Módulo I Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente

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3 Módulo I Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente

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5 Onde, ainal, começam os Direitos Humanos? Em pequenos lugares próximos de casa tão próximos e tão pequenos que não aparecem em nenhum mapa. Nas vizinhanças onde moram as pessoas, nas escolas que freqüentam, na fábrica, fazendo ou escritório onde trabalham. Esses são os lugares onde cada homem, mulher ou criança busca a justiça, a igualdade de oportunidades e a dignidade sem discriminação. A menos que esses direitos tenham signiicado nesses locais, eles não terão qualquer signiicado em nenhum outro lugar. Meta Eleanor Roosevelt Este módulo foi elaborado para apresentar a história social dos direitos humanos nas normativas internacionais e nacionais com ênfase nos Direitos Humanos de crianças e adolescentes, assegurados pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), visando fornecer subsídios teóricos para que os Conselheiros Tutelares e de Direitos possam cumprir com suas atribuições legais determinadas pelo ECA, na defesa e proteção das crianças e dos adolescentes. Objetivos Conhecer o processo de construção dos direitos humanos da criança e do adolescente no Brasil tendo como base os tratados internacionais. Conhecer os aspectos introdutórios do Programa Nacional de Direitos Humanos e do Plano Nacional de Direitos Humanos. Conhecer o Paradigma de Desenvolvimento Humano do PNUD. Introdução Caro conselheiro, neste módulo, você encontrará uma contextualização histórica do surgimento e da evolução dos direitos humanos da criança e do adolescente nas normativas internacionais: a Declaração de Genebra, a Declaração Universal dos Direitos da Criança e a Convenção sobre os Direitos da Criança. A Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) seguem os princípios da proteção integral estabelecidos nas normativas internacionais. Abordaremos os aspectos introdutórios do Programa Nacional de Direitos Humanos e do Plano Nacional de Direitos Humanos. Para inalizar o módulo, você conhecerá o Paradigma do Desenvolvimento Humano do PNUD. Direitos humanos de crianças e adolescentes: normativas internacionais 1 A Doutrina da Proteção Integral, fundamento sócio-jurídico dos tratados internacionais, é que consubstancia e referencia os instrumentos jurídicos nacionais de promoção, defesa e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil: Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA. Vamos conhecer neste módulo, de forma breve, os antecedentes históricos, o surgimento e a evolução dos direitos humanos da criança e do adolescente por meio de tratados internacionais. 1 Elaborado por Suely Cabral Quixabeira Araújo, Assistente Social, professora da disciplina Política Social Setorial: infância e adolescência da Fundação Universidade do Tocantins/UNITINS. Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente 11

6 Toda a caminhada histórica para a construção dos direitos da criança teve início com a Declaração de Genebra, que foi redigida pela União Internacional Save the Children, em Essa declaração continha os princípios básicos da proteção à infância. Após a 2ª Guerra Mundial, em abril de 1946, foi instituída a Organização das Nações Unidas (ONU) que, preocupada com a vulnerabilidade particular da criança, aprovou uma declaração sobre os seus direitos que segue os princípios da Declaração de Genebra. A ONU criou um mecanismo de ajuda multilateral à infância, o UNICEF (Fundo Internacional de Emergência para as crianças United Nations Internacional Children s Emergency Fund), estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 1946 e, em 1953, transformado em Agência Especializada do Sistema da ONU para auxiliar a infância carente do terceiro mundo. A Declaração sobre os Direitos da Criança permaneceu como marco referencial, inclusive para o trabalho do UNICEF, por trinta anos. A ONU tem a inalidade de assegurar a manutenção da paz internacional. Seu maior compromisso é a defesa e a promoção dos direitos humanos. Em 10 de dezembro de 1948, ela institui a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Costa e Duarte (2004, p. 52), airmam que: Essa Declaração é hoje o pilar fundamental dos Direitos Humanos, em todo o mundo, e todos os demais instrumentos da normativa internacional, nesse campo, estão direta ou indiretamente a ela referidos. Conforme airmam os autores, a Declaração Universal dos Direitos Humanos se tornou o pilar fundamental dos Direitos Humanos e o motivo foi a aprovação unânime que a mesma teve de 48 países membros da ONU. A Declaração considerou, no seu preâmbulo, que a criança tinha falta de maturidade física e mental. Assim, na esteira da Declaração dos Direitos Humanos, que é um Projeto de Humanidade, há uma crescente busca de sua tradução para diversos grupos sociais, com a garantia de direitos especíicos desses grupos. Um das conquistas desse movimento foi a garantia de direitos humanos para as crianças e adolescentes. Sob o ponto de vista jurídico, a Declaração Universal dos Direitos Humanos não tinha poder para obrigar os Estados signatários a respeitar e cumprir o documento. Para viabilizar o cumprimento dos direitos assegurados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos foram instituídas duas convenções: o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, aprovados em 1966 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Sobre esses documentos Costa e Duarte (2004, p. 53) asseveram que: Por meio do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, cada um dos estados que nele tomaram parte, compromete-se a respeitar e assegurar a todos os indivíduos no espaço de seu território e sem qualquer distinção quanto à raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião, origem nacional ou social todos os direitos reconhecidos naquela convenção. [...] De forma semelhante o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais inclui basicamente todos os direitos proclamados pela Declaração Universal, como o direito ao trabalho em condições justas e favoráveis; o direito à organização sindical, à seguridade social, a um padrão de vida adequado, incluindo o acesso à saúde, à educação, à ciência e à cultura. Podemos observar que o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ao contrário da Declaração, obrigam legalmente os Estados signatários a cumpri-los e que todos os direitos assegurados na Declaração foram inseridos nesses documentos. Para garantir com maior legalidade os direitos da criança, em 1979, a Assembleia Geral da ONU aprovou a proposta de se proceder, de imediato, a elaboração de um projeto que viesse dar efeito jurídico e força obrigatória aos direitos especíicos da criança. Para tanto, em 20 de novembro de 1989 foi 12 ESCOLA DE CONSELHOS - UNITINS Fundação Universidade do Tocantins

7 aprovada a Convenção sobre os Direitos da Criança, que contava com 195 adesões e ratiicações, que entra em vigor em 2 de setembro de A Convenção sobre os Direitos da Criança reconhece, pela primeira vez, a criança como sujeito de direito. Esse novo instrumento da normativa internacional responsabiliza juridicamente os Estados-membros por suas ações no que diz respeito aos direitos da criança. Exige um compromisso legal, por parte dos estados, de aceitar o que está enunciado em seu conteúdo e de assumir os deveres e as obrigações que a convenção determina. Os destinatários da cobertura da convenção são todas as pessoas menores de 18 anos. A convenção tem como regra básica que as crianças e os adolescentes tenham todos os direitos que são facultados aos adultos e que sejam aplicáveis à sua idade. Assegura, também, à criança os direitos especiais em decorrência da sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. A convenção reconhece que a criança, para o pleno e harmonioso desenvolvimento de sua personalidade, deve crescer no seio da família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão. Esse reconhecimento é respaldado pela Declaração de Direitos da Criança de 20 de novembro de 1959, que já considerava que a criança é um ser em condição peculiar de desenvolvimento, sem maturidade física e mental para exigir e cuidar dos seus direitos, e por isso, necessita de proteção e cuidados especiais e ainda proteção legal, antes e após o seu nascimento. A Convenção reconhece, ainda, que em todos os países do mundo existem crianças vivendo sob condições de vulnerabilidade, excepcionalmente difíceis, e que essas crianças necessitam de consideração especial. Para tanto, [...] assegura as duas prerrogativas maiores que a sociedade e o Estado devem conferir à criança e ao adolescente, para operacionalizar a proteção de seus Direitos Humanos: cuidados e responsabilidades (BRASIL, 2006, p. 24). É proclamada reiteradamente a primazia do interesse fundamental da criança como prioridade absoluta. A Convenção reconhece o valor intrínseco da criança enquanto pessoa humana em condição peculiar de desenvolvimento e o seu valor projetivo, uma vez que são portadoras do futuro, da continuidade da sua família e de seu povo. A partir desse reconhecimento, a convenção garante que a criança é titular de direitos individuais: como a vida, a liberdade, a dignidade e também de direitos coletivos: econômicos, sociais e culturais. É importante ressaltar que a Constituição Federal de 1988 foi promulgada antes da aprovação da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, a qual só foi aprovada em 20 de novembro de 1989 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A Convenção vinha sendo discutida desde 1979, e o memento propiciou a criação do artigo 227 da Constituição Federal de 88, com base na Doutrina da Proteção Integral da Convenção. A adoção da doutrina sócio-jurídica da Convenção na Constituição Federal de 1988 contou com a articulação e a participação decisiva dos movimentos sociais na luta. A Convenção Internacional dos Direitos da Criança segue o preâmbulo e os princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança que foi adotada pela Assembleia das Nações Unidas em 20 de novembro de 1959 e ratiicada pelo Brasil. Então, veremos a seguir o preâmbulo e os princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança: CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reairmaram, na Carta, a sua fé nos direitos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e que resolveram favorecer o progresso social e instaurar melhores condições de vida numa liberdade mais ampla. CONSIDERANDO que as Nações Unidas, na Declaração dos Direitos do Homem, proclamaram que todos gozam dos direitos e liberdades nela estabelecidos, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião pública ou de outra natureza, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outra condição. CONSIDERANDO que a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais, nomeadamente de protecção jurídica adequada, tanto antes como depois do nascimento. CONSIDERANDO que a necessidade de tal protecção foi proclamada na Declaração de Genebra dos Direitos da Criança de 1924, e reconhecida na Declaração Universal do Homem e nos estatutos de organismos especializados e organizações internacionais interessadas no bem-estar da criança. Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente 13

8 CONSIDERANDO que a humanidade deve à criança o melhor dos seus esforços, a Assembleia Geral 2 de 5 proclama esta Declaração dos Direitos da Criança com vista a uma infância feliz e ao gozo, para o bem da criança e da sociedade, dos direitos e liberdades aqui estabelecidos e com vista a chamar a atenção dos pais, enquanto homens e mulheres, das organizações voluntárias, autoridades locais e Governos nacionais, para o reconhecimento dos direitos e para a necessidade de se empenharem na respectiva aplicação, através de medidas legislativas ou outras progressivamente tomadas de acordo com os seguintes princípios: PRINCÍPIO 1º A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças, absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família. PRINCÍPIO 2º A criança gozará proteção social e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidades, por lei e por outros meios, a im de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. Na instituição das leis, visando este objetivo levar-se-ão em conta, sobretudo, os melhores interesses da criança. PRINCÍPIO 3º Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade. PRINCÍPIO 4º A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar-se com saúde; para isto, tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e proteção especiais, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, recreação e assistência médica adequadas. PRINCÍPIO 5º À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar. PRINCÍPIO 6º Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-à, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material, salvo circunstâncias excepcionais, a criança da tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oicial e de outra natureza em prol da manutenção dos ilhos de famílias numerosas. PRINCÍPIO 7º A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grau primário. Serlhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade de emitir juízo e seu senso de responsabilidade moral oral e social, e a tornar-se um membro útil da sociedade. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito. PRINCÍPIO 8º A criança igurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção e socorro. 14 ESCOLA DE CONSELHOS - UNITINS Fundação Universidade do Tocantins

9 PRINCÍPIO 9º A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objeto de tráico, sob qualquer forma. Não será permitida à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhuma forma será levada a ou ser-lhe-á permitida empenhar-se em qualquer ocupação ou emprego que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interira em seu desenvolvimento físico, mental ou moral. PRINCÍPIO 10º A criança gozará proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes. Os Direitos Humanos da criança e do adolescente na Constituição Federal de 1988 e no ECA A década de 1980 é conhecida como o divisor de águas na história de lutas em prol dos direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros. Os movimentos sociais, liderados pela sociedade civil, tiveram uma participação imprescindível na disseminação do processo de ruptura da visão de criança e adolescente como menor carente e abandonado em situação irregular (doutrina defendida pelos códigos de menores). Nessa perspectiva, o UNICEF (1998, p. 152) salienta que: No Brasil a década de 80 foi profundamente marcada por intensas mobilizações populares em defesa de causas e direitos de cunho social para crianças e adolescentes, na medida em que era amplamente difundida a existência de milhões de crianças carentes, desassistidas ou abandonadas. Considerando o exposto, pode se dizer que a década de 80 tem como marco, na área da infância e adolescência, a reivindicação, com intensa participação popular, da adoção do direito da criança e do adolescente na Constituição Federal de 1988, resultado na conquista do artigo 227, que assegura: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação à educação, ao esporte, à proissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aprovado no Brasil em 13 de julho de 1990, mediante a sanção presidencial na Lei 8.069, foi elaborado a partir do artigo 227 com o objetivo de regulamentá-lo e como forma de exigibilidade dos direitos da criança e do adolescente, que já eram assegurados pela Carta Magna do país. O ECA adota uma nova concepção de atendimento à criança e ao adolescente, que passam a ser portadores de todos os direitos fundamentais facultados aos adultos, além de serem pessoas carecedoras de uma proteção especial, hajam vista estarem em condição peculiar de desenvolvimento físico, social e espiritual. Nesse sentido, o ECA é norteado pela Doutrina da Proteção Integral e introduz na sociedade brasileira uma [...] concepção da criança e do adolescente como sujeito de direitos, isto é, cidadãos passíveis de proteção integral, vale dizer, de proteção quanto aos direitos de desenvolvimento físico, intelectual, afetivo, social e cultural (ANDRADE, 2000, p. 18). Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente 15

10 Conforme citação do autor, o ECA concebe a criança e o adolescente como cidadãos cujos direitos devem ser garantidos na sua integralidade. Esse novo modelo de atendimento ao conjunto da população infanto-juvenil rompe deinitivamente com o paradigma da Situação Irregular. Assim, as crianças e os adolescentes brasileiros comemoram o tão sonhado direito de exercer o título de cidadão e gozar de todos os direitos inerentes à pessoa humana com dignidade. O artigo 3º do ECA garante que: A criança e o adolescente gozam de todos os direitos inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a im de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Enquanto as Leis anteriores ao ECA (códigos de menores) eram portadoras de uma concepção de marginalização da criança e do adolescente, utilizando-se do termo menor para se referir a essa população. [...] o ECA avança na discussão sobre a discriminação imposta pelo uso do termo menor, ao substituir a noção de menor em situação irregular pela de sujeitos de direitos (RIZZINI citado por ANDRADE 2000, p. 20). Liberati (1997), ao enfatizar na sua obra a questão da deinição de criança e adolescente, salienta que a doutrina da situação irregular com sua terminologia de menor contribuía para a estigmatização e, sobretudo, para a ideia de marginalização da criança. Já o ECA proporcionou uma noção de criança e adolescente como seres humanos em condição de desenvolvimento e, por isso, merecedores do respeito de todos. Você conhecerá a Doutrina da Situação Irregular dos Códigos de Menores no módulo 2. Outra prerrogativa importante, introduzida pela doutrina da proteção integral, é a questão da responsabilidade concernente à efetivação dos direitos assegurados pelo ECA, no qual [...] é colocado, que a proteção das crianças e adolescentes, bem como a garantia dos seus direitos, não é responsabilidade apenas da família, mas [...] do Estado e da sociedade como um todo (NEPOMUCENO, 2002, p. 145). [...] a família, a sociedade e o Estado são os responsáveis pelas crianças e adolescentes, não cabendo a qualquer dessas entidades assumirem com exclusividade as tarefas, nem icando alguma delas isenta de responsabilidade (ANDRADE, 2000, p. 17). Pois, só assim, a população infanto-juvenil poderá ter assegurado na íntegra o espírito da Doutrina das Nações Unidas norteadora da Lei n , a qual garante, no seu 1º artigo: Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Podemos airmar que a participação brilhante e decisiva da sociedade civil na conquista dos direitos humanos da criança e do adolescente no Brasil foi importante mediante a construção de uma Constituição Cidadã (constituição Federal de 1988) e uma lei especíica (Estatuto da Criança e do Adolescente) para a criança e o adolescente. A partir dessa época, nasce [...] um tempo em que criança é e vive como sujeitos de direitos (BRASIL, 2002, p. 26), surge assim, um conceito de cidadania na área da infância e adolescência. É importante entender, que a luta da sociedade civil em prol dos direitos da criança e do adolescente, no Brasil, teve como fundamento os Tratados Internacionais de garantia de direitos para a população infanto-juvenil. Para sistematizar o processo histórico de construção dos direitos humanos da criança nos tratados internacionais e no conjunto das legislações brasileiras, apresentamos a seguir um estudo cronológico. 16 ESCOLA DE CONSELHOS - UNITINS Fundação Universidade do Tocantins

11 Estudo cronológico dos direitos da criança e do adolescente 2 Desde 1919, que já se observa uma preocupação com relação aos direitos da criança. Neste ano, a organização sueca Save the Children cria o Comitê de Proteção da Infância, com a inalidade de controlar os países, para que não sejam soberanos e autônomos ao legislar sobre direitos da infância, de maneira a evitar que haja disparidade na garantia dos direitos. Em 1923, este Comitê formula, junto com a União Internacional de Auxílio à Criança, a Declaração de Genebra, contendo cinco princípios, sendo um deles o de proteção integral a criança. Em 1924, esta Declaração de Genebra é apresentada na 5ª Assembleia da Sociedade das Nações, sendo aprovada e adotada pelas nações integrantes. Em 1927, durante o IV Congresso Panamericano da Criança, os dez países americanos participantes (Argentina, Bolívia, Brasil, Cuba, Chile, Equador, Estados Unidos, Peru, Uruguai e Venezuela), subscrevem uma ata de Fundação do Instituto Interamericano da Criança, atualmente vinculado a OEA (Organização dos Estados Americanos), instituído para promover o bem-estar da infância e da maternidade. Em 1934, a Sociedade das Nações aprova pela segunda vez a reformulação da Declaração de Genebra, que obriga os povos a cuidar e garantir os direitos da criança. Um compromisso se manifesta contra a discriminação de raça, nacionalidade e religião, e outro, assegura a integridade da família e os direitos sociais da criança. Em 1946, logo após a segunda guerra mundial, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas recomenda aos países que adotem a Declaração de Genebra. Neste momento, um movimento internacional se manifesta em favor da criação de um organismo, com a inalidade de fomentar ações de proteção e defesa da criança. Cria-se o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Em 1948, em Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), é aprovada a Declaração Internacional de Direitos da Criança. Adiante, em 1959, em Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), aprova-se a Declaração Universal de Direitos da Criança. Observa-se que há uma alteração entre os termos Internacional e Universal. Isto signiica que, o termo internacional relaciona-se a uma determinada quantidade de países e o termo universal indica o todo, portanto, referindo-se a todos os países. Evidentemente que, o compromisso com os princípios da Declaração aplicava-se aos países membros da ONU. Como a Declaração não vinha sendo cumprida efetivamente pelos países, em 1978, o governo polonês apresenta à ONU uma proposta de Convenção Internacional. Considerando a importância de regular e fazer cumprir o disposto na Convenção, a ONU em 1979, cria-se através da sua Comissão Permanente de Direitos Humanos o Grupo de Trabalho Internacional para estudar e elaborar o texto deinitivo da Convenção Internacional dos Direitos da Criança. Com a transição democrática, o Brasil se prepara para as reformas institucionais e, em 05 de outubro de 1988, o Congresso Nacional aprova a Constituição Federal. Conhecida a existência do Grupo de Trabalho da ONU e das possíveis mudanças relativas ao trato da criança, a Constituição Federal do Brasil garante, no artigo 227, a proteção integral às crianças e aos adolescentes do nosso país, para posteriormente ser elaborado outros dispositivos legais. Com base no artigo 227, que 2 Elaborado por Maria de Fátima Ribas, Web-professora da disciplina de Política Social Setorial Infância e Adolescência no Curso de Serviço Social da Fundação Universidade do Tocantins. Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente 17

12 o Estado formula a política de atenção à criança e ao adolescente brasileiro, articulando as políticas sociais, destinando no orçamento público os fundos de inanciamentos destas políticas etc. Em pouco mais de um ano, depois de nossa Constituição Federal, em novembro de 1989, a ONU se reúne em Assembleia Geral para aprovar a Convenção Internacional dos Direitos da Criança carta magna das crianças de todo mundo e no ano seguinte esta declaração foi consolidada e oicializada como lei de cumprimento internacional. A convenção é um instrumento de lei respeitado mundialmente, com a ratiicação e compromisso de 192 países-membros, excetuando a Somália e Estados Unidos que na ocasião, ratiicaram, mas com restrições a adequação cultural e social de seus países. Em 13 de julho de 1990, no Brasil, aprova-se e institui-se o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é um conjunto de normas de ordenamento jurídico consoante com as normativas internacionais, com princípios que garantem a proteção integral e dá prioridade absoluta ao trato da criança e do adolescente. Ainda em 1990, celebra-se a Cúpula Mundial da Infância. Participam desta Cúpula 160 países, incluindo o Brasil. Elabora-se um Plano de Ação para o decênio de , comprometendo-se a atingir 27 metas que deverão promover a melhoria da qualidade de vida da infância. Ainda encontramos fatos que, no decorrer dos anos, demonstram haver vigilância da ONU quanto ao cumprimento das leis internacionais. Em 2000, na sede da ONU, em Nova York, reuniram-se os Chefes de Estados de 189 países, um expressivo número de representantes de Organizações não Governamentais e a presença de crianças e adolescentes de várias nacionalidades, para conhecer e avaliar a evolução do Plano de Ação construído em Todos os países apresentaram seus relatórios. O Brasil apresentou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), salientando os mecanismos legais instituídos como um sistema de proteção à infância, que é operacionalizado com a parceria Estado e Sociedade. O ECA foi elogiado e considerado como um conjunto de instrumentos legais moderno. O relatório apresentado pelo Brasil, dentre outros pontos, sinalizou os progressos em 10 anos, principalmente na educação. Destacou a criação e ampliação dos recursos orçamentários para a educação; demonstrou comparativamente a redução nos índices de evasão escolar; enfatizou a necessidades de criação de incentivo a permanência na escola e os programas de redução da taxa de analfabetismo. Programa Nacional de Direitos Humanos: histórico e natureza 3 Os direitos humanos são os direitos fundamentais de todas as pessoas, sejam elas mulheres, negros, homossexuais, índios, idosos, portadores de deiciências, populações de fronteiras, estrangeiros e migrantes, refugiados, portadores de HIV, crianças e adolescentes, policiais, presos, despossuídos e os que têm acesso à riqueza. Todos, enquanto pessoas, devem ser respeitados e sua integridade física protegida e assegurada. Direitos humanos referem-se a um sem-número de campos da atividade humana: o direito de ir e vir sem ser molestado; o direito de ser tratado pelos agentes do Estado com respeito e dignidade, mesmo tendo cometido uma infração; o direito de ser acusado dentro de um processo legal e legítimo, onde as provas sejam conseguidas dentro da boa técnica e do bom direito, sem estar sujeito a torturas ou maus-tratos; o direito de exigir o cumprimento da lei e, ainda, de ter acesso a um Judiciário e a um 3 Resumo do texto Programa Nacional da de Direitos Humanos disponível em Acesso em 31 de agosto de ESCOLA DE CONSELHOS - UNITINS Fundação Universidade do Tocantins

13 Ministério Público; o direito de dirigir seu carro dentro da velocidade permitida e com respeito aos sinais de trânsito e às faixas de pedestres, para não matar um ser humano ou lhe causar acidente; o direito de ser, pensar, crer, de manifestar-se ou de amar sem tornar-se alvo de humilhação, discriminação ou perseguição. São aqueles direitos que garantem existência digna a qualquer pessoa. A falta de segurança das pessoas, o aumento da escalada da violência, que a cada dia se revela mais múltipla e perversa, exigem dos diversos atores sociais e governamentais uma atitude irme, segura e perseverante no caminho do respeito aos direitos humanos. O Programa Nacional de Direitos Humanos aponta nessa direção, e está dirigido para o conjunto dos cidadãos brasileiros. O Programa é uma clara airmação do Governo Federal com os compromissos assumidos pelo Brasil, externamente e com a população na luta contra a violência em geral. O objetivo do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), elaborado pelo Ministério da Justiça em conjunto com diversas organizações da sociedade civil, é identiicar os principais obstáculos à promoção e proteção dos direitos humanos no Brasil, eleger prioridades e apresentar propostas concretas de caráter administrativo, legislativo e político-cultural que busquem equacionar os mais graves problemas que hoje impossibilitam ou diicultam a sua plena realização. O PNDH é resultante de um longo e muitas vezes penoso processo de democratização da sociedade e do Estado brasileiro. A Constituição de 1988 estabelece a mais precisa e pormenorizada carta de direitos de nossa história, que inclui uma vasta identiicação de direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais, além de um conjunto preciso de garantias constitucionais. A Constituição também impõe ao Estado brasileiro reger-se, em suas relações internacionais, pelo princípio da prevalência dos Direitos Humanos (art. 4º, II). Resultado desta nova diretiva constitucional foi à adesão do Brasil, no início dos anos noventa, aos Pactos Internacionais de Direitos Civis e Políticos, e de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, às Convenções Americanas de Direitos Humanos e contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, que se encontram entre os mais importantes instrumentos internacionais de proteção aos direitos humanos. Por iniciativa do então Chanceler Fernando Henrique Cardoso, reuniram-se, no Ministério das Relações Exteriores, em maio de 1993, representantes do Ministério da Justiça, da Procuradoria Geral da República, além de parlamentares, e as mais importantes organizações não governamentais de direitos humanos, com a inalidade de elaborar um relatório com diagnóstico das principais diiculdades do país, de modo a deinir a agenda do Brasil para a Conferência Mundial de Direitos Humanos realizada em Viena em junho de Após esta conferência, setores do Estado e diversas entidades de Direitos Humanos foram convocados pelo então Ministro da Justiça, Maurício Corrêa, com a inalidade de elaborar uma Agenda Nacional de Direitos Humanos. O Presidente Fernando Henrique Cardoso reiterou que os direitos humanos são parte essencial de seu programa de Governo. Para o Presidente, no limiar do século XXI, a luta pela liberdade e pela democracia tem um nome especíico: chama-se Direitos Humanos. Determinou, então, ao Ministério da Justiça a elaboração de um Programa Nacional de Direitos Humanos, conforme previsto na Declaração e Programa de Ação de Viena, adotada consensualmente na Conferência Mundial dos Direitos Humanos, em 25 de junho de 1993, na qual o Brasil teve uma destacada participação. Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente 19

14 Na elaboração do Programa, foram realizados entre novembro de 1995 e março de 1996 seis seminários regionais São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belém, Porto Alegre e Natal, com 334 participantes, pertencentes a 210 entidades. Foram realizadas consultas, por telefone e fax, a um largo espectro de centros de direitos humanos e personalidades. Foi realizada uma exposição no Encontro do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, em Brasília, no mês de fevereiro de Finalmente, o projeto do Programa foi apresentado e debatido na I Conferência Nacional de Direitos Humanos, promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, com o apoio do Fórum das Comissões Legislativas de Direitos Humanos, Comissão de Direitos Humanos da OAB Federal, Movimento Nacional de Direitos Humanos, CNBB, FENAJ, INESC, SERPAJ e CIMI. O Programa foi encaminhado, ainda, a várias entidades internacionais. Neste processo de elaboração, foi colocada em prática a parceria entre o Estado e as organizações da sociedade civil. Na execução concreta do Programa, a mesma parceria será intensiicada. Além das organizações de direitos humanos, universidades, centros de pesquisa, empresas, sindicatos, associações empresariais, fundações, enim, toda a sociedade brasileira deverá ter um papel ativo para que o Programa se efetive como realidade. No que se refere a sua natureza, o Programa Nacional de Direitos Humanos atribui maior ênfase aos direitos civis, ou seja, os que ferem mais diretamente a integridade física e o espaço de cidadania de cada um. O fato de os direitos humanos em todas as suas três gerações a dos direitos civis e políticos, a dos direitos sociais, econômicos e culturais, e a dos direitos coletivos serem indivisíveis não implica que, na deinição de políticas especíicas dos direitos civis o Governo deixe de contemplar de forma especíica cada uma dessas outras dimensões. O Programa, apesar de inserir-se dentro dos princípios deinidos pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, contempla um largo elenco de medidas na área de direitos civis que terão consequências decisivas para a efetiva proteção dos direitos sociais, econômicos e culturais, como, por exemplo, a implementação das convenções internacionais dos direitos das crianças, das mulheres e dos trabalhadores. Numa sociedade ainda injusta como é a do Brasil, com graves desigualdades de renda, promover os direitos humanos tornar-se-á mais factível se o equacionamento dos problemas estruturais como aqueles provocados pelo desemprego, fome, diiculdades do acesso à terra, à saúde, à educação, concentração de renda for objeto de políticas governamentais. Para que a população, porém, possa assumir que os direitos humanos são direitos de todos, e as entidades da sociedade civil possam lutar por esses direitos e organizar-se para atuar em parceria com o Estado, é fundamental que seus direitos civis elementares sejam garantidos e, especialmente, que a Justiça seja uma instituição garantidora e acessível para qualquer um. São abordados, no Programa, os entraves à cidadania plena, que levam à violação sistemática dos direitos, visando a proteger o direito à vida e à integridade física; o direito à liberdade; o direito à igualdade perante a lei. O Programa Nacional de Direitos Humanos abre uma nova dinâmica. Governo e sociedade civil respeitam a mesma gramática e articulam esforços comuns. Assim, contempla, igualmente, iniciativas que fortalecem a atuação das organizações da sociedade civil, para a criação e consolidação de uma cultura de direitos humanos. Atribui a essas organizações uma responsabilidade clara na promoção dos direitos humanos, especialmente nas iniciativas voltadas para a educação e a formação da cidadania. 20 ESCOLA DE CONSELHOS - UNITINS Fundação Universidade do Tocantins

15 Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos 4 A Declaração Universal dos Direitos Humanos data de 1948, portanto, pós 2ª Guerra Mundial, revelou o anseio das partes signatárias (48) de reconstrução da paz, da soberania dos Estados, do respeito às diferentes culturas, em razão da comoção do povo da época, espectador das atrocidades cometidas. Ao longo dos anos, foram elaborados vários documentos, frutos da busca pelo entendimento, pela distribuição de justiça social, de reconstrução e desenvolvimento. Relevantes neste aspecto, de propagar os direitos humanos, podemos destacar as Convenções de Genebra, a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados, o Pacto dos Direitos Civis e Políticos, dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, também, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher, a dos Direitos das Crianças, a Declaração de Viena de 1993, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deiciência, a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento e a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável. Os países signatários de tais documentos, automaticamente comprometeram-se de praticar tais políticas, nos limites de sua soberania. No Brasil, o Plano Nacional de Direitos Humanos data de 1996, com revisão e ampliação em Vários diplomas legais revelam o esforço da sociedade no sentido de promover a inclusão social, o respeito às diferenças, a promoção da pessoa visando seu desenvolvimento e efetiva participação na sociedade. Destacam-se a Lei Federal 7716/89 e a Lei Federal 9459/97, que criminaliza a tortura, a Lei Federal 8069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Federal /03 Estatuto do Idoso, Lei Federal /00, Lei da Acessibilidade, entre outras. O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos é resultante de uma política de governo, alicerçada em ações da sociedade civil organizada, procurando desta forma agir em consonância com as aspirações dos mais variados segmentos, para construir uma sociedade onde se consolidem os princípios da democracia, da cidadania e da justiça social. A elaboração do PNEDH foi em 2003, portanto muito recente, e coincide com a criação do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Nos dois anos seguintes foi amplamente debatido em eventos cujo objetivo era sua divulgação, envolvendo milhares de pessoas, em todos os Estados. O plano foi, então, reformulado de acordo com as sugestões e lançado um novo PNEDH em 2006, em parceria com a UNESCO. Foi uma construção conjunta da Secretaria Especial dos Direitos Humanos PR, com a sociedade, o que o caracteriza como produto de um exercício de cidadania, que é, na realidade, o objetivo do próprio plano, isto é, construir uma cultura de Direitos Humanos, compreendida como resultante de um processo vivenciado no exercício de uma cidadania ativa, comprometida com a paz, a justiça, a inclusão e com a educação. Como objetivos do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, além dos anteriormente citados, destacamos: 4 Texto elaborado por VARGAS, Isabel C. S. Disponível em Acesso em 31 de agosto de Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente 21

16 Encorajar o desenvolvimento de ações de Educação em Direitos Humanos conjunta entre o poder público e a sociedade civil. Propor a transversalidade da educação em Direitos Humanos, relacionando setores da Educação, Saúde, Comunicação, Cultura, Segurança e Justiça, Esporte, Lazer. Estimular a relexão, o estudo e a pesquisa na área de Educação em Direitos Humanos. Incentivar a criação e o fortalecimento de instituições e organizações nacionais, estaduais, municipais que promovam a educação nesta área. Visando a consecução de tais objetivos e proporcionar o fortalecimento de todo o programa é necessário fortalecer o Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, propor e/ou apoiar a criação e estruturação dos Comitês Estaduais, Municipais e do Distrito Federal de Educação em Direitos Humanos. Outras ações importantes: reconhecimento dos Direitos Humanos como área de conhecimento interdisciplinar; estímulo à realização de estudos e pesquisa nesta área, bem como divulgação de práticas realizadas e formação de proissionais nesta área. É importante cada vez maior engajamento de entidades correlacionadas com tais objetivos e práticas, em todas as esferas, pois só com o envolvimento de todos será possível instituir-se e consolidar-se uma cultura de reconhecimento, respeito e valorização dos Direitos Humanos. Paradigma do Desenvolvimento Humano 5 O pensador indiano Amartya Sen, nos seus trabalhos para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), formulou o Paradigma do Desenvolvimento Humano, uma nova maneira de olhar e compreender o homem e o mundo. O desenvolvimento visto só pela ótica econômica é superado. O ser humano e o seu desenvolvimento pessoal e social passam a ocupar o centro desse novo Paradigma, que tem dois princípios que merecem destaque: Todo ser humano nasce com potencial e tem o direito de desenvolvê-lo plenamente. Todo ser humano precisa de oportunidades para desenvolver o seu potencial. Ter oportunidades é um direito. As oportunidades educativas são imprescindíveis para o desenvolvimento do potencial humano. É dessa perspectiva que vale a pena buscar identiicar avanços e desaios nos esforços para a promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes, nas escolas, nas comunidades e nas famílias. Crianças e adolescentes têm potencial e têm direito a oportunidades para o desenvolvimento desse potencial. A família, o Estado e a sociedade devem reconhecer e assegurar esse direito. Costa: A seguir, conheça os princípios do Paradigma do Desenvolvimento Humano elaborado por Antonio Carlos Gomes da 5 22 ESCOLA DE CONSELHOS - UNITINS Fundação Universidade do Tocantins

17 e a paz. 1. A vida é o mais básico e universal dos valores. Respeitá-la acima de tudo é o caminho para a justiça, a solidariedade 2. Nenhuma vida humana vale mais do que a outra. Todo ser humano tem direito ao acesso a certas condições básicas de bem estar e de dignidade. 3. Toda pessoa nasce com um potencial e tem direito de desenvolvê-lo. Toda condição impeditiva de que isto ocorra é, em si, uma violência. 4. Para desenvolver o seu potencial, as pessoas precisam de oportunidades. As oportunidades educativas são aquelas que verdadeiramente desenvolvem o potencial humano. As demais criam condições para isso. 5. O que a uma pessoa se torna ao longo da vida depende de duas coisas: das oportunidades que teve e das escolhas que fez. Nada adianta ter oportunidades e não saber fazer escolhas. Como, tampouco, adianta saber fazer escolhas e não ter oportunidades. 6. Além de ter oportunidades, as pessoas precisam ser preparadas para fazer escolhas. As escolhas são feitas com base nas crenças, valores, pontos de vista e interesses das pessoas. 7. Cada geração deve legar para as gerações vindouras um meio ambiente igual ou melhor do que aquele recebido das gerações anteriores. Fazer isto é respeitar o direito à vida daqueles que ainda não nasceram. 8. As pessoas, as organizações, as comunidades e as sociedades devem ser dotadas de poder para participar nas decisões que as afetem. Só o poder participativo dos cidadãos poderá mudar os demais poderes: executivo, legislativo e judiciário. 9. A promoção e a defesa dos DIREITOS HUMANOS são o caminho para a construção de uma vida digna para todos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um grande projeto de humanidade a ser construído por todos e por cada um dos povos ao longo da história. 10. O exercício consciente da cidadania é a melhor forma de fazer os DIREITOS HUMANOS transitarem da intenção à realidade. Cidadania entendida como direito de ter direitos e dever de ter deveres. 11. A política de desenvolvimento deve basear-se em quatro pilares: liberdades democráticas, transformação produtiva, equidade social e sustentabilidade ambiental. Sem isto, como disse Tancredo Neves, toda prosperidade será falsa. 12. A ética necessária para pôr em prática o Paradigma do Desenvolvimento Humano é a ética da co-responsabilidade. Co-responsabilidade entre as políticas públicas (primeiro setor), mundo empresarial (segundo setor) e organizações sociais sem ins lucrativos (terceiro setor). Os fundamentos dos Direitos Humanos da criança e do adolescente: as bases éticas e políticas do Estatuto da Criança e do Adolescente 23

18 ATIVIDADES 1. A luta da sociedade civil em prol dos direitos da criança e do adolescente no Brasil teve como norte os tratados Internacionais de garantia de direitos para a população infanto-juvenil. Quais são esses tratados? a) Declaração de Genebra, a Declaração Universal dos Direitos da Criança e a Convenção sobre os Direitos da Criança. b) Declaração de Genebra, a Declaração Universal dos Direitos da Criança e o Estatuto da Criança e do Adolescente. c) Declaração Universal dos Direitos da Criança, a Convenção sobre os Direitos da Criança e o Estatuto da Criança e do Adolescente. d) Declaração de Genebra, Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção sobre os Direitos da Criança. 2. Em 20 de novembro de 1989, foi aprovada a Convenção sobre os Direitos da Criança que reconhece, pela primeira vez, a criança como sujeito de direitos. Sobre a Convenção, analise as airmações a seguir e marque a alternativa correta. I. Tem como regra básica que as crianças e os adolescentes não tenham todos os direitos que são facultados aos adultos, somente os direitos especiais em decorrência da sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. II. Reconhece que a criança, para o pleno e harmonioso desenvolvimento de sua personalidade, deve crescer no seio da família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão. III. Reconhece o valor intrínseco da criança como pessoa humana em condição peculiar de desenvolvimento e o seu valor projetivo, uma vez que são portadoras do futuro, da continuidade da sua família e de seu povo. IV. Garante que a criança é titular de direitos individuais: como a vida, a liberdade, a dignidade e também de direitos coletivos: econômicos, sociais e culturais. Estão corretas, apenas, as airmativas a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I, III e IV. d) I, II e IV. Comentário das atividades Na atividade 1, a alternativa correta é a letra (a). São tratados internacionais que nortearam a luta da sociedade civil no Brasil, em prol dos direitos da criança e do adolescente, a Declaração de Genebra, a Declaração Universal dos Direitos da Criança e a Convenção sobre os Direitos da Criança. As demais alternativas estão incorretas, pois todas apontam o Estatuto da Criança e do Adolescente como um tratado internacional, no entanto, o Estatuto é uma legislação nacional que foi criada para regulamentar os direitos já instituídos na Constituição Federal de Na atividade 2, você deve ter apontado a alternativa (b). As airmativas (II), (III) e (IV) estão corretas. A Convenção sobre os Direitos da Criança reconhece, como princípio, que a criança deve crescer no seio da família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão para que a mesma possa desenvolver sua personalidade de forma plena e harmoniosa. A Convenção reconhece, ainda, que a criança é uma pessoa humana em condição peculiar de desenvolvimento, e essa condição é um valor intrínseco e que são portadoras do futuro, da continuidade da sua família e de seu povo e esse é um valor projetivo. A convenção garante que a criança é titular de direitos individuais que correspondem ao direito à vida, à liberdade, à dignidade e também de direitos coletivos, que correspondem aos direitos econômicos, sociais e culturais. A airmativa (I) está incorreta, pois a convenção tem como regra básica que as crianças e os adolescentes tenham todos os direitos que são facultados aos adultos, assegurando-lhes, também, direitos especiais em decorrência da sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. 24 ESCOLA DE CONSELHOS - UNITINS Fundação Universidade do Tocantins

19 Referêncial Bibliográfico BRASIL. Constituição Federal de Brasília: Senado Federal, Políticas intersetoriais em favor da infância: guia referencial para gestores municipais. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Comitê da Primeira Infância. Brasília, DF: Presidência da República. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Plano Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. Brasília-DF: CONANDA, COSTA, Antônio Carlos Gomes; DUARTE, Cláudio Nunes. Educação para os direitos humanos. Belo Horizonte: Mudus Faciend; Brasília: Secretaria Especial de Direitos Humanos e Ministério do Trabalho e Emprego; Salvador: Instituto Aliança com o Adolescente, COSTA, Antônio Carlos Gomes. Paradigma do Desenvolvimento Humano. Disponível em paradigma_do_desenvolvimento_hum.htm. Acesso em 31 de Agosto de GONH, Maria da Glória Marcondes. Os sem-terra, ONG e cidadania: a sociedade civil brasileira na era da globalização. 3. ed. São Paulo: Cortez, KHAN, Zarina S. Os direitos da criança. 1ª edição. Editora Augustus: São Paulo, 1992 MORAES, Edson Seda. A criança, o Adolescente e o Direito Alterativo. Ed. Adês: Campinas- SP, Programa Nacional de Direitos Humanos. Disponível em HTM. Acesso em 31 de agosto de RIVERA, Deodato (org) BRASIL CRIANÇA URGENTE A lei: o que é preciso saber sobre os novos direitos da criança e do adolescente. Instituto Brasileiro de Pedagogia Social. Editora Columbus Cultural: São Paulo, UNICEF. A infância brasileira nos anos 90. Brasília, DF: Fundo das Nações Unidas para a Infância, Pela garantia dos direitos de crianças e adolescentes 2. Rio de Janeiro, CECIP, VARGAS, Isabel C. S. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Disponível em com/educacao. Acesso em 31 de agosto de

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