Coordenação geral do trabalho Tereza Cristina de M. Romero Teixeira Instituto IDEIAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Coordenação geral do trabalho Tereza Cristina de M. Romero Teixeira Instituto IDEIAS"

Transcrição

1

2 Coordenação geral do trabalho Tereza Cristina de M. Romero Teixeira Instituto IDEIAS Execução do trabalho Cecíla Häsner Consultora em Gestão Ambiental Apoio Célia Perin SEBRAE Maria da Gloria Brito Abaurre IEMA JULHO 2008

3 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA DEFINIÇÕES DO MERCADO DE BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS NA ESFERA INTERNACIONAL E NACIONAL NOS FOROS INTERNACIONAIS: OMC, OCDE, APEC, UNCTAD, EU, MERCOSUL E BANCO MUNDIAL. 17 OMC OCDE APEC UNCTAD UE MERCOSUL BANCO MUNDIAL ABORDAGEM DOS BSA NO BRASIL PANORAMA DO MERCADO AMBIENTAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL IDENTIFICAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS AMIGÁVEIS COM O CLIMA DE INTERESSE ECONÔMICO PARA O ESPÍRITO SANTO IDENTIFICAÇÃO DOS BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS PERSPECTIVAS IDENTIFICADAS PARA O MERCADO AMBIENTAL EM BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS AMIGÁVEIS COM O CLIMA PARA O ES SUGESTÕES PARA O PLANO ESTRATÉGICO DE NEGÓCIOS AMBIENTAIS AMIGÁVEIS COM O CLIMA NO ES CONCLUSÕES BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ANEXO I: LISTA DOS BENS AMBIENTAIS ANEXO II: LISTA DOS SERVIÇOS AMBIENTAIS... 61

4 ANEXO III: PROPOSTA DOS EUA E EU A OMC ANEXO IV: USO DE MECANISMOS DE PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS NA CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA. AUTOR: SHIGEO SHIKI... 67

5 FIGURAS Figura 1: Esquema mostrando a dimensão do mercado ambiental, sendo o resultado da atuação do Estado e a demanda da Sociedade. 10 Figura 2: Estrutura, Conduta e Performance (ECP) das indústrias ambientais. Fonte: ABREU M.C.S., RADOS G.J.V., FIGUEREIDO JUNIOR H.S. As pressões ambientais da estrutura da indústria. RAE-eletrônica, v.3, n.2, Art.17, jul/dez, Figura 3: Esquema da estratégia dos trabalhos em desenvolvimento. 13 Figura 4: Esquema mostrando a evolução histórica dos selos verdes. 16 Figura 5: Esquema mostrando as principais abordagens dos Bens e Serviços Ambientais. 26 Figura 6: Mercado de Bens e Serviços Ambientais no mundo. Fonte: ETAP (2004). 31 Figura 7: Mercado de Bens e Serviços Ambientais do Reino Unido dividido por setor. Fonte: ETAP (2004). 31 Figura 8: Participação dos Países em Desenvolvimento (PEDs) e Países Desenvolvidos (PDs) nas exportações. 32 Figura 9: Balança Comercial de Bens Ambientais no Brasil entre os anos 2002 e 2004, segundo a lista da OCDE e APEC. Os valores das importações e exportações estão em milhões (10 6 ) de dólares. Fonte: dados originais do MDIC e cedidos gentilmente pelo prof. Shigeo Shiki. 33 Figura 10: Exportações, Importações e a Balança Comercial (exportação importação) média dos três anos em estudo (2002, 2003 e 2004) separados pelos diferentes setores industriais dos bens ambientais. Os valores estão em dólares (10 3 ) FOB (Free On Board). BIT Bens de Informática e Telecomunicações; BK Bens de Capital. Fonte: dados originais do MDIC e cedidos gentilmente pelo prof. Shigeo Shiki. 34 Figura 11: Esquema mostrando as diferentes etapas envolvidas na elaboração do Plano Estratégico de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima no ES. 43

6 TABELAS Tabela 1: Resumo das classificações de Bens e Serviços Ambientais segundo os principais foros internacionais. 22 Tabela 2: Resumo das principais abordagens dos Bens Ambientais. 25 Tabela 3: Levantamento dos possíveis Bens (produtos e tecnologias) e Serviços Ambientais Amigáveis com o Clima de interesse econômico para o estado do ES, aqui identificados. 36

7 LISTA DE ACRÔNIMOS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas APEC Asia Pacific Economic Community BSA Bens e Serviços Ambientais CTE Commitee on Trade and Environment (WTO) EGS Environmental Goods and Services EPPs Environmentally Preferable Products GATS General Agreement on Tariffs of Services GATT General Agreement on Tariffs and Trade HS Harmonized system ISO International Standard Organization OCDE Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico OMC Organização Mundial do Comércio PSA Pagamento de Serviços Ambientais UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development UNFCCC United Nations Framework Convention on Climate Change

8 Agradecimentos Agradecemos a contribuição do professor Shigeo Shiki do Departamento de Economia e Meio Ambiente do Ministério do Meio Ambiente, bem como, a todos os que participaram do Workshop Mercado Ambiental realizado em abril de 2008, quando apresentamos os primeiros resultados desse trabalho. Agradecemos especialmente ao SEBRAE-ES, nas pessoas do Superintendente João Felício Scárdua, do Diretor Técnico Evandro Barreira Millet, do Gerente da Unidade de Indústria Mario Barradas e da Gestora do Programa Célia Perin. Agradecemos ainda a Secretaria de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos Maria da Gloria Brito Abaurre e do Senador Renato Casagrande pelo apoio a iniciativa de realizarmos esse trabalho.

9 1. Introdução O mercado ambiental é referido na literatura internacional como o mercado verde, devido aos selos verdes colocados nas embalagens dos produtos que trazem algum benefício ao meio ambiente. Não obstante, é possível encontrar outras denominações, como o econegócio (do inglês ecobusiness), definido pelo Instituto Inovação como o segmento de mercado que reúne produtos e serviços que se propõem solucionar problemas ambientais ou que utilizam métodos mais racionais de exploração dos recursos naturais para a produção de bens e serviços. O mercado ambiental é muito mais abrangente que os produtos verdes, ele é resultado da interação de duas esferas: a do Estado e a da Sociedade Civil. O Estado intervém por meio de políticas públicas, como os Instrumentos de Controle, que corresponde ao marco regulatório (legislações), e os Instrumentos Econômicos, correspondentes aos incentivos fiscais. A sociedade civil atua conforme o grau de sensibilização que tenha com o meio ambiente onde vive (consciência ambiental), por exemplo, através da demanda por produtos menos nocivos ao meio ambiente ou através de exigências de maior responsabilidade ambiental nas empresas. Esta interação repercute na estrutura de mercado ambiental, que são as transações comerciais de produtos e serviços, conhecidos como bens e serviços ambientais (figura 1).

10 ESTADO: Marco Regulatório Incentivos Fiscais MERCADO AMBIENTAL SOCIEDADE: Responsabilidade Sócioambiental Demanda por produtos verdes Controle e Incentivo Consciência Ambiental Figura 1: Esquema mostrando a dimensão do mercado ambiental, sendo o resultado da atuação do Estado e a demanda da Sociedade. A crescente demanda pelo mercado ambiental, ou também referida como bens e serviços ambientais, se deve as fortes pressões que as indústrias vêm sofrendo pelas ações governamentais (marco regulatório), mudanças no comportamento social e nas inovações tecnológicas que visam proporcionar algum tipo de benefício ao meio ambiente, seja na prevenção ou na remediação de problemas gerados nos processos produtivos e seus produtos. Estas pressões ou choques interferem na Estrutura, Conduta e Performance das indústrias ambientais (figura 2). As pressões internacionais também influenciam positivamente no crescimento do mercado ambiental, exercidas através dos Acordos Multilaterais de Meio Ambiente (AMUMA), como o Protocolo de Montreal em relação aos gases destruidores da camada de ozônio, como o Protocolo de Cartagena, da Convenção da Biodiversidade visando diminuir as taxas de extinção de espécies, as Metas do Milênio estabelecidas pelas Nações Unidas para melhorar o acesso ao saneamento básico, o Protocolo de Quioto sobre o Mudança Climática, entre outros. Essa demanda crescente tem se refletido

11 nas taxas de crescimento do mercado ambiental no mundo, chegando a 8% ao ano (UNCTAD, 2003), com os países desenvolvidos dominando este mercado (ao redor de 90%). INDÚSTRIA PRODUTORES Choque Estrutura de Mercado Conduta Ambiental Performance Ambiental Ação Governamental Feedback Feedback Ação da Sociedade INOVAÇÃO Cooperação vs Rivalidade Figura 2: Estrutura, Conduta e Performance (ECP) das indústrias ambientais. Fonte: ABREU M.C.S., RADOS G.J.V., FIGUEREIDO JUNIOR H.S. As pressões ambientais da estrutura da indústria. RAE-eletrônica, v.3, n.2, Art.17, jul/dez, A complexidade do mercado ambiental não se restringe somente à dinâmica de mercado, mas também na sua delimitação. O que realmente podemos considerar como mercado ambiental? Quais são os negócios ambientais que são relevantes para o desenvolvimento sustentável? A definição deste mercado tem sido um dos temas mais polêmicos e controvertidos nos últimos tempos, sendo discutida em diferentes foros internacionais, sem chegar a um consenso. A definição de bens e serviços ambientais (BSA), ou seja, produtos, tecnologias e serviços associados com a gestão do meio ambiente, é um dos temas mais relevantes das negociações internacionais, principalmente depois da Declaração de Doha em 2001 (rodada de Doha), da Organização Mundial do Comercio OMC, que celebrou o compromisso de avançar no processo de liberalização do comércio destes Bens e Serviços Ambientais, reduzindo ou eliminando as barreiras

12 tarifárias ou não tarifárias (inciso III, parágrafo 31). Em discussão estão o acesso privilegiado de alguns produtos e serviços a mercados tradicionais e os monopólios. A importância de levar a diante as negociações de BSA dentro do âmbito da OMC é o efeito positivo que terá na abertura de mercado para os países em desenvolvimento, ampliando a transferência de tecnologia, o que pode repercutir favoravelmente na capacidade doméstica (nacional) em produzir estes BSA (ICTSD, 2007). Ainda não existe um consenso sobre a definição dos BSA. A falta de consenso se deve aos diferentes interesses econômicos e ambientais dos países e organizações envolvidas nas negociações comerciais. Bem e serviço ambiental é uma classificação especial que surgiu para incrementar e incentivar o uso e o comércio internacional, os quais seriam beneficiados por vantagens tarifárias e não tarifárias (restrições ambientais, sanitárias). Em geral, observa-se pouco interesse por parte dos países em vias de desenvolvimento em relação ao Mercado Ambiental. Poucos países têm se pronunciado ao respeito, com exceção da Colômbia, que conta com um Plano Estratégico de Mercados Verdes, com uma classificação própria dos bens e serviços ambientais de interesse para o desenvolvimento sustentável do seu país e diferentes metas de fortalecimento e de fomento deste mercado (Rep. Colômbia, 2002). O Chile tem se destacado através pelo desenvolvimento de vinhos orgânicos e manejo florestal sustentável. No caso do Brasil, poucas iniciativas foram desenvolvidas para fomentar o mercado verde, e o país carece de uma estratégia nacional que valorize e fomente os diferentes setores produtivos diretamente relacionados com os bens e serviços ambientais. Dentro deste contexto, o presente trabalho pretende contribuir com o maior entendimento do mercado ambiental, principalmente no que se refere aos bens e serviços ambientais, e identificar os negócios ambientais que sejam benéficos para o clima e que representem oportunidades de desenvolvimento econômico para o estado do Espírito Santo. O presente trabalho está dividido em cinco partes: a primeira parte se limita a trabalhar com os conceitos de bens e serviços ambientais e sua contextualização nos diferentes foros internacionais e no Brasil; a segunda parte mostra um panorama econômico do mercado ambiental no mundo; a terceira parte identifica algumas oportunidades de negócios relacionados com bens e serviços ambientais amigáveis com o clima; a quarta parte refere-se a proposta de desenhar um Plano Estratégico de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima, de forma participativa, delineando futuras ações para

13 fomentar o mercado ambiental no Espírito Santo; a quinta e última parte é a conclusão do trabalho que inclui algumas observações. A figura abaixo resume a estratégia dos trabalhos em desenvolvimento. Figura 3: Esquema da estratégia dos trabalhos em desenvolvimento. 1.1 Objetivos Essa primeira etapa do trabalho tem como objetivo principal fazer uma abordagem dos conceitos básicos que fundamentam o mercado ambiental atual, com foco nos bens e serviços ambientais no estado do Espírito Santo que contribuam com a mitigação do efeito estufa, ou da Mudança Climática. A estrutura do presente estudo consiste na Introdução e Metodologia (Capítulo 1): Capítulo 2: Definições do Mercado de Bens e Serviços Ambientais na esfera Internacional e Nacional; Capítulo 3: Panorama sobre o Mercado de Bens e Serviços Ambientais no Comércio Internacional; Capítulo 4: Identificação de Alguns Bens e Serviços Ambientais Amigáveis com o Clima de Interesse Econômico para o ES;

14 Capítulo 5: Sugestões para o Plano Estratégico de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima para o ES ; Capítulo 6: Conclusões. 1.2 Metodologia A metodologia de trabalho consiste em: i. Levantamento bibliográfico sobre os conceitos básicos do Mercado Ambiental utilizados no Brasil, no Mercosul e outras instâncias internacionais, como a Organização Mundial do Comércio OMC, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE, a Conferencia das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento UNCTAD e o Banco Mundial; ii. Levantamento dos principais bens e serviços ambientais utilizados no Brasil e no mundo, destacando os produtos e tecnologias amigáveis com o clima; iii. Sugestões para o Plano Estratégico de Ação para fomentar Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima;

15 2. Definições do Mercado de Bens e Serviços Ambientais na Esfera Internacional e Nacional Muito antes da discussão sobre a definição de BSA chegar à mesa de negociações comerciais, o mercado ambiental teve sua primeira iniciativa formal, especificamente de produtos sustentáveis, nos anos setenta, com a iniciativa do Comércio Justo, promovido pela UNCTAD (Borregaard et al. 2003, UNCTAD). Somente a partir dos anos 90 se produz um aumento notório do comércio regido por critérios ambientais ou éticos, e atualmente milhares de organizações, produtores, empresas e companhias de marketing alternativo se encontram agrupadas nas associações de comércio justo e comércio ambiental, também referido como comércio ecológico ou ético (Borregaard et al 2003). O comércio justo apresenta uma taxa de crescimento a partir dos anos setenta próxima de 10% ao ano, chegando a movimentar US$ 400 milhões ou 0,01% do comércio global em 2000, destacandose a organização inglesa Traidcraft pcl. Já o mercado ecológico ou ético estava vinculado principalmente aos programas de rotulagem ambiental até a década de noventa. O primeiro programa de rotulagem ambiental foi desenvolvido pelo governo alemão em 1977, o Blau Engel (Anjo Azul), o qual representava uma inovação no mercado, por analisar o impacto do produto de forma mais abrangente, independente e, portanto, de maior credibilidade. O objetivo do programa era identificar para o consumidor os produtos que, avaliados segundo critérios ambientais pré-estabelecidos e amplamente discutidos com representantes dos diversos setores da sociedade, acarretavam menor impacto sobre o meio ambiente comparados a seus similares no mercado. Somente em fins dos anos oitenta, os produtores passaram a incorporar cada vez mais, em suas estratégias de comercialização, o uso de rótulos (selos verdes) com declarações relativas à ambientalidade do produto em si, como a biodegradabilidade, ou de seu processo de produção, como afirmações sobre conteúdo reciclado ou ausência de gases que afetam a camada de ozônio. Dessa forma, surgem outras iniciativas de caráter voluntário de rotulagem ambiental em diversos países: Canadá com o programa Environmental Choice (1988); Japão com o EcoMark; na Finlândia, Noruega e Suécia, o Nordic Swan (1989); Nova Zelândia o Environmental Choice (1990); Índia o EcoMarket (1991); França o NF-Environnement (1991); iniciativa privada dos Estados Unidos criou o Green Seal (1989) e na Espanha a Marca AENOR 15Medio Ambiente (1992). No Brasil, o

16 programa de rotulagem ambiental começou a ser delineado após a Conferencia do Rio, o programa Marca ABNT Qualidade Ambiental (1995) (Campos&Correa, 1998). Este movimento relativamente tardio do Brasil se deve em geral a uma dificuldade estrutural básica para estabelecer programas próprios de rotulagem ambiental em países em desenvolvimento, em razão dos seus baixos níveis de renda per capita, ou seja, o mercado doméstico para produtos verdes é pequeno, obrigando os produtores a se submeterem aos programas de rotulagem, originários dos mercados de destino das suas exportações (Braga&Miranda, 2002). Acordos Multilaterais do Meio Ambiente Figura 4: Esquema mostrando a evolução histórica dos selos verdes. Existem duas visões para definir o que são os bens e serviços ambientais. A primeira delas considera aqueles serviços como sendo oferecidos pela natureza de forma gratuita, como a função das florestas e matas na regulação do regime de chuvas, controle da erosão, retenção de água e nutrientes. Deste ponto de vista, os bens e serviços ambientais fazem parte da natureza e, portanto, são

17 considerados como um bem público e não possuem mercado, pois pertencem a ninguém e a todos ao mesmo tempo, só podendo ser avaliados economicamente de forma indireta (Rezende et al, 2002). Esta visão é compartilhada pela Millennium Ecosystem Assessment - MA, vinculada a ONU, que considera os serviços ambientais como benefícios que o ser humano obtém dos ecossistemas e, portanto, a apropriação e o uso destes serviços não são mediados ou transacionados pelo mercado. A segunda visão trata os bens e serviços dentro do contexto de mercado, de bens privados, e, desta forma, uma melhor compreensão do que são estes produtos, tecnologias e serviços passíveis de serem comercializados, ajuda na sua valorização econômica e na sua liberalização comercial entre países. Dentro desta visão de mercado, os serviços ambientais podem ser catalogados de acordo com sua função. Segundo Batista (2007) os serviços ambientais podem ser classificados em aqueles capazes de proporcionar bem-estar humano, relacionados com a eliminação de resíduos e atividades de infraestrutura, ou aqueles relacionados à gestão ambiental, capazes de regular os impactos da atividade humana sobre o meio ambiente. Com este intuito, este capítulo abordará as diferentes definições e abordagens dos bens e serviços ambientais nos diferentes foros internacionais e como o assunto é tratado no Brasil. 2.1 Nos foros internacionais: OMC, OCDE, APEC, UNCTAD, EU, Mercosul e Banco Mundial. OMC Os bens ambientais não contam com uma classificação específica em nível multilateral 1. O comércio de bens se enquadra no Acordo Geral de Comercio de Bens do GATT 2 e são classificados de acordo com o Sistema Harmonizado de Nomenclatura Alfandegária (HS). Na Declaração Ministerial de Doha, o artigo 31(iii) estabelece um mandato específico para que os países membros da OMC 1 Acordo Multilateral compreende os acordos comerciais ou não comerciais (ambientais) entre diferentes países, como a OMC, NAFTA, Mercosul, CBD etc. 2 O GATT, Acordo Geral sobre Tarifas Alfandegárias e Comércio, foi criando em 1947, logo após a 2ª Guerra Mundial, e tinha o propósito de administrar e promover o desenvolvimento econômico no mundo e após a Rodada Uruguay, a partir de 1º de janeiro de 1995, entra em vigor a OMC.

18 decidam quais destes produtos correspondem a bens ambientais com o propósito da liberalização comercial. Os serviços ambientais já contam com um reconhecimento dentro da OMC (especificamente a partir de 1991) e são classificados segundo o Acordo Geral do Comércio de Serviços (GATS) numa Lista de Classificação Setorial de Serviços (W/120), a qual é baseada na classificação de produtos das Nações Unidas CPC. A classificação da OMC é uma indicação dos tipos de serviços, não chega a ser uma lista exaustiva nem definitiva, e se baseia segundo o meio de contaminação ou poluição (ver tabela 1). A classificação de serviços ambientais abrange basicamente quatro setores relacionados com a infra-estrutura de: tratamento de águas residuais ou esgoto, tratamento e disposição de resíduos, saneamento e similares, e outros setores relacionados com a proteção ambiental. A maior limitação da classificação da OMC é que não representa o estado atual das indústrias ambientais, pois considera unicamente o controle da poluição e não contempla serviços de prevenção (Batista 2007, Togeiro&Ferreira 2006). Ademais, existe sobreposição nas classificações de serviços ambientais com outros setores de serviços do GATS (exemplo: educação), além da classificação não contemplar serviços de engenharia, inspeção e auditoria, os quais se encontram inseridos na classificação de outros setores profissionais do GATS. A liberalização do comércio de serviços implica na abertura dos mercados dos Estados- Membros da OMC através da gradual diminuição das barreiras ao comércio dos mais diversos setores de serviços. Esta diminuição das barreiras comerciais dos serviços é mais complexa que as barreiras impostas aos bens na medida em que são extremamente difíceis de serem mesuradas (Batista, 2007). As barreiras comerciais relativas aos serviços ambientais costumam ser basicamente de origem regulatória, ou seja, os Estados-Membros costuma prestar esses serviços por si próprios ou através de empresas cujo capital majoritário é nacional (Batista, 2007). Segundo o acordo do GATS, há quatro modos de prestação de serviços: Prestação Transfronteiriça (Modo Um): transação comercial física ou eletrônica através das fronteiras dos Estados-Membros do acordo. Exemplos: serviços de transporte aéreo ou marítimo; Consumo no exterior (Modo dois): o consumidor de um determinado serviço se desloca para o território de outro Estado-membro a fim de ter acesso a ele. Exemplo: serviços de turismo, educação ou saúde;

19 Presença Comercial (Modo Três): investimento direto com o propósito de fornecer um determinado serviço no território de outro Estado-membro. Exemplo: serviços de telecomunicação e serviços ambientais; Presença de Pessoas Físicas (Modo Quatro): movimento temporário de um prestador de um determinado serviço, o qual tem que se deslocar até o território de outro Estado-membro para prestá-lo. Exemplo: serviços profissionais ou consultorias de diferentes áreas, tais como arquitetura, engenharia, gestão, entre outros. No Mandato de Doha, a discussão sobre bens e serviços ambientais foi distribuída em três instancias negociadoras da OMC: O Grupo de Negociação em Acesso a Mercados de Produtos Não- Agrícolas (NAMA em inglês) encarregado da liberalização de bens ambientais; o Comitê de Comércio e Meio Ambiente Sessão Especial (CTE-SS em inglês) encarregado de discutir as definições de bens ambientais; a Sessão Especial do Conselho para o Comércio de Serviços (CTS-SS) discute a liberalização de serviços ambientais (Togeiro&Ferreira, 2006). Esta divisão de tarefas dificulta a agilidade em avançar sobre o tema da liberalização comercial de bens e serviços ambientais. A discussão sobre uma lista de bens ambientais ainda segue vigente, no âmbito do CTE-SS, tem três abordagens principais: Enfoque conceitual (top-down approach) defende a relevância em estabelecer critérios precisos antes de estabelecer uma lista de bens ambientais; Enfoque de lista (bottom-up or list-driven approach) favorece a elaboração de uma lista de bens ambientais, mesmo sem critérios previamente estabelecidos. Enfoque de projeto (environmental project approach) este enfoque faz parte da proposta apresentada pela Índia em 2005 e favorece a liberalização temporária de bens e serviços ambientais especificados em projetos ambientais, elaborados segundo critérios definidos pelo CTE-SS e com o aval das Autoridades Nacionais Designadas. Esta proposta foi reformulada e reapresentada pela Índia e subscrita também pela Argentina, ante a crítica de sua temporariedade e da complexidade de sua operacionalização.

20 OCDE A classificação dos serviços ambientais realizada pela OCDE em 1992 é definida como atividades que produzem bens e serviços para medir, prevenir, limitar, minimizar ou corrigir danos ambientais na água, ar e solo, assim como problemas relacionados com resíduos, ruídos e ecossistemas. Tecnologias limpas, processos, produtos e serviços que reduzem o risco ambiental e minimizam a poluição e uso de materiais são também considerados parte da indústria ambiental. Os serviços ambientais se encontram divididos em três grandes setores, dependendo do uso final (tabela 1) e são os mais utilizados atualmente pelos países (Borregaard et al, 2002). A crítica principal a esta classificação é que ela não soluciona o problema de sobreposição dos setores de serviços do GATS e reflete o forte interesse econômico e comercial dos países desenvolvidos membros da OCDE. Os países desenvolvidos têm o seu mercado interno praticamente saturado, e por isso são os mais interessados em promover a liberalização comercial destes bens e serviços ambientais, com a finalidade de ampliar seu mercado para os países em desenvolvimento. APEC O Acordo de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC 3 ) elaborou uma lista de 109 produtos segundo o uso final (tabela 1), baseando-se na classificação da OCDE, e teve o propósito de acelerar as negociações comerciais entre os países membros (Steenblik, 2005). Todas estas abordagens, feitas pela OMC, OCDE e a APEC, tem uma contextualização tradicional dos bens e serviços ambientais, focado no tratamento de um problema ambiental específico (define o produto ambiental pelo seu uso final) e, portanto, tem um campo de abrangência muito restrita. Tanto a lista da OCDE como da APEC mostram uma grande variedade de produtos destinados em sua maioria ao controle da poluição, e muitos deles com uso múltiplo, não exclusivamente ambiental, o que gera muita controvérsia sobre o real benefício ambiental da liberalização comercial destes produtos (Togeiro&Ferreira, 2006). Como exemplo de uso múltiplo, pode se citar o caso das tubulações (pipes) que servem tanto para transporte de petróleo como para estações de saneamento (tratamento de água e esgoto). 3 Criada em novembro de 1989, a APEC é o primeiro fórum para facilitar o crescimento econômico, a cooperação, o comércio e o investimento na Bacia do Pacífico.

21 UNCTAD A Conferencia das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) define como serviços ambientais tradicionais aqueles serviços de infra-estrutura pública de água potável, tratamento de águas residuais e gestão de resíduos, enquanto que os serviços relacionados com o cumprimento da legislação ambiental, de saneamento e medidas corretivas são serviços de uma próxima geração. Estes últimos serviços ajudam as empresas a reduzir a contaminação como parte do processo encaminhado a lograr um aproveitamento eficiente dos recursos, uma alta produtividade e uma maior competitividade, os quais não são impulsionados unicamente por normas e regras já estabelecidas. A classificação sugerida pela UNCTAD divide os serviços em quatro partes (tabela 1) e destaca que a prestação de serviços ambientais vai acompanhada do fornecimento de bens ambientais, enfatizando que os bens e serviços ambientais formam um conjunto integrado para fazer frente a um problema ambiental determinado (Borregaard et al, 2002). Geralmente são os serviços que desempenham o papel principal, pois é o conhecimento (know-how), o savoir-faire, que é imprescindível para poder desenvolver e aplicar uma determinada tecnologia. A UNCTAD propôs uma segunda contextualização dos bens ambientais, definindo-os como Produtos Ambientalmente Amigáveis (EPPs). Os EPPs são produtos que causam menos dano ambiental em algum estágio de seu ciclo de vida se comparados com produtos alternativos que cumprem a mesma função, ou são produtos cuja produção ou venda gera benefícios ao meio ambiente (UNCTAD, 1995). Em 2003, a UNCTAD criou uma lista dessas EPPs que contém produtos que podem ser qualificados como bens ambientais, baseada em suas características de consumo e eliminação, mas não baseada em seus métodos e processos de produção (PPMs). A lista contém fibras naturais, tinturas, sabões e outros produtos naturais, incluindo produtos florestais não-madeireiros e foi reconhecida por muitos países, especialmente países em desenvolvimento. A proposição da UNCTAD para as classificações dos BSA é vista com bons olhos pelos países em desenvolvimento e de menor desenvolvimento relativo, pois segundo Batista (2007) pressupõe que o espaço reservado para o estabelecimento de políticas públicas deve ser preservado e assume a premente necessidade de estruturas regulatórias bem arquitetadas para que as negociações tendentes à liberalização dos serviços ambientais sejam-lhes vantajosas.

22 Segundo o estudo estatístico realizado pela UNCTAD (2003), pode-se constatar uma enorme disparidade entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento (PEDs) no que diz respeito ao conteúdo das listas da APEC e OCDE. Pelo critério utilizado nas listas, todos os PEDs são importadores líquidos de tais bens. Mais especificamente, considerada a lista de bens e serviços ambientais proposta pela APEC e OCDE, os países desenvolvidos possuem 80% das exportações de bens ambientais enquanto que os PEDs, apenas 15%. Outro fato interessante é que a maioria dos bens ambientais incluídos nessas listas possui múltipla utilidade. Isto pode trazer resultados incertos no que diz respeito aos benefícios ambientais e ainda comprometer um mercado no qual os PEDs apresentem uma taxa de crescimento maior do que a dos países desenvolvidos. Estes últimos não apenas são exportadores líquidos dos bens contidos nas listas como também possuem um mercado estabilizado com tarifas reduzidas e um baixo crescimento (UNCTAD, 2003). UE A União Européia (UE), também utilizando como base os trabalhos da OCDE, sugeriu uma lista dividida em sete setores ao CTE-SS da OMC, tendo como base a lista da OCDE (ICTSD, 2007). Esta nova proposta inclui: (i) água para uso humano e tratamento de esgoto; (ii) tratamento de resíduos sólidos e perigosos; (iii) proteção do meio atmosférico e do clima; (iv) remediação e limpeza do solo e da água; (v) abatimento do ruído e vibração; (vi) proteção da biodiversidade e paisagem; (vii) outros serviços ambientais. Esta proposta teve uma alta aceitação pelos membros da OMC, exceto o item (i), pois a água para uso humano não é considerado um serviço ambiental per se (ICTSD, 2007). Tabela 1: Resumo das classificações de Bens e Serviços Ambientais segundo os principais foros internacionais. Classificação dos Serviços Ambientais Classificação dos Bens Ambientais OMC A. Serviços relacionados com o Tratamento de água servida APEC 1 Controle da Poluição Atmosférica B. Tratamento e Disposição de Resíduos sólidos 2 Gestão de Eficiência Energética e Calor C. Serviços relacionados com a saúde (saneamento) e similares 3 Monitoreamento e Analise

23 D. Outros 4 Abatimento de Ruído e Vibração OCDE 5 Outros sistemas de Reciclagem A. Manejo da Poluição 6 Tratamento de Água Potável 1 Controle da Poluição Atmosférica 7 Remediação e Limpeza 2 Gestão de Águas Residuais 8 Resíduos Sólidos / Perigosos 3 Gestão de Resíduos Sólidos 9 Gestão de Águas Residuais 4 Remediação e Limpeza 10 Plantas de Energias Renováveis 5 Abatimento de Ruído e Vibração 6 Monitoramento, Análise e Avaliação Ambiental UNCTAD B. Tecnologias e Produtos Limpos EPPs Produtos Ambientalmente Preferíveis 1 Processos e Tecnologias Eficientes 2 Produtos mais Eficientes C. Grupo de Manejo dos Recursos 1 Controle de Poluição atmosférica indoors 2 Abastecimento de Água Potável 3 Materiais Recicláveis 4 Plantas de Energias Renováveis 5 Gestão de Eficiência Energética e Calor 6 Agricultura e Pesca Sustentável 7 Silvicultura Sustentável 8 Manejo de Riscos Naturais 9 Ecoturismo 10 Outros UNCTAD 1 Serviços de Infraestrutura Ambiental 2 Serviços de combate a Contaminação Atmosférica 3 Serviços de Saneamento e Medidas Corretivas 4 Serviços de Apoio ou Auxiliares MERCOSUL Dentro do âmbito do Mercosul (Mercado Comum do Sul), o debate sobre BSA tem sido realizado por um Grupo Ad Hoc sobre Bens e Serviços Ambientais do Sub-Grupo de Trabalho 6

24 (SGT-6), que se fundiu com o Grupo Ad Hoc Competitividade e Meio Ambiente, com abertura da agenda para a discussão de consumo e produção sustentável e pagamentos por serviços ambientais 4. BANCO MUNDIAL A última proposta para abordar de uma forma diferenciada o mercado de BSA e de modo a favorecer os países em desenvolvimento, tem sido realizada pela equipe do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, vinculado ao Banco Mundial, e fazem referencia a um pacote de Bens e Tecnologias Amigáveis com o Clima (CFGT) (Banco Mundial, 2008). A proposta tem como foco estimular o uso e o desenvolvimento de produtos, tecnologias e serviços relacionados com a mitigação do efeito estufa. Este trabalho conduz a uma proposta de inserir esta classificação dentro da lista de Bens e Serviços Ambientais da OMC e que visa reduzir as tarifas alfandegárias e as barreiras não tarifárias, de modo a facilitar o livre comércio destes produtos e tecnologias, o que repercutiria favoravelmente nas metas de redução de emissões de dióxido de carbono estabelecida no Protocolo de Quioto no anexo B. As tecnologias consideradas como adaptáveis para a mitigação de mudança climática incluem: eficiência no uso final e conservação da energia (elétrica e de automóveis); geração de energia; seqüestro de carbono e armazenamento (CCS); fontes alternativas de energia; agricultura e pesca (incentivos para florestas) (Banco Mundial, 2008). Negociações de BSA na OMC Uma das últimas proposições à OMC, realizada pelos Estados Unidos e a União Européia, contempla-se uma lista de 43 produtos com a finalidade de promover o comércio de bens ambientais amigáveis com o clima. A proposta inclui a redução de barreiras tarifárias, até o fim do ano de 2008 (chegando até a tarifa zero até 2013), e identificação de barreiras não-tarifárias para produtos ambientais amigáveis com o meio ambiente, como quotas de importação e exportação (incluindo os países membros sujeitos a fórmula NAMA - Non-Agricultural Market Access, exceto para países menos desenvolvidos, os LDC Least Developed Countries), assim como a necessidade de avançar em negociações plurilaterais relacionadas com os serviços ambientais, especificamente os de arquitetura e engenharia e construção ambiental. 4 O último relatório sobre a reunião do Grupo Ad Hoc sobre BSA do Mercosul data de agosto de 2006, e está disponível no site:

25 capítulo. A tabela 2 resume as diferentes abordagens e contextualizações dos BSA expostos neste Tabela 2: Resumo das principais abordagens dos Bens Ambientais. Bens Ambientais Produtos Ambientalmente Tradicionais Amigáveis EPPs O que são Produtos considerados Produtos que substituem seus importantes na proteção similares que não são ambiental ou relacionados amigáveis com o meio com o processo de ambiente. despoluição e seu controle. Benefícios Solução de um problema Diminuir os danos ambientais Ambientais ambiental. causados pelos produtos similares. Interesse Países Desenvolvidos Favorecer os produtos Econômico interessados em liberar o produzidos pelos países em comércio internacional para desenvolvimento. exportar seus produtos e tecnologias. Limitações Não abrange produtos Não inclui métodos e provenientes do manejo processos de produção. Ex. sustentável da biodiversidade, alumínio produzido com nem produtos provenientes da energias renováveis. agricultura. Ex. etanol. Bens e Tecnologias Amigáveis com o Clima Produtos e tecnologias relacionados com uma melhor eficácia energética. Mitigar o efeito estufa. Aumentar o volume de exportações e importações nos principais países causadores do efeito estufa. Não inclui atividades como o ecoturismo, educação ambiental.

26 Bens Ambientais Tradicionais Direcionado a Solucionar Problemas Ambientais EPPs Qualquer uso Produção Consumo Disposição Bens e Tecnologias Amigáveis com o Clima Mitigar o efeito estufa Figura 5: Esquema mostrando as principais abordagens dos Bens e Serviços Ambientais. 2.2 Abordagem dos BSA no Brasil. No Brasil existe uma preocupação jurídico-legislativa em relação aos bens e serviços ambientais, já que a Constituição Federal fala de recursos ambientais incluindo entre eles: a água, as ilhas, a plataforma continental, recursos da zona econômica exclusiva, mar territorial, as cavidades territoriais e subterrâneas, as florestas, a flora e a fauna, as praias, os sítios arqueológicos, préhistóricos, paleontológicos, paisagísticos, artísticos e ecológicos, os espaços territoriais especialmente protegidos. Assim, legalmente, os recursos ambientais incluem em sua relação recursos não naturais, sendo, portanto, um conceito mais amplo (Rezende et al, 2002). A valorização econômica destes recursos pode ser realizada segundo suas características: i. Públicos; ii. Privados; iii. Externalidades, definido como efeitos externos de qualquer processo de produção ou consumo que beneficiam (externalidade positiva) ou prejudicam (externalidade negativa) terceiros (Rezende et al., 2002).

27 Em relação ao entendimento do que são os bens e serviços ambientais de interesse ao desenvolvimento econômico do país, o Brasil prefere balancear as negociações do NAMA (referente a produtos não-agrícolas) e o Acordo em Agricultura, visando um equilíbrio entre as negociações dos produtos agrícolas e bens industriais na área ambiental (Togeiro&Ferreira, 2006). O posicionamento brasileiro frente à classificação de serviços ambientais estabelecidos pela OMC é de cautela, pois apesar de não estar atualizada com a realidade do mercado global, trata-se de evitar uma revisão mais profunda que possa repercutir nas negociações de outras categorias de serviços, e, portanto, limita-se a utilizar a lista como está descrita no máximo se admite excluir a distribuição de água potável (Togeiro&Ferreira, 2006). O comércio de água engarrafada tem mostrado um forte crescimento nos últimos anos (exemplos: água da França, Evian e Perrier) e uma grande preocupação de organizações não-governamentais pelo passivo ambiental gerado pelo transporte marítimo 5. O Brasil defende uma abordagem conceitual dos bens ambientais visando proteger o mercado nacional de alguns bens que aparecem nas listas submetidas à CTE-SS, como a lista da OCDE e que fazem parte de setores com elevada proteção tarifária, como o setor da indústria de celulose, máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos, e o setor automotivo (Togeiro&Ferreira, 2006). O Brasil decidiu não aderir à proposta apresentada pela Índia, na abordagem de projeto, pois considerou que o enfoque está voltado para países importadores de bens e serviços ambientais, e não favorece ao país, que tem um grande potencial no comércio de EPPs (Togeiro&Ferreira, 2006). Em 2005, o Brasil entregou uma proposta à OMC, TN/TE/W/59, objetivando promover o desenvolvimento de comunidades locais que produzem bens intensivos em recursos naturais, como tinturas naturais e agricultura orgânica, e assim obter um ganho triplo, ou seja, preservação do meio ambiente, liberalização comercial e redução da pobreza. Esta proposta sugere inserir a classificação dos EPPs da UNCTAD na lista de bens ambientais, assim como bens industriais utilizados para fins ambientais, tal como, controle da poluição e resíduos, destacando o motor flex desenvolvido no país. Um dos grandes problemas relacionados em incorporar esta lista de EPPs nas negociações comerciais, está vinculado com os critérios em base as características de métodos e processos de produção (PPM 5 Comentários realizados pelo representante do International Development Research Centre (IDRC), Anthony Nyong, no evento The Future of Agriculture, a Global Dialogue amongst Stakeholders, organizado pelo International Chair WTO/Regional Integration, International Centre for Trade and Sustainable Development (ICTSD) e o International Food and Agricultural Trade Polixy Council (IPC), nos dias 30 e 31 de maio de 2008, Barcelona Espanha.

28 em inglês) dos bens ambientais, ou seja, produtos similares menos nocivos ao meio ambiente. O alumínio é um bom exemplo, pois mesmo que ele seja produzido com energia limpa (carvão vegetal), ele não se diferencia como produto final do seu similar, produzido de forma menos sustentável. Um exemplo da repercussão negativa pela falta de estabelecer uma lista mais criteriosa sobre bens ambientais, pode se citar o caso do etanol. O etanol, um dos principais bens ambientais exportados pelo país, é considerado pela OMC como um bem agrícola e, portanto, não se beneficia de uma redução de tarifas para sua comercialização internacional, por isso o interesse em ampliar a lista de BSA na pauta de negociações da OMC. Em outubro de 2007, o Brasil submeteu outra proposta à OMC, JOB (07)/146, com o intuito de contribuir com a discussão sobre bens ambientais no âmbito da Rodada de Doha, em relação as barreiras tarifárias e não-tarifárias. A proposta argumenta que a liberalização comercial de bens ambientais não deve estar focada para aumentar as vendas destes produtos, mas deve promover a participação dos países em desenvolvimento neste comércio, levando em consideração as diferenças de desenvolvimento entre os países, as suas necessidades sócio-econômicas, e garantir um real benefício ambiental. Desta forma, pretende-se apoiar o desenvolvimento de indústrias locais que contemplem padrões de consumo de energia sustentáveis. Estes bens ambientais incluiriam produtos agrícolas, não incluídos nas listas tradicionais de BSA, e principalmente os biocombustíveis. O Brasil também quer incluir os produtos orgânicos e para evitar a crítica pelo uso de critério PPM, recomenda que a parte regulatória de padrões técnicos seja feita por outro organismo multilateral, a FAO. A FAO administra o Codex Alimentarius Committees, reconhecido pelo Acordo SPS (Sanitary and Phyto-Sanitary Measures) e suas normas podem ser adotados por todos os países membros da OMC. A carta também menciona a importância de promover e facilitar a transferência de tecnologia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para tecnologias limpas e ambientais, através de concessões tarifárias. Esta carta menciona a proposta feita pela Argentina e a Índia, a qual inclui uma lista de produtos que contemplam as necessidades do país, mas questiona o problema da dualidade no uso dos bens ambientais pelas indústrias. Esta proposta vem de encontro com as políticas adotadas pelo país em promover a exportação do etanol. Uma das primeiras iniciativas nacionais para discutir este de bens e serviços ambientais no âmbito da sociedade e do meio empresarial foi a realização do I Workshop sobre Bens e Serviços

29 Ambientais em 2003, organizado pela FGV de São Paulo, tendo seu foco principal nas indústrias ambientais nacionais. Outras iniciativas dentro do Brasil se destacam para estimular o desenvolvimento sustentável por meio de estímulo ao comércio de BSA na região. A primeira delas foi a Oficina sobre Mercados para Bens e Serviços Ambientais no Mercosul, promovida pelo Instituto Banco Mundial e o Banco do Brasil, em 2004, em Florianópolis-SC. A Oficina contou com a participação de profissionais ligados a setores produtivos, de serviços, acadêmicos e da sociedade civil. A Oficina foi concebida com o objetivo de estabelecer as bases conceituais e os elos institucionais primários com a finalidade de atingir três metas: Em curto prazo: criar um Fórum internacional, articulado virtualmente, cujo conteúdo e dinâmica sejam voltados à discussão propositiva de assuntos em torno da criação, fomento e desenvolvimento de mercados de bens e serviços ambientais no Mercosul; Em médio prazo: promover estratégias para que, no Mercosul, torne-se componente central a geração de negócios sustentáveis que produzam bens ou ofereçam serviços ambientais; estratégias que incluam a formulação de políticas públicas, transferência de tecnologia, e incentivos financeiros; Em longo prazo: contribuir para a criação de mercados de bens e serviços ambientais no Mercosul, bem como para a implementação de instrumentos regulatórios e financeiros voltados para a sustentabilidade desses mercados. Outra iniciativa apoiada pelo Instituto Banco Mundial teve a parceria da ONG Planeta Orgânico SESC Pantanal, Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil e FEMA Mato Grosso, na realização da Oficina sobre Mercados para Bens e Serviços Ambientais na Amazônia. No mesmo ano, realizou-se em Brasília o I Fórum Internacional sobre Bens e Serviços Ambientais no Mercosul, promovido por diversas instituições, entre elas o Instituto do Banco Mundial 6. 6 A agenda deste Fórum se encontra disponível no endereço eletrônico:

30 3. Panorama do Mercado Ambiental no Comércio Internacional Existem duas correntes principais que impulsionam o mercado de serviços ambientais nos países: i) os requerimentos ambientais, seja impostos pela regulamentação doméstica (governamental) ou estrangeira (normas do comércio em outros países), seja impostos pelo regulamento de responsabilidade social e ambiental das empresas; ii) tendência geral das indústrias manufatureiras em contratar serviços ambientais (OCDE, 2005). Cabe relembrar que o mercado de bens ambientais é associado ao de serviços, portanto o mercado ambiental total é impulsionado pelos mesmos fatores descritos acima. Este mercado ambiental se concentra atualmente nos BSA relacionados com o manejo e controle da poluição no tratamento de resíduos, água e tratamento de água potável. Segundo a OCDE, a indústria de bens e serviços ambientais a nível global cresceu 14% entre os anos 1996 e 2000, passando de US$ 453 bilhões para US$ 518 bilhões, e a tendência para os próximos anos é de uma taxa anual de crescimento de 8%. Os ingressos gerados pela provisão de serviços correspondem a 50% do mercado, enquanto que o restante corresponde aos bens ambientais, divididos entre as vendas de equipamentos e os recursos ambientais como água e energia (Borregaard et al, 2002). De acordo com o estudo do Banco Mundial (2008), o volume do comércio de produtos e tecnologias amigáveis com o clima pode apresentar um crescimento anual entre 7 e 14%, tendo um impacto positivo nos projetos MDL através de um aumento da transferência de tecnologia de produtos relacionados com a produção de energias renováveis. O estudo também comenta a velocidade do crescimento do comércio internacional destas tecnologias, que tem praticamente dobrado desde 2002, e onde os países em desenvolvimento também apresentam um crescimento muito rápido nestes últimos anos. O mercado ambiental é altamente concentrado nos países desenvolvidos, chegando a ter 87% da participação dos ingressos gerados pelos BSA, distribuídos nas seguintes regiões: EUA (38%), UE ocidental (29,5%), Japão (19,3%), Ásia (4,2%), América Latina (1,9%), Oriente Médio (1%) e África (0,5%). Dentro dos países da América Latina, destacam-se o Brasil, México, a Argentina e o Chile (Borregaard et al, 2002).

31 Um estudo mais recente, realizado pela Environmental Tecnologies Action Plan ETAP, mostra um comportamento similar do mercado de BSA no mundo (figura 5), destacando os setores de Tratamento de Água e Esgoto, seguido do Tratamento de Resíduos no caso específico do Reino Unido (figura 6). Figura 6: Mercado de Bens e Serviços Ambientais no mundo. Fonte: ETAP (2004). Figura 7: Mercado de Bens e Serviços Ambientais do Reino Unido dividido por setor. Fonte: ETAP (2004).

32 Os países em desenvolvimento são os principais importadores de produtos e tecnologias ambientais, e pouco tem a oferecer em troca. O estudo realizado pelos autores Claro & Lucas (2006) mostra que o comércio mundial de EPPs corresponde a 9,8% do total de bens ambientais comercializados, enquanto que as tecnologias ambientais exportadas chegaram a 90,2% em Um estudo similar mostrou a mesma tendência para a exportação de bens ambientais (figura 7), de um total de 369 bilhões de dólares comercializados em 2003, somente 20,1% corresponderam as exportações realizados pelos países em desenvolvimento (PEDs), o que faz dos PEDs países importadores líquidos destes produtos (ICTSD, 2007). Exportação de Bens Ambientais 20% 80% PEDs PDs Figura 8: Participação dos Países em Desenvolvimento (PEDs) e Países Desenvolvidos (PDs) nas exportações. Segundo um levantamento realizado pelo Ministério de Desenvolvimento e Indústria (MDIC), a balança comercial brasileira dos bens ambientais que figuram nas listas da OCDE e na APEC é negativa nos anos 2002 a 2004 (figura 8). Entretanto, a diferença entre exportação e importação (balança comercial) vem diminuindo gradativamente, chegando a cair 33,4% entre os anos 2002 e 2004, o que pode sugerir que o país começa a ser mais competitivo nesta área. Esse levantamento não inclui os produtos derivados da biodiversidade (EPPs), produtos orgânicos ou o etanol, limitando-se a produtos industriais, ademais suas funções não são exclusivas para beneficiar o meio ambiente.

33 10 6 US$ PLANO ESTRATÉGICO DE NEGÓCIOS AMBIENTAIS AMIGÁVEIS COM O CLIMA NO ES Importação Exportação Balança Comercial Anos Figura 9: Balança Comercial de Bens Ambientais no Brasil entre os anos 2002 e 2004, segundo a lista da OCDE e APEC. Os valores das importações e exportações estão em milhões (10 6 ) de dólares. Fonte: dados originais do MDIC e cedidos gentilmente pelo prof. Shigeo Shiki. A figura 9 mostra a média das exportações, importações e a balança comercial dos anos 2002 a 2004 por setor industrial. O setor automotivo abrange 61% das exportações dos itens de bens ambientais e é o único setor que apresenta uma balança comercial positiva. O setor que lidera as importações, com uma participação de 51% das importações, é o setor bens de capital (BK), ou seja, equipamentos de indústrias. A partir desses resultados infere-se que a inovação desse setor está concentrada na aquisição de bens e não no desenvolvimento tecnológico na área ambiental.

34 Aparelhos de ótica etc Automotivo BIT BK Diversos Madeiras e derivados Metal não ferroso Obras de pedra, cimento Plásticos P. Consumo P. Minerais Químicos Siderúrgico Têxtil Vidros 10 3 US$ FOB PLANO ESTRATÉGICO DE NEGÓCIOS AMBIENTAIS AMIGÁVEIS COM O CLIMA NO ES 2,500, ,000, ,500, ,000, , Importações Exportações Balança Comercial (500,000.0) (1,000,000.0) (1,500,000.0) Setores Figura 10: Exportações, Importações e a Balança Comercial (exportação importação) média dos três anos em estudo (2002, 2003 e 2004) separados pelos diferentes setores industriais dos bens ambientais. Os valores estão em dólares (10 3 ) FOB (Free On Board). BIT Bens de Informática e Telecomunicações; BK Bens de Capital. Fonte: dados originais do MDIC e cedidos gentilmente pelo prof. Shigeo Shiki.

35 4. Identificação de Bens e Serviços Ambientais Amigáveis com o Clima de Interesse Econômico para o Espírito Santo 4.1. Identificação dos Bens e Serviços Ambientais Os resultados do levantamento de bens e serviços ambientais se encontram detalhados separadamente nos anexos I (bens ambientais) e II (serviços ambientais) e foram realizadas levando em consideração a classificação sugerida pela OCDE por ser a mais utilizada até o presente momento e os setores produtivos de maior destaque no país. Este levantamento inclui a classificação sugerida pela UNCTAD, os EPPs, os quais estão inseridos no item 10 (Outros) e que tratam principalmente de produtos derivados da biodiversidade e seu manejo sustentável. A partir desse levantamento podemos observar que muitos bens ambientais aparecem várias vezes na lista. Isto ocorre devido ao tipo de classificação, que deve estar de acordo com o uso final do produto. Também é possível observar um número muito grande de categorias relacionadas com os bens ambientais que tem a finalidade de corrigir a poluição e um número relativamente pequeno de produtos derivados do manejo sustentável da biodiversidade, sejam eles nas categorias de agricultura e pesca sustentável, silvicultura, manejo dos recursos naturais e outros, onde se encontram os EPP (anexo I). O documento original com a lista de Bens Ambientais Amigáveis com o Clima proposta pelos EUA e da EU se encontra no anexo III. A partir desta lista, elaborou-se um novo levantamento de produtos, tecnologias e serviços amigáveis com o clima que são de interesse para o desenvolvimento econômico local, descritos na tabela 3, os quais pretendem contribuir com os objetivos do Fórum Capixaba de Mudança Climática, favorecendo o mercado de bens ambientais mitigadores do efeito estufa. Entre eles, destaca-se o pagamento por serviços ambientais pelo seu rol importante na conservação da biodiversidade e na regulação do clima. O Pagamento pelos Serviços Ambientais (PSA) das Bacias Hidrográficas está sendo bem difundido em diversos países, e, no ano passado, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) promoveu um curso de capacitação nesta área para os países da América

36 Latina e o Caribe. O objetivo foi apoiar a formação de profissionais do setor público e privado sobre os conceitos teóricos e práticos necessários para o estabelecimento de um sistema de PSA das bacias hidrográficas. A Costa Rica foi uma das pioneiras desta iniciativa, estabelecendo em 1996 um programa de PSA para promover a proteção das florestas e seu manejo sustentável, realizado através de pagamento aos proprietários das florestas pelos seguintes serviços ambientais: mitigação dos gases de efeito estufa; proteção da biodiversidade; proteção da(s) bacia(s) hidrográfica(s); e a proteção da beleza cênica (Miranda et al, 2003). O programa é coordenado através de um Fundo Nacional de Financiamento Florestal, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, e o pagamento varia conforme as atividades desenvolvidas pelos proprietários, desde a conservação (US$ 50 ha/ano) ao reflorestamento (US$ 450 ha/ano). O pagamento é realizado por um período de cinco anos, e o proprietário cede seus direitos dos serviços ambientais ao Fundo Nacional. No Brasil, algumas iniciativas neste sentido vêm alcançando excelentes resultados. Por exemplo, as municipalidades de diversos estados, entre as quais as do Paraná e Minas Gerais, recebem um percentual adicional do imposto de circulação de mercadorias e serviços (ICMS Ecológico) a título de compensação pela conservação de áreas protegidas. Esquemas de pagamento por serviços ambientais estão sendo estabelecidos em municípios como Extrema-MG, Rio Claro- (Mayrand&Paquin, 2004). Segundo o trabalho do professor Shigeo Shiki (ver artigo completo no anexo IV), o conceito de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) pode ser um instrumento inovador de política para subsidiar programas de conservação de solo e água, sendo extremadamente útil para contribuir na reversão de problemas de mau uso do solo pelas práticas agrícolas insustentáveis, entre as quais o desmatamento e queimadas, erosão, a construção inadequada de estradas e outras obras de infraestrutura, que se apresenta dramática em algumas regiões do Brasil. Tabela 3: Levantamento dos possíveis Bens (produtos e tecnologias) e Serviços Ambientais Amigáveis com o Clima de interesse econômico para o estado do ES, aqui identificados. BENS AMBIENTAIS SERVIÇOS AMBIENTAIS Etanol Biodiesel Carvão Vegetal Pagamento por Serviços Ambientais das Bacias Hidrográficas Serviços relacionados com PCH Projetos MDL e Créditos de Carbono

37 Gás Metano proveniente de aterros sanitários Gás Natural Equipamentos e Turbinas para energia Eólica Equipamentos para produção de Energia Solar (ex. células fotovoltáicas, espelhos especiais) Equipamentos para a construção de PCHs Químicos para tratamento de resíduos líquidos(lodo ativado, hidróxido de alumínio etc) Materiais Reciclados(latas, plástico, PVC, vidro, papel, pneu, lubrificantes etc) Produtos derivados da agrobiodiversidade Produtos Orgânicos Produtos não-madeiráveis: óleos essenciais, tintas naturais, fitoterápicos, plantas ornamentais, entre outros Equipamentos (containers ou tanques) para digestores anaeróbicos Equipamentos para tratamento e disposição de resíduos sólidos Boilers (caldeiras) e seus componentes que visem economia de energia. Ex. caldeiras aquecidas a energia solar. Peças automotivas: motor flex, escapamento com conversores catalíticos etc. Compressores para refrigeração Equipamentos para Intercambio de calor Consultoria sobre Métodos e Processo de Produção mais Eficiente. Consultoria em Produção Mais Limpa. Serviços relacionados com o tratamento de resíduos sólidos Serviços relacionados com a reciclagem (ex. Coleta Seletiva, Catadores, triagem etc) Serviços relacionados com o tratamento de água usada e potável. Consultoria sobre Ciclo de Vida de um produto Serviços de geração (gestão) e transmissão da energia Redução e Manejo da Mudança Climática: regulação hídrica, dos gases efeito estufa, controle da erosão e retenção de sedimentos. Regulação dos gases efeito estufa Consultoria em Pecuária Orgânica Consultoria em agricultura orgânica (hortigranjeiros, cereais, leguminosas, oleaginosas, etc) Consultoria em pesca e aquicultura sustentável Consultoria em silvicultura sustentável Consultoria em produção de Biocombustíveis: biodiesel e biocombustíveis de segunda geração. Manejo de Riscos Naturais Georeferenciamento, Sistema de Informação Geográfica (SIG), Análise Espacial

38 Equipamentos direcionados a prevenção de Riscos Ambientais Termostatos e manostatos Consultoria em Certificação: Carbon Free, FSC, produtos orgânicos, entre outros Estudos Hidrogeológicos, químicos, oceanográfico, ecotoxicológicos etc 4.2 Perspectivas identificadas para o Mercado Ambiental em Bens e Serviços Ambientais Amigáveis com o Clima para o ES O mercado ambiental de bens e serviços ambientais no Espírito Santo pode ser mais bem compreendido quando se analisa qual é a demanda por este mercado e qual é a real oferta destes produtos, tecnologias e serviços no estado. A demanda está diretamente relacionada com as atividades econômicas ou os setores produtivos, os quais segundo a Secretaria de Desenvolvimento do Estado são: Bebidas & Alimentos, Café, Construção Civil, Fruticultura, Metalmecânico, Moveleiro, Rochas Ornamentais, Silvicultura, Vestuário. O setor de Petróleo & Gás, descrito como uma cadeia produtiva, e o Turismo & Lazer são outros setores que repercutem positivamente no desenvolvimento econômico do estado. Os setores que mais demandam BSA são aquelas atividades intensivas em recursos naturais, geradoras de resíduos sólidos e em demandantes de energias, destacando-se os seguintes setores: metalmecânico, construção civil, petróleo e gás e rochas ornamentais. Cabe ressaltar a importância do combate à poluição atmosférica da Região Metropolitana da Grande Vitória, a qual é a maior demandante de BSA nesta área, e que também tem sido foco de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas indústrias, especificamente da Arcelor-Mittal e da Vale. O estudo da oferta em bens e serviços ambientais não foi objeto do presente trabalho, pois depende da identificação dos setores que são ofertadas, os quais podem ser divididos em: 1) Setor Industrial Nacional ou Estrangeiro; 2) Terceiro Setor inclui os centros de pesquisa e as ONGs; 3) Governo Federal (IBAMA, IDAF), Estadual (IEMA) e municipais (principalmente as Secretarias de Meio Ambiente);

39 O levantamento econômico do mercado de bens e serviços ambientais permitirá evidenciar a oferta real no estado. Não obstante, considerando os principais setores produtivos, pode se inferir que o setor industrial e o informal predominam no mercado de bens relacionado com a categoria Manejo da Poluição Gestão dos Resíduos Sólidos e Materiais Recicláveis. Existe uma necessidade em fomentar políticas voltadas para a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I), tanto em Centros de Pesquisa, Universidades, como nas próprias indústrias, tendo como finalidade desenvolver tecnologias alternativas no processo produtivo e soluções que minimizem a geração de resíduos sólidos. Para colocar em prática tal política é preciso contar com o apoio de instituições de financiamento e incentivos fiscais, assim como estimular a população ao consumo sustentável, evitando, por exemplo, o excesso de embalagens. O governo é um ator importante no monitoramento e licenciamento ambiental, mas também tem um papel importante como gestor de áreas de conservação em geral, incluindo programas de PSA, além dos programas de educação ambiental e monitoramento, análise e controle da poluição. O setor de Turismo e Lazer pode aproveitar mais o potencial do estado, fomentando mais a pesca esportiva em alto mar, visitação de parques e reservas biológicas, como a Reserva Augusto Ruschi em Santa Tereza, a lagoa de Juparanã, o parque do Caparaó, a foz do rio Piraqueaçu em Santa Cruz e muito mais áreas que podem servir de exemplo pela beleza e manejo sustentável. Os serviços relacionados com a rotulagem ambiental no Brasil carecem de uma regulação estrita, pois a rotulagem se baseia em selos de auto-declaração, bastando dizer alguma qualidade do produto. A concessão desses selos é realizada através do escritório nacional de registro de Marcas, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI, que examina os requisitos de distinguibilidade, mas não o mérito de veracidade na aplicação dessas marcas. Isto pode gerar certa confusão nos consumidores sobre o tipo de produto que estão adquirindo nas prateleiras, pois muitos produtores fazem propaganda enganosa. Os consumidores devem ser orientados a conhecer quais são os órgãos credenciados para as certificações ambientais. No estado do ES, a Chão Vivo é responsável pela certificação de produtos orgânicos. O sistema de normatização (ISO), diferentemente dos programas de rotulagem, se referem a um documento de caráter voluntário, aprovado por uma instituição credenciada que prevê regras, diretrizes ou características para produtos ou processos definidos. A norma ISO tem como objetivo orientar e ajudar as empresas a monitorar, compreender e melhorar seu ordenamento ambiental, sendo

40 por isso muito criticada por ambientalistas, pois não mede o comportamento ecológico da empresa, limitando-se à eficácia do sistema de ordenamento ambiental. Não obstante, a ISO é importante na medida em que força as empresas a reconhecer a existência dos problemas ambientais e tratar de solucioná-los (IISD/UNEP, 2001).

41 5. Sugestões para o Plano Estratégico de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima no ES Com a finalidade de incentivar a produção de bens e serviços ambientais que favoreçam a conservação da biodiversidade, a qualidade do meio ambiente e que contribua com as metas do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas, o presente trabalho propõe a elaboração de um Plano Estratégico de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima no Espírito Santo. Esse Plano permitirá fomentar e impulsionar o fortalecimento de um novo e promissor setor produtivo como suporte ao desenvolvimento sustentável do estado, criando ferramentas para dar a conhecer os produtos, tecnologias e serviços disponíveis aos consumidores e empresários. Abaixo relacionamos algumas sugestões iniciais de estratégias e ações para o Plano Estratégico de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima no Espírito Santo: Estratégia 1: Promoção do setor de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima Fazer um Diagnóstico e dimensionar o Mercado dos Bens e Serviços Ambientais existentes no estado do ES; Criar indicadores que ajudem no diagnóstico, monitoramento e valoração desse mercado ao longo do tempo; Identificar gargalos e oportunidades de negócios ambientais amigáveis com o clima em conjunto com os atores envolvidos diretamente com a cadeia produtiva dos bens ambientais amigáveis com o clima; Fortalecimento da Cadeia Produtiva de Bens Ambientais Amigáveis com o Clima; Fortalecimento e Ampliação da Oferta de Produtos e Tecnologias Amigáveis com o Clima e sua Comercialização; Fortalecimento da Participação de Serviços Ambientais Amigáveis com o Clima; Fortalecimento para a criação de projetos MDL nas micro-bacias hidrográficas, na agricultura familiar, entre outros; Fortalecimento do Biocomércio na região;

42 Fortalecimento do Ecoturismo; Estratégia 2: Sensibilização dos Consumidores e Empresários sobre a os Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima; Programas de Rotulagem Ambiental; Pesquisa de Mercado sobre o perfil do consumidor; Campanhas de Divulgação e Conscientização; Divulgar a importância do Consumo Sustentável; Estratégia 3: Coordenação dos diferentes atores e iniciativas existentes para o fortalecimento dos Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima; Criar um Grupo de Empreendedores em Negócios Ambientais no ES; Criar parcerias interinstitucionais entre Municipalidades, Governo, Setor Privado e Terceiro Setor; Estabelecer acordos de cooperação com o Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas; Formular projetos comuns por bacias hidrográficas, ecossistemas e comunidades do ES; Estratégia 4: Estabelecimento de Ferramentas Financeiras para apoiar o desenvolvimento de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima; Estabelecer Mecanismos Econômicos que facilitem o acesso a recursos de capital; Criar Mecanismos de compensação ou bônus aos agricultores na preservação ambiental, através da implementação de Pagamento de Serviços Ambientais; Estratégia 5: Fomento a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de Produtos e Tecnologias Ambientais Amigáveis com o Clima; Incentivar P&D&I no setor empresarial e parcerias com Instituições de Ciência e Tecnologia Programas de Rotulagem Ambiental; Estratégia 6: Estabelecimento de instrumentos jurídicos para suporte aos Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima Estabelecer instrumentos jurídicos reguladores;

43 Com base nos dados aferidos na segunda etapa dos trabalhos, sugerimos para a elaboração do Plano a seguinte estratégia: Figura 11: Esquema mostrando as diferentes etapas envolvidas na elaboração do Plano Estratégico de Negócios Ambientais Amigáveis com o Clima no ES.

PROJETO DE LEI Nº 433/2015 CAPÍTULO I DOS CONCEITOS

PROJETO DE LEI Nº 433/2015 CAPÍTULO I DOS CONCEITOS PROJETO DE LEI Nº 433/2015 Institui a Política Municipal de estímulo à produção e ao consumo sustentáveis. CAPÍTULO I DOS CONCEITOS Art. 1º Esta Lei institui a Política Municipal de estímulo à Produção

Leia mais

Questionário de Levantamento de Informações

Questionário de Levantamento de Informações Questionário de Levantamento de Informações Critérios para Inclusão de Empresas no Fundo Ethical 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos se observou um aumento significativo da preocupação das empresas com questões

Leia mais

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Mudanças Climáticas e Economia Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Junho de 2009 Aquecimento global como falha de mercado O clima tem forte relação com a atividade econômica: Interação mais conhecida

Leia mais

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado A oferta da Promon Intelligens considera o desenvolvimento de

Leia mais

INTRODUÇÃO. Entendemos por risco a probabilidade de ocorrer um dano como resultado à exposição de um agente químico, físico o biológico.

INTRODUÇÃO. Entendemos por risco a probabilidade de ocorrer um dano como resultado à exposição de um agente químico, físico o biológico. INTRODUÇÃO No nosso dia-a-dia enfrentamos diferentes tipos de riscos aos quais atribuímos valor de acordo com a percepção que temos de cada um deles. Estamos tão familiarizados com alguns riscos que chegamos

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 Institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da

Leia mais

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. MINUTA PROJETO DE LEI Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Esta Lei institui a Política

Leia mais

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL Priscila da Silva Batista Instituto Tecnológico, Universidade

Leia mais

ECONTEXTO. Auditoria Ambiental e de Regularidade

ECONTEXTO. Auditoria Ambiental e de Regularidade Auditoria Ambiental e de Regularidade Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores - INTOSAI Grupo de Trabalho sobre Auditoria Ambiental - WGEA ECONTEXTO Este artigo é um resumo do

Leia mais

ESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas

ESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas Resumo das Conclusões Ainda vamos a tempo de evitar os piores impactos das alterações climáticas, se tomarmos desde já medidas rigorosas. As provas científicas são presentemente esmagadoras: as alterações

Leia mais

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil 1. INTRODUÇÃO Ivan Tomaselli e Sofia Hirakuri (1) A crise financeira e econômica mundial de 28 e 29 foi principalmente um resultado da

Leia mais

A ROTULAGEM AMBIENTAL NO CONTEXTO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL

A ROTULAGEM AMBIENTAL NO CONTEXTO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL A ROTULAGEM AMBIENTAL NO CONTEXTO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL Diego Castro 1 Selene Castilho 2 Silvia Miranda 3 Artigo elaborado em maio/2004 Nas últimas décadas, verificou-se no cenário mundial o desenvolvimento

Leia mais

Projeto de lei no. 440/2011 Audiência Pública. Mercedes Bustamante Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento

Projeto de lei no. 440/2011 Audiência Pública. Mercedes Bustamante Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Projeto de lei no. 440/2011 Audiência Pública Mercedes Bustamante Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Inovação com base na Biodiversidade CAPITAL NATURAL BRASIL PAÍS MEGADIVERSO

Leia mais

Conhecendo os Serviços Ecossistêmicos

Conhecendo os Serviços Ecossistêmicos Os materiais de treinamento da ESR foram preparados para empresários e gerentes de negócios interessados em aprender e compartilhar em suas empresas a metodologia da ESR. Estes materiais fornecem conhecimento

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

FIESP MUDANÇA DO CLIMA

FIESP MUDANÇA DO CLIMA MUDANÇA DO CLIMA Posicionamento FIESP Posicionamento FIESP para a COP16 A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), representante do maior parque industrial brasileiro, tem acompanhado atentamente

Leia mais

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR I - OBJETIVO GERAL Realização de Módulos do programa de capacitação

Leia mais

Capitulo 5: O Comércio Internacional

Capitulo 5: O Comércio Internacional Capitulo 5: O Comércio Internacional O comércio nacional é regido por leis e diretrizes que regulamentam as negociações de bens e serviços entre duas ou mais pessoas, sejam físicas ou jurídicas. Dessa

Leia mais

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Por Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa de Marketing Este material foi elaborado pela Enfoque Pesquisa de Marketing, empresa

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO CÓDIGO DE ÉTICA DA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO 0 ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO... 2 2 - ABRANGÊNCIA... 2 3 - PRINCÍPIOS GERAIS... 2 4 - INTEGRIDADE PROFISSIONAL E PESSOAL... 3 5 - RELAÇÕES COM

Leia mais

APRESENTAÇÃO DO PROJETO GEO CIDADES

APRESENTAÇÃO DO PROJETO GEO CIDADES 1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO GEO CIDADES O Global Environment Outlook (GEO) é um projeto iniciado em 1995 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para avaliar o estado do meio ambiente

Leia mais

Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. MINUTA PROJETO DE LEI Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Esta Lei institui a Política

Leia mais

EDITAL CHAMADA DE CASOS PARA PARTICIPAÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS INICIATIVAS INOVADORAS PARA SUSTENTABILIDADE EM DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA

EDITAL CHAMADA DE CASOS PARA PARTICIPAÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS INICIATIVAS INOVADORAS PARA SUSTENTABILIDADE EM DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA EDITAL CHAMADA DE CASOS PARA PARTICIPAÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS INICIATIVAS INOVADORAS PARA SUSTENTABILIDADE EM DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio

Leia mais

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO COMPARADA SOBRE CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS MARINHOS

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO COMPARADA SOBRE CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS MARINHOS ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO COMPARADA SOBRE CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS MARINHOS Canadá, União Européia (Espanha, França), Austrália, Nova Zelândia, EUA André Lima OAB/DF 17878 11 de abril de 2013 1) Canadá

Leia mais

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso 7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso Saiba como colocar o PINS em prática no agronegócio e explore suas melhores opções de atuação em rede. Quando uma empresa

Leia mais

Política de Responsabilidade Corporativa

Política de Responsabilidade Corporativa Política de Responsabilidade Corporativa Índice 1. Introdução...04 2. Área de aplicação...04 3. Compromissos e princípios de atuação...04 3.1. Excelência no serviço...05 3.2. Compromisso com os resultados...05

Leia mais

Planejamento do CBN 2008. Política Nacional de Normalização. Processo de produção de normas. Antecedentes. Objetivo. Propor a

Planejamento do CBN 2008. Política Nacional de Normalização. Processo de produção de normas. Antecedentes. Objetivo. Propor a Objetivo Planejamento do CBN 2008 Propor a Política Nacional de Normalização. Processo de produção de normas Antecedentes Normas nacionais devem ser: necessárias e demandadas utilizadas acordadas o mais

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema 1. Introdução 1.1 Contextualização do problema e questão-problema A indústria de seguros no mundo é considerada uma das mais importantes tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista social.

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

1. O Contexto do SBTVD

1. O Contexto do SBTVD CT 020/06 Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2006 Excelentíssimo Senhor Ministro Hélio Costa MD Ministro de Estado das Comunicações Referência: Considerações sobre o Sistema Brasileiro de Televisão Digital

Leia mais

ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO

ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO Le Bourget, 30 de novembro de 2015 Daqui a 11 dias, representantes de 195 países deverão adotar aqui o documento internacional mais importante do século:

Leia mais

Micro-Química Produtos para Laboratórios Ltda.

Micro-Química Produtos para Laboratórios Ltda. Micro-Química Produtos para Laboratórios Ltda. Resumo Com a globalização e os avanços tecnológicos, as empresas estão operando num ambiente altamente competitivo e dinâmico. As organizações que quiserem

Leia mais

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS O PAPEL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA Segundo diversos autores que dominam e escrevem a respeito do tema,

Leia mais

RUMO AO FUTURO QUE QUEREMOS. Acabar com a fome e fazer a transição para sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis

RUMO AO FUTURO QUE QUEREMOS. Acabar com a fome e fazer a transição para sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis RUMO AO FUTURO QUE QUEREMOS Acabar com a fome e fazer a transição para sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis O futuro que queremos não se concretizará enquanto a fome e a subnutrição persistirem,

Leia mais

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB. ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.ORG/EVALUATION ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

Sociedade no Acompanhamento da Parceria para. Governo Aberto. material de discussão. artigo_19_caderno.indd 1 16/04/12 01:21

Sociedade no Acompanhamento da Parceria para. Governo Aberto. material de discussão. artigo_19_caderno.indd 1 16/04/12 01:21 Sociedade no Acompanhamento da Parceria para Governo Aberto material de discussão artigo_19_caderno.indd 1 16/04/12 01:21 discussão sobre modelo de governança para a parceria para governo aberto no brasil

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 2 CONHECIMENTO Ação 2.2 ACONSELHAMENTO Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento

Leia mais

Projetos acadêmicos Economia verde

Projetos acadêmicos Economia verde Projetos acadêmicos Economia verde Entre os dias 20 e 22 de junho deste ano o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), chamada de Rio+20, pois vai acontecer

Leia mais

Inovação aberta na indústria de software: Avaliação do perfil de inovação de empresas

Inovação aberta na indústria de software: Avaliação do perfil de inovação de empresas : Avaliação do perfil de inovação de empresas Prof. Paulo Henrique S. Bermejo, Dr. Prof. André Luiz Zambalde, Dr. Adriano Olímpio Tonelli, MSc. Pamela A. Santos Priscila Rosa LabGTI Laboratório de Governança

Leia mais

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015 (nº 1.360/2013, na Câmara dos Deputados) Aprova o texto do Memorando de Entendimento entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República

Leia mais

Brasil e Alemanha: Cooperação e Desenvolvimento

Brasil e Alemanha: Cooperação e Desenvolvimento Brasil e : Cooperação e Análise Jéssica Silva Fernandes 01 de Julho de 2010 Brasil e : Cooperação e Análise Jéssica Silva Fernandes 01 de Julho de 2010 e Brasil vivem atualmente uma relação bilateral em

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais A dissertação traz, como foco central, as relações que destacam os diferentes efeitos de estratégias de marca no valor dos ativos intangíveis de empresa, examinando criticamente

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos

Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com Bibliografia* Project Management Institute. Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento

Leia mais

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Fundação Getulio Vargas, Abril de 2011 REGIÃO PODE TER LEGADO COMPATÍVEL COM DESENVOLVIMENTO INOVADOR E SUSTENTÁVEL Deixar um legado

Leia mais

Agricultura de Baixo Carbono e Desmatamento Evitado para Reduzir a Pobreza no Brasil BR-X1028. TERMOS DE REFERÊNCIA: Consultor de bioma (Amazônia)

Agricultura de Baixo Carbono e Desmatamento Evitado para Reduzir a Pobreza no Brasil BR-X1028. TERMOS DE REFERÊNCIA: Consultor de bioma (Amazônia) Agricultura de Baixo Carbono e Desmatamento Evitado para Reduzir a Pobreza no Brasil BR-X1028 TERMOS DE REFERÊNCIA: Consultor de bioma (Amazônia) I. APRESENTAÇÃO 1.1. O Brasil é o décimo oitavo maior emissor

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

Sistema de Gestão Ambiental & Certificação SGA - ISO 14.000

Sistema de Gestão Ambiental & Certificação SGA - ISO 14.000 Sociedade & Natureza Sistema de Gestão Ambiental & Certificação SGA - ISO 14.000 Introdução EVOLUÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL Passou por três grandes etapas: 1ª. Os problemas ambientais são localizados e atribuídos

Leia mais

Carta de Adesão à Iniciativa Empresarial e aos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial - 1

Carta de Adesão à Iniciativa Empresarial e aos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial - 1 Carta de Adesão à Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e à sua agenda de trabalho expressa nos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial 1. Considerando que a promoção da igualdade

Leia mais

Planejamento Estratégico Setorial para a Internacionalização

Planejamento Estratégico Setorial para a Internacionalização Unidade de Projetos de Termo de Referência para elaboração e desenvolvimento de Planejamento Estratégico Setorial para a Internacionalização Agosto de 2009 Elaborado em: 4/8/2009 Elaborado por: Apex-Brasil

Leia mais

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz:

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz: Sumário dos resultados-chave do Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, Grupo de Trabalho III de Mitigação de Mudanças Climáticas Bangkok, Maio de 2007 Não é

Leia mais

Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável

Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável Anexo III da Resolução n o 1 da CIMGC Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável I Introdução A atividade de projeto do Projeto de MDL Santa Carolina (denominado Projeto Santa

Leia mais

O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares

O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares O uso da Inteligência Competitiva como processo para monitorar tecnologias, legislação, ambiente regulatório, concorrência,

Leia mais

Fanor - Faculdade Nordeste

Fanor - Faculdade Nordeste Norma 025: Projeto de Avaliação Institucional Capítulo I Disposições Gerais A avaliação institucional preocupa-se, fundamentalmente, com o julgamento dos aspectos que envolvem a realidade interna e externa

Leia mais

Memorando Sobre as Leituras VA ~ VC. de respostas políticas para a geração de emprego no setor informal e no desenvolvimento de

Memorando Sobre as Leituras VA ~ VC. de respostas políticas para a geração de emprego no setor informal e no desenvolvimento de Memorando Sobre as Leituras VA ~ VC Kyoung-Hee Yu 11.471 Tarefa #3 01/04/03 Como alunos de desenvolvimento, estamos familiarizados com os pacotes padrão de respostas políticas para a geração de emprego

Leia mais

Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES

Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES ARTIGO 1º As atividades socioeducativas desenvolvidas pela Associação Projeto Cuidado- APJ,reger-se-ão pelas normas baixadas nesse Regimento e pelas

Leia mais

CARTA EMPRESARIAL PELA CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE

CARTA EMPRESARIAL PELA CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE CARTA EMPRESARIAL PELA CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE A Organização das Nações Unidas declarou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade, com o objetivo de trazer ao debate público

Leia mais

Conflito de Interesses e Imparcialidade dos Auditores dos Organismos Certificadores

Conflito de Interesses e Imparcialidade dos Auditores dos Organismos Certificadores QSP Informe Reservado Nº 58 Maio/2006 Conflito de Interesses e Imparcialidade dos Auditores dos Organismos Certificadores Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QSP. Este

Leia mais

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL? O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?! Quais as características do Ativo Intangível?! O problema da mensuração dos Ativos Intangíveis.! O problema da duração dos Ativos Intangíveis. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

RELATÓRIO DE ANÁLISE Audiência Pública SDM nº 02/15 - Processo RJ 2015-1673

RELATÓRIO DE ANÁLISE Audiência Pública SDM nº 02/15 - Processo RJ 2015-1673 RELATÓRIO DE ANÁLISE Audiência Pública SDM nº 02/15 - Processo RJ 2015-1673 Objeto: Aprovação de exames de certificação para fins de obtenção de autorização como administrador de carteiras de valores mobiliários.

Leia mais

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Boletim ABLimno 42(1), 14-19, 2016 Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Ana Tiyomi Obara 1 e Mara Luciane Kovalski 2 1- Departamento de Biologia, Área de Ensino, Universidade Estadual

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

RESENHA. Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios

RESENHA. Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios RESENHA Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios Sustainable Development: Dimensions and Challenges Marcos Antônio de Souza Lopes 1 Rogério Antonio Picoli 2 Escrito pela autora Ana Luiza de Brasil

Leia mais

CÓPIA MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

CÓPIA MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais Fl. 2 MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais PORTARIA CARF Nº 64, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2015. Dispõe sobre a Política de Gestão de Riscos do Conselho Administrativo de Recursos

Leia mais

CESA Comitê de Advocacia Comunitária e Responsabilidade Social Questões de Consumidores Junho, 2010.

CESA Comitê de Advocacia Comunitária e Responsabilidade Social Questões de Consumidores Junho, 2010. CESA Comitê de Advocacia Comunitária e Responsabilidade Social Questões de Consumidores Junho, 2010. Introdução Objetivos: - Elaborar o Guia do Advogado Sustentável (Boas Práticas de Responsabilidade Socioambiental

Leia mais

POLÍTICA DE PROMOÇÃO E COOPERAÇÃO EM PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS NO MERCOSUL

POLÍTICA DE PROMOÇÃO E COOPERAÇÃO EM PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS NO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N 26/07 POLÍTICA DE PROMOÇÃO E COOPERAÇÃO EM PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS NO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, as Decisões N 02/01, 03/02,

Leia mais

REFERÊNCIA Transporte Rodoviário Agenda Setorial 2012 Acompanhamento/Monitoramento da política pública de transporte rodoviário

REFERÊNCIA Transporte Rodoviário Agenda Setorial 2012 Acompanhamento/Monitoramento da política pública de transporte rodoviário 3ª Câmara de Coordenação e Revisão Consumidor e Ordem Econômica SAF Sul Quadra 4 Conjunto C Bloco B Sala 301; Brasília/DF, CEP 70050-900, (61)3105-6028, http://3ccr.pgr.mpf.gov.br/, 3camara@pgr.mpf.gov.br

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2006

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2006 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2006 Regulamenta o 4º do art. 225 da Constituição Federal, para instituir o Plano de Gerenciamento da Floresta Amazônica. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei

Leia mais

Confederação Nacional da Indústria

Confederação Nacional da Indústria Confederação Nacional da Indústria Brasília, novembro de 2010 mudança do clima COP 16: A Contribuição da Indústria Brasileira As Principais Mensagens Os esforços da indústria brasileira são uma importante

Leia mais

Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FUNBIO

Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FUNBIO N ú m e r o P-24 POLÍTICA DE SALVAGUARDAS AMBIENTAIS E SOCIAIS DO FUNBIO Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FUNBIO POLÍTICA DE SALVAGUARDAS AMBIENTAIS E SOCIAIS DO FUNBIO FUNBIO Fundo Brasileiro para

Leia mais

TREINAMENTO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA E PEGADA DE CARBONO

TREINAMENTO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA E PEGADA DE CARBONO TREINAMENTO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA E PEGADA DE CARBONO TREINAMENTO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA E PEGADA DE CARBONO INTRODUÇÃO O meio ambiente sofreu prejuízos de todo tipo ao longo

Leia mais

O Ambiente: Do Rio + 20 à Situação Nacional. Francisco Nunes Correia

O Ambiente: Do Rio + 20 à Situação Nacional. Francisco Nunes Correia Sessão Plenária O Ambiente: Do Rio + 20 à Situação Nacional Francisco Nunes Correia Lisboa, 19 de outubro de 2012 Estatuto da Ordem dos Engenheiros Deontologia Profissional Francisco Nunes Correia - Ambiente:

Leia mais

CORRUPÇÃO E MEIO AMBIENTE

CORRUPÇÃO E MEIO AMBIENTE CORRUPÇÃO E MEIO AMBIENTE A corrupção gera um sério impacto sobre o meio ambiente. Uma série de setores são particularmente vulneráveis à corrupção, incluindo a silvicultura, a proteção de espécies ameaçadas

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

Repensando a matriz brasileira de combustíveis

Repensando a matriz brasileira de combustíveis 1 Repensando a matriz brasileira de combustíveis Marcos Sawaya Jank Conselheiro do CDES A matriz energética brasileira se destaca pela grande incidência de fontes renováveis... Ao longo desta década, a

Leia mais

Diretiva do WEEE. Março de 2011. www.element14.com. Escopo/definições Objetivos da coleção Reutilização e reciclagem Responsabilidade do produtor

Diretiva do WEEE. Março de 2011. www.element14.com. Escopo/definições Objetivos da coleção Reutilização e reciclagem Responsabilidade do produtor Diretiva do WEEE Março de 2011 Escopo/definições Objetivos da coleção Reutilização e reciclagem Responsabilidade do produtor 1 A Comissão Europeia anunciou a revisão das propostas em torno do escopo da

Leia mais

DISCURSO SOBRE DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE DEPUTADO MARCELO SERAFIM (PSB-AM) No dia Mundial do Meio Ambiente o Planeta Terra se volta para a questão

DISCURSO SOBRE DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE DEPUTADO MARCELO SERAFIM (PSB-AM) No dia Mundial do Meio Ambiente o Planeta Terra se volta para a questão DISCURSO SOBRE DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE DEPUTADO MARCELO SERAFIM (PSB-AM) Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, Povo do Estado do Amazonas, No dia Mundial do Meio Ambiente o Planeta Terra se volta

Leia mais

Plataforma Ambiental para o Brasil

Plataforma Ambiental para o Brasil Histórico 1989 - Plataforma Ambiental Mínima para Candidatos à Presidência 1990 - Plataforma Ambiental Mínima para os Candidatos ao Governo do Estado de São Paulo 1998 - Plataforma Ambiental Mínima para

Leia mais

LEI N 21.156, DE 17 DE JANEIRO DE 2014. INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR.

LEI N 21.156, DE 17 DE JANEIRO DE 2014. INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR. LEI N 21.156, DE 17 DE JANEIRO DE 2014. INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR. (PUBLICAÇÃO - MINAS GERAIS DIÁRIO DO EXECUTIVO - 18/01/2014 PÁG. 2 e 03)

Leia mais

ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA

ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA A República Federativa do Brasil e O Reino da Espanha, (doravante

Leia mais

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591 Organização Trabalho realizado por: André Palma nº 31093 Daniel Jesus nº 28571 Fábio Bota nº 25874 Stephane Fernandes nº 28591 Índice Introdução...3 Conceitos.6 Princípios de uma organização. 7 Posição

Leia mais

Empresa Geral do Fomento e Dourogás, ACE

Empresa Geral do Fomento e Dourogás, ACE Empresa Geral do Fomento e COMENTÁRIOS DA EMPRESA GERAL DO FOMENTO E DOUROGÁS, ACE À PROPOSTA DE REVISÃO DA REGULAMENTAÇÃO APRESENTADA PELA ERSE EM NOVEMBRO DE 2009 Novembro 2009 No seguimento da proposta

Leia mais

Mercosul: Antecedentes e desenvolvimentos recentes

Mercosul: Antecedentes e desenvolvimentos recentes Mercosul: Antecedentes e desenvolvimentos recentes O Mercosul, processo de integração que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, surgiu com a assinatura, em 26 de março de 1991, do "Tratado de Assunção

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º O presente regulamento da Faculdade Católica do Tocantins (Facto), mantida

Leia mais

PRINCÍPIOS PARA DISPOSIÇÕES SOBRE PROPRIEDADE INTELECTUAL EM ACORDOS BILATERAIS E REGIONAIS

PRINCÍPIOS PARA DISPOSIÇÕES SOBRE PROPRIEDADE INTELECTUAL EM ACORDOS BILATERAIS E REGIONAIS PRINCÍPIOS PARA DISPOSIÇÕES SOBRE PROPRIEDADE INTELECTUAL EM ACORDOS BILATERAIS E REGIONAIS Introdução Durante vários anos, a pesquisa no Instituto Max Planck para o Direito da Propriedade Intelectual

Leia mais

CAPÍTULO 15 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CAPÍTULO 15 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CAPÍTULO 15 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Você já parou para pensar no que significa a palavra progresso? Pois então pense: estradas, indústrias, usinas,cidades, maquinas e muito outras coisas que ainda

Leia mais

Atribuições dos Tecnólogos

Atribuições dos Tecnólogos UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONTRUÇÃO CIVIL EDIFÍCIOS E ESTRADAS Atribuições dos Tecnólogos Prof.ª Me. Fabiana Marques Maio / 2014 SOBRE O TECNÓLOGO Segundo

Leia mais

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC 19 de Maio de 2009 National Climate Change Policy National Plan on Climate Change Climate Fund Amazon Fund Política Nacional sobre Mudança Climática 2 objetivos

Leia mais

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Autor(a): Alessandra Barbara Santos de Almeida Coautor(es): Alessandra Barbara Santos de Almeida, Gliner Dias Alencar,

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Local de residência do candidato selecionado, com disponibilidade para viagens em todo o território nacional.

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Local de residência do candidato selecionado, com disponibilidade para viagens em todo o território nacional. TERMO DE REFERÊNCIA Denominação: Consultor(a) especializado(a) na área de suporte técnico para levantar e sistematizar as informações sobre os investimentos estrangeiros diretos e suas relações com os

Leia mais

PROPRIEDADE REGISTRADA. O que fazer para alcançar ar o Desenvolvimento Empresarial Sustentável?

PROPRIEDADE REGISTRADA. O que fazer para alcançar ar o Desenvolvimento Empresarial Sustentável? . O que fazer para alcançar ar o Desenvolvimento Empresarial Sustentável? . Conceitos: Responsabilidade Social Ecoeficiência Conceitos Responsabilidade Social - é a relação ética e transparente da organização

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE ANEXO I TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DE BRASIL NOVO, MEDICILÂNDIA, URUARÁ E PLACAS PROJETO042/2014

Leia mais

Sustentabilidade do Setor Florestal

Sustentabilidade do Setor Florestal Sustentabilidade do Setor Florestal Quem somos o Somos o resultado da União de duas empresas brasileiras com forte presença no mercado global de produtos florestais renováveis. o Uma nova empresa com

Leia mais

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. A integração econômica: um processo que conduz ao desenvolvimento sustentável?

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. A integração econômica: um processo que conduz ao desenvolvimento sustentável? DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A integração econômica: um processo que conduz ao desenvolvimento sustentável? Presidente: Sínteses das conferências e discussões da sexta-feira, 19 de setembro de 1997 Sr.

Leia mais

Gestão Ambiental PADRÃO DE RESPOSTA

Gestão Ambiental PADRÃO DE RESPOSTA Gestão Ambiental PADRÃO DE RESPOSTA Em termos de atendimento à proposta, espera-se que o estudante estabeleça relação entre a qualidade do serviço de esgotamento sanitário e de tratamento da água para

Leia mais