DESIGUALDADES REGIONAIS EM MATO GROSSO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS NACIONAIS Curso de Especialização em Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais. DESIGUALDADES REGIONAIS EM MATO GROSSO Marilene dos Santos Marchese CUIABÁ 2010

2 MARILENE DOS SANTOS MARCHESE DESIGUALDADES REGIONAIS EM MATO GROSSO Trabalho final apresentado ao Curso de Especialização em Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais Monografia como requisito para aprovação. Orientador: Roberto Luís Melo Monte-Mór CUIABÁ

3 DEDICATÓRIA Dedico ao meu amado esposo João Carlos Laino que compreendendo a importância deste trabalho compartilhou das minhas idéias, dos meus sonhos e ideais e ainda, com muito carinho me incentivou a prosseguir; Dedico a minha família que compreendeu a minha ausência nas reuniões familiares de final de semana e que comemoraram comigo a conclusão deste trabalho; Dedico as minhas amigas e colegas de curso, Cláudia Ourives e Cristhiane Ventresqui Guedes, que compartilharam dos mesmos objetivos, qual seja, elaborarmos cada qual, um trabalho que contribuísse no desenvolvimento e na institucionalização da participação social em Mato-Grosso; Dedico ao Ex-Governador do Estado de Mato Grosso Senhor Blairo Maggi, ao Ex-Secretário de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Senhor Yênes Magalhães e ao Secretário de Estado de Cultura Senhor Oscemário Daltro pela indicação ao Conselho Nacional das Cidades, permitindo a minha participação no Curso de Especialização em Democracia participativa Social que resultou neste trabalho; Dedico também a minha amiga e companheira Gestora Governamental e Secretária Adjunta de Planejamento Senhora Regiane Berchieli, que sempre me incentivou e apoiou nas ações desenvolvidas na Secretaria de Planejamento do Estado de Mato Grosso. 3

4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que me concedeu vida, saúde e inteligência para buscar as informações necessárias e verdadeiras para elaborar a análise que deu origem a este trabalho; Agradeço ao meu Tutor Alessandro Resende que me incentivou durante o curso; Agradeço ao meu Orientador Professor Roberto Luiz Melo Monte-Mor que contribuiu muito durante a elaboração deste trabalho com seu amplo conhecimento do estado de Mato Grosso e pela oportunidade de conhecer duas de suas obras O que é o urbano no mundo contemporâneo e Outras fronteiras: novas espacialidades na urbanização brasileira ; Agradeço a Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso na pessoa do seu Presidente Senhor José Riva, que através do seu trabalho realizado em 2003, pude dar início a esta obra; Agradeço a Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral do Estado de Mato Grosso na pessoa do seu Secretário Senhor Arnaldo Alves de Souza, que me permitiu participar ativamente dos Fóruns Regionais, do MT+20, das Conferências das Cidades de Mato Grosso e pelos dados disponilizados; Agradeço ao Conselho Nacional das Cidades na pessoa do seu Presidente Márcio Fortes do qual sou membro e procuro exercer a minha participação de forma democrática e pró-ativa; Agradeço a Presidência da República na pessoa do Senhor Kleber Gesteira Matos por entender a necessidade de ter Conselheiros Nacionais capacitados em Democracia Participativa e Social, proporcionando esta oportunidade e dando condições para que concluíssemos; Agradeço também a Universidade de Minas Gerais em especial ao Coordenador do Curso Profº Leonardo Avritzer pela qualidade do material disponibilizado, pelo empenho e condução do processo de formação; Agradeço mais, a todos os professores que dedicaram tempo e disponibilizaram conhecimento. 4

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7 SIGLAS ALEMT - Assembléia Legislativa de Mato Grosso BASA - Banco da Amazônia S.A BB - Banco do Brasil BDN - Banco de Desenvolvimento do Nordeste BF - Bolsa Família BNB - Banco do Nordeste do Brasil BNDE - Banco Nacional dc Desenvolvimento Econômico CHESF - Centrais Hidroelétricas do São Francisco EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FCO - Fundo Constitucional do Centro-Oeste FNE - Fundo Constitucional do Nordeste FNM - Fabrica Nacional de Motores FNO - Fundo Constitucional do Norte GTDN - Grupo de Trabalho para Desenvolvimento do Nordeste IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INFRAERO - Empresa de Infra-instrutora Aeroportuária IPI - Imposto Produtos Industrializados IRPJ - Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica JK - Juscelino Kubistchek OCB Organização das Cooperativas Brasileiras PIB - Produto Interno Bruto PIN - Plano de Integração Nacional PND - Plano Nacional de Desenvolvimento POLOAMAZÔNIA - Programa de Pólos Agropecuários e Agro minerais da Amazônia (1974) POLOCENTRO - Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (1975) PROTERRA - Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste (1971) SPVEA - Superintendência do Plano de Valorização econômico da Amazônia SUDAM Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia SUDECO - Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste SUFRAMA - Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus 7

8 Sumário 1- APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS Termos Histórico-Culturais Evolução Regional e suas Influências Desenvolvimento e Crescimento: Assimetrias Sociais e Regionais: Desigualdades Regionais no Panorama nacional: Evolução dos Municípios e sua Expansão Espacial ASSIMETRIAS REGIONAIS A Relevância da Pecuária A mecanização agrícola: A agroindústria O PIB microrregional Uma aproximação de indicador de desenvolvimento A população COMENTÁRIOS FINAIS E RESULTADOS Comentários Finais Resultados MAPAS E CARTOGRAMAS Regiões de Planejamento do Estado de Mato Grosso Eixos de Penetração e Ocupação de Mato Grosso CARTOGRAMA 01: Desigualdade Regional em Mato Grosso CARTOGRAMA Nº 02: Microrregiões do IBGE CARTOGRAMA Nº 03: Consórcios Intermunicipais de Saúde-SESU/MT CARTOGRAMA Nº 04: Cons. Intermunicipais de Desenv.Econ. e Social-AMM CARTOGRAMA Nº 05: Municípios Fundados de 1991 aos dias atuais CARTOGRAMA Nº 06: Mapa Rodoviário 1982 Rodovias Asfaltadas CARTOGRAMA Nº 07: Mapa Rodoviário 2008 Rodovias Asfaltadas CARTOGRAMA Nº 08: Efetivo Bovino em 1996 e CARTOGRAMA Nº 09: Taxa de Crescimento Populacional CARTOGRAMA Nº 10: Taxa de Crescimento Populacional CARTOGRAMA Nº 11: Percentual de Pessoas no Programa Bolsa Família QUADROS QUADRO Nº 01- Regionalização do Mato Grosso em QUADRO Nº 02 - Regionalização do Mato Grosso em QUADRO Nº 03 - Regionalização do Mato Grosso em QUADRO Nº 04 - Média de anos de estudo e do rend. médio mensal em salário mínimo da pop. ocupada, por cor segundo as Gdes Regiões e Unid.da Fed. em 1995 e QUADRO 05: MT - Municípios Criados por Período da História Nacional QUADRO Nº 06: Principais Espécies Florestais Plantadas em MT,

9 QUADRO Nº 07: Evolução da relação habitantes por veículos, QUADRO Nº 08: Classificação da intensidade de crescimento regional QUADRO 09: Classificação da intensidade melhoria de condições de vida QUADRO Nº 10: Comparativo dos result. classif., por períodos aproximados QUADRO Nº 11: Municípios em Ordem alfabética por Microrregiões de Consórcio QUADRO Nº 012: Evolução da Divisão Regional do Brasil QUADRO Nº 013: Mun. de MT por Microrregiões em 1980, 1996, 2000 e QUADRO Nº 14: Área(km2) das Microrregiões de MT em QUADRO Nº 15: MT e Microrregiões: Estabel.Agrop.totais e áreas em há QUADRO Nº 16: Reb. Bov. das Microrregiões de MT em 1986, 1995, 1996 e QUADRO Nº 17: Bovinos por Km2 nas Microrregiões de MT QUADRO Nº 18: Mecanização Agrícola(tratores) por Microrregiões de MT QUADRO 19: Área Colhida Km2 de Arroz, Algodão, Milho, Cana e Soja QUADRO Nº 20: Receitas Agropecuárias das Microrregiões QUADRO Nº 21: Cons. de Energia(KW) Elétr. Industr. por Microrregiões de MT QUADRO Nº 22: Número de Cooperativas em MT por Microrregiões em QUADRO Nº 23: Cuiabá, intensidade de relacionamento de grandes empresas (2004). 79 QUADRO Nº 24: Produto Interno Bruto(PIB) a preços correntes e PIB per capita das Microrregiões de MT QUADRO Nº 25:Frota de Veículos segundo as Microrregiões de MT QUADRO Nº 26: População de Mato Grosso por Microrregiões QUADRO 27: População taxa geométrica crescimento anual QUADRO Nº 28: Densidade Demográfica de Mato Grosso por Microrregiões QUADRO Nº 29: Mortal.Inf.por nasc. vivos, MT e Microrregiões nos triênios GRAFICOS Gráfico nº 02 - Mecanização agrícola (tratores) do Mato Grosso Gráfico nº 03 - Total de tratores nas Microrregiões do Alto Teles Pires, Rondonópolis, Parecis, Canarana, Tesouro, Primavera do Leste e Sinop Gráfico nº 04 - Consumo de energia (kwh) elétrica industrial em Mato Grosso Gráfico nº 05 - Consumo de Energia (kwh) Elétrica Industrial nas Microrregiões de Mato Grosso Gráfico nº 06 - População total de MT Gráfico nº 07 Pop.tx geométr.crescimento anual do Brasil e Mato Grosso Gráfico nº 08 - Mortalidade infantil por nascidos vivos, no Mato Grosso e nas Microrregiões no triênio, Gráfico nº 09 - Pessoas Benef.pelo Progr.Bolsa Fam.em MT e Microrregiões BIBLIOGRAFIA

10 1- APRESENTAÇÃO Habilidades para tratar pessoas e compreender seus problemas de convivência nos diversos ambientes sociais é um dom que herdei de meu pai, senhor Neco Santos, cuja história de vida pode ser conhecida no site oficial do governo do Estado de Mato Grosso, Portanto desde muito pequena, por ter nascido em uma cidade do interior, estive envolvida em eventos religiosos e políticos, acompanhando pessoas que chegavam e partiam de Nobres para outros municípios, sempre em busca de uma vida melhor. Eram famílias inteiras de retirantes atraídos pela possibilidade de alcançar independência econômica através de um pedaço de terra e financiamento para produzir. Chegavam sujos e famintos, recebiam de meu pai, abrigo, alimento e orientações das mais diversas naturezas. Foi assim que me apaixonei pelas causas das pessoas mais humildes e aprendi a conhecer seus sonhos, desejos e angustias. Meu estilo de vida já na infância determinou o que seria ao crescer e tornar-me adulta. Tenho feito minha carreira profissional, sempre atuando junto ao governo de meu Estado nas mais diversas funções, porém com um ponto em comum, lidar com gente, sempre. Assim, meu primeiro trabalho foi em um hospital de Cuiabá onde me destaquei prestando assistência as pessoas enfermas. Prestei serviços também no centro cirúrgico onde assistindo a partos, recebia os recém nascidos para encaminhar ao berçário, oportunidade em que compartilhava da alegria das famílias. Como Assessora governamental, participei ativamente da organização e realização de fóruns regionais para a elaboração do Plano Plurianual do Estado de Mato Grosso. Os fóruns regionais são mecanismos de ampla participação social e política, local onde se constrói com a colaboração da sociedade organizada o planejamento participativo região por região, discutindo setores de saneamento, habitação, transporte, segurança, saúde, educação, enfim, todos os assuntos inerentes a vida de uma cidade. Neste contexto de participação criei e consolidei um elo junto às entidades representativas de meu Estado, fato que me propiciou estreitar e consolidar laços com os 10

11 movimentos sociais e institucionais estabelecidos, iniciando daí por diante, uma trajetória de vida totalmente vinculada ás questões e ações de políticas públicas participativas e educacionais. É certo que a escolha do tema Desigualdades Regionais foi influenciada pelos meus oito anos de trabalho na Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral de Mato Grosso, na realização dos Fóruns Regionais, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Conferência das Cidades e MT+20. Durante o exercício de minhas atividades profissionais pude ter contato com tais diferenças em diversas oportunidades, porém a mais contundente foi no processo de elaboração do chamado MT+20, um planejamento de longo prazo para o Estado. Participei ativamente da mobilização e das oficinas e pude perceber o quanto as desigualdades interferem no desenvolvimento municipal e regional, assim também ficou evidente que não há como discutir desenvolvimento e futuro sem considerar as relações locais com a região, país e até com o mundo. Penso ser oportuno chamar a atenção para a importância de buscar a compatibilização entre a participação direta ou semi-direta com a representação política voltada para os interesses populares. Acredito que seja relevante agregar a sugestão de ampliação da acessibilidade e da transparência das informações. Esta permitirá extrapolar a discussão realizada no âmbito dos fóruns e atingir o governo como um todo e a população em geral. A comunicação deve substituir a intenção de conscientização das comunidades, postura que a meu ver mantém, ainda, o caráter centralizador e hierárquico de um poder que se sobrepõe, em lugar de se adequar, às condições e práticas populares. O entendimento de que a participação nesse processo é fundamental já é uma realidade, mas a sua ativação deve ser desenvolvida. A questão da cidadania sempre esteve dependente do acesso à informação, mas, o que se percebe hoje é que a população ainda não sabe que tem responsabilidade e poder de reivindicar a participação nos destinos das cidades. Nos estudos de casos efetivados percebi que os municípios, através de seus programas de modernização administrativa, tem investido em ações que vão da capacitação dos servidores à adoção de novas tecnologias de informação passando pela valorização das pessoas e investindo na qualidade do atendimento ao público. 11

12 Tudo isto resultou num trabalho realizado com o prazer de demonstrar através de números e informações estatísticas, a realidade de meu Estado. A leitura e o cruzamento das informações contidas nos diversos quadros, cartogramas e gráficos permitirá infinitas interpretações que responderão perguntas intrigantes, por exemplo: Como no mesmo espaço nacional, sob as mesmas leis, regime tributário, mesma língua, cultura quase homogênea, mesma base monetária, mesmas taxas de câmbio e financeiras, poucas diferenças climáticas, etc.., apresentam resultados tão diferenciados? Boa leitura. 12

13 2- INTRODUÇÃO Desde o final de século passado, a economia mundial nos impõe o fenômeno da globalização, que trouxe à cena as chamadas cidades mundiais, estimulando um movimento migratório sem precedentes na história da humanidade, provocando nas pessoas uma total perplexidade que transcende o apego às raízes, para ser uma metáfora da dimensão que o lugar onde se vive e trabalha ocupa na vida das pessoas. Esse movimento mundial exige um novo modelo de Estado, que pressupõe uma estratégia de enxugamento de sua estrutura, caracterizando um Estado com perfil mais voltado para a definição de políticas públicas, e para as articulações da sua execução, resultando num processo de ampla descentralização baseada na participação dos setores econômicos e sociais envolvidos e na relação de co-responsabilidade das partes com os poderes públicos. No Brasil, fracassos, tensões crescentes e polêmicas, acompanham o desenvolvimento urbano das duas ultimas décadas. O País rural dos anos 40, definitivamente não existe mais, em seu lugar surgiu um labirinto de aglomerados urbanos onde a disparidade da distribuição de renda, combinada com a imprevidência dos planejadores, criou distorções das mais inquietantes. A insustentabilidade do sistema fica evidenciada pela falta de quase tudo; segurança, transporte, hospitais, saneamento básico, escolas e áreas de lazer entre outros. Nesse contexto, não há como deixar de inserir o Estado de Mato Grosso, com inúmeros agravantes; estradas precárias, parque industrial insipiente, comércio e serviços sem condições de alavancar nosso potencial turístico, atividades extrativas e pecuárias em franca decadência. Não se pode enfrentar tais problemas com métodos tradicionais e conhecidos, que nos trouxeram para este status quo, e que certamente não poderá nos tirar dele. O arquiteto Wintold Rybezynski, especialista em urbanismo, autor do livro Vida nas Cidades, numa linguagem direta diz que: as cidades são artefatos, ou seja, construções da racionalidade urbana e da sua inquestionável vocação para criar riquezas. São exatamente estes predicados que devemos procurar exercitar em busca de êxito na solução de nossos problemas coletivos. 13

14 Os problemas quando encarados seriamente, criam oportunidades de progresso. Um balanço das recentes realizações em que a efetiva participação da sociedade organizada aconteceu demonstrará que os resultados não apenas beneficiam as populações locais, mas criaram uma saudável relação de vasos comunicantes com o conjunto da sociedade brasileira. Exemplos dessa realidade estão por toda parte, são evidências que um novo ciclo de evolução esta a caminho, cujos principais atores, são a população organizada, em conjunto com setores públicos conscientes das propostas populares. Os Planos Diretores devem ser desenvolvidos sob a ótica do desenvolvimento, considerando as relações micro e macro regionais, as influências internas e externas na sua maior amplitude, e preciso levar em conta os aspectos culturais e antropológicos, bem como, as diferenças e desigualdades. Como verdadeiros instrumentos de planejamento devem desenhar o futuro com precisão, antevendo as dificuldades e as soluções. Não é mais possível que Planos Diretores continuem a ser feitos apenas para cumprir exigência da Lei e para conseguir recursos públicos. Nesse ambiente é que se faz necessário buscar a participação da sociedade para a construção de um modelo de desenvolvimento planejado, que atenda seus anseios, promovendo a co-responsabilidade na implantação de políticas traçadas conjuntamente, portanto de forma sustentada e permanente, definindo com os atores envolvidos, o futuro que se deseja. 14

15 3- ASPECTOS HISTÓRICOS 3.1-Abordagem do Problema : A primeira publicação específica sobre o tema de desigualdades inter-regionais no Mato Grosso, ocorreu em novembro de Naquela época, utilizando-se de diferentes fontes de informações municipais 2, agrupadas por microrregiões, ficou demonstrado que o processo de crescimento econômico e desenvolvimento humano não ocorriam, com o mesmo ritmo e intensidade no espaço estadual, apresentando uma tendência a aprofundar as desigualdades. A característica nacional de desenvolvimento desigual foi reproduzida no espaço estadual, fato inicialmente indicado e constatado pela diferenciação interna. Assim, a novidade de agregar municípios por microrregiões, para criar melhor escala espacial de análise, técnica usada para a construção das regiões do trabalho citado, permitiu perceber melhor a realidade estadual, pois os dados estaduais, que demonstram taxas de crescimento econômico acima das nacionais, é uma média que esconde as diferenças intermunicipais e regionais, passando uma errônea impressão do homogêneo desenvolvimento do Mato Grosso que o permitir um comparativo por microrregiões do IBGE, utilizando os dados como estudo referencial, retratou o período da "passagem do milênio", época de altas taxas de crescimento econômico, e a publicação acabou apresentando uma classificação regional: REGIÕES EM REGRESSÃO OU ESTAGNADAS: Alto Pantanal (Barão de Melgaço, Curvelândia, Cáceres e Poconé), Alto Paraguai (Alto Paraguai, Arenápolis, Nortelândia, Nova Marilândia e Santo Afonso) Rosário do Oeste (Acorizal, Jangada e Rosário Oeste) e Norte do Araguaia (Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia, Canabrava do Norte, Confresa, Luciara, Novo Santo Antonio, Porto Alegre do Norte, Ribeirão da Cascalheira, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, São energia elétrica, etc.. 1 ALE/MT. Desigualdades Regionais em Mato Grosso. Cuiabá, Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Demografia, receita dos Censos Agropecuários, rebanho bovino, mecanização agrícola, valor adicionado, IDH, consumo de 15

16 Félix do Araguaia, São José do Xingu, Serra Nova Dourada e Vila Rica) 3 ; REGIÕES COM BAIXO DINAMISMO: Cuiabá (Chapada dos Guimaráes, Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande), Jauru (Araputanga, Figueirópolis Oeste, Glória D'Oeste, Indiavai, Jauru, Lambari D'Oeste, Mirassol D'Oeste, Porto Experidião, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Saldo do Céu, São José dos Quadro Marcos), Alto Guaporé (Conquista D 'Oeste, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda, Vale do São Domingos, Vila Bela da Santíssima Trindade), Tesouro (Araguainha, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Poxoréu, Ribeirãozinho, Tesouro, Torixoréu, Guiratinga, General Carneiro), Paranatinga (Gaúcha do Norte, Paranatinga, Nova Brasilândia e Planalto da Serra); REGIÕES COM MODERADO DINAMISMO: Arinos (Juara, Nova Maringa, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos, São José do Rio Claro e Tabaporã); Aripuaná (Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Cotriguaçú, Colniza, Juína, Juruena e Rondolândia), Colider (Colider, Guarantã do Norte, Matupá, Nova Canãa do Norte, Nova Guarita, Peixoto deazevedo, Terra Nova do Norte, Novo Mundo), Médio Araguaia (Araguaiana, Barra do Garças e Cocalinho), Alta Floresta (Alta Floresta, Apiacás, Carlinda, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Paranaíta), Canarana (Água Boa, Campinápolis, Canarana, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo São Joaquim, Querência, Santo Antonio do Leste), Tangará da Serra (Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia, Porto Estrela, Tangará da Serra); REGIÕES DINÂMICAS: Primavera do Leste (Primavera do Leste e Campo Verde), Parecis-Alto Teles Pires 4 (Campo Novo dos Parecis, Campos de Julio, Comodoro, Diamantino, Sapezal, Lucas do Rio Verde, Nobres, Nova Mutum, Nova Ubiratan, Santa Rita do Trivelato, Sorriso, Tapurah), Alto Araguaia (Alto Araguaia, Alto Garças e Alto Taquari), Rondonópolis (Dom Aquino, Itiquira, Jaciara, Juscimeira, Pedra Preta, Rondonópolis, São José do Povo, São Pedro da Cipa) e, Sinop (Cláudia, Itaúba, Mareelândia, Santa Carmem, Nova 3 Nesta classificação, a base estatística então disponível, ainda não captava em sua totalidade as rápidas transformações que ocorriam no Norte Araguaia, microrregião que ampliava rapidamente o número de municípios. 4 São duas microrregiões que foram aglutinadas para análise. 16

17 Santa. Helena, Sinop, União do Sul, Vera e Feliz Natal). Desta forma, utilizando as estatísticas disponíveis até 2001, que refletiam a dinâmica do final do século passado e sintetizava as desigualdades regionais no Mato Grosso 5. (ver cartograma nº 1) 3.2-Termos Histórico-Culturais Sem ter a pretensão de querer esgotar o assunto, recorda-se que o termo região tem múltiplas interpretações. Tanto pode ser indicativo de um domínio do meio natural (as bacias hidrográficas, as savanas, a caatinga, a floresta equatorial, a Mata Atlântica, o domínio da araucária, etc.), quanto as áreas com raízes histórico-culturais determinantes (América Latina, países Bascos, recôncavo baiano.), ou, de áreas urbanas conturbadas ou metropolitanas (São Paulo, Cidade do México). Também o termo pode ser usado com objetivos de aplicação de políticas públicas especificas, em áreas bem definidas, como, as regiões para reforma agrária, regiões de faixa de fronteiras, regiões de endemias (malária, febre aftosa, etc.). As diferentes aplicações da palavra sempre têm em comum que seja uma área perfeitamente localizada, com continuidade que possa ser individualizada, delimitada, que tenha características peculiares que a diferenciem do todo, ou, diferenciação construída por um sistema de análise, tanto próprias do meio natural, como geradas no seu processo de formação sócio-econômico. Afirma-se, que a região não é o mesmo que um espaço econômico, que pode ser descontínuo. Na região encontram-se atividades econômicas, geralmente compartilhadas por outros espaços, no dinâmico processo de produção, distribuição e apropriação de valores, nela gerados ou intercambiados com regiões limítrofes ou distantes, nacionais ou fora do país. Quando na região predomina uma atividade econômica por muito tempo, ela "molda" a região, pelo capital fixo que incorpora ao território, criando traços que lhe dão peculiaridade e influenciando em sua denominação (a região canavieira, o vale do aço, o vale dos vinhedos, a região cafeeira, o vale do silício, etc.). 5 No quadro 11 do anexo, estão os municípios em ordem alfabética e sua localização nas microrregiões ou diferentes consórcios. 17

18 No meio natural (uma bacia hidrográfica, um planalto, uma planície), a principal característica fisiográfica, quase sempre é o elemento primordial de individualização da região. A natureza, como suporte da ação produtiva e da vida social, com suas potencialidades e dificuldades, contribui para gerar as toponímias regionais, as diferenciações, dentro de um território maior. Assim, (partindo dos grandes domínios naturais pantanal, cerrados e pré-amazônia), das bacias hidrográficas (Paraguai, Araguaia, Arinos, Teles Pires, Jaurú, Guaporé), dos planaltos (Parecis), encostas, etc., inicia-se a compartimentação a denominação dos espaços regionais menores no Mato Grosso. No entanto, sobre o espaço natural, a sua utilização produtiva, provoca as transformações em territórios, no sentido de extensão apropriada e usada (SANTOS, 2008), criando novas alterações nas denominações das regiões. Na medida em que a lógica da ação econômica, dos interesses mercantis (momentâneos, permanentes, cíclicos), altera a quantidade e características das populações urbanas, mudam a paisagem, incorpora-se novas áreas, surgem novas formas de uso e ocupação, concentram-se atividades, mudando a natureza, as dimensões das regiões e sua posição em relação à totalidade maior. Assim, o avanço da capacidade técnico-mercantil de apropriação produtiva do espaço, altera as regionalizações ao longo do tempo. O Mato Grosso possui regiões marcadas pela planície pantaneira e seu entorno, onde o uso da hidrografia (rios Paraguai e Cuiabá) para apropriar-se e usar o espaço era quase determinante. A dependência da tecnologia da navegação fluvial para a articulação econômica (BRANDÃO, 1991) dos espaços, após a abertura definitivamente da navegação (fim da Guerra do Paraguai), e com a propulsão a vapor das embarcações, explica a regionalização inicial. O bioma pantaneiro vai ser o primordial das denominações regionais estaduais, pois era pela sua rede hidrográfica, no fim do Império e da República Velha 6, onde ocorria o mais fácil acesso para o uso do território. Nos últimos 50 anos, em que a flexibilidade das rodovias e seus eixos articuladores, com a tecnologia automotiva, é que o território vai expandir-se, novos municípios e novas 6 As hidrovias foram vitais na formação do Estado. Mas as mesmas não deixaram capital fixo significativo (portos, atracadouros, armazéns,...). A pequena estrutura do porto flutuante de Cuiabá, logo que criada foi sufocada pela rodovia, o de Cáceres quando construído foi para complementar a rodovia federal. 18

19 denominações regionais surgem para dar nomes às novas partes da totalidade da área estadual. Em 1960, excluindo-se as divisões do território que hoje é o Mato Grosso do Sul, o IBGE descrevia o Estado ainda em Zonas fisiográficas. 7 (ver quadro nº 01 anexo) O grande espaço do fim das Savanas e Pré-Amazônia, que alguns denominavam informalmente de "Nortão", quase a metade da área do Estado, possuía em 1960, apenas o município de Aripuanã, criado em 1943, como centro de atividades de extrativismo vegetal (borracha) no esforço de II Guerra Mundial. Poxoréu, município criado em 1938, com forte atividade de extração mineral, dava nome a toda uma Zona do Estado. O quadro natural ainda é importante nesta classificação, provocando distorções que colocam Cuiabá em Zona fisiográfica separada de Várzea Grande. Recordando que, em 1960, final do governo JK e ano da inauguração de Brasília, o país estava adotando definitivamente o modelo de integração nacional por rodovias, o Mato Grosso já estava vivendo o processo de alteração do seu território pela construção de novos grandes eixos rodoviários de articulação do seu território com outros estados. As hidrovias foram vitais na formação econômica do Estado, mas as mesmas não deixaram capital fixo significativo (portos, atracadouros e armazéns). A pequena estrutura do porto flutuante de Cuiabá, assim que criada foi sufocada pela rodovia, o de Cáceres quando construído, foi para complementar a rodovia federal. A "marcha para o Oeste anunciado por Vargas em 1940 na inauguração de Goiânia, efetivamente, acelera-se com JK, recorda-se, que a abertura da ligação rodoviária do Mato Grosso até Porto Velho, ocorreu em dezembro de 1960, com a presença de JK na atual cidade de Vilhena (RO), sendo fotografado sobre grandes árvores derrubadas para abrir a BR (LEAL, 1984). O período, que passa desde a inauguração de Brasília (1960) até desmembramento territorial do que é hoje o Mato Grosso do Sul (1977), provocam aperfeiçoamentos na divisão regional. O espaço está em 1980 classificado pelo IBGE, em três Meso Regiões, 7 Recordando sobre as mudanças de denominações regionais (ALE/MT, 2003), que o IBGE foi efetuando, tem-se uma exemplificação do afirmado. 19

20 contemplando seis microrregiões homogêneas. (ver quadro nº 02 anexo) Observe-se, que dos 29 municípios existentes em 1960, o Estado tinha em 1980, 55 municípios. O "Nortão", agora microrregião Norte-Matogrossense, que abrangia apenas o município de Aripuanã, passa a ter 18 municípios. Poxoréu, que dava nome a uma Meso Região, deixa de denominar área regional, com a primazia de Rondonópolis como principal município daquela área. Surge a denominação Baixada Cuiabana, onde Cuiabá e Várzea Grande fazem parte e não mais estão separadas, em regiões diferentes, como em O IBGE continua fazendo aperfeiçoamentos em sua nomenclatura regional, na medida em que seus Censos Demográficos, Econômicos, e outros estudos, permitem detectar as mudanças no uso do território. No quadro 12 do anexo podem-se ver estas mudanças em termos das grandes regiões do Brasil 8. (ver quadro 3 no anexo) Assim, de seis microrregiões de 1980, chega-se às vinte e duas atuais. Nota-se, neste processo, que os nomes dos municípios começam a predominar sobre as denominações geográficas e desaparece a "baixada Cuiabana", substituída por Cuiabá. Esta divisão microrregiões - será mantida neste trabalho para permitir comparabilidade com a publicação anterior. Recorda-se, que em 2003, a região foi conceituada como: "uma área geográfica contínua, com características econômicas e culturais que a diferencie das demais do seu entorno, e que geralmente tenha uma cidade pólo dominante 9. O conceito acima serve para delimitar a área do trabalho, porém, com pequenos problemas de operacionalização. Se a "área geográfica contínua" pode obter-se com as estatísticas municipais e seu agrupamento em microrregiões do IBGE, os demais componentes do conceito tem maiores e menores dificuldades de serem operacionalizados. Características econômicas como a pecuária, pouco diferenciam as regiões, na verdade tendem a homogeneizar grande parte das mesmas. O extrativismo mineral, forte influenciador da formação histórica, a extração de madeira, estes são aspectos econômicos compartilhados, no mesmo período ou em períodos afastados, por várias microrregiões, etc. As características culturais regionais são outras dificuldades. O Estado de Mato 8 Uma evolução da regionalização brasileira, consta no quadro 12, anexo. 9 ALF/MT, p

21 Grosso é formado por brasileiros, no sentido de que sua composição demográfica atual, ser resultante apenas de migrações internas, com ínfima presença de outras nacionalidades. Para exemplificar, enquanto aguarda-se o próximo Censo Demográfico, recorda-se que no Censo de 1980, o primeiro depois da divisão territorial com o MS, o IBGE confirmava a forte presença migratória, característica registrada em Da totalidade de população residente em 1980, 41,96% não eram naturais do MT. Os Estados que mais contribuíram com migrantes aqui residentes, naquele ano, foram Minas Gerais (7,45%), São Paulo (7,18%), Paraná (7,16%), Goiás (5,56%) e Bahia (3,45%). A presença de naturais do Nordeste, que atingia a 9,69% no censo de 1970, caiu para 7,16% em 1980 e a de Sulistas saltou de 2,54% para 10,32% no mesmo período. Nos censos de 1991 e 2000, os residentes não nascidos no Mato Grosso eram 45,86% e 42,62%. Os naturais das Regiões Nordeste diminuíam a sua presença de 6,96% para 6,73%, assim como a região Sudeste, diminui sua participação na migração de 12,56% para 10,88% no mesmo período. Na última década do século passado, o maior contingente de residentes naturais de outras regiões, passou a ter a supremacia do Sul, com 16,53% em 1991 para 14,82% em Desta região, o Estado do Paraná manteve a primazia de maior fornecedor de migrantes, com 11,23% e 9,92% no mesmo período 10. A maioria dos municípios teve sua composição populacional alterada pelas migrações. Alguns com maior intensidade, outros com menos. Para exemplificar, Cuiabá, que em 1980 possuía 78,59% de residentes naturais do Mato Grosso (da própria cidade ou migrantes de outras do interior), diminuiu em 1991 esta característica para 68,8% e registrando 70,18% no censo de É grande a dificuldade de demarcar uma região cultural no Mato Grosso. Existe certa viabilidade nos municípios de povoamento mais antigo ou, nos municípios criados por empresas colonizadoras. Tais empresas, muitas sediadas em outros estados, vendiam terras próximo as suas sedes (Paraná, São Paulo), resultando em municípios com maior homogeneidade inicial do que outros. No entanto, as "culturas regionais", como um traço unificador, são poucas, portanto, difíceis de captar estatisticamente 11. Por outro lado, ao 10 O Rio Grande do Sul manteve uma média de 2,30% da contribuição demográfica, menor que Minas com 5,68%, Goiás, com 4,22%, ou a Bahia, com 2.88%, nos quatro censos examinados. 11 A convivência no mesmo espaço, de pessoas de diferentes culturas e que trabalham, consciente ou inconscientemente para construir um futuro melhor, vai originando uma miscigenação própria, uma nova cultura. 21

22 agregarmos municípios para formar regiões, seus traços peculiares tendem a diluição dificultando a operacionalização do conceito. Na medida em que as migrações interestaduais diminuíram em volume, o processo de integração cultural tende a consolidar se, gerando novos traços culturais. Para concluir-se, entendem-se as regiões como uma forma de diferenciação espacial e sócio-econômica do território estadual, obtidas pela mensuração comparativa de suas semelhanças e diferenças. Portanto, elas devem ter um território delimitado, com um quadro natural condicionante, com um processo econômico-social determinante de sua rede de comunicação e lugares, elementos articuladores, internos e externos e, uma identidade construída ao longo de sua História. A dinâmica do processo produtivo vai dar os ritmos, a intensidade da articulação interna e externa, vai construir a cultura regional. Este é um processo em andamento, o que dificulta uma regionalização estabilizada, e leva a continuar adotando a divisão por microrregiões como base medida de diferenciação espacial Evolução Regional e suas Influências O conceito de região, apresentado no trabalho sobre o tema no ano de 2003 pela Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, também tem como componente uma "cidade pólo" dominante. Neste ponto novamente se encontram novas dificuldades operacionais. Conceitua-se que a cidade pólo, é a que mantêm mais relações de intercâmbio com as demais, do que estas entre si, o conceito naquele trabalho necessitaria de um sistema de hierarquização e de interação, uma rede de cidades. Neste caso, a divisão estadual aqui utilizada (microrregiões) teria que ser aperfeiçoada para o estudo das relações intermunicipais dentro das microrregiões e entre as mesmas e este, não é o objetivo deste trabalho, além da dificuldade da disponibilidade de dados. No entanto, como recentemente, o IBGE voltou a examinar as regiões de influência das cidades, retomando e aperfeiçoando estudos que haviam se iniciado em 1966 e que teve a última edição em 1993, (IBGE, 2008), julgo conveniente abordar rapidamente o mesmo, pois, ao ilustrar o relacionamento entre cidades, obtêm-se mais subsídios sobre esta realidade. Para 22

23 exemplificar-se, no trabalho citado, identifica-se a cidade de São Paulo como a grande metrópole nacional, e sua rede de influência direta abrange, além do próprio Estado, parte do Triângulo Mineiro e Sul de Minas Gerais e os Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. O aglomerado urbano Cuiabá - Várzea Grande surge como capital regional no panorama nacional, sob forte influência de São Paulo e vinculada com Brasília. Observandose na matriz das regiões de influência da cidade de São Paulo, passando por Cuiabá, ela relaciona-se com centros sub-regionais como Rondonópolis, Cáceres, Sinop e Barra do Garças e depois com centros de zonas, (Alta Floresta, Diamantino, Juína, Primavera do Leste, São Félix do Araguaia, Sorriso, Tangará da Serra, Mirassol do Oeste), que relacionam-se com municípios menores. Nesta matriz, Cuiabá tem influência direta, sem passar por seus centros regionais ou de zonas, com municípios como: Acorizal, Barão de Melgaço, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Porto Estrela, Santo Afonso, São José do Rio Claro, Rosário do Oeste e Santo Antonio do Leverger. A área de influência da rede urbana logicamente tem vinculações múltiplas. Assim o pequeno município de Feliz Natal, tanto é influenciado por Sinop, quanto por Sorriso. Barra do Garças exerce alguma influencia sobre municípios de Goiás, enquanto que São Félix do Araguaia é fortemente influenciado por Goiânia. Vilhena (RO) tem influência sobre Comodoro, Ji-paraná (RO) influencia municípios da microrregião de Aripuanã. As regiões de influência das cidades, não coincidem com a divisão em microrregiões geográficas do IBGE, as ultrapassam. As mesmas aqui são abordadas, pois oferecem subsídios para explicitar que a necessidade de ter uma cidade pólo dominante para denominar uma microrregião, tem algumas dificuldades para ser operacionalizada no atual contexto estadual, exigindo maiores estudos fora deste âmbito. Examinando-se a intensidade de relações empresariais, entre matrizes e filiais, e viceversa, das grandes empresas que o IBGE mensurou em 2004, percebe-se 12 que o volume das relações de Cuiabá com cidades do Estado de São Paulo (São Paulo, Campinas e Presidente Prudente) atinge a 29,01%. (Ver quadro nº 13 no anexo). 12 IBGE, 2008 p

24 O trabalho acima citado sobre rede de cidades demonstra a complexidade das relações, ampliando a percepção das inter-relações econômicas de Cuiabá com as capitais e cidades de outros estados Desenvolvimento e Crescimento: Abordar estes conceitos parece prosaico, no entanto, eles estarão permanentemente envolvidos com a opção, ou possibilidade de uso, de um ou outro indicador para descrever as diferenças entre regiões. Assim sendo, concorda-se que desenvolvimento refere-se ao bem estar das pessoas, e pode ser explicitado como: "o desenvolvimento humano é um processo no qual se ampliam as oportunidades do ser humano. Em princípio, as oportunidades podem ser infinitas e mudar com o tempo. No entanto, dentre todos os níveis de desenvolvimento, os três mais essenciais são: desfrutar de uma vida prolongada e saudável, adquirir conhecimentos e ter acesso a recursos necessários para conseguir um nível de vida decente. Sem conquistar estas oportunidades essenciais, muitas alternativas continuarão inacessíveis" 13. Dessa Forma, a mensuração e comparabilidade de estados de desenvolvimento humano envolvem diversos parâmetros, como renda (com seus desdobramentos do emprego, remuneração, formas de propriedade, etc.), esperança de vida (uma síntese de indicadores de saúde e ambientais), acesso a conhecimentos (a educação formal e informal, acesso aos meios de comunicação, possibilidade de participação, etc.). A existência de uma síntese do mesmo, o IDH (índice de desenvolvimento humano), que é amplamente usada para mensurar a qualidade de vida e, que foi utilizada naquele trabalho de 2003, não será utilizado neste, pois só temos dados municipais confiáveis para a renda populacional, por ocasião dos Censos Demográficos e o último foi no ano de 2000, impedindo uma série anual de IDH municipal nesta década. O crescimento refere-se à ampliação da capacidade produtiva da economia, ou seja, da produção de bens e serviços. O crescimento geralmente é medido pelo PIB (produto interno 13 PNUD. Informe Sobre Desarrollo Humano. Madrid: UNDP, CIDEAL,

25 bruto), pela ampliação da força de trabalho utilizada, pela proporção da renda nacional poupada e investida e pelo aperfeiçoamento tecnológico. Observa-se que os conceitos anteriores estão intimamente relacionados. Se, para existir crescimento econômico, é necessária uma base social saudável, com conhecimentos tecnológicos e capacidade de inovar, o mesmo terá dificuldades de materializar-se na região, se a mesma possuir isto, mas, os ganhos da produção forem altamente concentrados ou, transferidos para outras áreas. Por outro lado, se não existe crescimento econômico, as possibilidades de melhorias sociais (educação, comunicação, cultura, saúde, saneamento, habitação, etc.), serão tolhidas, afetando o desenvolvimento humano (MONTEIRO, 2003) Assimetrias Sociais e Regionais: São entendidas como a diferenciação social entre grandes grupos de uma mesma sociedade dentro das desigualdades sociais, a diferenciação de renda, escolaridade, esperança de vida ao nascer, habitacional, de cor, de gênero, de acesso a cultura, e, de oportunidades de mudanças 14. A diminuição das desigualdades sociais e de manutenção de sua expressão regional é perceptível nas estatísticas como uma tendência nacional. Para exemplificar entre 1995 e 2005, a ampliação da escolaridade da população ocupada, não acompanhou a ampliação da renda em salários mínimos do contingente populacional, de cor preta e parda. (veja no quadro nº 04 anexo) Os dados mostram uma década em que os avanços na escolaridade, não estão dando suporte aos mesmos resultados no rendimento da população. Por outro lado, para o período estudado, embora existam melhorias, as diferenças entre as grandes Regiões, tendo acima alguns Estados como exemplo de contraste, continuam, sendo mais acentuadas segundo a cor das populações investigadas pelo IBGE naqueles anos. No território nacional ou estadual, as evidências de desigualdades são as materializações do processo de desenvolvimento e, o esforço de uma nova caracterização é o objeto deste trabalho. 14 Ver VIEIRA, Uma recente discussão sobre desigualdade social e crescimento econômico no Mato Grosso, e ROCHA,

26 3.3- Desigualdades Regionais no Panorama nacional: No conjunto nacional, uma rápida olhada sobre o tema das desigualdades regionais pode contribuir para ilustrar a realidade estadual. Tendo como base simplificadamente, a evolução da economia cafeeira que gera capacidade de acumulação em São Paulo e, a primeira Guerra Mundial ( ), com a necessidade de substituição do consumo de bens industriais, que eram atendidos pelas importações, nasce à indústria nacional. Os parques industriais que existiam em 1920, como o Rio de Janeiro, São Paulo, e Rio Grande do Sul mais vinculados a mercados regionais, não possuíam grande complementação, mas, já era possível perceber o predomínio de São Paulo no contexto nacional. Nesta época podemos situar como o quadro inicial das diferenciações estaduais e entre regiões as outras regiões do país 15. É neste contexto, durante a República Velha ( ), que as ferrovias tendo como centro São Paulo, atingem Corumbá e o Triângulo Mineiro, marcando o início da maior influência de São Paulo sobre o Centro-Oeste. Com a conjuntura da crise de 1929, e com a Revolução de 30, mais especificamente as políticas anticíclicas de Getúlio Vargas, quando são rompidas as políticas econômicas Liberais, rompe-se o modelo de uma economia nacional agrário-exportadora, acelerando a industrialização e voltando-se para a integração do mercado interno, por intermédio de um novo papel do Estado na economia. Depois de 1930, acontece um premeditado esforço de romper os regionalismos, as diferenças estaduais, que conformavam um "país arquipélago". O processo de integração econômica do território, que tem a Marcha Para o Oeste de Vargas, como alavanca, o papel da intervenção do Estado no apoio à industrialização, é o inovador (renegociação da dívida, Companhia Siderúrgica Nacional, Cia. Vale do Rio Doce, CHESF 16, etc.), o primeiro governo Vargas ( ), buscará a unidade nacional para o desenvolvimento, acima das disputas e rivalidades inter-estaduais 17. Entre as tentativas de diminuir as desiguais oportunidades de desenvolvimento, ocorrem desmembramentos territoriais de alguns Estados e surgem novas formas diretas de presença Federal no espaço 15 Cf: Uma discussão mais ampla tem-se em FURTADO, 2001, Formação Econômica do Brasil. 16 Com a CHESF, da suporte para a solução do problema energético do Nordeste, essencial para a sua industrialização com a SUDENE. Em 1949 começa a construção Usina da primeira usina, de Paulo Afonso, construída no 2º governo Vargas e inaugurada por Café Filho em Recordamos a proibição e queima das bandeiras estaduais e haste amento da nacional, em solenidade logo após o Golpe de

27 nacional, com a criação dos Territórios Federais do Amapá, do Rio Branco (atual Roraima), do Guaporé (atual Rondônia), de Ponta Porã e do Iguaçu 18. Para a Amazônia, no esforço de contribuir com os aliados na II Guerra Mundial, é criado o Banco de Crédito da Borracha, em 1942, bases sob as quais é criado o BASA em Pela primeira vez, na constituição de 1946, é explicitado que três por cento das receitas da União seriam destinadas ao desenvolvimento do Nordeste e outros três por cento, durante vinte anos, para o Plano de Valorização da Amazônia. Assim, os constituintes assumiam a necessidade de medidas de repartição das rendas da União, com o objetivo específico de diminuir as desigualdades regionais 19. Vargas, no seu segundo governo ( ), dá continuidade às ações de apoio à industrialização nacional e a diminuição das desigualdades, assim, novas instituições surge no cenário nacional, como ferramentas para o desenvolvimento, como a criação do BNDES, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), SPVEA (Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia), a ELETROBRAS e a PETROBRAS. O país entra numa etapa de rápidas transformações com o governo de Juscelino Kubistchek ( ). Lançando mão de recursos inativos 20, de confisco cambial, de endividamento externo e de emissão monetária, JK lança um programa de obras que acelera a mudança do perfil nacional, de um país às margens do Atlântico, para sua efetiva interiorização. A construção de Brasília e as grandes rodovias alteram rapidamente o país. JK rompe com as dificuldades que o segundo Governo Vargas teve para fazer o Brasil crescer ao aceitar o endividamento externo, a abertura para empresas internacionais, sendo a automobilística a mais visível, e os riscos inflacionários para o futuro, materializando assim, em pouco tempo, grandes obras como a transferência da capital para o planalto central. A priorização da integração do território nacional, pelo rodoviárismo de JK no seu apoio à indústria automobilística, e que teve continuidade nos governos militares, criou as distorções em nossa malha de transportes, com o declínio das ferrovias, quase abandono das 18 O Território do Acre foi criado em 1904, que somente começa a ser administrado pela União em 1920 e transforma-se em Estado com João Goulart, em A constituinte de 1946 elimina os Territórios de lguaçú e Ponta Porã. Para o primeiro, os interesses econômicos do Paraná (terra e madeira) clamaram pela reintegração, (LOPES, 2002). Os territórios de Roraima e Amapá são transformados em Estados pela constituição de 1988, integrando Fernando de Noronha ao Estado de Pernambuco. 19 A Constituição de 1934 foi nossa primeira constituição a abordar o problema: Art. 5º Compete privativamente à União:...XV organizar a defesa permanente contra os efeitos das secas no Nordeste. 20 Os recursos para a Amazônia, para a SPVEA, foram totalmente direcionados para a construção da rodovia Belém-Brasília. 27

28 alternativas hidroviárias e lento sucateamento da navegação de cabotagem. Assim, quase tudo no Brasil e, mais ainda no Mato Grosso, movem-se, dependendo das rodovias. A produção de caminhões tem início em 1947, com a Fábrica Nacional de Motores (FNM), criada em 13 de junho de 1942 no Rio de Janeiro, sendo seguida, pela Mercedes Bens em 1956, pela Ford e General Motors em 1957 e Scania em 1958, em São Paulo. 21 No final do período JK, os grandes eixos rodoviários estão traçados. Pela primeira vez, a fronteira Oeste nacional articula-se, do Acre, passando por Rondônia e Mato Grosso, com Brasília e Nordeste e, com o Sul e Sudeste. As rodovias seriam os eixos estruturantes da formação do atual território. No Nordeste a seca de 1958 provocou uma grande invasão das cidades por sertanejos famintos e, escândalos sobre a aplicação de recursos federais no combate aos efeitos das secas, com frentes de trabalho para fazer açudes dentro de latifúndios, levam JK a criar o GTDN (Grupo de Trabalho para Desenvolvimento do Nordeste), tendo à frente Celso Furtado. O resultado do seu diagnóstico indica que a manutenção das desigualdades regionais impede o desenvolvimento nacional que no Nordeste, além das obras de açudagem existe necessidade de irrigação, de reforma agrária, de colonização utilizando-se o excedente de terras do Maranhão e de incentivos para a realocação espacial da indústria, resultando na criação da SUDENE em 1959, a primeira superintendência específica para o enfrentamento do problema das desigualdades dentro do espaço nacional, tendo no Banco do Nordeste do Brasil, o braço financeiro de apoio às suas ações. Foi durante o regime militar, em 1966, que a SUDAM e o BASA foram criados, com a mesma finalidade da SUDENE e, em 1967 a SUFRAMA, em Manaus, que origina, com a Zona Franca, um grande parque industrial 22. Porém, é especialmente com o 1 PND (Plano Nacional de Desenvolvimento) , com Presidente Médici, que são lançados os grandes projetos específicos de Integração Nacional, com obras viárias (rodovia transamazônica, ponte Rio-Niterói), crédito rural e forte apoio nos deslocamentos populacionais para a fronteira agrícola, acelerando a interiorização da Sociedade nacional. Com a criação da 21 Em 1977 instalam-se a Volvo no Paraná. 22 O parque industrial de Manaus é um exemplo de intervenção estatal, que rompe a lógica econômica da localização ao ser criado, longe dos fornecedores e consumidores. 28

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