Contexto Geológico - Geotectônico da Faixa Manganesífera - Grafitosa localizada entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG).

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1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Tecnologia e Ciências Faculdade de Geologia Paulo Vicente Guimarães Contexto Geológico - Geotectônico da Faixa Manganesífera - Grafitosa localizada entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG). Rio de Janeiro 2011

2 Paulo Vicente Guimarães Contexto Geológico - Geotectônico da Faixa Manganesífera localizada entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG). Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração Controle Tectônico de Depósitos Minerais e sua Inserção no Contexto Geológico Regional Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Mello Pereira Co-orientadora: Prof. Dra. Nely Palermo Rio de Janeiro 2011

3 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/CTC/C xxxx Guimarães, Paulo Vicente Contexto Geológico Geotectônico da Faixa Manganesífera localizada entre Itaperuna RJ) e Volta Grande (MG)./ Paulo Vicente Guimarães xxx f Orientador : Ronaldo Mello Pereira Co-orientadora: Nely Palermo Dissertação (Mestrado) Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia. 1. Manganês Geologia Dissertação. 2. Manganês Noroeste fluminense, Região (RJ) Dissertação. 3 xxxxxxxxxxxxxxxx Autorizo apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese. Paulo V. Guimarães Data

4 Paulo Vicente Guimarães Contexto Geológico - Geotectônico da Faixa Manganesífera localizada entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG). Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração Controle Tectônico de Depósitos Minerais e sua Inserção no Contexto Geológico Regional Aprovado em 08 de Fevereiro de Banca examinadora: Ronaldo Mello Pereira Faculdade de Geologia da UERJ Rodrigo Peternel Faculdade de Geologia da UERJ Everton Bongiolo UFRJ Rio de Janeiro 2011

5 RESUMO GUIMARÃES, Paulo Vicente. Contexto Geológico - Geotectônico da Faixa Manganesífera localizada entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG).111 f. Dissertação (Mestrado em Análise de Bacias e Faixas Móveis) - Faculdade de Geologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2010 Entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG) encontra-se rochas granulíticas do Complexo Juiz de Fora e gnaisses aluminosos da Megassequência Andrelândia. Os sillimanita granada gnaisse e granada biotita gnaisse do Andrelândia foram equiparados a rochas similares às da faixa Kerala, da Índia, que contém mineralizações de grafita e manganês. Os estudos propiciaram a descoberta de novas ocorrências de manganês associado a gonditos grafitosos e de grafita relacionadas à grafita gnaisse que integram um conjunto de rochas aluminosas intercaladas com anfibolitos e de finos níveis ferro-exalíticos basicamente constituídos por granada do tipo almandina. Associados a estas rochas foram identificados quartzitos e diopsiditos respectivamente interpretados como meta-chert e meta-ultramáficas, respectivamente. As metassedimentares foram consideradas como de origem mista, com componente sedimentar, vulcânico e exalativo. Esse conjunto foi englobado em uma faixa denominada de Faixa Khondalitica Marangatu e foi considerado remanescente de crosta oceânica. Palavras-chave: grafita, manganês, gondito, khondalito, Faixa Khondalitica Marangatu, gondito no Rio de Janeiro.

6 ABSTRACT GUIMARÃES, Paulo Vicente. Geological Geotectonic Context of Belt manganesegraphitic located between Itaperuna (RJ) and Volta Grande (MG). Between the Itaperuna (RJ) and Volta Grande (MG) is found granulitic rocks of Juiz de Fora Complex and aluminous gneisses from megasequence Andrelândia. The sillimanite garnet gneiss and garnet biotite gneiss of Andrelândia were treated as rocks similar to those found in Kerala, India, containing graphite and manganese mineralization. The studies enabled the discovery of new occurrences of manganese associated with graphite gondites and graphitic associated to graphite gneiss that integrates a set of aluminous rocks layered with amphibolites and exhalite-iron levels exalíticos, mostly consisting of almandine garnet. Associated with these rocks we have been identified quartzite and diopisiditos considered as meta-chert and meta-ultramafic rocks respectively. The metasediments were considered of mixed origin, with a component sedimentary, exhalative and volcanic. The whole set was enclosed in a belt named the Khondalitica Marangatu and was considered as of rocks remnant of oceanic crust. Keywords: graphite, manganese, gondite, khondalite, Marangatu Khondalitic Belt, gondite in Rio de Janeiro.

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Minerais explorados como minério de manganês nas minas do Brasil (Damasceno, 2007) (teores obtidos do site da Webmineral) Tabela 2 Minerais explorados como minério de manganês nos protominérios (Damasceno, 2007) (teores obtidos do site da Webmineral) Tabela 3 Enriquecimento dos principais constituintes químicos dos nódulos polimetálicos em relação à abundância terrestre (Palma & Peçanha, 2000). 24 Tabela 4 Percentagem relativa dos elementos químicos em nódulos polimetálicos de diferentes procedências (Silva, 2005) Tabela 5 - Dados referentes às faixas manganesíferas e grafitosas do sudeste do Brasil apresentados na Figura Tabela 6 Lista relativa a poligonais do DNPM entre 1935 e 1974 (Puget, 1977) para as substâncias de manganês e grafita, em cinza as poligonais fora da área de interesse desta dissertação Tabela 7 Tabela com indicação dos ambientes tectônicos dos anfibolitos analisados Tabela 8. Comparação entre os teores percentuais de duas amostras de ferroexalitos e duas de gondito

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Mapa de localização da área de estudos Figura 2 - Área de interesse em relação as cartas topográficas e geológicas disponíveis para consulta Figura 3- Província Mantiqueira (dados de Bizzi et al., 2003) Figura 4 Mapa cronoestratigráfico do setor central da Província Mantiqueira (dados de Bizzi, 2003) Figura 5 - Domínios tectônicos da Faixa Ribeira Setentrional, Figura 6 - Mapa com as principais faixas manganesíferas e grafitosas do Sudeste do Brasil (Suszczynski, 1975) Figura 7 Granulito, Khondalito de Kerala - Índia Figura 8 Khondalitos, foto da esquerda em Santo Antônio de Pádua RJ, ponto 77 e foto da direita ponto 45, Pirapetinga-MG Figura 9. Khondalitos do ponto 28. Amostra fresca, sem alteração (foto da esquerda) e aspecto do afloramento que se apresenta com alteração amarelada (foto da direita) Figura 10 - Micrografias de seções polidas de khondalitos sulfetados. Foto A e B - Lente 10x - Foto C e D lente de 2,5x. Foto A e B (ponto 29) : zona sulfetada alterada com formação de núcleos (?) com bordas de pirita (Pi). Foto C (ponto 29) e D (ponto 28) - pirita (Pi), calcopirita (Cal), hematita (Hm) e granada (Gr)

9 Figura 11 Micrografias de lâmina polida (lente 2,5x) do ponto 28b. Esquerda: nicóis cruzados, onde se percebe a presença de feldspatos, alguns amarelados, e em azul piroxênios. Foto da direita com luz refletida, aparecendo em amarelo pálido a pirita e localmente na base da foto à esquerda um grão de calcopirita Figura 12 - Gondito do ponto 9 anexo 7, alterado para óxido de manganês com grafita disseminada e em veios de 0,5 mm, em Bonsucesso, Santo Antônio de Pádua, RJ Figura 13 - Gondito do ponto 15 anexo 7, alterado para óxido de manganês com grafita disseminada e em veios em Paraíso do Tobias, Miracema, RJ Figura 14 Foto A A) Vista do afloramento do gnaisse grafitoso, em destaque com linhas amarelas as duas zonas mais mineralizadas; B) Vista frontal de um dos níveis mineralizados; C) Vista da segunda zona mais mineralizada; D) Sulcos realizados com martelo numa das zonas mineralizadas salientando a presença da grafita (Ponto 132) Figura 15 Foto de detalhe do gnaisse grafitoso do ponto 143, onde se pode observar as manchas acinzentadas proporcionado pelos cristais de grafita disseminados na rocha Figura 16 - Esquerda (ponto 153): intercalações centimétricas de anfibolitos e gnaisses quartzo-feldspáticos. Direita (ponto 138): intercalações centimétricas de anfibolitos e quartzitos Figura 17 - Ortofoto do ponto 2 em Volta Grande, MG. Nota-se a longa aparentemente, cava com direção NE que foi, provavelmente, gerada pelo desabamento da mina subterrânea de manganês (e grafita) na década de 1940 (Imagem do IBGE)

10 Figura 18 Foto A: Afloramento de gondito do ponto 20, Alto do Limoeiro, Itaperuna-RJ; Foto B: Afloramento de gondito, ponto 11, conhecido como Teimoso- Santo Antônio de Pádua-RJ; Foto C: Gondito em Paraíso do Tobias - Miracema-RJ, ponto 16; Foto D: Gondito em Paraíso do Tobias - Miracema - RJ, ponto Figura 19 - Micrografia de lâmina polida (lente 10x) da amostra do ponto 43. Esquerda: luz refletida, onde se observa, em amarelo e na forma acicular a grafita. Direita: luz polarizada, mesma seção, nicóis cruzados, evidenciando as granada envolta por quartzo Figura 20 - Micrografias de lâmina polida (lente 2,5x) do ponto 1. Esquerda: em luz refletida, mostrando percolação de manganês e evidenciando as granadas recobertas por óxido de manganês (foto ao lado). Direita: luz polarizada, mesma seção, nicóis cruzados, mostrando granadas envolta em óxido de manganês Figura 21 - Micrografias de lâmina polida (lente 10x) ponto 1. Esquerda: em luz refletida mostrando palhetas de grafita e granadas com contornos irregulares, recobertas por óxido. Direita: luz polarizada, nicóis cruzados, mesma seção, mostrando granadas envoltas em óxido de manganês Figura 22 - Ferro-exalítos A) ponto 7: dois níveis centimétricos de ferro-exalítos. B) ponto 51: dois níveis decimétricos de ferro-exalítos. C) ponto 19: níveis métricos. D) ponto 17: zoom em amostra de ferro-exalíto Figura 23 - Micrografias de lâmina delgada do ponto 19 (ferro-exalito). Esquerda, lente de 10x, nicóis cruzados: granadas (Gr) circundadas por piroxênio (P) e quartzo (Q). Direita, luz polarizada, minerais de tons esverdeados correspondendo hiperstênio Figura 24 - Micrografias de lâmina delgada do ponto 30.1 (ferro-exalito). Esquerda,

11 lente de 2,5x, nicóis cruzados: bandamento formado por nível de granada associada a piroxênios e níveis quartzosos. Direita, luz polarizada, minerais de tons esverdeados correspondendo a hiperstênio Figura 25 - Micrografias de lâmina delgada, lente de 2,5x, do ponto 30 (ferroexalito). Esquerda, luz polarizada. Direita: nicóis cruzados, minerais tabulares, provável cummingtonita Figura 26 Mapa magnetométrico de parte da região Sudeste do Brasil, indicando a área de interesse desta dissertação. Notar os alinhamentos estruturais N45W evidenciados por magnetometria, a sudoeste de São Paulo e de Belo Horizonte Figura 27 Ortofotos (IBGE) indicando pelas setas, movimento relativos das cumeadas dos morros com direção N45W Figura 28- Diagrama diagrama FeOt versus Ti (Peloggia & Figueiredo, 1991), indicando a filiação ígnea dos anfibolitos analisados (150 a 153 amostras correspondentes aos pontos de campo) Figura 29 - diagrama de classificação de rochas ígnea - Diagrama álcalis total versus sílica (TAS - Le Bas et al. 1986) Figura 30 - Diagrama de classificação de rochas ígnea (De la Roche et al ) Figura 31 - Diagrama AFM (Irvine & Barangar, 1971) dos anfibolitos. A=Na 2 O+K 2 O; F=FeO t ; M=MgO Figura 32 - Diagrama de SiO2 x FeOt/MgO (Miyashiro, 1974) dos anfibolitos, ocupando os campos reservados a basaltos de filiação toleítica Figura 33 Diagrama geotectônico (Mullen, 1983) com as amostras de anfibolitos

12 analisadas. OIT =basaltos toleíticos de ilhas oceânicas, IAT = basalto toleítico de arco de ilha, OIA= basalto alcalino de ilha oceânica, MORB (mid ocean ridge basalt) e CAB = basaltos cálcico-alcalinos Figura 34 Diagrama geotectônico (Wood, 1980). Campos D - basaltos de margem de placas convergentes, A - N-MORB, B - E-MORB e toleítos intrapaca, C - basaltos de intra-placa alcalinos ou toleíticos Figura 35 - Diagrama Ti-Zr (Pearce & Cann, 1973) com as amostras de anfibolitos A= toleítos de arco de ilhas Figura 36 Diagrama de Cabanis & Lécolle (1989). 1 Domínio Orogênico, 2 Domínio intracontinental e pós-orogênico, 3 Domínio Anorogênico Figura 37 Amostras dos anfibolitos, normalizadas por MORB (Pearce, 1983). Spider diagramas demonstrando anomalia negativa de Nb Figura 38 Spider diagrama normalizado por MORB para basaltos de arco de ilhas (Island Arc Magmatism, 2010) Figura 39 Diagrama triangular (Bonatti et al., 1972) Mn - Fe - (Ni+Co+Cu) x 10 com os pontos dos gonditos analisados Figura 40. Gráfico ilustrando a Tabela Figura 41 - diagrama triangular (Bonatti et al., 1972) Mn - Fe - (Ni+Co+Cu) x 10 para as amostras dos ferro-exalitos

13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Importância do Tema e Objetivo da Dissertação Localização da Área de Estudos Metodologia Base Geológica Utilizada 19 2 MANGANÊS E SEUS DEPÓSITOS: O ESTADO DA ARTE Generalidades Origem do Manganês Depósitos Hidrotermais Hidrotermais Nódulos Polimetálicos Crostas de ferro e manganês Depósitos Sedimentares de Manganês Depósitos Supergênicos de Manganês 29 3 CONTEXTO GEOLÓGICO, GEOTECTÔNICO E METALOGÊNICO Província Mantiqueira Faixa Ribeira Metalogênese do Manganês na Região Sudeste do Brasil Ocorrências de Manganês no Estado no Rio de Janeiro 42 4 GEOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO Introdução 46

14 4.2 Geologia Local 47 5 DISCUSSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS 64 6 CONCLUSÃO 80 7 REFERÊNCIAS 81 8 ANEXOS Anexo 1 Análises Químicas dos Gonditos Anexo 2 - Análises Químicas dos Ferro-exalitos Anexo 3 - Análises Químicas dos Anfibolitos Anexo 4 - Análises Químicas dos Khondalitos Anexo 5 - Análises Químicas dos diopsiditos. Anexo 6 MAPA GEOLÓGICO Anexo 7 MAPA DE PONTOS Anexo 8 TABELA DE PONTOS

15 15 1. INTRODUÇÃO A região noroeste do estado do Rio de Janeiro encerra um conjunto de rochas metamórficas de alto grau e representa um importante setor para o entendimento da evolução geológica do Estado. Nesta região estão localizados as principais ocorrências minerais de manganês e grafita encontradas em território fluminense. Depósitos de manganês associados ou não a grafita, localizados entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG), são conhecidos desde a Primeira Guerra Mundial, tendo sido explotados desde então. Apesar de vários autores terem descrito ou citado a presença desses depósitos, não houve a devida preocupação para que fosse feita uma contextualização geológica dos depósitos e até da própria caracterização da gênese dos minérios. As atividades de extração para ambos os recursos (manganês e grafita) não foram contínuas e não existem dados das produções alcançadas pelas minas exploradas nessa época ou mesmo a indicação das reservas e dos teores contidos, salvo raras exceções. O recente mapeamento geológico dessa região do Estado executado em 2008 na escala de 1: (convênio MME / CPRM / UERJ) passou a oferecer uma excelente oportunidade para que se efetuasse uma melhor contextualização dessas ocorrências e depósitos de manganês e grafita. Assim, a partir das bases geológicas disponíveis foi feita na presente dissertação uma proposta definindo as relações geotectônicas, tectono-estratigráficas e litológicas, entre as diversas ocorrências minerais da região. Com esse intuito que se efetuou-se nesta ampla região, ao longo dos anos de 2009 e 2010, um reconhecimento geológico centrado na extensa faixa manganesífera-grafitosa indicada por Suszczynski (1975) e localizada no N-NW do Estado. O trabalho desenvolvido permitiu verificar que o conjunto de rochas metamórficas de alto grau que encerra as ocorrências e depósitos de manganês

16 16 (e grafita) assemelha-se ao encontrado nas faixas khondalíticas descritas mundialmente. 1.2 Importância do Tema e Objetivo da Dissertação O objetivo principal desta dissertação foi de identificação e contextualização geológica dos depósitos de manganês e grafita localizados entre Itaperuna (RJ) e Volta Grande (MG). Em face da atual demanda por esse elemento, juntamente com a carência de reservas no sudeste do Brasil, novas oportunidades podem vir a suscitar o interesse na reativação desses depósitos. Nesse sentido, o estudo dessas ocorrências / depósitos no Estado do Rio de Janeiro fez-se necessário. 1.3 Localização da Área de Estudos A área de estudo localiza-se na região entre as cidades de Itaperuna, no noroeste Fluminense, e Volta Grande no sudeste de Minas Gerais. A área apresenta uma extensão aproximada de 90 km na direção NE-SW e largura de aproximadamente 6,5 km, abrangendo os municípios São José de Ubá, Miracema, Santo Antônio de Pádua e Itaperuna no Estado do Rio de Janeiro, e Pirapetinga, Estrela d Alva e Volta Grande, em Minas Gerais (Figura 1). 1.4 Metodologia A metodologia consistiu em:

17 17 Levantamento bibliográfico sobre: contexto geológico regional, origem do manganês, distribuição dos depósitos de manganês no Brasil com ênfase nas citações de manganês do Estado do Rio de Janeiro, contexto econômico do manganês no Brasil. Trabalho de campo: - fase 1: Consistiu na localização dos locais citados na bibliografia referente às ocorrências de manganês, a qual foi dificultada pela falta de coordenadas na bibliografia além do que as citações especificavam toponímias, que infelizmente não são as mesmas na atualidade; - fase 2: Investigação de campo observando as rochas encaixantes da faixa mineralizada, para correlações que levem a identificação de novas ocorrências de manganês e entendimento do ambiente geológico. Coleta de amostras; Fase laboratorial: onde foi feito o estudo de lâminas delgadas ( 9 de anfibolitos e 1 de meta-ultramáfica) e lâminas polidas de rochas e minérios (25 lâminas de gonditos 10 de ferro-exalitos) e realização de análises químicas de rocha total e multielementares por ICP-MS (32 análises na empresa ALS Chemex Belo Horizonte) e estudo em MEV-EDS de granadas no CETEM. Confecção da dissertação.

18 Figura 1 Mapa de localização da área de estudos. 18

19 Base Geológica Utilizada A área de interesse desta dissertação apresenta direção NE e cruza 6 folhas topográficas na escala de 1: do IBGE. A base geológica disponibilizada por mapeamentos anteriores (Figura 2) é constituída, principalmente, pelas cartas 1: realizada pelo convênio UERJ / CPRM / MME e executadas pela primeira instituição. O mapa geológico apresentado nesta dissertação é uma compilação das cartas geológicas 1: elaboradas pela UERJ em 2008 e os mapas na escala de 1: editados nos anos 80 pelo DRM-RJ, complementado pelas informações obtidas nos levantamentos de campo para a elaboração da presente dissertação.

20 20 Figura 2 - Área de interesse em relação as cartas topográficas e geológicas disponíveis para consulta. 2. MANGANÊS E SEUS DEPÓSITOS: O ESTADO DA ARTE 2.1 Generalidades Os minerais de manganês apresentam complexidade química e mineralógica e, de uma maneira geral, são compostos por misturas de óxidos. São conhecidos cerca de 750 minerais que apresentam manganês ( 2009), porém, somente alguns deles constituem minérios.

21 21 Os minerais mais comuns nas minas do Brasil (Damasceno, 2007) podem ser visualizados na Tabela 1 e na Tabela 2 os minerais ditos como protominérios de manganês. Tabela 1 Minerais explorados como minério de manganês nas minas do Brasil (Damasceno, 2007) (teores obtidos do site da Webmineral). Mineral Composição Teor (%) de Mn psilomelana (Ba,H 2 O) 2 Mn 5 O e outros óxidos amorfos criptomelana K 2 Mn 8 O manganita MnO(OH) pirolusita, n sutita α MnO 2, γmn haussmanita Mn 3 O Tabela 2 Minerais explorados como minério de manganês nos protominérios (Damasceno, 2007) (teores obtidos do site da Webmineral). Mineral Composição Teor (%) de Mn espessartita Mn 3 Al 2 Si 3 O rodonita MnSiO rodocrosita MnCO alabandina MnS %. Os minérios de manganês são classificados quanto ao teor em duas tipologias: baixo teor, contendo de 25 a 30% Mn, correspondendo aos protominérios ou aos sedimentos originais, isentos da ação da lateritização e até mesmo do metamorfismo alto teor, contendo pelo menos 40% Mn, originados pelo enriquecimento dos protominérios pela ação do metamorfismo, lateritização e neoformação de minerais óxidos. São as variedades menos comuns e poucos países detêm reservas expressivas. O Brasil é um deles.

22 22 Os sedimentos e protominérios de manganês, quando submetidos ao metamorfismo, intemperismo e lateritização, em condições climático-fisiográficas adequadas, podem ser enriquecidos, propiciando o aumento do conteúdo em Mn e dando origem aos minérios de alto teor. Nos ambientes exógenos o manganês e o ferro têm afinidade geoquímica, tornando freqüente a associação paragenética entre os minerais de Fe e Mn e a acumulação de minérios contendo os dois elementos, em diferentes proporções (Damasceno, 2007). No Quadrilátero Ferrífero e na Serra dos Carajás ocorrem jazidas e produção de ambos; o mesmo acontece no Morro do Urucum, Corumbá Origem do Manganês Depósitos de manganês ocorrem como diversos tipos genéticos no registro geológico sendo produzidos por atividade hidrotermal direta, processos sedimentares e supergênicos. Embora os processos possam ser relacionados, cada um envolve mecanismos distintos que colocam os depósitos em tipos genéticos específicos. Alguns destes processos são melhores compreendidos nos ambientes de deposição atuais. Os paleo-ambientes eram determinados pela intensidade e estilo do tectonismo, vulcanismo e atividade hidrotermal, a composição da atmosfera, da hidrosfera, e o desenvolvimento da biosfera Depósitos Hidrotermais Um dos processos geológicos de formação de depósitos de manganês está relacionado a intensa atividade hidrotermal envolvida na formação da crosta

23 23 oceânica, formando-se nódulos polimetálicos, crostas ferruginosas e manganesíferas e depósitos hidrotermais propriamente ditos. Esses tipos serão melhor caracterizados a seguir Hidrotermais A atividade hidrotermal que ocorre atualmente em centros de expansão oceânicos, transfere grande quantidade de calor e massa do interior da Terra para os oceanos. Nessas regiões são encontrados sítios hidrotermais com notável atividade biológica e importantes depósitos de sulfetos metálicos. Os fluidos hidrotermais são enriquecidos até 107 vezes principalmente em ferro, manganês, metano e hélio, em relação às águas profundas típicas (Bonatti & Nayudu, 1965 apud Mello & Quental, 2000). Os depósitos hidrotermais são formados através da percolação das águas oceânicas em fissuras existentes nas rochas. Nesse trajeto as águas se enriquecem em metais e por precipitação são depositados nas redondezas: eixo das cordilheiras mesoceânicas, onde ocorrem edifícios vulcânicos submarinos e fraturas, associados aos limites de placas litosféricas. Essas áreas possuem alto fluxo de calor, gerando as fumarolas de água enriquecida em metais (Silva, 2005). Para Roy (1997), depósitos de manganês relacionados a subducção e hidrotermalismo têm sido atribuídos a diferentes ambientes paleo-tectônicos como terrenos de fore-arc, bacias marginais rasas, fossas adjacente a margens de placas continentais, e bacias de back-arc. Os depósitos são principalmente hospedados em rochas sedimentares (chert de radiolários, rochas vulcanoclásticas e hemipelágicas) sobrepostos a basaltos de arco de ilha, andesito, dacito, e riolito. A química dos depósitos de manganês do tipo de arco de ilha geralmente indica a derivação hidrotermal. A ambiência geológica destes depósitos é determinada pelas características e domínio das vulcânicas sobre rochas sedimentares associadas. Toleítos de arco de ilha, basalto cálcio-alcalino,

24 24 andesito, dacito, e riolito são característicos de ambiente relacionado à subducção, inclusive bacias marginais, fossas e back-arc. A presença de sedimentos vulcanoclásticos, grauvacas, detrito biológico e radiolaritos caracterizam os ambientes relacionados à subducção Nódulos Polimetálicos Os nódulos polimetálicos são concreções de óxidos de ferro e manganês encontrados na superfície do fundo marinho, contendo diferentes proporções de outros elementos metálicos, como níquel, cobre e cobalto. Comumente, os nódulos possuem dimensões médias de 3 cm, podendo medir até 25 cm de diâmetro (Palma & Peçanha, 2000) e apresentam estrutura interna em camadas concêntricas de óxidos de ferro e manganês, intercalados com silicatos de granulação fina, grãos detríticos e componentes biogênicos (Silva, 2005). Os nódulos são constituídos por uma variedade apreciável de elementos químicos. apresentando composição química heterogênea. O grau de enriquecimento de alguns elementos de elevado valor econômico pode ser bastante expressivo em relação à abundância na crosta terrestre (Tabela 3). Tabela 3 Enriquecimento dos principais constituintes químicos dos nódulos polimetálicos em relação à abundância terrestre (Palma & Peçanha, 2000). ELEMENTO QUÍMICO ENRIQUECIMENTO Mn, Co, Mo, 100x Ni, Ag, Ir, Pb x B, Cu, Zn, Cd, Yb, W, Bi 10-50x P, V, Fe, Sr, Y, Zr, Ba, La, Hg 10 x A origem desses elementos ainda não é totalmente conhecida, bem como o mecanismo de crescimento dos nódulos (Silva, 2005). No entanto, é consenso que os nódulos de manganês são formados em ambientes sedimentares

25 25 inconsolidados subaquosos e com baixas taxas de sedimentação. Necessita ainda de condições oxidantes durante o processo de formação para a precipitação de óxidos (Morgan, 2000). Quanto à origem dos elementos metálicos são apresentadas as seguintes hipóteses (Bonatti & Nayudu,1965 apud Mello & Quental, 2000): 1. Origem hidrógena - formados pela lenta precipitação dos metais a partir da coluna d água. A acumulação de metais nos nódulos e nas crostas polimetálicas ocorre diretamente da água do mar. Os metais em solução ou adsorvidos em pequenas partículas, quando em contato com a superfície dos nódulos ou das rochas, são incorporados a estes (Palma & Peçanha, 2000). Apresentam conteúdo relativamente alto de Ni+Cu+Co (IFREMER, 2009). 2. Origem hidrotermal - precipitação a partir de soluções hidrotermais derivadas de fontes e vulcões submarinos ricos em elementos metálicos; 3. Origem diagenética - formados a partir da remobilização de manganês e outros metais existentes na coluna sedimentar e sua reprecipitação na interface sedimento-água. Nos processos diagenéticos é fundamental o papel da atividade biológica, em zonas de alta produtividade, os organismos planctônicos que proliferam nas águas superficiais se encarregam de extrair minerais da água do mar, concentrando os metais adsorvidos e particulados e liberando-os, sob forma de pelotas fecais ou organismos mortos. A abundância de nódulos na região da Bacia do Peru, ocorre onde a concentração de carbono orgânico na superfície dos sedimentos é responsável pela alta taxa de crescimento dos nódulos (Palma & Peçanha, 2000). Tais nódulos são ricos em manganês, mas pobres em ferro, níquel, cobre e cobalto (IFREMER, 2009). 4. Origem halmirolítica - derivados da reprecipitação dos metais liberados a partir do intemperismo de rochas expostas no fundo marinho e detritos vulcânicos. A ação de organismos, extraindo os metais da água do mar, transportando-

26 26 os para a interface sedimento água e liberando-os, após a morte e a dissolução das carapaças, também tem sido considerada um mecanismo responsável, ou pelo menos facilitador, pela formação dos nódulos (Cronan, 1980). Vários desses processos podem operar simultaneamente ou podem seguir um ao outro durante a formação de um nódulo, sendo que fatores comuns foram estabelecidos (ISA, 2009): 1. a formação de nódulo requer uma baixa taxa de sedimentação ou algum processo que remova o sedimento antes que o mesmo se acumule. Isto permite as concreções crescerem antes de serem soterradas; 2. uma fonte provável dos metais incorporada nos nódulos vem da concentração de elementos pelo plâncton; 3. o manganês do fundo do mar vem principalmente de fontes termais; 4. a concreção desenvolve-se pela atividade de microorganismos. A composição química e as percentagens relativas dos elementos presentes são bastante variáveis entre nódulos de diferentes tamanhos e de regiões oceânicas distintas, conforme se observa na tabela a seguir. Tabela 4 Percentagem relativa dos elementos químicos em nódulos polimetálicos de diferentes procedências (Silva, 2005) TEOR MÉDIO DOS ELEMENTOS (% PESO SECO) ATLÂNTICO PACÍFICO ÍNDICO Manganês 15,46 19,27 15,25 Ferro 23,01 11,79 13,35 Níquel 0,31 0,85 0,53 Cobre 0,14 0,71 0,30 Cobalto 0,23 0,29 0,25 Manganês/ Ferro 0,67 1,6 1,14

27 27 Uma combinação de 3% de níquel, cobalto e cobre é o suficiente para tornar o recurso economicamente viável (Martins, 2006) Crostas de ferro e manganês Desenvolvem-se sob forma de incrustações, normalmente apresentam teores em manganês entre 15 e 31%, com ferro entre 7 e 18%, sendo por isso, às vezes, denominados de crostas (apresentam vários centímetros de espessura) de manganês. Ocorrem nos flancos de montes submarinos, e em cadeias de montanhas submarinas recobrindo afloramentos ou blocos rochosos em profundidades entre 1,1 mil e 3 mil metros e, mais raramente, no topo de platôs (Silva, 2005). Difere dos nódulos no enriquecimento em cobalto, acima de 2% e empobrecimento em níquel e cobre. Essas crostas são também chamadas de crostas de manganês ricas em cobalto. As mesmas hipóteses sobre as origens dos metais para formação dos nódulos polimetálicos aplicam-se para a gênese das crostas de ferro e manganês, assim como os principais fatores responsáveis pelo transporte e pela extração dos metais na interface de afloramento-água Depósitos Sedimentares de Manganês Segundo Roy (1997), depósitos sedimentares de manganês excedem os outros tipos em relação ao tamanho e distribuição espacial e temporal. Eles são hospedados em seqüências que consistem de uma variedade de tipos de rochas, principalmente sedimentares, raramente rochas vulcânicas, muitas das quais fornecem informações úteis sobre a configuração tectônica e o ambiente

28 28 geoquímico. Ainda de acordo com Roy (1997) os depósitos sedimentares de manganês evoluem através de uma seqüência de estágios: oferta do metal a partir de uma ou múltiplas fontes, o transporte para uma bacia, deposição ou concentração auxiliado pelos processos iniciais da diagênese. Eficiência nessas etapas, no passado, foi determinada pela composição, evolução da atmosfera e da hidrosfera. Em contraste com modernas escalas de profundidade de deposição, as configurações geológicas da maioria das jazidas de manganês antigas indicam formação em regime de bacias de águas rasas. O Mar Negro, um exemplo clássico de uma amostra de bacia estratificada, serve como um modelo para a concentração de metais na coluna anóxica recoberta por água oxigenada. Dissolvido o Mn 2 + se acumula na água anóxica e migra por advecção-difusão vertical para a interface redox, que atinge concentração máxima (aproximadamente 500 ppb). Oxi-hidróxidos de Mn partículados formam-se pela oxidação do Mn 2 + que volta a afundar na água anóxica. O clima quente durante transgressão marinha foi relacionado com a estratificação do oceano quando a circulação profunda foi suprimida e a solubilidade do oxigênio diminuiu. Durante a transgressão (Roy, 1997), as áreas continentais inundadas fornecem detritos orgânicos substanciais. A matéria orgânica ao ser degradada por bactérias diminuiu o teor de oxigênio nos sedimentos e produz folhelhos negros. A ocorrência de altas taxas de deposição de carbono orgânico tem sido inferida durante os eventos anóxicos oceânicos causando a acumulação global de folhelhos negros, os quais são geneticamente relacionados a ricos depósitos de carbonato de Mn. A determinação precisa da fonte de manganês nesses depósitos é complexa. Processos hidrotermais e intemperismo terrestres servem como fontes primárias para o manganês nas bacias deposicionais, mas é difícil de avaliar a contribuição de qualquer uma das fontes sobre a outra. Atividades hidrotermais mais intensas tem sido sugerido como um repositório de manganês hidrotermais particularmente durante o

29 29 Proterozóico e o Arqueano. A oferta, de manganês de fontes terrestres não pode ser negligenciada Depósitos Supergênicos de Manganês As concentrações de manganês em zonas de intemperismo terrestre são comuns e podem gerar depósitos comerciais. O clima e os teores iniciais de Mn na rocha fonte são cruciais no processo de formação de minério de manganês supergênico. Em regiões áridas e semiáridas apenas camadas finas e esporádicas de óxidos de Mn são formadas sem geração de depósito comercial. Em zonas de clima temperado e subárctico, em latitudes mais altas do hemisfério norte, é possível a alta mobilidade de manganês liberado pela acidez e alta taxa de decomposição orgânica durante o intemperismo. Como resultado, o manganês é totalmente carreado - não ocorre a concentração residual, pois não há reprecipitação dentro da zona de intemperismo - para o ciclo sedimentar em lagos e pântanos. Já em clima tropical úmido com chuvas abundantes e vegetação, aliada a topografia (e.g., planaltos), sistema de drenagem e composição da rochamãe adequadas pode-se gerar depósitos de manganês na zona de intemperismo. O papel de ácidos orgânicos (ácidos húmicos, ácido flúvico, formado por decomposição da vegetação) no intemperismo químico de rochas e a liberação de manganês dissolvido por águas subterrâneas ácidas têm sido considerados relevantes (Roy, 1997). As rochas mais favoráveis à concentração supergênica de manganês na zona de intemperismo são representadas por carbonatos de Mn seguida de rochas constituídas por silicato-carbonatos de Mn. Óxidos de Mn ou são formados in situ pela oxidação da rocha mãe ou através de dissolução e reprecipitação. Em muitos depósitos, o alumínio e o ferro (laterita) são caracteristicamente concentrados na zona superior e o manganês na zona inferior do perfil de

30 30 intemperismo. Para a maior parte desses depósitos sugere-se que o enriquecimento supérgeno ocorreu na era Cenozóica. Os melhores depósitos conhecidos deste tipo (Roy, 1997) ocorrem no Brasil (Serra do Navio, no Amapá; Morro da Mina, Minas Gerais, Pará, Azul), Gabão (Moanda), Gana, Costa do Marfim, Burkina Faso, Leste, Libéria e México (Molango); depósitos menores ocorrem em Urkflt (Hungria), Philipsburg e Butte (EUA), e Janggun (Coréia do Sul). 3. CONTEXTO GEOLÓGICO, GEOTECTÔNICO E METALOGÊNICO 3.1 Província Mantiqueira Inicialmente se faz necessário uma breve exposição da evolução da tectônica global uma vez que possui grande significância na evolução geológica no âmbito do Estado do Rio de Janeiro e na formação dos protólitos dos quais se originaram os depósitos de manganês alvos do presente estudo. No Paleoproterozóico (2.500 à milhões de anos) houve uma série de colagens que resultaram nos continentes Ártica (partes da América do Norte + Groenlândia + Sibéria) e Atlântica (partes da América do Sul e África) (UERJ, 2009). No Brasil esta sucessão de colagens denomina-se Evento Transamazônico. Entre a Ma teve início uma fase de extensão resultando na quebra em blocos menores dos continentes gerados anteriormente. Ao longo do Mesoproterozóico (1.600 a Ma) uma nova sucessão de colisões entre placas denominada Colagem Grenville foi responsável pela união da maioria das áreas continentais (Atlântica, Ur, Báltica e Antártica) formando o continente chamado Rodínia. Entre 900 e 700 Ma o supercontinente Rodínia aparentemente iniciou sua fase de quebras, e se fragmentou ao longo de dois grandes rifts,

31 31 gerando três blocos principais: Gondwana Leste, Laurência e Gondwana Oeste. Laurência era constituido de partes da América do Norte e Europa, Groenlândia e Sibéria). Gondwana Leste, reunia parte da África e Antártica (Craton Kalahari- Grunehogna), Madagascar, Índia e Austrália. Gondwana Oeste foi dividido em diversas áreas cratônicas: Amazônia, África Leste, Rio de la Plata, e vários blocos menores: Pampia, Central de Goiás, Juiz de Fora, Luis Alves, entre outros. Entre o sudeste da América do Sul e o Sudoeste da África houve o desenvolvimento do Oceano Adamastor. No Neoproterozóico (período entre a 545 Ma), o Gondwana Leste e Oeste se uniram no denominado Evento Pan-Africano/ Brasiliano evento que iniciou-se a Ma e teve suas últimas manifestações a Ma. A área de interesse desta dissertação está incluída na Província Mantiqueira, terreno com contexto geotectônico formado ao final do Neoproterozóico e início do Paleozóico. Esta Província esta localizada a leste dos crátons São Francisco e Rio de La Plata, com extensão de aproximadamente de km com orientação NNE SSW ao longo da costa atlântica, de Montevidéu (Uruguai) ao sul da Bahia (Figura 3), englobando os orógenos Araçuaí, Ribeira, Brasília meridional e Dom Feliciano. A província guarda o registro de complexa evolução do Neoproterozóico na América do Sul apresentando remanescentes de unidades paleotectônicas arqueanas, paleoproterozóicas e mesoproterozóicas (Figura 4). Segundo Heilbron et al. (2004) o início do Neoproterozóico é caracterizado pela geração de bacias tipo rifte (ca ), que evoluíram para bacias de margem continental passiva. A fase de rifte continental é caraterizada por extenso vulcanismo félsico-máfico continental, na Faixa Congo Ocidental, e, no Orógeno Araçuaí, representado pela intrusão anorogênica de Salto da Divisa e por diques máficos que cortam o Supergrupo Espinhaço. A etapa de abertura oceânica (ca Ma) está presente em praticamente todos os orógenos da Província

32 32 Mantiqueira, apresentando rochas típicas de bacias de margens passivas e restos de seqüências ofiolíticas. Esta fase é representada pela Formação Ribeirão da Folha (Grupo Macaúbas distal), no Orógeno Araçuaí, pela Megasseqüência Andrelândia e unidades supracrustais do Terreno Oriental. Figura 3- Província Mantiqueira (dados de Bizzi et al., 2003). A Faixa Araçuaí representa uma bacia marinha interior restrita e o setor denominado Faixa Ribeira como área de amplo oceano no início a meados do Neoproterozóico. O fechamento destes setores oceânicos na Província

33 33 Mantiqueira gerou arcos magmáticos intra-oceânicos e arcos de margem continental ativa entre 790 e 535 Ma. As grandes unidades geotectônicas representam sucessões de cinturões de empurrões em direção às margens cratônicas. Apenas no domínio central e no extremo sudoeste da província foram reconhecidos remanescentes de orógenos controlados por subducção - Rio Negro e São Gabriel respectivamente (Bizzi et al., 2003). Figura 4 Mapa cronoestratigráfico do setor central da Província Mantiqueira (dados de Bizzi, 2003).

34 34 Associados aos arcos magmáticos foram gerados bacias de ante-arco e retro-arco sendo que a identificação destas bacias é baseada na ocorrência de rochas vulcânicas e vulcanoclásticas, intercaladas com metassedimentares, advindos de arco. Unidades dos grupos São Roque e Açungui, no Terreno Apiaí- Guaxupé, parte das sucessões metassedimentares dos terrenos Ocidental e Oriental do Orógeno Ribeira (Paraíba do Sul, Cambuci, Costeiro e Búzios) e, em parte, o complexo paragnáissico do Orógeno Araçuaí são prováveis representantes destas bacias pré-a sincolisionais. Eventos colisionais sucederam a fase de convergência gerando empurrões, nappes, metamorfismo de pressões relativamente altas e deformações, expressivo magmatismo, desenvolvimento de sistema de zonas de cisalhamento transcorrentes destrais. 3.2 Faixa Ribeira O exposto acima demonstra uma configuração onde o arcabouço geotectônico da região sudeste do Brasil, apresenta um núcleo estável representado pelo Cráton São Francisco contornado por faixas móveis. Essas faixas móveis são denominadas de Faixa Brasília a oeste deste cráton, Araçuaí a leste e Ribeira a sul-sudeste (Silva & Cunha, 2001). O Estado do Rio de Janeiro localiza-se na porção interna da Faixa Móvel Ribeira. A Faixa Ribeira é parte de uma paleo cadeia de altas montanhas (tipo Himalaia), geradas durante a amalgamação do supercontinente Gondwana, como resultado da colisão entre o cráton de São Francisco e outra(s) placas e/ou microplaca(s) e/ou arco de ilhas situado a sudeste deste cráton, gerando um complexo cinturão de dobramentos e empurrões, ocorrida no intervalo entre Ma. Devido à ação erosiva que vem incidindo ao longo do tempo, as rochas hoje observadas correspondem à raiz (rochas mais profundas) desta paleo cadeia

35 35 de montanhas (Heilbron et al., 2000). Durante a Orogênese Brasiliana, as rochas existentes (sedimentos marinhos com idades entre Ma e embasamento com mais de Ma) foram dobradas e cisalhadas, gerando uma complexa interdigitação entre estes diferentes terrenos. A compartimentação tectônica da Faixa Ribeira para região noroeste fluminense e sul do Espírito Santo está estruturada em terrenos tectonoestratigráficos (Tupinambá et al.,2007) imbricados para NW/W, em direção ao Cráton São Francisco, gerados durante o evento brasiliano. Os terrenos estão divididos em (Figura 5): - Terreno Ocidental (margem do Cráton São Francisco) - Terreno representado por intercalação tectônica entre as rochas do embasamento pré-1,7 Ga (Complexo Juiz de Fora) e os metassedimentares neoproterozóicos da Megasseqüência Andrelândia, metamorfisados em fácies granulito. - Terreno Paraíba do Sul - O embasamento pré-1,7 Ga neste terreno é representado por ortognaisses do Complexo Quirino, e a cobertura apresenta metassedimentares do Grupo Paraíba do Sul. Estas rochas metassedimentares são muito micáceas com sillimanita granada biotita gnaisses e níveis de leucossoma granatífero. - Terreno Oriental - Não são encontradas rochas do embasamento pré-1,7 Ga neste terreno. Trata-se de uma sucessão metavulcano-sedimentar metamorfisada em fácies anfibolito alto a granulito, cortada por rochas granitóides. Este terreno é subdividido em três domínios: Cambuci, Costeiro e Klippe de Italva. A porção meta-vulcano-sedimentar da Klippe Cambuci é representada pela Unidade Cambuci (unidades Catalunha e São Fidélis em trabalhos anteriores). É representada por gnaisses associados a rochas metamáficas, gonditos, rochas calcissilicáticas e mármores dolomítico.

36 36 Legenda: Rochas plutônicas mais ou menos gnaissificadas: Granitóides tipo-s ou híbridos meta a peraluminosos Granitóides Tipo-I metaluminosos Terreno Oriental: Domínio Cambuci Domínio Costeiro Klippe de Italva; Klippe Paraíba do Sul; Terreno Ocidental: Domínio Juiz de Fora. Figura 5 - Domínios tectônicos da Faixa Ribeira Setentrional, adaptada e georreferenciada de Tupinambá et al., Cidades: Ic, Itaocara; Re, Recreio; Lm, Laje do Muriaé; Cb, Cambuci; Mu, Muriaé; Ip, Itaperuna; Sp, Santo Antônio de Pádua; Jp, São João do Paraíso; Ub, São José de Ubá;

37 37 No Domínio Costeiro são encontrados metassedimentares em fácies anfibolito alto a granulito, cortadas por rochas granitóides como os ortognaisses do Complexo Rio Negro (pré-colisão I/arco magmático), os leucogranitos/leucocharnockitos e granitóides a charnockitóides porfiróides das unidades Bela Joana, Desengano e Angelim, além de granitos tardi a pós-tectônicos. As unidades metassedimentares são denominadas de São Fidélis (gnaisses granatíferos, com sillimanita e, localmente, cordierita) e São Sebastião do Alto, esta última apresenta quartzitos. Além de quartzitos, lentes de rochas calcissilicáticas, gonditos e anfibolitos são conhecidas na área desta unidade. A Klippe de Italva é tido como uma sinformal posicionado na parte superior do terreno Oriental nas regiões central e noroeste fluminense. Os representantes basais são são dioritos, gabros e tonalitos do Complexo Rio Negro, enquanto que o Grupo Italva representa o parte superior, definido como metavulcano-sedimentar, rico em mármores e anfibolitos. O metamorfismo principal é fácies anfibolito. Na Faixa Ribeira existe um quarto terreno que não faz parte deste contexto do noroeste fluminense, trata-se do terreno Cabo Frio. Os três primeiros foram amalgamados há ca. 580 Ma, enquanto que o Terreno Cabo Frio só foi colado aos demais em ca. 530 Ma (Tupinambá et al, 2007). Após os eventos brasilianos, toda a Faixa Ribeira foi afetada por reativações que ocorreram no Cretáceo ( Ma), correspondendo à quebra do Gondwana e formação do oceano Atlântico Sul. Este evento está representado pelo extenso magmatismo básico, através de intrusões de diques de diabásio e início do soerguimento dos blocos que como os que deram origem a Serra do Mar. Durante o Terciário, falhamentos, fraturamentos e movimentos de blocos, continuaram a ocorrer, dando origem às bacias sedimentares da margem continental, como as Bacias de Campos e de Santos. No final do Cretáceo e inicio do Terciário houve a intrusão de inúmeros corpos alcalinos Metalogênese do Manganês na Região Sudeste do Brasil. Os depósitos de manganês no Brasil são, em sua maioria, de origem secundária, estando presente na maioria dos estados brasileiros, com raras exceções. Nota-se uma

38 38 concentração de minas e ocorrências nas áreas cratônicas, principalmente no Cráton São Francisco, e, mais especificamente, no Quadriláterro Ferrífero. Alguns depósitos encontram-se dentro das faixas móveis Brasília, Ribeira e Província Borborema. No sudeste, Suszczynski (1975) verificou faixas manganesíferas associada a ferro e faixas manganesíferas com grafita. Segundo este autor, numa série vulcano-sedimentar de natureza transgressiva ocorrem faixas com um zoneamento onde o ferro concentra-se na base, o manganês na parte intermediária e a grafita no topo da sequência. Na região sudeste foi possível definir 35 faixas onde o manganês é indicado como ocorrência ou depósito (Tabela 5 e Figura 6). Figura 6 - Mapa com as principais faixas manganesíferas e grafitosas do Sudeste do Brasil (Suszczynski, 1975).

39 39 Tabela 5 - Dados referentes às faixas manganesíferas e grafitosas do sudeste do Brasil apresentados na Figura 6. N FAIXA SUBSTÂNCIA PROVÍNCIA Referência 1 Faixa Eldorado - Sete Barras. Grafita Mantiqueira Suszczynski, Faixa Registro - Juquiá - Miracatu - Itariri. Grafita Mantiqueira Suszczynski, Faixa São Roque - Mairinque - Sorocaba - Salto da Pirapora. Grafita Mantiqueira Suszczynski, Faixa Pindamonhangaba - Taubaté - Jacareí - Mogi das Cruzes - Grafita Mantiqueira Suszczynski, 1975 São Caetano - Santo André. 5 Saudade Grafita Mantiqueira Puget, São Benedito Grafita Mantiqueira Puget, Faixa Cambuci Form. Ferrífera tipo Silicato Mantiqueira Ocorrência de formação ferríferas tipo silicato identificadas nesta dissertação, pontos 246 a Bom Jesus Itabapoana - Bom Jesus do Norte Form. Ferrífera Mantiqueira Faixa estabelecida nesta tipo Silicato dissertação com base nos dados UERJ (Pronageo) e Suszczynski, Faixa Miracema - Santo Antônio de Pádua - Pirapetinga - Volta Grande - Além Paraíba Manganês/Grafita/ Form. Ferrífera Mantiqueira Suszczynski, 1975 e dados desta dissertação tipo Silicato 10 Faixa Recreio - Natividade - Guaçuí Manganês Mantiqueira Poligonal do DNPM(2010), ocorrência identificada de gondito em Natividade e dados CPRM (Bizzi, 2003) 11 Faixa Porciuncula - Guaçuí Manganês Mantiqueira Ocorrências carta Geológica DRM e CPRM (geobank) 12 Faixa Mutum - Resplendor Manganês Mantiqueira Suszczynski, 1975

40 40 N FAIXA SUBSTÂNCIA PROVÍNCIA Referência 13 Faixa São Pedro - (cidade de Jequitinhonha) provavelmente até Caraí Grafita Mantiqueira Suszczynski, Faixa Medina - Pedra Azul - Pedra Grande - Rio São Francisco Grafita Mantiqueira Suszczynski, Faixa Cachoeira de Pajéu - Pedra Azul - Almenara - Salto da Divisa Grafita Mantiqueira Poligonal do DNPM(2010) 16 Faixa Matias Barbosa - Muriaé - Divino Manganês São Francisco Suszczynski, Faixa São João Neponucemo - Astolfo Dutra Guiricema Grafita Mantiqueira Suszczynski, Faixa Juiz de Fora - São João Neponuceno - Descoberto - Coimbra Manganês São Francisco Suszczynski, Faixa Santos Dumont - Rio Pomba - Teixeiras - São Miguel do Anta - Santa Cruz do Escalvado. Grafita São Francisco Suszczynski, Faixa Dom Silvério - Belo Oriente Manganês São Francisco Poligonal do DNPM(2010) 21 Faixa Nova Lima - Ouro Preto Mariana Manganês São Francisco Poligonal do DNPM(2010) 22 Santa Barbára - Barão de Coacais - São Gonçalo do Rio Abaixo Manganês São Francisco Poligonal do DNPM(2010) 23 Subfaixa "Sul de Serros - Conceição do Mato Dentro - Ferros Manganês, Grafita São Francisco Suszczynski, 1975, DNPM 24 Faixa Caetés - Jabuticatubas - Santana de Piratama - Gouveia - Monjolos - Diamantina - Buenópolis Manganês São Francisco Poligonal do DNPM(2010) 25 Faixa Pitangui - Pará de Minas - Mateus Leme - Betim Manganês, Grafita São Francisco Suszczynski, Faixa Santo Antônio do Monte - Itapecirica - Oliveira Grafita São Francisco Suszczynski, Faixa Conselheiro Lafaiete - Rio de Minas - São Tiago - Bom Sucesso Manganês São Francisco Suszczynski, 1975, DNPM(2010) 28 Faixa Monte Azul - Urandi - Jacaraci - Caetité Manganês São Francisco Suszczynski, Faixa Mara - Almandina Manganês São Francisco Suszczynski, Faixa Iguaí - Itaberaba Manganês São Francisco CPRM (Bizzi et al, 2003) 31 Faixa Presidente Jânio Quadros - Gentio do Ouro Manganês São Francisco CPRM (Bizzi et al, 2003) 32 Faixa Pouso Alto - Alagoa - Aiuroca - Serranos. Grafita Tocantins Suszczynski, Faixa Passa Quatro - Iatamonte - Bocaina de Minas. Grafita Tocantins Suszczynski, 1975

41 41 N FAIXA SUBSTÂNCIA PROVÍNCIA Referência 34 Faixa Santo Antônio de Posse (SP) - Congonhal (MG) Manganês Tocantins Poligonal do DNPM(2010) 35 Faixa Alfenas - Areado - Nova Resende - Passos Grafita Tocantins Suszczynski, 1975

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