AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO ATERRO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA MURIBECA

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1 AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO ATERRO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA MURIBECA José Fernando Thomé Jucá Departamento de Engenharia Civil Universidade Federal de Pernambuco Veruschka Escarião Dessoles Monteiro Universidade Federal de Pernambuco Fernando Jorge Santos de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE Felipe Jucá Maciel Universidade Federal de Pernambuco 1. INTRODUÇÃO Recife enfrenta, como toda grande cidade, os problemas causados pela disposição inadequada do lixo urbano. Na Região Metropolitana do Recife existem atualmente 14 lixões em operação, sem que haja uma avaliação adequada de sua influência sobre o meio ambiente. O Aterro da Muribeca repesenta o maior Aterro em Operação do Estado de Pernambuco e funciona como depósitos de resíduos desde O Aterro da Muribeca está situado na Região Metropolitana de Recife no Município de Jaboatão dos Guararapes. Recebe diariamente 2.8 toneladas de resíduos domésticos, hospitalares e industriais, atende aos municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes. Possui uma área de 6 hectares. O processo de transformação da área em aterro controlado consiste na construção de 9 células, cujas espessuras de camada de lixo varia de 2 a 3m, aproximadamente. A técnica de tratamento adotada neste Aterro consiste em um tratamento biológico com recirculação de chorume, com o objetivo de acelerar o processo de decomposição dos resíduos. O processo foi iniciado pelas Células 1, 2, 3 e 4 e será implantado em todas as células (Figura 1). A busca de soluções para a destinação final dos resíduos tem se constituído num grande desafio, sobretudo no que concerne à poluição dos solos, do ar e dos recursos hídricos do planeta. O monitoramento ambiental do Aterro da Muribeca tem por objetivo avaliar os parâmetros físico-químicos e biológicos, bem como o processo de tratamento adotado pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana da Cidade do Recife (EMLURB). A execução do monitoramento envolveu o controle de contaminação dos recursos hídricos, do subsolo e do ar, o acompanhamento do processo de tratamento (iniciado em setembro de 1998) realizado na Célula 1, coleta de amostras de chorume Reciclagem Cortina de Argila Célula 6 Célula 7 Célula 8 Célula 2 Célula 3 Célula 4 Célula 5 Célula 1 Segregação Figura 1. Células e tratamento do lixo no Aterro da Muribeca. 419

2 proveniente das Células 1, 2, 3 e 4, água superficial (Rios Muribequinha e Jaboatão) a montante e a jusante da região do Aterro, e águas subterrâneas. Nas Células foi executada a instrumentação para monitoramento do processo de decomposição do lixo. Esta instrumentação envolveu instalação de placas e medidores em profundidade para controle de recalques, medidores de temperatura da massa sólida, piezômetros para medição do nível de chorume nas Células e coleta de amostras. Nas Células 1,2, 3 e 4 foram realizados ensaios de campo, envolvendo sondagens tipo SPT a fim de determinar os parâmetros de umidade, sólidos voláteis e ph da massa sólida em decomposição; definir a espessura de lixo, solo e profundidade da rocha (definição dos perfis das Células); bem como auxiliar na instalação de piezômetros e termopares para medição da temperatura da massa sólida em profundidade. Além disso, é feito o controle da vazão do chorume efluente do Aterro, a qual deságua no Rio Muribequinha, para identificar o potencial poluente deste fluido em conjunção com os dados climáticos. Este trabalho apresenta os resultados obtidos em quatro anos de observação dos indicadores ambientais e de evolução do processo de tratamento. 2. MONITORAMENTO AMBIENTAL 2.1Clima Em complemento aos dados climáticos históricos obtidos na Estação do Curado- Recife, a partir de março de 1999 iniciou-se a aquisição automática de dados meteorológicos Precipitação min max med 29/3/99 27/9/99 na Estação do Aterro da Muribeca, a qual fornece dados como precipitação, direção e velocidade do vento, temperatura do ar e solo, pressão atmosférica, evaporação e umidade relativa do ar. Como a aquisição automática de dados é feita a cada hora, foi desenvolvido um programa computacional a fim de se obter dados de todos os parâmetros climáticos diários e mensais, sendo fornecidos valores mínimos, médios e máximos que servirão de base para verificar o avanço da pluma de contaminação do ar, líquidos e sólidos no Aterro. Alguns dados obtidosos obtidos estão apresentados na Figura Projeto de Instrumentação das Células No Aterro da Muribeca foram instrumentadas 4 Células de lixo e a instrumentação de cada Célula envolveu: Instalação de placas de recalque distribuídas ao longo da superfície de cada Célula; Instalação de medidores de recalque em profundidade (aranhas) na Célula 4; Execução de furos de sondagem para obtenção do perfil de cada Célula, definindo, portanto, a espessura de lixo bem como, obtenção de amostras (ph, sólidos voláteis, umidade) ao longo da profundidade); Instalação de piezômetros em um furos de sondagem para coleta de líquidos e medição do nível da manta líquida em cada Célula; Umidade Relativa do Ar min max med 1/3/99 27/9/99 Figura 2. Dados climáticos: Aterro da Muribeca.. 42

3 Instalação de termopares para medição da temperatura da massa sólida em profundidade em cada Célula. A instalação também foi feita em um furo de sondagem; Locação de todos os pontos de monitoramento das Células As Figuras 3 e 4 e apresentam toda instrumentação de uma Célula no Aterro da Muribeca (Planta e Perfil). 2.3 Monitoramento de Líquidos O monitoramento de líquidos no Aterro da Muribeca consta de amostragens de águas superficiais (Rios Muribequinha e Jaboatão) que circundam a área do Aterro, águas subterrâneas e de chorume em diferentes células e profundidade, procurando com isto: (1) verificar a contaminação dos recursos hídricos do local e correlacioná-la com a sazonalidade (2) traçar a melhor estratégia de ação no tratamento dos resíduos; (3) viabilizar um banco de dados sobre o líquido gerado na Muribeca como subsídio para entendimentos dos fenômenos de contaminação; (4) acompanhar o processo de decomposição natural e induzida nas células estudando assim a eficiência do tratamento empregado. A amostragem de chorume se dá em piezômetros instalados nas células, com auxílio de coletores tipo caneca. A técnica de coleta e conservação adotada foi a descrita em CETESB, Para as amostras de água subterrânea coletores tipo caneca também são usados. As amostragem nos rios se dão com auxílio de recipientes plásticos de 8 litros provido de corda de nylon, procurando-se evitar amostragem próximo as margens e buscando-se o sentido do fluxo. São amostrados cerca de 1 litros de líquido para as análises físico-químicas em geral, 1 litro para determinação dos metais e cerca de 25 ml para os ensaios microbiológicos. Para cada amostra de líquido são determinados o ph, alcalinidade, DBO, DQO, Cloretos, ST, SDT, STV, Cálcio, Magnésio, Potássio, Amônio, Nitrito e Nitrato, sendo as mesmas realizadas de acordo com APHA, Águas Superficiais O monitoramento destes recursos consta de pontos de amostragem a montante e a jusante da região do aterro, nos Rios Muribequinha e Jaboatão. A Figura 5 apresenta a locação de alguns dos pontos de coletas de líquido. O ph das amostras têm apresentados valores aproximadamente constante na faixa levemente ácida. Tal fato se deve à presença de espécies dissolvidas na águas, em geral ácidos fracos, como o ácido carbônico. A presença de sais de hidrólise ácida e neutra, como os cloretos e sulfatos de metais alcalinos, também influencia na manutenção deste parâmetro nesta faixa. A Figura 6 mostra a evolução deste parâmetro com o tempo. A DQO é um método muito utilizado para medir o teor de matéria orgânica em amostras de águas e efluentes e eqüivale ao oxigênio necessário à oxidação da matéria orgânica. Os baixos valores de DQO indicam material pouco oxidável sendo alguns dos picos observados são justificados pela oxidação de materiais inorgânicos como argila arrastadas aos rios através das chuvas, e outros picos devido a elevada evaporação, como observado nestes últimos três meses. A Figura 7 apresenta a evolução da DQO com o tempo. A DBO de cinco dias é um dos parâmetros usados para identificação de amostras de água com contaminação por material orgânico. As águas a montante da região do aterro apresentam valores muito baixos indicando que tais mananciais não sofrem elevada contaminação orgânica. Alguns valores mais elevados de DBO podem indicar provável adição de esgotos domésticos e/ou efluentes de indústria açucareira como notado em campo em algumas ocasiões, no entanto, em geral valores menores que o teto estipulado pela resolução número 2 do CONAMA de 1986 para águas de Classe 2 são encontrados. A Figura 8 mostra a evolução deste parâmetro com o tempo. 421

4 35,m 25,m 2,m 4,m 15,m ATERRO DA MURIBECA CÉLULA 4 (PLANTA) A CÉLULA 3 VIA DE ACESSO SPT SPT1=PZ1 8 CÉLULA 6 1 SPT VIA DE ACESSO CÉLULA 5 B 5m Figura 3. Planta de uma Célula do Aterro da Muribeca. PERFIL CÉLULA 4 SPT3 SPT1=PZ1 SPT2 LIXO LIXO ROCHA SOLO SOLO ROCHA CORTE AB LEGENDA: 5m ATERRO SPT LIXO SOLO PZ ROCHA MEDIDOR DE RECALQUES EM PROF. (ARANHAS) Desenhista: EVERALDO PAULO Figura 4. Perfil de uma Célula do Aterro da Muribeca. 422

5 Figura 5. Localização de alguns pontos de coleta de líquidos. 1 P-1 CONAMA P-3 P P-13 9 ph MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT DEZ JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI /97 /98 /99 Figura 6. Variação do ph com o tempo. Tempo (meses) P-1 P-3 P P-13 1 DQO MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT DEZ JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI /97 /98 /99 Figura 7. Evolução da DQO com o tempo. Tempo (meses) 423

6 35 3 P-1 P-3 CONAMA P P-13 DBO (mg/l de O2) Figura 8. Evolução da DBO com o tempo MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUTDEZ/97 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI /97 /98 /99 Tempo (mêses) A alcalinidade das amostras obtidas águas é das amostras a montante da região do aterros é devido a presença de bicarbonatos e carbonatos (amostras com ph menor que 8,3). A alcalinidade é um parâmetro que não traz danos a saúde, mas provoca alterações significativas de paladar. Nas amostras analisadas valores baixos são encontrados. O Cloreto é um íon abundante em amostras de águas residuais e é forte indicador da contaminação por esgotos domésticos, sendo prejudicial à saúde humana em concentrações superiores a 1 mg/l. Os valores encontrados no monitoramento deste parâmetro são baixos. A Figura 9 mostra a evolução deste parâmetro com o tempo. O teor de sólidos voláteis (Figura 1) é tomado como proporcional ao teor de material orgânico contido nas amostras. Tal teor mantém-se com variações aleatórias sendo valores baixos encontrados na maioria do tempo, indicando baixa contaminação por material orgânico. No entanto, no último mês uma elevação significativa foi observada, idêntica a dos Cloretos que deve ser provavelmente devido a descarga de esgotos domésticos. Os teores de cálcio e magnésio são baixos, indicando a não dureza dos rios. Os teores dos demais metais monitorados são baixos não ultrapassando os valores máximos estabelecidos na Resolução n 2 do CONAMA de P-1 CONAMA P-3 P P-13 Cloretos (mg/l de Cl) Figura 9. Variação de cloretos com o tempo. MAI JUN JUL AGO SET OUTDEZ /97JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI /98 /99 Tempo (meses) 424

7 8 P-3 P-1 P P-13 Solidos volateis em mg/l Figura 1. Teor de Sólidos Voláteis com o tempo. MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUTDEZ/97 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI /98 /99 Tempo (meses) Os dados microbiológicos apontam para uma contaminação biológicas, que provavelmente é devida a união com esgotos domésticos de moradores ribeirinhos. O NMP de Coliformes fecais muito próximo do NMP dos Coliformes totais reforçam esta hipótese. A viabilidade celular é elevada revelando a não potabilidade dos rios Muribequinha e Jaboatão. O teto máximo estabelecido na resolução acima citada é ultrapassado, mesmo a montante do Aterro. No último mês de maio não se teve acesso aos pontos P-4 e P-14, sendo por esta razão apresentados dados até o mês de março do corrente ano. A partir do ponto de descarga de chorume, observa-se para o Rio Muribequinha: (1) um aumento de cerca de 47 % na DQO indicando acréscimo de material inorgânico e orgânico no rio, que acarreta queda na qualidade da água. (2) Em conjunção também ocorre um aumento na DBO de cerca de 36%, sendo o limite superior estipulado pela Resolução Número 2 do CONAMA de 1986, ultrapassado. O elevado teor de sólidos voláteis confirma a DBO, e o elevado teor de sólidos aponta para necessidade de cuidados com o assoreamento do rio em questão. Aumento do ph para faixa alcalina confirma adição de chorume ao rio, além de uma elevação de cerca de 25% na alcalinidade. As concentrações de metais alcalinos, elementos mais abundantes no chorume, também são acrescidas: 7% de elevação para cálcio, 17% para magnésio, 379 % para o potássio e 28% para o sódio, podendo causar dureza às águas do rio. A carga orgânica promovida pela adição de chorume ao Rio Muribequinha alcança cifras de 362,5 mg/s. A carga dos metais são: 2,5 mg/s de Al,,15 mg/s de Cr, 43,2 mg/s de Fe, 16,25 mg/s de P que acarreta poluição deste recurso hídrico. As Figuras 11 a 13 mostram a evolução dos parâmetros físico-químicos a jusante da região do Aterro. O NMP de Coliformes a jusante é acrescido em no mínimo uma ordem de grandeza, indicando o potencial poluente biológico do chorume, e como estes microorganismos foram gerados em ambiente agressivo, são muito resistente podendo desta forma causar maiores danos à saúde Chorume São monitoradas quatro das nove células do aterro: Células 1, 2, 3 e 4. As Células 1 e 2 confinam resíduos mais antigos e as Células 3 e 4, resíduos mais recentes. Foram instalados piezômetros nestas células, em diferentes profundidades afim de se obter amostras com a profundidade. Pz-9 é um piezômetro instalado na Célula 1 a aproximados 5 m da camada de cobertura, o Pz a aproximados 15m e o Pz-6 a aproximados 18 m. O Pz-8 também é um piezômetro, porém instalado na Célula 2. Os dados referentes aos líquidos das Células 3 e 4 serão apresentados em forma de tabela (Tabela 1) por se tratarem de pontos com recente implantação, com apenas um mês de monitoramento. Os pontos P-2 e P-21 são pontos de amostragem do canal de escoamento 425

8 do chorume até o Riacho Muribequinha, sendo o P-2 próximo às células e o P-21 já às margens do Riacho em questão. A evolução de alguns dos parâmetros físico químicos do chorume é apresentada nas Figuras 14 e 15. DBO (mg/l de O2) P-4 P-14 CONAMA 4 2 MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ SET/98 OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR /97 /99 Tempo (meses) Figura 11. DBO versus Tempo. DQO (mg / l de O2) Figura 12. DQO versus Tempo. 5 MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT SET/98OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR /97 /99 Tempo (meses) P-4 P-14 1 CONAMA P-4 P-14 9 ph Figura 13. ph versus Tempo. 4 MARABR MAI JUN JUL AGO SET OUTNOV DEZ JUL SET OUTNOV DEZ JAN FEV MARABR /97 /98 /99 Tempo (meses) 426

9 9 8 7 ph Pz-9 P-2 P DQO (1mg/l O2) DBO (mg/l O2) Sólidos Totais Voláteis (1 mg/l) / / / / Alcalinidade (1 mg/l CaCO3) / / / / Cloretos (1 mg/l de Cl) Figura 14. Parâmetros físico-químicos do chorume: ph, DQO, DBO, Sólidos Totais Voláteis, alcalinidade e Cloretos. 427

10 O comportamento da concentração da maioria dos parâmetros monitorados no chorume parece ser função da sazonalidade. Nota-se maiores valores de pico nas épocas secas. Nas épocas chuvosas, a redução dos valores de concentração obtidos se deve provavelmente a infiltração de águas de chuva pela camada de cobertura que possui uma permeabilidade medida in situ de k in situ = 4 x 1 cm/s. Para as células com resíduos mais antigos, os valores de DBO, DQO e sólidos voláteis são baixos e típicos de resíduos em fase final de decomposição (Akesson e Nilsson, 1997). A constância de ph indica um estado estacionário de produção de ácidos de cadeia curta e sua decomposição a CH 4 e CO 2, (Chian e De Walle,1976). Os elevados teores de sólidos totais no chorume indicam que há lixiviação e decomposição do resíduo confinado. A presença de amônio também é verificada de forma qualitativa. Os resultados são freqüentemente encontrados como presença acentuada que indica decomposição de materiais nitrogenados, comumente encontrado em materiais orgânicos diversos. Com o escoamento do chorume pelo canal de descarga (P-2 a P-21), há significativa redução da concentração destes elementos que pode estar relacionado com o elevado poder de sorção do solo de fundo do canal ou com infiltração por o solo possui caráter aluvionar, que facilita a contaminação do solo em questão. Como são muitos os elementos pesquisados iremos apresentar os resultados concernentes ao Pz9 (Figura 15), ponto mais antigo de coleta de chorume. Também para estes parâmetros é observada a função sazonal. Os resultados apontam para o Fe, Al, Cu, Zn e Mn como os principais agentes encontrados no chorume, visto que os demais metais pesados são encontrados em concentrações baixa e os alcalinos não trazem maiores danos à saúde. Microbiologicamente o chorume nas células com resíduos antigos é rico em Coliformes, com elevado numero do células viáveis, que pode favorecer a decomposição dos resíduos. Nas células com resíduos mais jovens (C3 e C4) o número mais provável de Coliformes também é elevado. O número de unidades formadoras de colônias também é alto para estas células favorecendo o processo de decomposição. Em relação as correlações com a idade, alguns resultados do chorume dos resíduos mais jovens tendem a ser mais elevados, (Tabela 1), isto se deve ao elevado teor de material orgânico. Os teores de metais nos chorume proveniente dos resíduos mais jovens tem sido de difícil determinação devido ao poder de complexação dos materiais orgânicos, sendo encontrados valores muito altos ou mesmo muito baixos, que revela a complexidade do líquido em questão Determinação de vazão e Balanço Hídrico A determinação da vazão visa uma melhor compreensão e interpretação dos resultados das análises, bem como o conhecimento do movimento hídrico relacionando-se a vazão com outros parâmetros como a evaporação e precipitação. É feito o controle da vazão do chorume efluente do Aterro, a qual deságua no Rio Muribequinha, para identificar o potencial poluente deste fluido em conjunção com os dados climáticos. A Figuras 16 e 17 mostram as vazões determinadas nos pontos de saída do chorume nos anos 1996 à 1999 e o Balanço hídrico, respectivamente. Tabela 1: Parâmetros do chorume dos resíduos mais jovens (Células 3 e 4) Parâmetro Faixa de Variação ph 7,88-8,25 Condutividade (µs/cm) 27.5, 21.6, Alc. Total (mg/l de CaCO 3 ) 13.67, ,7 DQO (mg/l de O 2 ) 16.8, , DBO (mg/l de O 2 ) 2.245, , Cloretos (mg/l de Cl) 4.912,7-4.67,5 Sólidos totais (mg/l) , , Sólidos Voláteis (mg/l) , , 428

11 Concentração (mg/l do Elemento) Magnésio Cálcio Sódio Potássio Concentração (mg/l do Elemento) Ferro Alumínio Fósforo Concentração (mg/l do Elemento) 3,5 3 2,5 2 1,5 1,5 Zinco Chumbo Níquel Manganês Figura 15. Concentração de metais no chorume (PZ9). A determinação da vazão de chorume foi feita através da medição da velocidade de fluxo utilizando um equipamento de última geração (SENSA RC2) com medição da automática direta. A vazão foi determinada utilizando uma seção de geometria (dimensões) conhecidas em um ponto ponto de descarga de chorume o qual deságua no Rio Muribequinha. A vazão de chorume alcança valores de até 3 litros por segundo (Figura 16), ou melhor 18 litros por hora, sendo isto detectado na época chuvosa do ano de 1997, que leva a uma carga orgânica adicionada ao Riacho Muribequinha de aproximados 86 g/s. Em 1999 a carga orgânica adicionada ao referido Riacho reduziu-se a aproximados 215 g/s que significa uma redução em torno de 75% em dois anos. Este fato está relacionado às condições climáticas dos períodos referidos. De acordo com os dados de vazão e os dados climáticos, verifica-se que a vazão de chorume nos pontos de descarga se mantém praticamente constante ( ) para o mesmo período do ano em que foi medida, com aumento no período onde a precipitação mensal (junho 1997, julho 1999 e agosto 1999) é mais elevada. Estes dados mostram que tratase de uma vazão bastante elevada com carga de contaminação também alta. 2.4 Monitoramento de Sólidos Lixo O monitoramento dos resíduos constitui uma ferramenta para a verificação do estágio de 429

12 decomposição da matéria orgânica, bem como a evolução deste processo com o tempo. O teor de matéria orgânica presente em um aterro de resíduos sólidos é de fundamental importância para o acompanhamento do processo de decomposição dos resíduos e também afeta as propriedades mecânicas do lixo. Os dados relativos à composição gravimétrica do lixo é de fundamental importância para avaliar seu potencial de contaminação (Figura 18). 5 Vazão de chorume P2 (l/s) Figura 16. Vazão de Chorume P2 x Tempo. Dez96 Jun 97 Jan 99 Jul 99 Ago 99 Tempo Precipitaçao acumulada (mm) Precipitaçao Indice HidricoBalanço Hidrico Figura 17. Balanço Hídrico x Tempo. -2 Dez 96 Jun 97 Jan 99 Jul 99 Ago 99 Periodo Matéria Orgânica 6% Outros 13% Vidro 2% Metal 2% Plástico 8% Papel 15% Figura Composição Gravimétrica do Aterro da Muribeca. 43

13 2.4.1 Sondagens SPT nas Células 1,2,3 e 4 Durante os meses de março a maio de 1999 foram realizados mais 9 furos de sondagens nas Células 1, 2,3 e 4 a fim de se obter amostras para análises de teor de umidade e sólidos voláteis, podendo ser avaliado, desta forma, a evolução do processo de decomposição da matéria orgânica ao longo do tempo. Durante as sondagens, objetivou-se determinar: espessura do lixo, resistência à penetração do amostrador padrão na sondagem à percussão, nível da manta líquida, instalação de piezômetros e coleta de líquidos para análises físico-químicas e microbiológicas A sondagem realizada foi do tipo contínua à percussão, sem lavagem e com o auxílio de um revestimento de 6,35cm de diâmetro interno. Para a caracterização dos materiais das diversas camadas, procedeu-se a extração das amostras com amostrador padrão de 3,4cm de diâmetro interno e 5,8cm de diâmetro externo e 78cm de comprimento total. Alguns resultados obtidos durante a realização da sondagem tipo SPT estão mostrados na Figura 19. Observa-se que ocorre, praticamente os mesmos valores de resistência à penetração do amostrador padrão, ao longo da profundidade os SPTs das Células 1 e 2, com resistência do lixo baixa ao longo do perfil. Ocorre um pequeno acréscimo no valor da resistência nas profundidades mais elevadas nas Células 3 e 4, devido provavelmente a drenagem mais eficiente (camada de solo mais permeável no fundo das Células. Ao longo do perfil esta resistência varia, aproximadamente, de 1 a 15 golpes/3cm, valores típicos para este ensaio, observados na literatura técnica o que representa uma resistência muito baixa. Durante a realização das sondagens objetivou-se o obter o perfil completo das espessuras de lixo, solo e profundidade da rocha, devido a dificuldades na realização dos ensaios não foi possível o avanço de todas as sondagens até a profundidade desejada. Nas Células 3 e 4 (lixo novo) verifica-se que a resistência tem um pequeno aumento com a profundidade. Apesar disso, esta resistência apresenta-se praticamente constante ao longo da profundidade, apresentando alguns picos, o que somente indica a presença de materiais diversos mais resistentes que a maioria Perfis de umidade, sólidos voláteis e ph A determinação do teor de umidade, sólidos voláteis e ph do lixo foi determinada segundo WHO (1979) utilizando amostras obtidas em furos de sondagens realizados nas Células 1, 2, 3 e 4 e os resultados estão apresentados nas Figuras 2 a 28. Figura 19. Resultados ensaios SPT. 431

14 Teor de Umidade (%) Teor de Sólidos Voláteis (%) SPT 1 (maio/98) SPT 6 (março/99) SPT 5 (março/99) SPT2(maio/98) SPT4(maio/98) Pr ofu ndi -1 da de (m) -2 SPT6(março/99) SPT1(maio/98) SPT5(maio/98) SPT2(maio/98) SPT4(maio/98) SPT5(março/99) Figura 2: Teor de Umidade e Sólidos Voláteis no aterro da Muribeca (Célula 1). (%) Sólidos voláteis Umidade Figura 21. Perfis de sólidos voláteis e umidade no SPT 8 (Célula 2). Os teores de umidade e sólidos voláteis são baixos, apresentando a matéria orgânica quase totalmente decomposta, consequentemente menor a atividade microbiológica, o que pode ser devido à idade dos resíduos (lixo velho). Os altos teores de umidade encontrados são devidos aos bolsões de chorume naquelas profundidades, observados nos pontos de pico dos gráficos. Nota-se redução no teor de sólidos voláteis (Figura 2) nas menores profundidades, isto devido esta camada possuir resíduos dispostos mais recentemente, com a finalidade do complemento do volume da Célula para assim proceder-se a cobertura final. Com o aumento da profundidade, e por conseguinte da idade do resíduo, nenhuma evolução foi observada. Nota-se um teor médio de 1% de sólidos voláteis excetuando-se os pontos de profundidade em torno de 1 a 14 m que apresentaram teor médio de 15% (Figura 21). No entanto, estes valores são baixos, condizendo com a idade do lixo confinado. O teores médio de umidade é de 25%. Palmisano e Barlaz, 1996 indicam que um teor inferior a 2% de umidade é inibitório para processos anaeróbios. Observa-se porém que os maiores teores de umidade estão relacionados aos maiores teores de sólidos voláteis que indica que a maioria da umidade encontra-se na fase orgânica do lixo o que pode acarretar numa elevada umidade relativa na matéria orgânica, facilitando assim o processo de decomposição. 432

15 ph Figuras 22. Perfil de ph no SPT 8 (Célula 2). (%) SPT-1 SPT-2 SPT-3 Figura 23. Teor de Sólidos Voláteis (%) das amostras dos SPT s 1, 2 e 3 da Célula 3, respectiviamente (maio 99). Os dados de ph juntamente com os dados físico-químicos do chorume e os dados de concentração de metano emitido indicam um resíduo em metanogenesis. Os teores de sólidos voláteis (Figura 23) nos resíduos confinados na Célula 3 indicam que ainda há material orgânico passível dissolução, e passando então à fase fluida, em conjunto com os elevados teores de sólidos voláteis verificados no chorume, podem sofre a ação dos microorganismos. Os teores de sólidos voláteis nas amostras do SPT-1 apresentam um comportamento de decréscimo com a profundidade (32% - 8%), no SPT-2 comportamento constante com a profundidade (8% - 14%) e no SPT-3 também constante porém em maior teor que no SPT anterior (12% - 18%). Na Célula 3 o teor médio de umidade (Figura 24) é superior a 3%, acima do limite de inibição a processos anaeróbios, ou seja, a condição de umidade para decomposição anaeróbia é respeitada, ficando assim mais fácil a decomposição dos resíduos. O ph dos resíduos (Figura 25) é predominantemente alcalino e juntamente com os dados de metano emitido indicam que a fase de decomposição atual é a metanogênesis. Os teores de sólidos voláteis na Célula 4 (Figura 26) apresentaram comportamento distinto nas três sondagens. No SPT-1 um variação de 4% a 3% é observada não sendo um comportamento aleatório observado com a profundidade. Já nas amostras do SPT-2 e 3 433

16 um maior constância é observada, 8% - 14% para o SPT-2 e 1% a 2% no SPT-3. Estes valores indicam que ainda há material a ser lixiviado e/ou dissolvido para assim sofrer mais fácil decomposição Pro fun -1 did (m) Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%) Figura 24. Teor de Umidade (%) das amostras dos SPT s 1, 2 e 3 da Célula 3, respectivamente (maio 99) ph ph Figura 25. ph das amostras dos SPT s 1, 2 e 3 da Célula 4, respectivamente (maio e junho 99) Teor de Sólidos Voláteis (%) Teor de Sólidos Voláteis (%) Teor de Sólidos Voláteis (%) Figura 26. Teor de Sólidos Voláteis (%) das amostras dos SPT s 1, 2 e 3 da Célula 4, respectivamente (maio e junho 99). 434

17 Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%) Figura 27. Teor de Umidade (%) das amostras dos SPT s 1, 2 e 3 da Célula 4, respectivamente (maio e junho 99) ph ph ph Figura 28. ph das amostras dos SPT s 1, 2 e 3 da Célula 4, respectivamente (maio e junho 99). A umidade dos resíduos (Figura 27) é em geral superior ao mínimo considerado inibitório a processos anaeróbios, não compromentendo assim a decomposição natural dos resíduos. O ph (Figura 28) é típico da metanogênesis, sendo potanto alcalino, concordando com os dados de metano emitido Solos usados nas camadas de cobertura e lateral Foi executada amostragem de solo usado para fins de impermabeilização das Células 3 e 4 no Aterro da Muribeca, a Tabela 2 relaciona os resultados da caracterização física. O material é argiloso, ou seja, passa na peneira # 2 é de 3%. Baixo teor de silte e elevada concentração de areia, típico de material de Formação Barreiras do nosso Estado. A granulometria e curva de compactação do solo é mostrada nas Figuras 29 e 3. Tabela 2: Sumário das características físicas da amostra Caracterização Resultados Argila (%) 3 Silte (%) 8 Areia (%) 59 Pedregulho (%) 3 Limite de Liquidez (%) 45 Limite de Plasticidade (%) 27 Índice de Plasticidade (%) 18 Densidade real dos grãos 2,64 (g/cm 3 ) γ S Max laboratório (g/cm 3 ) 1,8 W Ot (Laboratório) (%) 15 W (Campo) (%) 11 Permeabilidade Saturada 8,72 x 1-7 (cm/s) 435

18 % Que Passa ARGILA SILTE AREIA FINA AREIA MÉDIA,1,1, Diâmetro (mm) Figura 29. Curva granulométrica. 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 Curva de Compactação Curva de Saturação A. GR. Densidade (g/cm 3 ) PEDREGULHO 1, Umidade (%) Figura 3. Curva de compactação do solo. Segundo a Carta de Plasticidade de Casagrande a amostra é uma argila inorgânica de média plasticidade. A densidade real dos grão da amostra é comum para materiais argiloso, valores semelhantes a estes são freqüentemente encontrados na literatura, Jucá (1996) e Monteiro (1998), entre outros. Os valores de densidade máxima na faixa de 1,7 g/cm 3 e umidade ótima, de 15%, são compatíveis com a caracterização do solo. De acordo com a Classificação Unificada de Solos (U.S.C) como CL, solo argiloso de baixa compressibilidade (LL<5). A análise mineralógica dos finos apontou para uma amostra contendo apenas caulinita, indicando que trata-se de materiais intemperizados, que significa material com pouca probabilidade de reação com chorume. A permeabilidade da ordem de 1-7 cm/s, portanto, com boas características de impermeabilização, própria para uso como material de cobertura e nas cortinas de isolamento Contaminação do solo abaixo de uma célula Na recuperação do Aterro da Muribeca foi executada dentre outras a divisão da área em células visando com isto poder-se tratar os resíduos de forma isolada, bem como, disporse de uma maior área para o confinamento dos resíduos. No entanto, a retirada total do resíduo para construção de um sistema de impermeabilização de fundo tornou-se impraticável pela elevada quantidade de resíduos ali já existentes, confiando-se assim, no caráter de impermeabilização do solo da região e no embasamento cristalino, que são sistemas de disposição freqüentemente usados em vários sistemas de contenção de resíduos, (Folkes, 1982). A fim de se verificar o risco de contaminação com o tempo deste sistema, obteve-se amostras do solo imediatamente abaixo de uma das células de resíduos mais antiga, e determinou-se o perfil da contaminação deste solo, e deste modo, avaliou-se a impermeabilização de fundo do aterro. Os perfís são apresentados e discutidos a seguir. A sondagem foi realizada no ponto onde acreditava-se haver a maior profundidade. Assim, optou-se pela localização do SPT2, como mostra a Figura 31. A textura do solo de fundo da Célula 2 é de solo fino, classificado, segundo a USC, como CL, argila arenosa de baixa compressibilidade. A granulometria consta de 32% de argila, 26% de silte, 27% de areia fina e 15% de areia média. O solo é plástico, LL = 37,8% e IP = 18, 3. A coloração é 2,5Y5/4. Durante a sondagem verificou-se que o solo estava com um grau de compacidade de médio a baixo. A camada de solo possui espessura variando desde zero (afloramento de rocha) até seis metros. As elevadas concentrações de elementos químicos no chorume associadas as elevadas 436

19 pressões hidrostáticas, levam a um transporte difusivo-dispersivo-advectivo, que pode contaminar o subsolo da área. Para investigar de forma simplificada ou melhor, indicativa, o alcance da frente contaminação orgânica no subsolo do Aterro da Muribeca (Célula 2), o perfil de sólidos voláteis foi traçado. O método usado baseia-se na ignição da amostra, e é recomendado tanto para solos quanto para resíduos ou húmus, WHO, (1979), no entanto para execução deste ensaio previamente determinou-se também a umidade. O perfil de umidade em conjunto com o de teor de sólidos voláteis dão indicação da infiltração do chorume no solo, Figura 32. Nota-se que na interface lixo solo há uma acréscimo das concentrações de sólidos voláteis e umidade, refletindo a capacidade de retenção do solo. Observa-se também um teor de sólidos voláteis não inferior a 5% até profundidade de 1,5 m após interface lixo solo onde se encontra a rocha neste local. Os valores de teor de voláteis em solos da região, em áreas não contaminadas, não são superiores a 2% indicando contaminação orgânica até esta profundidade. O perfil de ph, em água, é apresentado na Figura 33, e indica clara contaminação até aproximados 1,5 m após interface lixo solo visto que o ph de solos da região, apresentam valores em torno de 4,5. Estes dados reforçam a tese de contaminação orgânica até pelo menos a profundidade citada. 135m SPT2 via x x x x x x cortina rocha de solo CORTE AB lixo 13,5m x x x x x x 14.37m x x x lixo rocha x x x 2.3m x x 21.56m 2.93m x x x x x solo 5.9 lixo 17.5m x x x x x x x solo via lixo x x x rocha x LEGENDA: ATERRO LIXO SOLO SPT SONDAGEM À PERCUSSÃO Figura 31. Perfis da Célula 2 do ARS da Muribeca. -2-2,5 Solidos Volateis (%) -2-2,5 Umidade (%) , , Figura 32. Perfis do teor de sólidos voláteis e de umidade. 437

20 -2-2, ,5-22 ph Figura 33. Perfil de ph. -2, , Sódio (mg/l Na) Calcio (mg/l Ca) -2-2, , Figura 34. Perfil de sódio e cálcio. Observa-se também, um maior deslocamento de ambos elementos acima citados (Figura 34), em relação aos elementos de transição (Figura 35 a 38). Isto se deve ao fato destes elementos poderem, em geral, possuir carga trivalente sendo portanto adsorvidos mais fortemente. Adicionado a este fato, têm-se também a propriedade de complexação e precipitação do elementos de transição, principalmente em meios com ph alcalino, como na faixa superior do subsolo contaminado pela frente orgânica do chorume, ver Figura 33, tendendo nestas condições, a formar hidróxidos e/ou complexos de baixo produto de solubilidade, YONG et al., (1992). Aluminio (g/l Al) Ferro (g/l Fe) , , , , Figura 35. Perfil de alumínio e ferro. Teores de fósforo adsorvido, em concentrações superiores a máxima apresentada no chorume revela o acúmulo deste elemento com a infiltração do chorume. Partindo das espécies com transporte mais e menos amortecidos, estipulou-se a velocidade de infiltração das espécie químicas, relacionando o comprimento de alcance de frente com o tempo médio. Obteve-se,6 m/ano como a velocidade das espécies mais sorvidas e,125 m/ano (duas vezes maior que a anterior) para as menos sorvidas, sendo ambas velocidades altas indicando que o transporte não é predominantemente difusivo (velocidade de infiltração abaixo de,5 m/ano, SHACKELFORD (1993), concordando com a textura de areia argilosa verificada na sondagem e granulometria. O alcance de algumas espécies à rocha (profundidade em torno de 1,5 a partir da interface lixo-solo) aponta para possibilidade de transporte longitudinal. Esta elevada retenção dos elementos deve-se a finura do material, associada a àrea superficial bem como à compacidade do solo em questão. 438

21 -2 Cobalto (mg/l de Co) Cromo (mg/l de Cr) -2-2, ,5-2, ,5 Manganésio (mg/l Mn) Chumbo , ,5-2, , Figura 36. Perfil de cobalto e cromo. -2 Cobre (mg/l de cu) Medição de Temperatura da Massa Manganês (mg/l de Mn) Sólida Células 1,2 e , ,5-2, , Figura 37. Perfil de cobre e manganês Figura 38. Perfil de magnésio e chumbo. As leituras de temperatura da massa sólida (termopares) são realizadas, a fim de monitorar a evolução deste parâmetro de acordo com a evolução do processo de decomposição dos resíduos. Os resultados dos valores de temperatura do lixo medidas nas Células 1, 2 e 4 estão apresentados na Figura 39. A Figura 39 mostra uma faixa de variação da temperatura de 3 o C a 33 o C ao longo da profundidade, o que corresponde á temperatura ambiente, para a Célula 1 (lixo velho), o que representa uma variação muito pequena ao longo da profundidade e valores de temperaturas baixos indicando estágio de decomposição dos resíduos bastante avançado. Os valores de temperatura do lixo na Célula 2 são valores típicos aos encontrados em aterros de resíduos com a mesma idade e composição, com temperaturas mais elevadas (da ordem de 55 o C) em profundidades maiores. De acordo com a Figura 39 pode-se verificar valores de temperatura do lixo na Célula 4 bastante elevados (da ordem de 63 o C) ao longo da profundidade, indicando que trata-se de 439

22 uma Célula de lixo novo com elevada atividade microbiana e estágio de decomposição dos resíduos em fase inicial. Pr ofu ndi da de (m) Temperatura (C1) Temperatura ( o C) 16/9/98 - T. Ambiente 3ºC 24/9/98 - T. Ambiente 31ºC 7/1/98- T. Ambiente 3ºC 21/1/98 - T. Ambiente 3ºC 6/11/98-2,1 - T.Ambiente 32ºC 27/11/98 - T.Ambiente 35ºC 17/12/98 - T.Ambiente 34,2 ºC 29/1/99 - T.Ambiente 29,5ºC 26/2/99-- T.Ambiente 34ºC 31/3/99 - T.Ambiente 29,5ºC 31/5/99 - T.Ambiente 23ºC 16/8/99 - T.Ambiente 27ºC 2/9/99 - T. Ambiente 25ºC 6/1/99 - T. Ambiente 32ºC 8/11/99 T. Ambiente 33ºC Temperatura (C2) 23/12/97 - T. Ambiente 29,6ºC 21/1/98 - T. Ambiente 36,5ºC 2/2/98 - T. Ambiente32,6ºC 19/3/98 - T. Ambiente 29ºC /5/98 - T.Ambiente 3,3ºC 29/6/98 - T.Ambiente = 28,5ºC 8/9/98- T.Ambiente = 3ºC 24/9/98 - T.Ambiente = 3ºC 7/1/98- T.Ambiente = 3ºC 21/1/98- T.Ambiente = 31ºC 6/11/98- T.Ambiente = 3ºC 27/11/98- T.Ambiente = 35ºC 17/12/98- T.Ambiente = 34,2ºC 29/1/99- T.Ambiente = 32,2ºC 26/2/99- T.Ambiente = 34ºC 31/3/99T.Ambiente = 29.5ºC 31/5/99T.Ambiente 23oC 16/8/99 - T. Ambiente 27ºC Temperatura ( o C) 2/9/99 - T Ambiente 25 ºC 6/1/99 T. Ambiente 32ºC 8/11/99 T. Ambiente 33ºC Temperatura C /7/99 T.Ambiente 29,4C 6/1/99 T. Ambiente 32ºC 8/11/99 T. Ambiente 33ºC Temperatura (ºC) Figura 39. Temperatura do lixo ao longo da profundidade. 44

23 2.4.6 Medição de Recalques nas Células 1, 2, 3 e 4 De acordo com a literatura a magnitude do recalque em aterros de resíduos sólidos, é função da decomposição da matéria orgânica e da espessura do lixo. Os resultados obtidos para o recalque superficial para Células 1, 2 e 3 e o recalque superficial e em profundidade na Célula 4 estão apresentados nas Figuras 4 a 43, respectivamente. Figura 42. Recalque Total x Tempo (Célula 3). Figura 4. Recalque Total x Tempo (Célula 1). Figura 43. Recalque Total x Tempo (Célula 4). Figura 41. Recalque Total x Tempo (Célula 2). Observa-se maior magnitude de recalque na Célula 1 na região das Placas 1,2, 3 e 4 (Figura 4). Abaixo desta região é disposta uma camada de lixo novo, de decomposição mais acentuada que o lixo velho. Observações de campo relatam também da existência de tráfego de caminhões na região da Placa 1, que justifica este maior recalque devido a um processo de compactação em conjunção com a decomposição. Nas Placas, 5,6, 7, 8, 9 e 1 441

24 (Figura 4) a magnitude do recalque é baixa. A velocidade média de recalque na Célula 1 antes do processo de inoculação estava na faixa entre 14 a 8 µm/dia e decrescendo. Após a inoculação a velocidade continuou decrescendo e, nos 1 dias seguintes uma faixa de 45 a 25µm/dia é sempre observada. De uma forma geral a magnitude do recalque é alta na Célula 2 (Figuras 41). A velocidade de recalque das placas 1, 2, 3 e 5 fica na faixa de 23µm/dia decrescendo a 125 µm/dia que se deve a drenagem de líquidos promovida pela escavação para confecção da via de acesso entre as Células 2 e 3. A velocidade de recalque das Placas 4, 6 e 8 também é alta variando de 7 a 9µm/dia. As Placas 9 e 1 mais distantes da região da drenagem obtiveram velocidade de recalque entre 22 e 42µm/dia. Observa-se para as Placas 9 e 1 da Célula 2 velocidades de recalque das Placas 4, 5,6, 7, 8, 9, 1 da Célula 1. Pode-se observar que a magnitude dos recalques obtidas na Célula 3 (Figura 42) é bastante significativa com velocidade elevada (faixa média de variação 44µm/dia), isto se deve a grande espessura e idade recente do lixo depositado, ou seja, presença do lixo novo, com grande velocidade de decomposição. A magnitude dos recalques na Célula 4 (Figura 43) também é significativa para o período de tempo medido e velocidade elevada da ordem de 4714µm/dia, sendo observado nas placas instaladas na superfície do lixo e nas leituras obtidas com os medidores em profundidade (aranhas) sendo a deformação específica da ordem de,8% no período de 5 dias. 2.5 Monitoramento de Gases Em aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos o monitoramento de gases é feito com objetivo de avaliar o processo de decomposição da matéria orgânica do lixo em conjunção com todos os demais parâmetros monitorados como também de estimar a liberação dos gases para atmosfera tendo em vista que o mesmo contribui para o agravamento de problemas ambientais devido a presença do metano e dióxido de carbono em sua composição. Para tal propósito, realizam-se periodicamente medições das concentrações de gases em drenos e pontos de inoculação, assim como ensaios para verificação do fluxo de gases pela camada de cobertura de solo Monitoramento em drenos e pontos de inoculação A medição das concentrações de gases emitidos são realizadas mensalmente na Célula 1, a fim de verificar a evolução dessas concentrações com o tempo correlacionando posteriormente com os outros parâmetros do processo de decomposição da matéria orgânica. As concentrações dos gases foram medidas nos drenos de gases / extrator e pontos de inoculação e os resultados obtidos encontram-se nas Figuras 44 e 45. Os resultados das medições de concentração de metano medidas nos pontos de inoculação são da ordem de 6% até o mês de agosto de 1998 e em seguida passa a sofrer uma redução, atingindo valores da ordem de 4 a 5% nos pontos de inoculação onde há presença de lixo, com concentrações típicas da fase metanogênica. Os drenos de gases / extrator de gás indica a decomposição dos resíduos em estágio elevado, existindo concentrações maiores com grandes oscilações ao longo do tempo, com tendência a concentrações mais baixas à partir de agosto de Monitoramento na camada de solo de cobertura A medição da estimativa de fluxo do gás no aterro pela camada de cobertura utilizada nas células é o objetivo principal deste tipo de monitoramento de gases. Essas medições só foram possíveis mediante a utilização e desenvolvimento do dispositivo indicado na Figura 46. O equipamento tem a forma de uma campânula plana confeccionada em chapas metálicas nas laterais e uma placa de acrílico cristal na parte superior, onde está colocada a conexão de saída do gás onde são realizadas as medições de fluxo do gás como também medição de concentração do gás confinado no interior da placa com o tempo (Jucá e Maciel, 442

25 1999). Esses ensaios foram realizados, na camada de cobertura da Célula 4 e os resultados encontrados para a vazão de gás pela camada foram da ordem de 1-6 m 3 /s,quando a mesma apresentava-se com grau de saturação da ordem de 73%. Estes valores representam uma liberação de gás de 86,4litros/dia/m 2 para a atmosfera, sendo portanto números questionáveis para qualquer aterro sanitário. Este sistema também permite avaliar a variação de concentração dos gases com o tempo, que também é função do fluxo do solo. Neste caso, pode ser avaliado tanto a variação de concentração com o tempo do CH 4, como do CO 2. A Figura 47 mostra os resultados obtidos simultaneamente para a variação da concentração do metano em função do tempo no interior da placa e no lixo. Esses valores permitem concluir que o lixo desta célula encontra-se na fase metanogênica de decomposição onde a concentração de metano medida no lixo foi da ordem de 5% como também que o sistema de impermeabilização de cobertura da Célula 4 ao gás está ineficiente devido a baixa capacidade de retenção do metano pela camada de solo que foi da ordem de 1% (Maciel e Jucá, 1999). 7 (%) CH4 O2 Outros abr-98abr-98mai-98jun-98jul-98ago-98out-98out-98nov-98nov-98dez-98jan-99mar-99jul-99ago-99set-99out-99 Tempo Figura 44. Concentrações de gases nos pontos de inoculação (Célula 1). 8 (%) 6 4 CH4 2 O2 Outros abr-98 mai-98 jun-98 jul-98 ago-98 out-98 out-98 nov-98 nov-98 dez-98 jan-99 Jul Ago Tempo Figura 45. Concentração de metano nos drenos de gases (Célula 1). 443

26 Conector de saída Cortina de argila Figura 46. Esquema da Placa de Fluxo. Produção LFG 6, Concentração CH4 (%) 5, 4, 3, 2, 1, Placa No Lixo, tempo decorrido após instalação do equipamento (min) Figura 47. Comportamento da concentração do metano na camada de cobertura. 3. CONCLUSÕES O monitoramento do Aterro da Muribeca permitiu o desenvolvimento de novas metodologias e técnicas de ensaios de laboratório e campo para Aterros de Resíduos Sólidos além da formação de recursos humanos especializado. O monitoramento do Aterro permite avaliar a eficiência do tratamento empregado para a aceleração do processo de decomposição dos resíduos depositados. A montante da região do aterro as águas superficiais têm apresentado ph com valores na escala levemente ácida a neutra. Isto é comum para tais espécies de águas devido a presença ácidos fracos, dissolvidos, em conjunto com sais de hidrólise ácida e neutra, como os cloretos e sulfatos de metais alcalinos como sódio e cálcio, mais abundantes nas águas superficiais da região. O aumento do teor de sólidos voláteis com a aproximação com o Aterro concorda com os aumentos da DBO, Alcalinidade, sugerindo assim contaminação do Rio Muribequinha na parte lateral do Aterro. Os dados microbiológicos do chorume da Célula 1 mostram que este é rico em espécies Coliformes, com elevado número do células viáveis, que pode favorecer a decomposição dos resíduos. Por outro lado a percolação destes ao Rio Muribequinha, pode trazer sérios riscos à saúde do Rio em questão. Em adição a isto tem-se também elevados teores de metais como ferro e 444

27 alumínio neste líquido em conjunção com elevados teores de cálcio e magnésio que traz dureza irreversível a tais águas. A partir do ponto de descarga de chorume, observa-se para o Rio Muribequinha: (1) um aumento na DQO indicando acréscimo de material inorgânico e orgânico no rio, que acarreta queda na qualidade da água. (2) Em conjunção também ocorre um aumento na DBO, sendo ultrapassado o limite superior estipulado pela Resolução Número 2 do CONAMA de O elevado teor de sólidos voláteis confirma a DBO, e o elevado teor de sólidos aponta para necessidade de cuidados com o assoreamento do rio em questão. O aumento do ph para faixa alcalina confirma adição de chorume ao rio, além de uma elevação na alcalinidade. A carga orgânica promovida pela adição de chorume ao Rio Muribequinha alcança cifras de 362,5 mg/s. A carga dos metais são: 2,5 mg/s de Al,,15 mg/s de Cr, 43,2 mg/s de Fe, 16,25 mg/s de P que acarreta poluição deste recurso hídrico. A faixa de ph observada para tais amostras apontam para um lixo em fase metanogênica, concordando com a idade média do lixo disposto nas células. Tal fato é confirmado pelos dados de concentração volumétrica de metano. O ph é idêntico para as diferentes profundidades, indicando uniformidade na fase de decomposição do resíduo como um todo. O monitoramento dos rios indica uma contaminação do Rio Muribequinha, a níveis toleráveis nos períodos chuvosos, e bem mais altos nos períodos secos. No Rio Jaboatão a contribuição de contaminação da Muribeca e bastante reduzida, devido ao fator de diluição e à absorção pelos sedimentos do Rio Muribequinha. Os solos obtidos das jazidas do Aterro da Muribeca possuem características de solo argiloso, plástico e portanto com boa característica de impermeabilização. Os solos circunvizinhos ao Aterro possuem caráter aluvionar, sendo no entanto, detectada esta área como vulnerável a contaminação pelo lixiviado. A carga orgânica no Rio Muribequinha (P2) foi reduzida em 75% nos últimos 2 anos, isto se deve às condições climáticas nos períodos medidos, bem como a parte do chorume que está sendo recirculado para as células. Na Célula 1, durante os ensaios SPT, as amostras de chorume coletadas, demonstraram que as demandas química e bioquímica de oxigênio aumentam com a profundidade, ou seja, em cerca de 2% para DBO e de 3% para DQO. Isto indica que os resíduos de fundo permanecem com elevados teores de material orgânicos. Os pequenos valores observados nos recalques da Célula 1 se deve ao fato do aterro se encontrar na fase metanogênica de decomposição da matéria orgânica. Este fato também é reforçado pelos baixos teores de sólidos voláteis, umidade, pela faixa de variação da temperatura da massa sólida e ainda alto valor de ph, indicando que a atividade microbiológica está em seu final e que a Célula se encontra próxima de se tornar inerte e estável. Os dados de concentração de gás medida na Célula 4 permitem concluir que o lixo desta célula encontra-se na fase metanogênica de decomposição onde a concentração de metano medida no lixo foi da ordem de 5% como também que o sistema de impermeabilização de cobertura da Célula 4 ao gás está ineficiente devido a baixa capacidade de retenção do metano pela camada de solo que foi da ordem de 1%, assim como uma elevada vazão de gás da ordem de 86,4litros/dia/m 2. Os dados de concentração volumétrica de gases em conjunção com os dados de recalques e as características fisicoquímicas do chorume e da massa sólida das Células 1 e 2 apontam para um resíduo em metanogênesis com uma baixa velocidade de decomposição. 445

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