Conheça o Médio Tejo. Entroncamento

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1 Médio Tejo

2 Conheça o Médio Tejo Entroncamento A excelente localização e acessos privilegiados do Médio Tejo convertem esta Região num destino turístico versátil, polivalente e complementar de Lisboa ou do litoral Oeste e de outras regiões, possibilitando ao visitante desfrutar de sensações únicas e inesquecíveis, só próprias de uma região não à beira-mar plantada. Servida pela A1 e A23, com o seu interior atravessado pelo IC3 e IC9, possui a maior placa giratória de transportes ferroviários do país localizada no Entroncamento, possibilitando rápidos e fáceis acessos. Na sua visita à cidade do Entroncamento não deixe de conhecer o Museu Nacional Ferroviário, um marco no estudo, conservação e valorização do património histórico, cultural e tecnológico ferroviário português. Visite também o Parque do Bonito, constituído por uma albufeira artificial, com uma pequena barragem e parque de merendas, o local ideal para passeios pedestres e piqueniques. 9 IC3 e IC9 2 5 castelos 5 rios

3 5 Castelos 5 Rios Convidamo-lo a seguir o curso dos rios do Médio Tejo e a deixar-se levar pelo seu caudal, perdendo-se à descoberta dos tesouros que esperam por si! Localizada privilegiadamente no centro de Portugal, a Região do Médio Tejo possui um vasto património, oferecendo diversos locais de visita de excepcional interesse, que fazem desta Região um território de elevado potencial turístico. Terra de 5 Castelos (Abrantes, Almourol, Ourém, Tomar e Torres Novas) e 5 Rios (Almonda, Alviela, Nabão, Zêzere e Tejo), o Médio Tejo detém uma oferta diversificada assente num passado repleto de história e tradição. Os seus 5 Castelos são inquestionavelmente notáveis testemunhos de séculos de património, envoltos em segredos, mistérios e lendas que fascinam quem por eles passa. À singularidade de cada um dos Municípios que compõem esta Região (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha) contrapõem-se os traços comuns que possuem entre si e que os tornam numa comunidade unida pelo mesmo horizonte de pertença e identidade. Região onde a natureza nos brindou, possui paisagens ímpares de beleza, que permitem ao visitante fruir experiências diversificadas e alternativas através do contacto privilegiado com a natureza. Se gostar de adrenalina e aventura, experimente os trilhos de um percurso Todo o Terreno ou um passeio de BTT, ou desfrute de uma descida de canoa no rio Zêzere. Se preferir uma viagem pelas nuvens, opte por uma experiência de pára-quedismo ou balonismo, que lhe possibilitará uma vista única sobre a Região, saboreando a sensação de ter o Médio Tejo a seus pés! Nesta Região, à doçura das suas gentes, alia-se uma atmosfera acolhedora, uma vasta e diversificada gastronomia e uma doçaria de fazer crescer água na boca. O Médio Tejo está preparado para o receber, atento às exigências dos seus visitantes, com grande expectativa de que na hora da partida, já sinta vontade de regressar! 5 castelos 5 rios 3

4 Castelo de Abrantes Importante elemento da impressionante linha defensiva de que os Templários dotaram o curso médio do rio Tejo, manteve a sua importância estratégica e militar ao longo da sua história. Terá sido mandado construir por D. Afonso Henriques, na segunda metade do século XII, aquando da Reconquista. Apesar de se ignorar a sua fisionomia original, é possível que a influência templária tivesse dado o seu contributo para a adopção de um esquema inteiramente românico. A sua torre de menagem foi mandada construir por D. Dinis, em 1300, sendo hoje um extraordinário miradouro, permitindo uma panorâmica da região com um ângulo de 360º, de onde se contemplam as paisagens sobre a lezíria ribatejana, a charneca alentejana e as serranias da Beira. O Castelo foi alvo de sucessivas reconstruções e ocupações militares, sendo no século XV adaptado para albergar o palácio dos condes de Abrantes, que terá sido mandado construir pelo Alcaide-mor de Abrantes, Diogo Fernandes de Almeida, seguindo o ímpeto da nobreza da época. Abriga no seu perímetro a Igreja de Santa Maria do Castelo, um interessante templo quatrocentista, classificada como Monumento Nacional em 1910, foi panteão familiar dos Condes de Abrantes, possuindo um notável conjunto de arte tumular gótica, dos melhores exemplares que podemos encontrar em Portugal. Esta Igreja acolhe actualmente o Museu D. Lopo de Almeida, onde se pode contemplar, em exposição permanente, consideráveis colecções de estatuária sacra e um espólio arqueológico interessante, recolhido no concelho de Abrantes. Ao nível das paisagens naturais, destaque para o Jardim do Castelo, fundado no final do século XIX, espaço muito aprazível para um passeio ou uma leitura descontraída, observando a biodiversidade e, quem sabe, saborear a famosa Palha de Abrantes ou uma Tigelada, duas iguarias a provar na sua visita a esta cidade. De realçar também o Parque de S. Lourenço, um espaço natural dentro do perímetro urbano da cidade, que coloca à sua disposição vários serviços complementares como percursos pedonais, ciclovia, parque infantil e de merendas, parede de escalada, bicicletas, lago artificial e um café/restaurante. Vagueie no encanto das ruas estreitas e floridas de Abrantes, vá até ao centro histórico e deambule pelas suas Praças e Largos de importante interesse histórico e artístico, locais onde a arte e as pessoas convivem em harmonia. 4 5 castelos 5 rios

5 CENTRO HISTÓRICO 5 castelos 5 rios 5

6 Castelo de Almourol Considerada uma das mais belas e originais fortalezas existentes em Portugal, a sua implantação invulgar é um exemplo do arrojo da arquitectura militar templária. Edificado por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários em 1171, encontra-se implantado num afloramento de granito, constituindo-se numa pequena mas enigmática ilha no curso médio do rio Tejo, que era uma das vias de penetração inimiga. A sua localização suis generis transforma a sua visita numa entusiasta aventura. Em termos planimétricos, a opção foi por uma disposição quadrangular dos espaços e dentro das suas muralhas é possível admirar alguns traços da arquitectura militar templária que ainda conserva. As suas altas muralhas estão protegidas por nove torres circulares adossadas que envolvem a torre de menagem quadrangular, o centro nevrálgico de toda a estrutura. Mergulhando no imaginário de lutas e batalhas em que cavaleiros da Ordem do Templo participaram, tente viajar até ao século XII, antes da chegada de D. Afonso Henriques, quando o Castelo de Almourol tinha como Senhor um emir árabe que dava pelo nome de Almorolon, do qual há quem diga que a fortaleza tomou o nome. Classificado Monumento Nacional em 1910, foram efectuados novos restauros entre 1940 e Actualmente é propriedade do Ministério da Defesa e a sua manutenção está a cargo da Escola Prática de Engenharia de Tancos. Se pretender chegar ao castelo de barco vá até Tancos, considerada uma das vilas mais floridas da Europa. A sua zona ribeirinha e o seu cais enquadram-se num cenário paisagístico ímpar e aí surpreenda-se com o passeio fluvial à sua disposição, com embarque no Cais D'El Rei, uma viagem de sonho ao Castelo de Almourol! Para além da formosura do seu enquadramento natural, Tancos possui um riquíssimo património arquitectónico, característicos de uma terra de pescadores e de devoção, tendo sido um importante porto fluvial no século XVI. Prolongue a sua visita até Vila Nova da Barquinha e frua de agradáveis momentos de descontracção, aproveitando os vários espaços de recreio e lazer existentes no Barquinha Parque, considerado um ícone desta vila. Este espaço substitui os velhos nateiros do Tejo por um imenso prado verde onde crescem cerca de 700 árvores. A sua área de 10 hectares contempla equipamentos desportivos, espaços lúdicos para crianças e percursos ribeirinhos. A Barquinha cativa igualmente pela Praça de Touros, datada de 1853, é a segunda mais antiga do país, o grande orgulho da vila que vibra com a festa tauromáquica. Em Tancos, a 15 de Agosto, decorre a Festa do Rio e das Aldeias, em que os festejos se dividem pelas duas margens do rio, unindo Tancos ao Arripiado. Merece também uma visita a Igreja Matriz da Atalaia monumento nacional e um dos mais belos exemplares da arquitectura renascentista em Portugal. 6 5 castelos 5 rios

7 CENTRO HISTÓRICO 5 castelos 5 rios 7

8 Castelo de Ourém Ourém foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques em 1136, tendo o primitivo ⓫ Castelo sido originalmente edificado entre os séculos XII e XIII. Considerado um dos mais belos castelos portugueses, ergue-se imponente no alto da cidade, obrigando a subir uma íngreme ladeira que atravessa a parte velha de Ourém. Reza a história que o nome do concelho surgiu graças a uma moura, de nome Fátima, que se apaixonou por um cavaleiro templário e se converteu ao cristianismo, adoptando o nome de Oureana. Posteriormente, foi construído o ⓬ Paço do Conde, obra patrocinada por D. Afonso, 1.º Marquês de Valença. Construído entre 1450 e 1460, este paço é considerado uma das mais inovadoras obras da arquitectura militar do século XV português, sendo igualmente perceptível na sua estrutura influências da arquitectura militar italiana da época. O castelo é formado por três torres quadrangulares e comporta um recinto triangular, delimitado por muralhas com as torres nos ângulos, duas das quais a norte, com alçapão formado no meio da abóbada de cobertura, e uma terceira a sul, com portas que comunicam com o interior e o exterior do castelo. A torre voltada a noroeste exibe cachorradas quatrocentistas de influência Italiana. O centro do recinto abriga uma cisterna que conserva água durante todo o ano, razão pela qual se diz nunca se ter rendido a qualquer cerco inimigo. Classificado como Monumento Nacional em 1910, foi restaurado pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), sendo propriedade da Fundação Casa de Bragança. Na sua visita ao castelo é inevitável que prove a famosa ginginha de Ourém, um néctar de fazer bradar aos Deuses! Para melhor entender o contexto das aparições não poderá deixar de visitar o ⓭ Museu Municipal de Ourém Núcleo da Casa do Administrador, no centro da cidade de Ourém. Pela proximidade geográfica, estenda a sua visita até à cidade de Fátima, um lugar de peregrinação religiosa que reúne diversos locais de interesse religioso, histórico e cultural. Visite o ⓮ Santuário de Fátima e sinta o conforto espiritual que este local transmite. Conheça também a ⓮ Igreja da Santíssima Trindade, uma obra de engenharia de considerável impacto nacional e internacional e de enorme significado simbólico. 8 5 castelos 5 rios

9 CIDADE VELHA 9 Fátima IC3 e IC9 5 castelos 5 rios 9

10 Castelo de Tomar ⓯ Sentinela da cidade de Tomar, é considerado uma das mais importantes edificações militares portuguesas do século XII. Guarda no seu interior o ⓰ Convento de Cristo, um monumento de enorme grandeza e História, formando em conjunto, um exemplar único no seu género, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO em A sua edificação prendeu-se com uma questão de estratégia militar, derivada da necessidade de estabelecer um ponto forte de resistência nas zonas fronteiriças com territórios na posse dos muçulmanos. Gualdim Pais, Mestre do Templo, foi o grande responsável pela construção deste castelo, considerado um dos maiores redutos defensivos construídos em território português. A sua construção teve início a 1 de Março de 1160, data em que ainda hoje se celebra o dia da cidade de Tomar. Dos elementos românicos mais significativos que compõem a fortaleza, destaque para a torre de menagem, que tem em Tomar o seu testemunho mais antigo, e o alambor, dois dispositivos militares introduzidos no nosso país pelos Templários. Pela sua história, esconde grandes mistérios que muitos tentam desvendar. Desafiamo-lo a tentar descobri-los! Há quem fale na existência do tesouro dos Templários e Tomar é sem dúvida o local privilegiado para, porventura, o encontrar. Não deixe de visitar também o ⓳ Aqueduto dos Pegões, mandado construir por Filipe I para permitir o abastecimento de água do Convento de Cristo. O Aqueduto prolonga-se por uma extensão de 6 quilómetros, e a sua construção iniciou-se em 1593 com Filipe Terzi, sendo concluída em 1613 por Pedro Fernandes Torres. De seguida, convidamo-lo a descer à cidade e a visitar a ⓱ Mata Nacional dos Sete Montes, a antiga cerca dos freires do Convento de Cristo, que se estende por 39 hectares murados e conta com enorme variedade de espécies vegetais. Faça uma merecida pausa e, no centro histórico, delicie-se com as afamadas Fatias de Tomar ou um Beija-me Depressa, dois símbolos na doçaria tomarense. Como outros locais de interesse sugerimos uma visita à ⓲ Igreja de S. João Baptista, com o seu magnífico pórtico manuelino, e a ⓴ Sinagoga, o melhor e mais antigo exemplar arquitectónico da cultura judaica que possuímos no nosso território castelos 5 rios

11 CENTRO HISTÓRICO 9 IC3 e IC9 5 castelos 5 rios 11

12 Castelo de Torres Novas O Castelo de Torres Novas é um marco da arquitectura militar medieval, que cumpria funções de estrutura defensiva e de marco de ocupação e organização do território. No final do século XII, com a reconquista definitiva da vila aos mouros, D. Sancho I reconstruiu o castelo, dotando-o de onze torres, tal como o vemos hoje. No século XIV, das guerras entre Castela e D. Fernando I resultou grande destruição das defesas da vila, obrigando o rei a reconstruir as muralhas e a cerca, da qual ainda hoje resta um troço considerável que pode ser visto em determinadas zonas do centro histórico, como no pátio do Museu Municipal ou nas imediações do castelo. O terramoto de 1755 destruiu boa parte das torres e, nesse século, a alcaidaria passou a cadeia. Durante o século XIX, o castelo foi vítima de maus-tratos e demolições e, em 1835, foi transformado em cemitério municipal. Em 1910 foi classificado Monumento Nacional. Todavia, nos anos 20 e 30, o castelo encontrava-se em avançado estado de degradação, o que levou a que, na década de 40, a Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais iniciasse grandes obras de restauro. Desde então, o castelo desempenha a função de símbolo histórico com utilização cultural e de fruição turística. Desde 2005, o castelo de Torres Novas tem vindo a ser submetido a trabalhos de restauro e conservação e de requalificação da zona envolvente, concluídos recentemente. Desça, depois, até à Praça 5 de Outubro, o coração do centro histórico da cidade, e aproveite para relaxar numa das várias esplanadas que tem ao seu dispor ou visite o comércio tradicional. Nas proximidades da cidade, não deixe de visitar as ruínas romanas da Vila de Cardílio (a 2km de Torres Novas). Esta estação romana, que terá sido ocupada entre os séculos I e IV d.c., tem sido palco de escavações efectivas a partir da década de 1960 e, dos vestígios que chegaram até nós, destaca-se o mosaico onde se observam as efígies e o nome de dois dos prováveis proprietários deste vasto complexo: Cardílio e Avita castelos 5 rios

13 CENTRO HISTÓRICO 5 castelos 5 rios 13

14 Rio Almonda Nasce na povoação com o mesmo nome, na zona do arrife da Serra de Aire. No seu percurso de 30km atravessa os municípios de Torres Novas e da Golegã, onde desagua na margem direita do Tejo. Quando falamos do Almonda, não podemos deixar de referir a gruta da nascente do Almonda, com condições singulares para a prática da espeleologia. Esta gruta é constituída por uma rede de galerias subterrâneas, umas fósseis e outras em actividade, que se prolongam por uma extensão de cerca de 8km. Nesta gruta, abundam os vestígios de ocupações sucessivas, desde o Paleolítico à época Romana. A riqueza dos artefactos pré-históricos encontrados confere à gruta da nascente do Almonda o estatuto de santuário arqueológico, sendo visitada, anualmente, por grande número de espeleólogos, provenientes de todo o país. Foi pela proximidade de água potável que os primeiros habitantes se estabeleceram na região. O rio desempenhava um papel crucial nas actividades rurais: era fonte da rega dos campos e energia para moinhos de água. Ainda hoje, vários são os engenhos hidráulicos que podemos encontrar ao longo das margens do rio, como é o caso das tarambolas. Em pleno centro da cidade poderá usufruir do rio e das suas margens. Aproveite para passear no Jardim das Rosas. Sente-se num dos seus bancos e relaxe! Retemperadas as forças, continue a sua visita e conheça a Reserva Natural do Paul do Boquilobo, um importante santuário natural. Localizada na confluência entre o Almonda e o Tejo, possui um elevado valor ornitológico, dado que acolhe o mais importante garçal do território português, especificidade que lhe confere o estatuto de membro da Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO. Aventure-se no passeio pedestre existente e vá à descoberta da Reserva! Ainda ao nível do património natural, conheça também o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios, localizado na vertente oriental da Serra de Aire, a cerca de 10km de Fátima e a 16km de Torres Novas. Esta jazida paleontológica de pegadas de dinossauros compreende vários trilhos de pegadas de saurópodes do Jurássico médio (há cerca de 175 milhões de anos), constituindo o mais longo registo mundial de pegadas deste tipo de dinossauros. Foi classificada como Monumento Natural em 1996 e faz parte da Lista Nacional de Sítios da "Rede Natura castelos 5 rios

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