O espiritualista e a reforma íntima

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3 Assim, quando o corpo mortal se vestir com o que é imortal e quando o que morre se vestir com o que não pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: a morte está destruída; a vitória é total (Paulo Carta aos Coríntios 1 Capítulo 15 versículo 54). O espiritualista e a reforma íntima (volume II Diário de bordo) Este livro contém textos de palestras espirituais realizadas por incorporação pelo amigo espiritual JOAQUIM DE ARUANDA e organizados por FIRMINO JOSÉ LEITE, MÁRCIA LIZ CONTIERI LEITE ESPIRITUALISMO ECUMÊNICO UNIVERSAL R. Pedro Pompermayer, 13 Rio das Pedras SP (19) MARÇO

4 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 4 Índice Choque de realidade... 6 Choque de realidade... 6 Negociatas... 8 Fatalidade... 9 Decisões...10 Viajando nas realidades...12 Realidade...13 Devaneios...15 Dualismo...17 Fatalidade...17 Despersonalizando-se...18 É proibido proibir...20 Viver com medo do sofrimento...20 Despertar...22 Explicando o nada...23 O nada e o tudo...23 Síndrome de princesa...25 Para que ser feliz?...26 Plim! 27 De volta para o futuro...29 Deus o homem morcego...30 Anarquista graças a Deus...31 Tocar a vida ao vivo...32 Moldando o barro...34 O aqui e agora...35 Seis por meia dúzia...37 Assistindo a vida...39 Diário de bordo Karma-yoga...41 Saudações da Vaca O não-eu...42 Metamorfose ambulante...42 Esperando um filho pra esperar também...43

5 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 5 Esvaziar a vida...44 Fofoca...45 Ponto de interrogação...46 De que adianta Caliente...47 Se segura, segurança...48 A sabedoria dos trouxas...49 Elementar, meu caro Watson...50 Necessidades...50 Direitos...51 Ditos populares...52 Eu e eu mesmo Onde há fumaça, há fogo Em casa...55 Reflexões Eu falo a espíritos através de egos O fio da meada...59 O prazer...61 A fama...62 O elogio...64 História é algo que põem na sua cabeça Ser, estar e fazer De coração para coração...69 Resposta a um amigo...71 O mundo humano não é dual...75 Expansão da consciência...76 Eu não tenho que fazer o que Joaquim ensina Desabafo...81 O que quero dizer Falando a espíritos e seres humanos...85 Quem sou eu?...86 Aventura humana...88 Assistência ao próximo...90 A vida não nos deixa chegar a Deus...92 Nosso egoísmo...93

6 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 6 Choque de realidade Choque de realidade Joaquim tem nos falado a respeito da busca da felicidade. Não é um assunto novo aliás, nem esta idéia de se estudar os acontecimentos da vida é nova, pois já está presente no estudo Carmas humanos, mas, vejo as pessoas perdidas com as informações que ele passa. Por isso, gostaria de passar a vocês algumas idéias que foram se formando na minha mente ao longo dos anos e que contempla tudo o que ele está falando e que já falou até hoje. Chamo esta técnica de choque de realidade. Antes de falar da técnica em si, quero dizer que já a venho colocando em prática algumas vezes comigo mesmo e quando consigo fazer isso dá resultado. Ou seja, consigo passar pelo momento com certo grau de tranqüilidade e paz. Mas, vamos lá... Krishna ensina que devemos assistir a nossa vida. Este ensinamento tem sido a base de tudo o que Joaquim nos falou desde aquele remoto dia de 2004 quando estudamos o Bhagavad Gita. Essa também é a base da técnica Choque de Realidade. Assistir a vida é assistir aos acontecimentos dela. Ver o que está acontecendo sem participar das ações. Mas, como participamos das ações ao invés de apenas observá-las? Querendo nos intrometer no fluxo dos acontecimentos... Por isso, a primeira premissa para se alcançar a tranqüilidade é não querer influir no fluxo dos acontecimentos da vida. O que são os acontecimentos da vida? Eles ocorrem em dois planos: mental e físico. Tudo aquilo que vivemos é determinado por uma ação externa e por uma consciência interna. A primeira dá a percepção; a segunda, dita o que está acontecendo. A primeira é simples de entender do que se compõe: daquilo que percebemos através dos órgãos dos sentidos. A segunda é um pouco mais complexa. Ela é composta daquilo que sabemos pela razão (pensamentos) e daquilo que sentimos (inteligência emocional). A soma do que percebemos mais o que a razão nos diz que está acontecendo e o que estamos sentindo naquele momento é o acontecimento de nossas vidas. É a isso que devemos assistir, segundo o ensinamento de Krishna encampado por Joaquim. Por isso essa é a base do choque de realidade. Para isso, utilizo três passos distintos. Para falar deles, vou usar um exemplo: alguém lhe rouba...

7 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 7 Primeiro passo: excluir o agente causador do acontecimento, seja você ou outra pessoa ou objeto. Somos seres humanos e por mais que digamos que entendamos e acreditamos nos ensinamentos fatalistas, ainda achamos que os acontecimentos precisam de um agente causador. Mas, se a vida vive por si mesmo ou se Deus é a Causa Primária de todas as coisas, não existe agente causador dos acontecimentos. O acontecimento acontece por ele próprio e não porque alguém o faz a acontecer. Sendo assim, dentro do exemplo que estou utilizando a primeira coisa é retirar a figura de um ladrão, de alguém que tenha roubado. Não foi uma pessoa que tirou o dinheiro, mas sim a própria vida. Foi ela, ou melhor, o acontecimento dela, que criou a percepção de você ter perdido um bem. Essa ação é necessária para não participarmos do acontecimento. Se ainda achamos que alguém foi o agente causador daquele acontecimento, nós vamos nos imiscuir na vida criando conceitos sobre ele. Vamos interferir na vida criando rótulos para as pessoas que participam dela. Se não houver agentes, continuamos apenas observando as pessoas que transitam nos acontecimentos de nossa vida como elas são: pessoas... Portanto, ao vivermos o acontecimento que está nos servindo de exemplo devemos apenas ter a consciência de que não possuímos mais o bem ao invés de dizer que ele foi roubado por alguém. Segundo passo: encarar a realidade... Assistir ao acontecimento é saber o que está acontecendo. Participar da ação é viver as emoções que a mente está criando e as conseqüências que ela mesma cria para ele. Por isso, é preciso encarar a realidade frente. Quando fazemos isso, ou seja, sabemos apenas do acontecimento, mas não vivemos as conseqüências dele, conseguimos a paz. Vou explicar... Quando a mente cria um acontecimento, ela não se limita apenas a criá-lo, mas fala dele. Criando uma situação de roubo, vai dizer que aquilo é injusto, que aquele acontecimento não deveria ter acontecido, que ele poderia ter sido evitado, que aquilo lhe causará prejuízo futuro, etc. Além disso, cria determinadas emoções para quem participa da ação que não podem ser evitados: sentir-se injustiçado, sentir-se injuriado, sentir medo, etc. Quem vive o acontecimento vive tudo isso; quem assiste o acontecimento não participa dessas coisas. Quem assiste ao acontecimento encara a realidade de frente: 'Fui roubado sim, e daí? O que eu posso fazer? O presente do roubo já aconteceu e não pode ser mudado. Se foi justo ou não, não sei: sei apenas que fui roubado e isso não pode mudar'. Quem assiste ao acontecimento de frente não se deixa levar pelos comentários da mente: 'Sei lá se eu vou ser assaltado de novo... Sei lá se o que me foi roubado fará falta no futuro'. Quem assiste a vida vê o roubo acontecer, mas não se sente roubado. Por isso não aceita nem as emoções que a mente cria no momento nem as declarações que ela faz sobre o acontecimento. Mas, para encarar a realidade de frente é preciso ainda algo importante: descobrir o que a mente está usando para criar toda a declaração e as emoções daquele momento. Isso sempre tem a ver com os desejos... Terceiro passo: identificar o desejo

8 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 8 Falar em retirar do acontecimento as conclusões e emoções que a mente cria é chover no molhado, é óbvio. Se não queremos sofrer e se fazemos isso porque a mente nos propõe esta postura sentimental, se extinguimos estas coisas, deixamos de sofrer. Mas, esta ação que aparentemente é tão simples torna-se muito difícil. Por quê? Porque não secamos a fonte da mente... Ser assaltado é um acontecimento normal da vida de qualquer um. Milhares de pessoas todos os dias são assaltadas nas ruas de todas as cidades do mundo. Sendo assim, todos estão sujeitos a passar por esta situação. Se isso é verdade, ou seja, se sabemos disso racionalmente, porque a mente ainda cria sofrimentos quando este acontecimento ocorre? Porque ela está presa em razões escondidas... Estas razões são os desejos... A mente só cria estas emoções sofredoras porque contém uma verdade que diz que aquela pessoa não deve ser assaltada. Mas, por que não deve, se muitos são? Será que ela é melhor que os outros seres humanos? Será que ela é mais pura e por isso não precisa passar por esta situação? Aí está, no meu entender, a grande sacada para não sofrer: encarar de frente a realidade, mas principalmente encarar de frente os desejos da mente. Encará-los de frente é ver que a mente trata a pessoa como ser especial, muito digno, uma pessoa que não deve receber nada além daquilo que os seus desejos dizem que ela tem que receber. Mas, não existem pessoas assim. Todos somos seres humanos, todos dividimos a responsabilidade de viver e construir a história deste planeta sem privilégios. Portanto, tudo o que acontece aos outros, pode acontecer conosco, independente do que os desejos queiram... Aí está o choque de realidade e ele tem este nome porque se resume a enfrentar a realidade que está acontecendo ao invés de viver o que a mente está dizendo ou sentindo naquele momento. Como disse, isso tem me ajudado muito a manter a paz, a calma e o equilíbrio em muitos momentos da vida. Por isso quis compartilhá-lo com vocês. Negociatas Hoje sai para comprar minha passagem para Brasília neste final de semana e ouvi a seguinte conversa entre duas senhoras na fila. 'Eu estou muito bem. O pastor da igreja que estou freqüentando agora nos ensinou que, além do dízimo, que é obrigação de todo fiel, devemos doar o valor de um dia do salário como doação espontânea. Tenho feito isso e Deus tem tirado leite de pedras para mim. No último domingo do mês passado, que não é um dia bom, precisava de quinhentos reais para poder fechar o mês. Minha sócia estava preocupada, mas eu disse a ela que Deus ia obrar por nós. Vendi os quinhentos e ainda mais cem'... Não ouvi o resto da história porque chegou a minha vez e fui para o balcão comprar o bilhete. Saindo da rodoviária me deparei com uma unidade do resgate que estava atendendo a uma pessoa que tinha passado mal na rua. Na mesma hora venho na minha mente: 'Ela não deu a contribuição espontânea'...

9 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 9 Claro que isso é só uma história, mas que nos ajuda a pensar no choque de realidade. Passar mal na rua e precisar ser atendido pelo resgate é uma situação da vida. Não é exclusividade de ninguém: pode acontecer com todos nós, paguemos ou não a nossa contribuição espontânea ao pastor... Isso porque, com a realidade, não se pode fazer negociatas. Nada que fizermos nos deixará impune de acontecer aquilo do qual pretendemos escapar. Sabe, de nada adianta fazer negociatas com Deus rezar, fazer penitência, praticar atos bons, auxiliar em trabalhos espirituais, etc. O que tiver que ocorrer com nossa vida vai acontecer. Lembro-me que no início deste trabalho estávamos fazendo uma reunião na casa de um amigo no centro de São Paulo e eu esqueci o celular da minha sogra dentro do carro. Alguém atirou uma pedra e quebrou o vidro do motorista para levar o celular. Acontece que naquele dia estava chovendo e tínhamos que levar uma amiga que estava conosco em Barueri, onde ela morava. Por isso lá fui eu do centro de São Paulo a Barueri e depois de volta até Itaquera, onde morávamos, com o vidro quebrado e chovendo em mim para quem não conhece São Paulo este percurso dá mais de 100 quilômetros pela madrugada afora. Lembro que esbravejava: 'Eu estou fazendo trabalho para Deus e Ele deixa isso acontecer'. Depois veio o recado de Joaquim: 'Não pense que por estar fazendo o trabalho para Deus você está imune de qualquer coisa. Você tem que beber até o último gole do seu cálice'. Portanto, não adianta nada se fazer negociata com Deus para prevenir qualquer coisa. Mas, também não adianta se fazer negociata com a vida para garantir imunidade. A negociata com a vida, dentro da história que contei, é cuidar de sua saúde. Tomar remédios, vitaminas, visitar periodicamente o médico, fazer exercícios físicos, não fumar, não comer gordura, etc. Nada disso garante que uma pessoa não terá um mau súbito. A única coisa que pode realmente ajudar é estar preparado para tê-lo em qualquer momento, pois quando a realidade for acontecer o que não se espera, a pessoa não será pega de surpresa. Não estou dizendo que devemos viver preocupados com a idéia de que poderemos ser acometido de um mal súbito a qualquer momento. O que estou falando é que não podemos viver com a certeza de que nós, ou qualquer pessoa chegada a nós está imune a isso. O que estou falando é que nada pode nos prevenir de acontecimentos como estes, se eles tiverem que ser realidades em nossas vidas. Aquele que vive o choque de realidade está sempre preparado para tudo. Ele não se prende ao ter que acontecer, mas nunca é pego desprevenido. A tranqüilidade e a paz nestes momentos só podem ser alcançadas se o ser humano estiver preparado para qualquer acontecimento. Portanto, estejamos sempre preparados para viver tudo, mas atento para a mente não fazermos vivenciar coisas que não gostamos antes da hora. Fatalidade

10 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 10 Aprendemos com Joaquim, sob diversas formas, que tudo está escrito, ou seja, que a vida é fatalista. Mas, para observar a vida alcançando o choque de realidade, isso é de somenos importância. Aliás, pode atrapalhar... Quando mentalmente dizemos a nós mesmos que aquilo que está ocorrendo é porque tinha que acontecer, estamos criando elementos estranhos à realidade que nos fazem fugir dela. Por que tinha que acontecer exatamente isso? Quem decidiu que isso era o que tinha que acontecer? Será que não podia estar acontecendo outra coisa se tivesse agido antes? Estas são perguntas que sempre ficam no ar e que buscamos responder sem sucesso. Enquanto estamos buscando essas respostas, escapamos da realidade e nos deixamos levar por todos os devaneios da mente. A fatalidade do choque de realidade é diferente de uma previsão de futuro: é a constatação do que está acontecendo agora. Ao invés de querer determinar valores para o momento de agora, apenas constato que isto está acontecendo. Neste momento, estou escrevendo no computador. Isso é real. Não sei se estava determinado escrever, não sei se poderia estar fazendo outra coisa, não sei quem decidiu que tinha que escrever: a única coisa que sei é que estou escrevendo. Quando simplesmente constato que estou escrevendo sem querer determinar valores para este acontecimento, posso realmente entrar no presente. Isso porque este é o meu presente. Querer atribuir valores ao presente, mesmo que sejam aqueles ensinados por Joaquim, ainda é interpretar o momento atual. Esta forma de agir acaba com o assistir e nos faz divagar sobre os motivos porque estou escrevendo agora. Outra diferença no trabalho do choque de realidade com relação ao fatalismo é que o futuro não está escrito: ele acontecerá, quando acontecer, da forma que ocorrer. Vou dar um exemplo... Estou escrevendo agora e pensando que ao terminar vou tomar um café. Este é o meu presente que devo constatar para assistir a vida. Se disser que isso não é real, estarei querendo interferir em mim mesmo e o trabalho do choque de realidade não aceita isso. Pensar que tomarei o café daqui a pouco é o meu momento atual. Negá-lo é fugir da realidade. Tenho que conviver com a idéia que vou tomar este café. O que não posso é ter certeza que vou... Realidade é o momento presente e ela acontece quando ocorre. Quando acontece ela é composta por tudo que está envolvida nela, inclusive o que estou pensando naquele momento. Por isso não busco afastar uma verdade que está presente naquele momento. Mas, também não vivo esta verdade futura como se já fosse realidade, como se fosse concretizar-se realmente. Só quando o futuro chegar, eu posso saber o que ele reserva como realidade. Sendo assim, enquanto estou aqui escrevendo pensando em tomar o café, estou aqui escrevendo completamente, inclusive pensando que vou tomar o café. Quando acabar de escrever e sair daqui verei o que acontece. Decisões

11 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 11 Com relação ao que escrevi no tema Fatalidade', uma pessoa me respondeu o seguinte: 'Mas, tomar café não será uma decisão sua, ou seja, se vai tomar ou não, você não sabe, mas se toma é porque tinha que tomar. Para que? Para poder vir outro pensamento dizendo, por exemplo, que dá gastrite, que tira o sono, etc. Mais verdades das que se libertar'. Que me desculpe o amigo, mas todas as decisões de minha vida, quem toma sou eu. Sou eu que escolhi nesta manhã escrever este texto, fui eu que decidi ao acordar ligar o computador, sou eu que estou escolhendo quais palavras vão ser escritas. Aliás, também é ele, como todos nós, que toma as decisões na vida dele. Ele escolheu ler o texto, ele escolheu respondê-lo. Ou não é isso que acontece na vida de cada um? Andamos pelo mundo vivenciando acontecimentos e em cada um deles tomamos decisões. Decidimos comer porque estamos com fome, decidimos dormir porque estamos com sono, decidimos ver televisão ou qualquer outra coisa porque estamos de saco cheio de ouvir Joaquim, etc. Tomar decisões é um acontecimento da vida. Negar esta ação é negar a própria vida, a própria realidade. Tomar decisões é uma atitude mental que acontece como parte das realidades que vivemos. Negá-las é negar a própria realidade que se vive. Isso eu não consigo... Aquele que busca tomar o choque de realidade para poder libertar-se do prazer e da dor e alcançar a felicidade precisa encarar o momento presente de frente. Como diz Joaquim: estar presente no aqui e agora. E nele existe a mentalização de estar tomando uma decisão. Mas, veja bem o que eu disse: tomar a decisão como um processo mental e não físico. Tomar a decisão de fazer algo é um processo mental que ocorre no aqui e agora, mas a execução do que se decide fazer é uma atitude física que ocorre em outro momento, em outro presente, em outra realidade. Quando se trabalha para viver a realidade se encara o fato de estar tomando decisões, mas não se vive o sonho de que elas acontecerão. Acho que aí é que está o problema. Muitas vezes a mente coloca a decisão com a certeza da execução. Isso é irreal, isso não pertence ao momento presente e a isso eu não me entrego. Posso, no agora, tomar qualquer decisão, inclusive de ir tomar café, mas não acredito que conseguirei tomá-lo. Quem sabe o que vai acontecer nas realidades entre o momento que decido tomar o café e o de executar esta ação? Podem acontecer presentes que transformem esta decisão e a ação não mais ocorra. Este é o choque de realidade que estou falando: viver todos os elementos mentais e físicos que estão acontecendo e não camuflá-los com verdades que não são reais. Chamo a estas verdades de 'devaneios da mente'. A mente, além de falar sobre o presente, devaneia com verdades que não estão presentes no aqui e agora. É o caso da gastrite ou tirar o sono que a pessoa falou na resposta. Tomar a decisão de beber café está presente no momento, mas se logo depois a mente diz que se fizer isso posso ter gastrite ou perder o sono, constato que tais ações não estão presentes naquele momento e, por isso, busco não vivenciá-las como realidade, mas apenas uma possibilidade que virará ou não realidade futuramente. É a mesma coisa que tomar remédio de forma preventiva. Depois do meu infarto tenho três remédios que tenho que tomar diariamente Estes remédios são de ação preventiva, ou seja, buscam produzir um determinado momento futuro que eu não sei se vai acontecer. Como sempre

12 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 12 fui rebelde com relação a remédios, muitas vezes esqueço-me de tomá-los. Quando mentalmente em um determinado momento a mente constata que eu não os tomei, simplesmente digo a ela: 'É, não tomei, e daí?' Isso é realidade para mim... Só que a mente não sossega e aí começa a devanear sobre o tema: 'Você não tomou, a veia vai entupir, você vai ter um novo enfarte e vai morrer'. Estas idéias busco não aceitar porque no meu presente não existe veia entupida, não estou tendo um enfarte e não estou morrendo... Eis aí, então, algo muito importante para aquele que busca tomar um choque de realidade para poder alcançar a verdadeira felicidade: saber separar o que é realidade do que é devaneio da mente. Mas, isso só vou fazer quando voltar de Brasília, pois hoje decidi que vou tirar o dia para descansar e me preparar para a viagem. Será que vou conseguir? Só os próximos presentes poderão dizer. Por isso aguardo os próximos capítulos da novela minha vida para saber o que vai acontecer, apesar da minha decisão agora... Viajando nas realidades Hoje viverei um acontecimento longo. Por volta das oito e meia da noite eu devo embarcar num ônibus que me levará até Brasília, aonde chegarei só no outro dia às oito da manhã. Participarei, então, de uma realidade que deverá durar doze horas. Mas, será que a viagem toda é só uma realidade? Não. A realidade viagem é formada de milhares de presentes que poderei viver. Viverei o chegar à rodoviária, o esperar o ônibus, o entrar nele, o achar a minha poltrona e o sentar nela. Depois disso, eu viverei diversos outros presentes enquanto o ônibus vive os seus: o de sair de um lugar para outro. Durante os meus momentos haverá alguns que serão vivenciados com a realidade de estar acordado, outros de estar dormindo; alguns dentro do ônibus, enquanto ele estiver andando, outros fora, nas paradas. Em alguns estarei lendo, em outros comendo e bebendo, em outros mais fumando... Enfim, a viagem, que muitos tratam como um evento de suas existências, é composta por diversos outros onde a realidade é diferente entre eles. Este é um fato que aquele que busca alcançar a felicidade através do choque de realidade precisa estar atento. Este não é um trabalho que pode ser realizado no atacado: ele precisa ser executado no varejo. É preciso a cada momento estar atento ao que o presente lhe traz para não devanear com a mente. Um dos devaneios mais constantes que a mente faz neste caso é o da distância e do tempo que se leva para percorrê-lo. Ela afirma que você já está a tantas horas trancado dentro daquele ônibus e que por isso deve estar cansado, por exemplo. Ela fala que a ultima parada já foi há não sei quanto tempo e que por isso você deve estar com vontade de fumar. Mas, nada disso é real. Na realidade, só vivemos um momento a cada momento. Não existe a viagem, mas apenas cada momento dela. Por que tenho que me sentir cansado por estar dentro do ônibus se de qualquer maneira passaria este tempo em outro lugar? Ou será que se não estivesse viajando

13 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 13 minha vida estria suspensa naquele momento e por isso não me cansaria? Por que tenho que ter vontade de fumar por não fazê-lo a não sei quanto tempo, se normalmente durmo a noite inteira e não fumo? Essas posturas que a mente cria só são reais para aqueles que vivem a viagem como um acontecimento só. Se encararmos cada momento como um e vivermos completamente presente nele sem aceitar os devaneios da mente, não haverá cansaço, não haverá desgaste. Viver cada momento a cada momento, para mim, é a única forma de escapar das armadilhas da mente. Realidade Estamos falando de choque de realidade, mas o que é real para mim, enquanto ser humano? Tudo que aquilo que me é percebido pelos órgãos de sentido do corpo físico. Tudo aquilo que vejo, escuto, sinto o cheiro, provo o sabor ou sinto através das sensações do corpo, me são reais. O ambiente onde estou e todas as coisas que são percebidas pela visão dentro dele, são reais para mim. Todos os sons que escuto, todos os aromas que percebo, todos os sabores que provo e todas as sensações físicas, são reais para mim. Dizer que estas coisas não existem, é fugir da realidade. Lembro bem de um amigo que recebeu a seguinte resposta de Joaquim: 'A cadeira não existe'. Este amigo me ligava sempre perguntando: 'Não consigo entender isso; onde ponho, então, minha bunda?' Querer retirar de sua realidade aquilo que é percebido, me leva a viver um nada e eu não posso existir no nada, pois tudo ainda continua existindo, apesar do discurso mental querer afirmar que não. Quantas vezes tentei me livrar do frio dizendo que ele não existia. Nunca consegui... Só quando aceitei a idéia de estar com frio e me libertei das conseqüências mentais disso sofrer com o frio que estava sentindo ou viver a possibilidade de estancá-lo de alguma forma é que consegui ficar em paz. O frio não se estancou quando tomei o choque de realidade 'estou com frio' mas, me ajudou a me libertar das conseqüências dele. Como fiz isso? Conscientizando-me da realidade... 'Está frio... Sim, está frio, mas o que posso fazer? Não tenho um casaco para vestir, se tivesse o vestia; não posso mudar a temperatura, se pudesse mudava; e nem posso ir para outro lugar onde esteja mais quente, se pudesse ia. Então, só posso sentir frio'... Tal pensamento, que é o que chamo de choque de realidade: encaro a realidade de frente sem deixar que a idéia de que o frio de hoje não exista nem que eu poderia naquele momento não estar sentindo-o. Tudo aquilo que a mente diz que está acontecendo.

14 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 14 Querer negar o discurso da mente que cria uma situação de vida é querer fugir da realidade. Se fugirmos dela, como poderemos ser feliz no aqui e agora? Como ser feliz no aqui e agora se retiramos da realidade o verdadeiro aqui e agora, que é aquilo que a mente nos diz. Reparem uma coisa: o aqui e agora não é o que é percebido, mas o que a mente diz que está existindo. Ninguém vive, por exemplo, o momento que estou vivendo, dizendo que está apertando teclas. Todos vivem este momento dizendo: 'estou escrevendo'. O que é viver o estou escrevendo senão o que a mente diz que está acontecendo? Se retirar isso do meu aqui e agora, acabo com ele e, nesse caso, não tenho instrumento nenhum para ser feliz, pois a felicidade se alcança no aqui e agora... Mesmo que eu troque o que a mente me diz 'estou assistindo a mão tocar na tecla' ao invés de 'estou escrevendo' qual a diferença? Ainda estou vivendo o que a mente diz que está acontecendo. O que aconteceu foi apenas que troquei uma verdade por outra, mas ainda não estanquei o fluxo do pensamento, o pensar. Portanto, para mim não importa se mentalmente uso os ensinamentos ou não: busco viver o que a mente está dizendo que está acontecendo. Isso para mim é um choque de realidade. Com isso tenho um aqui e agora para agir... Tenho conversado com muitos amigos que me dizem que não estão conseguindo colocar em prática os ensinamentos de Joaquim. O que é colocar em prática o que ele fala? É viver um aqui e agora que é fruto de uma criação mental (pensamento) que contenha os ensinamentos que cada um ouviu dele. Qual a diferença entre viver um aqui e agora criado por verdades humanas ou viver um aqui e agora criado pelas verdades ouvidas de Joaquim? Nenhuma... O que precisamos é viver o aqui e agora estancando as conseqüências desse e não sermos sábios, ou seja, colocar em prática os ensinamentos. Mesmo que não coloque em prática os ensinamentos, quando consigo estar presente no aqui sem viver os devaneios que a mente cria, faço que tinha que fazer, ou seja, consigo estar em paz e tranqüilo... Todas as emoções que surgem no momento Eis aqui um ponto polêmico. Isso porque muitas pessoas acreditam que viver a felicidade é parar de sofrer. Joaquim nunca falou isso. Pelo contrário: ele sempre disse que temos que aprender a viver felizes os nossos sofrimentos... Negar o que se está sentindo num determinado momento, assim como negar a descrição do acontecimento que a mente faz, é não viver a realidade. Da mesma forma que o item acima, se não se tem realidade para agir, como conseguir ser feliz? A confusão acontece porque muitas pessoas acreditam que ser feliz é uma realização do ser, humano ou não. Não é isso que está no fundamento do ensinamento de Joaquim. Em O Livro dos Espíritos, quando se fala da elevação do espírito, é dito que 'na perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade' (pergunta 115). A felicidade é encontrada pelo ser e não criada. A felicidade não é um substituto para o sofrimento ou prazer, mas aquilo que se encontra quando se alcança a perfeição. Neste momento, não mais se sofre... Mas, como deixar de sofrer sem reconhecer que se está sofrendo? É isso que busca o choque de realidade: constatar que está se sofrendo... Sem constatar que se está sofrendo, como

15 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 15 libertar-se do sofrimento? Por isso, ao invés de negar que estou sofrendo, que estou com medo, que estou chateado, que estou com ganância, constato e afirmo a existência destas sensações. Com isso, vocês podem não acreditar, mas elas somem... Lembro-me um dia em que, conversando na comunidade, afirmei que estava com medo do crescimento de nosso trabalho. Alguém me disse: 'Você não pode ter medo'. Perguntei, então, à pessoa: 'Como posso fazer para não tê-lo?' Todas as respostas nada mais foram do que criações mentais: 'Você tem que ter fé. Tem que ter confiança'... Ou seja, como se a razão pudesse alterar o que estou sentindo. Melhor: como seu eu pudesse alterar minha razão de uma forma não racional... Será que isso é possível? Ainda tem muita gente que está buscando apenas mudar a realidade. Isso é impossível. Querer mudar o discurso da mente é apenas criar uma nova realidade, mas que ainda é mental. Não está se fugindo de nada: está apenas se criando mais um devaneio, ou seja, algo que não é real e que, portanto, não poderá ser combatido. Não sei lhes explicar como isso funciona, mas pelo menos para mim, cada vez que enfrento de frente minha realidade (não estou sofrendo) e estanco as conseqüências dela (poderia deixar de estar, isso vai me fazer mal, etc.) o pensamento seguinte, ou seja, a nova realidade descrita pela mente, não contém a mesma carga emocional da anterior... Aí está, com alguns comentários, o que é realidade, ou seja, aquilo que se deve vivenciar ao invés de fugir dela com idéias que não são reais para mim. Por isso chamo a isso de choque de realidade. Mas, nesta realidade podem aparecer outras formações mentais. Estas formações ou pensamentos que não estão presas a estes elementos que citei chamo de devaneios. Vamos falar sobre daqui a pouco, pois isto ainda não é a minha realidade... Devaneios Na última conversa disse que o que não é realidade, é devaneio da mente. Mas, o que quer dizer a palavra devaneio? 'Capricho da imaginação, sonho, fantasia' (Minidicionário Aurélio). Quem devaneia, segundo a mesma fonte, é quem divaga, delira, pensa em coisas vãs. Quem não vive a realidade, realmente vive coisas vãs, pois são coisas que não importam para a felicidade. Se o importante é o aqui e agora para se conseguir este estado de espírito, no que pode contribuir aquilo que é apenas um capricho da imaginação, um sonho, uma fantasia? Portanto, o devaneio é algo completamente inútil para quem busca a felicidade. Mas, na prática, o que é devanear? É viver algo que não é perceptivo pelos órgãos do corpo; é viver formações mentais que não condizem com aquilo que é percebido; é viver uma emoção que não está sendo sentida. Vou exemplificar para podermos conversar melhor... Um devaneio que tenho visto muito comumente aceito pelos amigos é o seguinte: 'aquilo está acontecendo porque tinha que acontecer'. Quem disse que tinha que acontecer? Quem pode

16 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 16 assegurar que não podia estar acontecendo outra coisa? Querer justificar o presente é deixar-se levar pela mente, que usa uma aparente e aceita verdade como algo real. Na minha realidade de agora não existe o tinha que acontecer, porque eu não sei se tinha. Por exemplo: será que eu tinha que escrever isso? Não sei, não posso afirmar. O que posso afirmar é que estou escrevendo. Isso posso constatar, mas se tinha ou não, não posso. Quem busca viver a realidade, o aqui e agora, não busca saber por que está fazendo, mas apenas constata o que está acontecendo. Dentre as verdades que tenho visto serem usadas para explicar o momento o que claro, não se explica, mas apenas constata-se, assiste-se é o ensinamento que diz que Deus é Causa Primária de todas as coisas. Esse é um grande devaneio... Deus não está presente na minha realidade. Isso posso constatar, pois não O estou vendo, não O estou percebendo com qualquer dos meus sentidos. Como, então, posso dizer que Ele é que me fez escrever? Querer adivinhar o que causou o presente momento é viver fora da realidade. Quem busca viver o aqui e agora sem apegar-se à mente, não se preocupa com o que aconteceu antes, ou seja, a causa do que está acontecendo, mas apenas com o que está ocorrendo. Nem que essa explicação seja cientificamente comprovada. Quando sinto que melhorei de algum mal que me afligiu, não me preocupo em saber se foi o remédio, o descanso ou qualquer coisa que fez isso acontecer. Apenas sinto que estou bem naquele momento. Quem atribuir o seu bem estar de agora ao remédio, outro dia pode tomá-lo e não melhorar. Neste momento, não conseguirá estancar o fluxo do pensamento e não viverá o presente e com isso não conseguirá estar na felicidade. São muitos os devaneios da mente. Outro deles é querer descobrir o que o acontecimento presente poderá acarretar no futuro. Neste exato momento não posso dizer que acabarei este texto hoje, por exemplo. Será que só porque estou escrevendo ele ficará pronto? Quantas vezes já comecei a escrever um texto e não consegui acabá-lo no mesmo dia? Quem busca viver um aqui e agora não pode pensar no futuro nem no passado. Precisa concentrar-se no presente que é apenas o que se percebe, o que descreve este agora e o que se sente neste momento. Aliás, achar que poderia estar vivendo este momento com outro sentimento ou pensando outra coisa a respeito dele é querer interferir no momento e não apenas vivenciá-lo. Não posso mudar o que estou pensando agora. Sabem por quê? Porque estou pensando isso... Não posso mudar o que estou sentindo agora. Sabem por quê? Porque estou sentindo isso... Isso é viver o agora: constatar o que está acontecendo neste momento. Todos outras coisas que falem do que vai acontecer no futuro, do que deveria estar acontecendo no presente ou do que causou no passado o momento atual, são sonhos, fantasias, idéias vãs que não nos faz aproveitar o momento de agora para ser feliz. Todas as verdades que expliquem o momento de agora e todas as que confiram um futuro como resultado da ação de agora, são fantasias. Apenas o que está no momento de agora é real.

17 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 17 Sabem por que vou parar por aqui? Porque estou teclando o ponto final. Falamos de outros devaneios mais tarde, porque descobrir o que é devaneio e o que é realidade é o fundamental para aproveitar o momento de agora para ser feliz. Dualismo Segundo as tradições orientais, o dualismo é causa principal da não felicidade do ser. O ser humano não consegue ser feliz porque vive num mundo dualista. Para alcançar este estado, ainda segundo estas crenças, é preciso que o ser entre em unidade. Mas, o que é o dualismo? 'Doutrina que admite a coexistência de dois princípios, geralmente opostos' (Minidicionário Aurélio). Já unidade é 'qualidade do que é um ou único' (idem). De posse destas duas definições, pergunto: o que é único na nossa vida? A realidade que estamos vivendo. O que é dual? Os devaneios da mente... Na verdade a vida não é dualista. O que cria outro princípio para a existência não é a realidade, mas sim os devaneios da mente. São eles que criam a possibilidade de estar ocorrendo algo diferente do que está acontecendo. A realidade é única: é o que é. São os devaneios ou fantasias que a mente cria que transformam o que é único em algo dual. Sendo assim, quando vivemos a realidade, ou seja, apenas aquilo que estamos percebendo, a descrição que a mente faz do que está ocorrendo e as emoções que se está vivendo, nos encontramos na unidade. Com isso, segundo as tradições orientais, existe, então, o preceito necessário para se alcançar a felicidade. O que estou fazendo agora? Estou escrevendo. Isso é real. Isso é único na minha vida neste momento. Pensar em porque estou escrevendo, para que estou fazendo isso, como isso acontece ou o que vai acontecer a partir desta ação, me leva ao dualismo, pois admite respostas que possam conter dois princípios, geralmente opostos. Por isso, aquele que vive o choque de realidade, ou seja, silencia de sua mente tudo que não é realidade, consegue entrar em unidade e pode, então, encontrar a felicidade. Além do mais, admitindo-se como real a teoria que afirma que tudo que acontece é emanação de Deus, quando se vive apenas a realidade se entra em unidade com Deus. Não importa: por qualquer ângulo que se busque alcançar a felicidade o que temos que fazer é viver o que está acontecendo. Para isso é preciso tirar os devaneios do pensamento. Fatalidade Como disse antes, o mais importante é se reconhecer o que é devaneio e retirá-lo do nosso fluxo de pensamento para que possamos viver a realidade. Um desses devaneios diz respeito à fatalidade.

18 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 18 Será que a vida é fatalista? Será que a fatalidade existe? Os adeptos das teorias expressas por Joaquim se apressariam a dizer que sim, mas será que isso é real na nossa vida ou só um devaneio? Vamos ver... Falar que tudo está escrito, que Deus é que causa tudo, que o destino está predeterminado ou dizer que aquilo está acontecendo porque tinha que acontecer é fugir do momento presente. Na verdade isso são apenas suposições ou elucubrações mentais. Ninguém que viva a realidade por ela mesmo se atreveria a dizer isso, porque o que é percebido, descrito pela mente e vivenciado com um determinado sentimento não embute em si tal presunção. O presente não é fatalista, ou seja, não estava escrito. Ele é o que é. Ele não está ocorrendo por causa disso ou daquilo: está ocorrendo desta forma porque está. Viver o presente é constatar a vida e não viver declarações sobre ele. Ao dizer isso parece que estou indo contra tudo o que foi ensinado por nosso amigo espiritual, mas isso também não é real. Estou escrevendo porque estou e não porque sou contra ou a favor. Além disso, quando escrevo isso, estou me prendendo aquilo mesmo que ele disse: é preciso viver o aqui e agora com o que existe nele e não entender o que está acontecendo. Quem quer aplicar fórmulas ou teorias para explicar o presente não o vive: pensa na explicação enquanto ele ocorre. Eu não sei por que faço, para o que faço ou no que vai dar o que estou fazendo: apenas faço. Apenas vivo o que está sendo feito. Portanto, a vida não é fatalista: ela é o que é. O presente não é decorrência de uma pré programação ou dos desígnios de Deus: ele é assim porque foi assim que me foi apresentado... Despersonalizando-se Já é madrugada. Tudo ao meu redor dorme. Deixei para escrever este texto nesta hora porque tenho certeza que será difícil de fazer este texto. Não porque o que nele está dito seja difícil de compreender ou de explicar pelo contrário, é simples demais mas, porque poucas são as palavras para explicar o que quero dizer. Antes de falar exatamente do assunto desta conversa, vou resumir algumas das coisas que ouvi até hoje nesta vida. Não que estas coisas tenham a pretensão de explicar, justificar ou até conferir a esta informação o cunho de verdadeiro. Vou falar delas apenas porque esta é a idéia que está me vindo agora. Não preciso explicar nem comprovar nada do que digo abaixo, pois estou sentindo isso, e é isso que importa... Somos o que a mente diz que somos. Todo reconhecimento que fazemos de nós mesmos, que chamamos eu, é aquilo que a mente, através de idéias nos diz que é este eu. Tudo o que vivemos é aquilo que a mente cria. Todas as percepções, todas as descrições de cada momento e tudo o que sentimos durante estes acontecimentos são frutos da mente.

19 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 19 Estas coisas que a mente cria chamamos de vida. Vida é tudo aquilo que nos acontece. Mas, se o que somos também é criação da mente, como aquilo que nos acontece, quem somos nós? Somos a vida... Nós somos a vida. Não vivemos nada. Aliás, não há nada a ser vivido: somos aquilo que acontece. Não há um ser que viva uma vida. Tudo que pertence à vida é ela. Portanto, o que chamamos de ser, de identidade, de personalidade, de eu, é a própria vida. Se este ser não existe, que dirá o que pertence a ele. Não há mente, ego ou espírito: tudo é mente... Não há objetos materiais, verdades ou sentimentos: tudo é vida. Ninguém ama, anda, vê ou corre: tudo isso é vida. O ser que vê é uma criação da própria mente, assim como a idéia de ver que, em última análise, é a própria vida. Não sentimos tristeza, saudade, pena, alegria ou felicidade: a vida é isso em determinados momentos, assim como é outras coisas em outros momentos. Mas, o que é cada momento se não a própria vida? Portanto, tudo é vida... Não existe um observador, um observado nem uma observação: tudo é vida. É vida existindo como sendo estas coisas... Mas, a própria idéia de existir também é vida. Não existem as outras pessoas ou as outras coisas, pois tudo que existe é a própria vida. Nem sei se existem outras vidas, pois mesmo que existam, este saber não existe: ele é a vida... Isso atende a todos os ensinamentos que a vida 'eu' até hoje ouviu. É a unicidade perfeita, pois tudo é um só. É unidade, pois só existe uma coisa: a vida... Na vida não existe nada. Ela é como uma tela onde se projeta tudo o que existe. Mas, esta projeção não é alheia a ela, mas é ela mesma. Como a vida eu disse acima, é muito simples: tudo é vida. Não existe ação nem inação, não existe dor ou prazer, não existe existência ou não existência, não existe certo nem errado: tudo é a vida dizendo que ela é isso... Alcançou-se tudo o que a vida diz ser monista... Como disse, faltam palavras, porque elas possuem valores múltiplos, mas como descrever de uma forma múltipla aquilo que apenas é? A vida é vida apesar de dizer que ela é múltiplas coisas... Quando uma compreensão dessas entra numa vida eu, tudo deixa de existir e apenas a vida existe. Neste momento a vida não precisa de definições, mas apenas é... Quando uma compreensão dessas alcança a vida, ela flui como água de um rio calmo e não mais turbulento. Ela interpenetra a si mesmo e traz a si mesmo para si mesmo... Erros de português? Erros de concordância? Repetir as mesmas palavras? Que influência tem essas coisas quando se compreende que você e as palavras não são diferentes: são vida... Sentir isso é como deixar de ser apenas uma gota d'água que navega num rio e integrar-se ao oceano completo que nada mais é do que a própria vida. Agora a vida 'eu' para por aqui esta vida escrever. Por quê? Porque a vida, que continua sendo apenas a mesma coisa, vai continuar sendo aparentando o parar de escrever... Tomara que ela continue sendo o que a vida 'eu' está sentindo...

20 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 20 É proibido proibir Se tudo é vida e a vida é o que ela é, o que proibir? O que evitar? Do que fugir? O que mudar? Nada existe que não seja vida... Quando a vida eu pensa que deve deixar de fazer uma coisa, isso é apenas a vida e não um desejo. Ao invés de querer deixar de fazer, viva o desejo de fazer, pois ele é a sua vida. Quando a vida for querer evitar que alguma coisa aconteça nela, isso é apenas vida. Viva este momento como vida e não como acontecimento. Não tente evitar que alguma coisa aconteça, pois a vida será o que ela for. Quando a sua vida for querer fugir de algo ou de alguém, viva intensamente isso, pois essa é a sua vida, a vida que cria o próprio eu. Não evite o fugir, mas viva-o com toda intensidade, pois esta vontade é você. Para que mudar? Ou melhor: mudar do que para quê, se no fim das contas um e outro será sempre vida? Viva você, viva o que você é, pois se não fizer isso, continuará vivendo a vida e nada mais. Não existe certo nem errado, pois a vida é sempre vida. No texto anterior disse que a vida é uma tela onde se projetam as coisas que chamamos de vida. A projeção não é a vida, mas apenas uma projeção. O que é projetado não é nem a película, porque ela está dentro do projetor: é apenas a sombra que a luz cria sobre a tela. A vida é a tela. E se isso é real, qualquer coisa que se projete sobre a tela continuará sendo sempre a tela. Por isso é proibido proibir. É proibido querer mudar, evitar ou fugir. Viva tudo que acontece com você com a mesma gana que viveria o que quisesse que acontecesse. Não há nada a ser mudado, não há nada ser evitado ou do que possamos fugir. Mas, se analisarmos mais a fundo, o próprio desejo de proibir também é vida. Se você não consegue evitar de querer criar o proibido, viva isso com a mesma intensidade. O que vale não é o que se faz, mas a intensidade com que se vive o que acontece. Portanto, proíba tudo o que proibir e libere tudo o que liberar: nada depende de você mesmo, pois a vida vive por ela mesmo. Viver com medo do sofrimento

21 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 21 Logo quando comecei esta série de textos, uma pessoa me colocou uma questão. Pedi licença para responder publicamente e ela me concedeu. Demorei, mas acho que agora posso respondê-la. A pergunta dela foi:...vou aproveitar a ocasião para lhe pedir uma ajuda relacionada com o tema. Eu me sinto tão covarde em relação ao sofrimento! Eu queria ter a capacidade de me distanciar do sentimento de apego aos meus filhos, mas não consigo! Tento mentalizar que tudo que vier é na justa medida, mas sofro um sofrimento por antecipação do que poderá acontecer com eles no futuro... É mais forte do que eu, e crio uma ansiedade terrível! Vou buscar acontecimentos passados para relacionar com um futuro acontecimento que poderá vir ou não... É muito estúpido esse sentimento de covardia. Antes de eu conhecer vocês e as palestras eu dizia que queria ser velhinha porque era um sinal que eu já tinha passado tudo que tinha que passar... É dose não é? Respondendo, digo que a dose não é o seu sofrimento, mas você lutar tanto pela vida para no final negá-la. Todos querem estar vivos, mas para quê esse desejo? Quando a vida vem trazendo ela mesma, nós lutamos para nos afastar dela, lutamos para negá-la... Tudo o que você está sentindo é sua vida. O medo, o sofrimento por antecipação, não são nada externos à vida, mas apenas ela mesma. O que você quer ser, o não ter mais medo, o não sofrer, é que não é. Se eles fossem a sua vida, estariam presentes neste momento. Como não estão, é sinal de que eles são coisas que não existem. Esta é a ilusão. Iludir-se é achar que poderia evitar o que está acontecendo. Iludir-se é achar que deveria viver algo que não se está vivendo naquele momento. É isso que é o choque de realidade. Viver a realidade é viver o que a vida é e não o que queríamos que fosse. Ela não é aquilo que desejamos, mas apenas aquilo que ela é. Como disse, lutamos para estar vivos, mas renegamos a vida quando ela se apresenta. Com isso, sobra o que para viver? Nada. Se não vivemos o que temos, o que iremos viver? Viva seus medos, seus sofrimentos antecipados com toda a sua força sabendo que eles são a vida que você tanto quer preservar. Mudanças? Isso é apenas para aqueles que querem viver castelos de sonhos, que querem viver irrealidades. Mas, você poderia me dizer, com isso vou continuar sofrendo. Quem disse? Já experimentou viver o medo ao invés de combatê-lo? Na verdade, o que lhe faz sofrer não é o medo, mas a ausência de vida na sua vida. Quando vivemos os sonhos como algo necessário de estar acontecendo, de ser vida, sofremos o sofrimento que isso cria. Quando aceitamos a vida como ela é e a vivemos com toda intensidade de nosso ser, vivemos vida, e ela sempre é paz e felicidade. Além disso, para que mudar, se qualquer coisa para que se mude será sempre o que é agora: vida. Ao invés de querer parar de sofrer, viva o sofrimento como vida, como um presente de Deus, seja lá o que for que esta palavra queira dizer para você. Para aqueles que acreditam em Deus, este é o grande barato da vida: vivê-lo. E Ele, para nós, é a própria vida. Tudo é Ele, portanto, o sofrimento é Ele. Quando negamos querer viver a vida, negamos vivê-lo.

22 O espiritualista e reforma íntima volume II Diário de bordo página 22 Agora, se apesar destas palavras você ainda quiser continuar fugir da vida, isso não tem problema, pois o seu querer fugir é a sua vida. Viva isso como vida e não como uma vontade, um desejo de que as coisas fossem diferentes. Despertar O que acontece na vida? Nada... Na vida não existem acontecimentos, só vida... Quem vê alguma coisa acontecendo (eu ou outro fazendo algo) ainda não está vendo a vida, mas sim os acontecimentos. Como já disse antes, a vida é a tela onde se projeta o filme, ou seja, os acontecimentos que participamos. Por isso, quem ainda vê alguma ação, ou seja, acontecimento, ainda está atento à projeção e não à vida. O personagem da projeção que alcança esta consciência não mais se preocupa com os acontecimentos. Para ele tanto faz estar de pé ou sentado, andando ou parado. Ele não quer saber se está ganhando ou perdendo, sendo feliz ou infeliz, tendo prazer ou dor. Para o personagem que alcança esta consciência tudo o que possa ser vivido através de acontecimentos não tem importância, pois ele sabe que são apenas projeções que acontecem na tela vida. Este ser não mais se preocupa em se atentar nos acontecimentos porque sabe que atrás do cenário existe algo muito maior: a própria vida. Por isso, ao invés de observar os acontecimentos, procura, através de nesgas do cenário, ver a tela, a vida. Ele sabe que enquanto a projeção é formada por múltiplas sensações, a tela repousa atrás do cenário, plácida e mansa. Ele sabe que enquanto na projeção há correria, vontade de ganhar e a busca do reconhecimento, por trás existe um pano branco que jamais se altera, não importando o é projetado. Da mesma forma, quando o personagem compreende que o acontecimento não pertence à vida, ele não mais busca explicá-los. Para ele todas as teorias a respeito da movimentação perdem o poder de seduzi-lo, pois sabe que elas apenas falam a respeito dos acontecimentos e não da vida. Ele não se preocupa em investigar porque aquilo está acontecendo, no que vai dar aquele acontecimento, etc. Ele não quer saber o que causou o acontecimento nem se irá influenciar no próximo. Ao personagem que alcança esta consciência chamo de desperto. Despertar é entender que toda movimentação que pode ser vivida por um personagem é apenas uma projeção que está sendo realizada pelo projetor sobre a tela. O personagem desperto sabe que nem filme ele é, pois no filme não existe acontecimento, mas apenas fotos estáticas. Isso é sair do sonho. É acordar. Ter a certeza de que se vive apenas uma projeção, uma ilusão criada pela luz do projetor, e não uma vida é despertar do sonho do 'eu sou'. Mas, se o próprio personagem é uma projeção, que dirá o despertar. Ter uma consciência desperta não pode ser alcançado pelo próprio personagem, se não for esta a história escrita pelo roteirista.

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