GRUPO DE ECONOMIA / FUNDAP

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "GRUPO DE ECONOMIA / FUNDAP"

Transcrição

1 Nível de atividade no governo Dilma: determinantes do baixo crescimento econômico Grupo de Economia / Fundap Introdução Este Boletim volta ao tema do nível de atividade, para explorar os aspectos estruturais da economia brasileira que, combinados com a fase de desaceleração do ciclo de consumo doméstico, atuam na configuração de um regime de baixo crescimento econômico no país. Nível de atividade no governo Dilma: 2011 a 2014 Ao longo dos três anos e meio de governo Dilma, a atividade econômica no Brasil apresentou desempenho decepcionante em relação aos resultados obtidos antes do início da crise global do final de 2008: expansão anual de 2,0%do PIB entre 2011 e 2013 ante a alta de 4,8% na fase anterior ( ). Com isso, os problemas que estavam latentes na economia brasileira, na fase de auge, foram trazidos à tona. Antes de a crise eclodir, deixar o câmbio valorizar para manter a inflação próxima ao centro da meta afetava a rentabilidade das empresas exportadoras, mas não significava desestímulo ao investimento produtivo. A inclusão de 40 milhões de pessoas no mercado de consumo, por conta das políticas de distribuição de renda, dos aumentos reais do salário mínimo e do acesso ao mercado de crédito, especialmente ao consignado, com condições (prazos e juros) melhores, ampliou o mercado interno e estimulou a indústria. Nesse contexto, o processo de perda de competitividade pelo qual passava a economia brasileira permaneceu camuflado pelo crescimento do mercado doméstico, enquanto o aumento do emprego formal contribuía para manter elevado o grau de confiança do consumidor. conjuntura econômica em foco 5

2 Na fase atual da crise global de deterioração da situação econômica e financeira dos países da zona do euro, o governo Dilma procurou, a partir de meados de 2011, adotar medidas para reativar o nível de atividade. Flexibilizou a gestão do sistema de metas de inflação, rebaixou a Selic mesmo com a inflação próxima ao teto da meta, reeditou medidas implementadas anteriormente de estímulo ao consumo e ao investimento, e direcionou os bancos públicos, dando-lhes condições patrimoniais, via capitalização, para aumentarem a oferta de crédito com juros mais baixos em relação ao praticados pelos bancos privados. O Gráfico 1 mostra que, segundo informações das contas nacionais do IBGE, esse objetivo da política econômica não foi alcançado; no máximo, o que se conseguiu foi impedir que a economia adentrasse na faixa negativa de desempenho, embora a desaceleração tenha sido intensa. A contribuição ao crescimento da demanda interna (somatório do consumo das famílias, do consumo do governo e da formação bruta de capital fixo) regrediu de maneira expressiva, de 7,8% no primeiro trimestre de 2011 para 1,7% no terceiro trimestre de 2012, menor patamar de expansão entre 2011 e o primeiro trimestre de Gráfico 1. Contribuição da demanda interna, da demanda externa e dos estoques para o crescimento do PIB (em pontos percentuais, acumulado em quatro trimestres) 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0-2,0-4,0 I/2011 II/2011 III/2011 IV/2011 I/2012 II/2012 III/2012 IV/2012 I/2013 II/2013 III/2013 IV/2013 I/2014 I/2011 II/2011 III/2011 IV/2011 I/2012 II/2012 III/2012 IV/2012 I/2013 II/2013 III/2013 IV/2013 I/2014 I/2011 II/2011 III/2011 IV/2011 I/2012 II/2012 III/2012 IV/2012 I/2013 II/2013 III/2013 IV/2013 I/2014 Demanda Interna Demanda Externa Estoques Fonte: Contas Nacionais, IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap. Um dos fatores que influenciou a piora do desempenho da economia brasileira foi a alteração do contexto internacional, considerando, ainda, que a atual configuração do comércio mundial não é mais tão favorável ao país. Isso significa dizer que os benefícios para a balança comercial brasileira advindos da evolução ascendente dos preços das commodities e do crescimento da economia mundial, presentes até 2008, ou seja, os superávits comerciais crescentes, não existem hoje em dia na mesma intensidade de antes. O crescimento das reservas cambiais e o elevado diferencial de juros do Brasil, em relação ao do resto do mundo, atraíram capitais estrangeiros para o país, configurando um mix de política econômica com um viés de valorização cambial. Fato que, de um lado, diminuiu a competitividade da indústria brasileira e, de outro, foi um facilitador do objetivo de manter a inflação dentro da meta estabelecida. 6 conjuntura econômica em foco

3 Reflexo desse quadro, o setor externo deixou de ser um vetor de crescimento econômico. Entre 2011 e o início de 2014, com exceção do terceiro e quarto trimestres de 2012, quando as exportações e importações permaneceram praticamente estagnadas no acumulado em quatro trimestres, a demanda externa da economia brasileira subtraiu crescimento do PIB (ver Gráfico 1 e Tabela 1) Tabela 1. Expansão trimestral do PIB em % e contribuição (em pontos percentuais) dos componentes da oferta e da demanda ao crescimento do PIB OFERTA DEMANDA Impostos Formação Período PIB Extrativa Indústria de Construção Serviços Consumo Consumo Exportações Importações Agropecuária Indústria Comércio Líquidos sobre Bruta de Mineral Transformação Civil Total das Famílias do Governo (+) (-) Produtos Capital Fixo I/2011 6,3 0,2 1,9 0,3 0,9 0,5 2,8 0,9 1,4 3,8 0,8 3,2 1,0 3,4 II/2011 4,9 0,1 1,2 0,2 0,5 0,3 2,5 0,7 1,2 3,7 0,7 2,2 1,0 2,8 III/2011 3,7 0,1 0,7 0,2 0,2 0,2 2,0 0,5 0,9 3,2 0,5 1,3 0,8 1,8 IV/2011 2,7 0,2 0,4 0,1 0,0 0,2 1,6 0,4 0,6 2,5 0,4 0,9 0,5 1,2 I/2012 1,9 0,0 0,2 0,1-0,1 0,2 1,3 0,3 0,5 2,0 0,4 0,4 0,6 1,1 II/2012 1,2 0,1-0,1 0,1-0,3 0,1 1,0 0,1 0,3 1,5 0,4-0,1 0,4 0,7 III/2012 0,9 0,0-0,2 0,0-0,3 0,1 0,9 0,1 0,2 1,7 0,5-0,5 0,1 0,2 IV/2012 1,0-0,1-0,2-0,0-0,3 0,1 1,1 0,1 0,2 2,0 0,7-0,7 0,1 0,0 I/2013 1,3 0,1-0,2-0,1-0,2 0,0 1,1 0,1 0,3 2,0 0,8-0,5-0,3 0,1 II/2013 2,0 0,3 0,1-0,1 0,1 0,0 1,3 0,2 0,4 2,1 0,6-0,0-0,0 0,3 III/2013 2,4 0,3 0,2-0,1 0,2 0,1 1,4 0,2 0,5 1,9 0,6 0,5 0,2 1,1 IV/2013 2,5 0,4 0,4-0,1 0,3 0,1 1,3 0,3 0,5 1,6 0,4 0,9 0,3 1,3 I/2014 2,5 0,2 0,4 0,0 0,3 0,1 1,3 0,3 0,5 1,6 0,5 0,7 0,6 1,0 Fonte: Contas nacionais. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap. Nota: Valores acumulados em quatro trimestres. A deterioração da balança comercial se consolidou a partir da combinação de alguns fatores. O primeiro diz respeito à evolução dos preços das commodities e a desaceleração da economia mundial. Percebe-se que após a forte recuperação de 2009 e 2010, as cotações das commodities voltaram a um patamar próximo ao observado em meados de Isso é válido para Metais, commodities de alimentos e matérias primas industriais; já para o Petróleo o nível ainda é menor. Em termos agregados, nota-se uma queda de 16,6% no índice global de commodities entre o pico do pós-crise em 2011 (abril) e o patamar de 2014 (maio; ver Gráfico 2). Gráfico 2. Índice de preço das commodities CRB Bloomberg (2002 = 100) jan-03 mai-03 set-03 jan-04 mai-04 set-04 jan-05 mai-05 set-05 jan-06 mai-06 set-06 jan-07 mai-07 set-07 jan-08 mai-08 set-08 jan-09 mai-09 set-09 jan-10 mai-10 set-10 jan-11 mai-11 set-11 jan-12 mai-12 set-12 jan-13 mai-13 set-13 jan-14 mai Total das Commodities Matérias primas Industriais Alimentos Petróleo (eixo da direita) Metais (eixo da direita) Fonte: Bloomberg. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap. conjuntura econômica em foco 7

4 Concomitantemente a esse movimento de preços, a economia mundial desacelerou e impactou negativamente o quantum das exportações brasileiras. A produção industrial e as exportações mundiais que haviam crescido em média, por ano, 8,1% e 4,6%, entre 2004 e 2008, desaceleraram para, respectivamente, 2,2% e 2,6% na média do biênio (ver Gráfico 3). A prioridade das autoridades econômicas nos EUA, no imediato pós-crise de 2008, foi impedir a quebra do sistema financeiro global por meio da injeção maciça de liquidez nos mercados. Isso deu ânimo ao mercado na passagem de 2009 para 2010, valorizou os ativos financeiros e proporcionou uma retomada da atividade econômica em forma de V : queda pronunciada da produção em 2009 e forte recuperação em Gráfico 3. Economia Mundial: produção industrial e exportações (variações % interanuais) 15,0 13,0 11,0 9,0 7,0 5,0 3,0 1,0-1,0-3,0-5,0-7,0-9,0-11,0-13,0-15, Produção Industrial Comércio Exterior Exportações Fonte: CPB Netherlands Bureau for Economics. Elaboração; Grupo de Economia / Fundap. A eclosão da segunda onda da crise global de 2008 na Europa, com o surgimento da crise da dívida soberana dos países da zona do euro em 2011, apresentou um novo potencial de ruptura do sistema bancário internacional. O desfecho da crise financeira está lento e com enorme dificuldade de negociar politicamente para salvar países mais frágeis, os chamados GIIPS (Grécia, Itália, Irlanda, Espanha e Portugal), através da imposição de políticas fiscais extremamente contracionistas, o que jogou na recessão as economias da zona do euro. Além dos efeitos negativos nas contas externas do Brasil, o quadro de parco dinamismo da economia mundial criou um cenário de maior competitividade no comércio internacional. No período recente, a geração de divisas em dólar, pelas vendas externas de produtos básicos do Brasil, não compensou a explosão do déficit comercial da indústria de transformação, especialmente nos segmentos de alta e média alta intensidade tecnológica. Nesse contexto, o saldo da balança comercial do país passou de US$ 46,4 bilhões, obtidos em 2006 (maior patamar dos últimos 30 anos), para US$ 2,2 bilhões em 2013, mostrando um déficit comercial de US$ 4,8 bilhões no acumulado até maio em Assim, configurou-se ao longo dos últimos anos um vetor estrutural restritivo da capacidade de crescimento da economia brasileira, qual seja: a combinação de queda do coeficiente de exportação com aumento do grau de penetração das importações nas cadeias produtivas. Segundo as informações da Funcex, que calcula esses dois indicadores a preços constantes de 2007, percebe-se que esse movimento se amplificou no pós-crise global de Naquele ano, esses coeficientes se situa- 8 conjuntura econômica em foco

5 ram em um patamar próximo, 17,3% (coeficiente de penetração das importações) e 16,8% (coeficiente de exportações). Em 2013, há clara vantagem da penetração das importações (21,7%) em relação à participação das exportações nas cadeias produtivas da indústria brasileira (15,7%). Essa característica estrutural da economia brasileira mostra que o país se transformou predominantemente em exportador de bens de menor valor agregado, especialmente de commodities metálicas e soja, e em importador de produtos industriais de forma generalizada, matérias primas e bens finais de maior ou menor intensidade tecnológica. Tal cenário explicita a baixa competitividade da economia brasileira, especialmente da sua indústria 1. A trajetória de empobrecimento da balança comercial e a redução da demanda externa, que por si sós já são negativos, afetaram ainda mais a capacidade de crescer do país, uma vez que as indústrias, no final de 2010, se preparavam para um ciclo de crescimento, com elevação dos estoques e da capacidade produtiva, ciclo esse frustrado pela trajetória de desaceleração do mercado interno. Ou seja, a queda da demanda externa na fase atual da crise global não foi compensada pela elevação do consumo doméstico. A evolução do PIB entre 2011 e o primeiro trimestre de 2014 reflete o regime de baixo crescimento do Brasil. A indústria de transformação e a construção civil contribuíram no primeiro trimestre de 2011 com, respectivamente, 0,9 e 0,5 pontos percentuais da expansão no acumulado em quatro trimestres. Nessa mesma base de comparação, o peso do setor de serviços no crescimento foi de 2,8 p.p. (ver Tabela 1). Naquele trimestre, o PIB brasileiro havia se expandido 6,3% no acumulado em quatro trimestres, e a geração líquida de impostos havia acrescido 1,4 p.p. ao valor adicionado. Do lado da demanda, o consumo das famílias e a formação bruta de capital contribuíram com, respectivamente, 3,8 p.p. e 3,2 p.p., indicadores de que os empresários anteviam na manutenção da demanda interna a variável preponderante nas decisões de imobilizar capital no aumento da produção. Desde então, a economia brasileira sofreu severo revés de expectativas, uma vez que o crescimento do PIB caiu para 1,0% em 2012 e a recuperação ensaiada em 2013 manteve-se contida em 2,5%. As projeções indicam que a economia deve permanecer com baixo ritmo de crescimento, na faixa entre 1,0% e 1,4% em 2014, e teto de 2,0% em Do nosso ponto de vista, a combinação de condicionantes estruturais com o ciclo descendente do consumo doméstico enseja um cenário muito difícil de ser revertido no curto prazo. O segundo vetor estrutural que está travando a economia brasileira diz respeito aos investimentos em infraestrutura. O governo Dilma foi eleito com o lema de reerguer esses investimentos. Os dados mostram que, apesar do esforço feito, os dilemas enfrentados no interior do próprio governo de como fazer as concessões mantiveram praticamente congelado, por dois anos, o investimento em rodovias, ferrovias e aeroportos. Adiciona-se a isso os problemas de gestão do Ministério dos Transportes, a inabilidade do governo em se fazer entender pelo mercado e a baixa qualidade dos projetos apresentados, elementos que configuraram o quadro de não solução dos problemas e gargalos existentes na infraestrutura econômica do país. Se, nas décadas de 1970 e 1980, o investimento em infraestrutura como proporção do PIB alcançou na média dos períodos, respectivamente, 5,4% e 3,6%, hoje a situação é bem diferente. Em (1) A tendência de valorização do real e a fase de baixa do ciclo da economia mundial são fatores que reduzem o potencial da indústria brasileira. Para agravar a situação, existem fatores adicionais que minam a competitividade da indústria brasileira, tais como: a elevada carga tributária imposta às empresas brasileiras e a enorme complexidade que enfrentam para cumprir com todas as exigências dos fiscos federal e estadual, aliadas às dificuldades para ressarcir os impostos cobrados sobre as exportações. conjuntura econômica em foco 9

6 2012, essa relação ficou em 2,33%, com perspectiva de pequeno incremento em 2013 (2,45%) 2. Isso significa que o crescimento das quantidades exportadas e importadas, o fluxo de mercadorias entre as diversas regiões do país e a expansão das viagens de carro e avião hoje em dia muito superiores ao padrão verificado na segunda metade do século XX não encontram oferta suficiente e adequada de infraestrutura econômica. Em suma, o país sofre por conta de uma inserção externa frágil com vazamento de parte importante da demanda interna para o exterior, via importações; a competitividade e a rentabilidade das empresas exportadoras estão sendo pressionadas pela volatilidade do câmbio, ora desvalorizado por incentivo do governo, ora com tendência de valorização para conter as pressões inflacionárias; e a gestão dos investimentos em infraestrutura por parte do governo, inclusive com o fraco desempenho do PAC, não consegue dar um horizonte para o investimento privado voltar a crescer. Simultaneamente, ao longo dos anos, às dinâmicas econômicas descritas se aliaram a baixa efetividade da política econômica em reativar a economia após 2010 e a aceleração da inflação nos inícios de 2011, 2013 e 2014, que definiu a reversão da política monetária de flexível para restritiva. Entre setembro de 2012 e março de 2014, a taxa básica de juros (Selic) subiu de 7,25% para 11,0% a.a. Nesse contexto, o circuito virtuoso renda-consumo-produção-investimento foi descontinuado. A renda disponível aos consumidores passou a impulsionar menos o consumo; a produção, já sem o estímulo das exportações e sofrendo com a concorrência das importações, adequou-se ao menor patamar do mercado interno; e o investimento em ampliação da capacidade produtiva saiu do radar dos empresários. Dois fatores são fundamentais para explicar, além dos já citados, o menor dinamismo da economia brasileira. O primeiro diz respeito ao mercado de trabalho. Apesar de o número de desempregados permanecer atualmente baixo, a criação de emprego já não demonstra o mesmo dinamismo de outrora. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, a variação do estoque de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas avançou 2,9% em 2010, 1,3% em 2011 e voltou a acelerar em 2012 (+3,1%). A partir de agosto de 2013, o emprego urbano nas regiões metropolitanas medidas pela PME passou a não criar mais ocupações em termos líquidos; em 2013, nota-se redução de 0,5% no estoque de pessoas empregadas e, entre abril de 2013 e abril de 2014, praticamente não houve crescimento das ocupações (ver Gráfico 4) A desaceleração da criação de empregos formais e informais, nas principais capitais do país, afeta a confiança dos consumidores, uma vez que é alta a rotatividade no mercado de trabalho. Ou seja, o entrante pela primeira fez no mercado de trabalho não tem a mesma facilidade de encontrar o emprego desejado, e o salário inicial tende a ser menor do que o esperado. Já o trabalhador que perde o posto de trabalho demora mais para ser reinserido. Além da menor empregabilidade nas principais regiões metropolitanas, a evolução do rendimento médio real dos ocupados também contribuiu para desacelerar o consumo doméstico. No biênio 2011 e 2012, o rendimento dos trabalhadores descontado o INPC cresceu anualmente na faixa de 7,3%, e a massa de rendimento se expandiu em média 9,6% nesse período. A aceleração da inflação em 2011 afetou a evolução da renda o IPCA atingiu 7,0% na passagem do primeiro para o segundo (2) Informações obtidas em estudos coordenados por Cláudio Frischtak da consultoria Inter.B. FRISCHTAK, Cláudio e CHATEAUBRIAND, Victor. Desenvolvimento e Infraestrutura no Brasil. Disponível em: 10 conjuntura econômica em foco

7 Gráfico 4. Rendimento médio real, ocupação e massa de rendimento real das seis regiões metropolitanas do Brasil (Variação em relação ao mesmo período do ano anterior) 16,0 15,0 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0 6,7 5,3 6,2 13,7 2,5 2,7 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 Rendimento médio real Ocupação Massa rendimento real Fonte: PME/IBGE. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap. semestre, porém a regra de reajuste do salário mínimo (calculado pela média do PIB de dois anos e inflação do ano corrente) incluiu o excepcional crescimento do PIB de 2010, compensando parte da alta dos preços. Esse padrão de expansão da massa de rendimento não se manteve e a sua variação caiu para 2,7%, em 2013 e no acumulado janeiro-abril de O reajuste do salário mínimo foi inferior no período devido ao menor crescimento do PIB nos anos anteriores. Nesse contexto, a aceleração da inflação corroeu o poder de compra dos salários. Assim, o rendimento médio real dos ocupados nas principais regiões metropolitanas cresceu pouco, na faixa de 3,1% em 2013 e no acumulado janeiroabril de 2014, em relação aos dados verificados no mesmo período do ano anterior (ver Gráfico 4). O segundo fator, não menos importante que o primeiro, que restringiu o consumo doméstico foi a evolução do mercado de crédito. O crescimento econômico ancorado no consumo das famílias entre 2004 e 2008 foi estruturado pela inclusão de milhões de pessoas no mercado de crédito, as quais passaram a obter recursos monetários adicionais à renda corrente pelo acesso ao crédito bancário com custos menores e prazos mais dilatados. No início de 2008, o crédito bancário, privado e público, apresentou crescimento real descontado o IPCA de, respectivamente, 30,0% e 14,0%, no acumulado em 12 meses. Naquele período, encerrava-se a fase ascendente do ciclo de crédito iniciado em janeiro de 2003; foram 65 meses de expansão até meados de 2008, consolidando-se como a mais prolongada da história recente da economia brasileira (ver Gráfico 5). Os impactos da crise global nas expectativas, a expansão da inadimplência dos consumidores e das empresas e a desaceleração do crescimento econômico desarmaram as condições favoráveis do mercado de crédito. Em dois períodos, o crédito privado, nacional e estrangeiro, desabou: no imediato pós-crise global de 2008 e em meados de A política financeira do governo federal foi acionada com medidas anticíclicas no sentido de fazer os bancos públicos avançarem a oferta de crédito com condições de prazos e juros inferiores ao oferecido pelo setor privado (ver Gráfico 5). conjuntura econômica em foco 11

8 Gráfico 5. Evolução do crédito do SFN, segundo a natureza do capital do credor. Variação real em 12 meses (em %) jan-08 fev-08 mar-08 abr-08 mai-08 jun-08 jul-08 ago-08 set-08 out-08 nov-08 dez-08 jan-09 fev-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09 jan-10 fev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 jul-10 ago-10 set-10 out-10 nov-10 dez-10 jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 set-12 out-12 nov-12 dez-12 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 % Público Privado Nacional Privado Estrangeiro Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: Grupo de Economia / Fundap. No primeiro momento, os efeitos dessa política e dos incentivos fiscais ao consumo de bens duráveis deram resultados e a economia voltou a crescer entre o final de 2009 e ao longo de A expansão do crédito público foi extraordinária, atingiu 35,0% em termos reais em setembro de 2009, enquanto que a oferta privada permaneceu praticamente estagnada. Os bancos privados, pressionados pela concorrência e com a perspectiva de retomada do crescimento econômico, voltaram ao mercado ofertando financiamentos. No final de 2010, nota-se a convergência de desempenho no mercado de crédito; bancos privados nacionais e bancos públicos apresentaram variação real de 15,0% no acumulado em 12 meses. Nos bancos estrangeiros, a variação foi um pouco inferior (10,0%). Na fase seguinte, que abarca o período do governo Dilma, as autoridades econômicas mantiveram a estratégia de continuar estimulando o consumo via renúncias fiscais e por meio da oferta pública de crédito. Entre 2012 e meados de 2013, o crédito dos bancos públicos voltou a acelerar a expansão para a faixa de 20,0% em termos reais, porém os bancos privados, dessa vez, não seguiram essa tendência e restringiram a oferta de crédito. A partir do segundo semestre de 2013, tornou-se inviável alavancar uma nova rodada de capitalização dos bancos públicos com o objetivo de realizar novamente uma política financeira anticíclica, dados o fraco desempenho da receita tributária, a inflexibilidade à queda das despesas governamentais e a perda de confiança do mercado na obtenção de superávit primário das contas públicas. Ao contrário, a recomendação das autoridades econômicas foi no sentido de os bancos públicos diminuírem a exposição no mercado de crédito. Identifica-se, assim, em 2014, um quadro de desaceleração do crédito público, retração da oferta privada nacional e fraco crescimento dos empréstimos dos bancos estrangeiros (na faixa de 5,0%, no acumulado em 12 meses até abril de 2014). Do lado dos bancos, os argumentos vão na direção de que a inadimplência cresceu, os custos de captação subiram e os riscos do negócio aumentaram no contexto de desaceleração da atividade econômica. Do lado da demanda de crédito, nota-se que os consumidores também se retraíram, ou seja, reduziram o ritmo de tomada de financiamentos. Um dos motivos desse comportamento foi o 12 conjuntura econômica em foco

9 crescimento do grau de endividamento das famílias e do comprometimento da renda com o serviço das dívidas (ver Gráfico 6). Gráfico 6. Evolução do endividamento e do comprometimento da renda das famílias com o serviço de dívida (em % da renda acumulada em 12 meses) 24,0 50,0 23,0 45,0 22,0 21,0 20,0 19,0 18,0 17,0 16,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 15,0 0,0 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 % da renda acumulada em 12 meses Endividamento - total (eixo da direita) Endividamento - exceto fin. Habitacional (eixo da direita) Serviço da dívida -total Serviço da dívida -exceto fin. habitacional Fonte: Banco Central do Brasil. No período recente, a ligeira redução verificada no endividamento das famílias, quando se exclui o financiamento habitacional, mostra que os consumidores decidiram diminuir as compras financiadas de bens duráveis, veículos e linha branca, por exemplo, mas mantiveram as decisões de adquirir a casa própria. O efeito desse movimento no comprometimento da renda com os serviços da dívida foi de ligeira redução a partir de junho de 2012, em função de a taxa de juros dos empréstimos habitacionais ser inferior à praticada nos segmentos de bens duráveis; porém, o patamar de comprometimento da renda das famílias ainda é elevado, na faixa de 19,6%. Os dados recentes do PIB exprimem um quadro preocupante para a economia brasileira. Do lado da oferta, os resultados de 2013 e do primeiro trimestre de 2014 não significaram avanços significativos. A indústria de transformação, que havia na média por trimestre contribuído negativamente para o crescimento em 2012 (-0,25 p.p.), conseguiu agregar apenas 0,14 p.p. à expansão do PIB no período recente (média de 2013 e do primeiro trimestre de 2014). O setor de serviços apresentou desempenho superior (+1,3 p.p.) de contribuição na mesma base de comparação, porém esse resultado representou metade do obtido em 2011 (ver Tabela 1). Do lado da demanda, o consumo das famílias reduziu fortemente o seu peso na expansão do PIB entre 2011 e 2013, de 3,3 p.p. para 1,9 p.p., sendo que, no primeiro trimestre de 2014, o percentual caiu para 1,6 p.p. O desempenho da formação bruta de capital fixo também apresentou relevante desaceleração; em 2011, o investimento havia adicionado em média por trimestre 1,9 p.p. ao crescimento do PIB. Esse indicador, para o período que vai de 2013 ao primeiro trimestre de 2014, agregou apenas 0,3 p.p., demonstrando que os empresários estão realizando apenas os investimentos necessários para repor os bens de capital, sem perspectiva de aumentar a capacidade produtiva. Nessa mesma base de comparação, o consumo do governo praticamente manteve o mesmo ritmo de contribuição ao crescimento do PIB, 0,6 p.p. (2011) e 0,5 p.p. no período mais recente. conjuntura econômica em foco 13

10 Tomando como referência os argumentos levantados neste artigo, o atual padrão de expansão econômica restringida caracteriza-se por: (i) maior grau de endividamento dos consumidores, hoje, em relação ao do período anterior à crise de global de 2008, com o sistema bancário privado piorando as condições (prazos e juros) dos financiamentos e sem dar sinais, até o início de 2014, de que poderá ampliar a oferta de crédito no curto prazo; (ii) o mercado de trabalho não apresenta o mesmo desempenho da fase anterior, sendo que a aceleração da inflação reduziu o poder de compra dos salários, e o ritmo de formalização da força de trabalho diminuiu; (iii) as empresas adiam as decisões de ampliar a capacidade produtiva, uma vez que o consumo doméstico não deve recuperar o ritmo de expansão no curto prazo e a tendência da demanda externa é permanecer estagnada ou com expansão contida (saída incerta da crise da zona do euro, desaceleração na China e retomada gradual e incerta dos EUA); (iv) os investimentos em infraestrutura permanecem contidos e não configuram um sistema crível de planejamento com metas e planos bem traçados e acordados dentro do próprio governo; (v) e, por fim, o avanço da importação, ao atingir por período prolongado bens com similar nacional, leva as empresas a readequarem suas escalas de produção, abrindo-se à maior importação de produtos finais e matérias primas, fator que reduz os elos das cadeias produtivas no país e diminui os efeitos do crescimento da indústria sobre os demais setores da economia. 14 conjuntura econômica em foco

Situação da economia e perspectivas. Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC)

Situação da economia e perspectivas. Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC) Situação da economia e perspectivas Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC) Recessão se aprofunda e situação fiscal é cada vez mais grave Quadro geral PIB brasileiro deve cair 2,9% em 2015 e aumentam

Leia mais

Conjuntura Dezembro. Boletim de

Conjuntura Dezembro. Boletim de Dezembro de 2014 PIB de serviços avança em 2014, mas crise industrial derruba taxa de crescimento econômico Mais um ano de crescimento fraco O crescimento do PIB brasileiro nos primeiros nove meses do

Leia mais

Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise n.5 Marolinha carioca - Crise financeira praticamente não chegou ao Rio

Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise n.5 Marolinha carioca - Crise financeira praticamente não chegou ao Rio Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise n.5 Marolinha carioca - Crise financeira praticamente não chegou ao Rio Equipe: André Urani (editor responsável) Adriana Fontes Luísa Azevedo Sandro

Leia mais

Boletim informativo: Brasil em Foco

Boletim informativo: Brasil em Foco mar/02 dez/02 set/03 jun/04 mar/05 dez/05 set/06 jun/07 mar/08 dez/08 set/09 jun/10 mar/02 dez/02 set/03 jun/04 mar/05 dez/05 set/06 jun/07 mar/08 dez/08 set/09 jun/10 Edição 3 Boletim informativo: Brasil

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

3 INFLAÇÃO. Carta de Conjuntura 26 mar. 2015 43

3 INFLAÇÃO. Carta de Conjuntura 26 mar. 2015 43 3 INFLAÇÃO SUMÁRIO A inflação brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), vinha apresentando uma trajetória de aceleração desde o início de 2014, mas mantinha-se dentro

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 Introdução Guilherme R. S. Souza e Silva * Lucas Lautert Dezordi ** Este artigo pretende

Leia mais

Decomposição da Inflação de 2011

Decomposição da Inflação de 2011 Decomposição da de Seguindo procedimento adotado em anos anteriores, este boxe apresenta estimativas, com base nos modelos de projeção utilizados pelo Banco Central, para a contribuição de diversos fatores

Leia mais

Alternativas para o Brasil. Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004

Alternativas para o Brasil. Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004 Alternativas para o Brasil Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004 Tema do Momento: Crescimento Apesar da recente recuperação da economia, crescimento sustentável continua sendo a preocupação central

Leia mais

O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016

O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016 O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016 Francisco José Gouveia de Castro* No início do primeiro semestre de 2015, o foco de atenção dos agentes tomadores de decisão, principalmente da iniciativa privada, é

Leia mais

SONDAGEM INDUSTRIAL Dezembro de 2015

SONDAGEM INDUSTRIAL Dezembro de 2015 SONDAGEM INDUSTRIAL Dezembro de 2015 Indústria espera que as exportações cresçam no primeiro semestre de 2016 A Sondagem industrial, realizada junto a 154 indústrias catarinenses no mês de dezembro, mostrou

Leia mais

A crise financeira global e as expectativas de mercado para 2009

A crise financeira global e as expectativas de mercado para 2009 A crise financeira global e as expectativas de mercado para 2009 Luciano Luiz Manarin D Agostini * RESUMO - Diante do cenário de crise financeira internacional, o estudo mostra as expectativas de mercado

Leia mais

MOEDA E CRÉDITO. Estêvão Kopschitz Xavier Bastos 1

MOEDA E CRÉDITO. Estêvão Kopschitz Xavier Bastos 1 MOEDA E CRÉDITO Estêvão Kopschitz Xavier Bastos 1 SUMÁRIO Em sua reunião de 20 de janeiro último, o Copom manteve a meta para a Selic estável em 14,25%. A decisão parece ter surpreendido o mercado, como

Leia mais

Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações do Brasil

Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações do Brasil Brasil África do Sul Chile México Coréia do Sul Rússia Austrália Índia Suíça Turquia Malásia Europa China Argentina São Paulo, 26 de setembro de 2011. Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações

Leia mais

1. Atividade Econômica

1. Atividade Econômica Julho/212 O Núcleo de Pesquisa da FECAP apresenta no seu Boletim Econômico uma compilação dos principais indicadores macroeconômicos nacionais que foram publicados ao longo do mês de referência deste boletim.

Leia mais

A Evolução da Inflação no Biênio 2008/2009 no Brasil e na Economia Mundial

A Evolução da Inflação no Biênio 2008/2009 no Brasil e na Economia Mundial A Evolução da Inflação no Biênio / no Brasil e na Economia Mundial A variação dos índices de preços ao consumidor (IPCs) registrou, ao longo do biênio encerrado em, desaceleração expressiva nas economias

Leia mais

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas A valorização do real e as negociações coletivas As negociações coletivas em empresas ou setores fortemente vinculados ao mercado

Leia mais

Relatório Mensal - Julho

Relatório Mensal - Julho Relatório Mensal - Julho (Este relatório foi redigido pela Kapitalo Investimentos ) Cenário Global A economia global apresentou uma relevante desaceleração nos primeiros meses do ano. Nosso indicador de

Leia mais

Nota de Crédito PJ. Janeiro 2015. Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014

Nota de Crédito PJ. Janeiro 2015. Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014 Nota de Crédito PJ Janeiro 2015 Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014 mai/11 mai/11 Carteira de Crédito PJ não sustenta recuperação Após a aceleração verificada em outubro, a carteira de crédito pessoa jurídica

Leia mais

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 2 Sumário Palavra do presidente... 4 Objetivo... 5 1. Carta de Conjuntura... 6 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 7 3. Análise macroeconômica...

Leia mais

Conjuntura - Saúde Suplementar

Conjuntura - Saúde Suplementar Conjuntura - Saúde Suplementar 25º Edição - Abril de 2014 SUMÁRIO Conjuntura - Saúde Suplementar Apresentação 3 Seção Especial 5 Nível de Atividade 8 Emprego 9 Emprego direto em planos de saúde 10 Renda

Leia mais

PESQUISA DE JUROS ANEFAC ref a Novembro/2013 Após seis elevações no ano, taxas de juros das operações de crédito ficam estáveis

PESQUISA DE JUROS ANEFAC ref a Novembro/2013 Após seis elevações no ano, taxas de juros das operações de crédito ficam estáveis PESQUISA DE JUROS ANEFAC ref a Novembro/201 Após seis elevações no ano, taxas de juros das operações de crédito ficam estáveis Com 4,27 no mes, Minas Gerais e Paraná registraram as maiores taxas de juros

Leia mais

BRASIL: SUPERANDO A CRISE

BRASIL: SUPERANDO A CRISE BRASIL: SUPERANDO A CRISE Min. GUIDO MANTEGA Setembro de 2009 1 DEIXANDO A CRISE PARA TRÁS A quebra do Lehman Brothers explicitava a maior crise dos últimos 80 anos Um ano depois o Brasil é um dos primeiros

Leia mais

Tendências importantes para o spread e inadimplência

Tendências importantes para o spread e inadimplência Tendências importantes para o spread e inadimplência A inadimplência confirma mínima histórica em 3,0% e o spread bancário volta a se elevar, alcançando 13,1%. Os dois movimentos são os principais destaques

Leia mais

Cenário Econômico para 2014

Cenário Econômico para 2014 Cenário Econômico para 2014 Silvia Matos 18 de Novembro de 2013 Novembro de 2013 Cenário Externo As incertezas com relação ao cenário externo em 2014 são muito elevadas Do ponto de vista de crescimento,

Leia mais

SINCOR-SP 2016 FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2016 FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 6 3. Análise macroeconômica...

Leia mais

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil 1. INTRODUÇÃO Ivan Tomaselli e Sofia Hirakuri (1) A crise financeira e econômica mundial de 28 e 29 foi principalmente um resultado da

Leia mais

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 Senhor acionista e demais interessados: Apresentamos o Relatório da Administração e as informações

Leia mais

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 1) Conjuntura Econômica Em função dos impactos da crise econômica financeira mundial, inciada no setor imobiliário

Leia mais

ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 1

ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 1 ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 1 PESQUISA DE JUROS - MAIO As taxas de juros das operações de crédito ficaram estáveis em maio/2013. Vale destacar que em maio o Banco Central voltou a elevar

Leia mais

Como as empresas financiam investimentos em meio à crise financeira internacional

Como as empresas financiam investimentos em meio à crise financeira internacional 9 dez 2008 Nº 58 Como as empresas financiam investimentos em meio à crise financeira internacional Por Fernando Pimentel Puga e Marcelo Machado Nascimento Economistas da APE Levantamento do BNDES indica

Leia mais

Santa Helena. jan/12 Aplicações Financeiro Inicial Aplicação Resgate Rendimento Total

Santa Helena. jan/12 Aplicações Financeiro Inicial Aplicação Resgate Rendimento Total Santa Helena Consultoria de Investimentos TC Consultoria de Investimentos Consultor Responsável: Diego Siqueira Santos Certificado pela CVM, Ato declaratório 11.187, de 23 de Julho de 2010 jan/12 Aplicações

Leia mais

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO II RELATÓRIO ANALÍTICO 15 1 CONTEXTO ECONÔMICO A quantidade e a qualidade dos serviços públicos prestados por um governo aos seus cidadãos são fortemente influenciadas pelo contexto econômico local, mas

Leia mais

PAINEL. US$ Bilhões. nov-05 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1

PAINEL. US$ Bilhões. nov-05 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ASSESSORIA ECONÔMICA PAINEL PRINCIPAIS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Número 68 1 a 15 de fevereiro de 211 ANÚNCIOS DE INVESTIMENTOS De

Leia mais

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Fernanda De Negri Luiz Ricardo Cavalcante No período entre o início da década de 2000 e a eclosão da crise financeira internacional, em 2008, o Brasil

Leia mais

OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio

OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio João Basilio Pereima Neto A combinação de política monetária com elevada taxa de juros em nível e política cambial está conduzindo o país à uma deterioração

Leia mais

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016

Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 Projeções para a Economia Portuguesa: 2014-2016 1 Projeções para a economia portuguesa: 2014-2016 As projeções para a economia portuguesa apontam para uma recuperação gradual da atividade ao longo do horizonte.

Leia mais

PAINEL 16,0% 12,0% 8,0% 2,5% 1,9% 4,0% 1,4% 0,8% 0,8% 0,0% 5,0% 3,8% 2,8% 3,0% 2,1% 1,0% 1,0% -1,0%

PAINEL 16,0% 12,0% 8,0% 2,5% 1,9% 4,0% 1,4% 0,8% 0,8% 0,0% 5,0% 3,8% 2,8% 3,0% 2,1% 1,0% 1,0% -1,0% Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ASSESSORIA ECONÔMICA PAINEL PRINCIPAIS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Número 58 1 a 15 de setembro de 2010 PIB TRIMESTRAL Segundo os dados

Leia mais

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015 Associação Brasileira de Supermercados Nº58 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015 Índice de Vendas acumula queda de -1,02% até outubro Vendas do setor

Leia mais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Número 01/2008 Cenário Moveleiro Número 01/2008 1 Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Leia mais

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS Julho de RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS Saldos Financeiros Saldos Segregados por Planos (em R$ mil) PGA PB TOTAL CC FI DI/RF FI IRFM1 FI IMAB5 SUBTOTAL CC FI DI/RF FI IRFM1 FI

Leia mais

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015 Associação Brasileira de Supermercados Nº59 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015 Supermercados mostram queda de -1,61% até novembro Desemprego e renda

Leia mais

Anexo IV Metas Fiscais IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais (Art. 4 o, 1 o, inciso II do 2 o da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000)

Anexo IV Metas Fiscais IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais (Art. 4 o, 1 o, inciso II do 2 o da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000) Anexo IV Metas Fiscais IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais (Art. 4 o, 1 o, inciso II do 2 o da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000) Em cumprimento ao disposto na Lei Complementar n o 101, de

Leia mais

Economia em Perspectiva 2012-2013

Economia em Perspectiva 2012-2013 Economia em Perspectiva 2012-2013 Porto Alegre, 28 Nov 2012 Igor Morais igor@vokin.com.br Porto Alegre, 13 de março de 2012 Economia Internacional EUA Recuperação Lenta Evolução da Produção Industrial

Leia mais

Espaço para expansão fiscal e PIB um pouco melhor no Brasil. Taxa de câmbio volta a superar 2,30 reais por dólar

Espaço para expansão fiscal e PIB um pouco melhor no Brasil. Taxa de câmbio volta a superar 2,30 reais por dólar Espaço para expansão fiscal e PIB um pouco melhor no Brasil Publicamos nesta semana nossa revisão mensal de cenários (acesse aqui). No Brasil, entendemos que o espaço para expansão adicional da política

Leia mais

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Em geral as estatísticas sobre a economia brasileira nesse início de ano não têm sido animadoras

Leia mais

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Julho de 2005 Risco Macroeconômico 2 Introdução: Risco Financeiro e Macroeconômico Um dos conceitos fundamentais na área financeira é o de risco, que normalmente

Leia mais

As mudanças estruturais da economia brasileira. Henrique de Campos Meirelles

As mudanças estruturais da economia brasileira. Henrique de Campos Meirelles As mudanças estruturais da economia brasileira Henrique de Campos Meirelles Julho de 20 Inflação 18 16 14 12 8 6 4 2 IPCA (acumulado em doze meses) projeção de mercado 0 03 06 11 Fontes: IBGE e Banco Central

Leia mais

Economia dos EUA e Comparação com os períodos de 1990-1991 e 2000-2001

Economia dos EUA e Comparação com os períodos de 1990-1991 e 2000-2001 Economia dos EUA e Comparação com os períodos de - e - Clara Synek* O actual período de abrandamento da economia dos EUA, iniciado em e previsto acentuar-se no decurso dos anos /9, resulta fundamentalmente

Leia mais

Perspectivas 2014 Brasil e Mundo

Perspectivas 2014 Brasil e Mundo 1 Perspectivas 2014 Brasil e Mundo 2 Agenda EUA: Fim dos estímulos em 2013? China: Hard landing? Zona do Euro: Crescimento econômico? Brasil: Deixamos de ser rumo de investimentos? EUA Manutenção de estímulos

Leia mais

SINCOR-SP 2015 NOVEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2015 NOVEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS NOVEMBRO 20 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Análise macroeconômica... 6 3. Análise do setor de seguros 3.1. Receita

Leia mais

Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna

Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna Condição para Crescer Carlos Feu Alvim feu@ecen.com No número anterior vimos que aumentar a poupança interna é condição indispensável para voltar a crescer.

Leia mais

Índice de Confiança da Indústria Pernambucana mantém-se em queda em julho

Índice de Confiança da Indústria Pernambucana mantém-se em queda em julho Outubro de 2009 Julho de 2012 Índice de Confiança da Indústria Pernambucana mantém-se em queda em julho O Índice de Confiança da Indústria de Transformação de Pernambuco (ICI-PE) volta a recuar em julho

Leia mais

Luciano Coutinho Presidente

Luciano Coutinho Presidente Atratividade do Brasil: avanços e desafios Fórum de Atratividade BRAiN Brasil São Paulo, 03 de junho de 2011 Luciano Coutinho Presidente O Brasil ingressa em um novo ciclo de desenvolvimento A economia

Leia mais

Projeções para a economia portuguesa: 2015-2017

Projeções para a economia portuguesa: 2015-2017 Projeções para a economia portuguesa: 2015-2017 As projeções para a economia portuguesa em 2015-2017 apontam para uma recuperação gradual da atividade ao longo do horizonte de projeção. Após um crescimento

Leia mais

SINCOR-SP 2015 DEZEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2015 DEZEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS DEZEMBRO 20 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Análise macroeconômica... 6 3. Análise do setor de seguros 3.1. Receita

Leia mais

1. COMÉRCIO 1.1. Pesquisa Mensal de Comércio. 1.2. Sondagem do comércio

1. COMÉRCIO 1.1. Pesquisa Mensal de Comércio. 1.2. Sondagem do comércio Nº 45- Maio/2015 1. COMÉRCIO 1.1. Pesquisa Mensal de Comércio O volume de vendas do comércio varejista restrito do estado do Rio de Janeiro registrou, em fevereiro de 2015, alta de 0,8% em relação ao mesmo

Leia mais

7 ECONOMIA MUNDIAL. ipea SUMÁRIO

7 ECONOMIA MUNDIAL. ipea SUMÁRIO 7 ECONOMIA MUNDIAL SUMÁRIO A situação econômica mundial evoluiu de maneira favorável no final de 2013, consolidando sinais de recuperação do crescimento nos países desenvolvidos. Mesmo que o desempenho

Leia mais

Porto Alegre, Dezembro de 2015

Porto Alegre, Dezembro de 2015 Porto Alegre, Dezembro de 2015 Análise de indicadores do mês de novembro No mês, a exportação alcançou cifra de US$ 13,806 bilhões. Sobre novembro de 2014, as exportações registraram retração de 11,8%,

Leia mais

PRECIFICAÇÃO NUM CENÁRIO DE INFLAÇÃO

PRECIFICAÇÃO NUM CENÁRIO DE INFLAÇÃO PRECIFICAÇÃO NUM CENÁRIO DE INFLAÇÃO 4º. ENCONTRO NACIONAL DE ATUÁRIOS (ENA) PROF. LUIZ ROBERTO CUNHA - PUC-RIO SETEMBRO 2015 ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO I. BRASIL: DE ONDE VIEMOS... II. BRASIL: PARA ONDE

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Junio 2011 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS- GRADUADOS

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Novembro 2012 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS- GRADUADOS

Leia mais

Investimento derrete e leva o PIB junto.

Investimento derrete e leva o PIB junto. Ibovespa 8-6-29:,54% Pontos: 53.63,39 Ibovespa 8-6-9 INTRADAY 545 54 535 53 525 52 515 Indicador Valor Var.% Data Dólar Comercial 1,936-1,63 1h45 Dólar Paralelo 2,3, 8/6 Dólar Turismo 2,9 +,97 8/6 Dólar/Euro

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Setembro 2011 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS GRADUADOS

Leia mais

XVIIIª. Conjuntura, perspectivas e projeções: 2014-2015

XVIIIª. Conjuntura, perspectivas e projeções: 2014-2015 XVIIIª Conjuntura, perspectivas e projeções: 2014-2015 Recife, 18 de dezembro de 2014 Temas que serão discutidos na XVIII Análise Ceplan: 1. A economia em 2014: Mundo Brasil Nordeste, com ênfase em Pernambuco

Leia mais

Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro

Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro Boletim Econômico Edição nº 91 dezembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro Neste ano de 2014, que ainda não terminou o Governo

Leia mais

Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco. Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do. Congresso Nacional

Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco. Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do. Congresso Nacional Brasília, 18 de setembro de 2013. Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional Exmas. Sras. Senadoras e Deputadas

Leia mais

NOTA CEMEC 05/2015 INVESTIMENTO E RECESSÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA 2010-2015: 2015: UMA ANÁLISE SETORIAL

NOTA CEMEC 05/2015 INVESTIMENTO E RECESSÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA 2010-2015: 2015: UMA ANÁLISE SETORIAL NOTA CEMEC 05/2015 INVESTIMENTO E RECESSÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA 2010-2015: 2015: UMA ANÁLISE SETORIAL Agosto de 2015 O CEMEC não se responsabiliza pelo uso dessas informações para tomada de decisões

Leia mais

Relatório de Pesquisa. Março 2013

Relatório de Pesquisa. Março 2013 Relatório de Pesquisa SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Março 2013 SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Pesquisa realizada pela CNDL e SPC Brasil. Foram ouvidos em todo o país 615 varejistas.

Leia mais

Ministério da Fazenda

Ministério da Fazenda Ministério da Fazenda Fevereiro 20051 Pilares da Política Macroeconômica - Equilíbrio fiscal - Manutenção da carga tributária do Governo Federal no nível de 2002 - Solidez das contas externas - Medidas

Leia mais

Mineração. Minério de ferro: Preços em queda e estoques crescendo. Análise de Investimentos Relatório Setorial. 22 de Maio de 2014

Mineração. Minério de ferro: Preços em queda e estoques crescendo. Análise de Investimentos Relatório Setorial. 22 de Maio de 2014 Minério de ferro: Preços em queda e estoques crescendo A redução no ritmo de crescimento da produção de aço na China, as dificuldades financeiras das siderúrgicas com os baixos preços naquele país e um

Leia mais

Prazo das concessões e a crise econômica

Prazo das concessões e a crise econômica Prazo das concessões e a crise econômica ABCE 25 de Setembro de 2012 1 1. Economia Internacional 2. Economia Brasileira 3. O crescimento a médio prazo e a infraestrutura 2 Cenário internacional continua

Leia mais

Relatório Econômico Mensal Junho de 2015. Turim Family Office & Investment Management

Relatório Econômico Mensal Junho de 2015. Turim Family Office & Investment Management Relatório Econômico Mensal Junho de 2015 Turim Family Office & Investment Management ESTADOS UNIDOS TÓPICOS ECONOMIA GLOBAL Economia Global: EUA: Reunião do FOMC...Pág.3 Europa: Grécia...Pág.4 China: Condições

Leia mais

Boletim Econômico da Scot Consultoria

Boletim Econômico da Scot Consultoria Boletim Econômico da Scot Consultoria ano 1 edição 2 22 a 28 de abril de 2013 Destaque da semana Alta na taxa Selic O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% ao ano,

Leia mais

INDICADORES ECONÔMICO-FISCAIS

INDICADORES ECONÔMICO-FISCAIS GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA - SEF DIRETORIA DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO DIOR NOTA EXPLICATIVA: A DIOR não é a fonte primária das informações disponibilizadas neste

Leia mais

China: novos rumos, mais oportunidades

China: novos rumos, mais oportunidades China: novos rumos, mais oportunidades Brasil pode investir em diversas áreas, como tecnologia, exploração espacial e infraestrutura 10 KPMG Business Magazine A China continua a ter na Europa o principal

Leia mais

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL ANÁLISE COMPARATIVA RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL O levantamento anual envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica

Leia mais

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov. 4 SETOR EXTERNO As contas externas tiveram mais um ano de relativa tranquilidade em 2012. O déficit em conta corrente ficou em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando pequeno aumento em relação

Leia mais

Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial

Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Associado à Fundação Armando Alvares Penteado Rua Ceará 2 São Paulo, Brasil 01243-010 Fones 3824-9633/826-0103/214-4454 Fax 825-2637/ngall@uol.com.br O Acordo

Leia mais

O gráfico 1 mostra a evolução da inflação esperada, medida pelo IPCA, comparando-a com a meta máxima de 6,5% estabelecida pelo governo.

O gráfico 1 mostra a evolução da inflação esperada, medida pelo IPCA, comparando-a com a meta máxima de 6,5% estabelecida pelo governo. ANO 4 NÚMERO 31 OUTUBRO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1-CONSIDERAÇÕES INICIAIS O gerenciamento financeiro do governo, analisado de forma imparcial, se constitui numa das

Leia mais

ECONOMIA BRASILEIRA. Economia segue paralisada ante riscos e incertezas

ECONOMIA BRASILEIRA. Economia segue paralisada ante riscos e incertezas Informativo CNI ECONOMIA BRASILEIRA Edição Especial do Informe Conjuntural Economia segue paralisada ante riscos e incertezas PAÍS NÃO ENFRENTOU ADEQUADAMENTE SUAS DIFICULDADES EM 2015. O desafio posto

Leia mais

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES Setembro de 2015 O CEMEC não se responsabiliza pelo uso dessas informações para tomada de decisões de compra

Leia mais

Relatório Econômico Mensal. Abril - 2012

Relatório Econômico Mensal. Abril - 2012 Relatório Econômico Mensal Abril - 2012 Índice Indicadores Financeiros...3 Projeções...4 Cenário Externo...5 Cenário Doméstico...7 Renda Fixa...8 Renda Variável...9 Indicadores - Março 2012 Eduardo Castro

Leia mais

PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2016. Fábio Silva fabio.silva@bcb.gov.br

PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2016. Fábio Silva fabio.silva@bcb.gov.br PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2016 Fábio Silva fabio.silva@bcb.gov.br 27 de janeiro de 2016 Estrutura da apresentação PIB Inflação Mercado de Trabalho 1901 1907 1913 1919 1925 1931 1937 1943

Leia mais

Edição 24 (Novembro/2013) Cenário Econômico A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013: UM PÉSSIMO ANO Estamos encerrando o ano de 2013 e, como se prenunciava, a

Edição 24 (Novembro/2013) Cenário Econômico A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013: UM PÉSSIMO ANO Estamos encerrando o ano de 2013 e, como se prenunciava, a Edição 24 (Novembro/2013) Cenário Econômico A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013: UM PÉSSIMO ANO Estamos encerrando o ano de 2013 e, como se prenunciava, a economia nacional registra um de seus piores momentos

Leia mais

A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E DE BENS DE CAPITAL

A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E DE BENS DE CAPITAL A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E DE BENS DE CAPITAL Uma análise do período 2000 2011 Abril de 2012 A competitividade da ind. de transformação e de BK A evolução do período 2000 2011, do:

Leia mais

A Economia Brasileira e o Governo Dilma: Desafios e Oportunidades. Britcham São Paulo. Rubens Sardenberg Economista-chefe. 25 de fevereiro de 2011

A Economia Brasileira e o Governo Dilma: Desafios e Oportunidades. Britcham São Paulo. Rubens Sardenberg Economista-chefe. 25 de fevereiro de 2011 A Economia Brasileira e o Governo Dilma: Desafios e Oportunidades Britcham São Paulo 25 de fevereiro de 2011 Rubens Sardenberg Economista-chefe Onde estamos? Indicadores de Conjuntura Inflação em alta

Leia mais

Mercado Financeiro e de Capitais. Taxas de juros reais e expectativas de mercado. Gráfico 3.1 Taxa over/selic

Mercado Financeiro e de Capitais. Taxas de juros reais e expectativas de mercado. Gráfico 3.1 Taxa over/selic III Mercado Financeiro e de Capitais Taxas de juros reais e expectativas de mercado O ciclo de flexibilização monetária iniciado em janeiro, quando a meta para a taxa básica de juros foi reduzida em p.b.,

Leia mais

Política Monetária no G3 Estados Unidos, Japão e Área do Euro

Política Monetária no G3 Estados Unidos, Japão e Área do Euro Política Monetária no G3 Estados Unidos, Japão e Área do Euro Nos primeiros anos desta década, os bancos centrais, em diversas economias, introduziram políticas monetárias acomodatícias como forma de evitar

Leia mais

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS. Março de 2016

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS. Março de 2016 RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS Março de 2016 1 RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS 1.1. Saldos Financeiros Saldos Segregados por Planos (em R$ mil) PGA CC DI/RF IRFM1 IMAB5 SUBTOTAL 31/dez/2013 26.103,99 26.103,99

Leia mais

Dinâmica Internacional: EUA e Europa estagnados e ascensão da China

Dinâmica Internacional: EUA e Europa estagnados e ascensão da China Dinâmica Internacional: EUA e Europa estagnados e ascensão da China Eduardo Costa Pinto Técnico de pesquisa e planejamento DINTE/IPEA 05 de outubro de 2011 Salvador/Ba Estrutura da Apresentação Parte I

Leia mais

Geografia. Textos complementares

Geografia. Textos complementares Geografia Ficha 2 Geografia 2 os anos Silvia ago/09 Nome: Nº: Turma: Queridos alunos, bom retorno. Segue um conjunto de atividades que têm por objetivo encaminhar as discussões iniciadas em nossas aulas

Leia mais

Relatório Econômico Mensal Janeiro de 2016. Turim Family Office & Investment Management

Relatório Econômico Mensal Janeiro de 2016. Turim Family Office & Investment Management Relatório Econômico Mensal Janeiro de 2016 Turim Family Office & Investment Management ESTADOS UNIDOS TÓPICOS ECONOMIA GLOBAL Economia Global: EUA: Fraqueza da indústria... Pág.3 Japão: Juros negativos...

Leia mais

Relatório de Estabilidade Financeira. Banco Central do Brasil Março de 2013

Relatório de Estabilidade Financeira. Banco Central do Brasil Março de 2013 Relatório de Estabilidade Financeira Banco Central do Brasil Março de 2013 Pontos abordados para o Sistema Bancário* Base: 2º semestre/12 Risco de liquidez Captações Risco de crédito Portabilidade Crédito

Leia mais

PAINEL 9,6% dez/07. out/07. ago/07 1.340 1.320 1.300 1.280 1.260 1.240 1.220 1.200. nov/06. fev/07. ago/06

PAINEL 9,6% dez/07. out/07. ago/07 1.340 1.320 1.300 1.280 1.260 1.240 1.220 1.200. nov/06. fev/07. ago/06 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ASSESSORIA ECONÔMICA PAINEL PRINCIPAIS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Número 35 15 a 30 de setembro de 2009 EMPREGO De acordo com a Pesquisa

Leia mais

BALANÇO ECONÔMICO 2013 & PERSPECTIVAS 2014

BALANÇO ECONÔMICO 2013 & PERSPECTIVAS 2014 BALANÇO ECONÔMICO 2013 & PERSPECTIVAS 2014 Porto Alegre, 4 de fevereiro de 2014 a CENÁRIO INTERNACIONAL CRESCIMENTO ANUAL DO PIB VAR. % ESTADOS UNIDOS: Focos de incerteza Política fiscal restritiva Retirada

Leia mais

China em 2016: buscando a estabilidade, diante dos consideráveis problemas estruturais

China em 2016: buscando a estabilidade, diante dos consideráveis problemas estruturais INFORMATIVO n.º 43 DEZEMBRO de 2015 China em 2016: buscando a estabilidade, diante dos consideráveis problemas estruturais Fabiana D Atri* Ao longo dos últimos anos, ao mesmo tempo em que a economia chinesa

Leia mais

Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA

Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA As escolhas em termos de política econômica se dão em termos de trade-offs, sendo o mais famoso o

Leia mais

O Brasil e o Rebalanceamento

O Brasil e o Rebalanceamento n o 103 23.07.14 Visão do desenvolvimento O Brasil e o Rebalanceamento do Comércio Mundial A principal forma de explicar o desempenho comercial de um país é aquela que interpreta os comportamentos das

Leia mais