à medida que se chegavam às conclusões definitivas. Este documento é formado de : 4 Constituições Dogmáticas: Lumen Gentium (LG sobre a Igreja), Dei Verbum (DV sobre a revelação divina), Gaudium et Spes (GS sobre a Doutrina Patoral) e Sacrosanctum Concilium (SC sobre a Liturgia) 9 decretos: Unitatis Redintegratio (sobre o ecumenismo), Orientalium Ecclesiarum ( sobre as igrejas orientais), Ad Gentes (sobre a atividade missionária), Christus Dominus (sobre os bispos), Presbyterorum Ordinis (sobre os mistérios da vida dos presbíteros), Perfectae Caritatis (sobre os leigos), Optatam Totius ( sobre a formação sacerdotal), Apostlicam Actuositatem ( sobre o apostolado), Inter Mirifica (sobre os meios de comunicação). 3 declarações: Gravissimun Educationes ( sobre a educação cristã), Dignitatis Humana ( sobre a liberdade religiosa), Nostra Aetate ( sobre as religiões não cristãs). Todos esses documentos não foram um aglomerado de leis que devam ser cumpridas sem que se faça uma reflexão sobre a Igreja, porém, todos reunidos formam um corpo de doutrina e de leis que deve proporcionar a ela uma renovação. O documento do Vaticano II também reserva uma parte para a educação que está inserida na Declaração Gravissima Educationes sobre a Educação Cristã. O Conselho Ecumênico Sagrado considerou com cuidado como a educação é extremamente importante para a vida do homem. O Concílio fala exclusivamente sobre a educação e sua importância para a formação do ser humano, mas principalmente em relação ao ensino religioso. Ele traz algumas considerações importante, tais como:

15 Os homens todos de qualquer raça, condição social e idade em virtude da dignidade sua pessoa, gozam do direito inalienável à educação 1507 A tarefa de ministrar a educação, embora seja primordialmente competência da família necessidade dos auxílios de toda a sociedade. Assim, além dos direitos dos pais e das pessoas, a quem estes confiam parte da tarefa educacional, existem certos deveres e direitos que competem à sociedade civil Por uma razão bem especial, cabe à Igreja o dever de educar. Não só porque deve ser reconhecida como sociedade humana capaz de transmitir a educação No cumprimento de sua tarefa educacional, a Igreja se interessa por todos os subsídios aptos, mas cuida dos que são próprios. Entre estes figura, em primeiro lugar, a formação catequética Entre todos os instrumentos da educação possui a escola importância peculiar. É por força de sua missão que ela aperfeiçoa, com desvelo ininterrupto as faculdades intelectuais... faz participar no patrimônio da cultura...promover o sentido dos valores, propaga a vida profissional, faz nascer relações de amizade entre alunos de índole e condição diversas e assim favorece a disposição mútua de se compreenderem O poder público, a quem cabe proteger e defender as liberdades dos cidadãos, cuidando da justiça distributiva na de providenciar que os subsídios públicos sejam de tal sorte distribuídos, que os pais possam escolher com verdadeira liberdade as escolas para seus filhos seguindo suas consciências. Segundo o Vaticano II, o Estado tem a obrigatoriedade de favorecer a todo cidadão a liberdade e a igualdade de seus direitos. O último deve também oferecer escolas de dualidade. A escola deve oferecer um espaço precioso para as crianças e jovens tomarem consciência de sua dimensão como verdadeiros cidadãos, conhecedores de seus direitos e deveres: 1513 Aliás é dever do Estado criar condições para que todos possam chegar a participar de modo vantajoso na cultura e se prepararem decididamente para que se deslumbrem dos deveres e direitos civis. O mesmo Estado deverá, pois, salvaguardar o direito das crianças à uma adequada educação escolar incumbe de empenhar-se a fundo pela educação moral e religiosa de todos os seus filhos Enaltece por isso a Igreja aquelas autoridades e sociedades civis que em vista do pluralismo da sociedade moderna e com o fim de cuidarem da devida liberdade religiosa, ajudam as famílias para que a educação dos filhos possa transmitirse em todas as escolas segundo os princípios morais e religiosos dos familiares. Tendo em vista que a Educação Religiosa deve ser plural e acompanhar contextos nos quais os indivíduos estão inseridos, ela pode contribuir na formação do

16 16 ser humano em sua totalidade. Neste sentido, o aspecto ético torna-se fundamental, uma vez que só existe na relação que estabelece com o outro. Para entender o pluralismo, faz-se necessário penetrar na história do homem e da mulher, entrar em contextos sociais e culturais bem concretos e mergulhar em realidades existenciais bem determinadas. A educação, como relata o Vaticano II, deve acontecer nas experiências humanas de hoje, que interpeladas e vividas na fé, remetem o transcendente. E através da família e com a ajuda da escola possam juntamente com esta pluralidade transmitir uma educação com princípios morais e éticos, principalmente religiosos. A religião e a educação não podem possibilitar tudo, mas elas podem abrir e proporcionar um conhecimento crítico e transmitir uma dimensão mais profunda, um horizonte interpretativo mais abrangente da injustiça. A religião e a educação conseguem introduzir os valores mais elevados, vitais para o ser humano A CNBB e o Ensino Religioso A sigla CNBB significa Conselho Nacional dos Bispos do Brasil. Ela surgiu antes do Concílio Vaticano II, em 1952, fundada por D.Hélder Câmara. Nesse momento, inaugurou-se uma nova fase na vida na Igreja do Brasil. Este organismo eclesial deu um grande suporte para a ampliação e fortalecimento do Concílio Vaticano II. A CNBB nasceu no contexto de uma Igreja que estava direcionada para os novos movimentos da sociedade. Ela utilizou de diversas formas para se organizar e auxiliar a sociedade e uma delas foi o planejamento pastoral para articular todas as pastorais em nível nacional e regional, sempre partindo das Igrejas locais, garantindo a presença da sociedade em um processo de formação. A ação evangelizadora da Igreja se inspira nas missões de Jesus Cristo, que nos levam a refletir sobre os caminhos de hoje. Ela realiza sua missão evangelizadora em todo o mundo. A Igreja aborda algumas questões da modernidade, o individualismo, o pluralismo cultural e religioso, as contradições sociais e principalmente sobre a educação. A educação, como foi dito, também está relacionada com a Igreja, e, no Brasil, a CNBB também trazendo algumas contribuições para o Ensino Religioso. Apesar de ser uma meta de todos os níveis da sociedade (Igreja e Estado), ainda há muito por fazer, pois existem atualmente milhões de crianças e adolescentes que não chegam a frequentar a escola e os índices de repetência e evasão escolar ainda estão muito elevados. Entretanto, por parte da Igreja há uma tentativa de superação da situação que a educação brasileira está enfrentando. Esta teve sempre viva a consciência de que lhe cabe educar, pois em nosso país os educadores cristãos acham-se sempre presentes, desde o início da história de nossa educação, na qual exerceu grandes influências. Há uma grande preocupação em estabelecer a identidade do ensino religioso escolar, distinto do ensino catequético, principalmente nas escolas da rede oficial, frente ao pluralismo de crenças dos alunos, das famílias e dos professores. Existe também uma busca da precisão nos seus objetivos, métodos, conteúdos e linguagem que tenham um referencial básico, para que os temas propostos não sejam apresentados de forma vaga, neutra, mas, sobretudo com o objetivo de atender à pluralidade de religiões.

17 17 Entretanto, em uma grande parte das escolas católicas, o ensino religioso tem uma dimensão antropológica, na qual visa dar ao aluno uma formação básica, social e religiosa cristã, não se limitando a aulas sistemáticas, mas perpassando toda atividade educativa da escola. O Papa João Paulo II lembrava que a educação tem sua raiz mais profunda em Deus, enquanto a ação educadora humana está intimamente ligada ao pai que ama e educa seu filho. Podemos assim dizer que o ensino religioso é uma prática evangelizadora que deve ser sempre um processo que integra fé e vida, em nível social e pessoal e a prática educativa se encarrega sempre para o caminho da fraternidade. Por isso, toda a ação educadora deve provir de uma viva espiritualidade que tem como fonte no próprio Deus-educador. Assim, no educador, fé e serviço devem caminhar juntos. Esta ação educadora deve humanizar e personalizar o homem, para nele criar o lugar onde possa revelar-se e ser escuta da Boa Nova, ou seja, o desígnio salvífico do Pai em Cristo e na Igreja. Diante disto, a evangelização e a educação não podem perder as esperanças e as virtudes da vida humana, mas continuar o trabalho à luz da verdade. Portanto, a educação deve buscar uma postura crítica, procurando voltar aos princípios culturais e normas da integração social para criar uma sociedade justa e fraterna, mas o principal é tornar o educando um sujeito com o carisma fraterno para que possa ajudar a sua sociedade. Conclui-se então que, em qualquer trabalho educativo cristão, em qualquer meio social, deve ser revisto a partir do lugar dos interesses sociais dos grupos historicamente colocados à margem da vida social, econômica, política, cultural e religiosa. E o grande desafio da educação religiosa é unir fé, cultura e vida A proposta ecumênica A questão da ética religiosa sempre permaneceu como uma questão desafiadora em todos os tempos. O ser humano busca sem cessar, compreender através da religião, três indagações fundamentais: de onde veio?- a questão da origem; o que faz aqui?- a razão de sua existência terrena; e para onde vai?- o fim último de tudo. Podemos falar em religião, se entendemos esta realidade como crença na existência de força ou forças sobrenaturais criadoras do universo. Essa crença revela-se através de uma doutrina e de um ritual próprio, constituindo-se num sistema religioso. Cada pessoa crê em um determinado sistema religioso, mas isso não é motivo para que passem a desentender-se. O compromisso ecumênico pertence a todos, pois ele é essencial para a unidade de todas as religiões. Uma formação ecumênica é indispensável para o ser humano, para que ele saiba respeitar a religião do outro. Ao encaminhar o ensino religioso para um diálogo inter-religioso está naturalmente aberto, para objetivos maiores na existência humana. À escola cabe conduzir a discussão sobre um conjunto de valores que o ser humano deve ter para uma sobrevivência digna. No contexto da pluralidade religiosa pode ser claramente percebido como a afirmação da verdade religiosa tem provocado conflitos, desentendimentos e até guerras entre grupos religiosos e povos, como vemos no Oriente Médio. É notória a necessidade que têm as religiões de se apresentarem como sendo a verdadeira religião. Não raras foram as vezes, na história, em que afirmar a verdade de uma religião significou negar a existência de outras. Os tempos foram mudando e o que se percebe

18 18 nos tempos modernos é uma sede, uma necessidade do entendimento entre as religiões. Com isso, acontece uma significativa mudança na concepção de uma verdadeira religião. As religiões, por mais diferentes que sejam, são verdadeiras e boas, na medida em que são humanas, em que não oprimem e nem destroem o humanismo, mas o protegem. O processo educativo deve levar em conta também as expressões da modernidade e da pós-modernidade, favorecendo uma visão crítica perante aos valores e os contra-valores que estão dentro desta sociedade capitalista, discriminatória e individualista. O ensino religioso deve ter como meta a busca do respeito á individualidade e à liberdade de cada um, incentivando o aluno e dando sentido à sua vida e seus valores, valores estes que cada um traz consigo e estabelecem um legítimo diálogo e trocas de experiências para uma maior compreensão da realidade e da religiosidade do outro. 8. O PEDAGOGO DA HUMANIDADE Jesus é o nosso modelo moral por excelência. Veio à Terra para nos mostrar o caminho da evolução. È Espírito Puro, com o único título que aceitou em vida: o de Mestre, Mestre da humanidade, Pedagogo de nossa educação espiritual. Se quisermos elevar a nossa compreensão ao exemplo máximo de educador, temos de meditar na vida e na personalidade de Jesus de Nazaré. Os maiores educadores foram os que tentaram imitá-lo e seguiram seus ensinamentos. Pestalozzi o amava ternamente, Montessori o cita em cada texto seu, Comenius procurava servi-lo, Bach o louvava pela vida e pela música, Gandhi se inspirava nele. Por mais que existam pessoas que tentem colocar Jesus no mesmo nível da humanidade, é indiscutível que ele foi o modelo mais perfeitos de amor, moralidade e sacrifício. Relembrando as qualidades que consideram-se indispensáveis aos educadores, vamos encontrá-las em seu grau mais perfeito na personalidade de Jesus. Sua autoridade moral é absoluta, porque já atingiu a perfeição. Com toda a sua grandeza espiritual, como protetor da humanidade, vem à Terra; e veio, não em poder e glória da Terra, mas na pobreza e na obscuridade. Um poder que não se impõe, mas convida; que não violente, mas converte e transforma os corações, acordando-os para a evolução; um poder que não pune o mal, mas sacrifica-se pelo bem, tomando sobre si todas as dores e serviços, para a todos arrastar pelo exemplo. Era humilde, sem fraqueza ou servilismo. Enérgico com os hipócritas, firme com os falsos sábios que conduziam os simples segundo seus interesses, Jesus foi padrão de dignidade. Sua serenidade diante dos algozes é também coragem e nobreza; seu perdão e sua doçura são manifestações de sua infinita superioridade. Quando se pensa no amor de Jesus pela humanidade, fundamento de sua Pedagogia divina, pode-se imaginar que seja um amor difuso, impessoal, em que os homens sejam vistos como massa. Mas não é assim, pois o amor é sempre uma relação de espírito a espírito. As próprias palavras e atitudes de Jesus demonstram que ele conhece cada um de seus pupilos e está sempre disponível à nossa aproximação, ao nosso desejo de educação espiritual. Quanto mais ascendermos e nos depurarmos, mais direto será o nosso contato com sua mente poderosa e seu coração afetuoso. Jesus não passa no mundo como mestre distante dos alunos, mas conhecendo-os a todos, usando com cada um a linguagem doce ou enérgica mas sempre amorosa de quem educa.

19 19 Além de sua Pedagogia divina, em permanente exercício para conosco, detenhamo-nos na didática específica que usou em sua passagem pela Terra. Jesus não ensinou em cátedras, não fez parte de corporações científicas, não se revestiu de nenhum título terreno e não fundou escolas ou instituições, nem mesmo nelas ensinou. E foi o maior dos mestres. Seu local de ação era a casa de Pedro, eram as praças, os montes, as margens do lago de Genesaré e sua mensagem atingia a todos indistintamente. Ensinava sem nenhum outro instrumento a não ser seus atos de amor, suas palavras simples e sua autoridade divina. Claro que não devemos por isso menosprezar o que o homem cria para sua instrução e aperfeiçoamento: a escola, a universidade, a Ciência e a pesquisa, a Filosofia e todos os recursos de aprendizagem e progresso. Mas, observando o exemplo de Jesus, saberemos que tudo em Educação pode ser acessório, menos o contato com a natureza e a naturalidade no relacionamento. Tudo o que é simples e verdadeiro é atemporal e as palavras e os ensinamentos de Jesus, não tinham apenas o Dom de tocar os homens de seu tempo, mas os homens de todas as épocas. Um ensino é tanto mais profundo e eficaz quanto expresso de forma mais simples, sintética e bela e que possa ter vários níveis de atuação sobre a consciência. Pouca gente percebe o caráter genial e poético das pregações de Jesus. Ele não foi apenas um homem bom. Tinha uma bondade inteligentíssima, mas de uma inteligência superior e não essa inteligência a que costumamos apreciar, cheia de sofismas e complexidades inúteis, incapazes de sobreviver no tempo e de tocar as almas. Ao impregnarmos o coração da criança com a personalidade sublime do Mestre de Nazaré, estaremos lhe entregando a maior chave de sintonia com o Bem, o caminho mais fácil e suave para o seu aperfeiçoamento. 9. CONCLUSÃO O conhecimento não é algo pronto e acabado, mas algo em movimento, transformando-se a cada momento. A religião, como a própria palavra diz, é religar, é fazer o ser humano ligar-se à uma força superior, tirando-o de seu mundo e levando-o para esferas não conhecidas. O homem está constantemente em busca de algo superior, que o ajude a trilhar os percalços da vida. Há uma música, de Marielza Tiscate, que fala dos medos do homem, do refúgio em si mesmo para proteger-se de eventuais perguntas sem respostas, a busca do amor e da coragem para buscar esse sentimento tão nobre. ONDAS DA VIDA Ondas da vida carregam o barco Atracado no tempo, não quer navegar Naufraga em si mesmo, temendo os monstros que existem no mar O monstro da morte consegue sozinho Fazer com que barcos prefiram parar Mas monstros não existem sequer nas mentiras contadas no mar Vai, enfrenta as tormentas de além-mar Iça as velas da coragem par lutar E ir além, estrelas do bem, vão te guiar Vai, que o Cristo seja a luz em seu vogar Que o risco não te impeça de tentar ganhar o mar Com o instrumento que se chama amor.

20 20 Podemos concluir que, como na música devemos enfrentar nossos medos e monstros existentes, enfrentar as tormentas e descobrir o que há de melhor dentro de nós mesmos e de nossos semelhantes. O mundo de hoje está muito corrido, e não nos resta tempo para nos conhecer ou, ainda, conhecer o outro. Precisamos parar um pouco para refletirmos sobre nossa existência, nossa dúvidas, medos, ansiedades e para nos ligarmos à natureza e à Deus. Dessa forma, encontraremos o equilíbrio tão desejado e esperado para levarmos uma vida mais centrada e em comunhão com o Bem. 10. Referências INCONTRI, Dora A Educação Segundo o Espiritismo 5ª ed. Editora Comenius, 2003 MATTOS, Luiz de. Primórdios da educação no Brasil: o período heróico ( ). Rio de Janeiro, Gráfica Aurora, 1958 COTRIM, Gilberto. Educação para uma escola democrática História e Filosofia da Educação. Editora Saraiva, 4ª edição, São Paulo,1991 Enciclopédia Mirador Internacional : Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda WEREBE, Maria José Garcia. Grandezas e Misérias do ensino no Brasil 3ª edição, São Paulo, Difel, 1968 RIBEIRO, Maria Luísa Santos. História da Educação Brasileira A Organização Escolar. Cortez Editora / Autores Associados, 9ª edição, São Paulo, 1987 LIMA, Luiz Gonzaga de Souza, Evolução Política dos Católicos da Igreja no Brasil. Editora Vozes, 1979 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 IMBASSAHY, Carlos Religião 4ª edição, Editora Federação Espírita Brasileira, 1944 SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de, Como entender e aplicar a nova LDB: lei nº 9394/96 / Paulo Nathanael Pereira de Souza, Eurides Brito da Silva. São Paulo: Pioneira, 1997 MONTEIRO, Gerson Simões Anteprojeto Resolução do Conselho de unificação do Movimento espírita do Estado do Rio de Janeiro sobre o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Estado do Rio de Janeiro LOBO, Ney Filosofia Espírita da Educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas 1ª edição, Editora Federação espírita Brasileira, KARDEC, Allan O Livro dos Espíritos 7ª edição, Editora FEB, 1944 VIESSER, Liozete Carmen. Um paradigma didático para o ensino religioso Editora Vozes,1944, Petrópolis, RJ FIGUEIREDO, Anísia de Paulo, O Ensino Religioso no Brasil tendências, conquistas e perspectivas Editora Vozes, 1996 Petrópolis, RJ HUBERT, René: Tratado de Pedagogia General Ateneo Editorial, Buenos Aires CHAUÍ, Marilena Convite à Filosofia São Paulo DOCUMENTOS DA CNBB Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil Edições Paulinas, São Paulo FOELKER, Rita. Palavras Simples, Verdades Profundas, 1ª edição, 1998, editora EME, Capivari São Paulo CONCÍLIO VATICANO II DOCUMENTOS DO VATICANO II- Constituições, Decretos e Declarações Edições bilíngue, Editora Vozes, 1981, Petrópolis, RJ

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