TERRA PARA OS GUARANI E OS KAIOWÁ: ESPECIFICIDADES E SIMILILARIDADES NO TOCANTE AS DIVERSAS LUTAS PELA TERRA

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1 TERRA PARA OS GUARANI E OS KAIOWÁ: ESPECIFICIDADES E SIMILILARIDADES NO TOCANTE AS DIVERSAS LUTAS PELA TERRA MOTA, Juliana Grasiéli Bueno - Mestranda em Geografia UFGD/PPGG. jugeo@ymail.com Orientador: Prof. Dr. Jones Dari Goettert NOS MAIS DE 500 ANOS DE BRASIL: CONCENTRAÇÃO DE TERRAS E VIOLÊNCIAS NO CAMPO O verde da bandeira que os brasileiros carregavam representava a mata que a civilização nos tirou; vivemos nas terras do governo, como párias, esmagados. O amarelo, que representava a riqueza do Brasil, a pesca e a caça, hoje estão ausentes de nossa terra; tiraram-nos tudo em nome da civilização. O branco, que simbolizava a paz tão desejada, hoje está ausente do homem. E, finalmente, o azul, que representava o céu, na sua beleza florida estrelas e astros a brilhar -, foi a única coisa que a civilização deixou ao índio, e isso porque ela não pôde conquistar ainda... (MARÇAL DE SOUZA TUPÃ-I ( ) Kaiowá MS) A história dos mais de 500 anos de Brasil é marcada pela invasão dos territórios indígenas. Assim, é uma história de medo, terror, massacre, etnocídio, genocídio fomentadas a partir das mais diversas formas de violências desde a chegada do branco, europeu ao Novo Mundo. A história de nosso país é a história da monopolização do saber, dos recursos naturais, dos homens e da vida. Assim, os mais de quinhentos anos de resistência das sociedades indígenas são mais de 500 anos de R-Existir 1 (PORTO-GONÇALVES, 200?) de se reinventar a partir da diferença e das condições no qual estão inseridos. A nossa história, é a história das lutas, resistências, utopias e conquistas/vitórias, daqueles que R-Existem cotidianamente na luta pela terra, pela água, pela floresta e, concomitantemente, pela vida. Muitos grupos étnicos, ou, sociedades indígenas foram extintas, e assim, não puderam, a partir de sua cultura, R-Existir e resignificar, os novos valores (im)postos pela sociedade ocidental. Muitas sociedades indígenas foram extintas a partir dos primeiros contatos com os civilizados. Muitos assassinatos ou extinções de grupos inteiros se deram através de epidemias ou por meio do uso de armas de fogo com o intuito de amansar os índios. Segundo Ribeiro (1996), dos 230 grupos indígenas brasileiros constatados entre 1900 a 1957 pelas fronteiras de expansão econômica, seja ela: agrícola, pastoril e extrativista culminou na extinção de 87 grupos étnicos. O autor demonstra também, que a partir dos primeiros contatos, entre índios e não-índios, a extinção de muitas sociedades indígenas, se estabeleciam antes mesmo de se dar os primeiros contatos, salientando que as doenças epidemiológicas dos brancos ou não-índios, a partir dos contatos com algumas 1 Conceito de Porto Gonçalves, 2007.

2 sociedades indígenas, se espalhavam mata adentro, contagiando outros grupos, provocando a dizimação de grupos inteiros, através de epidemias como: varíola, gripe, tuberculose, entre outras. Os recursos como: armas de fogo, facões, entre outros, foram também usados para amansar as sociedades indígenas, a fim de se apropriar de seus territórios e, consequentemente, de seus recursos naturais. No processo de constatação de sociedades indígenas e, consequentemente, a expropriação/desterritorialização dessas sociedades dos seus territórios tradicionais ou até mesmo a extinção de grupos étnicos inteiros, percebemos, concomitantemente a este processo, que a grande biodiversidade (recursos naturais) presente naquele território, passava a ser submetido a uma relação de exploração capitalista imbricada na monopolização e concentração de terra, a partir de uma racionalidade moderno-colonial, onde a natureza é vista, assim como os indígenas, enquanto selvagem, necessitando ser domada, amansada e dominada (PORTO-GONÇALVES, 200?). A partir das premissas de Ribeiro (1996), referente aos Yanomami, podemos perceber a relação de dominação não somente do homem mediante a natureza, mas o homem, ou melhor, alguns homens, querendo dominar/explorar outros homens. Neste momento se trava uma batalha mundial pela salvação dos Yanomami, o maior grupo tribal da América existente no mundo [...] fazendo demarcar um território que incorpore todas as suas aldeias para permitir que elas continuem convivendo e sobrevivendo. Do lado oposto, tudo fazem para dizimá-los, os garimpeiros que querem matar não só a eles, mas às suas matas e águas com o mercúrio e outras drogas que usam. (p. 14). A partir da luta dos Yanomami, percebemos que as lutas se estabelecem não só pela sobrevivência da sociedade Yanomami, ou seja, do homem Yanomami. Mas, também, pelas suas terras, águas e matas, se contrapondo a racionalidade do Time in Money dos garimpeiros. A natureza é parte integrante do próprio modo-de-ser Yanomami, demonstrando, assim, que sem terras, águas e matas não possa existir também os Yanomami. A história de nosso país é uma história dos mais de 500 anos de lutas, resistências a uma racionalidade eurocêntrica, monopolizadora, concentradora de saber e recursos naturais, que hoje, junto às sociedades indígenas temos: camponeses, remanescentes de quilombolas, seringueiros, ribeirinhos e entre outros, resistindo e R-Existido a racionalidade e pragmatismo do sistema-mundomoderno-colonial (PORTO-GONÇALVES, 2006a), lutando por terra e entre outros direitos, a partir das especificidades de ser e de estar no mundo. Neste contexto, a luta pela terra sempre esteve presente na história do Brasil. As lutas pela terra hoje do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), representando o campesinato, e das sociedades indígenas são ações de resistências frente à concentração/monopolização/exploração da terra que marcam a luta histórica de conquista pela terra de trabalho. Assim, assimilamos a luta

3 pela terra das sociedades indígenas, também, como lutas pela terra de trabalho, visto que partimos do pressuposto de que toda relação do homem com a natureza é uma relação de trabalho 2. Desmistificando, assim, o modelo de trabalho imposto desde o descobrimento do Novo Mundo pelo Velho a partir de uma lógica de trabalho, de racionalidade, de humanidade eurocêntrica moderna/colonial, inventada/criada a partir de uma lógica não dissociada da colonialidade que constituiu a própria modernidade, ou segundo Porto-Gonçalves (2006b) a modernidade se constituiu no mesmo movimento que constitui a colonialidade [...]. (p. 16). Inventando, assim, uma tipologia de trabalho. Contudo, se partimos do pressuposto de que existem diferentes culturas, ou seja, diferentes formas dos homens se relacionarem entre si e com a natureza, existem, também, diferentes formas dos homens executarem o trabalho, ou melhor, trabalhos. Neste contexto, ao pensarmos em trabalhos, partimos do pressuposto de que existem outras matrizes de racionalidade que executam diferentes formas de intermediação do homem com a natureza trabalhos, nos proporcionando pensar que nas diferentes formas de trabalhos, vão existir, também, diferentes formas de se relacionar com a natureza, e que essas especificidades, nas intermediações homem e meio, culminam nas especificidades no tocante a luta pela terra. Ou seja, vão existir nas diversas lutas pela terra similaridades, principalmente no tocante a histórica concentração da estrutura agrária brasileira. Entretanto, existem especificidades, visto que indígenas, remanescentes de quilombolas, camponeses etc. não entendem a terra da mesma forma, existindo diferenciações nas relações culturais, econômicas e políticas que vão denotar diferenciações nas lutas e, também, nas suas relações com a terra. Assim, é possível dizer que as lutas pela terra, seus conflitos e violências no campo vão de encontro à concentração da estrutura fundiária brasileira que expropriou/desterritorializou sociedades indígenas dos seus territórios ancestrais e, também, tem se colocado como barreira a grande maioria que não tem acesso a terra ou que na história de nosso país foi expropriado/desterritorializado, como camponeses, quilombolas, ribeirinhos e entre outros. Pois, temos uma estrutura fundiária brasileira caracterizada pelo latifúndio nas mãos de uma minoria privilegiada e, hoje, caracterizada, também, pela grande empresa do agronegócio. Essa estrutura fundiária brasileira, concentradora de terra nas mãos de uma minoria, se estabeleceu a partir de um modelo de produção capitalista, escravocrata, latifundiário, exportador (plantations) que segundo Almeida (2006), se deu [...] em função do bloqueio histórico a terra de trabalho, bloqueio que se assenta num modelo rentista (que tem a terra como centro) próprio do capitalismo tardio adotado principalmente nos países periféricos [...]. (p. 03). No Brasil o capitalismo se desenvolveu, reproduzindo relações capitalistas, mas também, reproduzindo relações não 2 Engels (1977).

4 tipicamente capitalistas. Assim, o desenvolvimento contraditório e desigual do capitalismo gestou também, contraditoriamente, latifundiários capitalistas e capitalistas [...]. (OLIVEIRA, 2003, p.114). Ou seja, Se, de um lado, o capitalismo avançou em termos gerais por todo o território brasileiro, estabelecendo relações de produção especificamente capitalistas, promovendo a expropriação total do trabalhador brasileiro no campo, colocando-o nu, ou seja, desprovido de todos os meios de produção; de outro, as relações de produção não-capitalistas, como o trabalho familiar praticado pelo pequeno lavrador camponês, também avançaram mais. Essa contradição tem nos colocado [...] frente à subordinação da produção camponesa, pelo capital, que sujeita e expropria a renda da terra. E, mais que isso, expropria praticamente todo excedente produzido, reduzindo o rendimento do camponês ao mínimo necessário à sua reprodução física. (OLIVEIRA, 1997, p. 11). Neste contexto, o desenvolvimento do capitalismo no Brasil se desenvolveu e se desenvolve a partir de uma lógica, onde latifúndio e, consequentemente, latifundiários não são entraves para a reprodução de capital, pois o próprio desenvolvimento do capitalismo no Brasil ocorreu a partir de relações não tipicamente capitalistas. Segundo Almeida (2006) o capitalismo no Brasil [...] expande a produção capitalista no campo, mas gera também o latifúndio e a reprodução de camponeses [...]. (p.95). Assim, ao mesmo tempo em que o capitalismo se reproduz desenvolvendo relações tipicamente capitalistas, também se desenvolve reproduzindo relações não tipicamente capitalistas. Essa dualidade de reprodução de capital arcaico/rentista no campo se dá paralelamente ao desenvolvimento do capitalismo monopolista mundial, se reproduzindo de forma desigual e combinada, pois [...] o capital não transforma de uma só vez todas as formas de produção em produção ditadas pelo lucro capitalista. (OLIVEIRA, 1999, p.76). Portanto, podemos pensar na reprodução desigual e combinada e/ou desigual e contraditória do capitalismo, que nesta ótica reproduz o campesinato, propicia também a reprodução das sociedades indígenas 3, que nestes mais de quinhentos anos de Brasil se reinventaram, resistiram e R-Existiram. 3 O capitalismo que produz o campesinato, produz, também, o trabalho escravo. Nesta ótica, podemos pensar a partir das relações não tipicamente capitalistas a reprodução das sociedades indígenas utilizadas como mão-de-obra escrava, depois do processo de expropriação/desterritorialização de seus territórios ancestrais. As sociedades indígenas Guarani, Kaiowá e Terena no Estado de Mato Grosso do Sul são vítimas da super - exploração do trabalho, trabalho análogo a escravo trabalho escravo nas carvoarias, fazendas e usinas sucro-alcooleiras. Assim, podemos pensar que a reexistência de indígenas nestes mais de quinhentos anos de Brasil, pode se dar a partir da própria reprodução do capital, a partir das relações não tipicamente capitalistas. Neste contexto, podemos pensar que o trabalho das sociedades indígenas, na abertura de fazendas, estradas, extração e coleta do matte, muitos são desconhecidos pela sociedade como sendo realizados por indígenas. Contudo, também devemos pensar que a reprodução das sociedades indígenas como parte do sistema capitalista brasileiro, deve ser analisada a partir da perspectiva de que em tempos de globalização e crise ambiental, o Estado como o fomentador da criação de territórios/reservas de biomas, ampara as empresas desenvolverem pesquisas (laboratórios multinacionais) propiciando a própria reprodução do capital, a fim de tirar proveito dos saberes tradicionais das sociedades indígenas para a produção de remédios, produtos de beleza e entre outros. A questão aqui colocada é que as sociedades indígenas têm lutado por direitos e garantia de controle a seus territórios ancestrais para viver de acordo com seus costumes, usos e tradições. Entretanto, temos que pensar que a

5 E, hoje, expropriados/desterritorializados, mais do que uma luta pelos territórios ancestrais, as lutas das sociedades indígenas Guarani e Kaiowá é contra o capital rentista, arcaico e monopolista que os confinou em micro-territórios nas aldeias demarcadas pelo SPI e, posteriormente, FUNAI. ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: CONCENTRAÇÃO DE TERRAS E LUTAS NO CAMPO Segundo Oliveira (2008) da extensão territorial brasileira de hectares de terras, somente 436 milhões estavam cadastrados no INCRA em 2003 como terras privadas. Neste contexto, o autor nos chama a atenção, a fim de questionar os cadastros de imóveis privados, argumentando que a [...] grilagem de terras é fato constante presente na história da apropriação privada da terra neste país. (p. 06). Salientando ainda que: Outros 120 milhões de hectares estão ocupados pelas terras indígenas demarcadas ou a demarcar, e, 104 milhões de hectares estavam reservados às unidades de conservação ambiental. Assim, cerca de 200 milhões de hectares de terra no Brasil estão cercados e não pertencem de fato e de direito a quem cercou. Entre estas terras públicas devolutas não estão às pequenas posses de muitos posseiros que já deveriam ter sido regularizadas e que ocupam cerca de 20 milhões de hectares. Assim, há cerca de 180 milhões de hectares do solo nacional cercados indevidamente por grileiros. (OLIVEIRA, 2008, p. 06). O Estado de Mato Grosso do Sul tem 5,3 milhões de hectares de terras devolutas permeadas por dois fatores importantes. O primeiro fator se refere às terras devolutas, e em segundo lugar, referente a municípios que possuem cadastros no INCRA, entretanto, a soma das áreas dos imóveis são maiores que a área dos municípios, ou seja, o número de propriedades privadas do município ultrapassa o tamanho da área total do mesmo (OLIVEIRA, 2008). Segundo Oliveira (2008), a partir dos dados do INCRA (2003), há no Estado de Mato Grosso do Sul, 8,5 milhões de hectares de latifúndio improdutivo, terras que segundo a Constituição Federal de 1988, deveria ser destinada a Reforma Agrária, pois a propriedade não está cumprindo com a função social da terra. Diante do grande índice de terras devolutas e terras improdutivas, têm-se, concomitantemente, movimentos sociais de luta pela terra no Estado de Mato Grosso do Sul. Assim, movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), FETAGRI/MS (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Mato Grosso do Sul) e CUT (Central Única dos Trabalhadores) são movimentos expressivos de lutas pela terra, organizando marchas, acampamentos, manifestações a partir das suas especificidades e similaridades de luta pela terra. Segundo Almeida (2006): mesma dinâmica que reproduz o campesinato, também reproduz as sociedades indígenas, pois pensar a constituição do capitalismo no Brasil é pensar também no processo de expropriação/desterritorialização dos territórios ancestrais indígenas e, também, (re) criação indígena.

6 No Mato Grosso do Sul, até o final da década de 1990, os acampamentos com ocupações de terra foram fundamentalmente realizados pelo MST, e a partir desse período a CUT/DETR passa a ser a principal organizadora. Todavia, a CUT, DERT não segue necessariamente o critério da massividade da ação, um dos princípios fundamentais do MST no tocante a essa forma de luta e resistência, em parte, em razão dos limites territoriais de atuação do sindicato. Situação que se observa com clareza quando relacionamos o número total de acampamentos com o número total de famílias envolvidas nas ações do MST e da CUT. Assim, ainda que a CUT organize um número maior de ocupações e acampamentos no Mato Grosso do Sul, o número de famílias participantes é inferior ao MST [...] Por sua vez os sindicatos ligados a Fetagri, analisados num contexto geral, não têm a ocupação como estratégia definida e, apenas posteriormente às primeiras conquistas de assentamentos no Mato Grosso do Sul, passaram a organizar acampamentos que, na aparência, assemelham-se às conhecidas cidades de lona, mas, no cerne, são barracos vazios, porém remunerados, a representar famílias cadastradas à espera do lote. Nesse sentido, o depoimento que segue é ilustrativo: a pessoa vem, monta o barraco e eu coloco o número e mando pra lá para ele fazer a ficha... Morando aqui no acampamento nós temos doze famílias... Mas aqui é para trezentas famílias (p.163 grifo nosso). As estratégias de luta desses movimentos, assim como coloca Almeida, têm direcionamentos delineados por especificidades de articulação entre liderança e base, sendo que essas relações estão imbricadas nas perspectivas ideológicas e políticas de luta pela terra, acarretando na organização política interna do movimento, com as relações estabelecidas com o Estado, a estrutura agrária brasileira, Sem Terras e a sociedade em geral. A luta pela terra do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST Vem, lutemos Punho erguido Nossa força nos leva a edificar Nossa pátria Livre e forte Construída pelo poder popular (Refrão do Hino do MST) O MST comemorou neste ano de 2009 seus 25 anos de luta pela/na terra, cujo nascimento se dá em 1984, [...] fundado oficialmente pelos trabalhadores em seu Primeiro Encontro Nacional, realizado nos dias 21 a 24 de janeiro, em Cascavel, no estado do Paraná [...] (FERNANDES, 1999, p. 40). O MST nasce tendo sua principal estratégia de luta às ocupações de terras, sendo esta, uma das principais formas de acesso a terra dos desprovidos historicamente a um pedaço de chão ou daqueles, que assim como as sociedades indígenas, foram expropriados/desterritorializados da terra. Segundo Fernandes (1999), teórico do movimento de espacialização e territorialização do MST:

7 O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, desde sua gênese, tem sido a principal organização no desenvolvimento dessa forma de luta. É impossível compreender a sua formação, sem entender a ocupação da terra. O MST nasceu da ocupação da terra e a reproduz nos processos de espacialização e territorialização da luta pela terra. Em cada estado onde iniciou a sua organização, o fato que registrou o seu princípio foi a ocupação. Essa ação e sua reprodução materializam a existência do Movimento, iniciando a construção de sua forma de organização, dimensionando-a. (p.8). Assim, como coloca Fernandes, o MST, enquanto o maior movimento social do Brasil, nasceu a partir das práticas de ocupações de fazendas em todo o Brasil, espacializando-se a partir das ocupações de terras, formação de acampamentos, marchas, manifestações no campo e na cidade e, posteriormente, se territorializando na conquista da terra, isto é, na desterritorialização do latifúndio e na territorialização camponesa, ou seja, o assentamento rural. Para o autor (1999), a ocupação para os sem-terra [...] é espaço/tempo que estabelece uma cisão entre latifúndio e assentamento e entre o passado e o futuro [...] espaço de luta e resistência, representa a fronteira entre o sonho e a realidade, que é construída no enfrentamento cotidiano com os latifundiários e o Estado. (p.08). O MST é fruto de um movimento histórico de lutas pela terra no Brasil. Lutas como a de Sepé Tiaraju, Antonio Conselheiro, Zumbi dos Palmares, José Maria, Marçal de Souza e entre outros, fazem parte do processo de gestação (1979 a 1984) do Movimento dos Sem Terra (FERNANDES, 1999). Nestes 25 anos de existência, o movimento tem adquirido novas formas de luta pela terra e, também, de luta na terra, ou seja, pela permanência na terra daqueles que uma vez a conquistaram.os movimentos, também, ampliaram suas estratégias e ações na conquista pela terra, vendo no espaço urbano, mecanismos de dar mais vida ao movimento e, tal qual, transparência as suas ações em rede nacional, se colocando, também, na luta contra multinacionais e transnacionais. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra tornou-se um movimento de luta contra o capital, pois percebeu que apenas o acesso a terra não vai resolver o problema dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, mas que somente através de uma mudança política, econômica e ideológica pode-se transformar a sociedade, buscando, assim, um possível socialismo. Neste contexto, vemos o MST com um poder de atuação no campo e na cidade, com alianças com outros movimentos sociais, como os movimentos dos Sem-Teto no espaço urbano. Também, a luta pela terra obteve dimensões maiores, onde os sem terras, passaram a lutar pela educação, visando escolas de formação educacional para os Sem Terra, pois, Quando a organização do MST cria em sua estrutura um Setor de Educação, deixa para trás a concepção ingênua de que a luta pela terra é apenas pela conquista de

8 um pedaço de chão para produzir. Fica claro que está em jogo a questão mais ampla da cidadania do trabalhador rural sem-terra, que entre tantas coisas incluí também o direito à educação e à escola (CALDART; SCHWAAB apud FERNANDES, 1999, p. 166 grifo do autor). Deste modo, o MST foi com o tempo ampliando suas discussões e práticas em torno da luta pela terra, passando ela a ser também a luta na terra e pelo rompimento com o capital, pois a luta não termina quando se conquista a terra, contudo se ampliam as práticas em torno da concentração da estrutura fundiária brasileira, das condições de permanência na terra, das leis de mercado que comandam a dinâmica de produzir no campo, do monopólio da terra, da subordinação da renda da terra do camponês ao capital, das patentes de produtos agrícolas (como as sementes) e da vida do homem e da mulher do campo e da cidade. Assim, segundo Fernandes (1999), A partir da práxis, os sem-terra articularam, no período , as condições necessárias para criar um movimento social camponês. No período , territorializaram o MST, tornando-o um movimento nacional, construindo e consolidando sua estrutura organizativa. Desde o início dos anos 90, os sem terra estabeleceram essa estrutura, multidimensionada e em movimento, compreendida pelas formas de organização das atividades e pelas instâncias de representação, transformando o MST em uma organização social ampla [...]. (p.234). Neste sentido, a bandeira de luta pela Reforma Agrária do movimento é a luta contra o latifúndio no Brasil, mas, também, uma luta pela permanência na terra, por educação, moradia digna, alimentação, saúde, discussões e lutas em torno do direito e respeito a mulheres camponesas (MMC Movimento das mulheres camponesas) e entre outros direitos. Assim, da luta pela terra, o Movimento dos Trabalhadores Rurais incorporam, também, a luta contra o capital. Imagem I-

9 Fonte: Esta experiência humana de participação em um movimento social como o MST produz aprendizados coletivos, que aos poucos se conformam em cultura, naquele sentido de jeito de ser, hábitos, posturas, convicções, valores, expressões de vida social produzida em movimento, e que já extrapolam os limites deste grupo social específico. Isto não quer dizer que todas as pessoas que vivenciam estas ações coletivas aprendem a mesma coisa e da mesma maneira...cada sem-terra aprende a sê-lo do seu jeito e no seu ritmo, empurrado pelas circunstâncias que forçam essa consciência da necessidade de aprender. Mas esta diversidade não nos impede de identificar os aprendizados que são produtos da vivência coletiva no processo de construção do MST. Há um modo de ser Sem Terra que se compreende como tendência de ser das pessoas que fazem parte do Movimento, embora seus diversos traços possam não estar presentes, todos eles, em cada uma delas, separadamente, ainda que tenham coletivamente ajudado a produzi-los. (CALDART apud FERNANDES, 1999, p.215 grifo do autor). AS DES-RE-TERRITORIALIZAÇÕES OU R-EXISTÊNCIAS INDÍGENAS: EXPROPRIAÇÃO/DESTERRITORIALIZAÇÃO E LUTA PELA TERRA DOS GUARANI E KAIOWÁ As sociedades Guarani e Kaiowá R-Existem nas cidades, nas fazendas, nas aldeias e nos acampamentos, a fim de reivindicar a demarcação dos seus territórios tradicionais. As estratégias de re- existências das sociedades indígenas são muitas. Os Guarani e Kaiowá conhecidos durante a década de 1970 como índios de Fundo de Fazendas no Estado de Mato Grosso do Sul é um exemplo de resistência e R-Existência. Com a expansão das fronteiras agrícolas, a partir da década de 1950, têm-se uma nova configuração na estrutura fundiária do atual Estado de Mato Grosso do Sul, pois as políticas públicas a partir de 1950 no período getulista e, posteriormente, os militares (período militar ditadura), com políticas públicas de colonização do Centro-Oeste e Norte do Brasil financiaram um movimento migratório de gaúchos e paulistas para ocupar terras (fazendas) nessas áreas vistas sem gentes. Assim, o antigo, Mato Grosso, hoje, Mato Grosso do Sul, foi ocupado em um movimento de estabelecimento de uma nova frente pioneira, que se estabeleceu em detrimento da expropriação/desterritorialização dos territórios indígenas. Para Brand (1997) esse período se caracteriza pelo esparramo, período que vai de aproximadamente 1950 a 1970, e trouxe como conseqüências a perda das condições para reprodução das práticas culturais e religiosas. Os indígenas, porém, não ficaram alheios a esse processo, foram incorporados como mão-de-obra no processo de abertura das fazendas, trabalhando na derrubada das matas e formação de pastagens. E, posteriormente, com as fazendas formadas, ficavam trabalhando nas lavouras ou se dirigiam para

10 as reservas, servindo como principal mão-de-obra no plantio e colheita da cana-de-açúcar nas usinas sucro-alcooleiras 4. Nesse sentido, percebemos, de acordo com Brand, o impacto que teve os projetos governamentais, a partir da década de 1950, sobre o território Guarani e Kaiowá, marcando um processo de expropriação/desterritorialização dos indígenas de seus territórios tradicionais. Os Guarani e Kaiowá de fundos de fazendas, embora praticassem seus rituais, não tinham o desenvolvimento pleno da territorialidade Guarani e Kaiowá sobre aquele território, pois tinha se, naquele espaço, uma nova territorialização, modelada no monocultivo, latifúndio e exploração do trabalho, produzida a partir da expropriação/desterritorialização dos Guarani e Kaiowá dos territórios ancestrais. Ou seja, embora os Guarani e Kaiowá usufruíssem do seu território a partir de uma nova conjuntura política, imposta pelo Estado, não tinham o controle sobre seu território tradicional Guarani e Kaiowá, antes, seu, mas, agora, dominado por outra lógica de tempo, racionalidade e espacialidade. Neste sentido, a nova configuração em torno da grande propriedade da terra 5, a partir da década de 1950, culminou no processo de expropriação/desterritorialização efetiva dos Guarani e Kaiowá, entretanto, essa des-re-territorialização se deu nos interstícios na/da condição de indígenas de fundos de fazendas, pois com o processo de expropriação/desterritorialização, muitos indígenas se recriam nos fundos das fazendas morando ainda nas matas existentes, trabalhando para os novos donos de seus territórios ancestrais, sendo muitos deles gaúchos, catarinenses e paranaense. Durante a exploração do mate pela Companhia Matte Laranjeiras, os Guarani e Kaiowá, também tiveram um impacto expressivo sobre a perda dos seus territórios, contudo os impactos sobre o território e a territorialidade se deram mais intensamente devido à característica de propriedade privada que estava no cerne da distribuição de terras pós Dessa forma, a respeito da CAN (Colônias Agrícolas Nacionais), Brand afirma: A implantação dessa Colônia trouxe, para os Kaiowá, problemas bem diversos daqueles criados com Cia Matte Larangeiras. A Cia Matte Larangeiras interessavase somente pelos ervais nativos localizados dentro da terra dos Kaiowá e pela mãode-obra necessária para a exploração da mesma erva. Confrontavam-se eles, agora, com colonos em busca de propriedades. Portanto, o conflito entre as sociedades e a CAN foi imediata e total. (1997, p.75). 4 A primeira destilaria fundada no Mato Grosso do Sul se deu em Chamava-se Aquárius, quando de sua fundação e se localizava no então município de Pedro Gomes. Atualmente denomina-se Destilaria Sonora Estância, localizada no município de Sonora, criada em 1988 [...]. (RIBEIRO, 2001, p.283). 5 A configuração agrária/agrícola do antigo Estado de Mato Grosso, hoje, Mato Grosso do Sul, sempre foi moldado pela grande propriedade. A partir da década de 1970, se têm um novo delineamento de formação das grandes fazendas, no caso, da atual região da grande Dourados.

11 A conquista dos territórios Guarani e Kaiowá se deram através do processo de monopolização da terra pelo capital e de territorialização do capital no campo, tendo como conseqüência o processo de apropriação dos territórios tradicionais indígenas pelo capital, culminando no processo de desterritorialização do modo de ser Guarani e Kaiowá e, consequentemente, no processo de territorialização do latifúndio monopolista/monocultor/capitalista/agro-exportador. Porém, a desterritorialização não denota um fim de um modo de ser, mas sim, dá origem a uma reprodução de um novo modo de ser,. sendo, assim, um movimento dialético de des-re-territorialização. A disputa pela terra se inicia efetivamente a partir de Pois, as duas frentes pioneiras (Exploração do Matte e Marcha para Oeste) que mais impactaram o modo-de-ser Guarani e Kaiowá tinham interesses diferenciados sobre as terras. A empresa Matte Laranjeiras, diferentemente das políticas de povoamento do Centro-Oeste, não visava o título de propriedade, mas sim, a exploração fecunda do matte, contudo não lhe interessava a posse da terra, diferentemente da nova conjuntura política pós 1950, que se baseava na propriedade da terra. Por isso, nesse período, o processo de expropriação/desterritorialização dos Guarani e Kaiowá se dá de forma intensa, culminando na dispersão das famílias nucleares e, posteriormente, no confinamento em reservas demarcadas pelo SPI e FUNAI. Entre 1915 e 1928 o SPI criou oito reservas indígenas na região sul de Mato Grosso do Sul para os Guarani e Kaiowá, a fim de propiciar o processo de civilização/integração a sociedade nacional, representando [...] o melhor produto da dinâmica tutelar [...]. (LIMA apud BRAND, 2008, p. 38). As reservas criadas tinham como objetivo [...] mais do que garantir terras para os Kaiowá e Guarani, o governo estava preocupado em liberar terras para a colonização [...]. (BRAND, 2008, p. 38). Assim, posteriormente a 1950, com o processo intenso de expropriação/desterritorialização Guarani e Kaiowá dos seus territórios tradicionais têm-se paralelamente o inchamento populacional nas reservas, conhecida como confinamento compulsório. [...] as reservas demarcadas pelo SPI seguem abrigando cerca de 80,2% (29.921) da população indígena kaiowá e guarani. Segundo informações da FUNASA/2005, a população kaiowá e guarani atinge um total aproximadamente de pessoas. No entanto, desse total estão concentrados em três terras indígenas demarcadas pelo SPI Dourados, Amambaí e Caarapó que juntas atingem hectares de terra [...] (BRAND, 2008). A partir do final de 1970 e início da década de 1980 os Guarani e Kaiowá iniciam um amplo processo de luta pela recuperação dos territórios tradicionais ocupados por não-índios. Segundo Mangolim (1993) a década de 80 foi, sobretudo, um período fértil que resultou na emergência de muitas organizações indígenas no estado de Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil [...]. (p. 85). As sociedades indígenas foram colocadas em uma linha limite de sobrevivência. No caso dos

12 Guarani e Kaiowá a condição de confinamento só os possibilitava se organizar e reivindicar seus territórios tradicionais, surgindo, assim, como organização dos Guarani e Kaiowá a Aty Guasu, que significa Grande Reunião ou assembléia, tendo sua primeira reunião em 1978 (MANGOLIM, 1993). Segundo Mangolim (1993) [...] o Aty Guasu Guarani, por sua vez, faz parte de uma organização mais abrangente do Povo Guarani [...]. (p. 85). A partir das ações iniciadas em 1978, têm-se conquistas em torno da luta pelos territórios tradicionais indígenas, pois após 1928 não foi reconhecida legalmente pelo governo terras indígenas para os Guarani e Kaiowá. Segundo Brand (2008): As primeiras ações exitosas de recuperação de espaços dos quais haviam sido expulsos, iniciam em 1978, na aldeia Takuaraty Yvyvkuarusu, localizada no município de Paranhos. Os índios dessa área foram, por diversas vezes, expulsos e transferidos para áreas próximas, porém, mantendo-se articulados, sempre retornavam. Quase simultaneamente a população das aldeias de Rancho Jacaré e Guaimbé, localizadas no município de Laguna Caarapã, é transferida, arbitrariamente, para a terra indígena dos Kadiwéu, município de Porto Murtinho. Logram retornar às suas terras, dois anos após. Essas duas terras foram, em 1984, as primeiras a serem reconhecidas, legalmente, como terras indígenas pelo governo, após (p. 45). As Aty Guassu acontecem a partir de um sistema de revezamento, são realizadas em áreas indígenas, existindo sempre uma preferência por determinada área, buscando que os ambientes das reuniões sejam livres de interferências externas, áreas tranquilas, sem grandes índices de violência, bem localizada e entre outros (MANGOLIM, 1993, p. 88). A Aty Guasu é um espaço onde se coloca em debate os principais problemas que ameaçam o modo-de-vida Guarani e Kaiowá. Temas como: desnutrição, violências nas aldeias, alcoolismo, retomada dos territórios ancestrais entre outros são discussões freqüentes nas reuniões. As Aty Guasu acontecem, em média, três a quatro vezes ao ano, sendo que, às vezes ocorrem reuniões extraordinárias para discutir assuntos relevantes como a demarcação dos territórios ancestrais indígenas, sendo que a prioridade das/nas reuniões sempre são discussões referentes à luta pela terra. Segundo Mangolim (1993) [...] nas reuniões realizadas em áreas indígenas sempre acontecem rezas. A presença do cacique é indispensável e, muitas vezes, as discussões políticas não avançam muito, mas todos têm grande participação nas rezas 6. (p.88). 6 Os Guarani e Kaiowá têm sua vida baseada na espiritualidade. [...] Toda a vida mental dos Guarani converge para O Além... O seu ideal de cultura é de outra ordem; é a vivência mística da divindade, que não depende das qualidades éticas do indivíduo, mas da disposição espiritual de ouvir a voz da revelação. Essa atitude e esse ideal é que lhes determinam a personalidade (SCHADEN apud AZEVEDO et al, 2008, p. 09). Por isso, o papel dos caciques é de extrema importância nas Aty Guasu.

13 Imagem II : CDDH - Aty Guasu na Aldeia Panambi/MS, em 23 de agosto de (Reuniu mais de 500 pessoas, CDDH, 2009). Fonte: Disponível em: As principais estratégias de lutas dos Guarani e Kaiowá, hoje, são: bloqueamento de rodovias, acampamentos nas beiras das estradas (índios de corredor), articulação com outras sociedades indígenas, manifestações nas cidades, ocupações do prédio da FUNAI, ocupações de terras (muitas vezes na beira da estrada, próximo a área ancestral reivindicada) e entre outras. Tabela 01 - Ocupações de Terras no Estado de Mato Grosso do Sul Total Fonte: CPT Org. Mota, Juliana. Tabela 01 - Ocupações de Terras no Estado de Mato Grosso do Sul - índios Total Fonte: CPT Org. Mota, Juliana. 7 A Comissão Pastoral da Terra - CPT tem relatado sistematicamente os dados sobre as lutas sociais no campo, contudo, o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) tem desenvolvido pesquisas e relatórios específicos sobre as atuais condições das sociedades indígenas no Brasil. A CPT tem acompanhado a luta de seringueiros, indígenas, posseiros, sem-terra desde a década de Os dados apresentados nos Cadernos de Violência no campo Brasil: [...] são obtidos por meio de pesquisas primárias e secundárias. São realizados levantamentos de informações e dados em jornais de circulação local, estadual e nacional, boletins, publicações de diversas instituições: movimentos sociais, sindicatos, partidos, órgãos governamentais e igrejas: declaração e cartas assinadas, boletins de ocorrência, além de informações e dados pesquisados pelos Regionais da CPT e enviados a secretaria nacional. (CPT, 2003, p. 216). 8 A Comissão Pastoral da Terra - CPT tem relatado sistematicamente os dados sobre as lutas sociais no campo, contudo, o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) tem desenvolvido pesquisas e relatórios específicos sobre as atuais condições das sociedades indígenas no Brasil. A CPT tem acompanhado a luta de seringueiros, indígenas, posseiros,

14 Nos registros da CPT, no ano de 2003, não foi registrado ocupações de terras por indígenas. Entretanto, segundo dados do CIMI (2006) dos 26 conflitos relativos a Direitos territoriais no Brasil, 23 foram registrados no Estado de Mato Grosso do Sul. No ano de 2003, [...] cerca de 14 são relativos a retomadas para a revisão dos limites da terra indígena Buriti, do povo Terena [...] (CIMI, 2005, p.17). Segundo a CPT, no total de ocupação entre os anos de 2004 a 2007, com 67 registros, 26 foram feitas por indígenas, correspondendo 38.8% das ocupações de terras em todo o Estado de Mato Grosso do Sul. Importante salientar, também, que 2005, embora tenhamos registros expressivos de ocupação de terras por indígenas no Estado, correspondendo a 81.2% das ocupações, nos deparamos com grande número de registros de violência contra os povos indígenas. Segundo registros da CPT, neste ano, ocorreram dois assassinatos de indígenas, cinco tentativas de assassinatos, uma ameaça de morte e nove manifestações de luta pela terra. O ano de 2005 é marcado pelos conflitos entre fazendeiros e indígenas, que resultou no despejo em Nhande Ru Marangatu (Município de Antonio João), culminando dias depois no assassinato de Dorvalino Rocha, assassinado a tiros por seguranças contratados por fazendeiros da região, no dia 24 de dezembro de 2005, no acampamento em frente à fazenda Fronteira (CIMI, 2006). Na língua Guarani existe uma palavra ñemoyrõ, em Kaiowá ñemyrõ, que quer dizer tristeza, pranto, angústia, sentimento profundo que não vai passar, paixão, mágoa. É uma palavra usada para designar aquela dor de amor que não é correspondido. Essa palavra foi a expressão de um ancião da aldeia Ñnhanderu Marangatu referindo-se à terra que foi tomada e violentamente reintegrada à posse dos fazendeiros: ñemoyrõ é o sentimento de dor em relação ao sonho de viver em paz no tekoha, é o sentimento de amor pela terra que foi, por diversas vezes, violentamente expropriada, é a dor de um amor partido, um sentimento forte, lá dentro do peito, que parece que não vai passar nunca. Essas foram as expressões que o ancião Feliciano Soarez utilizou ao falar de seus sentimentos para o jovem professor e poeta Adão Ferreira Benites da sociedade Ñanderu Marangatu, aldeia Campestre, município de Antônio João MS. (CIMI, 2006, p.08 grifo do autor). As lutas pela terra dos Guarani e Kaiowá e de outras sociedades indígenas são lutas que se dão devido a concentrada estrutura agrária brasileira, propiciando diálogos e aproximações com as lutas do MST e de outros movimentos sociais. Contudo, a luta pela terra dos Guarani e Kaiowá são lutas pela retomada dos territórios ancestrais. Lutas que tem como base a terra tradicional, da morte e da sem-terra desde a década de Os dados apresentados nos Cadernos de Violência no campo Brasil: [...] são obtidos por meio de pesquisas primárias e secundárias. São realizados levantamentos de informações e dados em jornais de circulação local, estadual e nacional, boletins, publicações de diversas instituições: movimentos sociais, sindicatos, partidos, órgãos governamentais e igrejas: declaração e cartas assinadas, boletins de ocorrência, além de informações e dados pesquisados pelos Regionais da CPT e enviados a secretaria nacional. (CPT, 2003, p. 216).

15 vida, entre a fronteira do mundo espiritual e material, no convívio entre parentes, amigos e companheiros de lutas que já não estão ocupando, a partir da materialidade humana, o mundo dos Guarani e Kaiowá, ocupam espaços da espiritualidade e do xamamismo, pois vida e morte não estão dissociados, mas vivem no entorno das relações sociais, culturais, políticas e econômicas. Assim, a terra só tem sentido, se for à terra das bisavós, dos bisavôs, das avós, dos avôs, das mães, dos pais, dos filhos, dos netos, dos amigos e daqueles que há séculos se foram. Portanto, da ancestralidade que tem a terra da vida, com vidas que já não se representam materialmente nas conversas, festas, rituais e nas lutas pela terra, mas estão presente no entorno dos mundos entre vida e morte. Logo, a terra não é qualquer uma, é aquele que possam se identificar com ela, como assim coloca Vivalva. Meus pais e meus avós e meus parentes todos sempre moraram aqui e aqui estão enterrados; nosso povo não gosta de abandonar os lugares onde estão enterrados os parentes. [...] Minha terra é aqui e aqui tenho direitos a reclamar... fazendeiro pisa por cima da gente como se fosse praga; que não dá valor ao índio. Nossa terra agora é tudo capim e os bois pisam em cima de nossos parentes enterrados. O boi aqui tem mais valor que o índio, porque para ele tem comida bastante e para nossas crianças nem caçar o fazendeiro deixa. Aqui nós somos arapuá: sempre fechada em sua casinha, quando quer sair, os passarinhos estão prontos para pegálas. (VIVALVA apud MAGOLIM, 1993, p.59 grifo nosso). Segundo Vivalva, índio Kaiowá da Aldeia Campestre, a terra não é só o lugar onde se produz e se retira a sua sustentabilidade. A terra é o lugar, onde se pode estar perto daqueles que neste mundo já não estão mais presentes em sua materialidade. Mas que na cosmologia Guarani vive, a partir da presença espiritual de estar e se apropriar no/do território, onde em vida estiveram, também, seus parentes seus antepassados, seus iguais, os Guarani e os Kaiowá. Neste contexto, a terra é passado e presente, vida e morte, dialeticamente, entrelaçadas e algemadas no ser/estar no mundo, fazendo parte de uma simbologia de pertencimento e reprodução de um modo-de-vida. Assim, estar e ter acesso aos territórios ancestrais possibilita a reprodução da identidade Guarani e Kaiowá. Identidades modeladas paralelamente ao movimento das/nas sociedades, na dinâmica do modo-deser nos territórios tradicionais e, posteriormente, na expropriação/desterritorialização, esparramo 9, confinamento nas reservas indígenas e lutas pela terra. Portanto, identidade ou identidades Guarani e Kaiowá em/no movimento. 9 Brand (1997) se remete ao Movimento de dispersão dos territórios tradicionais Guarani e Kaiowá, a partir da territorialização das sucessivas ondas de expansão pioneiras, como o territorialização da Matte Laranjeiras, em fins do século XIX, a criação da Colônia Agrícola de Dourados (1940), até a formação de fazendas de gado, monoculturas do trigo, soja e, recentemente, a expansão da cana.

16 CONSIDERAÇÕES FINAIS Desta forma, entendemos que as lutas pela terra têm similaridades e distinções, com suas especificidades próprias, pois apesar de lutarem pela reterritorialização, ou seja, pela conquista do controle territorial, o campesinato e os Guarani e Kaiowá não entendem e não se apropriaram do significado da terra da mesma forma. A terra, ou melhor, a luta pelo acesso à terra, tem para o MST fundamento devido ao impedimento de uma grande parcela de camponeses do acesso a terra, fruto da constituição da concentrada estrutura agrária brasileira e do desenvolvimento do capitalismo no campo que gera a exclusão e miséria da maioria da sociedade. Embora, para os Guarani e Kaiowá a expropriação/desterritorialização à terra tenha esse caráter, ela também tem a dimensão da ancestralidade da terra, a partir do conjunto de significados que não só tem a terra, mas os entes ali enterrados (parentes). A luta pelos territórios ancestrais Guarani e Kaiowá, passa por um movimento de pertencer sem estar no território, de exercer a territorialidade, mesmo expropriado/desterritorializado da terra, onde a terra se confunde com o próprio índio. Por isso, as relações de trabalho, a organização familiar, as metodologias de lutas e entre outros itens, são construções específicas que fazem com que as lutas não tenham o mesmo caráter de reconhecimento e identificação com a terra, do modo de viver e de estar nela. Neste sentido, a terra para o campesinato não passa pela necessidade de ser o mesmo território onde seus antepassados foram enterrados, mesmo porque, o campesinato brasileiro não possui uma história de séculos com o mesmo território, como é o caso do território indígena. Uma das características desse campesinato foi sempre o de migrar em busca de locais onde o capital não havia se territorializado, e, hoje, a luta é pela busca de recuperar os territórios controlados pelo capital. Para os camponeses, a terra é, também, parte indissociável do ser, estar, viver e estabelecer relações no mundo, entretanto, não da mesma maneira de que os indígenas. A terra para o camponês tem significado de pertença, no sentido de estar na terra ou no campo, entretanto, a terra precisa ser boa, cultivável e produtiva (não na lógica do capitalismo agronegócio). E, principalmente, esta terra não precisa ser, necessariamente, as terras há séculos ocupados por seus parentes/ancestrais. A terra, ou melhor, o mato é o próprio Kaiowá. Sem terra e sem mato, ficam impossibilitadas a sua reprodução cultural e material. (BRAND; COLMAN, 2008). Estar na terra é a condição essencial da reprodução da vida, pois estar no território tradicional, possibilita a territorialização e a continuidade da territorialidade Guarani e Kaiowá, a partir de um tempo histórico que não passou, tendo em vista que o estar com os parentes, não significa que esteja fundamentado em uma materialidade existencial, porque o parente vive na terra e sobre a terra que condiciona a própria reprodução de um modo-de-ser. Assim, estar com os parentes ou entre os parentes, na vida e na morte, significa obter forças para continuar a se reproduzir, resistir e R-Existir.

17 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, Rosemeire Aparecida de. (Re) criação do campesinato, identidade e distinção: a luta pela terra e o habitus de classe. São Paulo: UNESP, AZEVEDO, Marta; BRAND, Antonio; HECK, Egon; MÉLIA, Bartolomeu; PEREIRA, Levi Marques. Guarani Retã: povos Guarani na fronteira Argentina, Brasil e Paraguai, BRAND, Antonio Jacó; COLMAN, Rosa Sebastiana. Território para os kaiowá e Guarani. Disponível em: Acesso em: 18/08/2008. BRAND, Antonio Jacó; FERREIRA, Eva Maria Luiz; AZAMBUJA, Fernando de. Os Kaiowá e Guarani e os processo de ocupação de seu território em Mato Grosso do Sul. ALMEIDA, Rosemeire Aparecida de. A questão agrária em Mato Grosso do Sul: uma visão multidisciplinar. Campo Grande: EDUFMS, BRAND, Paulo. O impacto da perda de terra sobre a tradição Kaiowá / Guarani: os difíceis caminhos da palavra [Tese de doutorado]. Rio Grande do Sul. PUC: COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Ocupações. In:. Cadernos: conflitos no campo Brasil, CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Violência contra os povos indígenas no Brasil ( ), ENGELS, F. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. In: Textos. São Paulo: [s.n], (Mimeografado). FERNANDES, Bernardo Mançano. Contribuição ao estudo do campesinato brasileiro formação e territorialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST ( ). [Tese de doutorado]. Presidente Prudente: UNESP, MANGOLIM, Olívio. Povos indígenas no Mato Grosso do Sul: viveremos por mais 500 anos. Campo Grande: CIMI, OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. A geografia agrária e as transformações territoriais recentes no campo brasileiro. In: Novos caminhos da geografia. CARLOS, Ana F. A. (org.). São Paulo: Contexto, p OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Barbárie e modernidade: as transformações no campo e o agronegócio no Brasil. São Paulo. Revista Terra Livre, ano 19, v. 2, n. 21, p , jul/dez, OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A agricultura camponesa no Brasil. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1997.

18 OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Prefácio. ALMEIDA, Rosemeire Aparecida de. (Org.). A questão agrária em Mato Grosso do Sul: uma visão multidisciplinar. Campo Grande: EDUFMS, PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A geograficidade do social: uma contribuição pra o debate metodológico para os estudos de conflitos e movimentos sociais na América Latina. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três Lagoas. v. 1, n. 3, ano 3, mai. 2006b. PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006a. PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Da geografia às geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. Buenos Aires: Clacso, [200?]. (Mimeografado). RIBEIRO, Darcy. Os índios e a civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

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