VIVÊNCIA DE MULHERES SOBRE A GESTAÇÃO

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1 VIVÊNCIA DE MULHERES SOBRE A GESTAÇÃO Fernanda Maria de Jesus Sousa Pires de Moura¹ Inez Sampaio Nery² 1 Mestre em Enfermagem, Prfª Assistente I da UFPI. Rua Desembargador Robert Wall de Carvalho, 1095, Ininga,. fernandasousav@bol.com.br. Tel ² Doutora em Enfermagem, Profª Adjunto IV, Chefe do departamento da UFPI, Teresina. PI. E mail: nery@webone.com.br. ³ Neste resumo foi selecionado apenas uma das categorias da Dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação mestrado em Enfermagem

2 VIVÊNCIA DE MULHERES SOBRE A GESTAÇÃO RESUMO A maternidade, ainda é valorizada, cobrada pela sociedade como um dos mais importantes papéis atribuídos à natureza feminina. Buscou-se descrever e discutir situação vivenciada pelas mulheres quanto ao processo gravídico puerperal, foi utilizada História de Vida. Os sujeitos foram onze mulheres. Foram apreendidas a categoria e subcategorias, a saber: Marcas que ficam no corpo e na alma e as subcategorias A gravidez como sonho e pesadelo ¹ em que as depoentes manifestaram satisfação com a gravidez planejada, que era esperada com ansiedade, e permitiu que as mulheres tivessem seus sonhos plenamente realizados ao planejarem, e se sentirem realizadas como mães. Outros depoimentos referiram surpresa diante da gravidez não planejada, por acontecer em momentos considerados inadequados, devido ao conflito em ser mãe prematuramente quando as mulheres eram muito jovens, recém-casadas ou estavam em fase de namoro; outras, ainda, cursavam a universidade e/ou desenvolviam alguma atividade profissional, a(s) qual(is) consideraram incompatível(is) provisoriamente com a função materna. Nessa perspectiva, é imprescindível a mudança de atitude pelos profissionais de saúde na maneira de se relacionarem com as mulheres, com ênfase no pré-natal, a fim de acolherem, ouvirem e apoiarem as mulheres diante de uma gravidez planejada ou não. O apoio profissional e familiar ajuda as mulheres a venceram obstáculos psicológicos e a superar o impacto de uma gravidez indesejada, que muitas vezes, passam a ser fonte de alegria e expectativas positivas no meio familiar. Diante disso, é fundamental respeitar a dignidade e autonomia da mulher diante de seus conflitos e escolhas. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Parto Normal, Assistência, gestação.

3 1.1 A problemática do estudo A maternidade, ao longo dos séculos, tem sido valorizada e cobrada pela sociedade como um dos mais importantes papéis atribuídos à natureza feminina, o que influi no prazer, gratificação e felicidade que a mulher sente ao conceber. Com isso, a capacidade de maternar se reproduz e é construída culturalmente no interior da estrutura psíquica feminina, sendo internalizada e psicologicamente reforçada (ALMEIDA, 1996). O nascimento foi historicamente um evento natural, fisiológico, feminino e inerente ao cotidiano familiar, visto que até o final do século XIX a assistência ao parto era predominantemente domiciliar, realizada por parteiras socialmente reconhecidas, as quais exerciam um papel fundamental na comunidade ao acompanhar o parto com muita dedicação, apesar de desenvolverem seu trabalho de forma empírica e não serem respaldadas cientificamente e, sim, de forma empírica. As mulheres que davam à luz participavam de forma ativa durante o nascimento dos seus filhos, com apoio da parteira e dos familiares (PIRES, 1989). Desde os primórdios da civilização, as parteiras e mulheres que praticavam a cura eram consideradas, pela população, sábias e parte integrante do cotidiano. Contudo, após a Idade Média, essas mulheres foram denominadas como perigosas por desafiar a ordem vigente e transgredir a moral científica e religiosa da época, sendo então iniciado pela igreja, médicos e poderosos um movimento denominado de caça as bruxas. Essa perseguição perdurou do século XIV ao século XIX em toda a Europa (PIRES, 1989). No Brasil colônia, a parteira possuidora de saber empírico, rico em crenças e misticismo, detinha a arte de partejar de maneira independente. Pires (1989) ressalta que em 1832, ocorreu a institucionalização das parteiras, ao serem treinadas para a assistência ao parto pelos médicos, sendo anexo às escolas de Medicina e de Farmácia. A mesma autora menciona que, naquela época, as mulheres não tinham permissão para estudar o curso de Medicina

4 ou de Farmácia, já que eram destinados exclusivamente aos homens. Somente a partir de 1879 esses cursos foram oferecidos para ambos os sexos. Cabe lembrar que a sociedade patriarcal do século XIX reservava o casamento e a maternidade como único destino da mulher, além de não ser permitida a sua participação em espaços públicos, além do seu acesso ao ensino ser restrito (COSTA, 1999). A institucionalização do parto foi intensificado após a segunda guerra mundial, com o crescimento do número de partos hospitalares. Neste sentido, a intervenção masculina rejeitou as práticas fisiológicas das parteiras e o parto domiciliar considerado uma prática natural foi pouco a pouco transformado num evento patológico e medicalizado (CRIZÓSTOMO; NERY; LUZ, 2007). Apesar dos benefícios produzidos pelo conhecimento tecnológico sobre as patologias obstétricas, a medicalização da assistência ao parto influenciou na desumanização desse evento e na formação da enfermeira obstetra, de acordo com o modelo biomédico (CAPARROZ, 2003). Ao mesmo tempo, as mulheres passaram a ser agentes passivas desse processo, que deixou de ser vivenciado de forma privada e feminina para tornar-se um evento público e masculino, cada vez mais intervencionista. Assim, as mulheres foram deslocadas do aconchego do seu lar e da companhia dos seus familiares para um ambiente frio e impessoal, em que, na maioria das vezes, profissionais desconhecidos e sem identificação exercem sem permissão e justificativa uma série de procedimentos invasivos e dolorosos, como se a parturiente fosse um objeto sem identidade e voz. A gravidez, na maioria das vezes, é motivo de felicidade para a mulher e seus familiares, e o momento do parto é aguardado com grande expectativa e alegria, como também com ansiedade. Entretanto, as estatísticas mostram a mortalidade materna por causas ligadas à gravidez, parto e puerpério que muitas vezes poderiam ser evitadas, se houvessem boas condições de vida dessas mulheres, associado à atenção integral da saúde com ampliação do acesso, e principalmente a melhoria da assistência à mulher no ciclo grávido puerperal (BRASIL, 2005).

5 Nessa perspectiva, este estudo tem como objeto a vivência de mulheres sobre o parto normal ocorrido em maternidade. 1.3 Questões norteadoras e objetivos Diante da problemática do estudo, elaborou-se as seguintes questões norteadoras: Como as mulheres vivenciaram o parto normal em maternidade? Quais as situações vivenciadas pelas mulheres durante o processo de parturição em maternidade? A partir desses questionamentos, definiram-se os seguintes objetivos do estudo; descrever a vivência de mulheres sobre o parto normal em maternidade; e discutir situações vivenciadas pelas mulheres sobre o processo parturitivo normal em maternidade. 3 ABORDAGEM METODOLÓGICA 3.1 Tipo de estudo e o método História de Vida Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa cujo método utilizado foi o da História de Vida, que prioriza a idéia e os significados de vida da entrevistada, sem interferência da pesquisadora. Neste estudo, foi utilizada a História de Vida na modalidade proposta por Denzin, life story, já que se buscou extrair a essência dos depoimentos dos sujeitos sobre a sua experiência, vivência e significados pessoais, ao valorizar os sentimentos e a individualidade de cada mulher ouvida, sem a necessidade da verificação da autenticidade dos fatos acerca de sua condição de parturiente, que foi revelada no pós-parto. A narração de vida expressa um acontecimento de como as pessoas o vivenciaram e/ou consideram a veracidade dos fatos sob o ponto de vista que o sujeito transmite ao pesquisador. Esse método valoriza a ampla expressão dos pensamentos sobre as experiências vivenciadas pelo ser humano. A História de Vida é muito utilizada em Sociologia, Antropologia e História, já que vivências do próprio sujeito num determinado momento de sua vida facilitam a compreensão de como o ator vê o mundo (SILVA, 1996). Além disso, também valoriza o não dito, porque os aspectos importantes, quando não referidos pelas depoentes, têm um significado que merece ser valorizado e analisado (BERTAUX, 1981).

6 3.2 Sujeitos do estudo A pesquisa não teve cenário definido. Optou-se por investigar 11 mulheres que tiveram partos normais em distintas instituições de saúde, dentro ou fora do Piauí. O único critério estabelecido para que as depoentes participassem voluntariamente da pesquisa foi ter tido parto normal em maternidade, em qualquer época de suas vidas o que está de acordo com a proposta do objeto e objetivos. As mulheres que fizeram parte da pesquisa foram doze mulheres que eram vinculadas a uma Universidade Federal. As depoentes foram previamente contatadas no local em que exerciam suas atividades profissionais e, após o esclarecimento dos objetivos e da contribuição do estudo, foi marcado um segundo encontro em locais e horários que melhor favorecesse as depoentes, o que ocorreu em suas próprias residências. Para garantia do anonimato das informações e de acordo com a resolução n o 196 do Conselho Nacional de Saúde, de 10 de outubro de 1996, que estabelecem diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, foram preservadas o nome das depoentes por meio da escolha, por parte delas, de um nome feminino fictício que fosse do seu agrado. Previamente às entrevistas, era solicitado às depoentes assinar um termo de consentimento livre e esclarecido e, ainda, preencher um formulário com informações sócio-demográficas e antecedentes obstétricos que serviram para a caracterização das depoentes do estudo, bem como a questão de pesquisa. Como exigido, o presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de ética da Universidade Federal do Piauí em 27/ FR CAAE As mulheres entrevistadas encontravam-se na faixa etária de 23 a 60 anos. Quanto à situação conjugal: duas das mulheres eram solteiras; duas eram divorciadas; sete eram casadas. No que se refere à escolaridade: uma mulher tinha ensino médio completo; duas mulher incompleto; e oito mulheres tinham ensino superior completo. tinha ensino superior

7 Quanto à profissão, a maioria eram enfermeiras e técnicas de enfermagem; uma técnica de laboratório; uma assistente de administração; uma assistente social; uma nutricionista; uma zeladora. Já no que tange à renda familiar: a maioria recebiam de 10 a 35 salários mínimos; quatro mulheres recebiam até 5 salários mínimos; e uma mulher entre 5 a 10 salários mínimos. A procedência das mulheres: nove mulheres eram do Piauí, sendo de Teresina e do interior do Estado; três mulheres vindas de outros estados. Quanto ao local do parto, como houve mulheres que tiveram mais de um filho em instituições de saúde distintas, surgiu mais de um local de parto por mulher, como em maternidades públicas do Estado; em maternidades particulares e conveniadas pelo SUS; em hospital militar; em maternidades em Hospital Regional; e em maternidade vinculada a Universidade Federal. 3.3 A produção dos dados e análise dos depoimentos A técnica utilizada para a produção dos dados foi à entrevista aberta, que, de acordo com Bertaux (1981), não tem roteiro preestabelecido, é direcionada pela própria depoente e sem respostas conduzidas, na qual as mulheres evidenciaram fatos de sua vida que tinham relação com a vivência do parto normal e os quais consideravam importantes. A entrevista teve como questão norteadora: Fale a respeito da sua vida que tenha relação com sua vivência do parto normal. Depois de cada entrevista, foi realizada a transcrição imediata dos depoimentos. A análise foi contínua e realizada no decorrer da pesquisa, a fim da construção progressiva da representação sociológica do objeto (BERTAUX, 1981). Para análise dos relatos, procedeu-se como recomendado pelo método, pela realização de leitura e releitura de todo o material transcrito, com atenção às características dos discursos, o que permitiu apreender as idéias centrais das categorias de análise, que foram formadas a partir da convergência de vários depoimentos sobre um determinado aspecto. Após a

8 categorização, os dados foram analisados à luz das referências teóricas propostas no estudo. 4 RELATOS DE MULHERES DURANTE A GESTAÇÃO De acordo com os relatos das mulheres surgiu uma categoria e suas respectivas subcategorias, a saber: 4.1 Marcas que ficam no corpo e na alma; A gravidez como sonho e pesadelo 4.1 Marcas que ficam no corpo e na alma Nesta categoria, emergiram duas subcategorias: A gravidez como sonho e pesadelo que diz respeito à gravidez planejada e a gravidez não planejada.. A gravidez como sonho e pesadelo Nos depoimentos contidos nesta subcategoria a gravidez como sonho e pesadelo, as mulheres falaram dos sonhos da maioria delas, que é poder engravidar e vivenciar o período gravídico puerperal com saúde e gratificação, ao lado do fruto desse sonho, que é o seu filho. O desejo pela gravidez foi ressaltado nos relatos como motivo de alegria após a confirmação do exame. Assim se expressaram as mulheres. A Patrícia fala desse momento e, apesar de referir desejo pelas gravidezes, relatou surpresa com a primeira gravidez logo após o casamento, que é uma situação nova e de adaptação. Eis o depoimento: (...) tenho três filhos, a mais velha tem 24 anos, a segunda tem 22 e o terceiro, 19 anos, todos foram de partos normais e assim os meus filhos todos foram desejados, só que a 1 a, não que não tenha sido desejada, mas assim, não esperava no momento engravidar logo, eu tava tentando, mas não esperava engravidar logo, foi 3 meses depois de casada que eu engravidei... (Patrícia) A Margarida, apesar de ter casado cedo, ser estudante e trabalhar, resolveu engravidar em seguida. A gravidez foi saudável e sem problemas. Eis a fala: (...) meu 1 o parto (...). Eu casei com 21 anos e em seguida fiquei logo grávida, então foi uma gravidez (...) é normal, muito saudável e tudo, não tive maiores problemas, porque recém-casada, tudo que quer é

9 um filho, eu era estudante, eu trabalhava e tudo, mas eu fiquei muito feliz de ficar grávida... (Margarida) A Nicole manifestou como sonho a realização da gravidez, que transcorreu sem alteração e permitiu que ela freqüentasse o trabalho até o término da gravidez. Assim se expressa. (...) eu me casei e o sonho de qualquer pessoa que se casa, quando tá namorando, é ter filho. (...). Em janeiro de 88, fiquei grávida, na minha gravidez eu não tive nenhum enjôo, fiz uma barrigona [risos], trabalhei até os nove meses, o médico me acompanhou até os nove meses, eu não tive nada, graças a Deus (...) trabalhei até no último dia... (Nicole) A Margarida e a Nicole enfatizaram desejo de engravidar após o casamento e a ocorrência de uma gravidez saudável e feliz. A Maria desejava tanto a gravidez que tinha preocupação em não conseguir engravidar. Somente após um tratamento foi que conseguiu e aguardou a chegada do seu primeiro filho com grande ansiedade. E assim se manifesta: Era um enorme desejo de ser mãe e tinha medo de não conseguir, pois já havia se passado quatro anos de relações e nunca havia engravidado, decidi procurar minha ginecologista, que me solicitou vários exames e logo após o tratamento engravidei. Eu tinha 25 anos, o primeiro filho, uma ansiedade enorme de ver como era seu rosto... (Maria) A Maria Clara fala sobre a ansiedade em receber o exame de confirmação da gravidez e da emoção sentida junto com o pai da criança, ao ler o exame. Apesar da pouca idade de Maria Clara, a gravidez foi bem vinda pelo casal e assim se manifestou: Naquele dia no mês de julho de 1983, eu e meu marido combinamos que iríamos receber o exame que confirmaria minha gravidez. Estávamos super ansiosos, quando lemos os exames (...) positivo (...) ficamos muito emocionados (...) seria o primeiro passo. No dia seguinte, marquei o pré-natal, que nos meus 15 anos nem sabia o que era, mas diziam, tinha que fazer... (Maria Clara) Nos relatos de Maria e Maria Clara, ficou evidente que a gravidez foi desejada e carregada de muita emoção. No caso de Maria, houve medo de não conseguir engravidar, já que tinha feito tratamento para engravidar. Quanto à Maria Clara, a ansiedade foi grande na confirmação da gravidez.

10 A Karina expressa bem a sua vontade de engravidar e ser mãe, mesmo sem a participação do pai da criança na sua criação. Como a gravidez foi planejada, Karina preferiu primeiro ter uma profissão que permitisse manter uma criança com dignidade. E assim se expressou: A maternidade, pra mim, foi uma coisa muito bem pensada. Toda vida, além de ser uma coisa natural da mulher, pra mim era uma questão de honra (...) eu botei na minha cabeça que iria ser mãe, não interessava se tinha pai assumido ou não. A maternidade pra mim, até certo ponto, foi premeditada, porque eu procurei buscar uma profissão que não tivesse problema e me cerquei de condições pra criar um filho e não precisar depois jogar na minha cara que não tinha condições de criar meus filhos... (Karina) A Júlia planejou e sonhou ter a sua filha, e até o mês do nascimento da criança foi cuidadosamente escolhida. O relato a seguir demonstra o seu desejo. Eu sou Júlia, sou mãe solteira, tenho uma filha planejada, sonhava ter a filha no mês de maio, consegui que ela nascesse dia 21 de maio, fiz um pré-natal excelente, não senti nada. O meu pré-natal foi com uma, assim, pessoa que eu gosto demais, um médico que é muito meu amigo, não teve nenhuma intercorrência durante o pré-natal, logo por ser planejada, antes de engravidar, já estava em tratamento... (Júlia) A Karina e a Júlia referem gravidez planejada e assumida, já que independentemente do apoio paterno elas sonhavam em exercer a maternidade. A Bia fala que os planos em ter filhos foram antecipados, talvez mais por vontade do marido, já que ela ainda estudava e pretendia mudar para outro Estado, como no depoimento a seguir. (...) Eu vou me lembrar aqui como foi minha experiência com parto normal. Eu me casei bem novinha, estava fazendo faculdade ainda de Enfermagem e o meu marido era daqui, do Piauí, eu era do Rio, nós nos conhecemos lá e como a gente tinha planos, ele tinha planos de voltar, de vir morar aqui, a gente combinou que só ia ter filhos quando chegasse aqui (...) Aí casamos e um ano depois começou o desespero, vamos ter um filho, vamos ter um filho e aí resolvemos engravidar... (Bia) A Bia, como era muito nova quando se casou e ainda estudava, pretendia ter filhos só quando o marido voltasse para a sua terra natal, já que na época o casal ainda estava no Rio de Janeiro, mas os planos foram antecipados pelo intenso desejo de ter um filho.

11 Quando a gravidez é planejada, geralmente, o resultado positivo é motivo de grande satisfação para o casal. E no inconsciente feminino ainda sobrevive o desejo de ser mãe aliado ao casamento, o que é ressaltado socialmente como sinônimo de felicidade. Culturalmente, quando a gravidez é aceita é motivo de grande alegria, porque, além de ser a realização de um grande desejo o que eleva a auto-estima, também reafirma o papel biológico feminino, necessário para a perpetuação da espécie e da própria feminilidade. Embora a gestação seja uma experiência que beneficie a mulher em termos de ganhos, coexiste a experiência de perdas como a da forma física, o que gera o temor da perda do interesse do marido. Desse modo, a gravidez pode ser vivenciada por sentimentos, como insegurança, ansiedade e medo perante o desconhecido, não só pela mudança da imagem corporal da mulher, mas também como perda de projetos pessoais, como a realização de uma formação profissional ou ascensão na carreira, o que aparentemente fica invibializado pela maternidade, mesmo que temporariamente (RIECHELMANN, 1997). Ainda nesta subcategoria, A gravidez como sonho e pesadelo, as mulheres expuseram o momento de suas vidas em que engravidaram sem planejamento, ou seja, gravidez não planejada, quando eram muito jovens, recém casada estava em fase de namoro, estudos e não se sentiam preparadas para assumirem a gravidez. A Isadora se expressa sobre o não planejamento da gravidez, da vontade do marido em ter filhos e da sua não adaptação a métodos contraceptivos, o que ocasionou a gravidez. A minha experiência do parto normal (...) eu tive dois filhos e eu nunca fui assim muito apaixonada por esse negócio de ter filhos (...) eu sempre quando me casei pensava ter só um filho, eu casei já com essa idéia, mas o meu marido sonhava com um time de futebol, então a minha primeira gravidez não foi planejada, (...) jamais eu teria um time de futebol, eu sempre tive um ciclo muito irregular, eu nunca, assim, fui certinha, não conseguia estabelecer nenhum método anticoncepcional, por conta dessa irregularidade da minha menstruação... (Isadora)

12 A Marina expõe a seguir o não desejo pela gravidez na época, por ser muito jovem e encontrar-se em fase de conclusão do curso, porém sentiu-se pressionada pelo marido a engravidar. Eu casei tinha 21 anos e na verdade eu não pensava em ter esse filho, porque eu casei e ainda estava naquela fase de estudo, estudando, ainda estava fazendo o último ano do curso, na época do TCC (trabalho de conclusão de curso), é um problema, mas eu senti certa pressão do meu esposo e deixei, entendeu? eu acho que negligenciei mesmo, embora sabendo que as circunstâncias não eram boas, negligenciei e engravidei, engravidando eu tratei de fazer o pré-natal direitinho... (Marina) A Isadora e a Marina relataram que, apesar de serem casadas, não planejaram a gravidez. Uma delas estava terminando a faculdade e ambas foram, de certa forma, pressionadas pelos maridos, mesmo contrariando sua própria vontade, já que não se encontravam preparadas naquele momento para assumir uma gravidez. A Bruna e a Luana também expõem a surpresa mediante a descoberta da gravidez. Bruna fala do casamento, que foi antecipado após a descoberta da gravidez. (...) eu tive a minha primeira gravidez em 1987, foi uma gravidez que não foi programada, depois de instalada a gravidez, é que ela passou a ser desejada, então eu só estava com dois meses de namoro, aí eu fiquei grávida, a gente já planejava casar, só que nós tivemos que antecipar o casamento, por conta da gravidez... (Bruna) A Luana relata que era bem jovem e estudava na época em que engravidou sem planejamento. (...) a primeira gravidez, ela não foi programada, porque eu engravidei quando tava namorando com 20 anos de idade, cursando a universidade, então foi assim, um pouco difícil essa gestação, mas deu tudo certo... (Luana) A Bruna e a Luana referiram que a gravidez aconteceu de forma inesperada, na fase de namoro, e quando eram ainda bem jovens. Diante das circunstâncias surgidas, houve uma precipitação nos planos da vida dessas mulheres, como o casamento antecipado.

13 A Maria Clara relata a insegurança com relação à segunda gravidez, por não ter sido planejada nem desejada naquele momento. No entanto, durante o pré-natal, o profissional transmitiu tranqüilidade e segurança à gestante. Eis o relato: (...) Logo no início, eu fiz o exame pra confirmar a gravidez e comecei a fazer o pré-natal, essa gravidez, já foi bem diferente da primeira gravidez, eu tive só os três meses de enjôo, fui muito bem acompanhada pelo médico no pré-natal, fiz todos os exames, aqueles exames de rotina, no pré-natal, todos normais e me sentia muito insegura, principalmente, porque eu (...) não foi planejada, na verdade a gente nem pretendia ter outro filho (...) mas eu acho que o profissional que cuida do nosso pré-natal, ele é uma pessoa muito importante pra gente (...) porque foi nessas minhas consultas de prénatal que aos poucos eu fui sentindo mais à vontade (..) Eu sempre falava pro médico sobre isso, que eu não queria aquela gravidez, que tava cedo pra ter outro filho, mas ele sempre procurou me tranqüilizar, na verdade eu fiz um bom pré-natal mesmo (...) e ele me deixou muito segura... (Maria Clara) De acordo com os relatos de Isadora, Marina, Bruna, Luana e Maria Clara, elas não pretendiam engravidar, ou porque não se sentiam preparadas psicologicamente para assumir a responsabilidade de uma gravidez ou não pretendiam ter outro filho naquele momento. A gravidez, por ser um período de grandes mudanças físicas, psicológicas, pode ser vivenciada sem problemas. A mulher, mesmo que se sinta preparada para engravidar, pode desenvolver uma série de sentimentos tanto positivos como negativos diante de uma gravidez. Não existe uma gravidez totalmente desejada ou indesejada, e a ambivalência afetiva está presente, pois há grandes perspectivas de mudanças, o que envolve perdas e ganhos. Dessa forma, mesmo que a gravidez tenha sido planejada, a confirmação da gravidez pode ser um choque para muitas mulheres (CORDEIRO; SABATINO, 1997). CONSIDERAÇÕES FINAIS O método adotado permitiu a compreensão dos fatos apresentados, por meio do surgimento das categorias com suas subcategorias específicas, como também a reflexão pessoal e profissional da autora. As mulheres do estudo tiveram seus filhos em várias épocas de suas vidas reprodutivas, o que variou encontrar-se com filhos entre seis até 30 anos

14 ou mais. No entanto, o que se observa ainda na nossa realidade institucional é que não houve, nas últimas décadas, mudanças significativas relacionadas à assistência a mulher no seu período gravídico puerperal, apesar de outras propostas mais humanizadas serem incentivadas por vários autores e pelo próprio Ministério da Saúde. Estes privilegiam mudanças na conduta profissional Neste sentido, a categoria Marcas que ficam no corpo e na alma, com duas subcategorias (a gravidez como sonho e pesadelo), expressa a gravidez planejada e não planejada. As depoentes manifestaram satisfação com a descoberta da gravidez planejada, que era esperada com ansiedade, e permitiu que as mulheres tivessem seus sonhos plenamente realizados ao planejarem, sonharem e se sentirem realizadas como mães. Outros depoimentos referiram surpresa diante da gravidez não planejada, por acontecer em momentos considerados inadequados, devido ao conflito em ser mãe prematuramente quando as mulheres eram muito jovens, recém-casadas ou estavam em fase de namoro; outras, ainda, cursavam a universidade e/ou desenvolviam alguma atividade profissional, a(s) qual(is) consideraram incompatível(is) provisoriamente com a função materna. Apesar de uma grande parcela de mulheres, atualmente, estar inserida no mercado de trabalho, a maternidade e o casamento ainda estão em alta e são culturalmente cobrados pela família e sociedade. Dessa forma, a gravidez da mulher, com ou sem planejamento, não deixa de ser um impacto em sua vida, pois, apesar do turbilhão de mudanças físicas e psíquicas que acometem a mulher grávida, ela ainda tem de cuidar dos afazeres domésticos e manter uma atividade profissional. Nessa perspectiva, é imprescindível a mudança de atitude pelos profissionais de saúde na maneira de se relacionarem com as mulheres, com ênfase no pré-natal, a fim de acolherem, ouvirem e apoiarem as mulheres diante de uma gravidez planejada ou não. O apoio profissional e familiar ajuda as mulheres a venceram obstáculos psicológicos e a superar o impacto de uma gravidez indesejada, que muitas vezes, passam a ser fonte de alegria e

15 expectativas positivas no meio familiar. Diante disso, é fundamental respeitar a dignidade e autonomia da mulher diante de seus conflitos e escolhas. REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. S. A mulher e sua destinação à maternidade. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 9, n. 1, p , abr CAMINHA, M.F.C. et al. Assistência ao parto normal no Estado de Pernambuco: aspectos geográficos, socioeconômicos e profissionais, com ênfase no papel da enfermeira. Epidemiol. Serv. Saúde. V.17, n.3. Brasília, set CAPARROZ, S. C. O resgate do parto normal: contribuições de uma tecnologia apropriada. Joinville: Univille, p. CRIZÓSTOMO, D. C.; NERY, I. S.; LUZ, M.H. A vivência de mulheres no parto domiciliar e hospitalar. Esc Anna Nery R. Enferm. Rio de Janeiro: EEAN UFRJ, v.11,n.1,p ,mar CORDEIRO, S. N.; SABATINO, H. A humanização do parto. In: ZUGAIB, M.; TEDESCO, J. J.; QUAYLE, J. Obstetrícia Psicossomática. São Paulo: Atheneu, p COSTA, J.f. ordem médica e norma familiar. 4. ed. Rio de Janeiro: Graal, p. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Maternidade Segura. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra, p PIRES, D. Hegemonia Médica na Saúde e a Enfermagem. São Paulo: Cortez, P. RIECHELMANN, J. C. A mulher atual: perspectivas frente à gestação. In: ZUGAIB, M.; TEDESCO, J. J.; QUAYLE, J. Obstetrícia Psicossomática. São Paulo: Atheneu, p SILVA, M. G. A. A. O cliente renal crônico e sua adaptação à nova condição de vida. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ, p.

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