Cleber José da Silva. Itatiba, fev CLEBER JOSÉ DA SILVA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cleber José da Silva. Itatiba, fev. 2008 CLEBER JOSÉ DA SILVA"

Transcrição

1 INSTITUTO QUALITTAS-UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE ANIMAIS SELVAGENS E EXÓTICOS AVIFAUNA MIGRATÓRIA E DOENÇAS EMERGENTES CONHECIMENTO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL E CARACTERÍSTICAS DE PROPAGAÇÃO DA INFLUENZA AVIÁRIA E DA FEBRE DO VALE DO NILO Cleber José da Silva Itatiba, fev CLEBER JOSÉ DA SILVA

2 2 AVIFAUNA MIGRATÓRIA E DOENÇAS EMERGENTES CONHECIMENTO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL E CARACTERÍSTICAS DE PROPAGAÇÃO DA INFLUENZA AVIÁRIA E DA FEBRE DO VALE DO NILO Trabalho monográfico de conclusão do curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos (TCC), Programa de Pós- Graduação Latu sensu, apresentado ao Instituto qualittas e á Universidade Castelo Branco como requisito parcial para obtenção do título de especialista em clínica de animais selvagens, sob orientação do Prof. Paulo Rogério Mangini Itatiba, fev AVIFAUNA MIGRATÓRIA E DOENÇAS EMERGENTES CONHECIMENTO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL E CARACTERÍSTICAS DE PROPAGAÇÃO DA INFLUENZA AVIÁRIA E DA FEBRE DO VALE DO NILO

3 3 Elaborado por Cleber José da Silva Aluno do Curso de Pós-graduação-Lato sensu em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos Instituto Qualittas-Universidade Castelo Branco Foi analisado e aprovado com grau: Itatiba, de de Membro Membro Professor Orientador: Paulo Rogério Mangini Itatiba, fev. 2008

4 Dedico este Trabalho á todos os animais que de qualquer forma contribuem para a evolução de pesquisas e trabalhos científicos, tendo sempre em mente que não passam de prestativas cobaias, experiências desafiadoras e ou de simples e exatos números estatísticos; e sim de seres vivos que merecem nosso mais absoluto respeito. Que seus legados científicos sejam usados para buscar o mais importante dos direitos: O da preservação e manutenção da VIDA. 4

5 5 Agradecimentos À todos os mestres desta Arte que é a luta pela conservação das espécies de vida livre. Antes de serem homens da ciência e ensino, estes são homens de sincera ideologia e de iniciativa admirável. Que possamos nos espelhar em suas atitudes e como eles distribuir e propagar o mais distante possível esta filosofia real de VIDA. Resumo Avifauna Migratória e doenças emergentes: conhecimento epidemiológico atual e características de propagação da Influenza Aviária e da Febre do Nilo Ocidental. Há um importante aumento no surgimento de enfermidades infecciosas nas últimas décadas, cuja origem seja a fauna selvagem, com fatores múltiplos relacionados á essa ocorrência, bem como a manutenção e a sua distribuição. Autoridades mundiais em sanidade voltam toda a sua atenção á duas enfermidades emergentes: a Influenza Aviária (VIA) na forma hiperpatógena (H5N1) e a Febre do Nilo Ocidental (VNO). Devido primeiro aos impactos sanitários e econômicos destas enfermidades, por suas conseqüências diretas na saúde pública e também nos setores de produção animal; e em segundo pelo grande poder de disseminação dos seus agentes. Ambos os agentes patogênicos têm íntima relação com aves selvagens, sendo estas identificadas como o reservatório natural e principal fonte de propagação destas

6 6 enfermidades. Neste contexto a avifauna migratória ganha maior importância por sua capacidade de deslocamentos transcontinentais, o que cria amplas possibilidades ao surgimento de uma nova pandemia. Esse cenário leva á preocupação por parte dos países ao longo da rota migratória das aves. A avifauna do Brasil inclui um grande contingente de espécies compartilhadas, sendo importante sítio de migração destas aves. Ainda não existe uma análise abrangente da situação atual de infecção de aves brasileiras ou da ocorrência destes agentes na área de distribuição de espécies nativas do Brasil. Este estudo tem como objetivo rever a literatura sobre o vírus da Influenza Aviária (H5N1) e do vírus da Febre do Nilo Ocidental. O levantamento bibliográfico foi realizado nos bancos de dados eletrônicos e por pesquisa direta. Identificando os principais hospedeiros do VNO e da VIA no Brasil e os prováveis ambientes de surgimento de focos destas enfermidades. Foi confirmada sorologia positiva para VNO na América do Norte em 95 espécies de aves, 07 das quais ocorrem no Brasil. Também confirmada a VIA em 99 espécies de aves de vida livre no Continente Asiático, das quais 15 espécies são nativas do Brasil. Quais os prováveis veículos de distribuição viral ao Continente Sul Americano e qual porta de entrada em território brasileiro são questões discutidas neste trabalho. Palavras-chave: avifauna migratória, Influenza Aviária, H5N1, Febre do Vale do Nilo, vigilância epidemiológica, zoonoses emergentes, migrações. Abstract Migratory Avifauna and emerging diseases: current knowledge epidemic and propagation characteristics of Avian Influenza and the West Nile Fever. There an important increase on the appearance of infectious diseases in the last decades, originate from the wild fauna, with multiple factors related to this incident, as well as it s maintenance and distribution. Worldwide sanitary authoritys have turned all of their attention to two emerging diseases: the Avian Influenza (IA) in the several pathological form (H5N1) and West Nile Virus Fever (WN). First of all due to the economical and sanitary impacts of these diseases, by it s direct consequences to the public health and at the animal production sector, and followed by the highly dissemination capacity of it s agents. Both pathogenic agents have a close relation with wild birds, being these identified as a natural reservoir and principally a source of propagation to these diseases. In this context the Migratory Avifauna gain a greater importance by it s capacity of transcontinental dislocation, what create large possibilitys to the appearance of a new pandemic. This setting worry the countries in the migration bird routes. The avifauna in the Brazil includes a large contingent of shared species, being a important place to the migration of these birds. There isn t an existence of a wide-ranging analysis on the current situation of the infection on Brazilian birds yet or the occurrence of these agents on the area of distribution of the Brazilian native species. The objective of this study was to review the literature

7 7 related to Avian Influenza virus (H5N1) and the West Nile Virus. The bibliographic research was conducted using databases, as well as through direct research. Identifying the potential hosts and vectors for the West Nile Virus and Influenza Avian virus in Brazil and probable vulnerable areas to the appearance of this disease. Positive serology for WNV was confirmed in 95 species of birds in North American, 07 of them occurs in Brazil. Also IA was confirmed in 99 species of wild birds in Asian Continent, from the, 15 species are native from Brazil. What are the probable vehicle of virus distribution in the South American Continent and what entrance ways in Brazilian Territory are the subjects discussed in this review. Key Words: migratory avifauna, Avian Influenza, H5N1, West Nile Virus Fever, epidemiologic surveillance, emerging diseases, migration.

8 8 "Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." --Philip Ochoa "É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve" Victor Hugo SUMÁRIO Resumo v Abstract vi Índice de tabelas x Índice de figuras x Lista de anexos xi 1.0._INTRODUÇÃO _Migração de Aves _Definição _Padrões Migratórios _Locais de Concentração _Distribuição de Patógenos _Monitoramento Sanitário _O Vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade _Etiologia _Epidemiologia _Variação Genética _Patogenia _Saúde Pública _Sinais clínicos _Distribuição e Propagação Viral _O Vírus do Nilo Ocidental _Etiologia _Epidemiologia _Distribuição Viral _Propagação Viral 19

9 1.3.5_Sinais Clínicos _OBJETIVOS _MÉTODOS _RESULTADOS _Padrões de Deslocamento de Aves _Porta de Entrada _Avifauna Migratória _Influenza Aviária _Reservatórios _Prevalência Viral _Manutenção Ambiental _Espécies Susceptíveis _Rotas Migratórias _Possibilidades de Propagação Viral _Febre do Nilo Ocidental _Reservatório _Rotas Migratórias _Espécies Susceptíveis _Origem Viral _Manutenção Ambiental _Vetores _DISCUSSÃO _Influenza Aviária _Distribuição Viral _Manutenção Viral _Introdução Viral _Propagação Viral _Febre do Nilo Ocidental _Introdução Viral _Manutenção Viral _Propagação Viral _Monitoramento Aves Migratórias-Brasil _CONCLUSÃO _Influenza Aviária _Febre do Nilo Ocidental _Conclusões Gerais _RECOMENDAÇÕES _REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 88 ANEXOS 94 9

10 10 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Doenças Emergentes e Reemergentes e sua Distribuição Global 04 Figura 02: Ciclo geral do Vírus da Influenza Aviária 07 Figura 03: Ocorrência relativa do Vírus da Influenza em diferentes aves 09 Figura 04: Sinais clínicos e anatomopatológicos da Influenza Aviária 13 Figura 05: Ciclo epidemiológico do Vírus do Nilo Ocidental 16 Figura 06: Mapa epidemiológico Americano do VNO em Figura 07: Mapa epidemiológico Americano do VNO em Figura 08: Rotas migratórias Continentais utilizadas por Aves 21 Figura 09: Rotas migratórias do continente americano utilizadas pelas aves 23 Figura 10: Recuperação de Aves (Charadriformes) anilhados nos EUA 25 Figura 11: Progressão de países com ocorrência do (via) h5n1 em aves 35 Silvestres com comparação entre 2002 e Figura 12: Cenários de entrada no Brasil do (VIA) por meio de Aves 38 Migratórias. Norte do Continente Americano e Regiões SubAntártidas. Figura 13: Rotas Migratórias de Aves para América do Sul 44 Figura 14: Pontos Estratégicos para Realização de Inquérito Sorológico 71 e Monitoramento de Aves Migratórias em Território Brasileiro. LISTA DE TABELAS Tabela 01: Número de Espécies brasileiras infectadas em cativeiro (cat) 34 ou em vida livre (vl) pelo vírus da Influenza Aviária hiperpatógena (h5n1) no sudeste da Ásia.

11 11 Tabela 02: Espécies da Avifauna Brasileira com registros de Infecção 40 pelo vírus da Influenza Aviária (H5N1). Tabela 03: Número de Espécies Brasileiras com Confirmação (co) 47 ou Suspeita (su) de Infecção pelo Vírus do Nilo Ocidental nos Estados Unidos e México. Tabela 04: Espécies da Avifauna Brasileira com Registros de Infecção 50 pelo Vírus do Nilo Ocidental. Tabela 05: Resultados Laboratoriais do Material colhido em Aves 69 Migratórias na região de Galinhos-RN, Tabela 06: Resultados Laboratoriais do Material colhido em Aves 71 Migratórias no Parque Nacional Lagoa do Peixe-RS, LISTA DE ANEXOS Anexo 01- Lista de aves migratórias setentrionais no Brasil 95 Anexo 02- Reservatórios e vetores em que o Vírus do Nilo Ocidental 99 foi isolado. Anexo 03- Lista de Aves Migratórias (não passeriformes) do Continente 102 Americano de importância para Introdução e Manutenção do Vírus do Nilo Ocidental Anexo 04- Lista de Aves Migratórias (passeriformes) do Continente 104 Americano de importância para Introdução e Manutenção do Vírus do Nilo Ocidental Anexo 05- Plano de Prevenção à Influenza Aviária em Aves Silvestres 106 e de Subsistência Anexo 06- Sítio de Aves Migratórias a serem Monitorados Através 109 de Vigilância Ativa para Influenza Aviária e Febre do Vale do Nilo.

12 _INTRODUÇÃO 1.1_Migração de Aves 1.1.1_Definição Existem várias formas de definir migração, sendo considerado inclusive, por alguns autores, que a simples transposição de uma fronteira política entre países, já caracteriza este tipo de movimento. Migração é o movimento realizado por populações de aves entre uma área utilizada para reprodução e uma ou mais áreas não reprodutivas, de forma sazonal, estabelecendo-se um padrão cíclico (SICK, 1983). Não confundir o processo migratório com outros tipos de deslocamentos não estacionais, associados à resposta rápida por alterações ambientais, como exemplo chuvas ou secas prolongadas, ocorrências de incêndios, redução ou aumento na

13 13 disponibilidade de alimento (motivado pela época de floração, frutificação e oferta de sementes), dentre outros fenômenos (HARRINGTON et all., 1986). Esse fenômeno é muito complexo e variável, devido à diversidade de estratégias utilizadas pelas diferentes espécies que realizam tais deslocamentos: diferenças nas rotas, nas escolhas dos lugares de parada, na estrutura social das espécies durante os deslocamentos, nos padrões de mudas (trocas) de penas, etc. (CEMAVE, 2006) _Padrões Migratórios As migrações podem ainda ser restritas ao território nacional ou ter suas rotas incluindo vários países e continentes. Todo ano, com a aproximação do outono, milhões de aves deixam suas frias áreas de reprodução em busca de locais com temperaturas mais amenas e com maior disponibilidade de alimento (áreas de invernada), para depois retornarem às suas áreas de origem durante a primavera e verão, completando assim seu ciclo biológico. O Brasil é um país que está na rota de muitas espécies de aves migratórias, tanto de visitantes os setentrionais (aves Neárticas), que possuem seus sítios de reprodução no hemisfério norte, como as meridionais (aves Neotropicais), que reproduzem em áreas do hemisfério sul (NUNES et all., 2006) _Locais de Concentração Os habitats selecionados pelas aves migratórias ao longo de suas rotas são diversos e estão relacionados aos hábitos alimentares, disponibilidade de recursos e

14 14 táticas de forrageamento. Devido à distribuição não-contínua desses recursos, as espécies migrantes geralmente se concentram em áreas específicas. Esses locais têm importância fundamental para conservação dessas espécies, uma vez que, ao realizarem grandes migrações, elas necessitam de áreas chave para trocarem as penas desgastadas, se alimentarem e adquirir as reservas energéticas necessárias para a continuação das longas viagens (AZEVEDO-Jr. et all., 2001; NUNES et all., 2006). Algumas espécies migratórias, embora pesem entre 100 gramas e 250 gramas, conseguem voar 70 horas seguidas, cruzando mares e continentes, para pousar sempre nas mesmas áreas. Muitas vezes, durante esse deslocamento podem voar mais de km sem pousar em terra (CEMAVE, 2007). São muitas as espécies de aves que realizam longas migrações transpondo fronteiras políticas de países e até continentes e por isso constituem recursos naturais compartilhados. Intensas alterações ambientais podem implicar na perda de populações inteiras ou, em casos extremos, na extinção de espécies (LARA- RESENDE, 1983) _Distribuição de Patógenos Os locais de concentração de aves migratórias, além da relevância para a conservação das aves, também são importantes no contexto de vigilância epidemiológica. Outro importante aspecto a ser considerado pelos países em rotas de aves migratórias é sobre a potencialidade dessas espécies na disseminação de doenças, particularmente aquelas que possam gerar impactos na economia e trazer

15 15 riscos à saúde pública. Sabe-se que as aves migratórias são reservatórios naturais de vírus de importantes enfermidades, como o vírus Influenza, Newcastle e Febre do Nilo Ocidental (NUNES et all., 2006). Atualmente, a detecção de microrganismos patogênicos em aves migratórias tende a causar preocupações nas autoridades e população dos países que estão ao longo de suas rotas, pois sugere um risco de transporte de doenças para regiões não-infectadas. Desta forma, é fundamental a realização do monitoramento das áreas onde elas se concentram, para a detecção de possíveis portas de entrada do vírus no país e a prevenção da disseminação desses agentes e da ocorrência de epidemias (CEMAVE, 2006) _Monitoramento Sanitário A avifauna do Brasil inclui um grande contingente de espécies compartilhado com outros continentes, formado por espécies migratórias e espécies residentes com distribuição cosmopolita, que são vias potenciais de introdução de doenças emergentes. Ainda não existe uma análise abrangente da situação atual de infecção de aves brasileiras ou da ocorrência destes agentes na área de distribuição de

16 16 espécies nativas do Brasil (PETRY e PETER, 2006). Figura 1: DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES E SUA DISTRIBUIÇÃO GLOBAL Fonte: Adaptado de MORENS et all Importantes doenças, para as quais as aves são importantes reservatórios e que necessitam serem monitoradas são a Influenza Aviária e a Febre do Nilo Ocidental. Ambas por seu caráter antropozoonótico, aumentando o risco de ocorrência de pandemia gerada por cepas altamente patogênicas, bem como pelos aspectos relacionados à sanidade animal, principalmente pelo fato de o Brasil constituir-se no maior exportador de aves de produção do mundo. São enfermidades de interesse mundial, monitoradas pela Oficina Internacional de Epizootia (OIE), por seus agentes terem grande poder de disseminação atravessando fronteiras internacionais e gerarem importantes problemas sanitários e econômicos (BRENTANO et all., 2006).

17 17 1.2_O Vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade 1.2.1_Etiologia A Influenza é uma doença infecciosa do sistema respiratório, causada por vírus da família Orthomyxoviridae. Há três tipos de influenza, A, B e C, assim classificadas conforme os tipos de vírus e seus perfis antigênicos. A influenza aviária é causada pelos vírus do tipo A da influenza. Esses vírus têm sido isolados de aves domésticas e selvagens, as quais constituem reservatórios naturais (CEMAVE, 2006). Porém também são ocasionalmente isolados em mamíferos, como do tipo humano, do tipo suíno, o vírus do grupo A eqüino e os diferentes vírus do grupo A aviário (BRENTANO et all., 2006). Quando outras espécies de animais são infectadas com os vírus de influenza aviária, tais como o homem, suíno, eqüino, galinhas e perus, estes são considerados hospedeiros aberrantes. Esta distinção entre hospedeiro natural e aberrante é feita face à diferente evolução dos vírus aviários nos diferentes grupos de hospedeiros. As taxas de variabilidade genética parecem ser menores nos hospedeiros naturais do que nas outras espécies, especialmente nos mamíferos onde a evolução parece ser muito mais alta. Enquanto que na maior parte das aves aquáticas e silvestres a infecção pelos diferentes vírus de influenza é assintomática, alguns subtipos do vírus

18 18 podem se apresentar altamente patogênicos em outras espécies (BRENTANO et all., 2006) _Epidemiologia No ciclo natural do vírus ocorre primeiro a transmissão pelas aves silvestres para as aves comerciais ou domésticas e das aves para os suínos, nos quais ocorre uma combinação de genes dos vírus aviários com genes dos vírus que estejam circulando nos suínos, que podem então ser eventualmente transmitidos do suíno para o homem e do homem para o suíno, se adaptando. Até 1997 não havia sido ainda relatada a transmissão do vírus aviário diretamente aos humanos, quando em Hong Kong foi comprovado o primeiro caso de transmissão de vírus aviário altamente patogênico diretamente das aves ao homem. Este "pulo" do vírus aviário a humanos tem sido atribuído à adaptação de vírus altamente patogênicos em aves domésticas tais como marrecos, patos e galinhas, criando as condições necessárias ao vírus para que pudesse ser transmitido das aves para o homem (DESSEN, 2006).

19 19 FIGURA O2: CICLO GERAL DO VÍRUS DA INFLUENZA AVIÁRIA Fonte: Centers for Disease Control (CDC) _Variação Genética Por conterem um genoma de RNA os vírus de influenza são bastante sujeitos a freqüentes mutações. Estas mutações são conhecidas como Antigenic drift e determinam a alta taxa de variabilidade dos vírus de influenza e em conseqüência os problemas com a incompleta proteção conferida pelas vacinas e pela alta variabilidade na patogenicidade dos diferentes vírus. Outra característica muito importante dos vírus de influenza A é o fato de terem um genoma com diferentes segmentos e quando da infecção simultânea de um hospedeiro por vírus diferentes estes podem intercambiar genes durante o processo de replicação viral, processo conhecido por antigenic shift, resultando em vírus que contém uma nova combinação de genes e que assim contribui ao surgimento freqüente de novos subtipos de vírus (BRENTANO et all., 2006).

20 20 Os vírus da influenza possuem duas grandes classes de antígeno, os internos e os de superfície. Os antígenos internos são, a nucleoproteína e a proteína estrutural M1, sendo específicos de cada tipo de Influenza (SVS, 2004). Na superfície, contém em sua estrutura, um envelope composto pelas glicoproteínas hemaglutinina e neuraminidase, as quais conjuntamente definem os diferentes subtipos de vírus conforme sua presença. São divididos em 15 subtipos antígenos de hemaglutinina (H) e 9 subtipos de neuraminidase (N) (CEMAVE, 2006). As aves aquáticas e outras aves silvestres são a principal fonte de disseminação de diferentes subtipos de vírus de influenza e exercem papel importante no surgimento de novos vírus, pois fornecem o "pool" de diferentes combinações de genes que resultam na variabilidade dos vírus de influenza encontrados nos outros animais e nas diferenças de patogenicidade dos diferentes vírus em diferentes espécies. As aves silvestres são, portanto as fontes constantes da natureza na perpetuação dos vírus aviários e para que periodicamente circulem novos vírus aviários (BRENTANO et all., 2006). As aves aquáticas migratórias dos Anseriformes, gaivotas e pelicanos, parecem ser um dos principais reservatórios e agentes de disseminação da enfermidade. Geralmente as aves aquáticas não apresentam sinais da infecção e, durante a migração, podem infectar novas áreas (CARON, 2006).

21 21 FIGURA 03: OCORRÊNCIA RELATIVA DO VÍRUS DA INFLUENZA EM GRUPOS DIFERENTES DE AVES. Fonte: Centers for Disease Control (CDC) _Patogenia Os vários subtipos diferentes de vírus de influenza aviária variam muito quanto a seu grau de patogenicidade nas diferentes espécies de aves (Brentano et al. 2006) A maioria das cepas de vírus não é virulenta em aves, apresentando poucos sinais clínicos de doenças ou somente insuficiências respiratórias ou doenças reprodutivas leves. Estas são conhecidas como cepas de baixa patogenicidade (BP) e são comumente isoladas de aves silvestres (CEMAVE, 2006). Ao contrário dos mamíferos, que têm as vias respiratórias como alvo de infecção do vírus influenza, as aves selvagens ao redor do mundo carregam esses

22 22 vírus em seus intestinos e geralmente não ficam doentes. Entretanto, linhagens patogênicas do vírus propagam-se muito rapidamente em bandos de aves domésticas. Nessas aves causam doença que afeta os órgãos internos, com taxa de mortalidade de 90 a 100%, em 48 horas. As aves domésticas abrigam vírus na saliva, secreções nasais e fezes. Tais aves podem se contaminar quando entram em contato direto com aves selvagens infectadas ou com água e ou alimento contaminados com vírus. A infecção com a forma viral de baixa patogenicidade causa sintomas leves da doença e, assim sendo, os vírus podem não ser detectados. A maioria dos casos de gripe aviária em seres humanos resultou do contato direto com aves domésticas infectadas (DESSEN, 2006). A influenza aviária é considerada como importante enfermidade nas aves quando é causada por vírus altamente patogênicos e é nestes casos que se caracteriza como uma doença grave, de notificação obrigatória aos órgãos internacionais de controle de saúde animal, acarretando em barreira sanitária para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo e em enorme prejuízo econômico para a avicultura comercial. Até o momento apenas os vírus com as hemaglutininas identificadas como H5 e H7 tem sido altamente patogênicos a galinhas e a algumas outras espécies de aves domésticas. Porém, nem todos os vírus H5 e H7 são altamente patogênicos ou tem a capacidade de causar infecções em humanos (BRENTANO et all., 2006) 1.2.4_Saúde Pública

23 23 A doença em humanos já foi causada também por dois outros subtipos de influenza aviária. O subtipo H9N2 foi isolado de humanos em Hong Kong em , mas este vírus não foi altamente patogênico a aves nem a pessoas. Também o vírus aviário do subtipo H7N7 altamente patogênico para galinhas foi capaz de infectar humanos na Holanda em 2003, mas a mortalidade de pessoas foi limitada e a doença foi rapidamente controlada nas aves domésticas, não permitindo que o vírus se disseminasse. Dentre os inúmeros vírus de influenza aviária, apenas o subtipo H5N1 até hoje foi altamente patogênico também em humanos (CARON, 2006). O mundo direciona sua atenção para esta cepa do vírus de influenza, pelos grandes impactos econômicos, sociais e na vida silvestre, ocasionados em muitos países e na preocupação de uma possível pandemia para os seres humanos (NUNES et all., 2006). Até julho de 2006, este vírus já levou à morte de 134 pessoas e mais de 150 milhões de aves, em sua maioria doméstica, e continua se dispersando entre outros países (Organização Mundial da Saúde-WHO e da Sanidade Animal OIE). A doença é classificada na lista A da OIE, sendo, portanto de notificação compulsória _Sinais clínicos Em aves selvagens e patos domésticos, o vírus de IA de alta patogenicidade se replica mais lentamente e é capaz de produzir poucos sinais clínicos. Em aves domésticas, os sinais clínicos estão relacionados à replicação viral e dano patológico

24 24 provocado em diversos órgãos, e em muitos casos o curso da doença é tão fulminante que ocorre a morte das aves antes do aparecimento de sinais clínicos. As aves que sobreviverem a esse curso, após 3-7 dias podem apresentar desordens nervosas como tremores de cabeça e pescoço, incoordenação motora e opistótono. Lesões clássicas de vírus de alta patogenicidade incluem edema e cianose de cabeça, vesículas e ulcerações na crista, edema nas patas, manchas avermelhadas nas pernas, petéquias na gordura abdominal e nas superfícies das mucosas e serosas, além de necrose da mucosa da moela e proventrículo. Se o curso da infecção for hiper agudo, nenhuma lesão será observada (Plano Contingência 2007). Legenda: Figura A_Traqueíte hemorrágica,b_edema da crista e barbela,c_edema facial Figura D_Petéquias e Equimoses na pele,e_lesões hemorrágicas próventrículo Figura F_Lesões petequiais no mesentério. Figura 04: Sinais clínicos e anátomopatológicos da Influenza Aviária Fonte: Plano de Contingência para Influenza Aviária-MAPA O Médico Veterinário deve ficar alerta diante de um quadro respiratório grave e repentino. A forma grave, especialmente o edema e cianose, exigem diagnóstico diferencial para doença de Newcastle (MACEDO, 2006).

25 _Distribuição e Propagação Viral O Vírus da Influenza Aviária (VIA) quer em formas brandas ou hiperpatógenas, se apresentam como zoonose entre aves selvagens e domésticas, reservatórios virais que atualmente têm sido uma das grandes preocupações das autoridades sanitárias mundiais, dada a grande capacidade de disseminação (WEBBY e WEBSTER, 2003). As características biológicas e a complexidade do processo de transmissão do VIA tornam a vigilância dessa doença um grande desafio (OLSEN et all., 2006). O vírus já foi isolado em 58 diferentes países, no sudeste da Ásia, Europa e África. Tem sido sugerido que a migração de aves poderia estar contribuindo para a propagação do vírus. O papel das aves migratórias na dispersão do vírus influenza H5N1 ainda não é totalmente conhecido. Há registros de mortalidade de aves silvestres migratórias o que sugere uma possível vulnerabilidade dessas aves ao realizarem longas migrações quando infectadas por esse vírus (NUNES et all., 2006).

26 _O Vírus do Nilo Ocidental 1.3.1_Etiologia A Febre do Nilo Ocidental é uma encefalite viral causada por um flavivírus, que acomete principalmente aves e ocasionalmente o homem e cavalos e outros animais domésticos e silvestres (CEMAVE, 2004), como bovinos, cães, gatos, camelos e morcegos (ACHA e SZYFRES, 1986). É a mais importante zoonose emergente nas Américas. Seu agente é um vírus da família Flaviridae, pertencente ao complexo das encefalites japonesas, como a Encefalite de St. Louis, Rocio, Ilhéus, Encefalite Japonesa, Murray e Valey, dentre outras (SVS, 2004). Embora várias espécies de mamíferos sejam susceptíveis á infecção natural, somente humanos e eqüinos podem desenvolver doença clínica. Aparentemente os

27 27 hospedeiros mamíferos não são capazes de transmitir a enfermidade (SANTOS, 2001) _Epidemiologia A sua transmissão é vetorial, entretanto sem um vetor único específico, primariamente do gênero Culex, embora o vírus tenha sido isolado de 29 espécies diferentes de mosquitos (CAMPBELL et all., 2002), como o Aedes e o Anopheles (SVS, 2004; DEVINE, 2003; CHEVALIER et all., 2004, MaCKENZIE et all., 2004). Esse gênero de mosquito tem distribuição cosmopolita e inclui muitas espécies antropofílicas e adaptadas ao convívio humano (FORATTINI et all., 1995). As aves são os hospedeiros e reservatórios naturais do VNO. Seu papel como hospedeiro primário desse agente na natureza tem sido confirmado pelos vários isolamentos obtidos (RAPPOLE, 2000). O VNO se mantém na natureza em um ciclo de transmissão mosquito-ave-mosquito. O VNO infecta predominantemente as aves; somente na América do Norte, já foram identificadas 111 espécies de aves susceptíveis á infecção pelo VNO (SANTOS, 2001).

28 28 FIGURA 05: CICLO EPIDEMIOLÓGICO DO VÍRUS DO NILO OCIDENTAL Fonte: Fonte: Centers for Disease Control (CDC) Entretanto não está descartada a possibilidade de outros animais se apresentarem como tal. Assim, as aves migratórias, pela característica biológica de deslocamento são de uma importância significativa na amplificação da doença no mundo (SVS, 2004) _Distribuição Viral A infecção é endêmica no delta do Nilo-Egito, e ocorre de forma epidêmica entre populações onde a prevalência é menor. Até a década de 80, os surtos humanos e eqüinos eram raros. Os maiores haviam sido observados em Israel ( e 1957) e na Província do Cabo, África do Sul (1974), este com mais de

29 29 3 mil casos humanos confirmados. Inquérito sorológico realizado na região afetada indicou que 55% da população haviam se infectado pelo VNO. O VNO foi isolado do homem, de outros mamíferos e de artrópodes na África (Egito, Uganda, Congo, Moçambique, República Centro-Africana, Nigéria e África do Sul), Ásia (Israel, Índia, Paquistão, ilha de Bornéu e nos países da antiga União Soviética). Além disso, evidências soro epidemiológicas demonstram sua ocorrência em outros países da Ásia (Tailândia, Filipinas, Malásia e Turquia) (ACHA e SZYFRES, 1986). Até 1999, a circulação do VNO nunca havia sido detectada no hemisfério ocidental. No verão de 1999, foi detectado o primeiro surto da infecção pelo VNO no continente americano, especificamente na cidade de Nova Iorque (LAYTON, 2000). Desde então, apesar da intensificação das medidas de controle vetorial e vigilância, a área de transmissão vem se expandindo no País, tendo sido detectada a circulação do VNO em mais da metade dos estados norte-americanos (CDC, 2002b).

30 30 FIGURA 06: MAPA EPIDEMIOLÓGICO AMERICANO DO VNO EM 2002 Fonte: Fonte: Centers for Disease Control (CDC) 2006 Em apenas dois anos, o vírus foi detectado, ao norte, no Canadá, e ao sul, nas Ilhas Cayman, região do Caribe, provavelmente levado por aves migratórias nas rotas que passam por essas ilhas, sendo possível que se distribua rapidamente por todo o continente americano (CEREC, 2001). FIGURA 07: MAPA EPIDEMIOLÓGICO AMERICANO DO VNO EM 2004 Fonte: Fonte: Centers for Disease Control (CDC) 2006

31 _Propagação Viral A Febre do Nilo Ocidental, já chegou à América do Sul. Até o ano 2006, só tinham sido notificados casos nos Estados Unidos, no Canadá, no México, e já em aves e em cavalos na América Central. No ano de 2006, foi detectado em cavalos na Argentina e agora, no princípio de 2007, em humanos quatro crianças tiveram um quadro de meningite. A possível porta de entrada pode ser nesses pontos de migração de aves, uma vez que cavalos não migram (ARAÚJO, 2007). Quatro cavalos morreram na província de Buenos Aires após terem sido infectados pelo vírus do Nilo Ocidental, o que constitui os primeiros casos registrados na Argentina da doença, informou o Ministério da Saúde portenho (agência EFE, 2006). Essas características permitiram a ocorrência do vírus em praticamente todo o mundo. O VNO permanece com status de desequilíbrio na América do Norte, com contínuas mudanças ecológicas e com potencial de expansão. A cada ano surgem informações sobre novas manifestações clínicas, variedades de hospedeiros e modos de transmissão, incluindo a possibilidade de transmissão não vetorial por exposição oral ao vírus (GLASER, 2004) _Sinais Clínicos A maioria das infecções em eqüinos são assintomáticas, sendo que somente em poucos casos a infecção resulta em encefalomielite. Os sinais clínicos observados com maior freqüência são: apatia, andar cambaleante e incoordenação, ataxia, paralisia parcial e morte. Geralmente eqüinos afetados não apresentam febre. (SANTOS, 2001).

32 32 2.0_OBJETIVOS A avifauna do Brasil inclui um grande contingente de espécies compartilhado com outros continentes, formado por espécies migratórias e espécies residentes com distribuição cosmopolita, que são vias potenciais de introdução de doenças emergentes. Ainda não existe uma análise abrangente da situação atual de infecção de aves brasileiras pelo Vírus do Nilo Ocidental e do Vírus da Influenza Aviária na forma hiperpatógena (H5N1), ou da ocorrência destes agentes na área de distribuição de espécies nativas do Brasil. O objetivo deste trabalho é identificar os potenciais hospedeiros e vetores do VNO e VIA no Brasil através de uma ampla revisão da literatura existente sobre o tema. Adicionalmente são sugeridas pautas para o planejamento de uma estratégia de vigilância ornitológica destas doenças emergentes no país.

33 33 3.0_MÉTODOS Foi compilada uma lista das aves migratórias que transitam entre o Brasil e outros continentes, cruzando a lista oficial de aves migratórias brasileiras publicada pelo Centro de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE 2005), a lista de aves brasileiras publicada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2006) e publicações específicas. A nomenclatura segue a lista de aves do Brasil. A lista de aves migratórias que transitam no Brasil foi cruzada com as listas mais atualizadas de espécies hospedeiras confirmadas ou potencias do VNO nas Américas (CENAVE 2005, CDC 1999, 2006, OMS 2005a) e o VIA em escala global (OMS 2005b, USGS 2006). Foi realizada uma ampla revisão de literatura disponível, complementada com consultas em outras fontes de informação disponíveis na internet, como relatórios e boletins técnicos. Especial atenção foi dada aos portais da Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Panamericana da Saúde (OPAS), Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), entre outras. A partir desta revisão o objetivo foi inferir os potenciais hospedeiros, rotas e áreas de risco no Brasil.

34 34 4.0_RESULTADOS 4.1_Padrões de Deslocamento de Aves As espécies migrantes foram agrupadas em quatro padrões gerais de deslocamento migrantes neárticos, migrantes austrais, espécies vagantes ou nômades e espécies residentes migrantes parciais (Bencke 2001, Stotz et al. 1996). As espécies e seus deslocamentos sazonais são de um modo geral restritos ao continente americano, porém existem várias conexões, episódicas ou sazonais, com outros continentes (PETRY e PETER, 2006). Legenda: Países em cinza apresentaram registros oficiais de Influenza H5N1 até FIGURA 08: ROTAS MIGRATÓRIAS CONTINENTAIS UTILIZADAS POR AVES Fonte: Centro Nacional de Monitoramento de Aves Silvestres (CEMAVE) 2006.

Uma nova pandemia de gripe? Quais são as evidências?

Uma nova pandemia de gripe? Quais são as evidências? Uma nova pandemia de gripe? Quais são as evidências? Cláudia Codeço codeco@fiocruz.br Programa de Computação Científica FIOCRUZ-RJ Março 2006 Estrutura O contexto do problema As evidências científicas

Leia mais

(Texto relevante para efeitos do EEE) (2010/734/UE)

(Texto relevante para efeitos do EEE) (2010/734/UE) L 316/10 Jornal Oficial da União Europeia 2.12.2010 DECISÃO DA COMISSÃO de 30 de Novembro de 2010 que altera as Decisões 2005/692/CE, 2005/734/CE, 2006/415/CE, 2007/25/CE e 2009/494/CE no que diz respeito

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA. CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella

EPIDEMIOLOGIA. CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella EPIDEMIOLOGIA CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella CONCEITOS EPIDÊMICOS - ENDEMIA ENDEMIA: É uma doença localizada em um espaço limitado denominado faixa endêmica. Isso quer dizer

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde NOTA TÉCNICA Nº 03/2015 DIVEP/LACEN/SUVISA/SESAB Assunto: Casos de ZIKA Vírus e de Doença

Leia mais

A importância do continente europeu reside no fato de este ter

A importância do continente europeu reside no fato de este ter Conhecido como velho mundo, o continente europeu limitase a oeste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Mediterrâneo, ao norte com o oceano Glacial Ártico e a leste com a Ásia, sendo que os Montes Urais

Leia mais

Fotografias PauloHSilva//siaram. Saber Mais... Ambiente Açores

Fotografias PauloHSilva//siaram. Saber Mais... Ambiente Açores Fotografias PauloHSilva//siaram Saber Mais... Ambiente Açores Convenção Diversidade Biológica O que é a Convenção da Diversidade Biológica? A Convenção da Diversidade Biológica é um acordo assinado entre

Leia mais

Ocorrências de casos humanos de influenza suína no México e EUA Informe do dia 26.04.09, às 13h

Ocorrências de casos humanos de influenza suína no México e EUA Informe do dia 26.04.09, às 13h Ministério da Saúde Gabinete Permanente de Emergências em Saúde Pública ALERTA DE EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL Ocorrências de casos humanos de influenza suína no México e EUA

Leia mais

Gripe A (H1N1) de origem suína

Gripe A (H1N1) de origem suína Gripe A (H1N1) de origem suína A gripe é caracterizada como uma doença infecciosa com alto potencial de contagio causado pelo vírus Influenza. Este vírus apresenta três tipos, sendo eles o A, B e C. Observam-se

Leia mais

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING Recife 04/08/2014 1 Nos últimos anos, com a integração dos países devido à globalização, houve um aumento da

Leia mais

INFLUENZA. Cinthya L Cavazzana Médica Infectologista COVISA/CCD

INFLUENZA. Cinthya L Cavazzana Médica Infectologista COVISA/CCD INFLUENZA Cinthya L Cavazzana Médica Infectologista COVISA/CCD GRIPE x RESFRIADO Resfriado: é uma doença do trato respiratório superior. É geralmente causada por um vírus, mais freqüentemente um rhinovirus

Leia mais

Perguntas e Respostas relativas à Encefalite Japonesa (Encefalite epidémica B)

Perguntas e Respostas relativas à Encefalite Japonesa (Encefalite epidémica B) Perguntas e Respostas relativas à Encefalite Japonesa (Encefalite epidémica B) 1. A encefalite japonesa e a encefalite epidémica B são a mesma doença? R: Sim, trata-se da mesma doença. A designação de

Leia mais

Responsabilidades Secretaria de Defesa Agropecuária

Responsabilidades Secretaria de Defesa Agropecuária Responsabilidades Secretaria de Defesa Agropecuária Prevenção, controle e erradicação de doenças e pragas animais e vegetais de interesse econômico e de importância para a saúde pública. Assegurar a sanidade,

Leia mais

OS MOVIMENTOS DAS AVES

OS MOVIMENTOS DAS AVES OS MOVIMENTOS DAS AVES RESERVA NATURAL DO ESTUÁRIO DO TEJO Observatório Português de Zonas Húmidas Vitor Encarnação DGAC-ZH/CEMPA-Central Nacional de Anilhagem Lisboa, Abril de 2011 As aves em Portugal

Leia mais

A genética do vírus da gripe

A genética do vírus da gripe A genética do vírus da gripe Para uma melhor compreensão das futuras pandemias é necessário entender sobre as pandemias passadas e os fatores que contribuem para a virulência, bem como estabelecer um compromisso

Leia mais

Ministério da Saúde esclarece as principais dúvidas sobre a doença e apresenta recomendações para viajantes internacionais.

Ministério da Saúde esclarece as principais dúvidas sobre a doença e apresenta recomendações para viajantes internacionais. Ministério da Saúde esclarece as principais dúvidas sobre a doença e apresenta recomendações para viajantes internacionais. Fonte: Agência Fiocruz 1. Há casos de influenza A (H1N1) no Brasil? Não. Até

Leia mais

Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22. Animais de companhia: O verme do coração do cão

Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22. Animais de companhia: O verme do coração do cão Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22 Animais de companhia: O verme do coração do cão Quando se fala em vermes, as primeiras imagens que vêm à mente das pessoas são: "lombrigas"

Leia mais

Informe sobre a gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1

Informe sobre a gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 Informe sobre a gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 DOCUMENTO PARA O PÚBLICO EM GERAL Coordenação: Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Associação Médica Brasileira (AMB) Apoio e participação:

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR

HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA 27 de abril DIREÇÃO DE ASSISTÊNCIA SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA INFECTOLOGIA CLÍNICA - ADULTO E PEDIÁTRICA SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Leia mais

GRIPE DAS AVES. Informação e Recomendações. Elaborado por: Castro Correia Director Clínico. 14 de Setembro de 2005

GRIPE DAS AVES. Informação e Recomendações. Elaborado por: Castro Correia Director Clínico. 14 de Setembro de 2005 GRIPE DAS AVES Informação e Recomendações Elaborado por: Castro Correia Director Clínico 14 de Setembro de 2005 Escritórios: Rua da Garagem, 1, 4º Piso / 2790-078 CARNAXIDE Sede Social: Avenida do Forte,

Leia mais

Perguntas e Respostas sobre o vírus A(H7N9)* Questions and answers about the vírus A(H7N9)

Perguntas e Respostas sobre o vírus A(H7N9)* Questions and answers about the vírus A(H7N9) Republicação de Artigo * Questions and answers about the vírus A(H7N9) Centers for Disease Control and Prevention Uma nova cepa do vírus da influenza aviária foi descoberta em aves e pessoas na China.

Leia mais

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a gripe? É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe. Em

Leia mais

Influenza A (H1N1): Perguntas e Respostas

Influenza A (H1N1): Perguntas e Respostas Influenza A (H1N1): Perguntas e Respostas Para entender a influenza: perguntas e respostas A comunicação tem espaço fundamental na luta contra qualquer doença. Um exemplo é o caso do enfrentamento da influenza

Leia mais

1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão concentradas as grandes parcelas dessas águas? R:

1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão concentradas as grandes parcelas dessas águas? R: Data: / /2014 Bimestre: 3 Nome: 6 ANO Nº Disciplina: Geografia Professor: Geraldo Valor da Atividade: 2,0 (Dois) Nota: GRUPO 6 1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h.

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Vigilância Epidemiológica de Febre Chikungunya No Brasil, a febre chikungunya é uma doença de notificação compulsória e imediata,

Leia mais

Prevenção e conscientização é a solução. Ciências e Biologia

Prevenção e conscientização é a solução. Ciências e Biologia Prevenção e conscientização é a solução Ciências e Biologia Dengue Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo. A palavra dengue tem origem

Leia mais

Senhoras e Senhores Deputados, Acho de suma importância, Senhor Presidente, fazer um

Senhoras e Senhores Deputados, Acho de suma importância, Senhor Presidente, fazer um DISCURSO PROFERIDO PELO DEPUTADO GERALDO RESENDE (PPS/MS), NA SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EM 17/03/2005 Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados, Acho de suma importância, Senhor Presidente,

Leia mais

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO É claro que o Brasil não brotou do chão como uma planta. O Solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, a porção do espaço sob domínio,

Leia mais

Ecologia Geral. Padrões geográficos em comunidades

Ecologia Geral. Padrões geográficos em comunidades Ecologia Geral Padrões geográficos em comunidades Padrões geográficos em comunidades O que seriam padrões geográficos? As grandes regiões zoogeográficas Origem a partir dos trabalhos de Alfred Russel Wallace

Leia mais

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada.

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada. Influenza A H1N1 /GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: PERGUNTA 1. Quanto tempo o vírus da gripe suína permanece vivo numa maçaneta ou superfície lisa? 2. O álcool em gel é útil para limpar as mãos? 3. Qual

Leia mais

PROVA FORMAÇÃO DE AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS Prefeitura Municipal de Ouro Preto 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia.

PROVA FORMAÇÃO DE AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS Prefeitura Municipal de Ouro Preto 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia. 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia. a) Estudo de saúde da população humana e o inter relacionamento com a saúde animal; b) Estudo de saúde em grupos de pacientes hospitalizados;

Leia mais

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 CAP. 02 O território brasileiro e suas regiões.( 7º ano) *Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal (DF), organizados em regiões. * As divisões

Leia mais

Sanidade de Equinos e seus Prejuízos: Pitiose, Anemia Infecciosa Eqüina e Tripanossomíase. Raquel S. Juliano

Sanidade de Equinos e seus Prejuízos: Pitiose, Anemia Infecciosa Eqüina e Tripanossomíase. Raquel S. Juliano Sanidade de Equinos e seus Prejuízos: Pitiose, Anemia Infecciosa Eqüina e Tripanossomíase Raquel S. Juliano Fonte: IBGE / PPM (2008) MT 307.900 MS 357.675 60% Pantanal 84.588 Fonte: IBGE (2005) Eqüinos

Leia mais

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 O Sol e a dinâmica da natureza. O Sol e a dinâmica da natureza. Cap. II - Os climas do planeta Tempo e Clima são a mesma coisa ou não? O que

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [GRIPE (INFLUENZA A) SUÍNA]

www.drapriscilaalves.com.br [GRIPE (INFLUENZA A) SUÍNA] [GRIPE (INFLUENZA A) SUÍNA] 2 Gripe (Influenza A) Suína Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil I ÓBITOS, CASOS GRAVES E FATORES DE RISCO Entre 25 de abril e 8 de agosto, foram informados

Leia mais

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014 GEOGRAFIA QUESTÃO 1 A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-se geralmente através de valores estatísticos. As características da população estudadas pela

Leia mais

NOTA TÉCNICA N o 014/2012

NOTA TÉCNICA N o 014/2012 NOTA TÉCNICA N o 014/2012 Brasília, 28 de agosto de 2012. ÁREA: Área Técnica em Saúde TÍTULO: Alerta sobre o vírus H1N1 REFERÊNCIA(S): Protocolo de Vigilância Epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1)

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Para a obtenção de informações complementares, poderá ainda consultar os seguintes links da Direcção Geral de Saúde: A AICOPA LINHA DE SAÚDE AÇORES

Para a obtenção de informações complementares, poderá ainda consultar os seguintes links da Direcção Geral de Saúde: A AICOPA LINHA DE SAÚDE AÇORES Diversos Circular n.º 72/2009 15 de Julho de 2009 Assunto: Gripe A (H1N1) Algumas considerações importantes. Caro Associado: Considerando a nova estirpe de vírus da Gripe A (H1N1), e perante o seu risco

Leia mais

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente / Terra e universo Tema Água e vida / ciclo hidrológico do planeta Conteúdos Águas subterrâneas Usos / objetivos Aprofundamento do estudo sobre as águas

Leia mais

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi VIROLOGIA HUMANA Professor: Bruno Aleixo Venturi O que são vírus? A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno". Provavelmente esse nome foi dado devido às viroses, que são doenças causadas por

Leia mais

GRIPE sempre deve ser combatida

GRIPE sempre deve ser combatida GRIPE sempre deve ser combatida Aviária Estacional H1N1 SAZONAL suína GRIPE = INFLUENZA Que é a INFLUENZA SAZONAL? É uma doença própria do ser humano e se apresenta principalmente durante os meses de inverno

Leia mais

12/2/2009. São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. ZOONOSES *

12/2/2009. São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. ZOONOSES * ZOONOSES * São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. * Médico alemão Rudolf Wirchow(século XIX) Fco Eugênio D. de Alexandria Infectologista Zoon = animal

Leia mais

RECOMENDAÇÕES PARA A SAÚDE DOS VIAJANTES

RECOMENDAÇÕES PARA A SAÚDE DOS VIAJANTES MERCOSUL/GMC/RES. N 23/08 RECOMENDAÇÕES PARA A SAÚDE DOS VIAJANTES TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto e a Resolução N 22/08 do Grupo Mercado Comum. CONSIDERANDO: Que a Resolução

Leia mais

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO)

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula de hoje: ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula 07 Antes de iniciarmos os estudos sobre populações e seus componentes precisamos conhecer e conceituar as estruturas

Leia mais

Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional ESPII. Ocorrências de casos humanos na América do Norte Informe do dia 27.04.

Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional ESPII. Ocorrências de casos humanos na América do Norte Informe do dia 27.04. I. Informações gerais Ministério da Saúde Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional ESPII Ocorrências de casos humanos na América do Norte

Leia mais

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 José Cechin Superintendente Executivo Francine Leite Carina Burri Martins Esse texto compara as morbidades referidas

Leia mais

O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores

O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, transcorreram já mais de duas décadas desde que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

Leia mais

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições Maria Cecília de Souza Minayo 1ª. característica: elevadas e crescentes taxas de homicídios nos últimos 25 anos Persistência das causas externas

Leia mais

C.P.L.P. Fundado em 17 de Julho de 1996; Comunidade dos países de língua portuguesa;

C.P.L.P. Fundado em 17 de Julho de 1996; Comunidade dos países de língua portuguesa; Guiné-Bissau SNIRH C.P.L.P. Fundado em 17 de Julho de 1996; Comunidade dos países de língua portuguesa; Países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor

Leia mais

1. Aspectos Epidemiológicos

1. Aspectos Epidemiológicos 1. AspectosEpidemiológicos A influenza é uma infecção viral que afeta principalmente o nariz, a garganta, os brônquiose,ocasionalmente,ospulmões.sãoconhecidostrêstiposdevírusdainfluenza:a,b e C. Esses

Leia mais

DESAFIOS NO DIAGNOSTICO LABORATORIAL DO SARAMPO NA FASE DE ELIMINAÇÃO. Marta Ferreira da Silva Rego

DESAFIOS NO DIAGNOSTICO LABORATORIAL DO SARAMPO NA FASE DE ELIMINAÇÃO. Marta Ferreira da Silva Rego DESAFIOS NO DIAGNOSTICO LABORATORIAL DO SARAMPO NA FASE DE ELIMINAÇÃO Marta Ferreira da Silva Rego Diagnostico Laboratorial Fase de Eliminação Diagnostico Clinico menos confiável. Com baixa prevalência

Leia mais

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO L 194/12 Jornal Oficial da União Europeia 21.7.2012 DECISÕES DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO de 17 de julho de 2012 que altera os anexos I a IV da Decisão 2006/168/CE no que se refere a certos requisitos

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA GERÊNCIA GERAL DE PORTOS, AEROPORTOS, FRONTEIRAS E RECINTOS ALFANDEGADOS - GGPAF INFLUENZA A (H1N1)

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA GERÊNCIA GERAL DE PORTOS, AEROPORTOS, FRONTEIRAS E RECINTOS ALFANDEGADOS - GGPAF INFLUENZA A (H1N1) AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA GERÊNCIA GERAL DE PORTOS, AEROPORTOS, FRONTEIRAS E RECINTOS ALFANDEGADOS - GGPAF INFLUENZA A (H1N1) Providências adotadas pelas autoridades brasileiras

Leia mais

Os diferentes climas do mundo

Os diferentes climas do mundo Os diferentes climas do mundo Climas do Mundo Mapa dos climas do mundo Climas quentes Equatoriais Tropical húmido Tropical seco Desértico quente Climas temperados Temperado Mediterrâneo Temperado Marítimo

Leia mais

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DENGUE

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DENGUE DENGUE O que é? A dengue é uma doença febril aguda, causada por vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (Brasil e Américas) e Aedes albopictus (Ásia). Tem caráter epidêmico, ou seja, atinge um grande

Leia mais

Integrando Vigilância em Saúde Animal e Segurança do Alimento. Carlos Henrique Pizarro Borges DSA/SDA/Mapa

Integrando Vigilância em Saúde Animal e Segurança do Alimento. Carlos Henrique Pizarro Borges DSA/SDA/Mapa Integrando Vigilância em Saúde Animal e Segurança do Alimento Carlos Henrique Pizarro Borges DSA/SDA/Mapa Coordinating surveillance policies in animal health and food safety: from farm to fork. Scientific

Leia mais

E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA DENGUE: RESPONSABILIDADE DE TODOS RIBAS DO RIO PARDO/MS

E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA DENGUE: RESPONSABILIDADE DE TODOS RIBAS DO RIO PARDO/MS E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA DENGUE: RESPONSABILIDADE DE TODOS RIBAS DO RIO PARDO/MS MAIO/2015 E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA E.E. DR. João Ponce de Arruda Rua: Conceição do Rio Pardo, Nº: 1997 Centro.

Leia mais

Epidemia pelo Vírus Ébola

Epidemia pelo Vírus Ébola Epidemia pelo Vírus Ébola O vírus Ébola é neste momento uma das grandes ameaças virais em África e está a espalhar-se para outros Continentes. Actualmente são conhecidas quatro estirpes do vírus, e já

Leia mais

Plano de Contingência de Saúde Pública de Portos

Plano de Contingência de Saúde Pública de Portos Plano de Contingência de Saúde Pública de Portos Gerência Geral de Instalações e Serviços de Interesse Sanitário, Meios de Transporte e Viajantes em Portos, Aeroportos e Fronteiras 18 e 19 de junho de

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Nome: João Victor Cardoso Alves Projeto: Altas Habilidades Tema: Gatos APRENDENDO SOBRE GATOS Primeiramente escolhi os felinos de uma forma geral, mas era

Leia mais

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo O Clima do Brasil É a sucessão habitual de estados do tempo A atuação dos principais fatores climáticos no Brasil 1. Altitude Quanto maior altitude, mais frio será. Não esqueça, somente a altitude, isolada,

Leia mais

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DE DENGUE APÓS ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR INTRODUÇÃO: A Dengue é uma doença infecciosa febril aguda de amplo espectro clínico e de grande importância

Leia mais

Informe Epidemiológico EBOLA Atualizado em 26-09-2014, às 10h

Informe Epidemiológico EBOLA Atualizado em 26-09-2014, às 10h Informe Epidemiológico EBOLA Atualizado em 26-09-2014, às 10h Em 08 de agosto de 2014 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto pela Doença do Vírus Ebola no Oeste da África, uma Emergência

Leia mais

Climas e Formações Vegetais no Mundo. Capítulo 8

Climas e Formações Vegetais no Mundo. Capítulo 8 Climas e Formações Vegetais no Mundo Capítulo 8 Formações Vegetais Desenvolvem-se de acordo com o tipo de clima, relevo, e solo do local onde se situam.de todos estes, o clima é o que mais se destaca.

Leia mais

É uma doença respiratória aguda, causada pelo vírus A (H1N1).

É uma doença respiratória aguda, causada pelo vírus A (H1N1). INFLUENZA (GRIPE) SUÍNA INFLUENZA SUÍNA É uma doença respiratória aguda, causada pelo vírus A (H1N1). Assim como a gripe comum, a influenza suína é transmitida, principalmente, por meio de tosse, espirro

Leia mais

LARGO DA ACADEMIA NACIONAL DE BELAS ARTES, 2 1249-105 LISBOA TELEF. 21 323 95 00 FAX.

LARGO DA ACADEMIA NACIONAL DE BELAS ARTES, 2 1249-105 LISBOA TELEF. 21 323 95 00 FAX. Plano de Vigilância da Febre do Nilo Ocidental Direcção Geral de Veterinária Direcção de Serviços de Saúde e Protecção Animal PORTUGAL Página 1 de 6 Plano de Vigilância Febre do Nilo Ocidental I - Introdução

Leia mais

Prof. Franco Augusto

Prof. Franco Augusto Prof. Franco Augusto A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas

Leia mais

OS QUATRO ALPES. Alpes, cadeias montanhosas, biodiversidade, erosão glacial.

OS QUATRO ALPES. Alpes, cadeias montanhosas, biodiversidade, erosão glacial. OS QUATRO ALPES Resumo O documentário aborda a biodiversidade de quatro cadeias montanhosas que têm em comum, além de outras características, o nome de Alpes : o Europeu, Australiano, o da Nova Zelândia

Leia mais

Refugiados na Europa: a crise em mapas e gráficos

Refugiados na Europa: a crise em mapas e gráficos Refugiados na Europa: a crise em mapas e gráficos 6 setembro 2015 Image caption Alemanha continua a ser destino mais popular para refugiados Fotos: AP/Reuters/EPA As solicitações de asilo para a Europa

Leia mais

Os animais. Eliseu Tonegawa mora com a família - a. www.interaulaclube.com.br. nova

Os animais. Eliseu Tonegawa mora com a família - a. www.interaulaclube.com.br. nova A U A UL LA Os animais Atenção Eliseu Tonegawa mora com a família - a esposa, Marina, e três filhos - num pequeno sítio no interior de São Paulo. Para sobreviver, ele mantém algumas lavouras, principalmente

Leia mais

Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho e-mail: edson.moura@saude.gov.br

Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho e-mail: edson.moura@saude.gov.br A Doença Do Boletim Epidemiológico, Vol 22, nº 3, setembro de 2001 Influenza: Aspectos Epidemiológicos Básicos para o Desenvolvimento de Vacinas A influenza (a flu ) é uma dos mais notórios achaques (doença

Leia mais

Guia de perguntas e respostas a respeito do vírus Zika

Guia de perguntas e respostas a respeito do vírus Zika Guia de perguntas e respostas a respeito do vírus Zika - O que é o vírus Zika? O vírus Zika é um arbovírus (grande família de vírus), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue e da chikungunya,

Leia mais

Como controlar a mastite por Prototheca spp.?

Como controlar a mastite por Prototheca spp.? novembro 2013 QUALIDADE DO LEITE marcos veiga dos santos Professor Associado Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP www.marcosveiga.net O diagnóstico da mastite causada por Prototheca spp.

Leia mais

D I R E T O R I A D E S A Ú D E. Saúde In-forma

D I R E T O R I A D E S A Ú D E. Saúde In-forma D I R E T O R I A D E S A Ú D E Saúde In-forma Introdução: A febre hemorrágica ebola ou ebola é uma doença humana com elevada taxa de mortalidade (70%), causada pelo vírus do gênero ebolavirus, tendo sido

Leia mais

MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA?

MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA? MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA? A UNIÃO DOS ELEMENTOS NATURAIS https://www.youtube.com/watch?v=hhrd22fwezs&list=plc294ebed8a38c9f4&index=5 Os seres humanos chamam de natureza: O Solo que é o conjunto

Leia mais

INTERAÇÃO HOMEM x ANIMAL SOB A PERSPECTIVA DO PRODUTOR RURAL ESTUDO PRELIMINAR. ¹ Discente de Medicina Veterinária UNICENTRO

INTERAÇÃO HOMEM x ANIMAL SOB A PERSPECTIVA DO PRODUTOR RURAL ESTUDO PRELIMINAR. ¹ Discente de Medicina Veterinária UNICENTRO INTERAÇÃO HOMEM x ANIMAL SOB A PERSPECTIVA DO PRODUTOR RURAL ESTUDO PRELIMINAR Carolina REMLINGER 1, karorem@hotmail.com, Raphaéli Siqueira BAHLS Raphabahls@hotmail.com 1 Felipe Lopes CAMPOS², campos.79@gmail.com

Leia mais

Os caminhos e descaminhos de uma epidemia global

Os caminhos e descaminhos de uma epidemia global Os caminhos e descaminhos de uma epidemia global Por Rodrigo Cunha 5 de junho de 1981. O Relatório Semanal de Morbidez e Mortalidade do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos

Leia mais

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA A prova de Biologia da UFPR apresentou uma boa distribuição de conteúdos ao longo das nove questões. O grau de dificuldade variou entre questões médias e fáceis, o que está

Leia mais

Estratégias de Comunicação

Estratégias de Comunicação Estratégias de Comunicação Orientações do Governo Federal Epidemias acontecem em cenários de incerteza e confusão, com grande potencial para ocasionar intranqüilidade na população, desordem social e prejuízos

Leia mais

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências Nome: Ano: 5º Ano 1º Etapa 2014 Colégio Nossa Senhora da Piedade Área do Conhecimento: Ciências da Natureza Disciplina:

Leia mais

08-11-2012. Mosquitos invasores Vigilância e Investigação do Potencial Impacto em Saúde Pública. Factores de emergência - Invasões

08-11-2012. Mosquitos invasores Vigilância e Investigação do Potencial Impacto em Saúde Pública. Factores de emergência - Invasões Mosquitos invasores Vigilância e Investigação do Potencial Impacto em Saúde Pública Adulto a eclodir Adulto Ciclo vida mosquito Ovos Maria João Alves Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas

Leia mais

OMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 22 de Setembro de 2014

OMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 22 de Setembro de 2014 1 OMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 22 de Setembro de 2014 De acordo com a estrutura do roteiro 1, os relatórios dos países recaem em duas categorias: países com transmissão generalizada

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

Pandemia Influenza. Márcia Regina Pacóla. GVE XVII Campinas SES - SP. http://www.cdc.gov/h1n1flu/images.htm

Pandemia Influenza. Márcia Regina Pacóla. GVE XVII Campinas SES - SP. http://www.cdc.gov/h1n1flu/images.htm Pandemia Influenza 1918 2009 http://www.cdc.gov/h1n1flu/images.htm Márcia Regina Pacóla GVE XVII Campinas SES - SP Pandemias: século XX H1N1 H2N2 PB1 HA NA H3N? PB1 HA PB2, PA NP, M, NS PB2, PA NP, NA,

Leia mais

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14 Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14 DVE - Histórico Vírus Ebola foi identificado em 1976 em 2 surtos: no Zaire (atual República

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS DO MUNDO SAVANAS E DESERTOS 2011 Aula VI AS PRINCIPAIS FORMAÇÕES VEGETAIS DO PLANETA SAVANAS As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo

Leia mais

Ebola. Vírus. Profissional da Saúde. O que saber. Notificação. sintomas. O que saber. Doença do Vírus Ebola Oeste Africano. Febre.

Ebola. Vírus. Profissional da Saúde. O que saber. Notificação. sintomas. O que saber. Doença do Vírus Ebola Oeste Africano. Febre. EPI Fluxo 1 dias Profissionais da Saúde O que Saber sintomas Vírus Contatos GRAU Fluídos secreção Letalidade Febre Triagem Ebola O que saber Central/CIEVS/SP Emílio Ribas Profissional da Saúde Contato

Leia mais

Introdução. O objectivo desta apresentação:

Introdução. O objectivo desta apresentação: Prevenção da Gripe A Introdução O objectivo desta apresentação: Consiste num conjunto de medidas e acções que deverão ser aplicadas oportunamente, de modo, articulado, em cada fase da evolução da pandemia.

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Secretaria Municipal de Saúde de Janaúba - MG Edição Julho/ 2015 Volume 04 Sistema Único de Saúde TUBERCULOSE VIGILÂNCIA Notifica-se, apenas o caso confirmado de tuberculose (critério clinico-epidemiológico

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

Até quando uma população pode crescer?

Até quando uma população pode crescer? A U A UL LA Até quando uma população pode crescer? Seu José é dono de um sítio. Cultiva milho em suas terras, além de frutas e legumes que servem para a subsistência da família. Certa vez, a colheita do

Leia mais

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL 1. Posição e situação geográfica. O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil, localiza-se no extremo sul do país. Tem um território de 282.062 km 2, ou seja,

Leia mais

Proposta de Lei n.º 189/XII

Proposta de Lei n.º 189/XII Proposta de Lei n.º 189/XII ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A PREVENÇÃO E CONTROLO DE EPIDEMIAS DA FEBRE DO DENGUE A febre do dengue figura entre algumas das doenças que poderão ser consideradas emergentes no

Leia mais

Cartilha da Influenza A (H1N1)

Cartilha da Influenza A (H1N1) Cartilha da Influenza A (H1N1) Agosto 2009 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SECRETARIA ADJUNTA DE ATENÇÃO INTEGRADA Á SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Micarla de Sousa Prefeita da Cidade do Natal

Leia mais

Espécies nativas 25/06/2012. Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica. Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica

Espécies nativas 25/06/2012. Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica. Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica 25/06/2012 CONCEITOS SOBRE ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS www.institutohorus.org.br Sílvia R. Ziller Fundadora e Diretora Executiva Eng. Florestal, M.Sc., Dr. Hovenia dulcis (uva-japão) no Parque Estadual

Leia mais