AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE RECRUTAMENTO DE FIBRAS DO MESMO GRUPO MUSCULAR, ATRAVÉS DA ELETROMIOGRAFIA EM DIFERENTES MOVIMENTOS DE MUSCULAÇÃO.
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- Mauro da Costa Clementino
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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO DEIVID CLARINDA AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE RECRUTAMENTO DE FIBRAS DO MESMO GRUPO MUSCULAR, ATRAVÉS DA ELETROMIOGRAFIA EM DIFERENTES MOVIMENTOS DE MUSCULAÇÃO. CRICIÚMA, JUNHO DE 2009.
2 1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO DEIVID CLARINDA AVALIAÇÃO DO RECRUTAMENTO DE FIBRAS DO MESMO GRUPO MUSCULAR, ATRAVÉS DA ELETROMIOGRAFIA, EM DIFERENTES MOVIMENTOS DE MUSCULAÇÃO Monografia apresentada ao Setor de Pós-graduação em Lato Sensu Fisiologia do Exercício da Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Fisiologia do Exercício para o magistério superior. Orientador(a): Prof.(a) Carlos Alexandre Habitante CRICIÚMA, JUNHO DE 2009
3 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS TIPO DE PESQUISA ABORDAGEM METODOLÓGICA APLICAÇÃO DO TESTE ANÁLISE ESTATÍSTICA POPULAÇÃO E AMOSTRA INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Utilização do Instrumento CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO RESULTADOS Bíceps Tríceps Deltóide Medial Peitoral Maior DISCUSSÃO CONCLUSÃO CRONOGRAMA...33 REFERENCIAS...34
4 3 1 INTRODUÇÃO Atualmente, um número crescente de indivíduos tem se engajado em programas sistematizados de atividades físicas buscando uma melhor composição corporal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida. Dentre as modalidades mais procuradas, a musculação ou treinamento de força tem um papel de destaque, sendo o carro chefe de academias e clubes. Os exercícios resistidos (Musculação) são reconhecidos como os mais eficientes para modificar favoravelmente a composição corporal e o aumento de força dos indivíduos praticantes. Para esse efeito, contribuem para o aumento de massa muscular, o aumento da massa óssea calcificada, e a redução da gordura corporal (WILMORE et al, 1978). O grande atrativo da musculação para pessoas jovens são os efeitos modeladores do corpo, tanto para o homem quanto para a mulher. Para desportistas, o objetivo costuma ser a melhora do desempenho físico. Nos últimos anos, no entanto, numerosos trabalhos científicos têm demonstrado os importantes efeitos dos exercícios com pesos para os indivíduos que se engajam nesta modalidade como na perda de mobilidade e atrofia muscular, no aumento da massa óssea e no treinamento físico, embora não sejam os ideais para aumentar a resistência para esforços contínuos de baixa intensidade. Por outro lado, aumentam a capacidade de trabalho físico estimulando a força e a resistência muscular, a flexibilidade, e a capacidade de aceleração (SANTAREM, 2001). Hipertrofia, segundo Santarém (1995): È o aumento no tamanho das fibras musculares devido ao acúmulo de substâncias contráteis, actina e miosina, e de substâncias não contráteis, principalmente glicogênio e água, no sarcoplasma das fibras musculares. Coutinho (2001), relata que a manutenção ou aumento da massa muscular representa também um aumento na taxa metabólica basal, ou seja, quando o indivíduo consegue provocar hipertrofia muscular pela prática de exercícios contra resistência, provoca também o aumento da massa corporal metabolicamente ativa, fazendo com que o seu gasto energético em repouso seja maior. Os praticantes do treinamento de força buscam, através da hipertrofia muscular, uma maior relação entre massa magra/massa gorda, além do ganho de
5 4 massa muscular, o uso de sobrecarga pode atuar diretamente na redução do tecido adiposo dos praticantes. Neste sentido, existe um grande número de exercícios de força para cada grupo muscular, levando em consideração os princípios de treinamento existentes na musculação e oferecendo aos seus praticantes, um leque considerável de atividades físicas para seus objetivos específicos, sendo estes objetivos hipertrofia muscular, resistência muscular, definição muscular, manutenção da massa magra corporal ou qualidade de vida (DUPLER & CORTES, 1993). Os ganhos de força são atingidos pelo maior recrutamento de unidades motoras (WIRHED, 1986; CAILLIET, 1974), do que pela maior velocidade na solicitação de unidades contráteis (CAILLIET, 1974). O aumento de força está na dependência do maior esforço voluntário, boa função do sistema nervoso central e melhor função simpática e da placa motora (CAILLIET, 1974). O tecido muscular só é ativado quando se aplica tensão sobre suas fibras, caso isso não ocorra ele não se beneficia com o treinamento (FLECK et al., 1999; SANTAREM,1995 ;1999). O treinamento com pesos desenvolve não apenas a força muscular e a flexibilidade, mas a capacidade de prolongar esforços, tanto de alta quanto de baixa intensidade, apesar de não aumentar a capacidade aeróbia das pessoas (DUDLEY, 1988; FRONTERA et al, 1994; WILMORE et al, 1978). Eletromiografia é um método científico utilizado para medir o grau de excitabilidade (sinais elétricos) de um determinado músculo ou de vários grupamentos musculares. Um eletromiógrafo representa a atividade elétrica das unidades motoras e a freqüência da contração de cada músculo examinado. (DE LUCA, et al. 1982, MORITANI, et al.1987, apud BOMPA, 2000). A eletromiografia tem se tornado um instrumento de pesquisa essencial, possibilitando calcular o papel dos músculos em determinados movimentos. (MELO e CAFARELLI, 1994; 1995, apud BOMPA, 2000). Diante das características e efeitos deste tipo de exercício, este estudo visou apontar quais exercícios podem ser mais eficazes no fortalecimento e hipertrofia de alguns músculos dos membros superiores.
6 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A massa corporal magra é composta principalmente de massa óssea e de massa muscular magra, a qual constitui grande parte do peso corporal total, cerca de 30% a 50% e são responsáveis por 90% do metabolismo (BAILEY, 1994; SANTARÉM, 1995). Os músculos são cobertos por uma bainha de tecido conectivo fibroso, conhecido como epimísio. Cada feixe é envolvido por outra camada do mesmo tecido chamado perimísio. O feixe é constituído por milhares de fibras musculares, cada uma envolvida por um tecido conectivo, denominado endomísio, e estas várias bainhas de tecido conectivo se misturam, formando o tendão do músculo estriado esquelético. (KISNER e COBY, 1988). Cerca de 40% do corpo são compostos por músculos esqueléticos, totalizando 656 músculos, e quase outros 10% são formados por músculos liso e cardíaco (BOMPA, 2000; GUYTON, 2002). O músculo esquelético produz força ativando e regulando o padrão de freqüência das unidades motoras, que aumenta progressivamente, a fim de elevar a produção de força muscular. (BOMPA, 2000). As fibras musculares esqueléticas são inervadas por fibras mielínicas grossas, originadas nos grandes motoneurônios da ponta anterior da medula espinhal (GUYTON, 2002). O músculo esquelético de um adulto, segundo SALTIN e GOLLNIK (1983), é formado por quantidades iguais de fibras de contração lenta (Tipo I) e de contração rápida (Tipo II). As fibras de contração lenta apresentam um maior fluxo sanguíneo, uma maior densidade capilar e também um maior número de mitocôndrias. Este tipo de fibra é bastante resistente à fadiga, desde que o fluxo sanguíneo seja mantido. As fibras de contração rápida são subdivididas em dois grupos: o Tipo IIa, que apresenta um elevado fluxo sanguíneo, assim como alta densidade capilar e maior número de mitocôndrias, também as fibras do Tipo IIb têm um metabolismo oxidativo elevado e são resistentes à fadiga. Cossenza & Rodrigues (1985), aconselham que o homem tenha sua massa muscular magra no mínimo em torno de 41,8% do peso corporal total e as mulheres cerca de 35,8%. BARBOSA et al. (2000), concordam que tanto homens como mulheres são capazes de se beneficiar com o treinamento resistido aumentando sua força e nesse aumento não foi observado diferenças relativas.
7 6 A terminação nervosa forma uma junção, chamada de placa motora ou junção neuromuscular, nessas terminações nervosas existem muitas mitocôndrias que fornecem energia, principalmente para a síntese do transmissor excitatório acetilcolina que, por sua vez, excita a fibra muscular (GUYTON, 2002). Toda atividade física produz estímulos para aumento da massa muscular, contrapondo-se ao sedentarismo que leva à diminuição progressiva do volume dos músculos esqueléticos. Por razões didáticas, propomos que as sobrecargas funcionais que ocorrem no músculo esquelético em atividade sejam denominadas sobrecarga tensional e sobrecarga metabólica. Sobrecarga tencional refere-se ao aumento de tensão no músculo em atividade, que é diretamente proporcional à resistência oposta ao movimento e ao grau de ativação dos mecanismos contráteis. Sobrecarga metabólica, no caso do tipo energético, designa o aumento de atividade dos processos de produção de energia. Ambas as sobrecargas contribuem para o aumento de volume dos músculos esqueléticos, por diferentes mecanismos. (SANTAREM, 2001) Cornacchia (2000), constatou que, em todo indivíduo praticante do treinamento com pesos que está em período de destreinamento, o corpo não pode recrutar o mesmo número de unidades motoras que poderia durante o período de treinamento, resultando na perda de força pelo músculo de 3% a 4% ao dia já na primeira semana de inatividade. Em relação aos tipos de fibras musculares, as do Tipo IIb entram em fadiga rapidamente quando são requisitadas para a contração muscular. O organismo adapta-se ao aumento de intensidade de exercício (de suave para moderado a intenso) pela utilização de maior número de fibras em geral na seguinte ordem: Tipo I, Tipo IIa e Tipo IIb. Sabendo-se as características dos tipos de fibras, é fácil entender porque o desempenho atlético pode ser facilmente prolongado de intensidade submáxima e de curta duração até aquele de alta intensidade. Sabe-se que as adaptações das fibras musculares induzidas pelo treinamento não promovem alterações significativas entre as fibras de contração lenta (Tipo I) e contração rápida (Tipo II). O elevado número de fibras de contração lenta (70% a 90%) que se observa em atletas de resistência de alto nível provavelmente é genético e não devido ao treinamento (FINK et al, 1977). Fox (2000), observou algumas modificações na composição bioquímicas e nas próprias fibras, no músculo esquelético, após os programas de treinamento com
8 7 pesos: Aumentos nas concentrações da creatina muscular (de 39%), da fosfocreatina (de 22%), do ATP (de 18%) e do glicogênio (de 66%); um desvio no percentual de fibras Tipo IIB para Tipo IIA em virtude dos programas de treinamento tanto de força quanto de endurance; uma hipertrofia seletiva das fibras Tipo II evidenciada por aumentos na relação da área de fibras Tipo II/Tipo I e por um retardo de sua perda; e nenhuma interconversão das fibras Tipo I para o Tipo II. Os resultados provenientes do treinamento resistido vêm exclusivamente nos segmentos trabalhados e quando se utiliza principalmente os movimentos em sua total amplitude, com ritmo lento ou moderado e com respiração continuada (POLLOCK et al. 1998). Hipertrofia segundo Santarém (1995),: É o aumento no tamanho das fibras musculares devido ao acúmulo de substâncias contráteis, actina e miosina, e de substâncias não contráteis, principalmente glicogênio e água, no sarcoplasma das fibras musculares. O treinamento com características anaeróbicas, como o treinamento com pesos e provas curtas, resulta em músculos mais volumosos, o que seria explicado pelo aumento de miofibrilas, aumento do volume sarcoplasmático e ou aumento de tecido conjuntivo. (GUIMARÃES NETO, 2002). O acúmulo de ácido lático no músculo durante uma sessão de treinamento de musculação causa a fadiga muscular, ocorrendo a diminuição da atividade contrátil (CORNACCHIA, 2000). A fadiga dentro do mecanismo contrátil do músculo pode ser causada por vários fatores como o acúmulo de ácido lático, depleção das reservas de ATP e PC, depleção das reservas de glicogênio muscular e falta de oxigênio e de um bom fluxo sanguíneo (FOX, 2000). O tecido muscular só é ativado quando se aplica tensão sobre suas fibras, caso isso não ocorra ele não se beneficia com o treinamento (FLECK et al., 1999; SANTAREM,1995 ;1999). Essa tensão deve ser de pelo menos 2/3 da força total do músculo (SHARKEY, 1999), ou que seja superior a normalmente suportada (MONTEIRO, 1997 & POLLOCK et al., 1986). Força é a habilidade que tem um músculo ou grupo muscular para desenvolver tensão e força resultantes em um esforço máximo, tanto dinâmica quanto estaticamente em relação às demandas feitas a ele (KISNER e COLBY, 1998, apud KAMEL, 2004). Os ganhos de força são devido à capacidade dos músculos desenvolverem tensão e a do sistema nervoso ativá-los (POLLOCK et al., 1986),
9 8 dentre os mecanismos para aumentar a força, os principais são o maior número de miofibrilas, a melhor coordenação neuromuscular e a maior solicitação de unidades motoras (KISNER, 1992 & SANTAREM,1999). São atingidos pelo maior recrutamento de unidades motoras (WIRHED, 1986; CAILLIET, 1974), do que pela maior velocidade na solicitação de unidades contráteis (CAILLIET, 1974). O aumento de força está na dependência do maior esforço voluntário, boa função do sistema nervoso central e melhor função simpática e da placa motora (CAILLIET, 1974). Baechle & Groves (2000), diz que a força que se pode desenvolver com o treinamento é influenciada por alterações neuromusculares que ocorrem durante o processo de aprendizado dos exercícios, aumento da massa muscular e tipo de composição das fibras. Uma adaptação básica que ocorre bioquimicamente e que é induzida pelo treinamento reside no aumento do número de mitocôndrias nas fibras dos músculos (HOLLOSZY, 1967). Parte dos efeitos benéficos do aumento da intensidade do treinamento para induzir as adaptações musculares podem ser atribuídos à intensidade de solicitação das fibras musculares (DUDLEY et al, 1982). Estudo da literatura observou que, treinamentos de força com baixo volume e/ou intensidade não promove mudanças significativas no corpo do praticante; porém, volume e/ou intensidade em excesso pode acarretar mais catabolismo do que o anabolismo (GUIMARÃES NETO, 2002). Os ganhos continuados na força muscular são em sua maior parte associados aos aumentos na massa muscular. À medida que a área de seção transversa do músculo torna-se maior aumenta também a capacidade do músculo de desenvolver força. Dessa forma, o fator neural responde pelos ganhos iniciais de força muscular, enquanto os aumentos da massa muscular são responsáveis pelas mudanças que ocorrem mais tarde (BAECHLE & GROVES, 2000). O treinamento de exercícios contra resistência faz com que ocorra aumento de força (LEIGHTON, 1987; CAILLIET, 1974) e hipertrofia muscular (SANTARÉM, 1995; CAILLIET, 1974), e esta é semelhante em indivíduos de diferentes faixas etárias (FLECK, 1993).
10 9 Endurance Muscular Local segundo Fox (2000), é definida como: Aptidão ou capacidade de um grupo muscular em realizar contrações repetidas (Isotônicas, Isocinéticas ou excêntricas) contra uma carga, ou em manter uma contração (Isométrica) por um período de tempo prolongado. O treinamento com pesos para Hipertrofia Muscular utiliza predominantemente o combustível específico do sistema anaeróbio (ATP/CP), portanto, o treinamento deve depletar essas reservas energéticas, comprometendo a energia disponível para o músculo trabalhado, com isso, o músculo é forçado a adaptar-se, aumentando a sua capacidade de transporte de energia, o que resulta no estímulo ao crescimento muscular que por sua vez, estimula a Hipertrofia Muscular. (BOMPA, 2000). Os estudos sugerem que as altas forças no músculo podem induzir alguma forma de dano que promove a hipertrofia, possivelmente pela divisão de células satélites e de sua incorporação nas fibras musculares preexistentes (FOX, 2000). Coutinho (2001) relata que a manutenção ou aumento da massa muscular representa também um aumento na taxa metabólica basal, ou seja, quando o indivíduo consegue provocar hipertrofia muscular pela prática de exercícios contra resistência, provoca também o aumento da massa corporal metabolicamente ativa, fazendo com que o seu gasto energético em repouso seja maior. Os ganhos de massa muscular proveniente do treinamento diferem de indivíduo para indivíduo devido ao potencial individual para o desenvolvimento, estrutura física e composição corporal (LEIGHTON, 1987). A faixa considerada útil para hipertrofia muscular é compreendida entre uma e 20 repetições. Cargas entre % da máxima, executadas de uma a três repetições, estimulam principalmente a hipertrofia, cargas entre 75-85% da carga máxima que permita executar de seis a 12 repetições favorece a hipertrofia e melhora a vascularização e cargas entre 60-75% da máxima que permita de repetições favorecem principalmente a hidratação e vascularização, e a hipertrofia em menores níveis (SANTAREM, 1999). Quando se objetiva treinar com pesos para esportes que exijam muita força, para Fleck & Kraemer apud. Sharkey (1999), os ciclos de treinamento devem variar de 4-12 semanas. Os ciclos são: a) hipertrofia, RM com carga baixa;
11 10 b) força, 2 6 RM com carga intermediária; c) força adicionada, 2-4 RM com carga elevada; d) fase de pique, 1-3 RM com carga muito alta. O treinamento de força usando cargas altas e baixa velocidade na fase concêntrica leva a uma melhora na força máxima, porém com ganhos reduzidos em outros padrões de velocidade (FLECK & KRAEMER, 1999; ZATSIORSKY, 1999). Aumento da massa muscular é a adaptação morfológica mais evidente induzida pelos exercícios com pesos. Força é a adaptação funcional que sempre acompanha os níveis de massa muscular. (FIATARONE et al, 1994). Para Fox (2000), o aumento do músculo que resulta dos programas de treinamento com pesos é devido principalmente a um aumento na área transversal de cada fibra muscular. Esse aumento no diâmetro da fibra é denominado hipertrofia; uma diminuição no tamanho recebe a designação de atrofia. No músculo não-treinado, as fibras variam consideravelmente de diâmetro. O treinamento com peso (sobrecarga) é tido como o mais eficiente para ocasionar o aumento da massa muscular dos praticantes desta modalidade. Uma dessas razões, que pós-treino instala-se um processo de formação de microrrupturas musculares, estas microrrupturas são seguidas de reparação tecidual, o que possivelmente conduza a um processo de supercompensação de síntese protéica intracelular, resultando, assim, em uma cadeia de efeitos anabólicos que são responsáveis pelos ganhos de massa muscular. (GUIMARÃES NETO, 2002). A hipertrofia contribui em menos de 30% para os ganhos de força muscular, a maior contribuição é devido a fatores neurais (POLLOCK et al., 1986). Os melhores resultados são obtidos quando se aplica sobrecarga tensional, ou seja, baixas repetições (3-5) e cargas elevadas (SANTAREM, 1999). Sedentários jovens de meia-idade, tanto homens como mulheres, após seis meses de treinamento resistido demonstram aumentos de 25-30% na força muscular. E quando os indivíduos treinados eram testados nos próprios aparelhos utilizados para treinar e não ergômetros especiais, os resultados de aumento de força foram superiores (POLLOCK et al., 1998). Kraemer, (2001) apud Uchida et al. (2005), destaca que a Hiperplasia não pode justificar mais que 5% do crescimento muscular em determinados indivíduos praticantes da musculação.
12 11 Farinatti (2000), coloca que para se gerar força, é necessário se extrapolar o limiar de despolarização das células musculares através de uma estimulação suficiente. A chegada constante de novos estímulos (somação), de modo a diminuir o período disparo-reação (período de latência) seria a conseqüência do desenvolvimento da força. O treinamento com pesos desenvolve não apenas a força muscular e a flexibilidade, mas a capacidade de prolongar esforços, tanto de alta quanto de baixa intensidade, apesar de não aumentar a capacidade aeróbia das pessoas (DUDLEY, 1988; DUPLER & CORTES, 1993; FRONTERA et al, 1994; WILMORE et al, 1978). Os treinamentos com pesos estimulam o desenvolvimento da capacidade contrátil dos músculos esqueléticos, sua capacidade metabólica, flexibilidade articular, e adaptações cardiovasculares necessárias para os esforços curtos repetidos e relativamente intensos. (SANTAREM, 2001). Fox (2000) analisou que a força de um determinado músculo depende de inúmeros fatores, além de sua área em corte transversal tais como: até que ponto o músculo pode ser ativado por um esforço voluntário, o comprimento global do músculo e a posição na qual é utilizada, a composição por tipos de fibras e a velocidade com que se processa o movimento. Resistência muscular é o tempo máximo em que o indivíduo é capaz de manter a força isométrica ou dinâmica em um determinado exercício. A resistência muscular pode também ser definida como a capacidade de manter a atividade contrátil do músculo. (FLECK e KRAEMER, 1999). A resistência muscular localizada refere-se á capacidade do músculo de trabalhar repetidamente com cargas moderadas por um período longo de tempo, esta melhora na resistência muscular é a capacidade de aumentar o período de tempo antes que ocorra a fadiga muscular, com isso podendo realizar mais repetições (BAECHLE & GROVES, 2000).
13 12 Guilherme Kamel (2004), coloca que: O músculo é composto de elementos elásticos e contráteis. Dependendo da contração muscular, pode-se contrair ou estirar os elementos envolvidos, assim existindo os tipos de contrações musculares que são divididas em: Contração Isométrica (Estática) Tensão muscular aumenta sem movimento articular. Contração Isotônica (Dinâmica) Contração muscular com movimento articular. Sendo subdividida em contrações Concêntrica: a força muscular vence a resistência externa e os músculos se encurtam, aproximando o ponto de inserção e o ponto de origem. E a contração Excêntrica: a força muscular é vencida pela força externa e os músculos se alongam, afastando o ponto de inserção do ponto de origem. Contração Isocinética Contração muscular com movimento articular e resistência constante, durante todo o arco do movimento. Contração Auxotônica Contração muscular isotônica com períodos de contração muscular isométrica. Barbosa (2000), estudando treinamento contra resistência encontraram um aumento significativo na força muscular isotônica, em todos os músculos trabalhados, e os percentuais de aumento variaram de acordo com o exercício. Ao testarem a força de preensão manual, resultou em aumento significativo mesmo não tendo treino específico para os músculos envolvidos na preensão manual, mas esses músculos foram ativados por outros exercícios. Bompa (2000), observou que em treinamento com pesos o trabalho excêntrico cria maior tensão na musculatura do que o trabalho isométrico ou concêntrico. Já que as maiores tensões musculares normalmente equivalem aos maiores ganhos de força, o treinamento de forma excêntrica (negativo) em ganhos de força 10-35% maior em relação aos outros métodos utilizados. Normalmente, no início de um programa de treinamento com pesos, é comum observar grande aumento de força sem que ocorra aumento da massa muscular visível. Existem várias evidências que indicam que este aumento inicial de força deve-se a um maior recrutamento de unidades motoras, que estas unidades motoras são neurônios conectados às fibras musculares, e com a aplicação de uma sobrecarga passam a ser ativadas. (GUIMARÃES NETO, 2002). Bompa (2000), diz que o treinamento é uma atividade complexa, governada por princípios e por controle metodológico, para que os praticantes ou atletas desta modalidade adquiram o máximo de volume e definição muscular. Os princípios são: Variabilidade: não deixar o treinamento cair na monotonia e também poder conhecer vários exercícios diferentes para cada grupamento muscular;
14 13 princípio da Individualidade Biológica: para observarmos que duas pessoas são totalmente diferentes com genéticas diferenciadas, assim necessitando de treinamento diferente; Princípio de adaptação á sobrecarga: procurar durante toda a fase desse período de treinamento estar aplicando uma carga elevada em todas as sessões de treinamento com pesos. A hereditariedade influencia fortemente a composição adulta final das fibras musculares em um processo que começa antes do nascimento, que mostra considerável mudança durante o primeiro ano de vida e que será completado durante os anos de adolescência (FOX, 2000). A musculação ou treinamento de força hoje em dia, está provando que está modalidade esportiva está mudando totalmente o estilo de vida de todos os praticantes que estão se engajando nesta modalidade (BOMPA, 2000). Eletromiografia é um método científico para medir o grau de excitabilidade (sinais elétricos) de um determinado músculo ou de vários grupamentos musculares. Um eletromiografo representa a atividade elétrica das unidades motoras e a freqüência da contração de cada músculo examinado. (DE LUCA, et al. 1982, MORITANI, et al.1987, apud BOMPA, 2000). A eletromiografia tem se tornado um instrumento de pesquisa essencial, possibilitando calcular o papel dos músculos em determinados movimentos. (MELO e CAFARELLI, 1994/1995, apud BOMPA, 2000). Os primeiros relatos sobre as propriedades elétricas dos músculos e nervos foi em 1791 por Luigi Galvani, esse cientista demonstrou a atividade muscular em seguida á estimulação de neurônios e registros de potenciais de fibras nervosas nos estados de contração voluntária em rãs. (SCHMITZ, 1993). Atualmente a eletromiografia (EMG) é empregada na avaliação do alcance da doença neuromuscular ou do traumatismo, e como um instrumento cinesiológico para estudo da função muscular (SCHMITZ, 1993). A técnica para registrar a ativdade elétrica produzida pelo músculo, ou atividade mioelétrica, é conhecida atualmente como eletromiografia (EMG) (HALL, 2000). A eletromiografia é usada para o estudo da função neuromuscular, inclusive a identificação dos músculos que desenvolvem tensão durante um movimento e que movimentos exigem mais ou menos tensão de um determinado músculo ou grupo muscular.
15 14 Para Chaffin (2001): [...] cada músculo tem um número de unidades motoras. Um aumento na tensão pode ocorrer por um aumento na taxa de estimulação de uma dada unidade motora ou pelo recrutamento de unidades motoras adicionais. Assim, sendo que á voltagem de registro de EMG é normalmente a soma de vários potenciais das unidades motoras. Eletromiografia é um método científico para medir o grau de excitabilidade (sinais elétricos) de um determinado músculo ou de vários grupamentos musculares. Um eletromiografo representa a atividade elétrica das unidades motoras e a freqüência da contração de cada músculo examinado. (DE LUCA, et al. 1982, MORITANI, et al.1987, apud BOMPA, 2000). O processo de eletromiografia implica o uso de transdutores conhecidos como eletródios que captam o nível de atividade mioelétrica existente em um local durante um determinado período de tempo (HALL, 2000). A EMG também é usada clinicamente para avaliar as velocidades de condução nervosa e a resposta dos músculos em combinação com o diagnósticos e o rastreamento de condições patológicas do sistema neuromuscular, e os cientistas também utilizam técnicas eletromigráficas para estudar como as unidades motoras individuais respondem aos comandos do sistema nervoso central (HALL, 2000). A eletromiografia tem se tornado um instrumento de pesquisa essencial, possibilitando calcular o papel dos músculos em determinados movimentos. (MELO e CAFARELLI, 1994/1995, apud BOMPA, 2000). Eletromiografia é uma técnica de avaliação neurológica padrão. A eletromiografia (EMG) é a detecção e documentação dos potenciais elétricos das fibras dos músculos esqueléticos. (O SULLIVAN, 1987). A EMG também é usada como instrumento para estudar a atividade muscular durante o movimento para estabelecer a função de vários músculos em atividades específicas. O registro da eletromiografia requer um sistema que compreende eletrodos que capturam os potenciais elétricos (atividade) do músculo em contração (FASE DE INPUT); um amplificador, que processa o pequeno sinal elétrico (FASE DE PROCESSAMENTO); e um decodificador (FASE DE OUTPUT), que permite a visualização e uma completa análise dos dados (SCHMITZ, 1993). A eletromiografia é, em essência, o estudo da capacidade da unidade motora, deve-se lembrar que a eletromiografia somente documenta a atividade
16 15 elétrica já existente no músculo em contração e não introduz energia elétrica para dentro do corpo. (O SULLIVAN, 1987). Vários tipos de eletrodos podem ser usados para monitorizar a EMG, os eletrodos de superfície são pequenos discos metálicos que são fixados na pele sobre o músculo que se quer testar. Dois eletrodos são colocados sobre o centro de um músculo, a uma distância apropriada, geralmente 1 a 2 cm, dependendo do tamanho do músculo, usualmente sobre seu ventre numa direção longitudinal com relação às fibras musculares e o gel de eletrodos é colocado sob os mesmos para facilitar a condução dos potencias elétricos (O SULLIVAN, 1987). O Sullivan (1987), observou que se ocorrer um aumento gradual da contração, permitirá que o eletromiógrafo observe o padrão de excitação do músculo. Com um esforço maior, um número cada vez maior de unidades motoras dispara em freqüências mais altas até que os potenciais individuais sejam somados e não possam mais ser reconhecidos. Então o EMG avalia a atividade de inserção e a atividade com o músculo em repouso e em estados de contração mínima, moderada e forte. Usualmente, o propósito da quantificação do sinal de EMG é a comparação da atividade entre sessões, músculos ou pacientes. Devido à variabilidade inerente nos procedimentos de EMG e às diferenças interindividuais nas características dos movimentos e da anatomia, faz-se necessário algum tipo de normalização para a validação destas comparações (O SULLIVAN, 1993). A relação entre o EMG e a tensão muscular tem sido estudada desde 1952, e continua a ser objeto de muitas pesquisas. È geralmente aceito que há uma relação direta entre a atividade de EMG e o esforço muscular, mas esta relação precisa ser discutida em termos de comprimento muscular e do tipo de contração (O SULLIVAN, 1993). Chaffin (2001), observou que nem todas as fibras musculares de uma unidade motora despolarizam-se e contraem-se simultaneamente, a superposição de vários potenciais resultam no potencial da unidade motora complexo. Ao se colocar um eletrodo de superfície ou sobre a pele, estes potenciais podem ser registrados, sendo esta medida denominada de eletromiografia (EMG). A relação entre o EMG e a força também foi examinada em termos de contrações excêntricas e concêntricas. As contrações excêntricas, usam elementos elásticos e processos metabólicos de modo mais eficiente que as contrações
17 16 concêntricas. Portanto, para a mesma quantidade de tensão muscular, uma contração excêntrica irá exigir menor quantidade de unidades motoras, ou seja, menor atividade geral no EMG (SCHMITZ, 1993). Já a atividade concêntrica no EMG é maior para determinada força à medida que aumente a velocidade, provavelmente refletindo uma necessidade de maior recrutamento para o ajustamento a um tempo de contração mais rápida, apenas quando é mantida constante a velocidade, a atividade no EMG será proporcional à tensão (SCHMITZ, 1993). SCHMITZ (1993) observou vários estudos que demonstraram que quando um músculo mantém um comprimento constante sem sofrer alterações (durante uma contração isométrica), o resultado do EMG varia diretamente com a tensão muscular. As relações entre o EMG e a força são ainda mais confusas durante as contrações isotônicas, definidas como contrações produtoras de um torque ou força constante média, quando o comprimento muscular muda continuamente durante o movimento, deverão ser considerados diversos fatores. A relação força-comprimento do músculo varia durante toda a contração alterando constantemente a atividade da unidade motora proporcionalmente à tensão. A EMG é utilizada para avaliar não apenas a atividade muscular, mas também a fadiga muscular localizada. A estimativa da fadiga muscular baseia-se em mudanças das características do espectro da EMG (CHAFFIN, 2001); Quando um músculo está descansado, a frequência média dos sinais mioelétricos pode ser o dobro daquela encontrada quando o músculo está fadigado. Quando um músculo exibe fadiga localizada após contrações repetidas, pode-se esperar um decréscimo no sinal de saída global do EMG. Contudo, geralmente o oposto é observado. Tipicamente, observamos uma elevação na amplitude do EMG à medida que um músculo se fadiga (O SULLIVAN, 1993). Para O SULLIVAN (1993), a força geralmente é medida através de uma articulação, por representar o torque resultante gerado por muitos músculos, e neste caso o EMG pode ajudar na determinação de se um músculo específico está participando na ação muscular. A relação entre a atividade eletromiográfica e a força muscular, depende de vários fatores, parece ser monotônica, no sentido de que um aumento na tensão é paralelo ao aumento de atividade mioelétrica, mas é não linear sob muitas circunstâncias (CHAFFIN, 2001).
18 17 Enfim, a EMG pode ser usada na avaliação do grau de esforço durante os testes de interrupção isométrica, pode ser empregada na avaliação da amplitude e regulação do início (de atividade) dos grupos musculares de sustentação, pode auxiliar na definição de serem os movimentos verdadeiramente passivos e podem empregar o EMG na observação dos efeitos do tratamento sobre padrões de resposta muscular e também nos recrutamentos de fibras musculares e a quantificação da atividade elétrica nos músculos analisados (O SULLIVAN, 1993) 3 JUSTIFICATIVA Nas últimas décadas, um número crescente de indivíduos tem se engajado em programas de atividades físicas, principalmente no treinamento resistido, na busca de uma melhor composição corporal, melhora na qualidade de vida e melhor desenvolvimento de força. Dentre os exercícios resistidos, existe um leque considerável de execuções, variações e angulações para os diferentes grupos musculares trabalhados. A eletromiografia tem se tornado um instrumento de pesquisa essencial, possibilitando calcular o papel dos músculos em determinados movimentos, através da quantificação da atividade elétrica muscular (MELO e CAFARELLI, 1994/1995, apud BOMPA, 2000). Este estudo visou quantificar a atividade elétrica de diversos tipos de exercícios resistidos (musculação) para um mesmo grupo muscular, pelo qual foram avaliados alguns tipos de execução que resultam em maior recrutamento de fibras musculares, oferecendo melhores resultados em relação à hipertrofia muscular, aumento da força e condicionamento neuromuscular localizado.
19 18 4 OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral Avaliar através da quantificação da atividade elétrica no músculo (Eletromiografia), o padrão de recrutamento de fibras musculares em diferentes tipos de exercícios de força para um mesmo grupo muscular Objetivos Específicos Identificar tipos de exercícios que sejam eficazes para determinados grupos musculares; Descobrir quais movimentos podem trazer melhores resultados para a hipertrofia de determinados grupos musculares; Conhecer que movimentos exigem mais ou menos tensão de um determinado músculo ou grupo muscular.
20 19 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 5.1 TIPO DE PESQUISA Pesquisa de campo comparativa com ensaio clínico randomizado. A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social, Psicologia da Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam freqüentemente a pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade. Como qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico. Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social (Franco, 1985;35) 5.2 ABORDAGEM METODOLÓGICA Foi avaliada a atividade elétrica de diferentes músculos durante variados tipos de exercício de força, como se segue: Os músculos esqueléticos selecionados para esta pesquisa foram: Bíceps Braquial (Porção longa); Tríceps Braquial (Porção Lateral); Deltóide Medial; Peitoral Maior.
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