Quase lá de novo? Em Roma e reeleição:

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1 A M A I O R M Í D I A D A C O M U N I D A D E Í T A L O - B R A S I L E I R A Rio de Janeiro, novembro de 2005 Ano XII Nº 90 Em Roma e reeleição: Quase lá de novo? ISSN R$ 7,50 Exclusivo: Claudia Cardinale: Cinema do Brasil precisa de co-produções internacionais E ancora: perché l Italia intende di caffè... e il Brasile pure!

2 Novembro de Editorial Dialética da barbárie 6Economia 6 Cose Nostre 6 milhões de analfabetos na Itália 7Parliamone 16Comunidade 8 Marco Lucchesi Le mie scale 10 Entrevista Claudia Cardinale Aos 66 anos, a atriz é reverenciada em festival de cinema no Amazonas 18Notizie 20Saúde 34Feira da Providência 38Sapori d Italia CAPA Lula pela 1ª vez na Itália Presidente do Brasil revê amigos da L Unione, a centro-esquerda italiana. Reeleição em 2006 não é mais utopia História Cinema e manipulação Como o Fascismo deixou raízes na comunicação política brasileira Caffè Anima italiana, corpo brasiliano Tutti gli aspetti e le tendenze della 2ª bibita più consumata al mondo Orkut Febre na Internet Comunidades online atraem milhares de amantes da Itália Raízes Na pauta, antepassados Governadora do Rio, Rosinha Garotinho, irá à Itália para conhecer origens italianas

3 COSE NOSTRE Julio Vanni FUNDADO EM MARÇO DE 1994 DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR: Pietro Domenico Petraglia (RJ23820JP) DIRETOR: Julio Cezar Vanni VICE-DIRETOR EXECUTIVO: Adroaldo Garani PUBLICAÇÃO MENSAL E PRODUÇÃO: Editora Comunità Ltda. TIRAGEM: exemplares ESTA EDIÇÃO FOI CONCLUÍDA EM: 16/11/2005 às 16:30h DISTRIBUIÇÃO: Brasil e Itália REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Rua Marquês de Caxias, 31 Centro Niterói RJ Brasil CEP: Tel/Fax: (21) / (21) redacao@comunitaitaliana.com.br SUBEDIÇÃO Luciana Bezerra dos Santos jornalismo@comunitaitaliana.com.br REDAÇÃO: Giordano Iapalucci (repórter especial), e Nayra Garofle REVISÃO / TRADUÇÃO Cristiana Cocco PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Alberto Carvalho FOTO DE CAPA Arquivo COLABORADORES: André Felipe Lima Franco Vicenzotti Braz Maiolino Lan Giuseppe D Angelo (in memoriam) Pietro Polizzo Venceslao Soligo Marco Lucchesi Domenico De Masi Franco Urani Giovanni Meo Zilio Fernanda Maranesi Giuseppe Fusco Beatriz Rassele CORRESPONDENTE: Guilherme Aquino (Milão) Comunità Italiana está aberto às contribuições e pesquisas de estudiosos brasileiros, italianos e estrangeiros. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, sendo assim, não refletem, necessariamente, as opiniões e conceitos da Revista. La rivista Comunità Italiana è aperta ai contributi e alle ricerche di studiosi ed esperti brasiliani, italiani e estranieri. I collaboratori esprimono, nella massima libertà, personali opinioni che non riflettono necessariamente il pensiero della direzione. ISSN Filiato all Associazione Stampa Italiana in Brasile A França não é aqui. Há quem diga que o Ano do Brasil foi estendido para a periferia francesa. Se analisar- Dialética mos a explosão de violência dos banlieues nos deparamos com um problema social tão grave quanto o de nossas favelas. Alguns estudiosos observam o fato como a falên- da barbárie cia do modelo francês de integração, já para filósofos como André Glucksmann a ira dos jovens é a prova de uma perfeita integração em um país violento com 20 anos de ódio e dominado pela lógica da relação de força. Tratando-se de uma potência mundial que dita a moda e influencia o pensamento moderno, os números, que só agora vêm à tona, chocam. Somente no ano passado, 28 mil automóveis foram incendiados na França. Os últimos 20 dias já contabilizam mais de seis mil ocorrências. Pensemos no caos criado por uma guerra entre traficantes e polícia nos morros do Rio de Janeiro. Ali, onde o poder público está ausente, quem dita as ordens nós sabemos e com que métodos também. Pois nas periferias francesas, jovens identificados como filhos de imigrantes, estão se utilizando da lógica da destruição e autodestruição para se impor. Em seus próprios bairros atacam carros de vizinhos e parentes, ateiam fogo em escolas, parques, fábricas, centros comercias e tudo o mais que encontram pela frente durante as noites. Pioram vidas já complicadas e não se dão conta de que agem contra si próprios. Essa é a forma que encontraram para contarem como alguma coisa, mesmo que seja negativa. A demonstração de força é o princípio. Esses garotos aprenderam que quanto mais destrutivos mais respeitados serão. Em uma visão global (no campo da economia, da indústria bélica, da diplomacia...) pode-se enxergar exemplos em estratégias de algumas nações. Quando um jovem se associa ao tráfico de drogas ou a um movimento de contestação violenta recebe um status e pouco lhe importa ser mais um artífice do suicídio social e existencial. finalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a Itália. Embora somente após quase três anos da posse, a ida de Lula à Roma foi E providencial. Tanto para investidores italianos, quanto para o próprio Lula, literalmente mimado pelos seus pares de esquerda, como Romano Prodi, que, por sinal, é o candidato da L Unione nas eleições italianas de Até medalha e diploma Lula trouxe da Itália. Se deu ao luxo, inclusive, de esnobar um convite de Silvio Berlusconi para visitar a paradisíaca ilha do premier na Sardenha. Por falar em eleição, Lula também declarou, mesmo que de forma ainda evasiva, sua intenção em manter-se no Planalto. A turma da L Unione e alguns executivos de peso, como Luca di Montezemolo, da Fiat, foram unânimes: em 2006, é Prodi eleito na Itália e Lula reeleito no Brasil. Se depender da torcida por Lula (com trocadilho) lá, tudo bem. Já a daqui... Mas se o presidente esteve na Itália para tranqüilizar investidores da península, o grande artífice dessa jornada foi o ministro Luiz Fernando Furlan, que após a crise envolvendo o ministro da fazenda, Antonio Palocci, parece ser o único intocável do alto-escalão dos ministérios. Furlan é a ponte do atual governo com o mercado, sobretudo, com os investidores. Um verdadeiro peregrino a divulgar a marca Brasil e a defender com discursos seguros que investir no país não é nenhum desatino. Afinal, como disseram os executivos e empresários italianos em Roma: o Brasil é a grande referência em globalização da atualidade. Símbolo de tolerância, como destaca o vice-ministro da Atividade Produtiva da Itália, Adolfo Urso, em reportagem desta edição. Além de Lula, quem também se encantou pela Itália foi a governadora do Rio, Rosinha Garotinho, que esteve em Roma há pouco mais de um ano e deverá repetir a dose em O cônsul da Itália no Rio, Massimo Bellelli, fez o convite à governadora, que pretende conhecer um pouco mais sobre suas origens italianas e, de quebra, atrair investimentos para o Rio. Já no Brasil, quem esteve recentemente foi a diva do cinema mundial, Claudia Cardinale. Em entrevista exclusiva à Comunità, Claudia faz um alerta ao cinema brasileiro: investir em co-produções internacionais para ter melhor desenvoltura no mercado para além de sua geografia. Simpática como poucas celebridades da sétima-arte, a atriz também comentou sobre a política italiana. Para ela, Berlusconi chegou ao poder por ser competente: Chegou porque não é estúpido e sabe o que quer. EDITORIAL Aponta dados curiosos sobre a história desse fruto, que foi fator decisivo para a economia brasileira Esta edição também apresenta um ensaio sobre o café, produto que reforça os laços com a Itália. durante muitos anos. Boa Leitura! Pietro Petraglia Editor Entretenimento com cultura e informação SEM LER, NEM ESCREVER Pode parecer surreal, mas a Itália tem cerca de seis milhões de analfabetos que não cursaram nenhum nível escolar, como aponta um estudo foi divulgado este mês pela Universidade de Castel Sant Angelo. De cada 100 italianos, 12 não sabem ler ou escrever. Segundo a pesquisa, 36% (cerca de 20 milhões de pessoas) dos italianos não têm nenhum diploma escolar ou freqüentaram apenas a escola elementar (equivalente ao primário ou fundamental). Trabalhador com diploma universitário também não é o forte da Itália: há quatro milhões, apenas 7,5% da população. Com ensino secundário completo, 28,85%, e com apenas o fundamental, 30,12%. SE A MODA PEGA... cidade de Roma decidiu cobrar A multas de donos de cães e gatos que não levarem seus bichinhos para caminhada regular. A lei proposta pela vereadora Mônica Cirinna, segundo o jornal italiano II Messaggero, inclui ainda multa mínima equivalente a R$ 1,37 mil para quem cortar rabo e orelhas de cães. Segundo a vereadora, será ilegal ainda deixar animais de estimação trancados dentro de veículos no verão, colocá-los em vitrines de lojas, o uso de coleiras elétricas e com pontas em cães e a oferta de animais como prêmio em festivais e feiras. Aquários redondos que, acredita-se, cegam os peixes, também serão proibidos sob a nova legislação. POLÊMICA CRISTÃ revista católica Famiglia Cristiana, um dos veículos mais conhecidos entre os católicos ita- A lianos, causou polêmica no início de novembro ao publicar um anúncio de um sistema de ventilação para banheiros, onde trazia uma mulher nua. O fato teve tanta repercussão que virou manchete em outros veículos de imprensa e recebeu críticas do Vaticano. Durante entrevista ao Corriere della Sera, o diretor da publicação, Antonio Sciortino, enfatizou que a imagem parecia passar um pouco do limite, mas não o suficiente para provocar consternação em seus leitores, já que a foto retratava apenas um perfil feminino por trás de uma janela embaçada e suja. Essa não é a primeira vez que a revista causa protesto. Em 1996 publicou um anúncio de roupas íntimas e, posteriormente, a publicidade de uma água mineral na qual aparecia uma criança nua. ENCONTRO ITALIANO No dia 21 de novembro acontece o IV Encontro da Comunidade Italiana e Ítalo-Brasileira, no Rio de Janeiro. Entre os temas debatidos estão, o centenário da Avenida Rio Branco e os 130 anos da imigração italiana no Brasil. O evento será realizado no 4º andar do Consulado Geral da Itália, Centro, do Rio. PAPA MÓVEL Sem vergonha. Quatro moças ativistas de um centro social de Reggio Emilia resolveram manifestar assim, de forma inusitada, na Piazza della Vittoria, no dia das Forças Armadas, contra a presença das tropas italianas no Iraque. Se a intenção também era a de mostrar as nádegas para o mundo, conseguiram. AMBULATÓRIO NOTURNO Itália abriu um ambulatório noturno, com A médicos orientados para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. O centro, primeiro do tipo na Itália, tem o objetivo de levar os programas de saúde às prostitutas, normalmente marginalizadas. A idéia do ambulatório, que funciona somente das 13h às 3h, partiu do grupo de proteção aos direitos das mulheres - Ieda Donna - que busca diminuir a exclusão social da classe. Filmes em DVD e VHS, com explicações de médicos sobre o uso correto do preservativo, teste de HIV e acesso aos serviços sanitários também estão incluídos no projeto. ÁGUA SABOR CARNE?! empresário australiano Andrew Larkey inventou mais um acessório para cachorros de O madame: água engarrafada nos sabores galinha, fígado, bacon ou carne com vitaminas B1, B3, B5 e C. Uma garrafinha plástica de 600 ml de água purificada Dog Plus K-9 custa, nas pet stores da Austrália, US$ 2,10. Andrew planeja lançar em 2006 uma linha similar de bebidas para gatos, com os sabores galinha frita e porco. Realmente não há mais nada o que inventar. automóvel Ford Escort modelo 1975, com quilômetros rodados, que pertenceu ao Papa João Paulo II, O foi comprado pela bagatela de US$ 690 mil. Quem pagou? Um colecionador excêntrico de Houston, no Texas, o advogado John O Quinn. O mesmo veículo, em uma revendedora americana, não passa de US$ Esta é a segunda vez que o carro foi vendido. Em 1996, a pedido do próprio Papa, o Escort foi leiloado pela Kruse Internacional e o valor arrecadado na época foi destinado para obras sociais. AFP PAPA MÓVEL II Aliás, o veículo, fabricado em Colônia, de cor azul, sem calotas e sem rádio, não atingiu o valor estimado pelos leiloeiros: US$ 2 milhões a US$ 5 milhões. Seu novo proprietário disse que ele nunca será usado. Mas espera que, em vida, possa voltar, tocar o carro e sentir o espírito do Papa João Paulo II, o único pontífice a ter um automóvel na história do Vaticano. CINEMA GRÁTIS Instituto Italiano de Cultura O do Rio de Janeiro exibe todos os meses diversos filmes aos amantes do cinema da Bota. Este mês os filmes programados são: Teorema (22); Começou em Nápolis (24) e Desejo de liberdade (29). CAIU DO SALTO grife Prada terá que indenizar em 17 mil euros uma A mulher de 42 anos, moradora de Vezzano Ligure, na Itália, que, literalmente, caiu quando um dos saltos de sua sandália, da marca italiana, se rompeu. A queda, que aconteceu em 1998, causou sérios transtornos à vítima. Convencida de que o tombo tinha sido provocado pelo sapato, a mulher retornou à loja. Na ocasião, a grife lhe ofereceu 500 mil liras (cerca de 250 euros) para esquecer o processo judicial. Indignada com o fato a mulher abriu um processo na Justiça. Após perícia, que demonstrou que a consumidora estava certa, a Justiça condenou a Prada a pagar a indenização. 4 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

4 Economia Tasso d interesse e valore del real Ezio Maranesi Il topino è stato partorito. Il 14 settembre 2005 sarà ricordato negli annali della storia perché il Banco Centrale ha ridotto dal 19.75% al 19.50% il tasso ufficiale di interesse dopo un lungo periodo di continui aumenti. In ottobre, un passo ancora più temerario: altra riduzione dello 0.5%. Possiamo ora festeggiare con giubilo; il tasso di interesse reale (cioè il tasso nominale dedotta l inflazione) è sceso al 13,50%. È sempre, e di gran lunga, il record mondiale. I capitalisti internazionali si fregano le mani; dove, di grazia, si può guadagnare tanto applicando il proprio danaro? Parlo, naturalmente, di coloro che ce l hanno. I giovani economisti beceri che ogni tanto la Rete Globo intervista spiegheranno come grilli parlanti che, certo, ci potevamo aspettare una riduzione più coraggiosa, tipo 1 %, ma l aumento del prezzo del petrolio, oppure, a turno, l uragano Giuseppa nel golfo del Messico, l epidemia delle galline vietnamite, la secca nel deserto cileno o i malumori mal celati del presidente Bush, ha indotto il Banco Centrale ad una giusta cautela. Cosí, nella improbabile eventualità che nessuna nube turbi i nostri orizzonti, fra cautele, timori, dubbi e incertezze, fra circa 3 anni il tasso di interesse ufficiale sarà planato su livelli sempre alti ma accettabili. Non voglio fare anch io il grillo parlante atteggiandomi a esperto economista ma forse, chiedendo aiuto ai ricordi che mi restano di Ricardo, di Pareto e degli altri economisti classici studiati tanti anni fa, varrebbe la pena di indagare sulle conseguenze di tale politica. Risultato positivo è il controllo dell inflazione. Il Banco Centrale ha raggiunto il suo obbiettivo. Il costo: un espressivo rallentamento della economia e una forte emorragia finanziaria per pagare gli interessi del debito pubblico. Il bilancio è positivo? Sembra che la maggioranza pensi il contrario. Ci interessa, in questa sede, considerare il riflesso del tasso di interesse sulla parità di cambio real/dollaro. Il danaro è una merce come un altra, e il suo valore soggiace alla legge della domanda e dell offerta. Se nel paese entra molta valuta straniera per comprare titoli del debito pubblico, il real si apprezza. Se riteniamo che un tasso di interesse reale del 13.5% sia abnorme, e lo è, dobbiamo concludere che l attuale cambio real/dollaro è Arquivo sostenuto artificialmente. In un recente incontro sociale della nostra comunità, una nostra autorità ha definito salubre l attuale parità real/dollaro. Non posso essere d accordo; in economia non è mai salubre una situazione che si sostiene artificialmente. Prima o poi gli equilibri naturali prevarranno e questo capitale se ne andrà, alla caccia di altre opportunità più redditizie. O si pensa che questa generosità duri per sempre? Il paese è veramente costretto a pagare interessi cosí elevati per finanziare il rinnovo del suo debito pubblico? Agire sul tasso di interesse e mantenerlo su livelli altissimi è veramente l unico strumento per controllare il tasso d inflazione? Non possiamo non porci queste e altre domande, e le possibili risposte corrispondono a scelte di natura politica più che di natura accademica, quindi sono comunque discutibili. Limitiamoci quindi a cogliere alcuni aspetti, di natura sociologica piuttosto che politica, che lasciano perplessi coloro che guardano le cose dal di fuori. La sensazione è che queste grandi manovre di politica monetaria si manifestano in un contesto kafkiano, di faz de conta. Ad ogni microvariazione si scrivono pagine di giornali, i commentatori economici commentano, i futuristi prevedono, ecc. ecc. Ma è chiaro che una variazione dello 0.25% sul 19.75% non è nulla e non cambia nulla, nella sostanza. Si vuole però dare un messaggio di monito o di incoraggiamento, agire sulla psicologia degli operatori economici e della società. Fa parte del gioco; in economia come in politica gli strumenti del marketing sono essenziali per influenzare le masse e vincere le battaglie. Fa parte del gioco; in economia come in politica gli strumenti del marketing sono essenziali per influenzare le masse e vincere le battaglie È indubbio che l elemento fiducia, che spinge l investitore ad investire e il consumatore a consumare, ha un ruolo determinante nell andamento dell economia. Vorremmo però si pensasse anche a strategie alternative: la riduzione della spesa pubblica e della dimensione dello stato, una riforma tributaria coraggiosa, la riduzione del costo Brasil, il miglioramento delle infrastrutture, interventi per migliorare la distribuzione del reddito, per migliorare l istruzione, ecc. Cose difficili, se non impossibili, da realizzare nell attuale contesto socio-politico. Chi potrebbe essere lo statista illuminato che vorrà iniziare questo lungo cammino? È un percorso di scelte dolorose, di sacrifici da imporre oggi per avere un Brasile migliore domani, ma è un cammino che non dà voti. Churchill promise e diede agli inglesi lacrime e sangue ma avrà per sempre un posto glorioso nella storia. ufficiolegale@terra.com.br La Legge 5 febbraio 1992 n.91 stabilisce che la cittadinanza italiana si basa sul principio jus sanguinis in virtù del quale il figlio nato da padre italiano o da madre italiana è italiano, ovvero, è cittadino italiano il figlio nato da genitori italiani. Tuttavia, la madre italiana trasmette la cittadinanza solamente ai figli nati a partire dal 01/01/1948, anno in cui entrò in vigore la nuova Costituzione della Repubblica. Prima, come è noto, solo per via paterna. Ciò detto, la legge non prevede limiti di generazioni (è, questo, un problema político, culturale, storico, sociale e giuridico molto serio che suscita accese discussioni fra chi lo accetta e chi lo contesta e lo rifiuta), però non consente salti generazionali, nel senso che il recupero degli ascendenti è in linea retta. Infine la Legge non prevede altri requisiti, oggetto, invece, di un dibattito interessante in corso, come per esempio, sul limite generazionale, sulla previa conoscenza della língua, della cultura, della soria italiana e dell organizzazione política, giuridica e costituzionale dello Stato. Senza nascondere anche il fatto che alcuni Paesi (leggi USA), vista l`abbondanza del riconoscimento della cittadinanza italiana, hanno deciso di richiedere anche agli italiani il visto di entrata negli Stati Uniti.(Non mi risulta che sia già in vigore...) O manuscrito de Sônia, de Mariana Brasil, aponta expectativas e as sensações vividas por prostitutas brasileiras que partem para a Europa em busca de rápida ascensão econômica, especialmente no eixo Itália-Suíça. Editora Italianova, 272 págs., R$ 32 Por um longo instante, esqueci o meu nome, de Roberto Controneo, descreve a trajetória de Luís, que abandonou a cidade natal para estudar em Milão, e assim iniciou a uma jornada em busca de si mesmo. Editora Rocco, 296 Pág., R$ 44,50 Comunicação Social e Ética Organizado por Maria Immacolatta Vassallo de Lopes e Milly Buonanno, a obra reúne artigos de professores universitários de diversas áreas acadêmicas nacionais e internacionais. Editora Rocco, 375 págs., R$ 20. Parla! O imigrante italiano do segundo pós-guerra e seus relatos, de Luciana Facchinetti. Os próprios personagens contam suas histórias: a saga dos imigrantes italianos que vieram para São Paulo após a Segunda Guerra Mundial. Os protagonistas relatam suas experiências práticas, técnicas profissionais, estratégias de sobrevivência e sentimentos. Editora Angellara, 220 págs., R$ 36 PARLIAMONE con l Avvocato Giuseppe Fusco Cittadinanza italiana jus sanguinis e la linea materna na estante Sono andato un poco fuori tema, forse anche per suscitare un bel dibattito. Torniamo, quindi, alla questione della linea materna, perché in qualche famiglia ci sono figli non italiani, nati prima del 1/1/1948 e italiani nati dopo quella data, pur essendo entrambi figli della stessa madre e dello stesso padre. Questo è assurdo e inaccettabile, proprio alla luce del principio jus sanguinis. Infatti, anche il figlio nato prima dell`entrata in vigore della nuova Costituzione, riceveva dalla madre, per via sanguigna e circolazione materno fetale, l`alimentazione necessaria durante i 9 mesi di gravidanza. Questa verità medica sta alla base della nuova interpretazione del diritto di sangue, cosi come hanno già stabilito diverse Sentenze della Magistratura italiana: Cassazione Civile di Roma, Prima Sezione, Sentenza 10/07/1996, n.6297 che riconobbe la cittadinanza italiana a un uomo figlio di madre italiana, nato prima del 1948; Tribunale di Torino, Sentenza 12/04/1999 Deve essere considerato cittadino italiano colui che è nato da madre italiana anteriormente al 1/01/1948; Sentenza Corte Costituzionale n.30 del 28 gennaio 1983, a cui hanno già aderito molti Tribunali. cartas MANCINI Voglio farvi i miei complimenti per l intervista a Pietro Mancini pubblicata nell edizione n. 88. Abito in Brasile da 15 anni e ritengo molto importanti servizi di questo genere. Mostrano attenzione e grande capacità critica, storica e politica a certi fatti avvenuti in un passato non troppo lontano in Italia. Bravi! CIDADANIA DIFÍCIL GIUSEPPE GALLI (per ) Sou assinante e gostaria de ver publicada uma reportagem sobre a real situação dos processos de reconhecimento de cidadania italiana para brasileiros. Vejam a minha situação: na lista disponível na Internet pelo consulado de BH, sou o n de uma lista de quase nomes inscritos, onde somente 350 processos foram analisados em mais de dois anos. Sendo assim, para chegarem no meu processo, levaria aproximadamente 67 anos. Assim nem os meus bisnetos conseguiriam ser beneficiados pela Lei Italiana. FRANCISCO BORELA, Goiânia, GO (por ) Participe da Comunità Caros leitores: aguardamos suas sugestões, comentários e críticas sobre os textos publicados. 6 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

5 Marco Lucchesi - Articolo Penso alle fiamme che devono aver consumato la Torre di Babele, meraviglia delle meraviglie, che ho sempre immaginato distrutta dal fuoco delle cose plurali, e da cui ha avuto origine la nostalgia dell Uno, per sempre desiderato e perduto, sulle spiagge del tempo. Fin da piccolo ho sentito dentro di me una potente scintilla, che mi causava inquietudine, una necessità ostinata, un forte e permanente desiderio di raccogliere le pietre della torre, l eredità di Babele, di cui sono figlio e prigioniero. Tutto cominciò di notte, mentre sintonizzavo le onde corte di una radio piena di chiavi e bottoni, attraverso la quale potevo distinguere chiaramente emittenti che praticavano altre lingue, ma non portoghese o italiano, e che arrivavano da lunghe ed impensate distanze, risvegliando una forte inclinazione per la geografia. Era la prefazione di Giulio Verne e del capitano Gancio, di cui sono diventato assiduo lettore, visto che mi sentivo un corsaro che tutto poteva, che navigava sulla banda 25, 31 e 49 metri, cercando, oltre alla tempesta di rumori, idiomi e tesori: Hier ist die Deutsche Welle. Qui, Radio Mosca. Ici Radio France internationale. This is the Voice of America. Esta es Rádio Havana, Cuba. Tutte vivevano armoniose nella mia radio, malgrado fossero i tempi della Guerra Fredda. La radio si trovava vicino alle macchinette di ferro e agli aerei a pila, e ora non ho bisogno di dire nient altro sul mio profondo nomadismo. Da allora ho deciso, con l ingenuità dei miei dieci anni, di studiare tutte le lingue che potessi, di abbracciare il mondo, visto che non dubitavo delle sue promesse, che mi facevano cenni insistenti. L esperanto faceva per me, visto che credevo al suo messaggio di unità e sentivo in Zamenhof, creatore della lingua universale, la stessa fiamma post-babelica che mi divorava, a me e ad altri signori, con cui chiacchieravo in esperanto, e qui evoco il dott. Roberto, che possedeva la verda stello en la koro. Qualche professore mi ha segnato in questo ambizioso progetto: prima fra tutti, Frau Zoe Steoanov, questa ammirevole umanista, dalla cultura ampia e profonda, che mi ha insegnato il russo e il tedesco, aprendomi la strada a Goethe e Dostoievski dopo innumerevoli esercizi per assorbirne le declinazioni. Frei Hugo Baggio, che mi aiutò ad approfondire il greco e il latino, mi consigliò la lettura di fonti esemplari. O come Madame Rosa, con cui studiavo Racine e Molière quanto ridevamo con le Preziose ridicole! lei, tutta orgogliosa della tradizione francese, così come la cara drammaturga Maria Jacyntha, di cui sento nostalgia. Per quanto riguarda i professori d inglese, sono stati quadrati, taccagni, mediocri, sono tutti passati senza lasciar segno. Lo spagnolo e l esperanto sono venuti attraverso i libri. Continuo a studiare arabo, turco, persiano, rumeno e avanzo attraverso l ebraico. Tuttavia, non vedo nessun vantaggio, nessun attributo, nessun motivo di orgoglio nel sapere questa o quella lingua, e mi irrita, veramente tanto, quando mi domandano quante lingue conosco: parlo d altro, o rispondo, con un malcelato malumore, di aver perso il conto giacché, in fondo, lo studio delle lingue è una delle cose più banali di cui io abbia notizia. Il segreto di studiare lingue dipende appena da una forte disciplina e da una ragione determinata. La metafisica e la melanconia sono posteriori. Amo prima di tutto la lingua brasiliana, le forme rette e sinuose, la sonorità dell ão, il passato remoto, l eccesso, il fausto e l eleganza, e rimango perturbato con la forza di Antonio Vieira, l incomparabile e superbo Machado, la lamina di Graciliano, le onde di Clarice Lispector e la vertigine di Guimarães Rosa. Amo anche la lingua dei miei genitori, quella che governa i miei pensieri odi, amori, segreti, afflizioni e mi permette di spezzare le parole, pronunciare consonanti doppie, proiettare le vocali, alte e delicate, come il sublime Petrarca e il sordido Aretino, il grande Ungaretti e Giacomo Leopardi, mio fratello. All inizio, oltre all ansia comunicativa, mi divertivo a lanciare i verbi tedeschi alla fine della frase, a declinare il latino, a decifrare il greco, mal camuffato in portoghese, a interrogare o esclamare a testa in giù, in spagnolo, a disegnare i caratteri cirillici o arabici o, allora, a parlare strano esperanto, dal quale ho desistito a quindici anni, perché lo consideravo artificiale. Mi dava piacere come al pianoforte il virtuosismo, il dominio della struttura, degli ingranaggi, del motore della lingua. Ma questa prova d immaturità, fortunatamente, non è durata molto. Oggi provo orrore di fronte al virtuoso. L aspetto fondamentale è che ho sempre amato la letteratura, e, di conseguenza, la possibilità di arrivare ai testi originali era più emozionante che scoprire emittenti in un oceano di rumori. Sono stato catturato in una ben pensata trappola, la più pericolosa di tutte, la trappola del testo, dalla quale non sono riuscito a liberarmi fino ad oggi, quando leggo l ultima lettera-poema di lessiênin, le notti di Novalis, le vocali di Rimbaud, il marinaio di Coleridge, il sorriso di Beatrice, o l addio di Ettore e Andromaca, nell Iliade. La traduzione ha rappresentato per me quell ansia postbabelica. Tuttavia, non bastava conoscere le lingue originali. Dalla lettura alla traduzione fu un passo. Ma dovevo rispettare rime, accenti, allitterazioni, tutti gli aspetti da cui dipendeva il poema, senza dimenticare il sentimento-idea dell originale, il centro di gravità, intorno al quale tutto deve continuare a gravitare nella traduzione. Di quelle che ho realizzato, L isola del giorno prima, romanzo di Umberto Eco, è stata quella che mi ha dato più lavoro e la più divertente, la più difficile e la più affascinante. La storia entra in due frasi. Quasi un film avventuroso. Il resto, belle e attraenti variazioni sullo stesso tema. Qualcosa di Ravel. Tuttavia, al viaggio di Roberto così pieno di rischi e naufragi ha corrisposto il lavoro non meno pericoloso di traduttore. Questo perché il romanzo è scritto in due lingue: italiano barocco e italiano moderno. Si trattava di fare lo stesso in portoghese. Affinché non si perdesse quel contrasto. E inoltre: la passione enciclopedica di Eco ha abbracciato la medicina e l alchimia, la botanica e la teologia. Tutto questo in dettaglio e secondo le espressioni (dimenticate o quasi) del XVII secolo. Parole che vestono gli abiti del tempo di Marino. Neologismi che sono nati con la stessa velocità in cui sono spariti. Inversioni frasali. Alliterazioni. Giochi di parole. Bene: il lavoro durò sei mesi. Tutto questo tempo sull isola. Guardandola con amore e disperazione. Innamorato. Incantato. Imprigionato. Più di sessanta dizionari. Il mondo che diveniva una nave. Le biblioteche di Rio erano la stiva. Dopo le vele gonfie Washington, Roma e Lisbona. I venti di internet portavano a mari mai prima navigati, elettronici, ciberspaziali (che hanno reso obsoleta la radio ad onde corte). E per qualche parola ci volevano settimane. Per altre, mesi. Bisognava controllare le fonti del romanzo. Riesaminare le soluzioni. Trasportare verso il portoghese. Quando arrivava la parola perfetta, mancava solo dire: terra! terra! Dopo, la Storia tragico-marittima. Le Lettere portoghesi. I sermoni, di Vieira. Manuel Bernardes. La Poliantéia medicinal, di Semedo. I poemi di Camões. Tutto questo per riscrivere la nostra lingua barocca. Il dizionario di Bluteau. Quello di Morais. L isola del giorno prima mi ha portato alla tanto amata letteratura luso-brasiliana. La mia patria è lingua portoghese. Quale sarà stata l Isola di Roberto, protagonista della storia? Non c è mistero. Si chiama Qamea. Vicino a Fidji. Per la letteratura, tuttavia, niente di ciò è importante. Roberto non l ha mai raggiunta. Forse il suo nome è utopia nell accezione positiva della parola. Quella che muove e protegge. Pasárgada di Baneira. Innesfree di Yeats. La traduzione, Ilha do Amanhã. Soltanto quando ho deciso che il compito era finito, ho mandato un fax ad Umberto Eco, facendogli i complimenti per la profonda ingegneria con cui ha plasmato L isola del giorno prima, frutto di profonda erudizione, scriveva a Lilia. E così sono riuscito a liberarmi dall Isola, dalle trappole del suo autore, con cui ho scambiato nuovi messaggi che segnalavano gesti di amicizia e ammirazione. Tuttavia, dentro di me rimane quella stessa scintilla potente, che mi causava inquietudine, quello stesso bisogno ostinato che mi ha portato a conoscere altre lingue, malgrado toccate dall ombra dell irraggiungibile, visto che la traduzione è un campo di forze fluttuanti, il cui limite se ce n è qualcuno, sembra abitare l ancora-no, il fuoco di Prometeo, il frutto proibito, o il tentativo impossibile, ma sempre desiderato, di ricostruire, con timore e tremore, le scale della Torre. (testo originale in portoghese di Marco Lucchesi tradotto da Cristiana Cocco Carvalho) Le mie scale 8 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

6 Entrevista O mais belo acidente da história do cinema Manaus (AM) - Ela protagonizou, com Burt Lancaster, uma das cenas de dança mais famosas da história do cinema, em O leopardo, de Luchino Visconti. É uma das mais belas atrizes de todos os tempos. E o que a engrandece ainda mais: é também, indiscutivelmente, uma das mais talentosas. Hoje, com 66 anos, Claudia Cardinale, que diz ter iniciado no cinema por um acidente, não abandonou o set, mas trilha outros caminhos. Ela, que já participou de mais de 115 filmes, escreveu uma autobiografia, tornou-se embaixadora da Unesco na defesa da mulher e, volta e meia, é homenageada em festivais de cinema pelo mundo a fora, como aconteceu na primeira semana deste mês, no Amazonas Fest Film. Em uma bem-humorada entrevista à Comunità, a atriz se diz amante do cinema brasileiro, mas alerta: É preciso investir em co-produções com outros países. Audimar Arruda Jony Clay Borges (Especial para Comunità) Comunita Italiana A senhora disse certa vez que Um rosto conta uma história e com isso ganhou muito respeito no meio artístico por não se incomodar com a idade. Ainda assim, existe um tabu na indústria cinematográfica em contratar atrizes que já passaram dos 50 para papéis principais. O que acha deste preconceito? Já viveu um problema desse tipo? Claudia Cardinale Não, pois ainda trabalho em todos estes anos. Desde quando eu era jovem, aos 18 anos, até agora, que não sou mais jovem, ainda estou trabalhando. Acabei de terminar um filme na França, e estive atuando em uma peça de teatro de Tennessee Williams. Ainda não estou longe dos filmes. CI Idade não é problema, então? Cardinale Não, acredito que não. Creio que pode até depender de atriz para atriz, mas nunca passei por esse problema. CI Oito e meio, de Fellini, ou O leopardo, de Visconti? Qual filme foi o mais decisivo em sua carreira? Cardinale Para mim, o mais decisivo foi o momento, pois eu fiz os dois filmes ao mesmo tempo. Trabalhei um mês com Luchino [Visconti]. Então, viajei para Roma, para trabalhar com Fellini. Eles eram os mestres da Itália, você sabe, os nonos. CI Com qual diretor foi mais fácil de trabalhar? Cardinale Sempre tive uma relação maravilhosa com todos os diretores. Tive a oportunidade de trabalhar com os mais importantes diretores do mundo na Itália, na França, na Inglaterra, na Rússia, nos Estados Unidos, e na América do Sul, na Austrália... de todos os lugares. Minha relação com eles era maravilhosa porque nunca os convido, eles é que me convidam. [Risos] CI A que a senhora credita essa reverência dos diretores por seu trabalho? Cardinale Eu realmente nunca convidei. Desde que era jovem, sempre trabalhei muito, fiz quase 115 filmes. Fui escolhida, representei quase toda a literatura italiana no cinema. Realmente tive o privilégio de trabalhar com os cineastas mais importantes. E eles se tornaram todos meus amigos. CI Que personagem mais a encantou, e por quê? Cardinale O fato é que gosto de mudar minha personalidade. Fiz a prostituta, a princesa, a nativa do Sul, do Norte, do campo, das montanhas. A beleza disto é que você pode viver uma vida e, eventualmente, ter uma nova vida. [Risos] CI A senhora não tem um personagem preferido, então? Cardinale Não, gosto de desafios. Não gosto de ser eu mesma nos filmes, gosto de ser outra pessoa. CI Quem a inspirou a seguir na carreira cinematográfica? Cardinale Nunca tive algo do tipo o cinema para mim foi um acidente. Nasci em Túnis, na Tunísia a partir de muitas gerações de sicilianos na minha família. Minha cultura é francesa, minha naturalidade é italiana e nasci na África. Assim, tenho três nacionalidades. O fato é que sempre me chamaram para fazer filmes, e eu sempre disse: Não, não, não!. E porque eu sempre dizia Não, estou aqui esta noite! [Risos] CI Se o cinema foi um acidente na sua vida, poderia dizer que espécie de acidente foi esse? Cardinale Recusei muitas vezes e eles [diretores e produtores] ficavam muito surpresos. Ficavam insistindo bastante. Pensavam: Por que esta garota diz não??. [Risos] E eles insistiam. Enfim, disse: Tudo bem, faço!. Assim, fiz filmes com Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Totó, os atores mais importantes, e com o maior diretor italiano da época, Mario Monicelli. CI A senhora foi indicada, cinco anos atrás, como Embaixadora da Unesco por seu trabalho social pelo desenvolvimento e educação da mulher. Poderia falar um pouco sobre essa ação social que desenvolve? Cardinale É difícil. Pois você sabe que, quando se luta pelos direitos de uma mulher, a política está sempre ali. É difícil, às vezes, seguir em frente. Tento ser a voz daquelas mulheres a quem não é permitido falar. Agora, por exemplo, daqui a cerca de duas semanas, estarei em Roma, com [Mikhail] Gorbachev. Será a noite das personalidades mais idosas do prêmio Nobel. Todos estarão lá e vamos viajar para Luanda. Assim, uma mulher que escreveu um livro, que é uma das poucas ainda vivas, vai ler um discurso no palco para os outros Nobel. CI A senhora foi vítima de abuso sexual na juventude. Essa experiência a compeliu a exercer essa atividade social em prol da mulher? Cardinale Talvez. Não tenho essa visão, mas talvez sim. CI As celebridades e pessoas famosas poderiam fazer mais para diminuir as distâncias sócio-culturais hoje existentes no mundo? Cardinale É muito importante se comunicar com as outras pessoas. Porque algumas pessoas têm sorte, e outras não. Se o mundo puder se abrir mais, é possível ajudar muito mais pessoas. Sinto isso de forma muito intensa. CI Quais são seus próximos projetos, no cinema ou na área social? Cardinale Há pouco terminei um filme na França, Tous frais payés, uma comédia realmente maluca. E no último inverno, como mencionei, estive fazendo uma peça de Tennessee Para chegar onde chegou, ele não é estúpido. Ele sabe o quer SOBRE SILVIO BERLUSCONI, PREMIER ITALIANO Reprodução Williams no teatro. Atualmente, tenho outros projetos, mas nada ainda confirmado. CI Gostaria de saber o que conhece da cinematografia brasileira. Esta cinematografia está evoluindo? Ou ainda existe muita coisa a fazer pelo cinema no lado de baixo da Linha do Equador? Cardinale Fiz dois filmes no Brasil. Fiz uma sambista, nos anos 60, no filme Uma rosa para todos, com um diretor italiano, e em 1982 fiz Fitzcarraldo [dirigido por Werner Herzog], com Klaus Kinski, na Amazônia e no Teatro Amazonas, que é o mesmo teatro de 20 anos atrás e onde estarei esta noite [no encerramento do Amazonas Film Festival]. [O festival] é muito importante, pois é um meio de se comunicar com o mundo. O importante é fazer co-produções, pois assim o cinema se movimenta e sai daquele nicho. Se um filme é produzido somente no Brasil, não tem como sair. É preciso investir em co-produções com outros países. CI Enfocando o cinema italiano atual, a senhora acredita que a indústria cinematográfica italiana está evoluindo? Cardinale O momento que vivi foi o melhor, com os melhores diretores. Depois disso, o cinema teve seus altos e baixos. Acredito que é normal, pois o cinema francês e o americano também têm seus altos e baixos. CI Existe alguma personalidade de quem gosta na cena italiana atual, entre diretores ou atores? Cardinale Bem, gosto de Monica Belucci, ela é muito bonita. E há alguns bons diretores jovens saindo agora. Mas não é fácil, porque não há improvisação para ser um diretor, é uma profissão. Você precisa saber fazer. Por exemplo, quando chego a um set e o diretor imediatamente posiciona a câmera na cena, podemos filmar! [Risos] CI Em sua biografia [ Eu, Claudia, Você, Claudia, escrita com a ajuda da jornalista Anna Maria Mori] a senhora conta que sofreu durante a Segunda Guerra. O que guarda na memória daquele período? Cardinale Algumas coisas ficam na mente. Eu era quase um bebê, com minha irmã Blanche. Meu verdadeiro nome, aliás, é Claude. Lembro de uma vez em que estava com ela, meu pai e minha mãe, e próximo de nossa casa caiu uma bomba. Lembro disso desde então. CI Onde vive atualmente? Cardinale Em Paris. CI Sobre a atual administração italiana, o que acha de o governo estar nas mãos de um homem que controla praticamente todo o sistema de comunicação? Cardinale Não é exatamente assim, preciso dizer. Berlusconi começou como um cantor. Ele não tinha nada. Para chegar onde chegou, ele não é estúpido. Sabe o que quer. Acho que não é verdade tudo o que dizem contra ele, porque na política, entre a esquerda e a direita, existem sempre brigas e brigas. Há liberdade na televisão, não é programado. As pessoas falam muitas coisas. CI A senhora mora em Paris, mas vai regularmente à Itália? Cardinale Vou freqüentemente à Itália, porque lá está minha família, minha mãe, meu irmão, minha filha, meu companheiro... e meu filho, que mora há muitos anos em Nova York. E volta para me encontrar lá. Vou várias vezes à Itália, gosto muito de viajar. Tenho de falar todos os dias com minha mãe, que mora em Roma. Do contrário, fico doente! [Risos] E ainda há minha irmã, que mora na Polinésia, aonde devo ir daqui a uns dez dias. CI E seu recado para os fãs? Cardinale Recebo montes e montes de cartas de todas as partes do mundo. Entre elas, vez ou outra, há cartas de jovens. Acredito que eles descobriram estes filmes [o clássico O leopardo, por exemplo], e realmente senti isso em suas cartas. Linda, Cardinale encantou na década de C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

7 Capa Roma Milão e Rio de Janeiro Não faltaram exercício diplomático e muitas idas e vindas à Itália do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luis Fernando Furlan, para que, após três anos à frente do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolvesse, enfim, dar o ar da graça em Roma. É verdade, Lula não beijou a mão do papa, mas a visita rendeu um saldo positivo junto aos investidores italianos. Lula também não viu Silvio Berlusconi, por motivos que beiram às raias ideológicas. Deu uma sutil esnobada no premier italiano, mas não abriu mão do convite do presidente Carlo Azeglio Ciampi e nem de um caloroso encontro com políticos da esquerda italiana, tradicionais aliados do Lula ainda sindicalista. Estavam lá, entre outros, para apertar-lhe a mão, os companheiros Massimo d Alema, Fausto Bertinotti e Francesco Rutelli. Lula desembarcou no dia 15 de outubro para dois dias de uma longa conversa com Ciampi. Mas o objetivo da visita era mesmo apagar a imagem desgastada no exterior, um incômodo efeito colateral do escândalo mensalão denunciado em julho. Para o encontro com Ciampi, no Palazzo Quirinale, uma farta lista de pedidos por mais investimentos italianos. Encabeçavam-na os setores da infra-estrutura e de energia e a cooperação nos campos da ciência e da tecnologia. A visita de Lula não foi meramente um passeio, embora houvesse um tempinho para tal. E até o fez. Ele chegou à Embaixada brasileira, na Piazza Navona, em Roma, a noite, mas disposto a levantar cedo para falar de política e de negócios. Mesmo com os ainda mal cicatrizados arranhões políticos, o presidente foi saudado por dezenas de pessoas, entre brasileiros e estrangeiros curiosos. Utilizando o jargão teatral: era a deixa necessária. Quebrou o protocolo. Saltou do carro em frente à porta do Palazzo Pamphili e abraçou, literalmente, o povo, fazendo pose para fotografias e batendo um papo com alguns fãs. Sobrou generosidade até para a imprensa o que não acontece nas paragens verde-amarelas. Lula, que até hoje só concedeu uma entrevista coletiva no Brasil e uma recente gravação no Rodaviva da TV Educativa, fez questão de comentar com os jornalistas sobre a agenda do dia seguinte. E teve mais: prometeu avisar à imprensa caso resolvesse sair para dar um passeio. Pronto. Caiu no gosencantada pela Como chefe de estado, Lula esteve pela primeira vez na Itália e convenceu seus pares esquerdistas e empresários de que a despeito da crise política em Brasília estará firme nas eleições de 2006 porque a economia estável lhe garantiria isso. Foi aplaudido de pé em seus discursos. Mesmo assim, a cartada para a reeleição foi dita nas entrelinhas. Não há pressa, assinalou o presidente do Brasil. A estrela do PT, pelo visto, ainda brilha... lá fora Fotos: Ricardo Stuckert / PR estrela André Felipe Lima e Guilherme Aquino Ciampi mostra a Lula as belezas de Roma. Investimentos bilaterais no horizonte to de todos. Era a certeza de que havia pisado o solo italiano com o pé direito. Um refresco necessário a ele, cuja imagem está se desgastando a cada pesquisa de opinião pós-mensalão. A manhã e a tarde de domingo estavam livres, pois como já mencionamos Lula recusou convite para visitar a vila de Berlusconi, na ilha da Sardenha. Mas a promessa feita no dia anterior aos jornalistas foi esquecida depois de uma boa noite de sono. Naquele domingo ensolarado, enquanto os seus assessores Marco Aurélio Garcia e Andre Singer voltavam de uma caminhada, vestidos de short e camiseta e calçados com par de tênis, Lula, como de costume no Brasil, despistava a imprensa e saía pelos fundos da embaixada dentro de um Mercedes azul, sem a bandeira brasileira. Os jornalistas foram atrás, mas o perderam de vista no confuso trânsito de Roma. Mais tarde soube-se que o roteiro turístico do presidente Lula e da primeira dama, dona Marisa, incluiu uma passagem pela basílica de São Pedro, no Vaticano, visita à colina Gianicolo, passeios pelas ruínas do foro imperial e pelo Coliseu e, como ninguém é de ferro, uma parada para um cafezinho no tradicional Sant Eustachio, bem ao lado do Pantheon, monumento imperdível. O afago naquelas dezenas de curiosos logo que desembarcou em Roma foi pouco para consolidar a imagem de Lula e dona Marisa junto aos romanos. Por onde passou não deixou pista alguma, como um anônimo casal de turistas, se misturando às centenas de estrangeiros que circulam pelos cartões postais de Roma a qualquer hora do dia. Mas tinha muita coisa a ser feita e o descanso cessou. Na segunda, 17, Lula participou das festividades dos 60 anos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FOA), em Roma, sede da entidade. No Dia do Alimento do Mundo, o tema escolhido foi a Agricultura e o Diálogo Intercultura. Lula recebeu um mimo da ONU, a medalha do Mérito Agrícola, a mais alta condecoração da entidade. No mesmo dia, encontrou-se com Ciampi para falarem de política econômica. A prosa foi longa. E nem seria diferente. A Itália é, afinal, o sexto país que mais comercializa com o Brasil e o décimo que mais investe em solo brasileiro. As relações bilaterais entre os dois países movimentaram cerca de US$ 5 bilhões nos últimos cinco anos. Fiat e Telecom Italia, por exemplo, consolidaram-se como players em seus segmentos no mercado brasileiro. Tanto as grandes empresas italianas no país, quanto às pequenas e médias aumentaram em 20 pontos percentuais os seus investimentos no Brasil. Não é a toa que Ciampi chamou Lula num canto para conversar e deve ter lembrado a ele que no Brasil, de norte a sul, há cerca de 25 milhões de descendentes de italianos. Só no estado de São Paulo há mais de 15 milhões. Não se pode desprezar dado tão contundente quando se fala em investimentos. Mas Lula sabe disso. Ou, pelo menos, acreditamos que sim. Afinal, ele disse ter uma oriundi dentro de casa: Lá em casa temos sangue nordestino, o meu, e sangue italiano, o da minha mulher disse Lula no discurso aos empresários italianos. Ela, aliás, antes da viagem, conquistou a cidadania italiana. A Itália recebe do Brasil peças e equipamentos dos setores metalúrgico e aeronáutico, couro, borracha e produtos alimentícios. Na mão inversa, os italianos exportam produtos químicos, medicamentos e equipamentos dos setores eletro-eletrônicos, metal-mecânico e automobilístico. A balança comercial pende hoje para o lado brasileiro, mas durante muitos anos prevaleceu no topo a bandeira tricolor. Mas o fato de o Brasil hoje ter superávit nas relações econômicas com a Itália não é sinônimo de que tudo está às mil maravilhas. Enquanto a maciça maioria do que exportamos é commoditie logo, com preços mais reduzidos, recebemos da Itália produtos manufaturados. Durante as conversas de Lula com Ciampi e empresários italianos, as cartas foram distribuídas: os setores brasileiros que deverão receber investimentos da península em 2006 são os de telecomunicações, metal-mecânico, bancário-financeiro, agroindústria e turismo. Lula foi bem orientado por Furlan, que visitou várias vezes a Itália este ano. Como disse o ministro em entrevista exclusiva à Comunità em abril, os números entre Brasil e Itália são encorajadores. As importações da Itália, por exemplo, cresceram 14,2%, passando de US$ 1,62 bilhão, em 2003, para US$ 1,85 bilhão, em Disse Furlan, na ocasião: Nossas vendas para este país, de 34,5%, superaram a média geral das exportações, de 30%. A participação da Itália na nossa pauta este ano aumentou para 3,1%, revertendo a tendência de queda que vinha sendo observada desde 2000 (...) os produtos italianos representam 3,26% de tudo o que compramos, o que mostra que não há discrepância no comércio bilateral. O saldo comercial entre os dois países, no ano passado, foi em torno dos US$ 5 bilhões. Muito abaixo das reais potencialidades, segundo Lula. Mas são os arranjos produtivos locais (APL s), também conhecidos como clusters, o que mais empolga Furlan quando a pauta sobre Itália e Brasil é despachada com Lula, que, por sua vez, conversou com Ciampi sobre esse cenário empreendedor que começa a ser difundido com mais desenvoltura no mercado brasileiro. SÍMBOLO DE GLOBALIZAÇÃO O discurso de Lula deu certo. Logo ele, que ouve mais críticas que elogios dos empresários brasileiros por conta de sua política econômica calcada na maior taxa de juros do mundo, foi aclamado em Roma pelos investidores italianos, entre os quais o presidente da Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria), Luca di Montezemolo, também presidente da Fiat, para quem o Brasil é ainda mais agora após a criação das PPP s (Parcerias Público-Privadas) uma economia em expansão (5% ao ano) graças a uma política fiscal severa, uma inflação sob controle e exportações dinâmicas. Em face disso, o presidente da Fiat anunciou uma missão empresarial de grande porte, para o primeiro semestre de 2006, ao Brasil e convidou os empresários a aderirem ao projeto. O presidente da Fiat, Luca di Montezemolo [NA FOTO], anuncia missão empresarial de grande porte ao Brasil em 2006 O mercado prioritário para nós em 2006 é o Brasil. Ao lado de Estados Unidos e Europa, o Brasil é o terceiro [mercado] do Ocidente. Não podemos perder essa oportunidade de investimento (...) apesar do grande investimento que fizemos no Brasil nos últimos dois anos, não há nenhum motivo para ficarmos satisfeitos. Vamos investir muito mais discursava Montezemolo para Lula, que era sorriso de orelha a orelha. Os elogios eram eloqüentes: Montezemolo enfatizava que a economia brasileira cresce 5% ao ano, superando a evolução do PIB de 2004, que foi de 4,9%. Mas quem fez Lula lavar a alma mesmo foi o vice-ministro da Atividade Produtiva, Adolfo Urso: O Brasil é o símbolo da globalização. É um país global, que consegue viver em clima de tolerância. Depois de inflamados e emblemáticos discursos, os cerca de 350 empresários italianos silenciaram para ouvir o comandante da exemplar nau da globalização. Lula, então, disse que não temessem os juros para investirem no Brasil porque o País entrou num processo de redução da taxa de juros. Garantiu que a economia não mudará em função da corrida eleitoral de Não haverá surpresas, discursava. O comandante foi mais incisivo quando referia-se diretamente ao povo brasileiro. Disse que enfrentará, sem populismo, quem tiver que enfrentar para proteger o Brasil e manter os avanços sociais e a conquista da cidadania. O tom das palavras de Lula era esse mesmo: tudo pelo social, de olho em O palanque do evento foi mais uma oportunidade para defender o fiel escudeiro, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a quem Lula confia o sucesso de seu mandato a despeito da crise política. Mas ele também se referia a todo o seu ministério, 12 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

8 Capa que deveria manter um só discurso e uma só cara. Lula sabe que, se pretende vislumbrar um retorno ao Planalto em 2007, isso dependerá de uma sinergia incomum em qualquer governo brasileiro ao longo da história. Talvez Getúlio Vargas e a ditadura militar, entre 1964 e 84, tenham chegado próximos a isso (e sabemos como). Utopia ou não, o ex-metalúrgico espera acabar com esse mito e manter-se forte para Palocci é o fiel da balança e seu principal cabo eleitoral. Certamente, a gente poderia ter crescido um pouco mais, os juros poderiam ter caído mais rapidamente, mas isso já aconteceu antes. Conseguimos esse equilíbrio. O grande plano que queríamos ter era o plano da credibilidade assinalava Lula, com palavras e indicadores econômicos [geração de empregos, poupança interna crescente, etc.] especialmente desenhados para um acordo que ele espera fechar ainda este ano entre Mercosul e União Européia. ESQUERDAS UNIDAS Lula sentiu-se em casa durante sua passagem por Roma. Se Berlusconi não o viu, os antagonistas do premier italiano saudaram efusivamente o presidente brasileiro. O almoço foi na Embaixada do Brasil. E, no final da tarde, houve uma romaria de políticos da esquerda italiana, tradicionais aliados de Lula desde os tempos do sindicalismo em São Bernardo. Estiveram com Lula Massimo d Alema, Fausto Bertinotti, Francesco Rutelli, entre outros. Os dirigentes de nove partidos não faltaram ao encontro, que teve um peso maior por ter sido no dia das eleições prévias da L Unione, coalizão de centro-esquerda para o grande pleito do próximo ano. O presidente Lula esteve com Romano Prodi, vencedor da L Unione para 2006, que elogiou a política econômica do Brasil. O prestígio de Lula entre os esquerdistas italianos é alto. Prodi priorizou a vista ao presidente do Brasil a apuração das inéditas prévias internas da L Unione realizadas na véspera do encontro com Lula em todo o país. Mas a crise do mensalão preocupa os italianos aliados de Lula. Prodi, líder do grupo político, está do lado de Lula, mas reconhece que a situação do presidente do Brasil é difícil. O que lhe salva, porém, é a estabilidade econômica. O grupo de esquerda conversou sobre diferentes assuntos com Lula, mas, principalmente, sobre uma estratégia comum e de mútua colaboração para a vitória de ambos no próximo ano. A declaração mais aberta sobre o espinhoso tema da provável candidatura ainda não anunciada oficialmente por Luiz Inácio foi de Francesco Rutelli: Nós vamos vencer aqui, na Itália, e o presidente Lula será reeleito nas eleições de outubro do ano que vem prevê o político italiano. Prodi: visita ao Lula foi mais importante que acompanhar prévias internas da L Unione Lula não se fez de rogado. Endossou as palavras dos políticos italianos e disse que vai trabalhar pela união de centro-esquerda no Brasil. Durante a conversa com os camaradas italianos, que não foi aberta à imprensa, Lula também recebeu, segundo interlocutores que presenciaram o encontro, representantes de entidades civis. Foi mais uma oportunidade para enfatizar que a crise política serviu para mostrar ao Brasil quem está a favor e quem está contra o governo. Responsável pela operação Mãos Limpas, que combateu a corrupção na Itália em 1990, Antonio Di Pietro alertou para a corrupção no Brasil, mas com ressalvas. Para ele, trata-se de um problema mais endêmico no Brasil que o que aconteceu na Itália. Di Pietro disse que ao Brasil só resta apoiar a reeleição de Lula. E que a esquerda do Brasil faça o mesmo pela L Unione, que lançou Romano Prodi como candidato em 2006 para o cargo de primeiro-ministro. O CHARME DE LULA Apesar do apelo dos italianos de que Lula é o candidato ideal para as eleições de 2006 no Brasil, o presidente optou por um discurso evasivo. Disse que ainda não se decidiu se tentará ou não a reeleição e que somente em maio deverá anunciar se vai ou não lutar pela cadeira principal do Planalto. Não estou candidato. É uma decisão que não tenho interesse algum de tomar agora. Ciampi e Lula passam a Guarda: não faltou mimo ao presidente brasileiro em Roma Tenho tempo. Posso esperar abril, maio, para decidir. Estou tranqüilo. Todo mundo sabe o que penso da reeleição. O meu problema agora é fazer com que o Brasil faça [sic] cada vez mais porque precisamos aproveitar esse bom momento assim, Lula fechava o discurso aos empresários, na Confindustria. Foi aplaudido de pé. Ele também participou de um festival inusitado de discursos não menos inusitados, na FAO, que teve o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, como protagonista. Luíz Inácio chegou ao auditório acompanhado de Chavez. Foi um dia de palavras duras contra os países ricos. O presidente Robert Mugabe, do Zimbábue, criticou o governo americano pela pobreza no mundo. Chavez, com ironia sobre o Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou que eles os países ricos criaram o Fundo Marciano [sic] Internacional para acabar com a vida na terra. Este mesmo fundo de investimentos teria sido, segundo o presidente venezuelano, o responsável pelo extermínio da vida no planeta vermelho [sic]. Muito provavelmente Chavez se referiu ao que ele define como perseguição do neo-liberalismo a países, como Cuba, que sofrem embargo econômico liderado pelos Estados Unidos há vários anos. Nosense e metáforas a parte, em sua vez de discursar, Lula alertou os interlocutores para a fome e as armas de destruição em massa. Disse que a questão é um problema político e que deve ser discutida em todas as reuniões oficiais. Num auto-exame de consciência pública, defendeu maior severidade e ética dos países pobres para continuarem a receber doações dos ricos. O presidente brasileiro foi o homenageado do dia. Recebeu a medalha do mérito agrícola e um certificado pelo Fome Zero. Ele também anunciou o programa América Latina Sem Fome e a cidade de Porto Alegre como sede para o encontro da FAO, em Sobrou, contudo, tempo para uma ironia: Finalmente tenho um diploma disse, referindo-se ao certificado que recebeu da FAO. No evento, em nenhum momento falou da atual crise do governo. Essa batata-quente caiu nas mãos do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Os problemas dos brasileiros se resolvem no Brasil disse o ministro, curto e seco. Quanto ao embargo russo à compra de carne brasileira, o ministro garantiu que o governo está agindo para coibir o avanço da febre aftosa, que já matou milhares de cabeças de gado no centro-oeste do País e vem motivando uma brusca queda de consumo interno da carne e, sobretudo, embargos internacionais ao produto brasileiro. Mas saldo na Itália foi bom para um chefe de estado que até então não havia visitado um dos principais parceiros históricos na cultura e na economia. Antes de deixar Roma, já no aeroporto rumo à Moscou, onde foi costurar com outros antigos camaradas, Lula ressaltou aos jornalistas, que se engalfinhavam, que não há pressa para subir nos palanques eleitorais. Depois do tom dos discursos em Roma, imagine se tivesse pressa. Fundo milionário Acordo entre bancos italianos e BNDES prevê US$ 80 milhões para criação de arranjos produtivos no Brasil Guilherme Aquino Correspondente MILÃO Milão Enquanto Lula fazia um pomposo discurso político em Roma, o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, reforçava o tom da segurança econômica do Brasil em mesa-redonda de negócios em Milão, com vários representantes internacionais. O Brasil, pelo seu tamanho e peso político, é um dos países com a maior possibilidade de ganhar novos investimentos italianos. Foi aí que Mantega entrou em cena em uma das mesas-redondas e saiu dela para assinar um importante acordo de cooperação para alavancar o conceito italiano de Arranjos Produtivos Locais (APL s) no Brasil: Estamos criando um fundo de investimento com a participação de bancos italianos para financiar a instalação de pequenas e médias empresas de ponta no Brasil. Este fundo terá, a princípio, cerca de US$ 80 milhões. Uma vez que estas empresas estejam no país elas irão criar novos empregos e transferir tecnologia disse Mantega à Comunità. Criar uma legislação específica, que permita aos arranjos produtivos locais a transformação em pessoa jurídica, é o próximo passo de Mantega. Na Itália, o processo legislativo já está adiantado. Uma lei para os APL s é imprescindível para o acesso das empresas ao crédito. Um APL pode reunir, por exemplo, 20 empresas. Seria muito mais fácil para o BNDES conceder empréstimo a um APL, que pode concentrar várias empresas, do que para cada uma das empresas. A crise política pela qual o Brasil está terminando de passar não atrapalha o interesse do investidor estrangeiro, que tem uma visão a longo prazo, principalmente com os projetos das Parcerias Público-Privadas. Estamos terminando de preparar os modelos de licitações, que deverão estar prontos até o fim do ano adiantou o presidente do BNDES à reportagem. EXEMPLO LOMBARDO Os setores da infra-estrutura são aqueles que mais necessitam de investimentos pesados. A ferrovia norte-sul e um anel rodoviário no estado do Rio de Janeiro, são dois dos primeiros cinco projetos a serem oferecidos. O governo entra como sócio no começo, mas aos poucos, depois de tudo concluído, inicia a retirada explicou o ministro Mantega. Mas não são apenas as grandes obras que podem servir de chamariz para o capital externo. A região da Lombardia, área de excelência do sistema produtivo italiano, baseada na rede de pequenas e médias empresas, já viabilizou investimentos no Brasil da ordem de 3,6 milhões de euros nos últimos cinco anos. Os 36 projetos estão espalhados pelos estados do Acre, Amazônia, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Para, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Sul. O desenvolvimento de distritos e pólos industriais, através da cooperação com o Sebrae (Serviço de Apoio as Pequenas e Medias Empresas) e com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), são alguns dos frutos das duas missões da região da Lombardia ao Brasil, nos anos de Elas [as APL s] irão criar novos empregos e transferir tecnologia GUIDO MANTEGA, [FOTO ACIMA] PRESIDENTE DO BNDES, SOBRE A PARCERIA COM BANCOS ITALIANOS 2000 e Não por acaso, o norte da Itália responde por mais da metade das importações do país (68,9%) provenientes da aquisição de produtos brasileiros, chilenos e argentinos, nesta ordem. Já as exportações lombardas respondem por 25% do total italiano. A Itália compra metais e commodities (carne, couro, rações para animais, café, etc.) e vende máquinas industriais, mecânicas e elétricas, além de meios de transporte. A Itália pode se transformar, junto com Portugal, na principal cabeça de ponte do Mercosul com a União Européia. O acordo para a criação de um canal de comércio entre os dois blocos poderá ser assinado ainda no primeiro semestre de A vontade política é grande para que este acordo saia logo, mas ainda existem algumas dificuldades a serem contornadas como o subsidio agrícola, algumas barreiras alfandegárias. Estamos certos de que, com a assinatura do acordo, vamos incrementar as nossas exportações para a União Européia disse à Comunità o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Ivan Raposo. Quase a metade das importações realizadas pela UE passa pelo Brasil. Maior exportador de frangos do mundo, o país está atento aos problemas da gripe aviária. Esperamos exportar cerca de US$ 8 bilhões em carne. Temos o problema da febre aftosa no país e da aviária, aqui na Europa. Já estamos sofrendo as conseqüências dessa questão com o embargo da nossa carne por países como a Rússia. Mas essas são medidas apenas de precaução e que não deverão durar muito tempo, e ainda restritas a alguns estados brasileiros. Nossos técnicos estão solucionando o problema afirma Raposo. O comércio da América Latina tem na Holanda, na Alemanha e na Itália - nesta ordem - os principais destinos das mercadorias. Mas as facilidades da língua e a mesma origem latina fazem do Brasil e da Itália dois países com grandes perspectivas de aumento na troca de experiências nos mais diferentes mercados. A nossa abertura rumo ao estrangeiro nos transforma em uma importante ponte econômica e cultural entre a Europa e as Américas do Sul e Central. Queremos dividir os instrumentos de desenvolvimento capazes de promover, estimular e valorizar um mercado de enorme potencial afirmou o presidente da Câmara de Comércio de Milão, Carlo Sangalli. Esses instrumentos passam pela Promos, braço especial da Câmara de Comércio, para identificar áreas de interesses afins e servir de elo entre as duas pontas do processo. Estamos sempre trabalhando para encontrar novos instrumentos de financiamento para futuros investimentos ressaltou o presidente da Promos, Bruno Ermolli. Além do Brasil, um time de empresários acompanhou de perto os debates de autoridades dos setores econômicos dos países como Argentina, Peru, Colômbia e Venezuela. A competição com o já emergente mercado chinês e as oportunidades de investimentos na Europa do Leste estão desfocando os interesses italianos sobre a América Latina. Para recuperar o terreno perdido e criar novas fronteiras de comércio, a Segunda Conferencia sobre a América Latina abriu as portas deste enorme continente em pleno centro de Milão. As reuniões foram realizadas no prédio da Bolsa de Valores e no Palazzo Mercanti e promovidas pela Câmara de Comércio de Milão. O Brasil, pelo visto, saiu-se bem. Arquivo BNDES 14 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

9 Política Controle da A mistura de cinema e política sempre foi explosiva. Nas telas, porém, os cineastas principalmente os neo-realistas conseguiram imprimir algum lirismo. Dali nasceram obras-primas. Propósito que não fazia parte dos planos da propaganda fascista. Foi ela quem primeiro percebeu que a sétima arte seria a ferramenta principal para manter as massas sob o guarda-chuva totalitário. Moldar as novas gerações era o desafio, preparar jovens para aceitarem o futuro fascista era o intuito. Formaram-se os chamados balilla, adolescentes fardados miniaturas dos camisas negras, fiéis militantes iludidos pela idéia de uma Grande Itália. Assim, sob a tutela do estado, surgiu o cinema educativo, cujo protagonista era Benito Mussolini. O roteiro, inabalável: ode ao fascismo. Hoje, porém, todo o conceito não foi enterrado com o fim da Segunda Guerra. Deixou informação Macunaíma e viva A historiadora gaúcha Cristina Rosa desenvolve pesquisa sobre a influência do cinema educativo fascista no Estado Novo de Getúlio Vargas e esboça uma aproximação da propaganda política do passado com o que se discursa atualmente em Brasília herdeiros não tão enfáticos como a comunicação fascista mas com nuances indeléveis. O discurso do Estado Novo de Getúlio Vargas é um deles. A historiadora gaúcha Cristina de Souza Rosa, 30 anos, está debruçada em um complexo estudo sobre essa conexão entre os discursos de Getúlio Vargas e de Mussolini estampados no cinema educativo, que segundo ela buscava formar um novo cidadão honesto e que ame seu país sobre todas as coisas. Comecei a pesquisa na minha tese de mestrado, onde estudei somente o cinema educativo do Estado Novo de 30 a 45. Foi quando percebi que nas revistas e nos jornais os repórteres, intelectuais e educadores falavam sobre a importância do cinema educativo, mas sempre se referindo à Itália, dizendo que Mussolini estava dando importância ao cinema educativo André Felipe Lima assinala Cristina, que agora esboça em seu doutorado a comparação entre os cinemas educativos fascista e do Estado Novo. As constantes viagens de intelectuais e políticos brasileiros ao exterior desencadearam a importação do modelo italiano. Em 1936 foi criado o Instituto Nacional de Cinema Educativo (Ince), dirigido por Roquette Pinto, que teve o cineasta Humberto Mauro como diretor cinematográfico. O desafio da historiadora, que embarca para a Itália no próximo ano, é desvendar como o Ince foi influenciado pelo Istituto Luce, órgão responsável pela comunicação fascista. Mas há no Brasil documentos conclusivos, como uma carta do arquivo Gustavo Capanema de Lourival Fontes, principal nome do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) do Estado Novo. No documento ele conta o que aprendeu na Europa com os regimes fascista e nazista. Vargas pediu a ele [Lourival Fontes] que observasse as organizações fascistas e nazistas. Lourival voltou cheio de informações sobre o ministério de propaganda nazista, falando como a imagem do Hitler era construída na Alemanha, Ao lado, Getúlio Vargas cercado pelo povo. Corpo-a-corpo com os cidadãos era seu forte. Acima, a importância do cinema para Mussolini com um departamento de propaganda que controlava jornais, cinema etc. Ele sugeriu a criação de algo parecido. E isso tem a ver com o DIP destaca a historiadora. Mas se o cinema educativo funcionou na Itália, aqui, no Estado Novo, foi praticamente um fiasco. Como estuda Cristina Rosa, os brasileiros detestavam os complementos nacionais, como eram conhecidos os filmes do Ince de propaganda nacionalista que, geralmente, eram rodados junto com o jornal do DIP antes ou depois das sessões cinematográficas. As pessoas chegavam mais tarde ao cinema, ou não prestavam atenção nos filmes. Essa idéia da construção da imagem do Vargas não se deu tão forte pelo cinema quanto no fascismo. Além desse fator, há um outro que dificultou a performance do cinema educativo varguista: a geografia do Brasil. Nas décadas de 30 e 40 foi impossível para o Estado Novo estender sua propaganda com eficiência para áreas mais remotas. A importação do fascismo para o Estado Novo teve no ex-ministro Francisco Campos (da Justiça e da Educação) um grande articulador. Ele era o mais fascista de todos destaca Cristina. Campos, que tinha entre seus planos a criação de uma juventude brasileira nos moldes da juventude fascista-nazista, foi o criador da Constituição de 37, inspirada na constituição polonesa fascista, batizada pela esquerda brasileira como a polaca. Vargas, contudo, não era como Mussolini. Como descreve Cristina, era mais eclético, uma espécie de Macunaíma político. Acho que ele jogava de vários lados. Não tinha uma identidade. Ele foi bebendo um pouquinho de cada um [dos modelos totalitários da primeira metade do século]. DE VOLTA PARA O FUTURO Há muitos elementos fascistas na história da política brasileira. Inclusive nos dias atuais, mas não frisa a historiadora com a exacerbação apresentada pelo Estado Novo. Projetos com características intervencionistas nos modelos de comunicação e imprensa, como o Conselho Federal de Jornalismo e a Agência Nacional de Cinema e Audiovisual (Ancinav) propostos pelo governo Lula, são uma das principais artimanhas de regimes totalitários. O que acontece é que governos como o fascismo e o Estado Novo necessitam de o tempo todo ter apoio das massas. No sentido de associar a imprensa e, ao mesmo tempo, tentar controlar essa imprensa. O próprio Lula, em um tempo atrás, tentou cercear aquele jornalista americano [Larry Rother, do The New York Times, que fez uma reportagem em que apontava um suposto gosto exagerado de Lula pelo álcool]. Não é tanto, mas, sim, sutil pondera a historiadora. Ela confirma, todavia, que os resquícios do fascismo, mesmo que sutis, podem ser percebidos em discursos e projetos propostos pelos governos que precederam a gestão de Vargas. Segundo Cristina Rosa, apesar de o momento político brasileiro não ser favorável à gestão Lula, haveria uma forte tendência de o discurso de apoio às massas se intensificar ainda mais no Planalto. Fotos: Arquivo Comunità Há essa tendência de manter o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] nessa idolatria, à parte das coisas CRISTINA ROSA, HISTORIADORA Essa idéia de construir uma imagem muito popular do Lula, de mantê-lo no altar, enquanto muitos fazem suas maracutais por baixo, é uma tendência do atual governo. Até o fato de ficar o tempo todo afirmando que Lula não sabia de nada sobre mensalão ou mensalinho. Há essa tendência do atual governo de manter o presidente nessa idolatria, à parte das coisas. Uma imagem também muito forte no fascismo. Há todo um órgão de comunicação, cinema, distribuição de fotografias, que vai construindo essa imagem de grandes líderes avalia a historiadora. Criar uma imagem coletiva, calcada por exemplo em heróis do esporte, onde todos os cidadãos se encaixam no tal referencial único de brasilidade, tendo como identificação a marca de um ícone político, uma liderança incontestável. Daiane dos Santos, Ronaldinho (o Gaúcho e o Fenômeno ), Gustavo Kuerten, todos marcados pelo espírito da superação, ajudam, mesmo que involuntariamente, para a consolidação desse discursso. Suas imagens são utilizadas em campanhas publicitárias para que chova ou faça sol no Planalto o povo, pobre e maltratado, esteja lá, apoiando o seu líder. Isso favorece para que o povo se una em prol daquele líder e daquela idéia nacionalista. Hoje, isso está muito forte: Sou brasileiro e não desisto nunca diz Cristina, referindo-se ao principal slogan das campanhas políticas do governo Lula. Ela complementa: Essa é uma característica muito forte do fascismo. É aquela coisa do populismo, também muito forte no Brasil, que foi de Vargas ao Jango. E o Lula tem muito disso. A posse dele mostrou muito isso. Ele é o tipo do cara que pára o carro, vai lá, e aperta a mão de todo o mundo. Só não fala com jornalista, mas aperta mão de criancinha. Todos os governos têm uma necessidade de construir uma imagem de si e associá-la ao país. O cinema educativo e todos os mecanismos de propaganda política foram decisivos para isso. Seja no Estado Novo, no fascismo, ou até mesmo nas gestões democraticamente eleitas pelo povo brasileiro entre 1989 e O tempo todo essa propaganda constrói uma vitória nacional. Somos orgulhosos vencedores no futebol, na ginástica, no tênis, em busca de uma harmoniosa identidade nacional para sublimar um dia-adia que, na verdade, queremos esquecer. Para a historiadora Cristina Rosa, Lula busca tudo que possa promover essa valorização de identidade. Ele é eclético, conclui ela, como o Macunaíma criado pelo escritor modernista Mário de Andrade no início do século XX e interpretado no cinema por Grande Otelo e Paulo José. Macunaíma parece incorporar sempre em quem senta na principal cadeira do Brasil. Seja lá quem for. Após a Segunda Guerra mundial, povo italiano sempre mostrou-se contrário a qualquer viés fascista 16 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

10 CREDITO ITALIANO Il direttore di Norme e Organizzazione del Sistema della Banca Centrale brasiliana, Sergio Darcy, ha messo in evidenza, durante il Forum Nazionale di Sistemi di Garanzie di Credito, che il Brasile ha bisogno di stabilire una struttura giuridica che dia sostegno al sistema nazionale. Secondo Darcy il Brasile dovrebbe segure il modello italiano, considerato più evoluto sull argomento. In Brasile la città di Caxias do Sul (RS) si è messa in evidenza per aver impiantato sistemi locali di credito rivolti alle piccole e medie imprese. Rappresentanti della Banca Centrale, della Federazione Brasiliana delle Banche (Febraban) e del Servizio Brasiliano di Appoggio alle Micro e Piccole Imprese (Sebrae) stanno analizzando il sistema italiano. MAFIOSI ARRESTATI La polizia italiana ha arrestato due mafiosi che pianificavano l omicidio di un giudice di Caltanissetta, in Sicilia. Trattasi di Paolo Plameri, 38 anni e Salvatores Azzarelli, 29 anni appartenenti al gruppo mafioso Rinzivillo di Gela. L obiettivo dell attentato era Ottavio Sferlazza, giudice che ha presieduto diversi processi contro dei mafiosi tra cui quello riguardante l assassinio, nel 1992, del giudice antimafia Giovanni Falcone, ritenuto il nemico numero uno di Cosa Nostra (la mafia siciliana). IMMIGRANTI REGOLARI Esistono oggi circa 2,8 milioni di immigranti regolari in Italia. Lo studio pubblicato nel dossier annuale della Caritas/Migrantes, presentato questo mese a Roma, informa ancora che dal 2004 al 2005 il numero di immigranti nel paese è cresciuto di circa 200 mila persone. Secondo alcuni esperti, si stima che nei prossimi dieci anni la popolazione straniera in Italia arriverà a 5,5 milioni. La Germania è leader nella classifica con 7,3 milioni, seguita dalla Francia con 3,8. Secondo il dossier, dei 23 milioni di immigranti presenti in Europa, più di un decimo vive in terra italiana. PIAUÌ E TOSCANA STRINGONO LA MANO el futuro del Piauì, uno fra gli Stati più poveri del Brasile, Npuò esserci intelligente spazio anche per una attenta valorizzazione turistica delle enormi risorse culturali, ambientali, archeologiche di un territorio che sta lottando per una crescita equilibrata, capace di rispettare le ragioni della persona e della comunità. Massimo Toschi, assessore alla cooperazione internazionale della Regione Toscana, si è incontrato il 17 ottobre scorso, con il governatore del Piauì, nell ambito dell accordo di cooperazione che lega quattro Regioni italiane (Toscana, Umbria, Marche, Emilia Romagna) con il Governo centrale del Brasile guidato dal Presidente Lula. Vino italiano POLO CERAMICO Notizie La produzione italiana di vino nel 2005 sarà intorno ai 4,9 miliardi di litri, 4 milioni in meno rispetto all anno passato. La stima è dell Unione Italiana del Vino. Secondo alcuni specialisti, le forti piogge di settembre e ottobre hanno danneggiato la raccolta dell uva. Dal 1970 al 2000, la produzione di vino non era mai stata inferiore ai 5 miliardi di litri. La diminuzione era già cominciata da quattro anni. In Veneto, una delle regioni più colpite, si stima che la produzione sarà inferiore, in media, del 20%. La situazione è simile in Abruzzo e nel Piemonte, dove le perdite in relazione all anno passato sono stimate intorno al 10%. La segreteria di Scienza e Tecnologia di Rio Grande do Sul ha firmato una convenzione con i comuni di Santo Stefano e Corleone, ambedue in Sicilia, per l impianto di un polo di ceramica nello stato del sud del Brasile. L iniziativa è stata integrata al programma dei Poli d Innovazione Tecnololgica della suddetta segreteria e conta con la partecipazione dell Università Federale di Caxias do Sul (UCS). L accordo ha l obiettivo di potenziare le attività collegate alla ceramica delle regiorni di Serra e Vale do Caí. Tutte e due le regioni contano su più di 200 fornaci di piccola e media portata. I comuni italiani hanno investito finora più di 150 mila euro nel progetto. DIALOGO ITALIA/BRASILE Educatori brasiliani e italiani hanno discusso, il 25 ottobre passato a San Paolo, sull importanza e sul raggiungimento del progetto di doposcuola realizzato dal comune paulista. Il progetto, battezzato San Paolo è una scuola, e iniziato in maggio dalla Segreteria municipale di Educazione, è servito come base affinché gli italiani descrivessero la propria esperienza in questo campo, che cominciò nel dopo-guerra con il lavoro di preti salesiani e che in Italia è chiamato di Doposcuola. Grazie alla Ong. Progetto SUD-UIL, gli italiani hanno lanciato un messaggio chiaro ai loro colleghi: il doposcuola aiuta a minimizzare le differenze sociali e toglie i giovani dagli ambienti dove la cultura latita. Tra gli educatori italiani, hanno partecipato il salesiano Massimo Angeletti, che ha parlato dell origine del doposcuola in Italia, il professore Salvatore Pirozzi, che ha discusso sull esperienza napoletana dei professori di strada e la preside dell l Istituto di Formazione dei docenti della Uilscuola (IRASE), Rosa Venuti che ha analizzato la messa in pratica dell attività del doposcuola attraverso il progetto pedagogico. L Italia, nel dopoguerra, creò una maniera di accogliere i bambini e i giovani che si trovavano in situazioni vulnerabili e di rischio. Questa esperienza, iniziata dalla chiesa e dai salesiani, si è consolidata nel sistema dell insegnamento italiano. Nelle loro relazioni, gli educatori italiani hanno mostrato ai colleghi brasiliani il processo di creazione delle attività del doposcuola come anche la partecipazione della Chiesa Cattolica nelle attività sportive, culturali e di accompagnamento durante gli studi. ORMONE FEMMINILE Uno studio realizzato da scenziati inglesi ha concluso che l ormone femminile dell estrogeno è uno dei motivi secondo il quale le donne fanno meno incidenti stradali rispetto agli uomini. L estrogeno dà maggior flessibilità mentale nel percepire i cambiamenti di traffico. Durante l analisi, i volontari sono passati per situazioni che misuravano la memoria, l attenzione e il controllo motorio. Le donne sono riuscite a sviare l attenzione in maniera più rapida non solo nell atto del guidare, ma anche in quello del leggere. Sono state intervistate 43 persone tra uomini e donne, con un età tra i 18 e 35 anni. UN PONTE TRA CULTURE Si è concluso l 11 novembre scorso, a Belo Horizonte il Festival Un Ponte tra Culture. Il festival, realizzato con l appoggio della regione Emilia Romagna e dell Università Federale di Minas Gerais, giunge in un momento in cui si assiste al risveglio dell interesse per le non lontane origini italiane di molti abitanti di questo Stato: secondo fonti consolari, risiedono in Minas Gerais circa 1,5 milioni di oriundi. Secondo Giusi Zamana, organizzatrice del Festival qui in Brasile, l evento è parte integrante di un programma di interscambio, un ponte permanente fra ricercatori, agenti culturali e artisti, italiani, brasiliani e latino-americani con interessi rivolti all antropologia, alla ricerca sul linguaggio e alla discussione su identità e memoria, emigrazione e incontro fra culture. PRIMARIE UNIONE Alle primarie dell Unione, svoltesi il 16 ottobre scorso, hanno partecipato in tutto 29 Nazioni. Da quanto emerge dai dati diffusi dal Coordinamento nazionale per gli Italiani nel Mondo, gli elettori sono stati pari a Nel complesso, Bertinotti ha ottenuto il 10,7% per cento delle preferenze; Di Pietro il 7%; Scalfarotto l 1,4%; Panzino lo 0,8%; PecoraroScanio il 2,1%; Prodi il 75,3%; Mastella il 2,7%. Le schede valide sono state pari a In particolare, analizzando le percentuali del Brasile emergono le seguenti percentuali: Bertinotti il 3,1%; Di Pietro il 3,6%; Scalfarotto 0,1%; Panzino 0,6; Pecoraro Scanio l 1,8; Prodi 90,7; Mastella 0,1% VACANZE DI SOGNO In gennaio, la colonia di ferie Milan Junior Camp ritorna in Brasile, stavolta in due stati: a Rio de Janeiro e a San Paolo. Il programma vuole internazionalizzare il marchio e non ingaggiare giocatori per la squadra di Milano. Nel luglio scorso, il Milan Junior Camp ha riunito circa 240 ragazzini per due settimane di attività a Vargem Pequena, a Rio de Janeiro. Orientati da allenatori italiani, i giovani hanno avuto un contatto ludico con il calcio, la cultura italiana e la storia del club. Le iscrizioni possono essere effettuate sul sito: om.br oppure al telefono (21)

11 Saúde SaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSalute SaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSalute Saúde Existe mais de 100 tipos de vírus HPV (papilomavírus humano). Este tipo de vírus é o mais encontrado entre as doenças sexualmente transmissíveis (DST s). Talvez porque o diagnóstico hoje é mais preciso e devido ao crescimento do número de infectados. De 10 a 20% da população sexualmente ativa têm a doença. Além das relações sexuais, o HPV pode ser transmitido du- Luciana Bezerra dos Santos Desvendando o HPV Vírus é mais comum do que se imagina. Doença evolui entre crianças rante a gestação, de mãe para filho. Mas neste caso, o risco de transmissão é de menos de um por cento. Podemos até dizer que o HPV é uma epidemia, porque de 10 a 20% da população sexualmente ativa carrega o vírus e 1% dessa população tem a doença clinicamente manifestada, ou seja, contém câncer de colo do útero, que é a terceira maior causa de morte entre mulheres, depois do câncer da mama e o de pele alerta o médico ginecologista-obstetra Benito Petraglia [na foto ao lado]. Os tipos 16 e 18 do HPV entram na célula e modificam o DNA. São os que mais provocam câncer de colo do útero. O período de incubação do vírus pode ser de três semanas a oito meses. Esse vírus não escolhe raça, cor, idade, religião, mas sim, quem não toma os cuidados de prevenção necessários. Por isso, é importante o uso do preservativo e de não ter múltiplos parceiros no seu relacionamento. A pessoa não precisa exteriorizar a doença porque ela se apresenta em forma de verruga [conhecida no Brasil como crista de galo ] no pênis, na vulva, no colo do útero ou dentro da vagina. Por isso, é importante o exame preventivo. A doença pode se desenvolver até mesmo fora da área genital, como no globo ocular e na boca explica Petraglia. Recentemente o laboratório Merck testou uma vacina contra HPV em 25 mil mulheres de 33 países, entre elas, três mil brasileiras. Obteve-se 97% de eficácia. Há perspectiva de que em 2006 a vacina esteja no mercado. O lançamento desse produto será mundial. Vale ressaltar que a vacina só terá eficácia para as pessoas que não possuam o vírus, quem já tiver a doença deve seguir o tratamento clássico de controle. Mesmo assim o melhor remédio é a prevenção. Diria que de 100% das mulheres que procuram os ginecologistas hoje, de 10 a 20% apresentam a doença. E 1% já tem o câncer de colo do útero. Esse número é gigantesco. É um problema grave de saúde pública. O que me impressiona é o alto índice de HPV em crianças, neste caso, são decorrentes de estupros. E vou te falar: não é pouco, não conclui Petraglia. (L.B.S.) COMPUTADOR E JOVIALIDADE Quem usa o computador regularmente manifesta menos sintomas depressivos, aparenta ser mais jovem e demonstra melhor saúde mental. Essas foram as conclusões de um estudo apresentado durante a convenção anual da Associação Americana de Psicologia, que incluiu 206 adultos acima de 65 anos, a maioria em torno dos 80 anos. Os computadores dão aos idosos uma conexão maior com o mundo, disse a autora, Kathleen Triche, que dirige um dos centros de informática para terceira idade da Village Care de Nova York, nos Estados Unidos. Arquivo SEM DOR acupuntura é utilizada no controle de dores crônicas e agudas. Melhora sono, hu- A mor e o desempenho durante a prática de atividades físicas. Agulhas, ventosas ou instrumentos de eletroestimulação são aplicados em áreas do corpo com grande concentração de terminações nervosas. A finalidade é ativar o sistema nervoso, provocando efeito analgésico, antiinflamatório, antidepressivo, ansiolítico (ameniza a ansiedade) e de relaxante muscular. CONTRA COQUELUCHE Uma nova vacina contra a coqueluche se mostrou eficaz em testes realizados por cientistas americanos. O estudo, divulgado na revista The New England Journal of Medicine, envolveu quase três mil voluntários e apontou que a vacina protege adultos, adolescentes e crianças do risco de contrair coqueluche. Segundo os especialistas, a vacina obteve 95% de sucesso e os participantes foram acompanhados durante cerca de 2,5 anos depois de receberem a dose da vacina. Arquivo APNÉIA DO SONO Segundo estudo publicado pelo New England Journal of Medicine, a apnéia do sono duplica os riscos de falecimento ou de crise cardíaca. O estudo concluiu ainda que o risco é triplo para os que têm a forma mais extrema de apnéia (a interrupção da respiração). A pesquisa foi realizada durante seis anos com pessoas, das quais 697 tinham apnéia. A apnéia do sono pode ser observada em qualquer idade, mas afeta mais os homens com menos de 60 anos. RIR, O MELHOR REMÉDIO Levar tudo na esportiva, achando graça da vida (e até de si mesmo!), é o caminho para viver bem. E tem mais: ainda funciona como um antídoto poderoso contra o envelhecimento da pele. O ato de sorrir carrega propriedades terapêuticas. Rir, no entanto, ganhou o aval científico na prevenção e no combate de doenças. No século IV a.c. Hipócrates já usava, na Grécia antiga, a risoterapia na cura de seus pacientes, por meio de jogos e brincadeiras. Os pensamentos bem-humorados operam maravilhas no organismo: regulam os níveis hormonais, aumentam a atividade imunológica e estimulam a produção de endorfina, substância responsável pelo bem-estar e que também protege o aparelho cardiovascular e tem ação contra o envelhecimento. Arquivo AVC I Pacientes que acabam de sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) podem ser beneficiados pela administração rápida do medicamento sinvastatina, normalmente usado na redução do colesterol. A afirmação foi concluída por médicos do Johns Hopkins Hospital, em Baltimore, nos Estados Unidos. Segundo os especialistas, a sinvastatina seria capaz de reduzir a progressão da isquemia cerebral que se segue à hemorragia subaracnóidea decorrente da ruptura de aneurismas. OSTEOPOROSE MASCULINA AVC II Um alerta aos que acham que osteoporose só atinge as mulheres: a doença também ataca os homens. Um estudo avaliou 712 brasileiros que buscaram tratamento no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde. No Rio, 19,5% dos maiores de 50 anos e 36,4% acima dos 80 apresentavam osteoporose. Em geral, a enfermidade ocorre nos homens cerca de dez anos após as mulheres (por volta dos 75 anos, em média) e o índice de mortalidade em decorrência de fratura do fêmur é duas vezes maior. Entre as mulheres, 19% morrem um ano após a fratura contra 39% dos homens. A prevenção requer a prática de exercícios físicos regulares e uma dieta com laticínios e outras boas fontes de cálcio e vitamina D. Aliás, um derrame requer atendimento de emergência, assim como o infarto. Médicos da Associação Americana do Derrame criaram um teste que ajuda o leigo a suspeitar do quadro: 1) Peça para a pessoa sorrir a fim de notar a perda de simetria entre os lados do rosto; 2) Diga para erguer os dois braços e mantê-los elevados e note se há fraqueza em um deles, comum em derrames; 3) Peça para falar uma sentença simples. A linguagem costuma ser afetada. O doente balbucia (apresenta fala enrolada) ou não consegue mais falar; 4) Na presença desses sinais, vá o quanto antes a um hospital bem aparelhado. Não deixe para depois. Arquivo 20 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

12 Notizie Notizie Il sindaco di Barra da Piraí, nell entroterra dello stato di Rio de Janeiro, Luiz Anchite ha ricevuto il 29 ottobre scorso la visita del console generale d Italia a Rio, Massimo Bellelli. Nell occasione è stata firmata una convenzione che include la lingua italiana nel programma scolastico della regione a partire dal Oltre a questo accordo è stato firmato un progetto di gemellaggio con la città di Paola in Italia. Arquivo Consulado Divulgação Agnews ELEZIONI 2006: CONSOLATO INFORMA Il parrucchiere più richiesto tra gli artisti brasiliani, Wanderley Nunes, ha partecipato, il 30 ottobre, al AD Milano (Architects of Design Milano) promosso dall impresa italiana di cosmetici ALFAPARF al Club Monte Líbano, a Rio de Janeiro. All evento, Wanderley ha presentato i tagli e le colorazioni che saranno i look della prossima estate. Presente in più di 80 paesi, la ALFAPARF Milano è uno dei leader internazionali in prodotti professionali per parrucchieri con rivendite nei migliori saloni di bellezza del mondo. Sono iniziate le prime procedure volte a permettere agli italiani residenti all estero di votare in occasione delle prossime elezioni politiche nel In particolare è già operativa la prima fase, finalizzata all esercizio del diritto di opzione. Si ricorda infatti che i cittadini residenti all estero possono esercitare il diritto di opzione al voto in Italia entro il 31 dicembre 2005 dando comunicazione scritta all ufficio consolare responsabile. Per tale scopo è disponibile un modulo da compilare presso il Consolato Generale per chi intendesse votare in Italia anziché nella circoscrizione di residenza. Gli elettori sono inoltre invitati a tenere informato l ufficio consolare a riguardo della propria situazione anagrafica e di ogni eventuale cambiamento di indirizzo, al fine di garantire il diritto-dovere del voto alle prossime elezioni politiche. Solange Ermelinda Arquivo Consulado Durante il mese di ottobre quasi 600 discendenti trentini hanno presentato la domanda di cittadinanza italiana, presso il vice-consolato italiano di Vitória. Il governo italiano in una recente legge ha dato tempo fino al 31 dicembre 2005 a chi avesse origini austriache di una particolare regione trentina. Inevitabile la corsa. Il nove novembre, rappresentanti del Consolato di Rio de Janeiro torneranno alla regione per concludere il processo di cittadinanza. In questo frangente, il console generale d Italia di Rio, Massimo Bellelli firmerà com il governatore di Vitória, Paulo Hartung, un convegno per l inclusione della língua italiana nel curriculum scolastico delle scuole pubbliche, nel Circa 350 persone hanno partecipato all evento Ainda vale a pena sonhar, tributo all italiano Pietro Mancini, arrestato dalla Polizia Federal in settembre. La manifestazione è stata realizzata il 25 ottobre, al Circo Voador, alla Lapa, Rio. Secondo Paola Vellucci, la moglie di Mancini, lo show è servito per raccogliere fondi al fine di pagare le spese processuali. Presenti all evento nomi come Beth Carvalho, Ivo Lancellotti e Ricardo Petraglia. Mancini, che sta ancora nel centro di custodia, aspetta la sentenza del STJ, che dovrà uscire alla fine di questo mese. Julio Soares Il Console Generale Massimo Bellelli già stato fissato il giorno d inizio della È 27ª edizione della Festa dell Uva 2006, a Caxias do Sul. L evento, uno dei più importanti nel sud del Brasile, avverrà tra il 17 febbraio e il 5 marzo. Nel 2006, saranno commemorati i 75 anni dell evento. Caxias do Sul, culla della colonizzazione italiana nello Stato, è localizzata nel cuore della Serra Gaúcha a 130 chilometri da Porto Alegre. È la seconda città più importante del RS, con 400 mila abitanti ed offre un ampia rete gastronomica, di alberghi e turistica. EMBRAER CONSEGNA JET ALLA AIR CANADA São José dos Campos (SP) Il 21 ottobre il 100 o Jet E-175 è stato consegnato, in una cerimonia avvenuta negli stabilimenti della Embraer in San José dos Campos, nello Stato di San Paolo, alla Air Canada. La compagnia già opera con 9 aerei di questo tipo in operazioni regolari per passeggeri. La consegna del 100 o aereo della famaglia 170/190 avviene appena 19 mesi dopo la prima consegna di un E-Jet della Embraer. La consegna del nostro 100 o E-Jet è una grande operazione per la nuova famiglia di aeronavi e ci sentiamo onorati che la Air Canada, il nostro primo operatore dell Embraer 175 nel mondo, lo riceva oggi con successo dice Frederico F. Curado, vice-presidente esecutivo del mercato di aerei commerciali della Embarer. L impresa obbedisce ai principi delle 4 E Economia, Ergonomia, Ingegneria (Engenharia), Efficienza, Con 70 ordini sicuri di E-Jet, 15 E- 175 e 45 E-190, la compagnia della foglia di platano, si conferma in una posizione strategica per avere i migliori vantaggi operativi finanziari con questo tipo di famiglia aereonavale progettato per 70 a 110 posti. Le consegne dei primi 15 Jet E-175 sono previste per il gennaio Offriranno il maggior conforto possibile ai 73 passeggeri delle due classi. I nuovi aerei hanno 9 poltrone nella classe Esecutiva e 64 nella Hospitality, che offrono un sistema di svago a bordo con visori individuali per tutti i passeggeri. Gli aerei E-190 ordinati dalla Air Canada hanno 93 poltrone. Il 30 settembre 2005, la famiglia E- 170/190 aveva 427 ordini confermati e 383 optativi. La versatilità ed efficienza operativa e la grande cabina di questi jet, permettono di operare nei più diversi mercati mondiali. Gli E-Jet della Embarer volano oggi con i colori dell Alitalia, LOT, US Airways, United, Delta, Cirrus, Air Canada, Paramount Airways, Hong Kong Express e Finair. Nel mese di novembre, la Jet-Blue degli USA renderà operativi i primi viaggi commerciali degli E-190, con 100 posti, e la Copa Airlines del Panamá riceverà il primo E-190 con 90 poltrone (Venceslao Soligo). Divulgação Embraer MAGNETI MARELLI FORNISCE LE SCUDERIE CAMPIONI DI FORMULA 1, MOTO GP E WRC RALLY San Paolo - SP La tecnologia della Magneti Marelli Motorsport ancora una volta ha aiutato le scuderie della Renault, Yamaha e Citroën a conquistare il primo posto sul podio, rispettivamente, nelle competizioni della Formula 1, Moto GP e WRC Rally. Lo spagnolo Fernando Alonso ha consagrato la Renault come nuovo campione della Formula 1, come anche vincitore del titolo mondiale costruttori vincendo il Gran Premio della Cina, a Shangai, questo mese. La tecnologia che pulsa sotto la Renault F25 è Magneti Marelli. Il marchio italiano ha sviluppato sofisticati sistemi elettronici di controllo e aquisizione dati. Ha inoltre fornito il sostegno tecnico sulle piste di tutto il mondo con un team di ingegneri altamente specializzati. La Magneti Marelli Motorsport ha anche aiutato la Yamaha a conquistare il titolo di bicampione mondiale di Moto GP con il pilota Valentino Rossi. Dal 2004 la Magneti Marelli è stata scelta dalla marca giapponese, che ha vinto anche il titolo costruttori, come partner tecnologico di tutta la parte elettronica di controllo e sistema di iniezione. Anche nel WRC Rally la Magneti Marelli ha timbrato il cartellino nella conquista del titolo della Citroën con Sebastian Loeb. Il pilota ha vinto per la prima volta il titolo di campione mondiale di rally, contribuendo anche al titolo costruttori della casa francese. IL GRUPPO MAGNETI MARELLI IN BRASILE Il gruppo Magneti Marelli, impresa con capitale italiano, è una delle maggiori fabbriche di autoricambi del Mercosul ed è presente in Brasile dal Oggi, con circa dipendenti, è leader di mercato in sistemi di iniezione elettronica, marmitte, sospensioni, ammortizzatori e sistemi elettronici, producendo pannelli di strumenti e telematica. Nel segmento dei veicoli flex, la Magneti Marelli è leader con circa il 70,5% del mercato, inclusa la fornitura di sitemi di iniezione elettronica per vieicoli di bassa cilindrata la quasi totalità dei veicoli flex 1.0 in Brasile sono equipaggiati con tecnologia Magneti Marelli. Ha chiuso l anno 2004 con un fatturamento di 1 miliardo e 243 milioni di reais e prevede una crescita del 14% nel 2005, con un fatturamento intorno al miliardo e 412 milioni di reais. (V.S.) Divulgação Magneti Marelli 22 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

13 Cultura Arquivo IN BRASILE La pianta dalle bacche rosse, in Europa, era già conosciuta da circa un secolo quando nel 1727 il colonnello Francisco de Mello Palheta riuscì a portarne qualche seme in Brasile. L ufficile fu mandato nel 1727 nella Guinea Francese per avere dei semi del pregiato frutto. Si trattava di una operazione piuttosto ardua sapendo che i francesi, come chiunque altro, non ci avrebbero certo rinunciato per farsi sottrarre i preziosi chicchi. La leggenda narra che Palheta affascinò la moglie del governatore francese, la quale nascose alcuni semi in un mazzo di fiori. Sottratti e portati in Brasile, i chicchi hanno dato vita all importante coltivazione che andò a sostituire l estrazione dell oro e lo sfruttamento della canna da zucchero nell era post-coloniale. Fu cosi che, appena iniziò la coltivazione, le piantagioni di caffè portarono al disboscamento della Mata Atlântica. Non sarebbe rimasto molto della maggior foresta del mondo, quella della Tijuca, a Rio de Janeiro, se non fosse per il processo di rimboschimento che la recuperò dall avanzamento delle piantagioni nel sec. XIX. La corte imperiale era qui a Rio e quindi inizialmente venne piantato nella Valle del Rio Paraíba, nelle città di Vassouras, Valença, Conservatoria. Vi sono ancora delle bellissime fazen- L ambrosia arabica Il caffè: una pianta, un chicco, una bevanda, un piacere da gustare da soli o in compagnia; la mattina con gli occhi ancora mezzi chiusi o la sera per gli instancabili visitatori della notte. Di qual paese è originario, prima di arrivare in quello che sarà poi il più grande produttore del mondo, il Brasile; come nasce l espresso, icona italianissima, sinonimo di rapidità, ma sopratutto di qualità nella degustazione? Attualmente il vecchio continente è il maggior consumatore pro capite di caffè all anno. Può sembrare strano, ma chi guida la classifica sono gli scandinavi con 10 kg all anno (la sola Finlandia arriva a 13kg). L Italia, insieme a Olanda e Germania seguono con 7 kg, mentre il Brasile ne consuma solo 5 kg. UN PO DI STORIA Poter raccontare con precisione dove, quando e come nasce il caffè non è cosa semplice. Le sue radici si perdono nella notte dei tempi. Gli studiosi concordano però sul fatto che la pianta sia originaria dell altopiano etiopico, la regione del Kaffa, dove si incontra ancora allo stato spontaneo sopra i 1000 metri e dove si coltiva da oltre 10 secoli. Anticamente, però si mangiava solo il frutto e non il seme. Nonostante l assonanza, il nome della pianta e della bevanda non derivano da questa località, ma dalla parola araba qahawa, che significa bevanda a base vegetale. I manoscritti più antichi che menzionano il consumo dei frutti di caffè al naturale sono yemeniti e sono datati 575. Anticamente però si mangiava solo il frutto e non il seme. L uso di bevanda aromatiche con i semi tostati e macinati è infatti da addurre agli arabi. La leggenda narra di un pastore abissino del secolo VIII, di nome Kaldi, le cui capre rimanevano agitate giorno e notte. Il saggio del paese, interpellato dal capraio, capì che la causa di tanto eccitamento erano le ciliege (cosi si chiamano i frutti del caffè) di un certo arbusto di cui gli animali si cibavano. Nacque così la rudimentale bevanda nera preparata all inizio per infusione delle stesse bacche in acqua fredda. Solo successivamente i chicchi vennero fatti bollire per ricavarne una bevanda più aromatica racconta Jair Coser, il presidente della Unicafè, la più grande impresa di esportazione di caffè del mondo. L essicazione e la tostatura dei frutti, prima di essere macinati, passarono a far parte della cultura del caffè solo nel XV sec. Le piante di caffè incominciano a viaggiare per il mondo: inizialmente verso la Turchia, la Siria, e di qui verso Baghdad e la Persia. TENDENZE NEL CONSUMO DEL CAFFÈ Giordano Iapalucci Il caffè è la bevanda più consumata al mondo dopo l acqua: 2,5 miliardi di tazze al giorno Nell arco di una giornata, mediamente il 49% della popolazione italiana beve caffè Gli uomini bevono più caffè delle donne (1,7 tazze al giorno contro 1,5) I più grandi bevitori di caffè consumano una media di 3,3 tazze di caffè al giorno Il 37% beve caffè solo, mentre il 63% aggiunge qualche tipo di edulcorante e latte o panna Il caffè normale costituisce 87% del totale, mentre il solubile solamente il 13% Il 57% del caffè è consumato a colazione, il 34% tra i pasti ed il 13% fuori pasto das che ricordano il periodo dei baroni del caffè in un circuito turistico di straordinaria bellezza spiega Jair Coser. I primi sacchi di caffè furono caricati sulle navi nel 1779 con un insignificante quantità di 79 arrobas (1 arroba=14,689 kg), per arrivare nel 1806 a arrobas. Le piantagioni sono state trasferite negli anni successivi nel Planalto Paulista e nello stato di Minas Gerais. La regione di Rio non era proprio la più adatta visto che era montagnosa, accidentata e con molti declini. San Paolo è un altipiano e con un clima eccellente ha commentato Coser. Città come Campinas e Ouro Preto, solo per citarne alcune, sono fiorite sulle ali del commercio del caffè, intorno alla strada ferrata che le collegava ai porti della costa. Nel corso del XIX secolo il caffè andò a sostituire la canna da zucchero quale voce principale delle esportazioni del Brasile, ma a causa della gelata del 18 luglio 1975, che decimò e pregiudicò tutta la caffecultura, concentrata sopratutto nel Paranà e in San Paolo, le coltivazioni sono stata trapiantate più a nord come nello Stato di Minas Gerais (che attualmente detiene il 50% della produzione brasiliana), Espirito Santo (25%), Bahia e Rondonia (5%). Una coltura di cui il Brasile detiene ancora la maggior produzione mondiale. Bevo quaranta caffè al giorno, per essere ben sveglio e pensare, pensare come combattere i tiranni e gli imbecilli VOLTAIRE L IMPORTANZA DEL CAFFÈ NEL PAESE SUDAMERICANO Il caffè per più di un secolo è stato il grande motore dell economia brasiliana. Questo fino a quando la monocultura del caffè ha lasciato il passo ad altre coltivazioni come quella della soia e dell arancia o allo stesso allevamento di bestiame nel sec. XX. Nonostante rappresenti solo il 3% delle esportazioni brasiliane attuali e quindi, da un punto di vista economico e finanziario, abbia perso una certa importanza, socialmente parlando il caffè è sempre stato ed è tuttora fondamentale: è il settore agricolo che più applica manodopera permanente in un unita d occupazione che raggiunge gli 8 milioni di lavoratori. Il caffè in Brasile compie quasi 280 anni e in tutto questo tempo il paese sudamericano è sempre stato il maggior produttore e esportatore di caffè nel mondo. Nella classifica del consumo mondiale i brasiliani perdono solo dagli statunitensi, che bevono 20 milioni di sacchi contro i 16 milioni del Brasile. Ma, come analizza il direttore della Unicafé, se la tendenza rimane quella degli ultimi 7 anni credo che da qui a qualche anno diventeremo noi il maggior consumatore di caffè. Il consumo mondiale aumenta del 2% all anno. Questa maggior domanda di caffè probabilmente solo il Brasile sarà capace di coprirla visto che è l único paese che coltiva tutte le varietà di caffè che esistono al mondo. Oltre a questo abbiamo la migliore tecnologia, i più alti livelli di produttività, manodopera economica ed una topografia molto buona per la coltivazione conclude Coser. TRA IMMIGRAZIONE E INTEGRAZIONE Il preannuncio dell abolizione della schiavitù come conseguenza delle leggi abolizioniste e la possibile evasione degli schiavi dalle fazendas, già consigliava, nel 1880, l immigrazione di lavoratori europei per la coltivazione di caffè, previlegiando gli italiani. Così lo storico Julio Cesar Vanni, parla dell inizio dell immigrazione italiana nelle piantagioni di caffè in Brasile. E cosi è stato. Dal 1870 al 1913, furono circa Chi arrivava dall Italia aveva generalmente il viaggio già pagato dal governo dello stato brasiliano e un contratto firmato per l acquisto e la lavorazione della terra. Spesso il pezzo di terra era promessa vana e l immigrante italiano si trovò spesso a fare i conti con una mentalità ancora di stampo schiavista. I sacrifici e i risparmi di molti italiani dettero la possibilità che il sogno di un pezzo di terra diventasse realtà e li facesse uscire dalla condizione di proletario. Gli italiani, esperti agricoltori, non sapevano però coltivare il caffè. Fu in questo che ricevettero un importante sostegno dagli ormai ex-schiavi che rimasero nelle fazendas. Allo stesso tempo gli italiani non riservavano critiche alla monocultura del caffè a cui i fazendeiros dedicavano tutta la loro attenzione, in quanto la più redditizia. Il solo caffè non sosteneva nessuno a livello nutrizionale e fu così che gli italiani incominciarono a piantare tra i filari del caffè altre piante come fagioli, patate e altri legumi. Tra i grandi personaggi italiani che hanno fatto la storia dell economia, con particolare accento alla coltura del caffè, risalta Francesco Matarazzo con le sue fazendas nello stato di San Paolo racconta Vanni. IL CAFFÈ: COS È La pianta del caffè, chiamata Coffea, deriva dal turco kahvè, trasformazione, a sua volta, del termine arabo qahwa. Si tratta di un arbusto sempreverde della famiglia delle Rubiacee caratterizzata da piccole bacche verdi a forma di ciliegia che, dopo 6-7 mesi, maturano e diventano di colore rosso acceso. In un anno si può arrivare a raccogliere anche fino a 6 kg di bacche, che danno approssimatamente circa 2kg di chicchi. Questi, due per ogni ciliegia, sono circondati dalla polpa e protetti da una membrana pergamenacea detta pergamino. Per diventare la polvere scura che utilizziamo comunemente per preparare il nostro caffè, i chicchi devono essere estratti dal frutto, selezionati accuratamente, miscelati ed infine tostati e macinati. Il processo di estrazione dei grani passa attraverso l immersione dei frutti in acqua per facilitare la separazione dalla polpa. I semi sono poi seccati al sole ed infine passati in una decorticatrice per eliminare la pellicola argentea CAFFÈ E CURIOSITÀ Kair Bey, governatore della Mecca per conto del sultano d Egitto, proibisce la vendita di caffè, chiude le case del caffè e impone che tutto il caffè venga bruciato. Segue una settimana di terrore, ma in realtà nessuno rispetta l editto e alla fine il sultano del Cairo - egli stesso grande bevitore di caffè - denuncia l eccesso di zelo del suo sottoposto e fa revocare l editto. Secolo XVII - Quando il caffè arrivò in Italia, fu boicottato da alcuni cristiani fanatici, che credevano che la bevanda fosse una invenzione di satana. Quando papa Clemente VIII lo provò ne rimase così affascianato dal gusto che decise di benedirlo, facendolo diventare una bibita cristiana La nera e amara bevanda causò una buffa diatriba quando un gruppo di donne inglesi firmarono una petizione secondo la quale il caffè rendeva i loro uomini poco interessati al gentil sesso. Pronta fu la risposta degli uomini con la pubblicazione della storia di Maometto, secondo la quale, ricevute in dono delle bustine di caffè dall arcangelo Gabriele, in una sola notte rese felici ben quaranta donne La grande diffusione in Europa si fa risalire a dopo la sconfitta delle truppe turche in assedio a Vienna. I Turchi, ritirandosi, lasciarono grandi quantità di caffè agli Austriaci, che cominciarono così ad apprezzare, aggiungendovi latte o panna, il gusto di questa bevanda A Londra, ce ne sono già più di Anche in Europa si solleva una vivace opposizione: le case del caffè diventano centri di raduno e di incontro guardati dai governi con estremo sospetto, e non del tutto senza ragione, se si pensa che il Café Procope di Parigi, aperto nel 1686, potrebbe quasi essere considerato la culla della Rivoluzione francese. Nel 1732 J. S. Bach scrive la famosa Cantata del Caffè, ispirata alle proteste popolari per gli alti prezzi e le restrizioni. 24 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

14 CAFFÈ E CURIOSITÀ 2ª metà del secolo XVIII - Senza volerlo fu re Gustavo III di Svezia che provò al mondo l innocenza di questa bevanda e che se ne poteva bere in gran quantità, senza star male. Il re infatti firmò una condanna a morte da eseguirsi mediante somministrazione di caffè. Si racconta che, nonostante le cospicue dosi, i due colpevoli vissero fino a più di 80 anni. E così la bevanda fu assolta. XVII sec. Luigi XIV e il suo successore ne fanno un monopolio suscitando proteste popolari per i prezzi troppo alti, e i consumi crollano. Le cortigiane di Luigi XIV iniziano a correggere l ambrosia arabica con zucchero, miele, panna, distillati, latte montato a vapore (da cui derivò il cappuccino) Nelle cinque giornate di Milano il consumo di caffè aumento notevolmente, al punto di sostituire il consumo dei sigari di monopolio austriaco. Nel 1861 l architetto Jean Baptiste Toselli, francese d origini italiane e con residenza a Parigi, brevettò la propria cafetière locomotive. Qualche tempo dopo nasce la napoletana e, successivamente, la Moka, utilizzata fino ad oggi Luigi Bezzera brevetta la prima macchina del caffè espresso: la Tipo Gigante,, precursora delle moderne macchine da bar. Qualche anno dopo Desiderio Pavoni ne acquista il brevetto ed inizia la produzione in serie delle macchine di caffè espresso nell omonima fabbrica. Nel 1970 nacque la rivista illuminista Il caffè, ideata da Pietro Verri, elogiando la bevanda come ispiratrice dell evoluzione del costume e della cultura Illycaffè promuove il Premio Brasile per la Qualità del Caffè Espresso, creato per sensibilizzare e incentivare i produttori ad accrescere la qualità del proprio prodotto, garantendo così l approvvigionamento della materia prima di altissimo livello. del pergamino. Si ottiene così quello che comunemente viene chiamato caffè verde di cui il Brasile è il grande esportatore. L Italia ha una grande tradizione nei processi successivi che sono quelli della miscelazione e di torrefazione. La creazione di blend, ovvero di miscele, è un passaggio molto importante per il risultato di un buon caffè. Esistono infatti due grandi famiglie di Coffea: la Coffea Arabica, considerata l aristocrazia del caffè, preziosa per la delicatezza dell aroma, piantata dappertutto, e la Coffea Canephora, comunemente detta Robusta, più economica e meno pregiata con un tenore di caffeina anche quattro volte superiore alla prima. Come spiega Rodolfo Teichner, proprietario dell omonimo caffè il robusta è prodotto intorno ai 5-6 milioni di sacchi ed è, proprio come dice il nome, più robusto, si ammala meno e dà meno problemi, però non ha tanto profumo o sapore, ma dà il colore nero e la cremosità. Si può dire che è come un imbastardimento del caffè e il blend varia da 10% a 50% di robusta. Quando è superiore, il caffè è amaro e cattivo. L arabica presenta un chicco tondarello e convesso rispetto all altro che è più schiacciato e piatto ed è l anima del caffè buono sottolinea l imprenditore italiano. Le miscele vengono composte prima della tostatura con chicchi di queste due qualità di Coffea, ma differiscono da paese a paese a seconda dei gusti che un popolo ha, ma anche e soprattutto dal potenziale di acquisto. Come spiega Jair Coser, nel Nord-Europa, dove c è più ricchezza, i blend sono composti da una percentuale di arabica maggiore rispetto per esempio al sud d Italia. La miscela dipende molto dal prezzo di mercato. Prima dell entrata sul mercato mondiale di quello che poi è diventato il 1º produttore mondiale di robusta con 14 milioni di sacchi, ovvero il Vietnam, il consumo di arabica era dell 80%. Con l entrata sul mercato di questa grande quantità di robusta ad un prezzo molto basso siamo passati, in questi ultimi anni, ad un 64% di arabica e 36% di robusta. Il gusto del caffè è cambiato poco poiché il robusta ha un gusto neutro ma in qualche modo il caffè non è così buono come prima conclude Coser. Il caffè, eccellente tonico, contiene sostanze grasse, glucosio, un acido libero (acido caffetannico), proteine, composti minerali e un alcaloide di costituzione chimica complessa simile a quello del tè e del cacao: la caffeina. Si tratta di uno stimolante psichico, cardiaco e respiratorio che facilita il lavoro intellettuale e rende attiva la memoria. Altre qualità riscontrate in molte persone, il caffè combatte la stanchezza muscolare, come quella di Il caffè buono è quello all inizio. Per questo più basso è, più buono risulta al palato RODOLFO TEICHNER IL CAFFÈ ESPRESSO IN ITALIA 56% dei bevitori di caffè sono uomini 81,1% 57,3% 22,2% 45,2% 75,2% dei bevitori di caffè bevono fino a tre caffè al giorno la percentuale degli italiani che beve il caffè in compagnia degli italiani consuma almeno una tazzina quotidiana al bar è la fetta maggiore di consumatori da bar che curiosamente abita al Nord dei caffè vengono bevuti prevalentemente nella fascia mattutina 74% dei bevitori di caffè preferiscono l espresso 1.65 il numero di tazzine mediamente consumato ogni giorno da un adulto al bar 70Milioni le tazzine consumate ogni giorno in Italia agire contro l emicrania e stimolare le funzioni renali. Ma attenzione, l uso eccessivo può provocare insonnia, irrequietezza e respiro affannoso. IN EUROPA Nel vecchio continente, il caffè fa la sua comparsa nel XVI sec. grazie ad alcuni commercianti olandesi che avevano trafugato dall Arabia dei semi di ambrosia arabica così, all inizio, si chiamò il caffè, come anche vino d Arabia. I sacchi di caffè partivano da Gedda e, attraverso Suez e Alessandria, raggiungevano le coste italiane e francesi. I veneziani, già intorno al 1615, incominciarono ad importare i preziosi carichi dall Arabia per i nobili lagunari e la prima Casa del Caffè nasce proprio nella città delle gondole nel In Italia diventano famosi e importanti centri culturali, punti di incontro di artisti, politici, uomini d affari ma anche di incontri e scambi, riservati all ozio, al piacere e a quattro chiacchere, come le Botteghe del caffè di Venezia. Questi locali troveranno la loro massima diffusione nel XVIII sec. con i famosi Caffè di Vienna, Parigi. Proprio quest anno si festeggiano i 150 anni dall invenzione della 1ª caffettiera di origini francesi. Aveva la struttura di una locomotiva dove c era una caldaia con il fuoco sotto che utilizzava il sistema della gravità per far uscire la preziosa bevanda. La pianta dai frutti rossi già dal XVI sec. è incominciata ad essere apprezzata anche per le sue qualità terapeutiche, descritte in una importante opera di Prospero Alpino: De Plantis Aegypti (1592). Il crescente mercato di consumo europeo ha portato all espansione delle piantagioni in paesi africani, sudamericani e generalmente dove i climi e i terreni delle colonie europee ne valorizzavano le qualità. miliardi il giro d affari annuale dell espresso nella nostra penisola...espresso: icona italiana Un buon caffè non si rifiuta mai, se poi non vi è tempo, ad un espresso non si può certo dire di no Perché quando si parla di caffè espresso si pensa immediatamente all Italia? La risposta sta nel fatto che chi inventò la macchina per il caffè espresso (chiamato in Brasile fino a non tanto tempo fa café cremoso) è stato proprio un italiano: Luigi Bezzera, che nel 1901, a Milano, costruì la Tipo Gigante. Il nome dice tutto sulle dimensioni della macchina. Si trattava di una caldaia con un doppio rubinetto dotata di una valvola di sucurezza ed un manometro posti alla sua sommità. Ogni tazza veniva preparata individualmente. Il problema da superare era che quando il vapore raggiungeva una temperatura superiore ai 100 gradi il caffè prendeva sempre un gusto di bruciato. Questo signore aveva capito che l acqua non doveva arrivare a 100 gradi ma a 92º. Ha quindi creato un sistema dotato di termostato in maniera tale che l acqua rimanesse a 92º. Tutta la parte in cui il caffè circola è calda, per cui l acqua che arriva non cambia di temperatura dalla caldaia fino al momento dell uscita. Rodolfo Teichner, proprietario dell omonimo caffè Giordano Iapalucci Non diventa né 89 né 95, ma rimane a 92º conclude Rodolfo Teichner. Come intuibile, la parola espresso viene dalla necessità di consumare la nera bevanda in tempi ristretti, ma senza che questa vada a decremento della qualità. In questo senso la penisola italica ha delle radici molto antiche nella pratica del consumo rapido di cibi e bevande fuori di casa. Chissà se questa necessità è rimasta nel dna degli italiani, visto che già nell antica Pompei esistevano quelli che potremmo definire i primi bar: i thermopolium, ovvero dei veri e propri balconi con dei buchi dove i pompeiani servivano pasti e bevande calde da consumarsi in piedi. E allora si può vedere una certa analogia sul fatto di veder nascere proprio in Italia la prima macchina da caffè espresso. Il segreto, poi, del caffè espresso sta proprio nella crema che trattiene le sostanze volatili, evitando che esse si disperdano immediatamente dopo la preparazione della bevanda. Una tazza ottimale di caffè espresso deve quindi possedere un corpo elevato, un retrogusto persistente, un gusto e un aroma intensi e una crema compatta afferma Teichner. Arquivo Giordano Iapalucci Jair Coser, presidente della Unicafé LE QUATTRO M Chissà quanti italiani all estero si sono chiesti il perché sia così difficile trovare un posto dove gustare un caffè espresso uguale a quello del bar sotto casa. Eppure le macchine sono italiane! Come spiegano gli scienziati del caffè in Italia, per ottenere un caffè espresso con la C maiuscola sono necessarie le 4 M. Ovvero: la miscela, il macinino, la mano e la macchina. La miscela in Italia, rispetto per esempio al Brasile, cambia in grammatura e granulometria. In pratica viene macinato più fine, spiega Teichner; per far passare più lentamente l acqua attraverso la polvere. Questa non è formata altro che da palline che si gonfiano e da cui vengono estratte delle sostanze nobili. Una volta terminato questo processo non rimane che legno. Il caffè buono, quindi, è quello all inizio. Per questo più corto è, più buono risulta al palato spiega Teichner. Il macinino manuale, ormai sostituito da moderni macchinare, è diventato un elemento in via di estinzione. Non se ne trovano praticamente più indiro e chi ce l ha lo tiene strettono come un elemento da museo. L importanza che questo aveva era proprio nel dare la freschezza della polvere appena macinata e subito consumata. La mano, poi, non è di poco conto. Fino a pochi anni fa esisteva nei bar il banchista, una persona il cui compito era solo ed esclusivamente quello di fare caffè, quindi un lavoratore altamente specializzato. Generazioni di famiglie, nonni, padri e figli andavano al bar dove il banchista era sempre lo stesso. Ma la soluzione a tanta insoddisfazione degli appassionati che viaggiano nel mondo alla ricerca del caffè corto del bar sotto casa sembra essere arrivata con la scomparsa, incredibile ma vero, della figura dell operatore. La rivoluzione, in questo senso, è data dall avvento delle macchinette a capsule con le quali il caffè è uguale per qualsiasi persona che prema il pulsante. La maggior fabbrica di tutte le Americhe nella produzione di capsule per caffè espresso, con sede a Rio de Janeiro, ne ha prodotte dal 1998 circa 85 milioni. Ogni capsula ha bisogno di meno caffè (7gr) rispetto al cafezinho normale (10gr) con una qualità di altissimo livello. La capsula, è rivestita da una pellicola di polietilene e alluminio. Il tutto viene pressurizzato con azoto e nitrogenio per non ossidare il caffè. spiega Teichner 26 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

15 Cultura Cultura Um café que unificou a Itália Com mais de 150 anos, o Caffe Cova é um arquivo da história cultural de Milão Milão Uma pequena parte da história de Milão está no meio de vestidos, ternos, bolsas e sapatos das mais importantes grifes italianas e estrangeiras. Entre uma compra e outra, os freqüentadores do quadrilátero da moda, no centro da cidade, fazem uma pausa para entrar no Caffe Cova e beber uma tacinha do ouro negro em pó. E, em meio a toda a modernidade que o rodeia, o tradicional bar resiste ao futuro mantendo-se fiel ao passado. Sentaram-se por lá os revolucionários Garibaldi, Cairoli e Mazzini Os lustres de cristais, os candelabros nas mesas, as cortinas de veludo, a decoração pastel, os quadros renascentistas e afrescos nas paredes, os garçons vestidos com uniformes de um branco imaculado com gravatas borboleta num enorme contraste com as roupas dos clientes fashions parecem ter saído do túnel do tempo. O que não deixa de ser verdade. O Caffe Cova foi fundado em 1817 por Antonio Cova, um ex-soldado de Napoleão e está localizado na esquina da Via Montenapoleone e Sant Andrea. Mas no começo se chamava Caffe del Giardino e era bem perto do teatro La Scala. A mudança de endereço e de nome ocorreu apenas em 1950, durante a reconstrução do Caffe, parcialmente destruído pelo bombardeio inglês sobre a cidade na Segunda Guerra mundial. O Cova, como é chamado na intimidade pelos freqüentadores mais antigos, está a poucos metros da catedral do Duomo e do teatro La Scala. A presença entre os dois símbolos da cidade, a importante igreja gótica e o palco mais famoso da opera lírica, o transformou naturalmente num ponto de encontro de celebridades. Pelas mesas do Cova passaram o maestro Arturo Toscanini, os compositores Giuseppe Verdi e Puccini, mas antes deles sentaram-se por lá os revolucionários Garibaldi, Cairoli e Mazzini. E não por acaso o Cova serviu de centro de resistência na Guerra contra os austríacos, em No Cova teria sido arquitetado o plano para expulsar os invasores e que daria origem aos míticos Cinque Giornate. Ou seja, se pode di- Guilherme Aquino Correspondente MILÃO Fotos: Guilherme Aquino zer até mesmo que a unificação da Itália, foi tramada entre um gole e outro de café. O velho Cova, fora os períodos das guerras, era (e continua sendo) pólo de atração cultural e política. Parlamentares, escritores, editores, artistas e músicos, anônimos ou famosos batiam ponto no balcão do caffe para conhecer as novidades, os últimos lançamentos. Hoje, o local ainda é ponto de badalação mundana, de lançamentos de livros, e as distintas senhoras da Milano Bene não abrem mão do chá das cinco no salão chic do Cova. Venho aqui sempre que posso. Este é um local charmoso, bonito, tranqüilo e que freqüento desde menina afirma uma cliente que preferiu não se identificar. A família Cova o administrou durante três gerações consecutivas. E sempre manteve a mesma qualidade da prestação de serviços e no preparo dos bolos e das tortas. Sim, além de caffe, o Cova é uma paticceria e confetteria. As receitas antigas foram mantidas depois da passagem do Caffe para a família Faccioli, em Sofisticação semelhante a da Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro E outras, abandonadas no meio do caminho, foram recuperadas pelos novos proprietários criando uma histórica ponte, construída por aromas e sabores, ligando os séculos XIX e XX. Uma das principais atrações do Cova é a torta Sacher [receita austríaca] de incomparável sabor e com os segredos da sua culinária trancados a sete chaves e apenas de conhecimento de quem a prepara. A única informação divulgada é que do cacau da América do Sul é que se faz o chocolate. Os frutos são super-selecionados e depois preparados nos laboratórios do Cova, em Milão. O panettone é outro famoso prato de resistência do Caffe Cova. Com tantos docinhos e biscoitos seria até natural que o café ficasse em segundo plano. Mas isso não acontece. A tradição do local é grande e as portas estão sempre abertas para o mais mortal dos clientes, disposto a desembolsar ate dois euros por uma simples tacinha de café. Impossível ir à Milão sem apreciar um café no Cova Quinta Settimana della Lingua Italiana Importante appuntamento con la Vª Settimana della Lingua e Letteratura Italiana nel Mondo. L evento, promosso dal ministro Tremaglia 5 anni fa, coinvolge 89 Istituti di Cultura in oltre 70 paesi del mondo. Protagonista principale è stato il cinema. Dal 21 al 28 ottobre si sono alternati professori e studiosi nell analisi di come le opere della letteratura italiana si sono trasformate in pellicole. In questo senso sono state proiettate, lungo la settimana, film che hanno preso spunto da testi letterari: L Innocente di Visconti dall omonimo romanzo di D Annunzio; Buongiorno Notte di Bellocchio, dal libro Il Prigioniero e Io non ho paura dal libro di Niccolò Ammanniti, sono solo alcuni esempi trasmessi all Ilha do Fundão presso l Auditorio del Dipartimento di Lingue Neolatine. L apertura della Settimana è avvenuta contemporaneamente al Teatro Planetario di Gávea e al 4º piano dell Istituto Italiano di Cultura di Rio de Janeiro. Al teatro, la compagnia italiana Potlach ha proposto lo spettacolo Planetario Brecht La vita di Galileo Galilei in cui, come ha spiegato il direttore teatrale Pino Di Buduo sono state analizzate le figure di Galilei e Brecht. Come il primo osservava il firmamento e studiava le leggi che ne regolano i movimenti, così il secondo osservava il mondo nella sua epoca e ne Giordano Iapalucci spiegava il modo per comprenderlo. Il nostro è da intendere come un teatro d innovazione, di sperimentazione e di ricerca spiega Di Buduo. A Casa d Italia, il direttore dell IIC-RJ, Franco Vincenzotti ha messo in risalto come l appuntamento fosse un momento sia di difesa dell identità della lingua italiana nel momento in cui in Europa si tende a privilegiare altre lingue, come anche di rilancio delle identità regionali. La lingua gode tuttosommato di un momento felice. Nel senso che gli italoparlanti non sono in declino. Ne sappiamo qualcosa noi dell IIC che vediamo gli iscritti aumentare ai corsi di italiano italiana ha commentato il direttore. Allo stesso tempo il console Ernesto Bellelli ha manifestato il suo compiacimento, che poi è quello di tutta la comunità italiana di Rio, nella concessione da parte Attori della Compagnia Teatrale Potlach al Teatro Clara Machado (Planetario di Gávea) João Carnavos del presidente della repubblica Carlo Azeglio Ciampi, della Stella della Solidarietà per riconoscimenti nella lingua e cultura italiana a Marco Lucchesi, Lanfranco Vatelli, Marina Colasanti e Amelia Lopresti. Molti dei premiati di questa onoreficienza sono stati dello stato di Rio. Questo a conferma che Rio de Janeiro rappresenta, in tal senso, la capitale anche della cultura italiana ha messo in risalto Bellelli. Durante i 6 giorni di programmazione sono intervenuti Mauro Porru (UFBA) il quale ha parlato su La lingua italiana tra narrativa e cinema dagli anni settanta ad oggi, con particolare accento su Luchino Visconti; Paolo Spedicato (UFSE) nel dialogo tra arte e letteratura con la proiezione del filmato sul Pontormo e Cristiana Cocco (UFF) in una analisi del cinema come strumento dell insegnamento della lingua e della cultura italiana. Si è parlato poi anche del dialogo tra linguaggio e musica con la ex-cantante Paola Contavalli, la quale ha poi dato un saggio delle sue doti canore nello spettacolo Le parole cantate sempre alla Sala d Italia. Il mio spettacolo è una evoluzione della musica italiana dalla fine del 1800, con un linguaggio molto accademico e aulico, passando attraverso le canzoni degli anni 20 e 30 e quella di Sanremo, un pò banale e superficiale. Tutto questo per arrivare al rinnovamento della musica italiana degli anni 60 sia nella forma come nei contenuti con il gruppo dei cantautori come De Gregori, Guccini, Dalla e De André. Si è trattato di una operazione colta perché ha portato al grande pubblico quella cultura umanistica che fino ad allora era rimasta nelle mani di pochi ha spiegato la Contavalli. Luciana Bezerra dos Santos 28 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

16 Comportamento Um ti voglio bene virtual Inúmeros brasileiros oriundi ou apaixonados pela Itália estão fazendo do Orkut um palco de idolatria à Bota. Os cadastrados online do Brasil correspondem a 72% desta rede criada há quase dois anos por um jovem turco que queria simplesmente ter muitos amigos Se o conceito de viagem mudou completamente com a chegada da Internet há 10 anos, o que dizer agora com o Orkut? Criada em 22 de janeiro de 2004 pelo engenheiro turco do site de busca Google, Orkut Büyokkokten, a comunidade virtual é mais que uma sala de bate-papo ou uma home page. Com essa rede cresce também a oportunidade de divulgar preferências, gostos, opiniões e, sobretudo, fazer amizades. Há gente, por exemplo, com mais de mil amigos, como é o caso do compositor Léo Jaime. E simpatia parece ser coisa, definitivamente, de brasileiro. Sobre percentuais, não há como desconsiderá-los. Só as comunidades brasileiras representam impressionantes 72% dos cadastrados nessa rede, a febre online da vez. Se somos os mais simpáticos, herdamos isso de alguém. Os primeiros imigrantes italianos deixaram esse legado para os seus 25 milhões de oriundi que vivem em solo brasileiro. Resultado: uma ode ao amor pela Itália invadiu o Orkut. São centenas de comunidades que idolatram a terra da pizza, do calcio e da tarantella. O sistema funciona através de um convite de quem já faz parte, criando possibilidades para as Editoria de arte Quero morar na Itália, mas por enquanto é no Orkut que mato a saudade do país e da família BRUNO MICHELE PAPA, ESTUDANTE, 17 ANOS Nayra Garofle pessoas se conhecerem melhor e dividirem gostos em fóruns de debates publicados nas comunidades. Essa paixão e a vontade de dividir experiências vividas do outro lado do oceano só têm feito o número de comunidades crescer. Até o fechamento desta edição, constatamos cerca de 300 comunidades relacionadas somente à palavra Itália. Sem contar as que utilizam termos alusivos como a Comunidade Italiana no Brasil, com mais de 29 mil membros. É uma relação de amor, saudade e interesse por este fantástico mundo novo. O número parece pouco, mas não é. Pois essas comunidades são criadas por brasileiros e não por italianos. Segundo o site da Wikipédia, uma gigantesca enciclopédia livre, o Orkut tem cerca de oito milhões de usuários, idade: 26 anos estado: São Paulo comunidade: Eu vou para Itália membros: 2780 mil pessoas tória, de conhecer suas raízes. Eu mesmo sou descendente e depois que entrei no Orkut descobri uma comunidade com o sobrenome de minha família. Até então, não tinha nenhum contato com outros Bassoli no Brasil diz. Muitos brasileiros também criam comunidades para tirar algumas dúvidas sobre cidadania italiana. Como é o caso do webdesigner Ronny Saran, de 26 anos, neto de italiano. Há um ano ele resolveu passear na Itália. Conheceu Milão e Veneza e, apesar de ficar apenas quatro dias, aproveitou o ensejo para obter a certidão de nascimento do avô, importante passo para dar entrada no registro de cidadania italiana. A tentativa foi frustrada. Regressou ao Brasil, sem esperanças. Até que um amigo, que mora na Inglaterra, foi à Itália para também adquirir sua cidadania. O cidadão teve sorte. Encontrou a bendita certidão do avô de Saran, que não estava em nenhum cartório, mas em uma igreja. Empolgado com a novidade, o webdesigner criou a comunidade Eu vou para Itália, que tem até o fechamento desta reportagem 2780 pessoas cadastradas. A quantidade de pessoas em busca de informações sobre cidadania e o fato de o Brasil possuir um número muito grande de descendentes contribui para o surgimento de tantas comunidades no Orkut. Você pode notar que há muitas comunidades criadas para atender a demanda de dúvidas dos brasileiros afirma Saran que espera já com a certidão do vovô em mão - retornar à Península em 2006 para obter a tão desejada cidadania italiana. QUERO ENTRAR NO ORKUT Para fazer parte do Orkut é necessário receber por um convite de alguém que já esteja cadastrado na rede. O sistema funciona mais ou menos assim: Depois de receber o convite é a sua vez de efetuar o cadastro; Com o cadastro concluído é possível criar um álbum de fotos; Quando uma pessoa adiciona outra à lista de amigos, uma terceira pessoa pode também adicioná-la; Declarar-se fã de um amigo, deixar mensagens, escrever um testemunho sobre ele também é válido; Os usuários também podem criar as comunidades e, dentro delas, organizar fóruns de debates; Para os curiosos, vale a pena fazer uma pesquisa entre os amigos. Com certeza um deles está cadastrado no Orkut. Para ingressar no Orkut é necessário um endereço eletrônico no gmail e, então, é só pedir para enviar o convite para o seu . Quem sabe não surja com esse novo usuário mais uma comunidade relacionada à Itália? Resolvi criar uma comunidade dedicada a todas as pessoas que estão indo para a Itália. Quem sabe não formamos um grande grupo? RONNY SARAN, WEBDESIGNER, 26 ANOS idade: 18 anos estado: Rio de Janeiro comunidade: Fui pra Itália e quero voltar membros: 320 pessoas A estudante Marina Valverde Pagani, de 18 anos, cujo nome não nega sua ascendência, é criadora da comunidade Fui pra Itália e quero voltar e diz que a idéia surgiu depois de verificar no Orkut que não existia uma comunidade deste tipo. Acho uma boa idéia para que as pessoas possam compartilhar suas histórias, conhecer outras que já tenham estado neste país tão fascinante! contou a entusiasmada oriundi. Filho de italiano, o estudante Bruno Michele Papa, de 17 anos, pretende um dia morar na Itália. Em sua comunidade, Sono Innamorato dell Italia, há 840 pessoas. Toda a família do meu pai mora lá. Tento ir, pelo menos, uma vez por ano para visitar os parentes. Quero morar lá, mas por enquanto criei a comunidade para poder matar um pouco a saudade da Itália. Esse é o propósito do Orkut: possibilitar a quem estiver na rede diminuir a saudade que sente de seus entes queridos; conhecer um outro país e um pouco sobre as histórias de tantas outras pessoas que já foram ou querem ir à Itália. Na rede, dividir experiências, expressar o amor pelo país e tirar algumas dúvidas são os temas mais abordados. OS AMANTES DA ITÁLIA São diversas as comunidades relacionadas à Itália. Segue uma pequena lista com 9 delas: dos quais 5,6 milhões (72% dos cadastrados) são brasileiros. Apesar de o Orkut ser uma invenção turca, em abril deste ano os brasileiros ganharam uma versão em português, a primeira tradução do site. Em julho foi disponibilizada uma versão para os italianos. Para o psicólogo Arnaldo Bassoli, o Orkut abre novas portas para quem quer conhecer outros mundos : A imigração no Brasil é forte e o imigrante tem uma necessidade enorme de recompor sua trajeidade: 17 anos estado: São Paulo comunidade: Sono innamorato dell Italia membros: 840 pessoas Italia Ti Amo Brasileiros na Itália Sono innamorato dell Italia Eu amo a Itália Quero conhecer a Itália Fui pra Itália e quero voltar Eu vou para Itália Busca de documentos na Itália Comunidade Italiana no Brasil 30 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

17 Comportamento Turismo, business e política Vinda de turistas italianos ao Brasil cresceu 25%. Governadora do Rio irá à Roma e Sicília para resgate histórico de ancestrais Buscar as raízes que nos desenham como cidadãos é, também, uma confirmação de autonomia cultural, de, sobretudo, entendimento claro de que uma sociedade se faz com união entre povos. Todos têm, em alguns momentos de suas vidas, uma inexplicável vontade de resgatar um elo perdido com seus antepassados. Entrando no último ano de seu mandato à frente do estado do Rio de Janeiro, a governadora Rosinha Garotinho resgatará, no primeiro semestre de 2006, suas origens da Sicília e de Roma, onde nasceram seus bisavós, com direito a uma esticada à Lombardia. O convite foi feito pessoalmente pelo cônsul geral da Itália no Rio, Massimo Bellelli. Rosinha Garotinho não nega as origens, mas também reconhece a importância de um intercâmbio do estado com a Itália sob aspectos empreendedores e políticos: O povo italiano tem um espírito alegre, como os brasileiros. Identifico-me com ele. Conheço pouco a Itália. Só fui à Roma uma vez, mas de tanto a minha bisavó Editoria de arte Luciana Bezerra dos Santos contar suas histórias guardei na memória um carinho imenso pela Itália. Meu interesse é pessoal, mas também pelo intercâmbio de turismo e de negócios que existe entre o Brasil e a Itália, em especial, com o Rio de Janeiro antecipa a governadora. Se depender do entusiasmo de Rosinha, o convite do Consulado será aceito: Na minha viagem à Roma, participei de um almoço oficial e parecia que estávamos no Brasil. Todos falavam ao mesmo tempo e, mesmo assim, conseguiam se entender. Os italianos são um dos povos que têm mais semelhança com os brasileiros. TOMA-LÁ-DÁ-CÁ TURÍSTICO Se no Brasil há exemplos como o da governadora oriundi, não é diferente o interesse que italianos têm pelas belezas naturais brasileiras. Entre 2004 e este ano, houve um crescimento de 25% da vinda de turistas italianos ao Brasil. O cônsul Bellelli assinala que, aproximadamente, 90 mil italianos estiveram por aqui no ano passado. Esse resultado motivou os operadores de turismo italianos a trazerem novos agentes ao país para participarem do congresso e feira da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), que aconteceram em outubro, no Riocentro. Além de representantes da Sicília, que participaram dos eventos do ano passado, vieram em 2005 agentes da Lombardia, Sardenha, Piemonte e Veneto. A própria governadora Rosinha, frisa Bellelli, fez questão de prestigiar o estande dos italianos na feira da Abav. É a primeira visita que ela [a governadora] fez num estande estrangeiro. Nossa idéia é levar alguns agentes brasileiros para a Itália durante os jogos Olímpicos de inverno, que Nossa idéia é trazer de volta ao Rio a Alitalia. O problema é a conexão de vôos diretos. A maioria são vôos chartes MASSIMO BELLELLI, CÔNSUL GERAL DA ITÁLIA acontecem entre janeiro e fevereiro de 2006, em Turim, e vender pacotes dos variados setores, como o do turismo tradicional às cidades históricas Veneza, Roma e Florença. A perspectiva é de que em 2006 o espaço da Itália na feira [da Abav] seja ainda maior conta, com empolgação, o cônsul. Segundo o diplomata, o turismo da Itália está nas mãos das entidades locais e dos operadores, e acrescenta que, sem a centralização de dados sobre a chegada dos italianos ao Brasil, não há como contabilizar todos os turistas na cidade porque viajam por várias companhias aéreas. Nossa idéia é trazer de volta ao Rio a Alitalia. O problema é a conexão de vôos diretos. A maioria são vôos charter comenta Bellelli. LA DOLCE VITA NA PENÍNSULA A Itália é tradicionalmente uma das principais rotas turísticas mundiais. Só a cidade de Veneza recebe todos os anos 60 milhões de turistas, enquanto que 4 milhões visitam o Brasil anualmente. Não foi à toa a presença maciça de agentes italianos no evento da Abav para despertar o deslumbramento e emoção pelas riquezas turística e histórica da península, como aconteceu com a governadora Rosinha Garotinho. Segundo Bellelli, é fundamental para o estreitamento turístico entre Brasil e Itália que agentes dos dois países promovam acordos bilaterais mais constantes para, assim, medirem melhor os resultados. Os empresários que participaram da feira em 2004 apontaram resultados positivos com os contatos estabelecidos durante o evento da Abav. Ficaram entusiasmados pelos números de contatos que tiveram. Os resultados concretos deste ano veremos em Entre 2004 e 2005 já foram obtidas algumas respostas positivas pelos operadores italianos que participaram do evento ressalta o cônsul. Massimo Bellelli sugere, contudo, que a atração do turista italiano ao Brasil receba mais atenção tanto da iniciativa privada quanto do governo brasileiro. Ele aponta que as dificuldades enfrentadas pelas empresas aéreas Alitalia e Varig são uma das barreiras que impedem um avanço mais significativo do turismo bilateral entre os dois países. Estamos negociando com a Alitalia para implantar uma conexão direta entre Rio e Itália. A Varig, de um lado, não tem mais aviões para colocar [na linha direta com a Itália] e a Alitalia tem uma frota concentrada em outras áreas. As companhias tendem a se concentrar onde há um turismo de negócios, e o Rio é um destino de lazer, mas isso não significa que esse plano não possa ser revertido adianta o diplomata. ACORDO COM O GOVERNO Ações estão em andamento para atrair mais italianos ao país. No caso, o esforço vem sendo concentrado pela Secretaria estadual de Turismo do Rio de Janeiro, que assinou no dia 10 deste mês um acordo público-privado com um grupo italiano de consultores, o ISI, que já abriu um escritório na cidade do Rio para facilitar o convênio, cuja meta é formar gerentes do setor do turismo em instituições públicas no Brasil. Outro objetivo é o de formar um elo turístico e de negócios entre o Rio e a Sicília. Serão criadas gerências de turismo nas entidades públicas do estado do Rio para melhorar o sistema de aproveitamento do setor no Brasil. O resultado final poderá gerar negócios a longo prazo assevera Bellelli. Para o estreante no evento da Abav, o italiano Corrado Spalazzi, presidente da agência Clementson Travel Office, a feira proporcionou muitos negócios para todos que se concentraram no estande do Ente Nacional Italiano para o Turismo (Enit), organização responsável pela divulgação internacional de material promocional do turismo da Itália. Já conversei com diversos operadores de turismo brasileiros oferecendo os roteiros venezianos. Sei que isso [o resultado] é a longo prazo. Depois da feira eu e minha mulher vamos conhecer algumas regiões do Brasil, entre elas o Nordeste assinala Spalazzi. Giuseppe Indelicato, da Azienda Promozione Turistica (APT) de Agrigento, na Sicília, enfatizou que agentes italianos estão comercializando com turistas brasileiros pacotes com roteiros menos conhecidos da região siciliana. No estande italiano na Abav, folclore e negócios A APT está investindo pesado para atrair os brasileiros concluiu Indelicato. No mês de junho deste ano, os gastos dos viajantes estrangeiros na Itália somaram 3 bilhões de euros, uma queda de 8,3% em relação a igual período do ano anterior. Os turistas italianos gastaram menos no exterior (1,6 bilhão de euros), mas foram mais ousados: aumentaram os gastos com viagens em 26,7% superior aos gastos do mesmo período em A queda do percentual turístico interno de junho não fugiu à regra durante o semestre, quando o balanço também apontou um volume de 4,8 bilhões de euros inferior em relação aos 6 bilhões de Já os italianos estiveram bastante dispostos a gastar com visitas a outros países nos seis primeiros meses do ano: 7,9 bilhões de euros. TURISMO SEXUAL, A PEDRA NO SAPATO Mas há uma preocupação do governo italiano para coibir o avanço do turismo sexual, um grave problema que afeta os negócios dos setores turísticos de Brasil e Itália. O turismo sexual existe, não podemos esconder, mas acredito que esse número não seja tão expressivo assim [no Brasil, em relação a outros países]. Até porque as pessoas que pensam em conhecer o Brasil pensam no país como um destino turístico e não sexual. Há destinos mais próximos da Itália, com o mesmo apelo. Na Ásia, por exemplo. Sem dúvida, Natal [Rio Grande do Norte] e Fortaleza [Ceará] são portas de entrada para esse tipo de turismo e atrai italianos porque os dois destinos ficam apenas a sete horas de distância da Itália. Não podemos controlar esse tipo de turista, até porque ele pode vir e ficar na casa de um amigo e não em um hotel, onde ficaria cadastrado explica o cônsul Bellelli. Apesar da incômoda situação, realmente há um esforço concentrado das polícias dos dois países. No dia dois deste mês, a Polícia Federal brasileira prendeu, em Natal, 15 pessoas acusadas de participar de uma quadrilha de tráfico de mulheres. Seis dos acusados são italianos suspeitos de envolvimento com a máfia italiana e com narcotraficantes colombianos. O bando atuava há um ano gerenciando boates da cidade, principalmente em Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos da capital potiguar. Ernane D. Assumpção Ernane D. Assumpção Meu interesse [pela viagem à Roma] é pessoal, mas também pelo intercâmbio de turismo e de negócios que há entre Brasil e a Itália ITÁLIA NA ABAV ROSINHA GAROTINHO O Brasil está investindo muito para evitar o crescimento desse tipo de roteiro. Acho que a imagem do Brasil deve ser trabalhada mais no exterior do que aqui. Deveria ser uma prioridade das representações brasileiras no exterior. Evitar essa imagem. Na verdade, o trabalho dos agentes italianos é vender a Itália e não o Brasil explica o cônsul Bellelli, que criticou o projeto de lei em trâmite no Congresso Nacional que prevê a proibição da venda de cartões postais que mostrem mulheres com as nádegas expostas Não faz muito sentido. Isso é uma forma de censura e não uma solução. Agência Promocional Turística da Província de Agrigento (Sicília) Rusconi Viaggi especializada em roteiros de peregrinação (Lecco - Milano) King Holidays opera roteiros em toda a Itália (Roma) Costabile Bus (Calábria) e Pandora Tours (Roma) especializadas em turismo receptivo no sul da Itália Clementson Travel Office Viagens especializado nas regiões do Veneto e da Sardenha Consórcio Turístico Hoteleiros da região de Piemonte representante de hotéis na Sicília Pool Operadores do Comitê de Turismo da Câmara Ítalo-brasileira de Comércio e Indústria 32 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

18 Comunidade Comunidade Falando a mesma língua Acordo entre Governo do Rio e Consulado da Itália possibilitará criação de inédito centro cultural Um edifício na Praça da República, Centro do Rio, poderá abrigar no próximo ano um inédito centro cultural e social de grande porte sobre a cultura italiana no estado. Um esforço concentrado entre Governo do estado do Rio e Consulado Geral da Itália poderá reativar o prédio, onde em décadas passadas funcionaram algumas instituições de serviços aos italianos na cidade. Um acordo de intenção será assinado ainda neste mês de novembro entre representantes do Governo e consulado. Luciana Bezerra dos Santos A previsão do empréstimo do prédio é de 25 anos, sem ônus, podendo ser renovados por mais 25 confirma o deputado estadual, Adroaldo Garani. As relações entre o Governo do Rio e o consulado vêm se intensificando desde o ano passado, quando especialistas da Polícia romana estiveram no estado para treinar profissionais da Polícia Civil. Outra negociação em trâmite é a inclusão da língua italiana no currículo das escolas estaduais. Um processo que vem sendo articulado entre a Câmara dos Deputados, por meio do deputado Garani, a Secretaria estadual de Educação, o consulado e as Universidades Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Federal Fluminense (UFF), estas ficarão responsáveis pela capacitação dos professores para ensinarem o italiano nas escolas públicas. O projeto está sendo analisado pela governadora [Rosinha Garotinho], mas ela já sinalizou que isso possa acontecer. Caso seja Fotos: João Carnavos aprovado, a disciplina entrará no currículo no próximo ano letivo sinaliza Garani. TRABALHO NO EXTERIOR Com a escassez de mão-de-obra no território italiano, a Casa D Itália no Rio de Janeiro assinou em novembro, um convênio com a empresa de recursos humanos Obiettivo Lavoro, vinculada ao Ministério do Trabalho Italiano, e a Secretária de Trabalho do estado. O projeto prevê 60 vagas na área de enfermagem para profissionais recém-formados que tenham interesse em trabalhar no exterior. Segundo Bellelli, os candidatos não precisam falar o idioma e terão suas despesas incluídas no contrato de trabalho. A oportunidade está aberta a brasileiros e oriundi. Os selecionados serão treinados pelo hospital italiano durante seis meses. A cada período do curso, eles serão avaliados com provas oral e escrita para medir os níveis de dificuldades. O contrato oferece salário europeu, passagens aéreas e estadia garante Bellelli. DOAÇÃO AO HOSPITAL ITALIANO O Governo do estado, junto com a Obra Vida Social, presidida por Maria Cecília Lamim, também doou ao Centro Filantrópico do Hospital Italiano, no Grajaú, zona norte do Rio, um carro zero quilômetro completo. A unidade hospitalar atende mensalmente cerca de 3,5 mil pessoas carentes do bairro e adjacências, nas especialidades da medicina básica, como pediatria, ginecologia, odontologia, clinica médica e psicologia. O veículo será transformado em ambulância para atendimento básico dos pacientes que diariamente procuram o Centro Filantrópico assinala o presidente da Sociedade Italiana de Beneficência e Mutuo Socorro (Sibms), Aldo Chianello. O carro, segundo o deputado Garani, foi comprado com fundos da Loterj, que destina parte do que arrecada para obras sociais. O cônsul Bellelli informa que outros projetos no âmbito da saúde estão a caminho. Uma nova unidade hospitalar será construída ao lado do hospital para auxiliar no atendimento. Segundo ele, uma delegação Italiana virá ao Rio de Janeiro ainda este ano para realizar um estudo de viabilidade que permitirá a implantação de equipamentos de alta tecnologia. A previsão confirma o diplomata - é de que o projeto seja implementado no segundo semestre de A Itália logo ali... no Riocentro 45ª Feira da Providência, na primeira semana de dezembro, terá estandes coordenados pela consulesa Matilde Bellelli Luciana Bezerra dos Santos á imaginou um lugar aonde o visitante possa se sentir na Itália, comprar perfumes e acessórios das mais badaladas grifes italianas por preços convidativos sem ao menos sair do Brasil? Essa é a oportunidade que os organizadores do espaço italiano, na 45ª edição da Feira da Providência, que acontecerá de 01 a 11 de dezembro, no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, prometem aos visitantes. Este ano, a área reservada à Itália é três vezes maior do que a dos anos anteriores. Como principal novidade, uma cafeteria com 13 metros de extensão, idêntica às existentes nas ruas de Roma, com um painel da famosa fonte Fontana Di Trevi ao fundo. Além da cafeteria, um espaço gastronômico com diversos tipos de pastas e massas, tudo regado a prosecco, vinhos, é claro, e café expresso. Para os amantes da moda, o estande de cosméticos, perfumaria e acessórios terá marcas como Roberto Cavalli, Dolce&Gabbana, Gucci, dentre outras. Outro estande com temática italiana é o de cristais de Murano, da região sul do Brasil, que já participa do evento há dez anos. Segundo a coordenadora do Setor Internacional da Feira da Providência, Adelma do Amaral Linhares Terra, em virtude do recorde de público em 2004, o evento deste ano terá mais sete dias, além dos quatro das edições anteriores. Adelma Linhares afirmou que a expectativa em relação à arrecadação do setor internacional chegue a R$ 6 milhões. Ano passado, o setor internacional da Feira, incluindo a Itália, arrecadou R$ 3 milhões só com a venda de produtos. O Banco da Providência, destaca a coordenadora da Feira, tem a sua própria frente de trabalho na área social: A Feira da Providência não tem nenhum subsídio do governo, 80% das nossas frentes de trabalhos são mantidos pela feira e os 20% restantes, muitas vezes são doações vindas de empresas. A Feira é única e exclusivamente para manter nossos projetos. A consulesa Matilde Bellelli, responsável pela coordenação do espaço italiano no evento, ressalta que essa é a primeira participação do Consulado com a direção de seu marido, o cônsul Massimo Bellelli, que assumiu a Casa D Itália no Rio dois meses antes da feira do ano passado. A consulesa, que já trabalhou em eventos como este em outros países, foi convidada pelo Banco da Providência para conhecer as obras sociais mantidas pela instituição. A iniciativa é importante porque tudo que for arrecadado será destinado às famílias carentes. Minha experiência em feiras beneficentes é antiga. Estive a frente de eventos assim, em Bruxelas, na Bélgica e, sobretudo, em Nova Déli, na Índia, onde a Itália era o primeiro país em termos de arrecadação para este fundo assegura a consulesa. A expectativa de Matilde é de que o valor arrecadado este ano seja 50% superior ao de 2004, que obteve, entre a venda de produtos e dos estandes, R$ 239 mil. No ano ano passado o evento aconteceu durante quatro dias, e este ano serão 11 dias, o que terá reflexo positivo na arrecadação do espaço italiano na Feira. Cinqüenta voluntários do Consulado, Coasit e Comites vão trabalhar no evento. Segundo Massimo Bellelli, o investimento no espaço italiano é de US$ 130 mil. Os estandes serão criados por Eder Meneghine, um dos mais disputados decoradores do Rio de Janeiro. Para Rodolfo Teichner, responsável pela cafeteria, a idéia original era criar uma réplica da Fontana Di Trevi no espaço, mas a verba foi insuficiente. Segundo a lenda, quem joga uma moeda na fonte [Fontana Di Trevi] sem olhar, retorna em breve à Itália. Como a verba é curta para construir tal monumento, vamos colocar uma bacia com água e a pessoa que acertar uma moeda de R$ 0,25 ganhará um café expresso de graça assinala Teichner. Para ele, o café vendido na feira será o mesmo produto disponível em lojas chiques da cidade, como Caffeina, Garcia Rodrigues, Ataulfo s, entre outras. Sua expectativa é de que cerca de 20 mil copos de café sejam consumidos durante a Feira. Ambulância de presente para o Hospital Italiano, no Grajaú (Rio) Divulgação Teichner Expectativa é de que 20 mil copos de café sejam consumidos no estande italiano C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

19 Moda Affari Amuleti fighissimi! Ed è finito tutto in pizza Luciana Bezerra dos Santos Bigiotteria del Piauí colora con buon umore la mostra Brazil Fashion Acessories, a Milano Luciana Bezerra dos Santos Evento Gourmet Show, a Rio, ha la cucina italiana come stella di quest anno Cuochi italiani durante la lezione sul risotto alla piemontese Giovana Andrade: collezione speciale per l evento collane che hanno reso 20 mila reais alla stilista Carlos Augusto Luciana Bezerra dos Santos Carlos Augusto La prossima estate ha già un ordine del dio sole : abusare dei colori e molto rilassamento, unendo gli accessori e le bigiotterie in un look proprio di buon umore. Le collane possono essere sovrapposte o con pendenti, dicono gli stilisti. La moda nel paese è così diversificata che gli accessori stanno imponendo stile e aprendo spazio nel mondo fashion per i nuovi prodotti. In ottobre, designer brasiliani hanno partecipato per la prima volta alla Mostra Brazil Fashion Acessories, realizzata a Milano. Ma l elemento di spicco è stato lo stile porreta nordestino, specialmente quello del Piauí. Uno degli espositori, la designer Giovana Andrade, ha causato un frisson tra gli italiani con i suoi pezzi fatti con fibra di buriti, all uncinetto e con pietre brasiliane, come il citrino, l agata, il quarzo rosa, l acquamarina e l ametista. Secondo l imprenditrice, che lavora da otto anni in questo settore, la collezione esposta alla fiera è stata esclusiva. Ho preparato una collezione speciale per questo evento. Composta da collane ed orecchini, con varie creazioni e tendenze della moda. Sono riuscita a concludere affari per un totale di circa R$ 20mila spiega Giovana, che da due anni ha messo su un atelier e produce mensilmente circa cinque pezzi per fornirli ai negozi alla moda di Teresina e di altre regioni brasiliane, oltre a paesi come il Venezuela e il Canadà. La designer di gioielli ha anche garantito che, con i contatti che ha fatto nella fiera, l aspettativa è di che fino alla fine dell anno riuscirà a concludere circa altri R$ 40mila in affari. Giovana pensa anche di aprire una cooperativa con le artigiane della regione per far fronte alla richiesta di ordini. Secondo la menager del Projetos Têxtil e Confecções del Sebrae in Piauí, Mirna Rocha, l evento itinerante ha come obiettivo quello di offire al mercato internazionale prodotti di qualità, creatività e buon prezzo. E un evento itinerante che, oltre a Milano, percorrerà New York, Parigi, Madrid, Santiago e Buenos Aires, trasformandosi nel primo show room internazionale dell accessorio brasiliano. Là, le imprese di accessori di moda divulgheranno non soltanto la nostra brasilianità, ma faranno anche vedere pezzi unici che verranno messi in commercio spiega Mirna. Da nove anni il Gourmet Show, montato nella Equipar/Riopan, al Riocentro, viene considerato uno dei migliori eventi del business per i segmenti dell area gastronomica di Rio de Janeiro. Nell edizione di quest anno il cibo italiano ha contato sul condimento speciale degli chef Massimiliano Bellavista e Renè Ietti. I due hanno tenuto un affollata lezione sul risotto alla piemontese, seguita da degustazione. La gara tra chi apprezzava e non sarebbe potuto essere differente è stata accesa. Il successo dei loro piatti sta rendendo frutti. La coppia di chef Bellavista e Ietti grazie al Consorzio Turismo e Promozione ha firmato recentemente un accordo con l Università Estácio de Sá per offrire un corso sulle nuove tecniche gastronomiche. Il Gourmet Show è una partnership della Ristoratori Italiani Associati (RIA), Escala Eventos e Associação Internacional de Comércio e Cultura (AICC), che si sono uniti per organizzare lo spazio gastronomico, con esposizione di prodotti e servizi, concorsi, conferenze, lezioni e degustazioni. Durante l evento, il pubblico accompagnava la preparazione, parlava con i professionisti e conferiva i risultati. Il tutto condito da molta allegria e svago, in un ambiente abbastanza rilassato. Dall Italia sono venute le imprese Canavese Export, Di Leonardo, Wine & Co., Alleva e Pescaradolc. La Di Volpi, la Prática Fornos e la Baselog hanno ceduto i forni da pizza, il forno combinato e strumenti e materiali di pulizia. L Italat di Valença, la Só Peixes, la Sorvete Itália, la Bunge e la Piraquê hanno offerto prodotti per degustazioni. Il La Mole, come tutti gli anni, ha partecipato con lo chef Amauri Rodrigues e l equipe formata dal cuoco Orlando e dal cameriere Angelo. La Bunge ha sponsorizzato il Concorso Bunge di Pizzaiolos Novos Talentos, realizzato il 26 ottobre, dalle alle 18.00, con il coordinamento tecnico di Mario Tacconi, che ha scelto il tema Margherita. La giuria era composta dalla chef Beth Ferraccini, dagli chef Gianni Carboni e Thyrso Mattos e da Fabrizio Marconi e Massimo Cerritelli. Tra i sette concorrenti di cui uno, Antonio Lo Presti, risiede in Itaipava, provincia di Petrópolis Bonaventura di Giammarco è arrivato al primo posto. La Piraquê, che ha compiuto 55 anni di fondazione nel settembre scorso, ha fatto il prelancio del suo più nuovo prodotto, gli Espaguete Sport Grandur, di sera nel suo stand nel Gourmet, durante i festeggiamenti per il giorno mondiale della pasta (il 25 ottobre). Il 27, questa pasta è stata messa di nuovo in rilievo, come sponsor del Concurso Novos Talentos Espaguete Sport Grandur Piraquê, con il coordinamento tecnico della RIA. La giuria è stata presieduta dal console generale d Italia a Rio de Janeiro, Massimo Bellelli, ed ha contato sui seguenti membri: Antonio Chianello, Mônica Pessoa e I giurati degustano le ricete dei concorrenti ed eleggono Bonaventura di Gianmarco al 1º posto RM Consultoria Piero Ruzzenenti, e lo chef Thyrso Mattos. Degli otto concorrenti, il primo posto è stato aggiudicato a Leandro Boaventura, del ristorante Da Carmine di Niteroi. Il concorso di paste ha contato anche sulla presenza di un concorrente di Itaipava Sormany de Avellar Justen, che è arrivato al 2 o posto. La Canavese Export era presente, il 26, con la promozione Risponda sul Piemonte e vinca un gadget. Abbastanza partecipativo, il pubblico consultava la rivista piemontese e compilava il foglio di risposte. Alla fine, premiati e non hanno degustato risotti e vini offerti dall impresa. Il Gourmet Show ha inoltre presentato una lezione di cioccolata e cioccolatini, con la specialista in cioccolato e pasticciera Neiva Cardona; una lezione di decorazioni da tavola con candele artigianali, con l artigiana Silene Festosa, della Criarte, e lo show-degustazione Café con Arte, con il barista Emílio Rodrigues. (L.B.S.) 36 C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

20 Sapori d Italia Francesco Rosito (ESPECIAL PARA COMUNITÀ) Tchê, este prato é calabrês! Biagio Sanzi chegou à Porto Alegre em 1936, a bordo do Netúnia. Na capital gaúcha, criou o Copacabana, onde há a melhor vitela assada à italiana dos pampas Fotos: Criação Zagaia Porto Alegre - Transformar um bar onde era vendido prato-feito, no restaurante típico italiano mais tradicional da cidade de Porto Alegre. Foi o que fez Biagio Sanzi, ao lado de José Antonio Vitola, proprietários do Copacabana, reduto de jornalistas, artistas e políticos gaúchos. A receita de sucesso? Culinária verdadeiramente italiana, uma excelente carta de vinhos, rótulos com nacionais e importados e atenção especial aos clientes. Natural de Morano Calabro, Biagio Sanzi, ou Biaginho, como é chamado pelos amigos, veio para o Brasil em 1936, aos 13 anos de idade, acompanhado do avô, da mãe e de quatro irmãs, a bordo do navio Netúnia. Trazia na bagagem o desejo de vencer, de superar desafios. E foi o que ele fez. Em 1953, Biaginho e o irmão, Luiz, proprietários de um café no centro da cidade, entraram de sócios no restaurante Copacabana, que existia desde É atribuído a ele o grande impulso dado à casa. Hoje, com 82 anos, continua sendo o grande entusiasta das reformas e inovações do Copa. Passando de mesa em mesa, transborda simpatia e simplicidade, fazendo com que os clientes se sintam realmente em casa. Biaginho foi por quatro anos presidente da Irmandade dos Italianos Proprietários de Churrascarias e Restaurantes, presidente do Centro Calabrês, Cidadão Honorário de Porto Alegre, entre tantos outros títulos que guarda com orgulho, em diplomas exibidos nas paredes do Copa. Vitela assada O carro-chefe do Copacabana, o seu prato mais famoso, é a Vitela assada com batatas, acompanhada de Rascatelli ao Suco. A receita foi desenvolvida no próprio restaurante. O prato é constituído por um pedaço de pernil com guarnição de batatas e cebolas assadas inteiras. Segundo Biagio Sanzi, a vinha d alho, por 24 horas, produz um sabor e aroma especiais à carne, deixando-a saborosa e muito macia. Um verdadeiro manjar dos deuses, devendo ser acompanhado por um vinho tinto de boa qualidade. RITUAL DOMINICAL Já o Rascatelli segue um ritual de preparo, preservado pelos calabreses, italianos do sul da Itália, que imigraram para Porto Alegre. Eles são preparados um a um, artesanalmente, com a ajuda de um filete de alumínio. Após o preparo da massa, deve-se fazer pequenos rolinhos, depois colocar o filete em cada rolinho de massa e deslizar as mãos suavemente sobre a mesa, até se tornar um fio de massa. Por fim, é só puxar uma das pontas do filete e está pronto o filo di rascatelli. Este ritual se repete com freqüência nas casas dos calabreses, que costumam saborear os Rascatelli al Sugo (com molho de tomate) especialmente aos domingos. Embora especializado em pratos típicos da cozinha italiana, o Copacabana, com capacidade para 250 pessoas, oferece também a seus clientes variado cardápio de comidas da região sul. Modo de preparo: Para cada Kg de vitela, colocar: - 1 copo de vinho branco (280ml) - 20g de alho moído - 1 copo de água - 2 colheres de sopa de orégano - 1/2 colher de chá de pimenta do reino - sal a gosto Deixar descansar por 24 horas no molho. Colocar a vitela para assar, juntamente com o molho e adicionar óleo de soja a gosto. SERVIÇO: COPACABANA PRAÇA GARIBALDI, 02 PORTO ALEGRE - RS TEL:(51) C O M U N I T À I T A L I A N A / N O V E M B R O

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