ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica SPE Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética
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- Herman Antunes Gesser
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2 ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica SPE Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética
3 SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O PROGRAMA APRESENTAÇÃO RECURSOS A SEREM INVESTIDOS Recursos Procedimentos para Contabilização dos Custos do PEE Taxa de Desconto Vida Útil Custos com Administração e Rateio com Administração Geral (RAG) Custo de Aquisição de Equipamentos e Serviços Projetos Exclusivamente na Área de Concessão Promoção e Marketing Treinamento Bens Móveis Recuperação de Investimentos PRAZOS E FORMA DE ENTREGA PLANO DE INVESTIMENTOS EM EE ANÁLISES DOS PROJETOS AUDIÊNCIA PÚBLICA RELATÓRIO FINAL DO PROJETO CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PROJETOS CONCEITUAÇÃO DOS PROJETOS POR SEGMENTO E USO FINAL Projeto Piloto Projeto Educacional Gestão Energética Municipal Comercial/Serviços Industrial Atendimento a Comunidades de Baixa Renda Poder Público: Residencial Rural Serviço Público Pelo lado da oferta USOS FINAIS DE ENERGIA PROJETO PRIORITÁRIO PROJETO COOPERATIVO PROJETOS PLURIANUAIS ROTEIROS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA AV ALIAÇÃO EX-ANTE GERAL PROJETO EDUCACIONAL PROJETO DE GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO ENERGIA ECONOMIZADA E REDUÇÃO DE DEMANDA NA PONTA CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO Apresentação dos planos de M&V à ANEEL Validação PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO ECONÔMICA DOS PROJETOS Custos Evitados Relação Custo-Benefício (RCB) RCB para todos os projetos...41
4 Cálculo da Relação Custo Benefício para Projetos Plurianuais Cálculo do Valor Presente Forma de apresentação da memória de cálculo da RCB CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DOS PROJETOS NÃO MENSURADOS POR RCB FISCALIZAÇÃO DOS PROJETOS OBJETIVOS ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO ETAPAS DA FISCALIZAÇÃO Informação ao Agente sobre a Fiscalização Fase de Campo Consolidação das Informações Relatório de Fiscalização e a Notificação Termo de Notificação Arquivamento do Processo de Fiscalização Aplicação de Penalidades ANEXO 1. TABELA COM K DE 0, ANEXO 2. TABELA CUSTOS POR CATEGORIA CONTÁBIL E ORIGEM DOS RECURSOS ANEXO 3. MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DOS PROJETOS ANEXO 4. RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FINANCEIRA DO PROJETO (REFP) ANEXO 5. PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO ANEXO 6. PROCESSO ADMINISTRATIVO PUNITIVO... 56
5 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O PROGRAMA 1.1. APRESENTAÇÃO Conforme dispõe a Lei n o 9.991, de 24 de julho de 2000, as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica devem aplicar um percentual mínimo da receita operacional líquida em Programas de Eficiência Energética PEE, segundo regulamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. O objetivo desses programas é demonstrar à sociedade a importância e a viabilidade econômica de ações de combate ao desperdício de energia elétrica e de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de energia. Para isso, busca-se maximizar os benefícios públicos da energia economizada e da demanda evitada no âmbito desses programas. Busca-se, enfim, a transformação do mercado de energia elétrica, estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de hábitos racionais de uso da e- nergia elétrica. O Manual dos Programas de Eficiência Energética MPEE - é um guia determinativo de procedimentos dirigido às concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica, para elaboração e execução de projetos de eficiência energética. Definem-se no MPEE a estrutura e a forma de apresentação dos projetos, os critérios de avaliação e de fiscalização e o tipo de projetos que podem ser realizados com recursos do PEE. Apresentam-se, também, os procedimentos para contabilização dos custos e apropriação dos recursos provenientes do PEE RECURSOS A SEREM INVESTIDOS RECURSOS O período para apuração da Receita Operacional Líquida e sua forma de cálculo estão definidos na Resolução ANEEL nº 233, de 24 de outubro de O mês de competência do faturamento do investimento para cada concessionária ou permissionária é o seguinte: Setembro - Centrais Elétricas de Carazinho ELETROCAR - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia COELBA - Companhia Energética de Minas Gerais CEMIG - Companhia Energética do Ceará COELCE - Companhia Energética do Rio Grande do Norte COSERN - Companhia Estadual de Energia Elétrica CEEE - Companhia Paulista de Força e Luz CPFL - Companhia Sul Sergipana de Eletricidade SULGIPE - Departamento Municipal de Energia de Ijuí DEMEI - Distribuidora Gaúcha de Energia AES-Sul - Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A AES ELETROPAULO - Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S/A ENERSUL - Empresa Energética de Sergipe S/A ENERGIPE 5
6 - Hidroelétrica Panambi S/A HIDROPAN - Muxfeldt, Marin e Cia Ltda. - MUXFELDT - Rio Grande Distribuidora de Energia RGE - Usina Hidroelétrica Nova Palma Ltda - UHENPAL Novembro - Boa Vista Energia S/A BOVESA - Centrais Elétricas de Rondônia S/A CERON - Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo CENF - Companhia de Eletricidade do Acre ELETROACRE - Companhia de Eletricidade do Amapá CEA - Energia e serviços S.A. - AMPLA - Companhia Energética de Roraima CER - Companhia Energética do Amazonas CEAM - LIGHT Serviços de Eletricidade S/A - Manaus Energia S/A MESA Dezembro - Eletricidade e Serviços S/A ELEKTRO Janeiro - Companhia Energética de Goiás CELG - Companhia Energética de Alagoas CEAL - Companhia Energética de Brasília CEB - Companhia Energética de Pernambuco CELPE - Companhia Energética do Maranhão CEMAR - Companhia Energética do Piauí CEPISA - Companhia Força e Luz Cataguazes Leopoldina CFLCL - Companhia Hidroelétrica São Patrício CHESP - Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas DME-PC - Empresa Luz e Força Santa Maria S/A - EFLSM - Espírito Santo Centrais Elétricas S/A ESCELSA - Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba SAELPA Março - Caiuá Serviços de Eletricidade S/A - CAIUÁ - Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A CELESC - Companhia Campolarguense de Eletricidade COCEL - Companhia Força e Luz do Oeste CFLO - Companhia Jaguari de Energia CJE - Companhia Luz e Força Mococa CLFM - Companhia Luz e Força Santa Cruz CFLSC - Companhia Nacional de Energia Elétrica CNEE 6
7 - Companhia Paranaense de Energia COPEL - Companhia Paulista de Energia Elétrica CPEE - Companhia Piratininga de Força e Luz Piratininga - Companhia Sul Paulista de Energia CSPE - Bandeirante Energia S/A - EBE - Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema EEVP - Empresa Elétrica Bragantina EEB - Empresa Força e Luz João Cesa Ltda. - Empresa Força e Luz Urussanga Ltda. EFLUL - Força e Luz Coronel Vivida Ltda. FORCEL - Iguaçu Energia - IEnergia. - Cooperativa Mista Aliança Ltda. COOPERALIANÇA - Centrais Elétricas Matogrossenses S/A CEMAT - Centrais Elétricas do Pará S/A CELPA - Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins CELTINS Abril - Companhia de Eletricidade de Borborema CELB A concessionária ou permissionária poderá submeter à avaliação da ANEEL projetos de eficiência energética em qualquer época do ano. A concessionária ou permissionária que acumular na Conta de Eficiência Energética valor superior a duas vezes o recolhimento médio dos últimos dois anos estará sujeita às penalidades previstas na Resolução ANEEL n o 63, de 12 de maio de Esse limite é de três vezes o recolhimento médio dos últimos três anos para as concessionárias ou permissionárias com mercado de energia elétrica inferior a GWh por ano PROCEDIMENTOS PARA CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DO PEE No mês de competência do faturamento, a concessionária e permissionária deverão provisionar os valores representativos dos recursos de P&D inclusos no respectivo faturamento, efetuando o registro contábil a crédito da conta Recursos em Poder da Empresa em contrapartida da conta 611.0X Pesquisa e Desenvolvimento. Esse lançamento deverá ser feito mês a mês, respeitando o regime de competência e o calendário estabelecido na Resolução Normativa nº 233, de 24 de outubro de Para os recursos destinados ao FNDCT e ao MME, também deverá ser feita provisão seguindo o mesmo calendário, porém, o registro a crédito será na conta , para o FNDCT, e na conta , para o MME, em contrapartida do débito na conta contábil 611.0X Na aplicação dos recursos, será debitada a conta X Serviços em Curso e creditada a conta Numerário Disponível, ou outra mais adequada, pela saída dos recursos financeiros. No caso de compra a prazo, será creditado em conta do grupo 211. Sobre o saldo do exigível acima ( Recursos em Poder da Empresa) incidirão juros, a partir do mês subseqüente ao faturamento, até o mês da efetiva aplicação/liquidação dos recursos, calculados me n- 7
8 salmente com base na taxa SELIC, devendo a concessio nária efetuar o registro a débito da conta 635.0X.2.9 Outras Despesas Financeiras e creditar, em contrapartida, a conta Quando do início da efetiva aplicação dos recursos, esta atualização será feita levando em consideração a diferença entre o saldo da conta e os gastos registrados na ODS, cujo acompanhamento será feito por meio de registros auxiliares. Os valores que deverão ser aplicados pelas empresas em projetos de eficiência energética englobarão, além do principal, as respectivas atualizações. A incidência dos juros preconizados anteriormente, não exime as empresas das penalidades previstas na Resolução ANEEL nº 63, de 12 de maio de Os gastos incorridos com os Projetos, devidamente suportados e indicados nos orçamentos aprovados nos Programas Anuais das empresas de energia elétrica, devem ser apurados utilizando-se o Sistema de Ordem de Serviço - ODS, nos termos do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica. Quando da conclusão dos respectivos projetos, os gastos apurados na ODS e que resultaram em bens (tangíveis ou intangíveis) serão transferidos para a conta Ativo Imobilizado. Concomitantemente a este registro, o mesmo valor que foi transferido para a conta 132 será levado a débito da conta e creditado no Grupo Obrigações Vinculadas a Concessão do Serviço Publico de Energia Elétrica, em observância ao previsto no Manual de Contabilidade do Serviço Publico de Energia Elétrica. Os gastos apurados na ODS, ao término do projeto, e não apropriados no Ativo Imobilizado da Concessionária (que não resultaram em bem tangível ou intangível) serão encerrados a débito do Exigível (conta ). Nos casos de cancelamento de projetos antes de sua conclusão, deverão ser efetuadas as baixas dos respectivos valores acumulados nas ODS, em contrapartida do exigível, devendo ser apresentadas, previamente às baixas, as respectivas justificativas, para a correspondente anuência da ANEEL. A empresa deverá providenciar o preenchimento de relatórios financeiros analíticos por projeto e por ODS, onde constem, no mínimo e em colunas, as seguintes informações quanto às aplicações efetuadas: data, número do cheque, Doc Fiscal (Nota Fiscal ou equivalente.), beneficiário e valor. O citado relatório deverá permanecer na empresa à disposição da equipe de fiscalização da ANEEL ou agência conveniada. Além das informações já reportadas pela concessionária no RP-111, deverá complementá-las no mesmo RP, com um quadro demonstrativo onde constem: número(s) da(s) ODS/Projeto, título do projeto, valor previsto, valor realizado e saldo. A empresa de energia elétrica é responsável pelo controle de todos os gastos incorridos nos projetos, incluindo a guarda dos devidos comprovantes e acompanhamento da execução do orçamento repassado a terceiros, bem como pelo preenchimento de relatórios financeiros analíticos por projeto e por ODS, onde constem, no mínimo, em colunas, as seguintes informações quanto às aplicações efetuadas: data, número do cheque, Doc. Fiscal (Nota Fiscal, etc.), beneficiário, valor, etc. O citado relatório e os documentos comprobatórios dos gastos realizados deverão permanecer na empresa à disposição da fiscalização da ANEEL. Os equipamentos de propriedade da concessionária, em poder de instituições de ensino e pesquisa, poderão, mediante pedido fundamentado e prévia anuência da ANEEL, ser doados àquelas instituições. 8
9 Para equipamentos e materiais adquiridos pela entidade executora do projeto, em nome da empresa de ene r- gia elétrica, deverão ser enviadas a esta as respectivas Notas Fiscais de compra e demais comprovantes dos dispêndios realizados. Após a conclusão do projeto e aprovação do investimento realizado, o respectivo valor será deduzido da conta contábil destinada aos projetos de eficiência energética TAXA DE DESCONTO A taxa de desconto a ser considerada na avaliação financeira é de no mínimo 12% a.a. Esta taxa tem por base o Plano Decenal de Expansão 2006/2015 Portaria MME nº 121, de 31 de maio de VIDA ÚTIL A vida útil deverá ser definida pela empresa baseando-se nos dados fornecidos pelo fabricante do equip a- mento. A ANEEL poderá solicitar à concessionária catálogo técnico que comprove os dados do equipamento. No caso do projeto englobar equipamentos com vidas úteis diferentes, o investimento anualizado do projeto será composto pelo somatório dos investimentos anualizados correspondentes a cada equipamento e a sua respectiva vida útil, segundo metodologia descrita neste Manual CUSTOS COM ADMINISTRAÇÃO E RATEIO COM ADMINISTRAÇÃO GERAL (RAG) Poderão ser incluídos no projeto custos de administração e de marketing, desde que limitados a 5% do investimento realizado pela concessionária/permissionária no projeto. Esse valor deverá ser considerado no cálculo da Relação Custo-Benefício RCB do projeto. Os valores deverão ser discriminados e contabilizados de forma detalhada, para que possam ser devidamente avaliados CUSTO DE AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS Para garantir que os recursos sejam aplicados de forma racional, todos os preços para aquisição de materiais, equipamentos, serviços e mão-de-obra, devem ser balizados pela média de preços praticadas pelo mercado, nas regiões onde os serão executados. Não serão aprovados projetos que tenham seus preços unitários acima da média praticada pelo mercado, para o tipo e característica do equipamento utilizado PROJETOS EXCLUSIVAMENTE NA ÁREA DE CONCESSÃO Para garantir que a parcela de recursos pagos pelo consumidor para eficientização energética seja revertida em seu beneficio, seja de forma direta ou por meio de melhoria das condições do sistema elétrico da concessionária, serão permitidos apenas projetos executados na área de concessão das concessionárias e permissionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica PROMOÇÃO E MARKETING Para garantir que a maior parte do recurso previsto para aplicação no PEE seja utilizado na obtenção de resultados práticos de economia de energia, serão permitidas ações de marketing apenas como atividade vinculada ao projeto, com seus custos somados à RAG e o total limitado a 5%. 9
10 TREINAMENTO Poderão ser incluídos custos com treinamento, inclusive treinamento para gestão energética de unidades consumidoras industriais, comerciais e do poder público que foram contempladas com os projetos de eficie n- tização. É vedada a participação de técnicos e funcionários da concessionária ou permissionária em ações desse tipo, à exceção de participação na condição de instrutor ou de ouvinte, desde que sem ônus para o projeto BENS MÓVEIS Para o caso da necessidade de utilização no projeto de bens móveis, veículos ou computadores, será adotado o critério de depreciação linear aplicado durante o período do projeto, podendo apenas o valor desta depreciação ser apropriado no projeto. Outra possibilidade seria a apropriação dos custos de aluguel destes bens no período de duração do projeto. Esses custos devem ser balizados na média de preços praticados pelo mercado RECUPERAÇÃO DE INVESTIMENTOS A recuperação de investimentos é permitida somente por meio da celebração de Contrato de Desempenho. O Contrato de Desempenho é aquele celebrado entre o cliente e a concessionária/permissionária visando à execução de ações de eficiência energética, de modo que o valor do investimento realizado seja recuperado em função da redução nos gastos com energia elétrica, em decorrência das ações de eficiência energética realizada. Para os projetos desenvolvidos na modalidade de Contrato de Desempenho, deve-se observar o seguinte: a) Todos os projetos de eficiência energética cujo beneficiado tenha fins lucrativos devem ser feitos mediante Contrato de Desempenho; b) A recuperação do investimento será parcelada, limitando as parcelas ao valor da economia verificada; c) O valor do capital investido, pode ser remunerado por meio da cobrança de juros simples, acrescidos a cada parcela de pagamento; d) O período de pagamento não poderá ser superior à vida útil das ações de eficiência energética implantadas; e) Os valores das receitas obtidas devem ser contabilizad os em separado, conforme estabelecido no Contrato de Concessão/Permissão; f) A concessionária ou permissionária deverá enviar junto com o relatório final do projeto o respectivo contrato de desempenho ou convênio firmado com a(s) unidade(s) consumidora(s) contemplada(s); g) Os valores das receitas obtidas devem ser contabilizadas em separado, a concessionária ou permissionária deverá efetuar o registro contábil a crédito da conta Programa de Eficiência Energética, em contrapartida da conta 615.0X.X.9, Natureza de Gasto 35; 10
11 h) Os valores recuperados por meio de Contrato de Desempenho voltam para a conta de eficiência e- nergética e passam a fazer parte das obrigações de investimento em projetos de eficiência energética, nos termos do MPEE PRAZOS E FORMA DE ENTREGA Os projetos devem ser enviados por meio do Formulário Eletrônico, e serem carregados no Sistema de Gestão dos Programas de Eficiência Energética da ANEEL - SGPEE em qualquer dia do ano, observando a obrigatoriedade de carregamento antes do início da execução do projeto. O Formulário para apresentação dos projetos está em desenvolvimento e será divulgado e disponibilizado no site da ANEEL. As informações que deverão constar no Formulário Eletrônico estão listadas abaixo e sua obrigatoriedade depende do tipo do projeto. Empresa, Responsável, Telefone, Obrigatória Datas de Início e Conclusão do Projeto Obrigatória Título do Projeto - Obrigatória Tipo de Projeto Classe de consumo e usos finais - Obrigatória Objetivo(s) do Projeto - Obrigatória Abrangência do Projeto (número de unidades consumidoras beneficiadas) - Obrigatória Fator de Carga Anual da Concessionária Obrigatória Quantidade e Tipologia (modelo, potência, etc.) de Equipamentos Obrigatória, exceto para projetos Educacionais e de Gestão Energética Energia Economizada por Equipamento/Uso Final e Total Obrigatória, exceto para projetos Educacionais. Para projetos de Gestão Energética, informar apenas Energia Economizada Total Demanda Evitada no Horário de Ponta por Equipamento/Uso Final e Total Obrigatória, exceto para projetos Educacionais. Para projetos de Gestão Energética, informar apenas Demanda Evitada Total Tabela de Custos por Categoria Contábil e Origem dos Recursos - Obrigatória Custo Marginal de Expansão do Sistema Custo Marginal de Expansão do Sistema - Obrigatória Custo da Demandad a Demanda Evitada (R$/kW) Obrigatória, exceto para projetos Educacionais Custo da Energia Economizada (R$/kWh) Obrigatória, exceto para projetos Educacionais Resolução Homologatória e Tipo de Tarifa Aplicada Obrigatória Taxa de Desconto Aplicada ( 12% a.a.) Obrigatória, exceto para projetos Educ acionais Relação Custo Benefício - RCB por Equipamento/Uso Final e Global Obrigatória, exceto para projetos Educacionais Duração dos Benefícios Obrigatória, exceto para projetos Educacionais Impactos Socioambientais do Projeto Obrigatória Contribuição do Projeto para a Adoção de Hábitos Racionais de Uso da Energia Energia Obrigatória para projetos Educacionais e de Gestão Energética Metodologia para Medição e Verificação de Resultados Obrigatória e de acordo com os critérios estabelecidos no MPEE. Justificativa(s) para a escolha da Metodologia de Medição e Verificação apresentada. 11
12 Caso o projeto sofra alterações durante sua execução, uma nova versão deverá ser carregada no final de sua execução, mantendo-se o código gerado no primeiro carregamento. Os projetos que necessitam de avaliação prévia da ANEEL para início de sua execução, além do carregamento no SGPEE, deverão ser elaborados de acordo o Roteiro Básico para Elaboração de Proje tos, descrito no MPEE e encaminhados da seguinte forma: Carta de encaminhamento em papel timbrado da empresa, 01 (uma) via impressa, em papel com logomarca da empresa 01 (uma) via em meio magnético (CD-ROM) Os prazos previstos para avaliação ex-ante serão de 60 (sessenta) dias para os projetos que necessitam de uma avaliação detalhada e de 30 (trinta) dias para os demais (avaliação ex-ante simplificada). As versões impressa e em meio magnético deverão ser idênticas a do Formulário Eletrônico carregado no SGPEE PLANO DE INVESTIMENTOS EM EE As empresas deverão submeter à ANEEL, em caráter informativo, um plano indicativo dos projetos que pretende implantar. Este plano tem por objetivo informar à ANEEL a estratégia da empresa para a alocação dos recursos de seu programa de eficiência energética no médio e longo prazo. A empresa poderá rever seu plano de investimentos. Este plano deverá conter, necessariamente, a previsão da distribuição percentual dos investimentos por tipologia de projeto em um horizonte mínimo de um ano. Caso a empresa julgue necessário, poderá acrescentar outras informações a seu plano ANÁLISES DOS PROJETOS a) Avaliação ex-ante Detalhada Será realizada avaliação ex-ante detalhada quando se tratar de projeto piloto, pelo lado da oferta ou que apresente complexidade ou subjetividade na aferição de seus resultados, como projetos Educacionais e de Gestão Energética. b) Avaliação ex-ante Simplificada Será realizada avaliação ex-ante simplificada quando se tratar de projeto de grande relevância, mas com RCB maior que 0,8. Serão considerados de grande relevância, a critério da ANEEL, projetos com impacto socioambiental relevante ou que apresentem contribuições claras e significativas para a transformação do mercado de energia elétrica, estimulando o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias e a criação de hábitos racionais de uso da energia. c) Avaliação ex-post 12
13 Será aplicada a todos os projetos, depois de concluída a execução, medição e verificação de resultados e enviado o relatório final para avaliação da ANEEL, de acordo com os critérios e procedimentos definidos no MPEE. Projetos Pré-Aprovados São projetos já consagrados, amplamente realizados pelas concessionárias e/ou empresas de conservação de energia ESCOS e com práticas consolidadas de medição e verificação de resultados. Deverão apenas ser carregados no SGEE antes do início de sua execução AUDIÊNCIA PÚBLICA A empresa concessionária ou permissionária deverá realizar, anualmente, Audiência Pública para apresentar os resultados de projetos realizados e colher sugestões para a realização de novos projetos de eficiência energética. A audiência pública deverá ser realizada no mês de competência do faturamento do investimento da concessionária ou permissionária, como definido no item 1.1 do MPEE, e de forma a melhor satisfazer os objetivos de: colher subsídios e informações diretamente dos interessados em projetos de eficiência ene rgética; propiciar aos consumidores possibilidade de encaminhamento de seus pleitos, opiniões e sugestões; identificar, o máximo possível, todos os aspectos relevantes à matéria objeto da audiência pública; dar transparência e publicidade aos projetos de eficiência energética realizados pela empresa A data, horário, local e a pauta da Audiência Pública devem ser publicad os no Diário Oficial do(s) Estado(s) e nos jornais de grande circulação do(s) Estado(s)/Município(s) que compõe(m) a área de concessão. Deverão constar, também, na publicação o embasamento legal e o local onde estão disponíveis as informações sobre os projetos realizados e as condições e instruções para inscrição e participação na audiência. Definidos a data, local e horário, a empresa deve comunicar a ANEEL ou Agência Conveniada, onde houver. Devem ser disponibilizadas, no mínimo, as seguintes informações sobre cada um dos projeto apresentados: título, objetivos; descrição resumida; abrangência (município, bairro, número de unidades consumidoras); energia economizada demanda evitada no horário de ponta impactos sociais e ambientais e duração esperada dos benefícios investimentos previstos/realizados; custo da demanda evitada (R$/kW) custo da energia economizada (R$/kWh) Relação Custo Benefício - RCB Além da divulgação no Diário Oficial e jornal local, a concessionária deve enviar comunicado sobre a Audiê n- cia às entidades de ensino superior, centros de ensino técnico, entidades de classe, conselho de consumidores e a outras instituições que possam contribuir para o aprimoramento do PEE. 13
14 As Audiências Públicas com sessão ao vivo devem ser instaladas com a presença de representantes da concessionária e da equipe responsável pela elaboração do PEE na composição da Mesa Coordenadora, devendo os participantes restringir-se ao exame dos assuntos constantes da pauta. As sessões poderão, a critério da concessionária, ser gravadas por meios eletrônicos, de forma a facilitar a elaboração das transcrições. A Audiência Pública poderá ser realizada apenas por intercâmbio documental, sem a necessidade de realizar sessão ao vivo. A participação e manifestação dos agentes econômicos do setor elétrico, dos consumidores e demais interessados na Audiência Pública dependerá de inscrição prévia, sendo facultado o oferecimento de documentos ou arrazoados. A apresentação de cada interessado deverá ser feita oralmente, observando-se o tempo estabelecido pela Presidência da Mesa. Após a Audiência Pública será lavrada ata, pelo seu secretário, da qual constarão: o dia, a hora e o local de sua realização; o nome dos componentes da Mesa; a presença dos demais participantes; os fatos ocorridos na audiência; e a síntese das manifestações orais que contenham informações e sugestões para novos projetos de eficiência energética. Os seguintes documentos deverão ser arquivados pela concessionária ou permissionária e permanecer na empresa à disposição da equipe de fiscalização da ANEEL ou Agência Co nveniada. cópia do Aviso de Audiência Pública publicado no diário oficial do(s) Estado(s) e nos jornais de grande circulação do(s) Estado(s)/Município(s), que compõe(m) a área de concessão; cópia da Ata e da transcrição da Audiência, quando for o caso; relatório de análise das contribuições recebidas. As empresas concessionárias com mercado de venda de energia menor que GWh/ano poderão realizar as audiências públicas a cada 2 anos RELATÓRIO FINAL DO PROJETO Com o objetivo de apresentar os resultados obtidos, no prazo de até 30 dias após a conclusão do projeto, deve ser carregado o Formulário Eletrônico do Relatório Final no SGPEE. Esse formulário está em elaboração e será divulgado e disponibilizado no site da ANEEL. As informações que deverão constar no Relatório Final são as descritas no item 1.6 do MPEE. Após o carregamento do Relatório Final, será realizada a avaliação do projeto. A concessionária ou permissionária poderá ser convocada pela ANEEL para realizar apresentação presencial dos resultados dos projetos concluídos. 14
15 2. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PROJETOS 2.1. CONCEITUAÇÃO DOS PROJETOS POR SEGMENTO E USO FINAL Os projetos deverão ser enquadrados quanto à classe de consumo e os usos finais envolvidos, conforme as definições descritas abaixo e a tabela orientativa do anexo PROJETO PILOTO Projeto promissor, inédito ou inovador, incluindo pioneirismo tecnológico e buscando experiência para ampliar, posteriormente, sua escala de execução. Não deverão ser incluídos nesse tipo de projeto custos relativos à pesquisa e/ou desenvolvimento tecnológico. Além de possíveis metas de Energia Economizada (EE) e de Redução de Demanda na Ponta (RDP), serão avaliados o caráter inovador e estratégico do projeto e seus impactos potenciais na transformação do mercado de energia elétrica. O Projeto Piloto pode ser proposto para todos os segmentos definidos neste manual PROJETO EDUCACIONAL Projeto dirigido à formação de uma cultura em conservação e uso racional de energia, no público escolar e em comunidades constituídas de consumidores de baixo poder aquisitivo. A implantação de projetos educacionais deverá ser feita, preferencialmente, com a metodologia, já consagrada, do PROCEL nas escolas GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL Projetos que visam estimular os municípios brasileiros a desenvolver ações voltadas para a conservação de energia e se beneficiarem com as economias de recursos advindas da implantação de ações de combate ao desperdício de energia elétrica nos centros consumidores municipais COMERCIAL/SERVIÇOS Projetos realizados em instalações comerciais e no setor de serviços, com ações de combate ao desperdício de energia e melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais INDUSTRIAL Projetos realizados em instalações industriais, com ações de combate ao desperdício de energia e melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais ATENDIMENTO A COMUNIDADES DE BAIXA RENDA Projetos dirigidos a comunidades constituídas de unidades consumidoras de baixo poder aquisitivo, incluindo a substituição de equipamentos ineficientes (ex: lâmpadas, refrigeradores, chuveiros elétricos); ações educacionais, como palestras educativas e atividades para combater o furto de energia e estimular o seu uso eficiente e seguro; regularização de consumidores clandestinos e reformas nos padrões de entrada e instalações internas dessas unidades consumidoras. 15
16 Ficam a cargo da concessionária os critérios de seleção das unidades consumidoras atendidas nesse tipo de projeto, desde que sejam contemplados apenas consumidores residenciais. Associações comunitárias, comércios, escolas e outros estabelecimentos localizados nessas comunidades não podem fazer parte desse tipo de projeto. A concessionária ou permissionária deverá informar no Relatório Final os critérios utilizados na caracterização das comunidades de baixo poder aquisitivo e os critérios de seleção das unidades consumidoras beneficiadas PODER PÚBLICO: Projetos realizados em instalações de responsabilidade de pessoa jurídica de direito público, com ações de combate ao desperdício e eficientização de equip amentos RESIDENCIAL Projeto realizado em unidade consumidora residencial, incluindo o fornecime nto para uso comum de prédio ou conjunto de edificações, com predominância de unidades consumidoras residenciais, com ações de combate ao desperdício e eficientização de equipamentos RURAL Projeto realizado em unidade consumidora localizada em área rural e com atividades rurais, que atue sobre os processos e métodos de produção rural, como substituição de bombas e motores por equipamentos de maior rendimento e eficiência SERVIÇO PÚBLICO Projeto realizado em instalações de serviço público visando à melhoria da eficiência energética de sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e tração elétrica PELO LADO DA OFERTA Projetos que visam à melhoria do Fator de Carga do sistema de distribuição (novas tarifas e controle de demanda) e que buscam a redução de perdas técnicas na geração, transmissão e distribuição, desde que executado na área de concessão da empresa de distribuição USOS FINAIS DE ENERGIA Excetuando-se os projetos de tipologia educacional, treinamento e gestão energética municipal, os projetos serão também classificados quanto à sua abrangência, com base nos usos finais de energia que serão objeto das ações de eficientização. Os possíveis usos finais de uma ação de eficientização são: iluminação, força motriz, climatização, aquecimento solar, refrigeração e outros possíveis. 16
17 2.3. PROJETO PRIORITÁRIO Projeto de grande relevância e abrangência, concebido no âmbito de uma política nacional de eficiência ene r- gética, por exemplo, troca em escala de geladeiras antigas, eficientização de iluminação pública, uso de a- quecedores solares para aquecimento de água, etc. Os critérios para adesão das concessionárias/permissionárias a esse tipo de projeto serão definidos em conjunto com o Poder Executivo Federal.. As empresas com mercado de energia vendida inferior a GWh por ano poderão aplicar a totalidade dos recursos do PEE nesse tipo de projeto. As demais empresas poderão aderir com até 50% dos recursos do programa. Os critérios e procedimentos para elaboração, execução e avaliação desse tipo de projeto serão definidos pela ANEEL posteriormente PROJETO COOPERATIVO Projeto desenvolvido de forma cooperativa, por duas ou mais concessionárias/permissionárias, buscando economias de escala, complementaridade de competências, aplicação das melhores práticas e a produtivid a- de e qualidade dos projetos realizados. Os benefícios auferidos na área de concessão de cada empresa participante do projeto deverão ser proporcionais às suas parcelas de investimento PROJETOS PLURIANUAIS São projetos com período de execução superior a 1 e inferior a 3 anos e, por conseguinte, apresentam características específicas quanto à forma de avaliação econômico-financeira e apresentação. Considerando que a característica básica deste tipo de projeto envolve entradas e saídas (receitas e despesas) de valores diferentes, em instantes de tempo diferentes, deve-se adotar o seguinte procedimento: a) Os benefícios e custos que ocorrem em períodos distintos devem ser deslocados para um período de tempo coincidente (período inicial ou ano zero do fluxo de caixa), e a partir deste período utiliza-se a mesma metodologia adotada no Manual, ou seja, calcula-se a RCB dos valores atualizados dos custos e benefícios (Valor Presente dos Custos e Benefícios) para o instante inicial. b) A atualização das entradas e saídas do fluxo de caixa do projeto, ou seja, tanto dos benefícios quanto dos custos para um valor presente deve utilizar o fator de valor atual para um pagamento simples (FVA (i, n)) e/ou o fator de valor atual de uma série uniforme (FVA (i,n)) aplicado conforme os períodos a atualizar. c) A taxa de juros utilizada para atualização dos custos e benefícios de projetos plurianuais deve ser a mesma utilizada para projetos anuais. Com relação à forma de apresentação, temos que: a) O fluxo de caixa do projeto deve ser apresentado representando as saídas e entradas (receitas e despesas) nos respectivos períodos de tempo. b) Os cronogramas físico e financeiro devem ser apresentados contemplando todo o período do projeto. 17
18 c) O ciclo anual vigente deve ser destacado com relação aos itens de custo e quantitativos (equipamentos e materiais, mão de obra e transporte) para efeito de análise orçamentária. 3. ROTEIROS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA AVALIAÇÃO EX- ANTE 3.1. GERAL 1) Objetivos Descrever os principais objetivos do projeto, ressaltando aqueles vinculados à eficiência energética. 2) Descrição e Detalhamento Descrever o projeto e detalhar suas etapas, principalmente no que se refere às ações de eficientização ou que promovam economia de energia. Descrever as metodologias e tecnologias aplicadas ao projeto em todas as suas fases de execução. 3) Avaliação Apresentar proposta para a avaliação dos resultados do projeto em termos de economia de energia e redução da demanda na ponta, a qual deve contemplar a comparação dos valores estimados com os resultados efetivamente obtidos. Detalhar a metodologia que será utilizada para a avaliação do projeto conforme descrição do item Critérios para Medição e Verificação dos Projetos. Quando se tratar de projeto já executado em PEE anterior, a empresa deverá apresentar a metodologia de avaliação utilizada anteriormente. A critério da empresa, a metodologia de medição e verificação de resultados poderá ser realizada por terceiros. Os custos dessa etapa do projeto devem ser explicitados no respectivo orçamento. 4) Abrangência Mencionar/descrever as áreas que serão beneficiadas pelo projeto (município, distritos, bairros, etc.), o público-alvo e outras informações que venham facilitar o entendimento do projeto. Salvo nos projetos de Baixa-Renda, os dados dos clientes atendidos pelo devem ser apresentados conforme a tabela a seguir: Nome Endereço Cidade Estado Telefone/Fax 18
19 Contato Ramo de Atividade 5) Metas e Benefícios Informar as metas de Economia de Energia e de Redução de Demanda na Ponta, expressas em MWh/ano e kw, respectivamente, com base nos valores verificados no diagnóstico ou pré-diagnóstico realizado. O cálculo das metas deve ser devidamente detalhado e apresentado no item Metodologia de Cálculo das Metas. Destacar outros benefícios do projeto, que não a economia de energia/redução de demanda na ponta, para a empresa, consumidor(es) e Sistema Elétrico. A definição das metas de Energia Economizada [MWh/ano] e de Redução de Demanda na Ponta [kw] deve ser feita com base na metodologia de cálculo proposto para cada uso final, conforme tabelas abaixo: 5.1) Sistema de Iluminação SISTEMA ATUAL Tipo de lâmpada Quantidade Potência (lâmpada + reator) Potência Instalada (kw) Energia Consumida (MWh/ano) SISTEMA PROPOSTO Tipo de lâmpada Quantidade Potência (lâmpada + reator) Potência Instalada (kw) Energia Consumida (MWh/ano) Energia Economizada com Setorização(MWh/ano) RESULTADOS ESPERADOS Redução de Potência (kw) Energia Economizada (MWh/ano) Economia (%) Obs: Informar o tipo de reator (eletromagnético, eletrônico, alto ou baixo fator de potência) TOTAL TOTAL TOTAL RDP = [(NL PL + NR PR ) (NL PL + NR PR )] FCP 10 3 (kw) onde: EE = 6 [(NL PL + NR PR ) (NL PL + NR PR )] t 10 (MWh/ano) 1 1 NL1 quantidade de lâmpadas do sistema existente NL2 quantidade de lâmpadas do sistema proposto PL1 - potência da lâmpada do sistema existente (W) PL2 - potência da lâmpada do sistema proposto (W)
20 NR1 quantidade de reatores do sistema existente NR2 quantidade de reatores do sistema proposto PR1 potência do reator do sistema existente PR2 potência do reator do sistema proposto t - tempo de utilização das lâmpadas no ano, em horas FCP - Fator de Coincidência na Ponta a ser definido pela concessionária 5.2) Sistema de Ar Condicionado RDP SISTEMA ATUAL Tipo de equipamento / tecnologia Quantidade Potência / capacidade Energia Consumida SISTEMA PROPOSTO Tipo de equipamento / tecnologia Quantidade Potência / capacidade Energia Consumida RESULTADOS ESPERADOS Redução de Potência/ capacidade (kw) Energia Conservada (MWh/ano) Economia (%) = C1 N1 1 EF 1 C 2 N 2 1 EF 2 FCP 1, (kw) EE = C1 N1 C2 N2 t 1, EF1 EF 2 onde: FCP - Fator de Coincidência na Ponta a ser definido pela concessionária C1 - capacidade nominal do equipamento existente (BTU/h) C2 - capacidade nominal do novo equipamento (BTU/h) t tempo de utilização no ano em horas = 960 horas EF1 - eficiência do equipamento existente EF2 - eficiência do novo equipamento, definido pelo fabricante. N1 - quantidade de equipamentos existentes N2 - quantidade de equipamentos novos (MWh/ano) 5.3) Motores SISTEMA ATUAL Tipo de equipamento / tecnologia Quantidade Potência / capacidade Energia Consumida SISTEMA PROPOSTO 20
21 Tipo de equipamento / tecnologia Quantidade Potência / capacidade Energia Consumida RESULTADOS ESPERADOS Redução de Potência/ capacidade (kw) Energia Conservada (MWh/ano) Economia (%) RDP = P1 N1 1 R 1 P N R 2 FCP 0,736 (kw) EE = P1 N1 1 R 1 P N R 2 t 0, (MWh/ano) onde: FCP - Fator de Coincidência na Ponta a ser definido pela concessionária P1 - potência nominal do motor existente (cv) P2 - potência nominal do novo motor (cv) t tempo de utilização do motor no ano em horas R1 - eficiência do motor existente R2 - eficiência do novo motor, definido pelo fabricante. N1 - quantidade de motores existentes N2 - quantidade de motores novos 5.4) Sistema de Refrigeração SISTEMA ATUAL Tipo de equipamento / tecnologia Quantidade Potência / capacidade Energia Consumida SISTEMA PROPOSTO Tipo de equipamento / tecnologia Quantidade Potência / capacidade Energia Consumida RESULTADOS ESPERADOS Redução de Potência/ capacidade (kw) Energia Conservada (MWh/ano) Economia (%) 21
22 EE = N ( C C ) (MWh/ano) EE FU 10 RDP = t 3 (kw) onde: FU - Fator de Utilização Médio (dado fornecido pelo fabricante ou conseguido através de pesquisa) t - tempo de utilização do equipamento de refrigeração no ano em horas = 8.760h C1 - consumo de energia dos equipamentos de refrigeração a serem substituídos. Na ausência desta informação, usar o valor médio de consumo dos equipamentos menos eficientes das categorias E, F, G, conforme tabela do site do INMETRO ou do PROCEL. C2 - consumo de energia do equipamento eficiente N - nº de equipamentos a serem substituídos 5.5) Aquecimento Solar para Substituição de Chuveiro Elétrico Premissas adotadas Deve-se explicitar as premissas e a metodologia utilizadas para estimar as metas apresentadas. Vida útil : 20 anos a) Características dos aquecedores solares a serem utilizados A escolha dos componentes do sistema deve contemplar os produtos já etiquetados pelo PEE INMETRO/PROCEL. Os modelos já etiquetados e uma estimativa de economia em relação à tecnologia alternativa podem ser encontrados no endereço ou *Fabricante Coletor Solar *Modelo *Área Externa do Coletor AExt ( m 2 ) *Produção Média Mensal de Energia PMN (KWh/ mês) Produção Média Mensal de Energia por Área Coletora (kwh/ m 2 mês) PAC=PMM/ AExt Obs: * dados disponíveis na etiqueta do INMETRO Detalhamento dos custos unitários: Custo médio da instalação solar por m 2 de área coletora (R$/m 2 ): R$ XX Custo total das Instalações: R$ XXX Rebate oferecido: R$ XX (*) Área total de coletores a ser instalada no projeto: XXm 2 EE (*) Cálculo da área de coletores por residência: AC = FC PAC NR onde: EE - Energia economizada (MWh/ano) 22
23 FC - fator de correção que considera as diferenças climáticas (radiação e temperatura ambiente) e perdas térmicas do sistema por região, de acordo com a tabela no anexo I. PAC - produção média mensal de energia por área coletora (KWh/m 2 mês) NR - número de residências atendidas b) Cálculo dos Resultados Esperados RDP = NR NC ( PC P ) AUX FD 10 3 (kw) EE = FS PC NB T NR (MWh/ano) onde: NR - número de residências atendidas NC - número médio de chuveiros por residência PC - potência máxima típica dos chuveiros utilizados (W) PAUX - potência média do aquecimento auxiliar por residência (W), (tabela II) FD - fator de diversidade de demanda do chuveiro na ponta. Em caso de dificuldades na obtenção deste dado utilizar FD = 0,10. FS - fração solar a ser definida pela Concessionária/permissionária NB - n o médio de banhos por residência T - tempo de duração do banho 5.5.1) Cálculo da Relação Custo Benefício A RCB deve ser calculada de acordo com o apresentado este manual. Tabelas: Fator de Correção e Potência Média Auxiliar por Residência Tabela I FATOR DE CORREÇÃO Condições : Temperatura Armazenamento :40ºC Volume Armazenado = Volume Consumido FC Aracaju 0,84 Belém 0,65 Belo Horizonte 0,68 Brasília 0,70 Campo Grande 0,73 Natal 0,81 Cuiabá 0,74 Curitiba 0,49 Florianópolis 0,55 Fortaleza 0,82 Goiânia 0,78 23
24 João Pessoa 0,76 Macapá 0,70 Maceió 0,80 Manaus 0,55 Porto Nacional 0,74 Porto Alegre 0,57 Porto Velho 0,60 Recife 0,77 Ribeirão Preto 0,69 Rio de Janeiro 0,60 Salvador 0,70 São Luís 0,73 São Paulo 0,50 Teresina 0,86 Vitória 0,65 Tabela II POTÊNCIA MÉDIA DO AQUECIMENTO AUXILIAR POR RESIDÊNCIA Volume do Reservatório ( litros ) Potência Recomendada da Resistência (W ) Obs: Os valores foram concebidos para uma temperatura de armazenamento em torno de 40 C, 70% do volume sendo consumido em três horas consecutivas e 25% do volume já armazenado quente, isto é, a posição do termostato permite a manutenção de 25% do volume aquecido. Podem ser introduzidos gerenciadores de forma que a resistência elétrica seja impedida de ser acionada nos horários de ponta, devendo, neste caso, ser retrabalhada a relação de potência e posição de termostato (Roteiros Básicos para Elaboração de Projetos). Caso o projeto apresentado não utilize tecnologias já contempladas nos roteiros básicos, deve ser detalhado o método a ser utilizado para previsão e verificação dos resultados obtidos com a implantação dos projetos. 6) Prazos e Custos Apresentar os cronogramas físico e financeiro, destacando os desembolsos e as ações a serem implementadas, e a tabela Custo por Categoria Contábil e Origem dos Recursos. Apresentar ainda, a Memória de Cálculo da composição dos Custos Totais da tabela, a partir dos custos unitários de equipamentos/materiais envolvidos e de mão-de-obra (própria e de terceiros). Cronograma Físico Etapas Meses jan Fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Etapa 1 xxx xxx Etapa 2 xxx xxx xxx 24
25 Etapa 3 xxx xxx xxx Etapa 4 xxx xxx xxx Etc. xxx xxx xxx Cronograma Financeiro Meses Etapas jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Etapa 1 R$xx R$xx R$xx Etapa 2 R$xx R$xx R$xx R$xx Etapa 3 R$xx R$xx R$xx R$xx Etapa 4 R$xx R$xx R$xx R$xx Etc. R$xx R$xx R$xx R$xx Total R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx R$xx Total Custos por Categoria Contábil e Origens dos Recursos Custos Totais Tipo de Custo R$ % Materiais/Equipamentos Previsto Mão de Obra Própria Previsto Mão de Obra de terceiros Previsto Transporte Previsto Administração Própria Previsto Marketing Previsto Medição & Verificação Previsto Outros Custos Indiretos Previsto Custos Diretos Custos Indiretos Recursos Próprios Origem dos Recursos Recursos de Terceiros Recursos do Consumidor TOTAL 100% Apresentar a Memória de Cálculo da composição dos Custos Totais da tabela, a partir dos custos unitários de equipamentos/materiais envolvidos e de mão-de-obra (própria e de terceiros), conforme indicação a seguir: 6.1) Custo dos materiais e equipamentos (apresentar para cada equipamento ou material a ser adquirido) : Nome do material : Tipo: Unidade: Quantidade: Preço por Unidade: 25
26 Preço total: 6.2) Custo da mão-de-obra ou serviços (direta ou indireta, por atividade): Identificação do profissional por categoria (engenheiro, técnico, eletricista, outros): Quantidade (por categoria): Valor da hora de trabalho (incluir encargos): Número total de horas da atividade considerada: Custo total: 6.3) Outros custos: 6.3.1) Viagens: Especificar origem / destino: Distância em km: No. de viajantes: Custo do deslocamento (discriminar): custo do valor médio do km rodado / custo de passagens de ônibus/ passagens de avião / táxis / outros: custo total do deslocamento: Custos de hospedagem e alimentação: Valor da diária: No. de diárias por viajante: custo total de hospedagem e alimentação: Custo total das viagens: 7) Acompanhamento Tomando como base o cronograma apresentado no item anterior, definir os marcos que devem orientar o acompanhamento da execução do projeto. 8) Itens de Controle A empresa deve apresentar os itens a serem verificados ao longo da implementação do projeto, tomando por base os itens específicos apresentados nos Roteiros Básicos para Elaboração de Projetos. 26
27 3.2. PROJETO EDUCACIONAL Nome: Responsável: Tel.: Objetivos Descrever os principais objetivos do projeto, ressaltando aqueles vinculados à eficiência energética. Descrição Descrever o projeto, detalhar suas etapas e identificar o número de escolas beneficiadas, professores capacitados e alunos educados. A empresa deverá dar preferência à metodologia utilizada pelo PROCEL, denominada A Natureza da Paisagem - Energia e descrita no respectivo manual. Avaliação Neste item a concessionária deverá detalhar a metodologia de avaliação dos resultados do projeto. Abrangência Apresentar as regiões abrangidas pelo projeto, identificar escolas segundo sua propriedade, se pública (federal, estadual e municipal) ou privada. Metas e Benefícios Apresentar as metas do projeto em termos de número de escolas, professores (mínimo de 9 professores por escola) e alunos a serem treinados (média de 700 alunos por escola para efeito de planejamento). Destacar outros benefícios do projeto, quantitativos ou qualitativos, para a empresa ou consumidor e Sistema Elétrico, quando ho uver. Promoção Detalhar, quando houver, ações de promoção e divulgação a serem implementadas (número de seminários/cursos a serem desenvolvidos, quantidade de material a ser distribuído, etc). Prazos e Custos Apresentar os Cronogramas Físico e Financeiro, e a tabela Custo por Categoria Contábil e Origem dos Recursos conforme mostrado a seguir. Apresentar a Memória de Cálculo da composição dos Custos Totais da tabela a partir dos custos unitários de equipamentos/materiais envolvidos e de mão-de-obra (própria e de terceiros). 27
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