TEORIA KEYNESIANA DA DEMANDA POR MOEDA PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO ANÁLISE MACROECONÔMICA UFRGS/FCE

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1 TEORIA KEYNESIANA DA DEMANDA POR MOEDA PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO ANÁLISE MACROECONÔMICA UFRGS/FCE

2 J. M. Keynes & A Teoria Geral (1936,1937) 2

3 O marco conceitual keynesiano A decisão da qual se ocupa a teoria da demanda por moeda keynesiana é uma decisão acerca da forma em que se irá manter uma dada quantidade de riqueza. A teoria keynesiana da demanda por moeda se ocupa de qual porção da riqueza se manterá em forma de dinheiro. As formas alternativas de riqueza que estão a disposição do indivíduo são apenas duas: (i) dinheiro ou (ii) bônus (consols) 3

4 O marco conceitual keynesiano O dinheiro é definido como um ativo que tem aceitação geral, utilizado como meio de troca e que não rende juros. [cf. especialmente Keynes (1937,p )] Os bônus são definidos como dívidas cuja taxa de rendimento está fixada. Assim, a teoria da demanda por moeda no modelo keynesiano procura explicar quais as variáveis que determinam a porção da carteira mantida em forma de moeda durante o período de decisão. 4

5 Introdução Na versão keynesiana, contrariando a versão clássica, a moeda deixou de ser vista apenas como um instrumento de intermediação de trocas, que não afetava significativamente outras variáveis econômicas, como a taxa de juros e o nível de emprego, mas enfocando-a também como uma reserva de valor, mantida não apenas para fins transacionais, mas também para atender a oportunidades de especulação. Keynes deixou de ver a moeda como sendo um componente neutro. [cf. R & L (1998, p.67)] 5

6 A teoria da preferência pela liquidez [Keynes (1936, caps )] A definição e moeda utilizada por Keynes (1936) inclui dinheiro e contas bancárias que não rendem juros, isto é, a moeda têm uma taxa de retorno igual a zero. Já os bônus (consols), o único ativo alternativo a moeda, têm um retorno esperado igual á taxa de juros. 6

7 Questão Por que as pessoas desejariam guardar dinheiro na forma de saldos inativos ou tesouros? 7

8 A resposta de Keynes (1937,QJE) A resposta de Keynes (1937,p ) é o medo e a incerteza em relação ao futuro. Nosso desejo de conservar uma parte de nossos recursos na forma de dinheiro representa um barômetro do grau de nossa desconfiança em nossos próprios cálculos e convenções referentes ao futuro. A posse de dinheiro vivo acalma nossas inquietações e a taxa de juros que exigimos antes de nos dispormos a trocar dinheiro por títulos de rendimentos constitui uma medida do grau de nossa inquietação. 8

9 O marco conceitual keynesiano A demanda por moeda em Keynes (1936) surge como uma reação à incerteza com relação as nossas previsões, a toda sorte de dúvidas vagas e estados flutuantes de confiança e coragem. A análise da preferência pela liquidez funda-se no pressuposto de que não podemos supor um futura definido e calculado. 9

10 Os motivos da demanda por moeda em Keynes (1936) a) motivo renda Demanda por Moeda 1) Transação 2) Precaução b) motivo giro dos negócios 3) Especulação 10

11 O Motivo Transação Segundo Keynes (1936) o motivo transação relaciona-se à necessidade de moeda para as transações correntes de trocas pessoais e comerciais. Este motivo representa o dinheiro ou a moeda em circulação ativa. Keynes (1936) dividiu o motivo transação em dois: a) o motivo renda; b) motivo giro dos negócios. 11

12 a) O Motivo Renda O motivo renda refere-se a necessidade de demandar moeda para garantir a transição entre recebimentos e desembolsos. 12

13 a) O Motivo Renda A principal justificativa deste motivo para conservar (demandar moeda) depende principalmente do montante de renda que os indivíduos regularmente recebem e da duração normal do intervalo entre o seu recebimento e os gastos que realizam. Assim, quanto maior for a renda que os indivíduos ganham e maior o intervalo entre os recebimento e os gastos, maior será a demanda por moeda (saldos reais). 13

14 b) O Motivo Giro dos Negócios O motivo giro dos negócios refere-se a quantidade de moeda retida pelas empresas para garantir os pagamentos que se efetuam no intervalo entre as compras de insumos e a remuneração dos fatores e as entradas de receitas resultantes da realização de vendas. A relevância deste motivo depende sobretudo do volume de produção corrente das empresa. 14

15 O Motivo Transação A falta de sincronismo entre os pagamentos e recebimentos é que em síntese, levaria á retenção de saldos monetários para fins transacionais. Aqui se sustenta também que os saldos monetários nominais que os indivíduos desejam para satisfazer a motivação de transação são uma proporção constante da renda monetária, numa proporção kpy, onde k é uma constante. 15

16 O Motivo Transação Para os keynesianos, k se refere somente a velocidade dos saldos monetários totais. [cf. Harris (1985, p.221)] 16

17 O Motivo Transação Um outro pressuposto implícito no motivo transação é que o intervalo existente entre as rendas recebidas e os pagamentos efetuados são estáveis e não variam com o nível de renda ou da taxa de juros. 17

18 O Motivo Transação Motivo Transação a) renda b) Giro dos negócios Montante de renda Intervalo de tempo entre gastos e recebimentos Volume de produção corrente Intervalo entre a produção e as vendas 18

19 O Motivo Transação DMt i Yo Y1 0 Y 0 DMt 19

20 O Motivo Transação No que se refere ao motivo transação Keynes (1936) parece ser um discípulo fiel de Marshall. [cf. Harris (1985, p.219)]. 20

21 O Motivo Precaução O motivo precaução decorre da necessidade de manter moeda para fazer frente a despesas extraordinárias e incertas (imprevistas). A principal justificativa deste motivo depende do custo e da segurança e dos métodos para obter moeda em caso de necessidades imprevistas por meio de alguma forma de empréstimo temporário. Assim, quanto mais difícil e caro for obter moeda rapidamente quando necessário, maior será a demanda por precaução. 21

22 O Motivo Precaução Keynes (1936) acreditava que os saldos precausionais de moeda mantidos pelas pessoas eram determinados pelo nível de transações que elas esperavam realizar no futuro e que estas transações são proporcionais ao seu nível de renda. 22

23 O Motivo Precaução Segundo L & R (1998,p.69) - No Brasil, atualmente, a concessão de limites para movimentação de contas correntes, em aberto nos bancos comerciais, franqueada aos detentores de cheques especiais, tende a reduzir a demanda de moeda por precaução para níveis próximos de zero. Some-se a isto os caixas rápidos disponibilizados pelas maioria dos bancos comerciais, na qual podemos sacar dinheiro dentro de um determinado limite pré-estabelecido. 23

24 O Motivo Especulação O motivo especulação está relacionado ao desejo de conservar (demandar moeda) na forma líquida a fim de tirar proveito das oscilações do mercado de títulos. É essa motivação que envolve a propensão a entesourar. 24

25 O Motivo Especulação Com o motivo especulação Keynes (1936) procura mostrar que não é irracional manter ativos monetários para satisfazer a oportunidades especulativas, desde que os agentes econômicos tenham razões para acreditar em mudanças na taxa de juros de mercado. Assim, as expectativas sobre as mudanças na taxa de juros, situa-se como razão fundamental para demandar moeda para especulação. 25

26 O Motivo Especulação A motivação especulativa dos indivíduos para demandar saldos monetários é derivada do desejo de manter os recurso em forma líquida a fim de obter um ganho resultante de uma mudança no mercado de títulos e/ou evitar um possível prejuízo decorrente de se possuir títulos quando o mercado está em baixa. 26

27 O Motivo Especulação A demanda de moeda por especulação varia inversamente às expectativas sobre o comportamento futuro da taxa de juros, isto é, quanto maior for a alta esperada da taxa de juros, menor será a demanda por moeda para especulação. 27

28 O Motivo Especulação O ponto fundamental em que se apóia a versão keynesiana está em admitir não ser de modo algum irracional que os agentes econômicos retenham ativos monetários ociosos, esperando que os preços dos títulos se alterem ou que as taxa de juros mudem. A expectativa de mudança da taxa de juros possibilitam ganhos especulativos que podem contribuir positivamente para o aumento da riqueza dos indivíduos que tenham tido a oportunidade de ter adquirido títulos. 28

29 O motivo especulação: a relação entre a taxa de juros e o preço dos títulos VT = RT/i (consols) Uma elevação dos preços dos títulos é equivalente a falar em queda nas taxas de juros. Inversamente, quando ocorrem quedas nos preços dos títulos, há equivalentemente, elevações nas taxas de juros efetivamente pagas. 29

30 O motivo especulação: a relação entre a taxa de juros e o preço dos títulos A linha de argumentação de Keynes (1936) fundamenta-se na relação entre os preços de mercado dos títulos de renda fixa e as taxas de juros auferidas. Mudanças nas taxas de juros provocam mudanças nos preços dos títulos porque mudanças nas taxas de juros geram ganhos ou perdas paras os detentores de títulos. 30

31 Preço dos títulos x taxa de juros (i) PR. TÍTULOS RENDA 3%a.m. TX. EFETIVA , ,00 3,00% , ,00 2,85% , ,00 2,73% , ,00 3,15% , ,00 3,53% , ,00 3,66%

32 O motivo especulação e as expectativas Quando se espera que a taxa de juros futura caia, a demanda por moeda é baixa porque as pessoas manterão títulos em antecipação aos ganhos de capital. Quando se espera que que a taxas de juros aumente, a demanda por moeda é grande porque os indivíduos irão tratar de evitar perdas com a posse de títulos com menor valor vendendo títulos e demandando moeda. 32

33 O motivo especulação e as expectativas A atenção de Keynes (1936) concentrouse nas expectativas sobre o comportamento futuro das taxas de juros e de seus correspondentes taxas, correlacionando-as com a demanda de moeda por especulação. [sobre o conceito de incerteza, confira Keynes (1937, p )] 33

34 O motivo especulação e as expectativas Keynes (1936) observou que quando os preços dos títulos estavam altos e as taxas de juros baixas, os agentes econômicos revelavam, de uma forma geral, uma forte propensão a manter aqueles excedentes sob a forma de ativos monetários na expectativas de que os preços caíssem e propiciassem ganhos especulativos. 34

35 O motivo especulação e as expectativas: uma análise formal Seja: PT = preço do título; i* = taxa de juros esperada; i = taxa de juros corrente; RTT = retorno total do título; PT = preço do título [PT = R/i]; PV* = preço esperado de venda do título. 35

36 O motivo especulação e as expectativas: uma análise formal Como PT = (RT/i) i = RT/PT Ganhos de capital [g] g = [(PV* - PT)/ PT] assim, se PV* > PT g > 0 RTT = i + g 36

37 O motivo especulação e as expectativas uma análise formal g = [(PV* - PT)/ PT] = [(RT/i*) (RT/i)] / (RT/i) = [(RT/i*) / (RT/i)] - [(RT/i) / (RT/i)] = [(RT/i*) / (RT/i)] -1 g = (i/i*) 1 RTT = i + g RTT = i + [(i/i*) 1] 37

38 O motivo especulação e as expectativas: uma análise formal RTT = i + [(i/i*) 1] i* > i RTT < 0 retêm moeda i* < i RTT > 0 retêm títulos i* = i RTT = 0 o indivíduo é indiferente entre reter títulos e moeda RTT = 0 a taxa de juros que iguala RTT = 0 é chamada de taxa de juros crítica (ic*). 38

39 O motivo especulação e as expectativas uma análise formal i Demanda zero por moeda e somente demanda títulos [RTT > 0] ic Taxa de juros crítica 0 M* W=Moeda Demanda de moeda por especulação [RTT < 0] 39

40 O motivo especulação e as expectativas uma análise formal ic é a taxa de juros crítica na qual o agente econômico é indiferente entre reter moeda ou títulos. Em ic ele é indiferente entre reter títulos ou moeda. Para taxa superiores a ic, ele prefere reter títulos se desfazendo totalmente da moeda para especulação. Para taxas inferiores a ic ele prefere reter moeda e nada de títulos. 40

41 O motivo especulação e as expectativas uma análise formal Quando é que se espera que as taxas de juros mudem? Isto é, quando é que se espera que elas sejam diferentes das atuais? E em que direção? 41

42 O motivo especulação e as expectativas uma análise formal Para responder aquelas questões, Keynes (1936) assume que que, em qualquer momento, há um valor da taxa de juros que pode ser considerado normal. Se a taxa de juros atual (i) estiver acima da taxa normal (in), há uma tendência para que as pessoas esperem que ela vá cair. Se a taxa de juros atual estiver abaixo da taxa normal, há uma expectativa de que ela suba no futuro. 42

43 O motivo especulação e as expectativas uma análise formal Assim, em qualquer momento, um indivíduo espera que: (i) a taxa de juros caia e neste caso, ele antecipa os ganhos de capital e a renda advinda do título e manterá títulos; ou (ii) a taxa de juros suba - e nestre caso, ele espera ter uma perda de capital com o título, o que o leva a se desfazer dele e manter sua riqueza sob a forma de moeda para evitar perdas. 43

44 O motivo especulação e as expectativas uma análise formal Portanto, temos que, para um indivíduo tomado isoladamente, a demanda por moeda pode ser vista como uma função descontínua como visto acima. Se a taxa de juros estiver acima da taxa normal toda a riqueza será mantida soba forma de títulos. Se a taxa de juros estiver abaixo do normal, toda a riqueza será mantida sob a forma de moeda [saldos monetários especulativos] 44

45 Distribuição de freqüência das taxa de juros críticas Como cada indivíduo tem sua taxa de juros crítica, explicada por vários fatores, a distribuição da taxa de juros crítica de uma economia tende para uma curva normal, se concentrando em torno do valor médio. 0 ic Taxa de juros 45

46 O motivo especulação e as expectativas No modelo keynesiano, as diferenças existentes entre as expectativas dos indivíduos são fundamentais para a análise do mercado monetário. Keynes (1936) observou que: Resulta interessante o fato de que a sensibilidade (do sistema) a mudanças na quantidade de moeda dependa em tão grande medida da existência de uma diversidade de opiniões... Esta diversidade de opiniões é a base da análise da demanda especulativa da demanda por moeda de Keynes (1936) e a demanda especulativa é a base de sua hipótese de que a demanda por moeda é elástica com relação a taxa de juros - a teoria da preferência pela liquidez. 46

47 O motivo especulação e as expectativas A função descontínua desaparece quando considramos o agregado. Para a economia como um todo, dada a taxa de juros normal, cada indivíduo terá expectativas diferentes sobre a taxa de juros futura. Quanto mais baixa for a taxa de juros atual, mais rapidamente as pessoas irão esperar que ela suba e, portanto, maior o número de pessoas desejará manter seus recursos alocados em moeda. Já quanto maior for a taxa de juros atual, menor será a demanda por moeda, já que as pessoas esperam que ela caia. Portanto, no agregado obtemos uma função contínua e decrescente, que descreve a relação entre taxa de juros e demanda por moeda. 47

48 Demanda de moeda para especulação e a armadilha da liquidez i A taxa de juros muito baixas, todos esperarão que ela suba rapidamente, preferindo moeda. Neste ponto a moeda se torna completamente elástica. 0 DME 48

49 Demanda de moeda para especulação e a armadilha da liquidez Embora tenhamos uma relação inversa entre a taxa de juros e a demanda de moeda para especulação, a função DME apresenta um segmento perfeitamente elástico com relação a taxa de juros [i]. Este segmento é conhecido na literatura por armadilha da liquidez. 49

50 Demanda de moeda para especulação e a armadilha da liquidez A razão da existência deste segmento elástico deve-se a expectativa por parte dos agentes e econômicos de que a taxa de juros já se encontra tão baixa que não seria possível baixa-la ainda mais isto é, ninguém mais iria esperar que os preços dos bônus se elevasse. 50

51 Demanda de moeda para especulação e a armadilha da liquidez Estando a função no segmento elástico da armadilha da liquidez, as autoridades monetárias se vêem numa verdadeira armadilha, no sentido de que elas não irão obter êxito em reduzir a taxa de juros via expansão da oferta monetária. Para evidências empíricas sobre a armadilha da liquidez. [cf. Laidler (1993,p )] 51

52 A função demanda por moeda A partir dos três motivos que levam a demanda por moeda, Keynes (1936), construiu uma função de demanda composta de dois motivos distintos: (i) o motivo transação e precaução que varia, grosso modo, proporcionalmente à renda monetária [PY] e (ii) o motivo especulação, que varia inversamente com a taxa de juros, isto é, quando a taxa de juros sobe, a demanda de moeda cai (isto ocorre porque o preço dos títulos cai). Md = [ky + L(i)W]P 52

53 A função demanda por moeda Md = [ky + L(i)W]P O primeiro termo entre parênteses representa a demanda por saldos transacionais e precausionais [ky]. O segundo termo representa a demanda por saldos especulativos [L(i)]. O fato de que toda a expressão entre parênteses estar multiplicada por P [nível de preços] indica que esta é uma teoria de demanda por moeda em termos reais. Portanto, ceteris paribus, a demanda por moeda é proporcional ao nível de preços. 53

54 A teoria da preferência pela liquidez [Keynes (1936, caps )] Principal pressuposto de Keynes (1936) Duas categorias de ativos na Riqueza (W) Moeda e Bônus Portanto: M s + B s = Riqueza (W) Restrição orçamentária:b d + M d = Riqueza (W) Portanto: M s + B s = B d + M d 54

55 A teoria da preferência pela liquidez [Keynes (1936, caps )] Subtraindo M d e B s de ambos os lados, temos que: M s M d = B d B s O Equilibrio no mercado monetário ocorre quando: M d = M s Então M d M s = 0 o que implica que: B d B s = 0, portanto, temos que: B d = B s e o mercado de bônus também está em equilíbrio. 55

56 A teoria da preferência pela liquidez [Keynes, (1936, caps )] A determinação da taxa de juros de equilíbrio pode ser obtida equacionadose a oferta e a demanda por bônus o equacioando-se a oferta e a demanda por moeda. 56

57 A teoria da preferência pela liquidez [Keynes (1936, caps )] A definição e moeda utilizada por Keynes (1936) inclui dinhero e contas bancárias que não rendem juros, isto é, a moeda têm uma taxa de retorno igual a zero. Já os bônus (consols), o único ativo alternativo a moeda, têm um retorno esperado igual á taxa de juros. 57

58 A teoria da preferência pela liquidez [Keynes (1936, caps.13-17)] A medida em que a taxa de juros aumenta, ceteris paribus, o retorno esperado da moeda cai em relação ao retorno esperado de bônus, o que, como indica a teoria do portfólio, ocasiona a queda da demanda por moeda. 58

59 Análise da preferência pela liquidez Derivação da curva de demanda Keynes (1936) assummiu que a moeda não rende juros, isto é, i = 0 Se i, o retorno relativo RET e sobre a moeda (equivalentemente, os custo de oportunidade monetária ) M d A curva de demanda por moeda têm o formato usual, negativamente inclinada. 59

60 Análise da preferência pela liquidez Derivação da curva de oferta de moeda - Assuma que o Banco central controla a oferta de moeda M s e que ela é dada; - M s é uma curva vertical. 60

61 Análise da preferência pela liquidez Equilíbrio de mercado Ocorre quando M d = M s, em i* = 15%; Se i = 25%, M s > M d (excesso de oferta): Preço dos bônus, i para i* = 15%; Se i =5%, M d > M s (excesso de demanda): Preço dos bônus, i para i* = 15%. 61

62 Equilibrio no mercado monetário 62

63 Os deslocamentos na demanda por moeda Na análise da preferência pela liquidez de Keynes (1936), dois fatores fazem com que a curva de demanda por moeda se desloque: (i) a renda; (ii) o nível de preços. 63

64 Os deslocamentos na demanda por moeda o efeito-renda Á medida em que uma economia cresce a renda aumenta, a riqueza aumenta, e os indivíduos irão desejar manter mais moeda como reserva de valor. 64

65 Os deslocamentos na demanda por moeda o efeito-renda A media em que a economia se expande e a renda aumenta, as pessoas vão querer fazer mais transações usando moeda, o que implica que ela irão demanda ainda mais moeda. Um aumento da renda eleva a demanda por moeda e desloca a curva de demanda para a direita. 65

66 Os deslocamentos na demanda por moeda o efeito-preço Para Keynes (1936) as pessoas demandam moeda em termos reais, isto é, em termos de bens e serviço que podem comprar com a moeda que possuem. Md = f(y, Pe, i) 66

67 Demanda por saldos reais Keynes (1936) tomou o cuidado de fazer uma distinção entre quantidades nominais e reais de moeda demandada. A moeda é demandada em termos de seu poder de compra. Assim, se os preços duplicarem, a mesma quantidade nominal de moeda poderá comprar apenas a metade dos produtos. Ele argumentou que os indivíduos demandam uma determinada quantia de saldos reais de moeda [quantidade de moeda em termos reais isto é, de poder de compra], que estaria relacionada a taxa de juros e a renda. 67

68 A demanda por moeda e a velocidade de circulação da moeda Uma das principais diferenças entre a teoria da preferência pela liquidez de Keynes (1936) e a dos economistas clássicos [TQM (Irving Fisher) ou de Cambridge (Pigou e Marshall)], é que a velocidade de circulação da moeda não é mais constante no curto prazo. Isto pode ser visto da seguinte maneira: V = PY/M ; em equilíbrio Md = Ms V = Y / f (Y, i) 68

69 Cambridge Approach A velocidade de circulação da moeda era constante? 1- Os economistas clássicos pensavam que V fosse constante porque não possuiam bons dados; 2- Após da Grande Depressão de 1929 os economistas deram-se conta de que a velocidade de circulação da moeda estava longe de ser uma constante.

70 A demanda por moeda e a velocidade de circulação da moeda Implicação: velocidade não é constante no curto prazo. (P/Md) = [1/f(i, Y)] Multiplicando ambos os lados por Y e M = M d V = (PY/M) = [Y/f(i, Y)] i, f(i,y), V Mudanças nas especatitivas das taxa de juros i, modificam f(i,y) e, por conseguinte, V também muda. 70

71 A demanda por moeda e a velocidade de circulação da moeda Uma elevação na taxa de juros estimula as pessoas a manterem saldos reais mais baixos para um dado nível de renda. Deste modo, a velocidade de circulação da moeda deve se elevar. Isto implica, então, que como as taxas de juros têm flutuações significativas, a teoria da preferência pela liquidez da demanda por moeda indica que a velocidade de circulação da moeda também apresenta flutuações substanciais no curto prazo. 71

72 A demanda por moeda e a velocidade de circulação da moeda A teoria da preferência pela liquidez indica que uma elevação nas taxas de juros fará com que a velocidade também aumente e os movimentos pró ciclícos das taxa de juros deveriam induzir a movimentos pró ciclícos na velocidade. 72

73 Mudanças na Velocidade de Circulação da Moeda de ano para ano:

74 Avaliação crítica da teoria keynesiana (i) a hipótese da rigidez das expectativas é pouco convincente; [cf. Cysne & Simonsen] (ii) Keynes (1936) presume que o mercado financeiro somente opere com títulos de renda fixa de longo prazo; [cf. Cysne & Simonsen] (iii) Não fica claro porque as reservas para precaução são mantidas em moeda e não em títulos com boa liquidez; [cf. Cysne & Simonsen] 74

75 Avaliação crítica da teoria keynesiana (iv) a principal contribuição de Keynes (1936) à análise da demanda por moeda foi a introdução de uma variável que representasse os custos de manter moeda a taxa de juros na função demanda por moeda. Tal inovação permitiu o exame dos efeitos substituição sobre a demanda por moeda tendo em vista as mudanças nas taxa relativas de retorno. 75

76 Avaliação crítica da teoria keynesiana Considerando explicitamente os ativos que competem com a moeda, Keynes (1936) tornou-se um dos fundadores da abordagem de portfólio isto é a abordagem que interpreta a demanda por moeda como parte da escolha de um portfólio ótimo de ativos. 76

77 Avaliação crítica da teoria keynesiana Contudo, igual reconhecimento deve ser atribuído a John Hicks (1935) que foi o primeiro a sugerir que a demanda por moeda fosse tratada como um problema de equilíbrio ou de escolha de ativos, sendo analisada do mesmo modo que um bem qualquer como na teoria da demanda. 77

78 Avaliação crítica da teoria keynesiana (v) o trabalho de Keynes (1936) enfatizou a importância da análise macroeconômica da taxa de juros da demanda por moeda a preferência pela liquidez na terminologia keynesiana foi muito influente na formulação de políticas econômicas nas décadas de

79 Avaliação crítica da teoria keynesiana A análise da teoria keynesiana da demanda por moeda [teoria da preferência pela liquidez] que apresentamos acima não é somente útil para entendermos a teoria do próprio Keynes (1936) e de suas contribuições, mas constitui-se também numa base fundamental para o entendimento e origem da importância das contribuições keynesinanas modernas da teoria da demanda por moeda [Baumol,Tobin, Whalen e Orr] onde são desenvolvidos os seus fundamentos microeconômicos. 79

80 Avaliação crítica da teoria keynesiana (vi) a conclusão de Keynes de que a demanda por moeda está relacionada não somente à renda como também às taxas de juros representa um desvio da visão clássica de Irving Fisher (1911) de que a demanda por moeda, na qual os juros não produzem efeitos sobre a demanda por moeda. Contudo, ela representa um menor afastamento da visão de Cambridge [Alfred Marshall e Arthur Cecil Pigou] que não desacatavam a existência de possíveis efeitos das taxas de juros, mas que não chegaram a explorar os seus efeitos explícitos. 80

81 Avaliação crítica da teoria keynesiana (vii) para Mishkin (2000, p.324), a teoria da preferência de liquidez de Keynes (1936) é uma extensão da abordagem clássica da Cambridge, porém é muito mais precisa em relação às razões pelas quais as pessoas possuem moeda. 81

82 Avaliação crítica da teoria keynesiana (viii) segundo o modelo de Keynes (1936) da demanda por moeda, temos que a velocidade de circulação da moeda não é constante como assumiam os clássicos, mas estaria diretamente relacionada às taxas de juros, as quais flutuam significativamente, bem como ao fato de que há mudanças nas expectativas das pessoas com relação ao nível normal de taxa de juros. 82

83 Avaliação crítica da teoria keynesiana Portanto, a teoria de Keynes (1936) coloca em dúvida a teoria quantitativa da moeda (teoria clássica) em que a renda nominal é determinada principalmente por movimentos na quantidade de moeda. 83

84 Avaliação crítica da teoria keynesiana (ix) A análise da demanda de moeda de Keynes (1937) está dividida em duas partes: uma enfoca a moeda como meio de pagamento; a outra enfoca a moeda como um ativo. As pessoas demandam moeda para transações ecomo reserva de valor. A inovação significativa na análise keynesiana é que a demanda por moeda depende da taxa de juros. 84

85 Avaliação crítica da teoria keynesiana (x) A demanda de moeda por especulação depende das expectativas de curto prazo sobre a taxa de juros futura.contudo, sempre deve haver uma taxa de juros normal (in), já que a demanda especulativa depende da taxa de juros corrente (i). Se a taxa de juros normal mudar, também irá mudar a quantidade demandada de moeda. Entretanto, nada garante que a taxa normal seja por si só constante. Portanto, temos que a relação entre a demanda por moeda e a taxa de juros será instável ao longo do tempo, oscilando em torno da taxa normal de juros. Deste modo, a existência de saldos monetários especulativos que são sensíveis à taxa de juros significa que a demanda de moeda não é fixa no curto prazo. [cf. Sant ana (1997, p.47)] 85

86 Bibliografia Recomendada Mishkin (2000) Keynes (1936, 1937) Alvin Hansen (1982)- Guia para Keynes Lopes & Rosetti (1998, cap.2) Lawrence Harris (1985) 86

87 Sites Recomendados 87

88 FIM PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO ANÁLISE MACROECONÔMICA UFRGS/FCE

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