Fatores de Competitividade na Indústria de Revestimentos Cerâmicos: uma análise integrada dos sistemas locais de Criciúma (SC) e Santa Gertrudes (SP)

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1 Fatores de Competitividade na Indústria de Revestimentos Cerâmicos: uma análise integrada dos sistemas locais de Criciúma (SC) e Santa Gertrudes (SP) Gabriela Scur Silva (USP) gabis.sul@terra.com.br Renato Garcia (USP) renato.garcia@poli.usp.br Resumo Na indústria brasileira de revestimentos cerâmicos é possível observar dois principais clusters de empresas, um deles na região de Criciúma em Santa Catarina e o outro em Santa Gertrudes, São Paulo. No geral, as empresas presentes nesses dois sistemas locais possuem diferentes formas de atuação no mercado. Esse artigo pretende mostrar um panorama mundial e local do setor, levantando os fatores chave para a competitividade. Posteriormente, apresenta-se um paralelo entre os dois clusters, ressaltando as semelhanças e diferenças de estratégias adotadas. Finalmente, destacam-se as principais dificuldades enfrentadas pelos dois pólos. Palavras chave: Arranjos Produtivos; Clusters; Indústria Cerâmica de Revestimento. 1. Introdução No contexto dos clusters, a proximidade geográfica entre empresas é capaz de facilitar o processo de circulação das informações e dos conhecimentos por meio da construção de canais próprios de comunicação e de fontes específicas de informação. Esse elemento tem, ainda, o papel de contribuir para o desenvolvimento de novas capacidades organizacionais e tecnológicas, o que leva ao fomento de um processo de aprendizado de caráter local dadas as maiores facilidades de circulação das informações e de transmissão de conhecimentos. Assim, a performance econômica da inovação não depende somente da capacidade individual da empresa em inovar, mas sim como ela interage com outras empresas, setor financeiro, organizações de pesquisa e governo (JOHNSON & LUNDVALL, 2000). Neste trabalho, esta problemática é aplicada ao caso da indústria cerâmica para revestimento, por meio da investigação acerca dos principais fatores de competitividade das empresas do setor, buscando compreender o papel da inovação e da busca pela diferenciação do produto através do design. Pretende assim investigar as repostas que foram dadas pelas empresas frente aos novos desafios competitivos tanto no que se refere a produto e a processo. O desenvolvimento da argumentação apresentada ao longo desse trabalho, sustenta-se nos resultados de um dos estudos setoriais desenvolvidos no âmbito do projeto Diretório da Pesquisa Privada/Observatório de Estratégias para a Inovação (DPP/OEI) apoiado pela FINEP. O projeto DPP/OEI envolve um amplo esforço de pesquisa, de diversas universidades brasileiras, de levantamento de informações secundárias e primárias sobre as estratégias inovativas na indústria brasileira. Os resultados ora apresentados são uma compilação de parte dos resultados de um desses estudos setoriais. O artigo está divido em 4 seções. Na segunda seção, são apresentadas algumas características e dados sobre o setor de revestimentos cerâmicos, focando nos sistemas locais de Criciúma e de Santa Gertrudes. Na terceira, são analisadas as principais mudanças que ocorreram nas empresas e o impacto delas na indústria brasileira de revestimentos cerâmicos. Na última seção, apresentam-se as conclusões e comentários finais. ENEGEP 2005 ABEPRO 3635

2 2. Caracterização do Setor de Revestimentos Cerâmicos 2.1 Fatores Relevantes para a Competitividade no Setor O padrão de concorrência característico do setor de revestimento cerâmicos organiza-se em torno das variáveis preço, qualidade e diferenciação do produto. Nestas condições, as empresas de cerâmica precisam resolver trade-offs entre custos de produção e atributos importantes do produto como resistência, impermeabilidade, funcionalidade e beleza (design). A obtenção de resultados positivos dessa ordem são relevantes, não somente na competição entre empresas do setor, como também na competição com os setores produtores de bens substitutos como pedras naturais, revestimentos têxteis e de papel, vinil, madeiras e argamassas. Na dinâmica tecnológica do setor, os fornecedores de equipamentos e de insumos básicos, especialmente colorifícios tem um papel de extrema relevância, uma vez que se responsabilizam pela introdução de inovações, tanto em processos como em produtos. Porém, isso não significa que as empresas assumam uma posição passiva nos processos de geração de inovações. Embora a trajetória tecnológica seja definida de forma exógena a esse setor, as empresas procuram gerar assimetrias concorrenciais dentro dessa trajetória, por meio do desenvolvimento de aplicações mais adequadas em produtos e também em termos das técnicas de produção. Assim, as empresas procuram aproveitar-se de oportunidades que são geradas dentro da trajetória tecnológica, que lhes proporciona vantagens competitivas, mesmo que de caráter temporário. Essa circunstância facilita a difusão de inovações e reduz as barreiras à entrada de natureza tecnológica na produção de revestimentos. Isso todavia não reduz a importância das formas de interação entre as empresas, principalmente de caráter usuário-produtor, já que a transferência dos conhecimentos exige a interlocução qualificada das empresas usuárias (MEYER- STAMER, J & SEIBEL, S, 2002). Além disso, a interação com os fornecedores é fundamental para o processo de desenvolvimento de produto e design, uma das vantagens competitivas mais importantes dessa indústria. Dado o caráter exógeno do processo de inovação tecnológica no setor e o papel desempenhado pelos produtores internacionais de equipamentos (principalmente os italianos) e coloríficos (espanhóis), é possível afirmar que as empresas líderes atuam com o mesmo padrão e desenvolvimento tecnológico dos principais centros produtores mundiais, tendo, dessa forma, acompanhado as inovações relevantes em processo e em produto. A partir do domínio da competência em design os fabricantes de coloríficos desenvolveram também a capacidade de fornecer assistência técnica a produtores de revestimento. Uma outra questão importante na concorrência internacional é a comercialização. De modo geral, existem quatro tipos de pontos de venda ao consumidor final: (i) lojas especializadas em revestimentos cerâmicos; (ii) home-centers e lojas DIY (do-it-yourself); (iii) lojas de material de construção; e (iv) lojas especializadas em revestimentos em geral. Todos estes tipos de unidades comerciais podem comprar de atacadistas (intermediários), contudo é visível a tendência de negociarem diretamente com os fabricantes. Não há sinais de concentração mais significativa nos canais de comercialização, já que os grandes produtores possuem em média cerca de quatro mil clientes. Entretanto, em grandes mercados como o alemão, o americano e até mesmo o brasileiro, já são percebidos movimentos em direção à concentração da comercialização em home-centers e cadeias de lojas especializadas. Tendência que, se confirmada, reduzira a presença dos intermediários e ENEGEP 2005 ABEPRO 3636

3 segmentara a oferta ao consumidor final entre vendedores de produtos de menor preço e vendedores de produtos mais sofisticados (FERRAZ, 2002). 2.2 Panorama Mundial O domínio do segmento de equipamentos para produção de revestimento pelos italianos e da fabricação de coloríficos pelos espanhóis estabelece, de certa forma, as diferenças centrais da organização das cadeias produtivas da Itália e da Espanha. Na Itália estão presentes produtores locais de equipamentos, produtores de coloríficos espanhóis e fabricantes locais de revestimentos cerâmicos. A governança da cadeia é dada pelos produtores de máquinas e equipamentos que introduzem as inovações aos produtores de cerâmica, como o processo de monoqueima (RUSSO, 2004). Já na cadeia produtiva da Espanha, pode-se encontrar fabricantes italianos de equipamentos, produtores de revestimento locais e produtores de coloríficos domésticos, estes últimos com forte posição na estrutura de poder. As distintas estruturas das duas cadeias influenciam de perto suas estratégias de internacionalização. Enquanto que a Itália direciona o investimento direto no exterior para a produção de revestimentos cerâmicos e algumas vezes de máquinas e equipamentos, a Espanha concentra tais investimentos na produção de coloríficos. Ja os produtores brasileiros não demonstram planos de internacionalização (pela via do investimento direto) e sua atuação externa se da via exportações através de representantes comerciais ou em casos de grandes empresas ocorre via representaçao comercial nos principais mercados. 2.3 A indústria de revestimentos cerâmicos no Brasil A cerâmica de revestimentos movimenta cerca de US$2,2 bilhões pelas 97 empresas no Brasil (125 plantas), considerando toda a cadeia produtiva, comercial e de serviços. A abundância de matéria-prima natural, fontes alternativas de energia e disponibilidade de tecnologias embutidas nos equipamentos industriais fez com que as empresas brasileiras evoluíssem rapidamente e foi responsável para que muitos tipos de produtos cerâmicos atingissem nível de qualidade mundial e, em conseqüência, aumentasse a quantidade exportada. De fato, em 2003, a indústria produziu azulejos, pisos e pastilhas no montante de 534 milhões de m 2. A indústria cerâmica desenvolveu um parque fabril peculiar, em que expressiva parte de sua produção é fabricada pelo processo via seca (53%). Esse método, menos oneroso e de qualidade à altura das exigências das normas internacionais, contribuiu para desenvolver o maior mercado consumidor do mundo ocidental (Brasil), com vendas no território nacional da ordem de 421 milhões de m 2. Segundo a Ascer - Associação dos produtores de Cerâmica de Revestimentos da Espanha (2001), desde 1990 a produção mundial vem aumentando. Com exceção da produção chinesa, em 2001 a produção mundial cresceu 5,8%, representando um montante de milhões de m2. O Brasil é o quarto produtor mundial, após a China, Itália e Espanha. No Brasil, apesar de existirem empresas com registro da década de 50, o surto de surgimento de novas empresas passou a ocorrer a partir dos anos 60, a partir da definição de uma política habitacional no país. O estímulo à construção civil ampliou a demanda por produtos cerâmicos de revestimento, o que resultou, nos anos 70, na abertura de inúmeras novas empresas. Na década de 80 houve uma concentração de empresas devido aos processos de aquisição de fábricas pelos maiores grupos econômicos (CAMPOS ET AL., 1999).A produção brasileira de revestimentos cerâmicos conta com cerca de 97 empresas distribuídas por todas as regiões do país (125 plantas). Todavia há uma concentração nas regiões Sul e ENEGEP 2005 ABEPRO 3637

4 Sudeste, em quatro pólos principais: a região de Criciúma, em Santa Catarina; a região da grande São Paulo; a região de Mogi-Guaçu, a região de Cordeirópolis e Santa Gertudres, também localizadas no Estado de São Paulo. A razão da grande concentração de empresas de todos os segmentos cerâmicos nas regiões Sul e Sudeste (24 e 65% respectivamente) está associada às facilidades de matéria-prima, energia, centros de pesquisa, universidades e escolas técnicas. Segundo a Anfacer, o principal mercado brasileiro está concentrado nas regiões Nordeste e Sudeste: 12,4% e 61,4%, respectivamente. O tamanho do mercado nordestino e os custos de transportes associados ao baixo valor agregado dos revestimentos cerâmicos têm estimulado um movimento de desconcentração regional da produção, uma vez que a implantação de unidades produtivas na Região Nordeste passou a fazer parte da estratégia competitiva de algumas empresas, como forma de garantir maiores fatias deste mercado. As empresas produtoras de revestimentos cerâmicos são, em sua totalidade, controladas por capital privado nacional e, quase todas, têm origem familiar. Segundo FERRAZ (2002), a produção, assim como a capacidade produtiva, está bastante concentrada em poucos grupos industriais: os dois maiores responsabilizam-se por cerca de 19% da capacidade instalada e da produção nacional; os quatro maiores por 26% e os dez maiores por 38%. Também as exportações apresentam alto grau de concentração. Em 2001 (FERRAZ, 2002) os três maiores grupos exportadores responsabilizaram-se por 42% das exportações setoriais; as cinco maiores empresas por 62% e as dez mais importantes por 73%. 3. Os SLPs de Santa Gertrudes e de Criciúma A análise da cadeia produtiva do setor de cerâmicos de revestimento no Brasil tem como referência as duas principais aglomerações de empresas produtoras de revestimentos cerâmicos do país, a de Criciúma (SC) e o de Santa Gertrudes (SP). Esses dois clusters apresentam histórias e trajetórias distintas e, atualmente, aparecem como competidores, principalmente, no que se refere ao mercado interno. Em geral, a cerâmica Catarinense é mais sofisticada e mais cara que a fabricada em Santa Gertrudes. O SLP de Santa Catarina, concentrado geograficamente em torno da cidade de Criciúma, é responsável por cerca de um terço da produção nacional e dois terços das exportações (MEYER-STAMER & SEIBEL, 2002). Algumas de suas empresas entraram em operação nos anos de 1950, e a capacidade de produção total da produção regional cresceu aceleradamente nos anos de 1970 e 1980 como resposta à expansão do consumo interno de cerâmicos de revestimento. Esse período, caracterizado por expansão da oferta e por menor ênfase na qualidade dos produtos, encerrou-se no início da década de 1990, quando o setor enfrentou com uma crise de demanda. Tal quadro redefiniu a estratégia dos produtores de Santa Catarina que direcionaram seus esforços para a modernização tecnológica e gerencial de suas empresas. O SLP de Santa Gertrudes, localizado nos municípios paulistas de Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Rio Claro e Limeira, conta com cerca de 45 firmas produtoras de revestimentos cerâmicos, entre as quais estão pequenas, médias e grandes empresas, responsáveis por cerca de 50% da produção nacional e 15% do total das exportações (FERRAZ, 2002). Esse cluster originou-se de pequenos empreendimentos, alguns deles ligados inicialmente à produção de tijolos e telhas, e expandiu-se ao produzir revestimentos mais baratos destinados aos consumidores de renda média/baixa. Na década de 1990, essa estratégia permitiu que a capacidade produtiva instalada na região crescesse a taxas superiores à média nacional, principalmente após a estabilização monetária resultante da adoção do Plano Real (1994). Nos ENEGEP 2005 ABEPRO 3638

5 últimos anos, os investimentos dirigiram-se à expansão da capacidade produtiva por intermédio de aquisição, instalação de novas plantas e modernização de plantas pré-existentes. Dessa forma, a expansão recente implicou um processo de modernização tecnológica que contribuiu para o aumento da produtividade das empresas locais. 3.1 Mineração As empresas produtoras de revestimentos do pólo de Santa Catarina utilizam, em sua maior parte, o processo chamado via úmida, no qual a principal matéria-prima, a argila, é misturada a vários minerais, (quartzo e calcita, por exemplo), hidratada, triturada e, finalmente, atomizada para que se possa retirar a água e obter uma mistura bem homogênea (massa pronta). Já a grande maioria das empresas do cluster de Santa Gertrudes adota o processo via seca, no qual a argila é extraída da natureza, seca e moída, resultando a massa pronta já adequada à prensagem. De maneira geral, a argila pode ser fornecida às empresas produtoras de revestimento por intermédio de mineradoras-beneficiadoras de seu próprio grupo, por mineradorasbeneficiadoras independentes ou por mineradoras independentes. Entretanto, em ambos os clusters, as empresas ou grupo de empresas mais importantes possuem a sua própria jazida e internalizam a atividade de extração e beneficiamento e, ainda comercializam argila (bruta ou moída) para terceiros. No caso de Santa Gertrudes, as mineradoras ligadas a empresas cerâmicas são o caso mais comum, embora coexistam com mineradoras-beneficiadoras e mineradoras independentes. Vale ressaltar que, independentemente do tipo de empresa que realiza a mineração, a produção de argila não alcançou, no caso brasileiro, um padrão técnico adequado, sobretudo na aplicação de técnicas de geologia, engenharia mineral e legislação ambiental. A ausência de pesquisa mineral prejudica o trabalho de lavra e de mistura e homogeneização dos lotes de minério. Por seu turno, o empirismo nos trabalhos de lavra faz com que ocorram variações na qualidade dos lotes de matéria-prima os quais, muitas vezes, só são detectadas na fase de produção de cerâmicos, causando perdas importantes. Além do mais, muitas vezes exigem o abandono de frentes de lavra dada a presença de intrusões, fato que aumenta custos e potencializa danos ambientais (IPT, 2001 apud FERRAZ, 2002). 3.2 Distribuição e Comercialização No setor de revestimentos cerâmicos, as atividades de marketing e distribuição apropriam-se de grande parte do valor final dos produtos. Estimativa do IPT, referida ao caso de Santa Gertrudes, registra que enquanto o preço do m 2 dos produtos de revestimento posto-fábrica varia entre US$ 1,3 e US$ 2, o consumidor final paga entre US$ 3 e US$ 6. Considerando os custos de assentamento das peças, a estimativa indica, ainda, que somente cerca de 10% do valor gerado pela cadeia é apropriado pela indústria cerâmica e que as atividades de distribuição e assentamento geram de sete a nove vezes mais receita que a produção propriamente dita (FERRAZ, 2002). Essa circunstância tem levado os fabricantes de revestimento a focalizarem seus esforços nas áreas de marketing, vendas e serviços pós-vendas. Essa tendência é visível, sobretudo entre as empresas do pólo de Santa Catarina onde o processo produtivo já foi objeto de modernização. Dessa forma, as empresas catarinenses estão investindo em: showroom, maiores espaços de exposição no varejo e treinamento de profissionais de venda. Algumas destas empresas atuam com lojas próprias e, em busca dos consumidores de alta renda, estão montando lojas especializadas sob o regime de franchising. Nesses casos, ENEGEP 2005 ABEPRO 3639

6 oferecem, ainda, serviços de pós-venda como, por exemplo, os referentes ao assentamento. Treinam e certificam assentadores e proporcionam garantia de vida do produto vinculada ao uso de assentador certificado e de produtos da empresa. Desse modo, o esforço está em aumentar as vendas ressaltando a qualidade do produto e, concomitantemente, internalizar os ganhos oriundos da integraçao a jusante. Por sua vez, nas empresas de Santa Gertrudes, onde, de maneira geral, prioriza-se preços como fator chave de competição, a distribuição é realizada por representantes independentes que negociam os produtos no varejo. Nas exportações, comandadas em sua maior parte pelas empresas de Santa Catarina, o padrão de comercialização mais utilizado é a contratação de representantes comerciais, seguido da utilização de serviços de tradings. Há, contudo, registro de empresa com subsidiárias localizadas em mercados-alvo estratégicos como os EUA, por exemplo. Segundo MEYER-STAMER, MAGGI & SEIBEL (2001), os produtores de Santa Catarina perceberam que, concluída a etapa de modernização produtiva implementada nos anos de 1990, resta pouco espaço para seguir uma estratégia competitiva baseada em redução de preços. Este é um problema relevante num cenário de lento crescimento da demanda interna e de aumento da capacidade produtiva das empresas do pólo de Santa Gertrudes, cuja estratégia de expansão baseou-se, fundamentalmente, em concorrência em preços. As empresas líderes de Santa Catarina percebem a ameaça representada pelos produtores de Santa Gertrudes, embora considerem que a qualidade de seus produtos e o segmento de mercado em que atuam funcionem, ainda, como proteção para suas posições de mercado. Já as empresas médias lamentam o fato da superioridade em qualidade de seus produtos não ser facilmente identificada pelos consumidores, cujas compras orientam-se mais fortemente por outros critérios, como aparência e preço. Ainda em relação a esta questão, na avaliação dos produtores de Santa Catarina, a obtenção de certificação ISO não lhes garantiu vantagem competitiva, uma vez que os consumidores não valorizam a certificação e que alguns concorrentes de Santa Gertrudes foram capazes de certificar seus produtos. 3.3 Custos de Produção Dados referentes à estrutura de custos da indústria brasileira de revestimentos cerâmicos são difíceis de serem obtidos devido ao diferencial de custos entre empresas e ao fato de, quase sempre, as empresas considerarem tais informações confidenciais. Entretanto, segundo Gorine e Correa (1999), os principais custos diretos da produção são, em média: mão de obra (23%), matérias primas (37%), GLP e outros componentes do combustível (15%), eletricidade (3%) e outros (22%). Alguns componentes dos custos vêm sofrendo modificações importantes como, por exemplo, as resultantes do processo de substituição do gás liquefeito de petróleo (GLP) por gás natural. A perspectiva de difusão do gás natural nessa indústria é muito positiva em função das características da demanda de energia térmica. No processo produtivo, a garantia de qualidade e a redução de perdas exigem a estabilidade da temperatura dos fornos, circunstância favorecida pelo uso do gás natural. Vale lembrar, que, na produção de revestimentos, a demanda energética de combustíveis associa-se ao aquecimento direto (fornos de secagem e queima), enquanto que a energia elétrica é utilizada para força motriz, iluminação e preparação da massa e do esmalte. A favor da utilização do gás natural está, ainda, a possibilidade da utilização de co-geração, ou seja, a produção de energia elétrica a partir do aproveitamento da energia térmica e vantagens ambientais. ENEGEP 2005 ABEPRO 3640

7 Nos anos 90, quando o governo brasileiro anunciou que o Brasil teria acesso ao gás natural da Bolívia, embora os planos eram do gasoduto chegar apenas até Sao Paulo. Entretanto, devido ao eforços da industria de Santa Catarina juntamente com a criaçao de uma empresa pública (a SC Gas) o gas natural pode ser entregue no estado. Uma outra questão, que implica em custos para as empresas cerâmicas, é de natureza financeira. Muitas firmas buscaram crédito de longo prazo para financiar compra de equipamentos e elevaram seu grau de endividamento. O fato das margens de lucro do setor serem reduzidas, combinado às elevadas taxas de juros praticadas no país, resultou no aumento da vulnerabilidade financeira e exigiram, algumas vezes, a renegociação de dívidas com órgãos e entidades financiadoras (BNDES, por exemplo). Essa circunstância, além de tornar os custos financeiros um elemento importante na estrutura de custos, dificulta o acesso a novos créditos como, por exemplo, os associados ao financiamento das exportações (FERRAZ, 2002). 3.4 Instituições de apoio e suporte As transformações que atingiram o pólo cerâmico de Santa Catarina na década de 1990 induziram o surgimento de instituições e iniciativas de apoio, entre as quais destacam-se o Centro de Tecnologia Cerâmica (CTC) e a criação de um curso em tecnologia cerâmica (1996) pela UNESC, em cooperação com o SENAI e com os fabricantes locais. O CTC, fundado a partir de parceria entre o SENAI, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Criciúma (Sindiceram), foi concebido à imagem do ITC de Castellón (Espanha). Entre seus principais objetivos está oferecer serviços nas áreas de: análise; ensaios; testes; certificação de processos e produtos e desenvolver projetos de P&D em parceria com as empresas de revestimento cerâmicos. Diagnósticos recentes sugerem que tais iniciativas, embora venham desempenhando papel relevante, não renderam os resultados esperados, em função dos conflitos de interesse entre os atores participantes (SENAI, UFSC, UNESC) e destes com os dos fabricantes de cerâmicos (SEIBEL, MEYER-STAMER e MAGGI, 2001; MEYER-STAMER, SEIBEL, 2004)). Já a Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento) vem promovendo programas, ações e atividades importantes para o setor. Entre essas estão, por exemplo, a criação, em 1993, do Centro Cerâmico do Brasil (CCB), e um programa de parceria comercial com a APEX (o Programa Nacional de Desenvolvimento das Exportações de Cerâmicos), iniciado em A APEX enfatiza ações como: pesquisa de mercados (EUA, Mercosul, Alemanha, Japão e Arábia Saudita); desenvolvimento e adequação do produto às especificidades dos mercados-alvo; desenvolvimento da logística de comércio exterior (padronização de pallets, facilitação de embarques por intermédio de armazéns alfandegários e etc.) e programas de marketing, principalmente no mercado norte-americano, visando fixar a marca Brasil. Outra ação importante foi a criação do CCB - Centro Cerâmico do Brasil que nasceu em 1993 através da Anfacer para atuar como organismo certificador da qualidade. Desde então, o CCB consolidou-se como um Organismo Certificador Credenciado (OCC) da Qualidade, baseado numa estrutura tripartite, que reune representantes dos fabricantes de placas cerâmicas, dos consumidores e de outras entidades como: Universidades, Escolas Técnicas e Institutos de Pesquisa. 4. Comentários Finais A crise dos anos 90 despertou a necessidade de redefinição das estratégias competitivas por parte das empresas do cluster catarinense, que passaram a buscar buscar novas vantagens ENEGEP 2005 ABEPRO 3641

8 competitivas ao alterar, priorizar e investir em estratégias de marketing, de vendas e de distribuição. Além disso, a ênfase no mercado externo é um outro elemento que ganhou importância, tanto na estratégia das empresas catarinenses, quanto em algumas das principais empresas localizadas no pólo de Santa Gertrudes. Finalmente, é importante registrar a presença de entraves à ação coletiva das empresas fabricantes de revestimento cerâmicos, condição que dificulta a solução de problemas comuns. Vale lembrar que em centros mundiais de produção, como o de Castellón na Espanha, a ação coletiva de empresas em coordenação com instituições públicas e privadas foi, e permanece sendo, um elemento importante para o aumento da competitividade da indústria local. No caso do pólo de Criciúma, há evidências de deterioração da ação coletiva que, no início dos anos 90, desempenhou um papel relevante na atualização tecnológica e produtiva das empresas da região. Entre as razões para isso, está o fato dos desafios competitivos terem se deslocado para questões de marketing, distribuição e vendas, campos nos quais a cooperação empresarial encontra maiores obstáculos (MEYER-STAMER et. al, 2001). No caso das empresas de Santa Gertrudes, a competição em preços reforça a rivalidade entre as empresas e, em conseqüência, dificulta uma maior eficiência no espaço das ações coletivas. Referências Bibliográficas ANFACER- Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento. Disponibilidade e Acesso: Data de acesso: 20 de maio de ASCER Associação dos produtores de Cerâmica de Revestimentos da Espanha. Disponibilidade e Acesso: Data de acesso: 21 de dezembro de CAMPOS, R et al. (1999). O cluster da Industria Ceramica de Revestimento em Santa Catarina: um caso de sistema local de inovaçao. In: Cassionalo et al. Globalizaçao e Inovaçao Localizada: Experiencias de Sistemas Locais no Ambito do Mercosul e Proposiçoes de Politicas de C&T. Rio de Janeiro: IE/REDESIST/UFRJ. Contrato MCT/OEA/CNPQ. FERRAZ, G.(2002). Nota Técnica Final da Cadeia Cerâmica. In: Coutinho, L et al. cords. Estudo da Competitividade de Cadeias Integradas no Brasil: impactos das zonas de livre comércio. São Paulo: IE/NEIT/UNICAMP. Contrato MDIC/MCT/FINEP. IPT (2001) Programa de Competitividade das Cadeias Produtivas Paulistas. Caso 1: O Cluster de Cerâmica de Rio Claro. Relatório Técnico nº (São Paulo). IPT/DEES. JOHNSON, B & LUNDVALL, B. (2000) Promoting Innovation Systems as a Response to the Globalizing Learning Economy. In: Cassiolato, J et al. Arranjos e Sistemas Produtivos Locais e as Novas Políticas de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico. Rio de Janeiro: IE/UFRJ. Contrato BNDES/FINEP-FUJB. MEYER-STAMER, J., SEIBEL, S e MAGGI, C (2001). Globalização e os Desafios para as Indústrias Italiana, Espanhola e Brasileira de Revestimentos Cerâmicos. Cerâmica Industrial, vol 6 nº 6: 28/38. nov/dez. MEYER-SATMER, J & SEIBEL, S (2002). Cluster, Value Chain and the Rise and Decline of Collective Action: The Case of the Tile Industry in Santa Catarina, Brazil. Disponibilidade e Acesso: Data de acesso: 30 de janeiro de MEYER-STAMER, J., MAGGI, C & SEIBEL, S (2004). Upgrading in the tile industry of Italy, Spain and Brazil: insights from cluster and value chain analysis. Hubert Schmitz(ed.). Local Enterprises in the Global Economy: Issues of Governance and Upgrading,Cheltenham: Elgar. RUSSO, Margherita (2004). Processi di Innovazione nei Distretti e Globalizzazione: Il Caso di Sassuolo. Economia e Società Regionale, no. 3, pp Franco Argeli. ENEGEP 2005 ABEPRO 3642

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