UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO VEZ DO MESTRE SABER EDUCAR: UMA QUESTÃO DIFÍCIL PARA OS PAIS

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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO VEZ DO MESTRE SABER EDUCAR: UMA QUESTÃO DIFÍCIL PARA OS PAIS Aluna: Renata Martins Teixeira Orientadora: Fabiane Muniz Rio de Janeiro Julho / 2005

2 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO VEZ DO MESTRE SABER EDUCAR: UMA QUESTÃO DIFÍCIL PARA OS PAIS OBJETIVOS: Orientar os pais sobre a importância de uma boa educação, com limites e sem traumas, para o futuro de seus filhos, estabelecendo uma relação entre as fases de desenvolvimento da criança e suas necessidades. Estabelecer o papel da escola e como ela pode contribuir com os pais na educação de seus filhos.

3 3 AGRADECIMENTOS A todas as pessoas que estiveram ao meu lado durante esse percurso, me apoiando e ajudando em todos os momentos de dificuldades. Aos professores da faculdade, que contribuíram para a ampliação de conhecimentos e todos que direta ou indiretamente fizeram com que essa caminhada acontecesse.

4 4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia a minha mãe que, apesar de não estar mais aqui, é a pessoa mais importante da minha vida, que sempre me ajudou, me incentivou, me educou e me ensinou tudo que sei e sou até hoje.

5 5 RESUMO A educação é de extrema importância na vida de qualquer ser humano. É através dela que as pessoas adquirem suas qualidades e também seus defeitos. Mas é importante lembrar que ela depende principalmente dos pais. De como eles são, de como se portam na frente das crianças, de suas crenças e de suas atitudes e de como a criança apreende e aceita tais comportamentos. Para que a educação seja realizada de forma adequada, é preciso que pais dêem o exemplo e, além disso, saberem agir nas diferentes situações. Saberem que existem necessidades nas diferentes idades, saberem que crianças precisam de limites, saberem diferenciar o que deve e o que não deve ser feito, etc. Além disso, a escola é um meio de socialização muito importante que atua na educação das crianças. É interessante que os pais tenham consciência também de sua importância na educação, não delegando educação de seus filhos à ela, mas trabalhando com ela em parceria. O principal foco de interesse dessa monografia é informar pais e responsáveis sobre esta importância do ato de educar e orienta-los na realização desta arte. Para tal objetivo, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, enfatizando crianças, em alguns livros dos seguintes autores: Bock (2002), Cury (2003), Filho (2004), Rappaport (2004), Tiba (1995, 1996, 2002) e Zagury (2004).

6 6 SUMÁRIO Introdução... 7 Capítulo I As fases de desenvolvimento infantil e as necessidades das crianças... 8 Capítulo II A educação familiar Capítulo III A escola e a educação Conclusão Bibliografia Índice... 48

7 7 INTRODUÇÃO É importante que se tenha em mente que a educação é tudo. Ela é necessária para que as crianças de hoje se tornem os adultos de amanhã. Mas a educação não começa na escola, e nem é responsabilidade só dela, ela começa dentro de casa, desde que a criança nasce. O problema é que poucos pais pensam assim, fogem de sua própria responsabilidade. Ou por estarem muito ocupados em seus trabalhos, ou por não acreditarem na importância de uma boa educação para o futuro de seus filhos. Os que tentam educar, nem sempre fazem de uma maneira correta. Muitas vezes fazem tudo que a criança quer, ou então as tratam muito mal, batendo ou deixando-as de castigo. É preciso que se encontre o equilíbrio, é preciso saber educar, é preciso que se tenha em mente que o futuro depende do presente. É preciso que os pais tenham mais informações, pois é o que está faltando. Essa monografia foi realizada, através de uma pesquisa bibliográfica, com o objetivo de conhecer as fases de desenvolvimento pelas quais as crianças passam e quais são suas necessidades, orientar os pais sobre a importância de uma boa educação para o futuro de seus filhos, estabelecer a importância dos limites para as crianças e conhecer o papel da escola na educação. O capítulo 1 se refere às crianças, descrevendo as fases de desenvolvimento pelas quais passam e suas necessidades de acordo com a faixa etária na qual se encontram. O capítulo 2 diz respeito aos pais, à educação familiar. Como a criança era tratada até tempos atrás, como deve ser tratada, como dar limites, como se deve educar. Já o capítulo 3, trata da escola na educação da criança, da parceria entre pais e instituição, o que muitos pais também desconhecem. Espera-se que os pais tenham a consciência de que são importantes na educação e futuro de seus filhos tanto a curto prazo (dentro da escola) quanto a longo prazo (na vida adulta), mesmo sabendo que não é fácil educar.

8 8 CAPÍTULO I AS FASES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL E AS NECESSIDADES DAS CRIANÇAS É importante termos em mente que a criança ao nascer e por toda sua vida estará em constante desenvolvimento. Esse desenvolvimento é tanto biológico (crescimento de seu corpo) quanto psicológico (crescimento das funções cognitivas). As crianças mudam no decorrer do tempo, e essas mudanças podem ser descritas e compreendidas, para que seja propiciado a ela um desenvolvimento saudável. É interessante que os pais tenham conhecimento das habilidades, capacidades, necessidades e limitações de cada faixa etária nos vários aspectos da personalidade (motores, emocionais, intelectuais, etc.). Assim, poderão falhar menos na educação dos filhos, educando-os para a vida. Cada faixa etária tem uma necessidade específica e os pais precisam conhece-las e desempenhar seu papel da melhor maneira possível, sempre favorecendo o desenvolvimento da criança. Vários teóricos descrevem as fases de desenvolvimento infantil, como Freud, Vygotsky, Piaget. A teoria mais conhecida é a do pai da psicanálise, Freud. Freud chocou a humanidade no início do século XX com suas descobertas a respeito do desenvolvimento da personalidade da criança e com a constatação de que certos acontecimentos vivenciados na infância eram os determinantes principais de distúrbios de personalidade na idade adulta. Freud causou um impacto decisivo ao mostrar a importância dos primeiros anos de vida na estruturação da personalidade, determinando o curso do seu desenvolvimento futuro no sentido da saúde mental e da adaptação social adequada ou da patologia. É importante sabermos que todos os mecanismos psicológicos que surgem nas fases de desenvolvimento são necessários e adaptativos dentro de um certo momento da vida, mas à medida que um mecanismo psicológico infantil se fixar e se tornar o centro da organização afetiva,

9 9 teremos a configuração de um quadro psicopatológico definido e estruturado por este mecanismo. Para que os pais tenham uma maior compreensão dessas fases de desenvolvimento de Freud, segue abaixo a descrição delas As fases de desenvolvimento segundo Freud: Este item foi baseado no livro de Rappaport (2004). A autora conta que o desenvolvimento progressivo da criança levou Freud a postular as fases de desenvolvimento em: fase oral (de 0 a 1 ano), fase anal (de 2 a 4 anos), fase fálica (de 5 a 8 anos), período de latência (de 9 a 12 anos) e fase genital ( de 12 em diante). Essas idades não são totalmente definidas, mas é em torno delas que as fases ocorrem Fase oral: Ao nascer, o bebê é retirado do local em que passou 9 meses, é retirado da vida intra-uterina. Com o corte do cordão umbilical, a separação é irreversível e assim, a criança deve iniciar sua adaptação ao meio. Esse corte bloqueia o afluxo do oxigênio materno. A carência é sentida e o organismo já luta para sobreviver. É preciso reagir, inspirar, introjetar o mundo externo. Ou se recebe o meio externo, ou se deixa de viver. A angústia de respirar é a perda do paraíso bíblico e o início da conquista do pão com o suor do próprio rosto. Perdido o útero, a criança terá de enfrentar o mundo. Construirá progressivamente suas relações afetivas e intelectuais, até que ela própria se torne progenitora. Respirar marca o ponto inicial da independência humana. Várias etapas se sucederão até a plena aquisição de sua identidade. A luta inicial é pela manutenção do equilíbrio homeostático. O processo de incorporar os alimentos necessários e excretar o que é prejudicial serão agora deslocados para as relações com o mundo. Inspirase o ar saudável, repleto de oxigênio, e expira-se o ar viciado. A

10 10 amamentação traz o leite que alimenta, as fezes e a urina dejetam os produtos já metabolizados e inúteis. Ao nascimento, a estrutura sensorial mais desenvolvida é a boca. É pela boca que se mobilizará na luta pela preservação do equilíbrio homeostático. É pela boca que começará a provar e conhecer o mundo e fará sua primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio. Ele é o primeiro objeto de ligação infantil. É o depositário de seus primeiros amores e ódios. O seio já existe antes mesmo da criança reconhecer o seu primeiro objeto total: a mãe. Esta se constituirá gradativamente a partir do amor que o seio oferece. A criança incorpora o leite e o seio e sente ter a mãe dentro de si. O vínculo inicial pode ser estabelecido. Tudo o que a criança pega é levado à boca: é comendo que ela conhece o mundo e que as identificações podem ser estabelecidas. É através da boca que a criança sente prazer. Ocorre no ato de mamar (mesmo depois de satisfeita ela continua a chupar a chupeta), e até mesmo quando dorme (fazendo movimentos de sucção). Este vínculo inicial de prazer em si, independente da sobrevivência física, constituirá a base das futuras ligações afetivas. É a capacidade de formar um vínculo de prazer em si que pode permitir a formação da afetividade. Esse processo de progressivas ligações emocionais, que denominamos de desenvolvimento das relações objetais, começa com o amor que a criança inicialmente dirige ao seio. Posteriormente o afeto reconhecerá a mãe, o pai, as outras pessoas e objetos do mundo, até a futura constituição de afetividade genital adulta. À medida que o tempo passa, sua confusão mental diminui. Quando ocorre algo fora do normal dentro dessa fase, pode se dar origem a um trauma que se reflete em outras fases da vida como: compulsão alimentar, dificuldade de comer, fumar, falar demais, etc. K. Abrahan, um dos primeiros e mais atuantes colaboradores de Freud, propõe duas etapas do desenvolvimento da libido na fase oral. A primeira precede a dentição e é chamada de etapa oral de sucção. Nesta etapa a criança ainda vive seu mundo interno de fantasias como realidade, sendo que a realidade objetiva externa só é apreendida parcial e fragmentariamente. Esse modelo de organização psíquica infantil é chamado

11 11 de narcisismo. A fixação do indivíduo nesta etapa ou seu posterior retorno, através de uma regressão psicológica, caracterizará um quadro clínico denominado esquizofrenia. A segunda etapa surge com a eclosão dos dentes e é denominada etapa oral sádico-canibal. Os dentes surgem para a criança como a primeira concretização de sua capacidade destrutiva. É importante que a agressividade se manifeste, porque dela derivará a futura combatividade social. Se o desenvolvimento afetivo for normal, o amor será estabelecido como sentimento básico. Se o desenvolvimento for dominado por angústias, a agressividade (ódio) será predominante, restando o sentimento de que tudo aquilo que é amado e incorporado, é inevitavelmente destruído. Este sentimento de destruir o que é amado constitui o ponto de fixação que poderá estabelecer um futuro quadro de melancolia (psicose maníaco-depressiva). Nesta fase, então, existe a dependência e passividade total da criança. Há uma relação diádica com a mãe. A criança ainda é incapaz de descriminar, inclusive a descriminação do eu / não eu. Isso gera na criança uma confusão mental que com o passar do tempo vai sendo organizada. A criança é regida pelo princípio do prazer e há uma receptividade total, a criança só recebe, não dá Fase anal: Nesta fase, ocorre a maturação do controle muscular na criança, isto é, há a organização psicomotora de base. É o período em que se inicia o andar, o falar e em que se estabelece o controle de esfíncteres. Embora ainda com o andar nas pontas dos pés, desequilibrado, a criança já pode sair para conhecer o mundo de pé e não mais de baixo para cima como ocorria na fase oral. Dois processos básicos estão se organizando na evolução psicológica. O primeiro diz respeito ao conteúdo, ou seja, às fantasias que a criança elabora sobre os primeiros produtos realmente seus que coloca no mundo. O segundo diz respeito ao modelo de relação a ser estabelecido com o mundo através desses produtos.

12 12 Primeiro é desenvolvido o sentimento de que a criança tem coisas suas, coisas que ela produz e que pode ofertar ou negar ao mundo. Podemos perceber isso no andar ou no falar. A criança só anda quando está bem; se chega um estranho, volta a engatinhar em busca da mãe. Fala, mas só o faz se sente que é aceita. Quando assustada, emudece, negando seu produto fala ao ambiente que a rejeita ou a ataca. A fantasia básica será ligada aos primeiros produtos, notadamente ao valor simbólico das fezes. São objetos que vem do próprio corpo da criança, são partes da própria criança. São objetos que geram prazer para a criança ao serem produzidos. Durante o treino de esfíncteres, as fezes são dadas aos pais como prendas ou recompensas. Se o ambiente é hostil, são recusadas. A nós, adultos, pode parecer ingênuo enfatizar tanto o valor psicológico das fezes, mas é importante elogiar o esforço da criança, incentivar, torcer para que ela consiga e, quando o produto finalmente vier, ser recebido com honrarias. Quando o desenvolvimento é normal, ou seja, quando a criança ama e sente que é amada pelos pais, cada elemento que a criança produz é sentido como bom e valorizado. O sentimento básico que fica estabelecido a levará em todas as etapas posteriores da vida a sentir que ela é adequada e que seus produtos são bons; portanto, estará sempre livre e estimulada a produzir. Esse sentimento de que o que produzimos é bom, é necessário para todas as relações produtivas que estabelecemos com o mundo. Produzimos no trabalho e temos que sentir que nosso produto é bom. Só criamos algo se tivermos esse sentimento. Mas pode ocorrer que as relações de angústia predominem sobre as relações de amor. Um exemplo é uma mãe neurótica que entra em pânico toda vez que a criança suja as fraldas, ou que, por não suportar barulho, obriga a criança ao silêncio. Isto concretiza para a criança a fantasia de que seus produtos são maus e destrutivos. Atiramos, então, nossos produtos destrutivos no mundo e, como depositário de nossas agressões, o mundo se tornará mau e destruidor. A projeção dos maus produtos sempre cria um mundo perseguidor. A paranóia é a primeira filha do fracasso em estabelecer a colocação dos produtos infantis no mundo.

13 13 A neurose obsessiva é a segunda conseqüência no fracasso do desenvolvimento da fase anal. Se os produtos foram projetados numa estrutura paranóica, na estrutura obsessiva são retidos e controlados. Se os produtos geram angústia necessito exercer um grande controle sobre o que posso liberar e sobre as pessoas para quem liberarei minha produção. O amor e o afeto vão progressivamente cedendo terreno à temática do controle e da organização, até que um mundo, que deveria ser estruturado sobre o afeto, seja substituído por um mundo frio e formal. O obsessivo torna-se afetivamente desativado, robotiza-se nas ritualizações frias e formais e torna-se incapaz de criar. Podemos então dizer que a fase anal é regida pelo princípio da realidade, onde há o controle dos esfíncteres, o desenvolvimento da motricidade (já tem equilíbrio, sabe andar, correr), onde a criança já sabe dizer não, há a posse (as fezes, onde começa a distinguir o dar e não dar), há a rigidez e o controle (já que pode dar ou não) e a criança prende suas emoções Fase fálica: Nesta fase, a erotização passa a ser dirigida para os genitais. Desenvolve-se o interesse infantil por eles, a masturbação torna-se freqüente e normal e a preocupação com as diferenças sexuais entre meninos e meninas passam a contaminar até a percepção dos objetos. Curiosamente esta discriminação sexual não caracteriza a existência de dois genitais, o masculino e o feminino, mas apenas a presença ou ausência do pênis. Os homens, e o gênero masculino, são definidos pela presença do órgão fálico, ao passo que as mulheres identificam-se pela sua ausência. A erotização masculina, portanto, recairá normalmente sobre o pênis, enquanto que a feminina se manifestará no clitóris, que será fantasiado como sendo um pequeno pênis que ainda crescerá. À medida que o desenvolvimento se processa, a percepção correta da realidade confirmará aos olhos infantis que só o homem é portador de pênis, ficando a mulher numa condição de castrada. O homem tem o temor de ser atacado naquilo que mais valoriza, ou seja, o temor de castração. À mulher atribui-se um

14 14 elemento de inferioridade, a castração, e uma inveja decorrente, a inveja do pênis, que a mobilizará no sentido de conseguir o que só o homem tem, ou de compensar esta inferioridade sentida no plano da fantasia. No menino, se forma uma espécie de sentimento de busca de prazer junto a uma mulher e na menina existe a busca de prazer junto a um homem. Fala-se aqui da organização da fantasia sexual infantil e não da satisfação sexual real, que é tarefa dos adultos. Há a fantasia de busca do parceiro, mas dentro de processos difusos (embora permeados pela fantasia fálica), que devem ser organizados para que se estabeleça uma adequada atração masculino-feminina. A erotização genital cria a necessidade de buscar o objeto que permitirá a obtenção de prazer, ou seja, um elemento do sexo oposto. A pessoa mais próxima do menino é a mãe. Ele a configura como seu objeto de atração sexual. E esta relação estabelecida servirá de suporte para que mais tarde, quando adulto, possa buscar uma parceira sexual externa à família, com quem estabelecerá vínculos afetivos importantes e constituirá sua própria família. É aprendendo a amar em casa que a criança se tornará o adulto capaz de amar afora. Foi necessário aprender a amar, mas a relação incestuosa que serviu de suporte para esta aprendizagem deve agora ser reprimida. Esse esquema repressor é desencadeado com a entrada do pai em cena. O pai é quem tem autoridade e o poder de recompensar e punir. Ele coloca-se então como um interceptor entre o filho e a mãe. As fantasias infantis de casar com a mãe, de ser seu namorado, ficam vedadas pelo pai. Paralela e ambivalentemente ao amor que o menino devota ao pai, fica-lhe dirigido um sentimento mesclado de ódio e temor. A criança configura o desejo de eliminar aquele que lhe impede o acesso à mãe. Fica então configurado o triângulo que Freud denomina Complexo de Édipo. Se o elemento mais valorizado no momento para a criança é o pênis, se o ponto de competição com o pai é sua erotização, parece decorrência lógica que, na fantasia infantil, o pai o puna, atacando-o no ponto fundamental do conflito, ou seja, o pai o castrará. Configura-se então, a relação com o pai, o temor de castração, que o obrigará a reprimir a atração

15 15 sentida pela mãe. Com esta repressão fica encerrada a fase fálica infantil. Mas o modelo de busca de um amor heterossexual foi estabelecido e será posteriormente retomado com a adolescência. Quando o pai é uma figura violenta, que não apresenta nada de positivo, o menino não se identifica com ele, mas sim com a mãe e faz a opção pelo homossexualismo. Na menina, ocorre o complexo de eletra. Ela tem a visão de que sua mãe a fez castrada, daí dá-se o sentimento de raiva em relação à mãe. O objeto de desejo da menina, então, é o pai. Nesta fase, verifica-se, então, que ocorre a identificação sexual (através de quem tem falo e quem não tem), há para os meninos a angústia de castração e para as meninas a inveja do pênis, ocorre o complexo de Édipo para os meninos e o de eletra para as meninas, há uma exarcebação sexual, mas que no fim dessa fase já está equilibrada. No que diz respeito à escola, é o momento ideal para começar a dar a criança as noções de horários, as regras Período de latência: Com a repressão do Édipo, a energia da libido fica temporariamente deslocada dos seus objetivos sexuais. Já que essa energia é permanentemente gerada, não pode ser simplesmente eliminada ou reprimida. É preciso que seja canalizada para outras finalidades. Esse período, então, é caracterizado pela canalização das energias sexuais para o desenvolvimento intelectual e social, através das sublimações. Ele não é, portanto uma fase, pois não há nova organização de zona erógena, não há nova organização de fantasias básicas e nem novas modalidades de relações objetais. É um período intermediário entre a genitalidade infantil (fase fálica) e a adulta (fase genital). Enquanto a sexualidade permanece dormente, as grandes conquistas da etapa situar-se-ão nas realizações intelectuais e na socialização. É por isso que esse é um período típico do início da escolaridade formal ou da profissionalização, em todas as culturas do mundo.

16 16 A criança aprende a lidar com regras. As brincadeiras têm regras. Colecionam papéis de carta, figurinhas. Relacionam-se (amizade) com crianças do mesmo sexo. As brincadeiras passam a ser grupais Fase genital: Para Freud, alcançar essa fase significava atingir o pleno desenvolvimento do adulto normal. É ser o homem que começou a surgir quando a criança perde o nirvana intra-uterino e vai progressivamente introjetando e elaborando o mundo. As adaptações biológicas e psicológicas foram realizadas. Aprendeu a amar e a competir, discriminou seu papel sexual e desenvolveu-se intelectual e socialmente. Agora é a hora das realizações. É capaz de amar num sentido genital amplo. É capaz de definir um vínculo heterossexual significativo e duradouro. Sua capacidade orgástica é plena, e o prazer dela oriundo será componente fundamental de sua capacidade de amar. A perturbação na capacidade orgástica é uma tônica dos neuróticos. O indivíduo normal não só se realizará na genitalidade específica, como o fará num sentido amplo. A perpetuação da vida é a finalidade última da vida. Procriará e os filhos serão fonte de prazer. Sublimará e, como frutos paralelos, será capaz de trabalhar e produzir. Produzir é, num sentido amplo, sublimação do gerar. A obra social é derivada da genitalidade. Estabelecer filiações significativas com profissões, partidos políticos, ideologias religiosas, correntes estéticas, são sublimações da sua capacidade de amar, de estabelecer um vínculo maduro nas relações naturais homem-mulher. Há o aparecimento das características sexuais secundárias como, por exemplo, a mudança da voz. Depois dessa fase, vem a adolescência, onde é revivida todas as fases anteriores, só que com lente de aumento. Há a crítica em relação ao mundo, rebeldia, crises e ritos.

17 As necessidades das crianças: De acordo com as fases pelas quais as crianças passam, Zagury (2004) afirma que elas possuem algumas necessidades que nem sempre são compreendidas pelos pais. É importante que se conheça essas necessidades, evitando que algo importante seja negado à criança achando que é birra, mimo ou frescura dela Entre 1 e 4 anos: Desde o momento em que começa a se relacionar, primeiro com os pais, depois com outros membros da família e, em seguida, com a comunidade, a criança até os 4 anos, entre outras coisas, precisa muito de: Sentir-se desejada, amada e necessária; Receber cuidados, proteção e segurança; Ser apreciada, aceita e fazer parte do grupo; Ter a oportunidade de explorar, brincar e aprender a cuidar de si mesma (vestir-se e usar o banheiro); Repousar durante o dia; Dormir cerca de 12 horas por noite Entre 5 e 7 anos: Nesta faixa etária, a criança tem necessidade de: Conversar sobre o que pensa e sente e ser ouvida; Compreender normas e valores; Aprovação dos pais e de outras pessoas com quem convive; Carinho (é muito afetiva nessa idade); Dormir cerca de 11 horas por noite; Saber diferenças entre os sexos; Muita atividade física; Independência cada vez maior; Iniciativa e imaginação; Conhecer o mundo que a cerca.

18 Entre 8 e 11anos: De 8 a 11 anos, suas necessidades são de: Grande atividade física; Estabelecer as bases para a adolescência; Relacionar-se com os pais harmoniosamente; Aumentar o círculo de amizades (pode sentir-se atraída por gangues ou grupos fechados); Sentir-se parte importante da família, por exemplo, tendo alguma tarefa doméstica sob sua responsabilidade; Estar bem no grupo de amigos (atenção! Podem oferecer cigarro, álcool e outras drogas); Desenvolver o raciocínio lógico; Maior independência Na adolescência: Necessitam de: Amor e carinho; Segurança; Ambiente familiar tranqüilo, que dê suporte às freqüentes crises de insegurança e identidade; Pertencer a um grupo de amigos positivos e saudáveis; Privacidade e respeito; Projeto de vida e objetivos imediatos e claros; Respeito e compreensão em relação às dificuldades que atravessa; Liberdade para tomar decisões e agir nos aspectos para os quais já apresenta maturidade e capacidade; Limites que o ajudem a se proteger da própria imaturidade e onipotência; Ter valor ético.

19 19 CAPÍTULO II A EDUCAÇÃO FAMILIAR Além de conhecer melhor as próprias fases e necessidades de seus filhos, os pais precisam saber agir com eles, precisam aprender a educa-los. Essa é a parte mais difícil. Como se educa? O que é certo e o que é errado? Será que bater adianta? Será que minha educação foi a melhor e tenho que reproduzi-la? Será que tenho que dar tudo para meu filho? Será que tenho que ser autoritário e mostrar que eu mando e tudo tem que ser do meu jeito? Será que tenho que deixar meu filho se desenvolver sozinho? Será que ele consegue fazer tudo sozinho? Será que sou uma influência para ele? Será que tenho que defende-lo do mundo? Essas são algumas perguntas que todos os pais fazem para si mesmos. E na hora de educar, não agem da melhor maneira possível, causando, às vezes, alguns traumas nas crianças A educação ao longo do tempo: De acordo com Rappaport (2004), até a época relativamente próxima ao século XX, as crianças eram tratadas como pequenos adultos. Recebiam cuidados especiais apenas em idade precoce. A partir dos 3 a 4 anos participavam das mesmas atividades que os adultos, inclusive orgias, enforcamentos públicos, trabalhavam nos campos e vendiam seus produtos nos mercados, além de serem alvos de todo tipo de atrocidades pelos adultos. A partir do século XVII, a Igreja afasta a criança de assuntos ligados ao sexo, apontando as inadequações que estas vivências traziam à formação do caráter e da moral dos indivíduos. Passaram a constituir escolas onde, além da preocupação básica com o ensino da religião e da moral, ensinavam-se habilidades como leitura, escrita, aritmética, etc. Esta atuação foi evidentemente limitada, embora tenha sido importante no sentido de apontar as grandes diferenças entre as personalidades das crianças e dos adultos. Esta limitação se refere tanto

20 20 aos objetivos específicos propostos para a educação, como aos métodos utilizados e ainda ao pequeno número de crianças atendidas. Mas despertou a consciência da humanidade para uma reflexão acerca do assunto, e grandes filósofos dos séculos XVII e XVIII passaram a discutir aspectos da natureza humana, baseados nas suas próprias concepções a respeito da criança. Já no século XIX e mesmo no início do século XX foi observada uma preocupação mais ampla e mais sistemática com o estudo da criança e com a necessidade de educação formal. Apesar disso, a disciplina era exercida, tanto nas famílias como nas escolas, de forma violenta e agressiva. Várias formas de castigo como palmatória, ajoelhar no milho, espancamentos violentos e quartos escuros foram abolidas das escolas ainda recentemente, embora, infelizmente, algumas dessas práticas continuem sendo utilizadas em nosso meio, especialmente nas populações de baixo nível sócio-econômico-educacional. Estas atitudes começaram a modificar-se a partir do estudo científico da criança, que se iniciou efetivamente neste século. Podemos ver, portanto, que dentro de uma perspectiva histórica de milhares de anos, em que predominou o total desconhecimento da criança, essa área de estudos da criança encontrou muita dificuldade no seu início para se impor como área realmente séria, científica e útil, do ponto de vista social A primeira educação: BocK (2002) destaca a importância da primeira educação na vida de um pessoa. Antes mesmo de nascer, a criança vai ocupando um lugar na família, no cenário social, e o que a espera são os hábitos da cultura metabolizados pela sua família, já revelados no modo diferente de esperar a chegada de um menino ou de uma menina. Isto porque às diferenças biológicas são atribuídas representações sociais, expectativas de conduta para cada gênero.

21 21 Tudo parece tão natural que é estranho, a qualquer um de nós, imaginar uma luva de boxe como enfeite do quarto de uma menina, ou uma boneca pendurada na porta do quarto de um menino. É com essa naturalidade que se processa a primeira educação. Tudo parece óbvio. O exemplo mais claro é o da educação em função da diferença anatômica dos sexos. As crianças encontram nos pais os modelos de como os adultos comportam-se como atendem ao telefone e às visitas; como se portam à mesa, resolvem conflitos e lidam com a dor; o que pensam sobre os acontecimentos do mundo etc. Os pais são os primeiros modelos de como é ser homem e ser mulher: padrões de conduta que, em nossa cultura, são marcadamente diferentes. Assim, a família reproduz, em seu interior, a cultura que a criança internalizará. É importante considerar o poder que a família e os adultos têm no controle da conduta da criança, pois ela depende deles para sua sobrevivência física e psíquica. Basta lembrar que uma criança de oito meses depende de alguém para obter alimentos e que uma criança de três anos depende de alguém para leva-la ao médico. A criança necessita, também, das ligações afetivas estabelecidas com seus cuidadores e as quais ela não quer (não pode) perder. O medo de perder o amor (e os cuidados) desses adultos que lhe são importantes é um poderoso controlador de sua conduta e ela, pela vigésima vez, recita para o vizinho aquela poesia que tanto a aborrece, mas faz a alegria do pai no exercício de exibição dos dotes do seu filho. A importância da primeira educação é tão grande na formação da pessoa que podemos compara-la ao alicerce de construção de uma casa. Depois, ao longo de sua vida, virão novas experiências que continuarão a construir a casa / indivíduo, relativizando o poder da família Os desejos e missões dos pais: Antes mesmo de um bebê nascer, já existem certas coisas que são esperadas dele. Cada um de nós entra numa história sem saber de nada, só

22 22 que esta história já está correndo. Como Tiba (1995) diz: nenhuma pessoa está livre da história que lhe precede e sucede (pg 13). As expectativas que os pais têm em relação ao filho são um gesto de amor e proteção familiar. É difícil que os pais fiquem indiferentes ao nascimento de um filho. É atávico no ser humano desejar coisas boas para um descendente. O mesmo autor acrescenta que: O sonho dos pais é que seus filhos sejam pessoas felizes e realizadas. Para que alcancem esse objetivo, oferecem a eles o que conseguiram de melhor em suas próprias vidas e procuram evitar toda dor e todo sofrimento (pg15). No entanto, os pais transmitem a seus filhos não só facilidades, mas também sobrecargas. Vale a pena acrescentar que as expectativas não são somente dos pais. O social também cobra através das grandes famílias. A face positiva das expectativas é quando elas provêm de pais realizados, querendo que seus filhos se realizem também. Em geral, pais saudáveis teoricamente estão mais livres para soltar os filhos. Já executaram seus projetos e não se incomodam muito quando os filhos buscam seus próprios caminhos, o que costuma acontecer na adolescência. Os problemas acontecem quando pais não-realizados transferem ao descendente a responsabilidade de realizar seu sonho. Cada vez que o filho se afasta do caminho traçado por eles, entram num estado de ansiedade. Tiba (1995) é muito realista quando diz que: Cabe a nós, pais, saber distinguir aquilo que é melhor de fato para o filho e o que é melhor para nós, pais. Identificando as nossas exigências, fica mais fácil libertar o filho para o sucesso. Afinal, alguém que esteja o tempo todo preocupado em corresponder às expectativas alheias vai estar dividido e talvez nunca chegue a produzir livremente e a mostrar ao mundo o que pode fazer de melhor (pg 19).

23 23 Se os pais oferecerem possibilidades de escolha, o filho não vai se sentir obrigado a seguir aquele caminho único que era esperado, mas tem chance de traçar uma rota diferente. O prejuízo começa quando os pais cortam as iniciativas do filho e bloqueiam as outras alternativas. É na adolescência que começa o processo dos filhos de expulsar as expectativas paternas. Se o adolescente for saudável, ele vai questiona-las para buscar um caminho próprio. Ficar submetido à escolha paterna cria uma pressão que tende a aumentar com o passar dos anos e pode vir à tona numa idade mais avançada, quando ninguém mais espera. São os casos célebres de pessoas que abandonaram sua profissão depois de infelizes anos de formado para fazer algo completamente diferente. Mas muito antes disso, pode-se observar que quando a criança é pequena, ela contesta, não de maneira lógica, mas fisiologia. Essas regras escapam do controle dos pais. Isso faz com que encham o pediatra de perguntas. Mas anos mais tarde, eles abrem mão dessa ajuda, faltando-lhes, muitas vezes, humildade para reconhecer que poderiam contar com a colaboração de alguém para atravessar a etapa da adolescência. Os pais que tomam para si as tarefas do filho, sem verificar quais são suas reais necessidades ou desejos, podem estar partindo de um pressuposto básico: o de que conhecem mais o desejo do filho do que o próprio filho. Um exemplo disso é quando a criança está aprendendo a andar e cai no chão. Muitas vezes essa é a única maneira que ela tem de parar. Mas os pais vão lá e levantam a criança. A criança acaba aprendendo a manipular os pais. Por isso, os pais devem ficar atentos para interpretar corretamente os desejos infantis, não tolhendo as iniciativas da própria criança. A verdadeira educação preserva as crianças dos perigos à sua integridade física, mas garante que ela consiga realizar suas tarefas. Ninguém é capaz de resolver um grande problema se não tiver ultrapassado, ao longo da vida, pequenas etapas. Se os pais agem para que o filho só receba o bom, estão o impedindo de viver o lado ruim dele próprio. O perigo é ele crescer com a idéia viciada de que o ruim sobra sempre para os pais.

24 24 A criança, dentro das suas capacidades, tem que contribuir para a realização dos seus desejos, que não acontecem gratuitamente. Por melhores que sejam as expectativas dos pais de ajudar seus filhos, se elas não tiverem como alimento a realidade da vida da criança, os filhos não poderão absorver o benefício que os pais pretendem dar Os princípios básicos da educação: Tanto o pai quanto a mãe devem fazer tudo em benefício da família. Ter vontade de ajudar é uma manifestação de amor. E a participação do pai na educação do filho já pode começar na gravidez. Ser mãe e pai é também se envolver afetiva e intensamente, pois é disso que resulta a qualidade do relacionamento. Por isso é importante que o pai participe ativamente dos cursos de preparação para o parto, leia livros sobre o que está acontecendo com o bebê e saiba como ele está se desenvolvendo, sinta seus movimentos, converse com a criança ainda na barriga da mãe para que ela vá se acostumando com sua voz. O verdadeiro homem grávido participa das reuniões do pré-natal, dos exames de ultra-som, dos cursos de preparação para o parto a fim de aprender a cuidar da criança, recebe-la bem e estabelecer com ela o vínculo afetivo fundamental para a educação. Um marido integrado, além de entender que nesse período a esposa grávida não pode lhe dar tanta atenção quanto antes, começa a dedicar maior atenção a ela. E olha também para a criança, o que o faz passar longe do sentimento de rejeição. O período em que vivemos dentro do útero é riquíssimo em experiências sensoriais e novos aprendizados. O feto recebe estímulos do mundo e interage com ele. Toda a química materna atravessa a placenta e o atinge. Tudo fica gravado no inconsciente fetal e vai acompanhar este ser durante toda a sua vida. Qualquer tipo de estímulo será registrado e aprendido. Por isso é importante um contato com o feto através de estímulos sonoros adequados, como conversas ou músicas, ou pelo tato, através da parede abdominal.

25 25 O primeiro ano de vida de uma criança é muito importante para seu desenvolvimento. Bebês têm que ser nutridos e alimentados. Tiba (2002) nos coloca que: O leite alimenta o corpo; o afeto alimenta a alma. É fundamental que a mulher se informe e se prepare para amamentar com sucesso. Tiba (2002) afirma que: Os casais que se preparam durante a gestação costumam amamentar com muito sucesso. Eles aprendem que: - Amamentar não dói (se doer é porque o bebê não está pegando corretamente). - Não há mulheres que não tem leite (se o bebê sugar, o leite será produzido). - Não existe leite fraco (cada mulher produz o leite ideal para seu bebê mesmo que não esteja nas condições ideais de nutrição). - É fundamental haver um ambiente tranqüilo para a mulher amamentar (pg 109). Mesmo sem amamentar no seio, a mãe pode fazer o aleitamento. Isso é feito quando a mãe oferece a mamadeira nas mesmas condições afetivas nas quais ofereceria o seio, ou seja, num clima de tranqüilidade e com muito carinho. O que a criança realmente sente, o que vai de fato fazer diferença para ela é o contato físico, o abraço, o carinho que toca sua pele. O bebê requer muitos cuidados. Nada consegue fazer sozinho. Tem força para sobreviver, mas depende totalmente de alguém que zele por ele. Os pais precisam aprender a linguagem do bebê. Ele se expressa através não só do choro, mas também do corpo. Tiba (2002) nos diz que quando o bebê chora, há cinco passos que os pais podem seguir. São os passos de um atendimento integral e devem ser usados durante toda a educação dos filhos com as devidas adaptações aos diversos estágios de vida. Ao ouvir o bebê chorar:

26 26 Pare! Volte a atenção para o bebê: ele está comunicando algo a você. Ouça! O que esse choro em particular quer dizer? Fome? Sono? Fralda suja? Veja! Como o bebê está se movimentando? Ele se contrai? Ele se estica? O que mais acontece em redor dele? Pense! Considerando suas informações e o histórico do bebê, o que ele está comunicando? Aja! Faça o que for necessário para o bebê. Alimenta-lo, distraí-lo, troca-lo, agasalhalo... (pg 113) A criança deve ter também seu sono respeitado. Ela não é um brinquedo que a gente liga quando tem vontade e desliga porque cansou. Criança que dorme bem é mais feliz porque não sofre com a irritação de não conseguir dormir. É também mais independente. Quando chega o sono, ela se entrega e dorme onde estiver, seja num restaurante, seja numa festinha, seja com visitas em casa. Além disso, o ideal é que o bebê aprenda desde cedo a dormir em seu lugar, mesmo que seja muito mais gostoso aninhar-se entre os pais. É importante que a criança aprenda a gostar de seu cantinho. O berço deve ser o lugar no qual a criança aprecie ficar. Para isso, os pais podem deixar o filho no berço e brincar com ele ali mesmo ensinando que ali é um lugar gostoso de se estar e não um lugar que serve apenas para dormir. O embalar, o ninar, o cantarolar, o tocar o bebê têm de ser tanto mais suaves e doces quanto mais novinho ele for. Movimentos lentos para frente e para trás, por exemplo, são familiares e trazem tranqüilidade ao bebê. Na hora de alimentar a criança, os adultos devem ser pacientes e não encarar o estranhamento inicial do bebê como rejeição. No começo, a criança não sabe comer, depois vai aprendendo. Se a criança joga a comida no chão e os pais pegam, essa passa a ser uma brincadeira bastante divertida para o bebê e bastante cansativa para quem recolhe. Mas elas

27 27 também não devem levar bronca por isso. A criança deve perceber que ao atirar algo no chão, algumas coisas voltam e outras não. Esse comportamento arremessador não é estimulado e tende a desaparecer com o desenvolvimento. É essencial ter certeza de que a criança sabe que é amada. Para isso os pais devem praticar ações, realizar gestos e tomar atitudes que exponham seus sentimentos, e não apenas falar. Nos primeiros meses, isto se faz através da atenção. Depois, além da atenção e dos cuidados, o estabelecimento de limites. Já que, como o Dr. Ruy (2004) diz: Amar um filho não é poupa-lo das inevitáveis dificuldades, e sim dar-lhe forças e ensina-lo a enfrentar e superar esses desafios (pg 23). Além disso, a criança tem que se sentir uma pessoa importante, boa, competente e querida. Alguém com quem os adultos se importam, alguém que faz diferença no mundo. Uma pessoa que tem méritos e qualidades que são reconhecidas pelos demais. Isso é auto-estima. Ter uma boa autoestima é uma das grandes chaves para a criança crescer como um bom ser humano. As críticas devem ser feita com tato e sensibilidade. Os rótulos negativos grudam nas crianças com muita força, e eles próprios têm dificuldades mais tarde para se desfazerem deles. Além de serem amadas, elas querem ser reconhecidas como capazes, úteis e importantes. Cada bebê já nasce com sua personalidade definida. As ações dos pais e da sociedade vão apenas modifica-la, molda-la, para melhor ou para pior. As reações dos pais ensinam a criança a distinguir o sim do não. Isso estabelece limites para a criança, que aprende o que pode e o que não pode fazer. Saber a diferença entre sim e não confere à criança poder de decisão sobre suas escolhas, poder que alimenta sua auto-estima. Portanto, não só o não nem o sim que traumatizam a criança, mas o mau uso deles. Por isso, é fundamental que os pais estabeleçam as bases sobre as quais apoiarão a educação dos filhos. Essas bases serão os alicerce das novas casas a ser construídas. Como os filhos são diferentes entre si, cada casa poderá ter o próprio estilo de vida e arquitetura, mas sem alicerce qualquer ventania ou temporal poderá derruba-la.

28 28 É no dia-a-dia que os pais aprendem como é cada filho. Para esse aprendizado, é fundamental que tenham consciência de que são os principais e insubstituíveis educadores de seus filhos. Os princípios gerais da educação servem para todos, mas a forma de aplica-los deve levar em conta o jeito de cada criança. Cada um é cada um. Conhecendo bem seus filhos, os pais poderão encontrar a melhor forma de educa-lo. Educar não é deixar a criança fazer só o que quer (buscar saciedade). Isso dá mais trabalho do que simplesmente cuidar porque equivale a incutir na criança critérios de valor. Muitas vezes é preciso ser duro, frustrar expectativas, dar limites. É altamente desejável que os pais sejam a principal fonte de informações de seu filho, para que possam educa-lo da maneira que acreditam ser a melhor. Para isso, os pais devem participar de todas as atividades importantes da vida de seu filho, além de estar sempre atualizado, dominando as novas tecnologias. É preciso que os pais dêem o exemplo. As crianças não aprendem e nem se educam ouvindo discursos. Elas aprendem observando os adultos, e copiando seu comportamento. Por isso, antes de exigir determinado comportamento de seu filho, esteja certo de que você pratica essa mesma atitude. O que se aprende na infância é o que se vai ser quando adulto. Nunca minta para seu filho, pois se ele descobrir irá considera-lo como mentiroso além de achar que certas mentiras são justificáveis. Dê o exemplo e ensine o seu filho a usar aquelas palavras mágicas como: por favor, desculpe, obrigado, com licença,... É importante ensinar os valores básicos positivos para as crianças como: honestidade, lealdade, companheirismo,... Ensina-las a não serem materialistas e consumistas, desenvolver a alegria e beleza de viver em paz e harmonia,... Uma ótima iniciativa é procurar desenvolver na criança um forte espírito crítico, para que ela possa avaliar por si mesma tudo aquilo que ouve e vê. Ensine-a a comparar o que ouve e vê com aquilo que efetivamente sente. Além disso, é de extrema importância o desenvolvimento de hábitos saudáveis como: alimentação, sono, higiene pessoal, entre outros. As

29 29 crianças precisam muito de rotinas, no que se refere aos hábitos saudáveis da vida diária. Devem ter horários fixos para ir à escola, para se alimentar, para dormir, para acordar, para ver TV, para os estudos e também para o lazer. As crianças também necessitam de liberdade, em doses controladas e progressivas, para irem adquirindo e treinando sua futura autonomia. A contrapartida da liberdade é a responsabilidade, este é o conceito que as crianças precisam aprender. O desafio dos pais é dosar essa autonomia. Prender demais é criar crianças dependentes ou frustradas. Dar liberdade precoce e excessiva é criar pequenos tiranos mal-educados. O Dr. Ruy (2004) nos diz que: A boa autonomia, para crianças pequenas, é aquela que as incentiva a adquirir e exercitar habilidades necessárias para a vida diária. Aprender a fazer sozinha coisas como se vestir, escovar os dentes, comer, usar o banheiro etc. É preciso ter paciência com suas dificuldades naturais e elogiar sempre os pequenos e grandes progressos alcançados (pg 54). Pais e mães devem ter bem claras suas convicções, conversando muito entre si e agindo sempre de comum acordo. Desta forma ficará mais difícil para a criança explorar as possíveis contradições dos pais. Para educar bem seu filho, esteja preparado para remar contra a maré! Para se desenvolver bem, todo ser humano precisa desta dupla: estímulos e oportunidades. Estímulos, para vencer todas as barreiras e desafios que a vida normalmente impõe. E oportunidades para poder realizar essas conquistas. Mas o que se vê é um exagero, com crianças sendo hiperestimuladas a realizarem tarefas inapropriadas para suas idades. Deixe que a própria criança escolha uma atividade de que ela goste! Não queime etapas, deixe a criança viver bem a sua infância. Cantar, dançar, desenhar, pintar, ouvir histórias, as brincadeiras tradicionais como amarelinha, esconde-esconde... Estas saudáveis atividades precisam ser recuperadas.

30 30 Ensine seu filho o gosto pela leitura, dê a ele desde pequeno, livros atraentes, ilustrados e coloridos e mantenha atividades como videogame, televisão e internet sob controle, fazendo um balanço equilibrado com as brincadeiras tradicionais Limites: um fator importante na educação dos filhos: É desde cedo que se deve ensinar aos filhos os princípios de educação, de moral, de valores e de comportamento, que vão formar a base de um futuro adolescente e adulto bem-educado. Assim, os pais realizarão sua tarefa de maior responsabilidade: ter filhos, cria-los e educa-los, transformando-os em pessoas felizes, solidárias e humanas. Preparadas para viverem em um mundo cada vez mais difícil, competitivo, tecnológico e desumano. Mas essa forma de educar é muito difícil. Precisa-se aprender a hora de dizer sim e a hora de dizer não. Pois negar alguma coisa para os filhos parece um crime para os pais. Mas dar limites é fundamental para iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro. Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são seus limites e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. Zagury (2004) nos diz que dar limites é: Ensinar que os direitos são iguais para todos; Ensinar que existem outras pessoas no mundo; Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros; Dizer sim sempre que possível e não sempre que necessário; Só dizer não aos filhos quando houver uma razão concreta; Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem; Fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (conviver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as únicas coisas que contam);

31 31 Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade; Desenvolver a capacidade de adiar satisfação; Evitar que seu filho cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é o mais provável), não conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim, frustrado, amargo ou, pior, desequilibrado emocionalmente; Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas desejo; Compreender que o direito à privacidade não significa falta de cuidado, descaso, falta de acompanhamento e supervisão às atividades e atitudes dos filhos, dentro e fora de casa; Ensinar que a cada direito corresponde um dever e, principalmente... Dar o exemplo (quem quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios)!!! Desta mesma forma, para Zagury (2004) dar limites NÃO é: Bater nos filhos para que eles se comportem; Fazer o que só vocês, pai ou mãe, querem ou estão com vontade de fazer; Ser autoritário (dar ordens sem explicar o porquê, agir de acordo apenas com seu próprio interesse); Deixar de explicar o porquê das coisas, apenas impondo a lei do mais forte ; Gritar com as crianças para ser atendido; Deixar de atender às necessidades reais (fome, sede, segurança, afeto, interesse) dos filhos, porque você hoje está cansado; Invadir a privacidade a que todo ser humano tem direito;

32 32 Provocar traumas emocionais (toda criança tem a capacidade de compreender um não sem ficar com problemas, desde que, evidentemente, este não tenha razão de ser e não seja acompanhado de agressões físicas ou morais). Os pais têm que ter autoridade, mas não serem autoritários. Têm que ouvir e respeitar seu filho, mas pode, por vezes, ter de agir de forma mais dura do que gostaria, às vezes até impositivamente, mas sempre o objetivo será o bem-estar do filho, protege-lo de algum perigo ou orienta-lo em direção à cidadania. Se agirem com segurança e firmeza de propósitos, mas com muito afeto e carinho, podem atingir os objetivos educacionais sem autoritarismo e, muito menos, sem bater uma vez sequer em seus filhos. Quando a criança não aprende a ter limites, tende a desenvolver um quadro de dificuldades que vai se instalando passo a passo. A primeira etapa é o descontrole emocional, histeria e ataques de raiva. Isso é normal acontecer na criança pequena. Ela não tem noção de valores, não sabe o que é certo e o que é errado. Os pais devem mostrar aos filhos o que se pode e o que não se pode fazer numa sociedade para que a criança aprenda as regras básicas de convivência nela. Quando os pais deixam de exercer essa atividade importantíssima, a tendência é que a criança comece a apresentar dificuldades em aceitar qualquer tipo de limites a seus desejos, irão sempre chorar e espernear, perpetuando assim esse tipo de conduta. A segunda etapa é a dificuldade crescente de aceitação de limites. Sem orientação e sendo atendida sempre que grita e esperneia, a criança vai adotando essa mecânica como forma de comunicação e controle do mundo e das pessoas. A regra a ser seguida é simples: premiar e recompensar as atitudes positivas e ignorar ou reprovar as negativas. A terceira etapa inclui os distúrbios de conduta, desrespeito aos pais, colegas e autoridades, incapacidade de concentração, dificuldade para concluir tarefas, excitabilidade e baixo rendimento. A criança que teve durante anos tantos benesses luta com unhas e dentes para não mudar essa realidade. Torna-se com 7, 8 anos um verdadeiro tirano. Os pais não têm mais autoridade sobre ele, não consegue convence-lo a estudar, a falar

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