Direito Tributário. Em Síntese

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1 Direito Tributário Em Síntese

2 ANFIP - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil Conselho Executivo Assunta Di Dea Bergamasco - Presidente João Laércio Gagliardi Fernandes - Vice-Presidente Fábio Galízia Ribeiro de Campos - Vice-Presidente de Assuntos Fiscais Maria do Carmo Costa Pimentel - Vice-Presidente de Política de Classe e Relações Interassociativas Marcelo Oliveira - Vice-Presidente de Política Salarial Sandra Tereza Paiva Miranda - Vice-Presidente de Assuntos da Seguridade Social Armando dos Santos - Vice-Presidente de Cultura Profissional Nildo Manoel de Souza - Vice-Presidente de Aposentadorias e Pensões Antônio Silvano Alencar de Almeida - Vice-Presidente de Serviços Assistenciais Manoel Eliseu de Almeida - Vice-Presidente de Assuntos Jurídicos Miguel Arcanjo Simas Nôvo - Vice-Presidente de Assuntos Tributários João Alves Moreira - Vice-Presidente de Administração, Patrimônio e Cadastro Luiz Mendes Bezerra - Vice-Presidente de Finanças Eucélia Maria Agrizzi Mergar - Vice-Presidente de Planejamento e Controle Orçamentário Ovídio Palmeira Filho - Vice-Presidente de Comunicação Social Maruchia Mialik - Vice-Presidente de Relações Públicas Rodrigo da Costa Possas - Vice-Presidente de Assuntos Parlamentares Maria Bernadete Sampaio Bello - Vice-Presidente de Tecnologia da Informação AC Heliomar Lunz AL - Francisco de Carvalho Melo AP - Emir Cavalcanti Furtado AM - Cleide Almeida Novo BA - Luiz Antônio Gitirana CE - Eliezer Xavier de Almeida GO - Nilo Sérgio de Lima MT Manoel de Matos Ferraz MS - Cassia Aparecida Martins de A. Vedovatte MG - Lúcio Avelino de Barros PA - Maria Oneyde Santos PB - Lucimar Ramos de Lima Ramalho Conselho Fiscal Carlos Roberto Bispo (MG) - Coordenador Ary Gonzaga de Lellis (GO) - Membro Jorge Cezar Costa (SE) - Relator Conselho de Representantes Dulce Wilennbring de Lima (RS) - Coordenadora Ana Mickelina B. Carreira (MA) - Vice-Coordenadora Rozinete Bissoli Guerini (ES) - Secretária Léa Pereira de Mattos (DF) - Secretária-Adjunta PR - Ademar Borges PE - Abias Amorim Costa PI - Guilhermano Pires F. Correa RJ - Sérgio Wehbe Baptista RN - Maria Aparecida F. Paes Leme RO - Eni Paizanti de Laia Ferreira RR - AndreLuiz Spagnuolo Andrade SC - Pedro Dittrich Júnior SP - Margarida Lopes de Araújo SE - Jorge Lourenço Barros TO - Márcio Rosal Bezerra Barros Fundação Anfip de Estudos da Seguridade Social CONSELHO CURADOR Assunta Di Dea Bergamasco - Pr e s i d e n t e Ovídio Palmeira Filho - Se c r e t á r i o Sandra Tereza Paiva Miranda Maria do Carmo Costa Pimentel Amauri Soares de Souza Pedro Dittrich Júnior Miguel Arcanjo Simas Novo SUPLENTES Eurico Cervo Aloísio Jorge Holzmeier DIRETORIA EXECUTIVA Floriano José Martins - Di r e t o r Pr e s i d e n t e Ana Lúcia Guimarães Silva - Di r e t o r a Administrativa Gláucio Diniz de Souza - Di r e t o r Fi n a n c e i r o Márcio Humberto Gheller - Di r e t o r d e Pl a n e j a m e n t o e Pr o j e t o s Rosana Escudero de Almeida - Diretora de Eventos e Cursos SUPLENTES Décio Bruno Lopes Vanderley José Maçaneiro CONSELHO FISCAL José Helio Pereira Ennio Magalhães Soares da Câmara José Geraldo de Oliveira Ferraz SUPLENTES Paulo Freitas Radtke José Avelino da Silva Neto

3 Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil Direito Tributário Em Síntese Miguel Arcanjo Simas Nôvo(coord.) Rodrigo da Costa Pôssas (coord.) Brasília

4 Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) A reprodução do todo ou parte deste documento é permitida somente com a autorização prévia e oficial da ANFIP. Disponível em: ISBN: Tiragem desta edição: exemplares impresso no Brasil 1ª edição: 2009 Grupo de trabalho constituído para realização do estudo: Coordenação: Vice-presidência de Estudos e Assuntos Tributários Colaboração: Vice-Presidência de Assuntos Parlamentares Revisão ortográfica: Gerson Menezes Capa e editoração eletrônica: Gilmar Eumar Vitalino Normalização bibliográfica: Bibliotecária / registro CRB Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) Direito tributário em síntese / Miguel Arcanjo Simas Novo; Rodrigo da Costa Pôssas (coords). Brasília : ANFIP, p. ISBN Direito tributário I. Título. II. Novo, Miguel Arcanjo Simas (coords.) III. Pôssas, Rodrigo da Costa (coord.) CDU 34:336.22

5 ÍNDICE APRESENTAÇÃO PRIMEIRA PARTE CONCEITOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I O DIREITO TRIBUTÁRIO Direito Tributário: Relação Jurídica Autonomia do Direito Tributário Recepção do CTN pela Constituição de Correlação do Direito Tributário com Outras Disciplinas Relação com o Direito Constitucional Relação com o Direito Internacional Relação com o Direito Administrativo Relação com o Direito Financeiro Relação com o Direito Penal Relação com o Direito Privado (Civil e Comercial) Relação com o Direito Processual Civil Receitas Públicas Originárias (ou Patrimoniais) Derivadas (ou Não Patrimoniais)...22 CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Noções Gerais Poder de Legislar Indelegabilidade Atribuição de Funções Modalidades Competência Privativa na Constituição União (CF, artigos 148; 149; 153, I ao VII; e 154, II): Estados e Distrito Federal (CF, art. 155, I ao III): Municípios (CF, art. 156, I ao III): Contribuição para Custeio de Iluminação Pública Contribuição Estadual e Municipal de Sistema de Previdência...27 CAPÍTULO III LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR Imunidades Tributárias Principais Hipóteses de Imunidade Isenções Tributárias Classificações das Isenções...29 CAPÍTULO IV PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS... 30

6 1. Noções Gerais Princípio da Legalidade Tributária (art. 150, I): Princípio da Anterioridade da Lei Tributária Princípio da Igualdade Jurídica Tributária (art. 150, II, da C.F.) Princípio da Capacidade Contributiva Princípio da Hierarquia das Fontes Formais do Direito Princípio da Vedação de Impostos Confiscatórios (art. 150, IV) Princípio da Vedação de Impostos Proibitivos Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária (art. 150, III, a) Princípio da Imunidade Recíproca sobre Patrimônio, Renda ou Serviços, uns dos outros (art. 150, inciso VI, alínea a ) Princípio da Imunidade dos Templos de qualquer culto Princípio da Vedação à Limitação ao Tráfego de Pessoas/Bens (art. 150, V) Princípio da Imunidade dos Partidos Políticos, Fundações, Entidades Sindicais de Trabalhadores e Instituições de Educação e Assistência Social, sem fins lucrativos (art. 150, VI, c ) Princípio da Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos e o papel destinado à sua Impressão (art. 150, VI, d)...35 CAPÍTULO V DOS TRIBUTOS Definição de Tributo Finalidades Básicas do Tributo Natureza Jurídica do Tributo Espécies de Tributos Imposto Classificação Geral dos Impostos Taxas Contribuição de Melhoria Contribuições Empréstimo Compulsório...47 SEGUNDA PARTE NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO CAPÍTULO I FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO Noções Gerais Leis Medidas Provisórias Histórico Constitucional Entendimento do STF sobre a Eficácia das Medidas Provisórias até a EC Nº. 32/ A Medida Provisória após a EC Nº 32/ Perda da Eficácia Decretos...55

7 5. Tratados ou Convenções Internacionais Resoluções Atos Normativos Decisões Administrativas Usos e Costumes Convênios Internos Jurisprudência e Doutrina...58 CAPITULO II VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Vigência da Legislação Tributária Vigência no Tempo pelas Regras da Legislação Tributária Vigência Contribuições ao Custeio da Seguridade Social Vigência no Tempo pela Lei de Introdução do Código Civil - LICC Vigência da Lei Tributária no Espaço Aplicação da Legislação Tributária...64 CAPÍTULO III DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Noções Gerais Obrigação Tributaria Principal ou Acessória Fato Gerador Conceito e Espécies Elementos Básicos do Fato Gerador Momento da Ocorrência do Fato Gerador Fatores Irrelevantes à Definição do Fato Gerador Sujeito Ativo Sujeito Passivo Tipos de Sujeitos Passivos (artigo 121, parágrafo único, do CTN) Modalidades de Sujeição Passiva Indireta Responsabilidade por Transferência Solidariedade Sucessão Responsabilidade de Terceiros Responsabilidade por Infrações Exclusão da Responsabilidade pela Denúncia Espontânea Capacidade Tributária Domicílio Tributário Estabelecimento - Definição...79 CAPÍTULO IV CRÉDITO TRIBUTÁRIO Noções Gerais Constituição do Crédito Tributário Lançamento Ato Vinculado e Obrigatório Caráter Declaratório do Lançamento Lançamento com Base na Lei Vigente à Época do Fato Gerador...82

8 2.5. Hipóteses de Alteração do Lançamento Modalidades do Lançamento Tributário Lançamento por Declaração (Artigo 147 do CTN) Lançamento Direto ou Ex Officio (art. 149 do CTN) Lançamento por Homologação ou Auto-Lançamento (art. 150 do CTN) Suspensão do Crédito Noções Gerais Moratória Depósito do seu Montante Integral Interposição de Recurso Administrativo com Efeito Suspensivo Concessão de Liminar em Mandado de Segurança Concessão de Medida Liminar ou de Tutela Antecipada, em outras espécies de Ação Judicial Parcelamento Extinção do Crédito Tributário Pagamento Compensação Transação Remissão Prescrição e Decadência Decadência Prescrição FGTS Prescrição Trintenária Conversão de Depósito em Renda Pagamento Antecipando e Homologação do Lançamento Consignação em Pagamento Decisão Administrativa Irreformável Decisão Judicial Transitada em Julgado Dação em Pagamento Normas sobre o Pagamento do Crédito Restituição dos Indébitos Tributários Exclusão do Crédito Tributário Isenção Anistia Garantias e Privilégios do Crédito Tributário Garantias Preferências Administração Tributária Procedimentos da Fiscalização Tributária Sigilo Fiscal Dívida Ativa Tributária Certidão Negativa Contagem de Prazo...110

9 11. Consolidação da Legislação Tributária TERCEIRA PARTE OS PRICIPAIS IMPOSTOS NO SISTEMA TRIBUTÁRIO CAPÍTULO I - IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO Imposto de importação Imposto de exportação Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza Imposto sobre produtos industrializados Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro e sobre operações relativas a título e valores mobiliários Imposto sobre a propriedade territorial rural Simples Nacional CAPÍTULO II - IMPOSTOS DE COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL 1. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos (ITCD) Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços ICMS Imposto sobre propriedade de veículos automotores IPVA CAPÍTULO III - IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS Imposto sobre propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU Imposto sobre a transmissão inter vivos de bens imóveis ITBI Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS QUARTA PARTE AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS CAPÍTULO I - CONSIDERAÇÕES GERAIS CAPÍTULO II - DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Contribuições para a Seguridade Social Contribuições sobre a Folha de Salários e demais Rendimentos do Trabalho Cofins Pis/Pasep Demais Contribuições para a Seguridade Social CAPÍTULO III - DAS OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Contribuição do Salário-Educação Contribuição para Terceiros SIGLAS UTILIZADAS BIBLIOGRAFIA...136

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11 APRESENTAÇÃO Trata-se de mais uma publicação de temas técnicos que a ANFIP Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil proporciona aos seus associados, cumprindo com um de seus principais objetivos sociais que é o de promover o desenvolvimento cultural, em especial a valorização profissional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil - AFRFB. Nesta obra, Direito Tributário - Em Síntese, foram desenvolvidos diversos temas contidos no Título VI da Constituição Federal de 1988 e do Código Tributário Nacional. Para que pudesse haver uma melhor abordagem a matéria foi distribuída em quatro grandes partes. A primeira parte, denominada de conceitos fundamentais, está distribuída em cinco capítulos: i) conceito de Direito Tributário, sua autonomia e sua relação com os outros ramos do direito; ii) da competência tributária; iii) as limitações ao Poder de Tributar; iv) os princípios constitucionais tributários; e v) os conceitos dos diversos tributos previstos no nosso ordenamento jurídico. A segunda parte trata das normas gerais de Direito Tributário, e está apresentada em quatro capítulos: i) fontes do Direito Tributário; ii) vigência e aplicação da legislação tributária; iii) da obrigação tributária; e iv) do crédito tributário. Na terceira parte são abordados os principais impostos do sistema tributário, onde os temas foram distribuídos em três capítulos: i) impostos de competência privativa da União; ii) impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal; e iii) impostos de competência dos Municípios. E finalmente, na quarta parte, são apresentadas abordagens sobre as principais contribuições sociais federais. Essa parte foi apresentada em três capítulos: i) considerações gerais sobre as contribuições; ii) das contribuições sociais; e iii) das outras contribuições sociais. A ANFIP, com a publicação desta obra, espera subsidiar o trabalho dos colegas aliando a teoria ao caso concreto. Conselho Executivo ANFIP 13

12 14 DIREITO TRIBUTÁRIO Em Síntese

13 PRIMEIRA PARTE CONCEITOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I O DIREITO TRIBUTÁRIO 1. Direito Tributário: Relação Jurídica Direito Tributário É o ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas à tributação, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contribuinte contra os abusos porventura cometidos pelo Estado. Rege as relações jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira daquele, no que se refere à obtenção de receitas que correspondem ao conceito de tributo. O Direito Tributário, dessa forma, é uma ciência autônoma, uma vez que se lhe reserva um campo delimitado de estudo para fins didáticos. A autonomia de um ramo do direito, entretanto, não corresponde à independência, pois o Direito Tributário, como qualquer outra disciplina do direito, se socorre dos demais ramos para a busca de institutos e princípios necessários à tributação. A delimitação do objeto sobre o qual se debruça o Direito Tributário como disciplina autônoma do Direito somente restará precisa por ocasião da definição técnica de tributo, pois é exatamente a relação impositiva entre o Estado e o particular, em que o primeiro exige dinheiro do segundo, de modo compulsório, o objeto de estudos do Direito Tributário. Logo: O Direito Tributário existe para delimitar o poder de tributar. 2. Autonomia do Direito Tributário O Direito Tributário se apresenta como um ramo autônomo (relativamente) do direito. 15

14 Indiscutivelmente, o Direito Tributário tem autonomia dogmática, haja vista possuir certos princípios próprios, diferentes dos que são exclusivos de outros ramos do direito, que são seus pilares. O Direito Tributário possui também autonomia estrutural, isto é, possui certos institutos jurídicos específicos, próprios, diferentes dos existentes nos demais ramos do direito. O Direito Tributário tem conteúdo próprio, específico. No Direito Tributário encontramos normas próprias que regulam a relação fisco x contribuinte, onde consta a consulta tributária, a obrigação tributária, a capacidade tributária, e outros. Como os princípios, os métodos e os institutos são distintos dos que informam outros ramos do direito, o Direito Tributário passa a ter certa independência (relativa) para oferecer suas conclusões e defender sua finalidade específica. Daí a autonomia (relativa) do Direito Tributário perante o direito e os demais ramos jurídicos. A autonomia do Direito Tributário é, pois, uma realidade indiscutível. Este ramo do direito atinge suas finalidades, alcança os seus objetivos e realiza os seus fins de modo inconfundível. Atende, incontestavelmente, os requisitos dogmáticos e estrutural, essenciais para a autonomia. Esta autonomia está consagrada também no ápice do nosso ordenamento jurídico, pois a Constituição Federal dedica um capítulo especial ao Sistema Tributário Nacional (artigos 145 a 162) e prevê que lei complementar estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária (artigo 146, inciso III). Além disso, a existência do CTN Código Tributário Nacional é decisiva para derrubar qualquer argumento tendente a questionar a autonomia do Direito Tributário. 3. Recepção do CTN pela Constituição de 1988 De acordo com a teoria da recepção, todas as normas jurídicas em vigência anteriores a um ordenamento constitucional e que não entrem em conflito com este último, são absorvidas pelo sistema jurídico, permanecendo em vigor. A CF/88, em seu art. 146, inciso III, e suas alíneas, exige a edição de lei 16

15 complementar para estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, tais como, norma geral aplicável aos entes estatais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), dos institutos da decadência e da prescrição tributárias, etc. O Código Tributário Nacional teve recepcionada a sua maior parte, e revogados, total ou parcialmente, vários dispositivos, como os relativos aos impostos em espécie, aos empréstimos compulsórios, etc. Desta forma, a aplicabilidade atual do CTN, sob a égide da Constituição de 1988 decorre do fenômeno, teoria ou princípio da recepção (art. 34, 5 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). No aspecto formal, como a Constituição Federal de 1967 exigia que a matéria tributária, em se tratando de normas gerais, conflitos de competência e limitações ao poder tributante fosse de natureza complementar, o CTN, diploma que versava sobre tais assuntos, embora fosse lei ordinária, passou a ter eficácia de lei complementar por força do princípio da recepção. 4. Correlação do Direito Tributário com Outras Disciplinas Como já vimos, dizer que o Direito Tributário é autônomo não significa que ele é totalmente independente, uma vez que o sistema jurídico constitui um conjunto orgânico e harmônico, e todos os ramos do Direito se relacionam entre si. A autonomia do Direito Tributário não vai a limites que o dissociem, por completo, das demais disciplinas jurídicas. Vejamos essas correlações de outros ramos de direito com o Direito Tributário: 4.1. Relação com o Direito Constitucional O Direito Tributário possui estreitas ligações com o Direito Constitucional, base fundamental ou alicerce de todos os demais ramos do Direito, que nele encontram os fundamentos e os princípios essenciais. É na Constituição que encontramos o fundamento do poder fiscal (poder 17

16 de tributar); a discriminação de rendas tributárias, com áreas de competência de cada entidade pública sobre matéria tributária; as limitações de competência tributária; as garantias e os direitos individuais que as normas tributárias devem respeitar; os princípios fundamentais da tributação, tais como o da legalidade tributária, o da anterioridade da lei tributária, o da igualdade tributária, e outros; os princípios não tributários, mas que se acham relacionados com o Direito Tributário, como o princípio da liberdade de profissão, do direito de propriedade e outros Relação com o Direito Internacional Trata-se de um direito entre nações, com fundamento em um ordenamento que pressupõe a correlação de diversos Estados. Indaga, tanto na parte pública (direito internacional público) como na parte privada (direito internacional privado), dos tratados internacionais, dos sujeitos de direito internacional, do território, da nacionalidade, das sentenças estrangeiras, da guerra externa, e outros. Existem muitos problemas tributários de ordem internacional, fazendo com que as relações do Direito Tributário com o Direito Internacional sejam íntimas. Essa interligação se manifesta através da busca de condições que possam evitar que Estados diferentes exerçam direito impositivo de tributos, baseado num mesmo acontecimento econômico, quando o contribuinte (sujeito passivo) se submeta à autoridade de uma pluralidade de Estados soberanos. São expressões materiais dessa ligação entre o Direito Tributário e o Internacional, os tratados e convenções internacionais que comumente são firmados entre diversas Nações, regulando a tributação, no sentido de evitar a dupla tributação ou até mesmo para adotar princípios de política fiscal. Como exemplo, o MERCOSUL Mercado Comum do Cone Sul firmado, em Assunção, entre a República Federativa do Brasil, a República Argentina, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai Relação com o Direito Administrativo O Direito Administrativo tem por objeto os serviços públicos e as relações constituídas para a sua execução. Preocupa-se com a administração pública. Trata da 18

17 formação e do funcionamento dos órgãos do Estado entre si ou com os particulares, regulando as entidades da administração pública (diretas e indiretas), suas relações com as pessoas e o conseqüente controle de seus atos. O lançamento tributário é regulado por normas de Direito Administrativo. O mesmo acontece com a arrecadação tributária. Os serviços fiscais, as repartições e os órgãos tributários, a arrecadação de tributos, a expedição de certidão negativa de ônus fiscal, o procedimento tributário, e outros, tudo isso é regulado por normas de Direito Administrativo. Toda a administração tributária acha-se fundamentada na função administra tiva Relação com o Direito Financeiro Como já dissemos, o Direito Tributário originou-se do Direito Financeiro, com quem guarda, ainda, estreitas relações. O estudo do tributo é feito tanto pelo Direito Tributário como pelo Direito Financeiro. Enquanto no Direito Financeiro, regulador das entradas e saídas e gestão patrimonial do Estado, são fixadas as normas relativas, por exemplo, às previsões arrecadatórias, o Direito Tributário cuida da execução da arrecadação prevista Relação com o Direito Penal O Direito Penal tem por objeto o ilícito penal, infração jurídica à qual as normas positivas atribuem esse caráter (conduta que cada sociedade conceitua como tal, ao fazê-la condição da imputação de uma sanção penal). O Direito Penal estuda, pois, as normas jurídicas que têm por finalidade a repressão do delito e a preservação da sociedade. O Direito Tributário também possui o seu regime repressivo, determinando penalidades para os casos de inobservância das suas normas, a fim de assegurar o cumprimento das obrigações tributárias. Constantemente a multa fiscal é aplicada diante da inobservância das obrigações acessórias (inexistência de escrita fiscal, falta de emissão de Nota Fiscal, etc.). Na aplicação de penalidades para infrações fiscais, certos princípios e regras de Direito Penal são obedecidos. 19

18 Por outro lado, compete ao Direto Penal definir os crimes de ordem tributária; por exemplo, o crime de contrabando, de sonegação fiscal, de excesso de exação e de descaminho Relação com o Direito Privado (Civil e Comercial) Da mesma forma, relações existem entre o Direito Tributário e o Direito Civil, campo do direito que tem por objeto as relações jurídicas substanciais de ordem privada. Na temática desta última disciplina encontramos matéria relativa às obrigações e contratos (direito das obrigações), à família (direito de família) e às sucessões (direito das sucessões), inclusive matéria ligada ao direito das coisas (posse, propriedade, direitos reais), e às pessoas. O Direito Tributário é um ramo do direito obrigacional, não se diferenciando neste particular da parte das obrigações do Direito Civil, guardadas as necessárias reservas. O objeto da obrigação tributária é o tributo. O Direito Tributário, da mesma forma, utiliza certos institutos e regras de Direito Civil; por exemplo: as relativas ao domicílio, solidariedade, pessoa e outras. Portanto, as relações entre os dois ramos do direito são também estreitas. Também com o Direito Comercial, ramo que regula todos os aspectos relacionados com o exercício do comércio em geral, envolvendo desde as pessoas que podem ser comerciantes, os preços, a compra e venda mercantil, os contratos e obrigações mercantis, as companhias e sociedades comerciais, até os direitos e obrigações dos sócios. No dia-a-dia do exercício das atividades mercantis, em geral pela venda realizada e o lucro auferido, seja por pessoa física ou jurídica, há que se falar na incidência de tributos de forma direta ou indireta, sobre os preços praticados e as receitas obtidas (ICMS/PIS/COFINS/IPI). E é nesse momento que há o relacionamento do Direito Tributário com o Direito Comercial Relação com o Direito Processual Civil Outra disciplina que tem relações com o Direito Tributário é o Direito Processual Civil, ramo do Direito que disciplina o andamento das ações, atividade dos órgãos do Poder Judiciário e trata das partes do processo. Sua preocupação se acha voltada para a atividade jurisdicional do Estado, a quem compete dirimir as 20

19 questões que surgem entre as pessoas ou grupos de pessoas. Regula o Direito Processual Civil, a ação, o processo e a lide, inclusive recursos, instrumentos para fazer valer um direito. As regras e os princípios informativos desse direito instrumental são de interesse para o procedimento administrativo, isto é, para o direito tributário procedimental. O Direito Tributário possui, também, normas de procedimento para regular a impugnação de lançamentos tributários e respectivos recursos. Muitos interesses entre a Fazenda Pública e o contribuinte são solucionados por meio de regras de direito adjetivo, seja na parte administrativa (procedimento administrativo tributário) ou na parte judicial (processo judicial tributário). No Direito Tributário encontramos a impugnação de lançamento ou de auto de infração, a reclamação fiscal e o recurso fiscal, que obedecem a normas de processo. Ao lado estão as ações judiciais (por exemplo, a ação de execução fiscal, ação de nulidade de lançamento tributário, mandado de segurança em matéria tributária, e outras), que obedecem a normas de direito processual civil. 5. Receitas Públicas As receitas públicas são entradas de numerário ou bens que passam a integrar o patrimônio do Poder Público, possuindo a característica fundamental de não serem restituíveis. Assim, receita pública é a soma de dinheiro percebida pelo Estado, ou órgão público, com aumento de seu patrimônio. Trata-se da soma de bens que o Estado, ou o órgão público, aufere para atender a cobertura de seus gastos ou realizar os seus fins. Ainda, as receitas públicas, quanto à origem, poderão ser divididas em originárias e derivadas, que o nosso direito positivo denomina de receitas correntes e receitas de capital. 21

20 5.1. Originárias (ou Patrimoniais) O Estado aufere de suas fontes próprias de riqueza, seja em decorrência de seu patrimônio rendoso, seja em razão do exercício de uma atividade industrial ou comercial. Decorrem do patrimônio do próprio Estado, de suas fontes imediatas, em razão da administração de bens de seu patrimônio, de sua atividade econômica própria (emprego de trabalho, de capital, de atividade econômica). As receitas originárias podem ser obtidas em razão da venda de bens; da locação de bens patrimoniais: da exploração direta de atividades industriais, comerciais ou de prestação de serviços; ou de rendas do patrimônio mobiliário (dividendos de ações, juros e outros) Derivadas (ou Não Patrimoniais) São as receitas que o Estado aufere do patrimônio dos indivíduos da comunidade, seja em razão de ordem política, de determinação legal ou da vontade de terceiros. Elas provêm das transferências monetárias que terceiros realizam, coercitivamente ou não, em favor do Estado. Recebem também o nome de receitas tributárias, em razão de se originarem, na sua maioria, do poder fiscal do Estado exercido sobre o patrimônio de terceiros. Todo tributo é uma receita derivada, mas nem toda receita derivada é tributo. Por exemplo, as doações e as penalidades administrativas (multas, em geral) são receitas derivadas, mas não são tributos. 22

21 CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. Noções Gerais É o poder concedido ao ente tributante de instituir e exigir o tributo, bem como de regular o seu valor, a época e a modalidade de pagamento, e de definir as atribuições dos órgãos lançadores, arrecadadores e fiscalizadores. No Brasil, a competência tributária é definida por um sistema constitucional rígido. Isso porque é na Constituição Federal que vamos encontrar a atribuição, ou, melhor dizendo, a distribuição das receitas tributárias entre os três níveis de Governo (entidades tributantes): União (Governo Federal); Estados e Distrito Federal (Governo Estadual); e Municípios (Governo Municipal). 2. Poder de Legislar No artigo 6º do nosso CTN Código Tributário Nacional, está determinado que a atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, sempre respeitadas as limitações ao poder de tributar prescritas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios. Ao legislador competente não são impostas quaisquer outras limitações, além daquelas de ordem constitucional. Essa competência legislativa há que respeitar o princípio da legalidade tributária (é vedado exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça). Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público continuam pertencendo à competência legislativa daquela entidade a que tenham sido atribuídos originalmente (artigo 6º, parágrafo único, do CTN). Assim, embora a receita tributária arrecadada tenha que ser distribuída, como ordena a Constituição Federal, com outra entidade pública, a competência para 23

22 legislar sobre o tributo continua pertencendo ao ente ao qual tenha sido atribuído. 3. Indelegabilidade O artigo 7º do CTN determina que a competência tributária atribuída a um ente público é indelegável, ou seja, que não pode ser transferida ou cedida a outra pessoa jurídica de direito público. 4. Atribuição de Funções O artigo 7º do CTN admite que é possível a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. É importante ressalvar que essa atribuição das funções de arrecadação e execução tributárias (artigo 7º, 1º ao 3º, do CTN): a) b) c) compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir; pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido; não constitui delegação de competência. A atribuição de competência tributária, por força de disposição constitucional, a uma pessoa de direito público outorga a esta uma faculdade que pode ou não ser utilizada. A entidade tributante não é obrigada a decretar o tributo. Tanto que, na hipótese do não-exercício da competência tributária, nenhum direito perde o poder tributante. O não uso da competência tributária não provoca a decadência, ou seja, a perda do respectivo direito, pois o poder fiscal é imprescritível por natureza. Além disso, como dispõe o artigo 8º do CTN, o não-exercício da competência tributária não a defere à pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição Federal a tenha atribuído. 24

23 5. Modalidades A competência tributária divide-se em: a) b) c) d) e) PRIVATIVA cada um dos contemplados pela outorga da faculdade de tributar poderá exercê-la, livremente, sem a possibilidade de o outro ente federativo vir a tributar o mesmo fato econômico. É o caso dos impostos nominados, das contribuições especiais do art. 149, caput, da CF/88 e dos empréstimos compulsórios. COMUM é a competência para instituição de taxas e contribuições de melhorias, atribuídas a todos os entes políticos. É importante frisar, no entanto, que esta competência deve observar o âmbito das atribuições de cada ente tributante. Não pode a União, por exemplo, instituir uma taxa relativa a um serviço que é de competência dos Estados. RESIDUAL É a prevista no art. 154, I, da CF/88, pelo qual a União poderá instituir novos impostos mediante lei complementar, desde que não sejam cumulativos e que não tenham como fato gerador ou base de cálculo idêntico aos já discriminados na Constituição. EXTRAORDINÁRIO Está prevista no art. 154, II, CF/88 a hipótese de a União instituir impostos no caso de guerra externa. Impostos estes que podem estar compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos gradativamente, cessadas as causas de sua criação. CUMULATIVA OU MÚLTIPLA Consiste na possibilidade de a União instituir impostos estaduais em Território Federal e, se o Território não for dividido em municípios, a União deve instituir, cumulativamente, os impostos municipais. A presente competência tributária encontra-se prevista no art. 147, da Constituição. 6. Competência Privativa na Constituição 6.1. União (CF, artigos 148; 149; 153, I ao VII; e 154, II): a) Imposto de Importação (II). 25

24 b) c) d) e) f) g) h) i) j) Imposto de Exportação (IE). Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR). Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). Imposto sobre Grandes Fortunas. Impostos Extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa, compreendidos ou não em sua compe tência tributária, os quais devem ser suprimidos, gradati vamente, tão logo cessarem as causas de sua criação. Empréstimos Compulsórios. Contribuições Sociais, de intervenção no domínio econô mico e de interesse das categorias profissionais ou eco nômicas Estados e Distrito Federal (CF, art. 155, I ao III): a) Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD). b) c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automoto res (IPVA) Municípios (CF, art. 156, I ao III): a) b) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato 26

25 oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITIV). c) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), não tributados pelo ICMS e definidos em lei complementar. 7. Contribuição para Custeio de Iluminação Pública A EC nº 39/2002 admitiu uma nova competência para Municípios e o Distrito Federal, relativa à instituição da contribuição para custeio de iluminação pública, mediante inclusão do artigo 149-A à CF, nestes termos: Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 8. Contribuição Estadual e Municipal de Sistema de Previdência A própria Constituição Federal, no parágrafo único do seu artigo 149, como exceção, permite aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituírem contribuição, a ser cobrada apenas de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e de assistência social. 27

26 CAPÍTULO III LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR 1. Imunidades Tributárias As imunidades tributárias, que sempre são relacionadas a liberdades, ajudam a delimitar o campo tributário, excepcionando determinadas situações, que ficam, portanto, fora do campo de exercício da competência tributária. A imunidade é, assim, uma limitação da competência tributária. É chamada de não-incidência qualificada ou especial, pelo fato de que impede a instituição de tributos em virtude de determinação constitucional. As vedações ou imunidades constitucionais são absolutas. Qualquer pretensão estatal nesse campo é nula de pleno direito. A Constituição veda expressamente a instituição de tributos relativamente a certas pessoas ou coisas. Os casos de imunidade só existem em relação a impostos, conforme determina o art. 150, VI, da CF. Não há, portanto, imunidade com relação às taxas e às contribuições. 2. Principais Hipóteses de Imunidade a) b) Imunidade genérica: nesse caso a imunidade não se restringe apenas ao patrimônio, renda ou serviços, refere-se a todos os impostos; e Imunidade específica: que diz respeito a um único imposto Isenções Tributárias Segundo Rubens Gomes de Souza, isenção é a dispensa legal do pagamento do tributo. As isenções se submetem ao princípio da legalidade. Assim, só podem ser concedidas por lei, strito sensu. As isenções tributárias são normalmente concedias por lei ordinária proveniente da pessoa política competente para criar o tributo. As isenções, quando concedidas por lei ordinária, podem alcançar as taxas, 28

27 os impostos e/ou contribuições de melhoria. A lei complementar pode criar isenções para os tributos que foram instituídos por lei complementar, tais como empréstimos compulsórios, impostos residuais e contribuições do art. 195, 4º, da CF/ Classificações das Isenções a) Isenções autônomas: são aquelas concedidas pela própria pessoa política tributante, titular da competência para instituir e cobrar o referido tributo. Tais isenções são a regra; e b) Isenções heterônomas: são as concedidas por pessoa política distinta daquela que é titular da competência para instituir o tributo. 29

28 CAPÍTULO IV PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 1. Noções Gerais A palavra princípio se acha ligada à idéia de ponto de partida, de base, de fundamento, isto é, de proposição básica ou verdade primeira. 2. Princípio da Legalidade Tributária (art. 150, I): Também chamado de Princípio da Reserva Legal ou da Estrita Legalidade, é a qualidade daquilo que é conforme a lei; relativo à lei. É vedado exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Este princípio divide-se em: a) b) Genérico: somente a lei formal, emanada do Poder Legislativo, é fonte do direito; Específico: não basta a lei formal reconhecer a existência do tributo; precisa ela consignar todos os seus elementos essenciais. Como conseqüências desse princípio temos: a) b) c) tem o sentido de que todo ato do Estado que interfira na liberdade do indivíduo, aumentando suas obrigações ou deveres, deve estar apoiado em lei formal (emanada do Poder Legislativo); defende o patrimônio privado do cidadão contra prováveis atos da Administração. O Poder Executivo não pode exigir nenhum tributo que não tenha sido definido por lei, a qual deve estar ajustada às garantias constitucionais; consagra que somente o Poder Legislativo é o titular do poder fiscal do Estado. 30

29 Outro ponto muito discutido em relação ao princípio da legalidade é a competência estabelecida no artigo 62 da Constituição: Os consumidores, por força de medidas estabelecidas em lei, devem ser esclarecidos a respeito dos impostos que incidem sobre mercadorias e serviços ( 5º do artigo 150 da CF). 3. Princípio da Anterioridade da Lei Tributária Os tributos sujeitos a este princípio só poderão ser cobrados a partir do exercício seguinte àquele em que a lei os instituiu ou alterou, e está previsto na CF/88, no art. 150, inciso III, letra b. Como exceção desse princípio, por força do artigo 153, 1º da Constituição, o Poder Executivo da União, observadas as condições e os limites estabelecidos em lei, pode alterar as alíquotas dos impostos de Importação, Exportação, sobre Produtos Industrializados e sobre Operações de Crédito, Câmbios, Seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e dos Extraordinários (cobrados na iminência ou no caso de guerra externa). 4. Princípio da Igualdade Jurídica Tributária (art. 150, II, da C.F.) Também chamado de Princípio da Isonomia ou Princípio da Equidade, ele não é privativo do Direito Tributário; pertence ao mundo geral do direito. A lei é igual para todos e a todos se aplicará com igualdade. Esse princípio busca apenas uma igualdade relativa, assegurando um mesmo tratamento às pessoas, físicas ou jurídicas, que se encontram em situações idênticas. É com fundamento num mínimo de igualdade que existe a igualdade de todos. Há duas concepções que existem a respeito desse princípio: 1) IGUALDADE DIANTE DA LEI todos se encontram, diante da norma jurídica, em um mesmo pé de igualdade, não havendo privilégios de qualquer natureza. Nesse ponto, o princípio é dirigido ao intérprete e 31

30 ao aplicador da lei; 2) IGUALDADE NA LEI A norma jurídica deve dispor de maneira geral e com igualdade para todos os casos que ela regula; nela não pode haver discriminação baseada em critérios de relevância proibidos, mas tão-somente quando existam fundadas razões de fato, que indiquem real existência de diferenças. O legislador deve se abster de criar desigualdades por ocasião da elaboração das leis; é uma limitação dirigida ao legislador. 5. Princípio da Capacidade Contributiva Origina-se do ideal da justiça distributiva. É o princípio pelo qual cada pessoa deve contribuir para as despesas da coletividade de acordo com a sua aptidão econômica. O tributo é justo desde que adequado à capacidade econômica da pessoa que deve suportá-lo. Então, este princípio elege uma das seguintes aptidões do contribuinte: capacidade contributiva ou possibilidade de suportar o ônus tributário. 6. Princípio da Hierarquia das Fontes Formais do Direito As normas que integram o ordenamento jurídico formam uma estrutura única, totalizadora. O seu todo é considerado como unidade. Embora formando uma unidade, o certo é que as diferentes normas jurídicas do ordenamento tributário não possuem, entre si, um mesmo valor hierárquico. Assim, no sistema jurídico, vamos encontrar fontes superiores e inferiores numa escala ascendente, que formam a hierarquia das fontes formais do direito. A Constituição é a norma ápice. Desta e na conformidade desta é que se estabelece a gradação hierárquica entre as diversas fontes. A violação ao princípio da hierarquia das leis tributárias representa uma inconstitucionalidade. 32

31 7. Princípio da Vedação de Impostos Confiscatórios (art. 150, IV) A Constituição não admite imposto que resulta em confisco. Por imposto confiscatório devemos entender aquele que absorve grande parte do valor da propriedade ou de sua renda, havendo uma diferença apenas entre o imposto constitucional e o confiscatório. 8. Princípio da Vedação de Impostos Proibitivos É consagrado pela Constituição Federal ao assegurar a liberdade de iniciativa (art. 5º, IV e VI), a liberdade de qualquer trabalho, ofício ou profissão (art. 5º, XIII) e a liberdade de associações (art. 5º, XVIII). Tais premissas constitucionais não permitem que sejam criados impostos que venham tolher ou cercear essas garantias e direitos. 9. Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária (art. 150, III, a) Em caráter excepcional, que, por isso mesmo, só abrange os casos especificados expressamente, o CTN, no art. 106, arrola as hipóteses em que a lei fiscal se aplica a atos ou a fatos ocorridos antes de sua vigência. Isso ocorre quando o dispositivo dá interpretação autêntica a outro ou outros de lei anterior, exclui penalidade desta, e, ainda, quando assume a característica lex mitior (lei melhor). 10. Princípio da Imunidade Recíproca sobre Patrimônio, Renda ou Serviços, uns dos outros (art. 150, inciso VI, alínea a ). Essa imunidade é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (art. 150, 2º). É importante ressalvar que essas vedações (Imunidade Recíproca) não se 33

32 aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimen tos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar Imposto relativamente ao bem imóvel. Essas vedações compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas (art. 150, 4º). 11. Princípio da Imunidade dos Templos de qualquer culto Exclusivamente com relação ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionado com as suas finalidades essenciais (artigo 150, VI, b e 4º). Assim, por exemplo, se a entidade praticar atos de comércio (compra e venda de bens e serviços), tais operações são tributáveis, por não terem característica de finalidade essencial (religiosa). 12. Princípio da Vedação à Limitação ao Tráfego de Pessoas/Bens (art. 150, V) É proibido o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a permissão para a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 13. Princípio da Imunidade dos Partidos Políticos, Fundações, Entidades Sindicais de Trabalhadores e Instituições de Educação e Assistência Social, sem fins lucrativos (art. 150, VI, c ). Essa vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as suas finalidades essenciais. Assim, por exemplo, se a entidade praticar atos de comércio (compra e venda de bens e serviços), tais operações são tributáveis, por não terem característica de finalidade essencial (por exemplo, assistência à criança e ao adolescente). 34

33 14. Princípio da Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos e o papel destinado à sua Impressão (art. 150, VI, d). Este princípio tem a ver com a divulgação da cultura, da informação e do conhecimento. Atualmente, questiona-se se as obras eletrônicas (CDs e outros meios de gravação de livros, periódicos e demais elementos de informação) são abrangidas ou não por tal imunidade, dada a evolução da eletrônica e a proliferação de novas formas de armazenamento de conteúdo. 35

34 CAPÍTULO V DOS TRIBUTOS 1. Definição de Tributo Rubens Gomes de Souza define o tributo como sendo a receita derivada que o Estado arrecada mediante o emprego da sua soberania, nos termos fixados em lei, sem contraprestação diretamente equivalente, e cujo produto se destina ao custeio das atividades que lhe são próprias. O Direito Tributário trata dos princípios e normas concernentes à utilização, pelo Estado, de seu poder fiscal (soberania), regulando os aspectos relativos à criação e à aplicação dos tributos e analisando as conseqüentes relações jurídicas tributárias que surgem entre a entidade pública tributante e os contribuintes. O tributo, no Direito Tributário, é o objeto da relação jurídica. O artigo 3º do CTN Código Tributário Nacional define assim TRIBUTO: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. O tributo é uma obrigação ex lege em moeda, que não se constitui sanção por ato ilícito e tem como sujeito ativo, normalmente uma pessoa política e, por sujeito passivo, qualquer pessoa apontada na lei da entidade tributante. - é uma obrigação ex lege Obrigação é o vínculo abstrato de conteúdo patrimonial, pelo qual, alguém, sujeito passivo, vê-se compelido a dar, fazer, não fazer ou suportar algo em favor de outrem, sujeito ativo. - o tributo deriva direta e imediatamente da vontade da lei; por isso, é uma obrigação ex lege. Nasce do fato descrito na lei e, por ela considerado, apto a desencadear obrigações tributárias. É diferente da obrigação ex vontate a Fazenda não vai saber se o contribuinte queria ou não pagar. Por esta razão que a capacidade tributária passiva é diferente de capacidade civil (incapaz tem que pagar tributo) - em moeda - a lei só pode obrigar o contribuinte a pagar o tributo em 36

35 moeda, não terá que pagar em espécie. Deve ser moeda corrente - reais. É obrigação de dar dare pecuniam. É possível, se o contribuinte quiser ou puder poderá pagar o tributo com algo que, em moeda, possa se exprimir. (Dação) - não constitui sanção - O tributo além de ser uma obrigação ex lege de dar moeda, não se constitui sanção por ato ilícito. O tributo não é multa. Tem por pressuposto a prática de um fato lícito qualquer, diferente de multa, que pressupõe o descumprimento de um dever jurídico. - um ato ilícito sozinho não pode gerar tributo, mas ele pode existir remotamente na cadeia (ex. bicheiro deve pagar IR). Prevalece a teoria non olet (não tem cheiro) que diz que não importa a origem do tributo, só não pode derivar diretamente de ato ilícito. - o tributo incide sempre sobre fatos que trazem riqueza, economicamente considerando (traz ganhos para a pessoa que praticar o ato). 2. Finalidades Básicas do Tributo São três as finalidades básicas do tributo: Fiscal: quando seu principal objetivo é a arrecadação de recursos financeiros para o Estado; Extrafiscal: quando seu objetivo principal é a interferência do domínio econômico, buscando um efeito diverso da simples arrecadação de recursos financeiros; Parafiscal: quando seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de atividades que, em princípio, não integram funções próprias do Estado, mas este as desenvolve através de entidades específicas. 3. Natureza Jurídica do Tributo Nos termos do artigo 4º do CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la: 37

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