ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DR.SOLON TAVARES PLANO DE AÇÃO PARA DIREÇÃO DA ESCOLA TRIÊNIO 2016/2018 LÚCIO RENATO DE OLIVEIRA
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1 ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DR.SOLON TAVARES PLANO DE AÇÃO PARA DIREÇÃO DA ESCOLA TRIÊNIO 2016/2018 LÚCIO RENATO DE OLIVEIRA GUAIBA 2015
2 APRESENTAÇÃO Lúcio Renato de Oliveira Licenciatura Plena em História pela ULBRA,Pós Graduado em Supervisão e Gestão Escolar com Ênfase em Políticas Publicas pela Faculdade Portal,Pós Graduado em Gestão Escolar pela Escola de Gestores da UFRGS,atualmente cursando Bacharelado em Museologia na UFRGS. Estou me candidatando a vaga de Gestor escolar da E.E.E. Profissional Dr.Solon Tavares para o Triênio 2016/2018. Ingressei no serviço Publico no final de 2003 como funcionário nomeado, na função de Agente Educacional II, na escola Carlos Pinto de Albuquerque na Cidade de Barra do Ribeiro, quando cumpri o estagio probatório, pedi transferência para Guaíba, na escola Solon Tavares, onde estou locado como servidor Publico desde Partindo do principio de que um Gestor antes de assumir um cargo de relevante importância dentro de uma instituição Publica, precisa além da experiência procurar se qualificar para o desempenho de uma função de tamanha importância para os interesses da escola, procurei ao longo destes anos como Vice- Diretor buscar está qualificação, através de cursos oferecidos pela plataforma Freire. Por acreditar que um gestor precisa estar em constante qualificação, procurei nestes anos em que estou no ambiente escolar, aliar o conhecimento adquirido com os novos rumos da Gestão Democrática, que hoje não podem estar dissociadas do ambiente escolar. Dentro da perspectiva de uma gestão democrática e participativa, propus em 2013 a criação do Grêmio Estudantil na escola, foi criado um estatuto de funcionamento através da participação efetiva da comunidade escolar. Através de eleições diretas para a escolha dos representantes dos alunos, e com cobertura da imprensa local foi eleita à primeira diretoria do Grêmio Estudantil da Escola Solon Tavares. Em 2014 procurei a comissão de educação do Município na tentativa de sanar um problema de transporte escolar deficiente e que não atendia os interesses dos alunos vindos da COHAB para a escola.
3 Através de uma mobilização tanto por parte dos integrantes do Grêmio Estudantil, representantes do diretório acadêmico da UERGS, direção e coordenação de cursos, foi conseguido o transporte escolar no turno da manhã. Por isso acredito numa retomada da importância de uma representatividade discente forte e participativa, trabalhando juntamente com direção da escola na busca de melhorias para o ambiente escolar. Além de uma parceria mais efetiva com a UERGS na tentativa de desenvolver e projetar as duas instituições, que hoje estão relegadas a um segundo plano dentro da esfera Estadual. Sempre na busca de melhorar o ambiente escolar, e projetar a escola para além do Município de Guaíba, e dentro da importância de inserir os alunos nos novos rumos da economia sustentável, foi criado o projeto descartando com inteligência. Este projeto foi idealizado, através de uma visita feita no centro Marista SESMAR na zona norte de Porto Alegre. Foi um trabalho desenvolvido pelos professores: Jonathan, Francisco e pela professora Ingrid e os alunos da terceira etapa de Técnico em Informática do turno da tarde. O projeto Descartando com Inteligência é um exemplo efetivo de que a participação de todos, na busca de melhorias para a escola é um papel fundamental do diretor nos novos rumos da gestão participativa. Em 2015 este projeto foi apresentado dentro do salão sustentável na FIERGS. Acredito que a elaboração de um currículo participativo, atualizado e em consonância com as mudanças sociais, possibilitará a melhoria do ensino aprendizado, favorecendo a permanência na escola e formação integral do sujeito, bem como a inclusão social para o exercício da cidadania e do trabalho.
4 INTRODUÇÃO: De acordo com o principio democrático de participação na gestão escolar, à administração centrada na figura do diretor perde o sentido. O que anteriormente era comum nas escolas, onde o gestor tomava as decisões, sem procurar os órgãos colegiados, precisa ser trabalhado tanto com os professores, funcionários e comunidade escolar, no sentido de que a participação na tomada de decisões, implica que todos façam a sua parte, e tenham noção de que a sua contribuição é importante para o desenvolvimento da escola. meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. (Freire). Por isso a importância da participação dos diversos segmentos que compõem a escola e fundamental para que se consiga alcançar os objetivos propostos para o triênio 2016/ REFERENCIAL TEÓRICO A elaboração de um projeto que atenda aos interesses do cotidiano escolar deve contar com a participação de todos: Pais, professores, funcionários e estudantes. Um projeto imposto sem contar com a participação coletiva tornase um objeto estranho à comunidade, e o principio democrático é excluído do ambiente escolar. A participação deve ser efetiva, onde as pessoas são convidadas a construir coletivamente, os rumos que a escola deve seguir. Segundo Gandin, (2012, p.2): E por isto que a proposta básica que possibilite a participação do povo, a partir de sua cultura, na educação é uma nova ruptura significa desativar mecanismos e ativar outros significa revisar valores. Esta revisão de valores implica em alteração no modo de agir dos gestores que apegados a sistemas tradicionais, devem assumir uma postura
5 mais democrática, que exige uma participação de toda a comunidade escolar em prol da elaboração e acompanhamento dos resultados da escola. De acordo com Oliveira, (2012, p.2): A construção de um processo democrático de decisões que visa superar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina burocrática no interior da escola.. Portanto, a participação da comunidade deve ser incentivada através de estratégias que motivem todos ao engajamento das propostas apresentadas pela escola. Pais e demais membros que integram o ambiente escolar devem ter uma participação mais efetiva na escola. 2. PLANEJAMENTO ANUAL Manter um planejamento anual das atividades desenvolvidas pela escola, procurando manter a comunidade escolar informada em tempo hábil, sobre possíveis mudanças, que impeçam a realização da programação prevista. Este calendário será desenvolvido com a equipe diretiva da escola e apresentado para o corpo docente e para os demais educadores da escola em reunião administrativa no inicio do ano letivo. 3. ADMINSTRAÇÃO Vou procurar fazer uma administração descentralizada procurando dar mais autonomia para os vice-diretores da escola, está divisão de tarefas vai fazer com que o diretor da escola não tenha um acumulo de funções, e desta forma consiga chegar aos objetivos traçados para o ano letivo. Está divisão de atividades implica em adaptar as funções dos vices diretores de acordo com suas competências, deixando o diretor com liberdade para trabalhar na função pedagógica, que é o objetivo principal de uma escola. A função de um gestor dentro de uma escola, ou em qualquer função admistrativa, não é o de centralizar o poder, ele é apenas um facilitador dentro deste processo.
6 Partindo do principio de uma gestão democrática, vou procurar manter um dialogo com a 12ªCRE, visando melhorias na infraestrutura da escola, principalmente na busca de funcionários para o quadro da escola, que atualmente está defasado. Procurar mobilizar a comunidade escolar e UERGS, na busca junto ao poder Municipal de melhorias no entorno da escola, como iluminação, faixa de segurança, instalação de redutores de velocidade, melhorias na parada de ônibus para os alunos e segurança. Trazer a comunidade do entorno da escola para participar, através de projetos que visem divulgar a importância de uma escola Técnica para o desenvolvimento do bairro. O inicio desta parceria com a comunidade local, foi o projeto desenvolvido entre a Escola Solon Tavares e a Escola Zilá Paiva, que ocorreu no inicio do mês de novembro. Está interação entre as escolas, vai possibilitar que num futuro próximo estes alunos venham ingressar nos cursos Técnicos oferecidos na Escola Solon Tavares. Procurar participar em feiras e eventos que possam divulgar o que a escola está apresentando para a formação profissional dos alunos. Para o ano de 2016, além da participação na MEP, buscar outras feiras como a MOSTRATEC, melhorar a participação na feira das oportunidades, que aconteceu em Guaíba pela primeira vez este ano. Procurar uma integração com as empresas na busca de divulgação de estagio e vagas disponíveis no mercado de trabalho, bem como o tipo de profissional que estas empresas estão buscando para suprir a necessidade de seu quadro de funcional. Procurar alcançar um numero maior de escolas para a divulgação dos cursos. Não limitando o nosso alcance somente a área central da Cidade, podendo inclusive estender está divulgação as cidades vizinhas. 4. PEDAGÓGICO A principal meta na área pedagógica para 2016 será a mudança na estrutura do conselho de classe, que atualmente não contempla os anseios tanto dos professores como da comunidade escolar. Este modelo de conselho de classe
7 que não visa à participação dos pais e alunos, esta dissociado dos princípios da gestão democrática e participativa. O regimento escolar prevê que a escola tem direito a ter um coordenador de Curso, e um responsável pela área técnica da escola. Dentro deste principio vou buscar junto à 12ª CRE fazer com que o regimento da escola seja respeitado, uma vez que foi elaborado pela comunidade escolar, e aprovado pelo Conselho Estadual de Educação. Reuniões bimestrais com a participação de todos os educadores da escola, com a finalidade de observar se as metas traçadas no inicio do ano letivo, estão sendo cumpridas ou precisam ser reelaboradas. Buscar formação continuada para os professores, principalmente formação pedagógica para os professores que não possuem, através de cursos pela Plataforma Freire. Uma formação Técnica não pode estar dissociada da função pedagógica do professor, uma é a complementação da outra. Revitalizar os cursos de Técnico em Redes e Técnico em Informática, que atualmente estão com um numero muito baixo de alunos. Elaborar, em conjunto com educadores e comunidade escolar, estratégias para diminuir os índices de reprovação e evasão destes cursos. 5. GESTÃO FINANCEIRA Durante a minha administração vou procurara fazer uma gestão pautada na transparência, toda a tomada de decisão a respeito de compra de equipamentos para os laboratórios, obras de infraestrutura, serão avaliados pelo conselho escolar da escola, antes de serem efetuadas. Tudo o que for gasto será fixado em mural para que a comunidade escolar tenha conhecimento do que está sendo investido na escola. Melhorar a comunicação na escola entre a equipe diretiva, educadores, pais e alunos, trazendo as informações com antecedência para que possam ser processadas em tempo hábil.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS. Portanto eu acredito que uma gestão de sucesso não pode ficar centralizada na figura do Diretor, ele é somente parte deste processo. Para chegar ao estabelecimento das metas propostas no plano de ação de uma possível gestão para o triênio 2016/2018, foram ouvidos os anseios tanto do corpo docente, como dos funcionários e alunos. Baseado em minha experiência em administração, tanto na área empresarial como na educação, observei ao longo destes anos, que uma instituição não pode ser administrada sem a efetiva participação e união de todos que fazem parte da instituição de ensino. Por isso, não faço distinção entre funcionários, direção e corpo docente, prefiro trata-los como educadores, à medida que todos estão contribuindo para a melhoria e desenvolvimento do ambiente escolar. A escola precisa funcionar como um todo, direção, secretaria, supervisão e orientação educacional, precisam estar trabalhando juntos para evitar que a comunicação chegue distorcida ou mal interpretada por parte de professores e alunos. Ao apresentar o meu plano de ação estou propondo algumas mudanças pontuais no método de administração de uma instituição de ensino, fugindo do modelo tradicional e buscando uma nona diretriz, baseado no principio de uma gestão democrática e participativa. Porém, como não se pode descartar tudo o que foi desenvolvido em gestões anteriores, vou procurar melhorar o que de bom foi implantado e modificar o que precisa ser alterado. Parto do principio de que se descartarmos tudo o que foi desenvolvido na escola durante estes dez anos, estaremos caindo no mesmo erro das administrações estaduais, que a cada mandato resolvem começar tudo de novo, deixando de lado projetos e realizações positivas desenvolvidas pelas gestões anteriores.
9 Portanto a minha administração pretende conciliar os vários segmentos que compõe a escola, dentro de um projeto participativo e democrático, onde o modelo centralizador de gestão, não se enquadra mais nos novos rumos da educação. REFERÊNCIAS: Freire, Paulo.Pedagogia da Autonomia:Saberes Necessários a Pratica Educativa.p.47 São Paulo: Paz e Terra,1996. Gandin,Luis Armando.Projeto Político Pedagógico:Construção Coletiva do Rumo da Escola.p.2 UFRGS. Oliveira,João Ferreira de. A Construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico da Escola.p.2 UFRGS. Peroni,Vera Maria Vidal. A Gestão Democrática da Educação em Tempos de Parceria Entre o Publico e o Privado.p.18 UFRGS.
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