ASPECTOS ECONÔMICOS DA GESTÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA NOS MUNICÍPIOS: investimentos e custos de operação e manutenção
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- Sérgio Canejo Domingues
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1 ASPECTOS ECONÔMICOS DA GESTÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA NOS MUNICÍPIOS: investimentos e custos de operação e manutenção São Paulo - SP 16/04/2013
2 SECRETARIA DE ENERGIA Secretário: José Aníbal Secretário Adjunto: Ricardo Achilles
3 DEFINIÇÃO O QUE É O SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - IP? Sistema de iluminação pública compreende lâmpadas, suportes, luminárias, chaves de comando, reatores, cabos condutores e conexões elétricas. Fonte: Conf. Nacional dos Municípios - CNM
4 SITUAÇÃO QUEM OPERA E MANTEM O SISTEMA DE IP? Em 2011, segundo a ANEEL, 95 municípios paulistas já faziam a gestão de IP. NT ANEEL 021/2011: São Paulo - 14,7%. Paraná - 54,6%. Amazonas, Pernambuco, Minas Gerais, Ceará e Amapá os ativos estão com as distribuição 0%. Demais Estados, praticamente todas as Prefeituras já fazem a gestão da IP 100%. Fonte: ANEEL, 2011
5 BASE LEGAL O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO FEDERAL? Art 30 - Compete aos Municípios: V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no Art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
6 BASE LEGAL QUAL A INTERPRETAÇÃO DO ART. 30 (CF) DADA PELA ANEEL? (...) IP é um serviços públicos de interesse local. E com base no: Parecer n 765/2008 (PFA), e Audiência Pública n 049/2011 A ANEEL determinou que as concessionárias transfiram aos municípios os Ativos de IP. Essa medida foi efetivada por meio da RN ANEEL 414/2010, que estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica.
7 BASE LEGAL O QUE DIZ A RN ANEEL 414/2010? Art Estabelece que a responsabilidade pela elaboração do projeto, implantação, expansão, operação e manutenção de instalações de iluminação pública são do ente municipal ou de quem tenha recebido deste a delegação para prestar tais serviços. A Distribuidora pode prestar esse serviço mediante celebração de contrato específico. As despesas decorrentes são de responsabilidade do município. O contrato de fornecimento de energia elétrica para IP permite a inclusão da cobrança de CIP na fatura de energia elétrica.
8 BASE LEGAL CONTINUA... Art A distribuidora deve transferir o sistema de iluminação pública registrado como Ativo Imobilizado em Serviço AIS à pessoa jurídica de direito público competente. A transferência deve ser realizada sem ônus. Até que os Ativos de IP sejam efetivamente transferidas, devem ser observadas as seguintes condições: o ponto de entrega é no bulbo da lâmpada Tarifa B4b; a distribuidora é responsável apenas pela execução e custeio dos serviços de operação e manutenção.
9 BASE LEGAL QUANDO DEVE OCORRER A TRANSFERÊNCIA DOS ATIVOS DE IP AOS MUNICÍPIOS? O texto original da RN 414/2010 estabelecia que os ativos fossem transferidos aos Municípios em até 24 meses, a contar de 15/09/2010, ou seja, setembro/2012. A Secretaria de Energia, após manifestação de diversas Prefeituras e Entidades, com apoio da APM, efetuou intensiva gestão junto a ANEEL conseguindo prorrogar a data para 31/01/2014 (RN 479/2012).
10 TARIFAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Iluminação Pública é enquadrada no Grupo B (subgrupo B4). Tarifas definidas pela ANEEL Tarifa B4b: quando a distribuidora presta o serviço de IP no município a tarifa é acrescida de uma parcela associada ao custeio de O&M do sistema (ponto de entrega - bulbo da lâmpada). Tarifa B4a (ponto de entrega rede) Tarifa B4a: ativos de IP e O&M do sistema são de responsabilidade do município (ponto de entrega - conexão da IP com a rede). Tarifa B4a 9% menor que B4b Tarifa B4b (ponto de entrega bulbo)
11 TARIFAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Fonte: site das Distribuidoras. Acesso: março/13.
12 ESTRUTURA ASSOCIADA AOS SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA O QUE ESTÁ ASSOCIADO AO SERVIÇO DE IP? Equipamentos e acessórios. Implantação. Manutenção. Gestão. Poderá ser executada com pessoal próprio ou contratado. A MUNICIPALIDADE ARCARÁ COM OS CUSTOS ENVOLVIDOS.
13 ESTRUTURA ASSOCIADA AOS SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS: luminárias, lâmpadas, suportes, reatores, relês fotoelétricos, condutores, chaves de comando e conexões elétricas. IMPLANTAÇÃO: projeto (rede/pontos geo-referenciados, inventário da arborização urbana, memorial descritivo de equipamentos/acessórios e requisitos de qualidade dos equipamentos e acessórios); medidas de eficiência energética; e execução.
14 ESTRUTURA ASSOCIADA AOS SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA MANUTENÇÃO: melhoria (retrofit) e modificações do parque existente. gestão da ordem de serviço (despacho, execução e encerramento). aquisição, armazenamento e controle de equipamentos, materiais e ferramentas (especificação técnica, préqualificação de fornecedores e fabricantes, inspeção de recebimento). fiscalização da manutenção e controle de qualidade dos componentes do sistema de IP e dos fatores que influenciam o sistema (arborização urbana). operação do Call-Center (atendimento de reclamações e registro, tratamento e análise das ocorrências). treinamento/capacitação das equipes técnicas/adm.
15 ESTRUTURA ASSOCIADA AOS SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA GESTÃO: monitoramento e avaliação das atividades de projetos de expansão e de operação e manutenção; cadastro de acervo de IP; integração com o sistema de gestão financeira/econômica. administração de contratos e controle de qualidade dos fornecedores; administração das contas de energia; operação de sistemas a distância (Data Center); comunicação e educação (números da IP, campanhas educativas pela preservação do patrimônio etc...).
16 ESTRUTURA ASSOCIADA AOS SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA E A EXPANSÃO DO SERVIÇO DE IP? Além das despesas com O&M, a municipalidade arca, também com as atividades de Expansão: elaboração de projetos de expansão. absorção de novas tecnologias. execução. Nota: independentemente de quem seja a responsabilidades pela prestação dos serviço nos ativos de IP (distribuidora/município), a despesa com EXPANSÃO é da PREFEITURA.
17 FORMAS DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 1. Possibilidade de Consórcio Intermunicipal. 2. O processo para contratação deverá ser precedido de licitação pública (Lei Federal 8.666/1993). 3. A concessionária concorrerá de forma isonômica com outros proponentes devidamente habilitados.
18 FORMAS DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DESPESAS DE CUSTEIO DE IP - PESSOAL PRÓPRIO: fatura de energia elétrica (consumo); manutenção da frota; administração; projetos e execução; pessoal; terceiros; materiais;
19 CUSTO ADICIONAL ENVOLVENDO OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO O&M E NO CASO DE CONTRATAÇÃO DO SERVIÇO? Exemplo: considerou-se um município fictício para poder estimar o custo anual para a prestação de serviços de Iluminação Pública (Consumo + O&M). Faixa Populacional: a hab. Quantidade de municípios considerada: População média (2011): hab. Consumo médio (2011): MWh. Quantidade média de pontos de IP: pontos. Custo unitário mensal estimado de O&M: R$10,00/pt.
20 CUSTO ADICIONAL ENVOLVENDO OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO O&M Comparativo das despesas anuais de IP para municípios com população entre 20 mil e 30 mil habitantes (sem os tributos). ATIVOS IP: DISTRIBUIDORA ATIVOS IP: PREFEITURA DIFERENÇA: R$ ,00 O&M R$ ,00 Energia Elétrica (B4b) 9% R$ ,00 Energia Elétrica (B4a) R$ ,00 Despesa Total: R$ ,00 Despesa Total: R$ ,00 Fonte: SEE, 2013
21 CUSTO ADICIONAL ENVOLVENDO OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO O&M Esse suposto município fictício teria um desembolso anual (adicional) em torno de R$ ,00 com contrato de prestação do serviço de IP, além do montante para custeio do consumo de energia elétrica já pago pelo município.
22 CUSTO ADICIONAL ENVOLVENDO OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO O&M COMPORTAMENTO DAS DESPESAS ANUAIS COM IP Despesas [R$/ano] até a a a a Faixa Populacional até a a a a Despesa Adicional [R$] Ativos Concessionária [R$] Ativos Município [R$] Faixa População até a a a a R$/ponto/mês 18,19 18,18 18,33 17,85 18,13
23 CUSTO ADICIONAL ENVOLVENDO OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO O&M COMO O MUNICÍPIO PODERÁ CUSTEAR A O&M DE IP? O Município poderá: absorver essa despesa adicional no orçamento; ou criar ou reajustar a CIP (Art. 149A - CF).
24 IMPACTOS PARA OS MUNICÍPIOS AFINAL, O MUNICÍPIO ESTÁ PREPARADO PARA ASSUMIR O SERVIÇO DE IP? Aumento de despesas. Dificuldades técnicas (falta de expertise). Carência de recursos para gestão. Necessidade de licitações. Investimentos em estrutura e treinamento de equipes. Necessidade de recursos para expansão. Outros.
25 CONSIDERAÇÕES FINAIS A regulamentação do Setor Elétrico é Federal (o MME é o poder concedente e a ANEEL regula e fiscaliza). A transferência dos Ativos de IP é uma imposição por parte da ANEEL, aos Municípios. A data definida para transferência dos Ativos de IP é 31/01/2014 (data limite). Os Municípios deverão se estruturar para prestar os serviços de IP (pessoal próprios ou de terceiros). Possibilidade de Consórcios entre Municípios (apoio Secretaria de Energia e CEPAM). Recursos financeiros: absorver essa despesa adicional no orçamento ou criar/reajustar a CIP.
26 OBRIGADO! GENÉSIO BETIOL JÚNIOR Secretaria de Energia Telefone: (11)
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