AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE"

Transcrição

1 AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) PRODUTO 05- ALTERNATIVA PARA O TRANSBORDO, TRATAMENTO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL PARA OS RCCV ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_ Consórcio: Maio de 2015

2 PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) Consórcio: Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo Título do documento: Produto 05: Alternativas para o Transbordo, Tratamento e Disposição Final dos RCCV. Nome/código: ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_ Versão: 4 Elaboração: Equipe IDP FR Data: 20/05/2015 Revisão: Equipe IDP FR Data: 20/05/2015 Aprovação: Jesús Blasco Data: 20/05/2015 Observações: Aprovação do Gestor: Nome: Gustavo Batista de Medeiros Data da Aprovação: Visto: Pag. 2

3 APRESENTAÇÃO O presente documento, formalmente denominado Alternativas para o Transbordo, Tratamento e Disposição Final, ou Produto 05, é o terceiro Produto da Fase 02 do PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) e foi elaborado pelo Consórcio formado pelas empresas IDP Ingeniería e Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha - Gestão de Projetos Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha) sob a coordenação da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e seu Grupo de Acompanhamento (GA). Como definido inicialmente, a elaboração do Plano está estruturada em três fases: Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte; Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e gerenciamento dos RCCV; e Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão e gerenciamento dos RCCV. O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses e como o início foi em janeiro de 2014 seu término está previsto para outubro de A Fase 01, finalizada em setembro de 2014 teve a função de levantar dados e apresentar o Diagnóstico da Situação Atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte e, por sua vez, foi composta por três Produtos além de Resumo Executivo. de um Resumo Executivo, conforme esquema apresentado no quadro abaixo. Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de BH Produto 00: Balizamento técnico, legal e metodológico para elaboração do Plano Produto 01: Geração e fluxo de gestão e gerenciamento dos RCCV Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e em execução, para gestão e gerenciamento dos RCCV Resumo Executivo: Síntese analítica de dados e informações Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Pag. 3

4 A Fase 02, iniciada paralelamente a etapa final da Fase 01, com a elaboração do Produto 03 é composta por seis Produtos conforme descrito de forma sintética no Quadro abaixo e no organograma geral de todos os Produtos que compõe o Plano: Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição final dos RCCV. Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RCCV Produto 03 - Benchmarking Referencial Nacional e Internacional de Gestão e Gerenciamento de RCCV Produto 04 - Alternativa de Gestão e Gerenciamento de RCCV recomendada Produto 05 - Alternativas para o Transbordo, Tratamento e Disposição Final Produto 06 - Áreas Favoráveis para Instalação de Infraestruturas de RCCV Produto 07 - Possibilidades de Implantação de Soluções Integradas Produto 08 - Sistema de Gerenciamento Proposto Resumo Executivo Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, O Produto 05 descreve os diferentes sistemas de transbordo, tratamento e disposição final para os RCCV gerados na Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, focando nas condições de gerenciamento, operações, monitoramento e avaliação das etapas. O diagnóstico da informação foi realizado a partir de dados secundários e primários. A informação de âmbito primário de diagnóstico foi definida no Produto 00: Planejamento Técnico e Conteúdo Introdutório Referente aos Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), Produto 01: Tipologia / Atividade, Geração, e Custo Referente aos Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), Produto 03: Benchmarking Internacional Referencial RCCV e Produto 04: Alternativa de Gestão e Manejo recomendado para os RCCV, todos elaborados pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha. O objetivo da elaboração deste Produto 05 é servir de apoio às demais fases de contempladas pelo Plano, possuindo um caráter dinâmico e podendo ser complementado em função das necessidades técnicas específicas, buscando ser um instrumento que junto aos mecanismos de gestão já implantados pela ARMBH, possa dar suporte à conclusão do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV). Pag. 4

5 Figura 1 - Estrutura Analítica do Projeto (EAP). Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP FR, Pag. 5

6 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 3 SUMÁRIO... 6 ÍNDICE DE QUADROS... 9 ÍNDICE DE FIGURAS DEFINIÇÕES INTRODUÇÃO BASE LEGAL E NORMATIVA PARA OS RCCV METODOLOGIA ALTERNATIVAS PARA A DESTINAÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS RCCV MODELOS DE PLANTAS DE TRIAGEM E TRANSBORDO MODELOS DE PLANTAS DE RECICLAGEM / BENEFICIAMENTO PLANTAS DE RECICLAGEM DE MADEIRA MODELOS DE PLANTAS PARA PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUOS (CDR) MODELOS DE PLANTAS DE PRODUÇÃO DE AGREGADOS RECICLADOS MODELOS DE PLANTAS DE INCINERAÇÃO PARA VALORIZAÇÃO ENERGETICA CO-PROCESSAMENTO EM CIMENTEIRAS MODELO DE ARMAZENAMENTO DE MATERIAL EM ÁREAS DE ARMAZENAMENTO TRANSITÓRIO PARA USO FUTURO MODELO DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS INERTES EM ATERROS CLASSE A COMPARAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO DOS RCCV CARACTERIZAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS RCCV POR ORIGEM Agregados procedentes de obras viária - camadas de aglomerado asfáltico Escavações (terra, pedras, etc.) Demolição de edifícios (concreto, cerâmicas, argamassa, amianto, etc.) 91 Pag. 6

7 Construção e renovação de edifícios - plástico, papel, vidro, madeira Descontaminação de solos Encerramento e descontaminação de aterros clandestinos CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL CONDIÇÕES DE GESTÃO DOS RCCV COMPETËNCIAS E RESPONSABILIDADES LICENÇAS AMBIENTAIS DE OPERAÇÃO Órgãos responsáveis pelo processo de licenciamento ambiental Tipos de licenciamentos Licenciamento das instalações para a destinação final de RCCV Atividades potencialmente poluidoras CONDIÇÕES DE GERENCIAMENTO EM CADA FASE CONTROLE AMBIENTAL (POEIRA, RUÍDO E OUTROS) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PROCEDIMENTO DE TREINAMENTO PROCEDIMENTO DE COMPRAS E ARMAZENAMENTO PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO PROCEDIMENTO DE LIMPEZA PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA O CONTROLE E RECEPÇÃO DE RESÍDUOS Recepção dos resíduos no centro de tratamento PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS RECUPERÁVEIS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA CLASSIFICAÇÃO E PRÉ- TRATAMENTO DE RESÍDUOS Movimento de materiais Seleção prévia e classificação do material Armazenamento Alimentação Pag. 7

8 Fragmentação de sólidos Separação INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DEFINIÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL PROPOSTA DE PROGRAMA PARA O MONITORAMENTO DOS INDICADORES AVALIAÇÃO DE TODAS AS ETAPAS DE GESTÃO MONITORAMENTO CONTÍNUO DAS ETAPAS DE GERENCIAMENTO AVALIAÇÃO DAS ETAPAS DE MANEJO DOS RCCV CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Pag. 8

9 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 - Deliberações Normativas COPAM para RCC Quadro 2 - Normas Brasileiras (NBR) da ABNT para RCCV Quadro 3 - Outros Instrumentos Legais Quadro 4 - Aspectos centrais de normas técnicas brasileiras para o gerenciamento de RCCV Quadro 5 - Aspectos centrais de algumas normas técnicas brasileiras para reciclagem de RCC Quadro 6 - Algumas possibilidades para a destinação de RCCV segregado Quadro 7 - Área básica demandada para o gerenciamento dos resíduos da construção civil Quadro 8 - Área básica demandada para o gerenciamento dos resíduos Quadro 9 - Vantagens e desvantagens das Plantas de reciclagem Quadro 10 - Área básica demandada para o manejo dos resíduos Quadro 11 - Vantagens e desvantagens das plantas de produção de agregados reciclados Quadro 12 - Área básica demandada para o gerenciamento dos resíduos em uma planta de produção de agregados reciclados dos RCCV Quadro 13 - Distribuição dos combustíveis alternativos empregados na UE em Quadro 14 - Vantagens e desvantagens da incineração e do coprocessamento Quadro 15 - Vantagens e desvantagens dos aterros Quadro 16 - Comparação entre plantas de tratamento de RCCV Quadro 17 - Classificação de RCC de acordo com o tipo de atividade Quadro 18 - Linhas de atuação para a descontaminação de solos Quadro 19 - Elementos potencialmente perigosos encontrados nos RCCV Quadro 20 - Atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais Quadro 21 - Risco Físico Pag. 9

10 Quadro 22 - Risco químico Quadro 23 - Risco ergonômico Quadro 24 - Aspectos ambientais derivados das instalações de transbordo, tratamento e disposição final de RCCV Quadro 25 - Detalhe dos Equipamentos de Proteção Individual para o gerenciamento dos RCCV nos centros de tratamento de RCCV Quadro 26 - Detalhe de EPC utilizados durante o Transbordo de resíduos Quadro 27 - Detalhe de Equipamentos de Proteção Coletiva em tratamento de resíduos Quadro 28 - Situação, Controle e Manutenção dos EPC durante o tratamento Quadro 29 - Indicadores de desempenho relacionados aos RCCV Quadro 30 - Indicadores de desempenho relacionados com as instalações de disposição final de RCCV Quadro 31 - Monitoramento das etapas de gerenciamento nas fases de transbordo, tratamento e disposição final Pag. 10

11 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Estrutura Analítica do Projeto (EAP) Figura 2 - Esquema de funcionamento de uma Planta para o Tratamento de Resíduos Volumosos Figura 3- Fluxo de coleta da informação Figura 4- Principais relações entre as instalações de RCCV Figura 5- Entrada de resíduos volumosos (móveis e colchões) nas plantas de triagem Figura 6- Planta de triagem e transbordo Figura 7- Fluxo do resíduo em uma Planta de reciclagem de RCCV Figura 8- Processos típicos de uma planta de reciclagem ou beneficiamento de madeira Figura 9- Resíduos de madeira segregados prontos para serem triturados e peneirados Figura Planta de reciclagem de madeira Figura 11- Produtos reciclados da madeira prontos para serem estocados ou encaminhados para venda Figura 12 - Moinho de martelos para biomassa Figura 13 - Esquema de Planta de produção de CDR Figura 14 - Planta de seleção de RCC em Astúrias (Espanha) Figura 15 - Tromel em planta de seleção de RCC em Astúrias (Espanha) Figura 16 - Esquema de planta de produção de agregados reciclados Figura 17 - Distribuição das fábricas de cimento de produção de clínquer Figura 18 - Esquema aterro Classe A Figura 19 - Exemplos de alguns tipos de Equipamento de Proteção Individual (EPI) Figura 20 - Exemplos de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC s) utilizados para a função de sinalização Pag. 11

12 Figura 21 - Ponto de identificação e acesso à área de descarga do centro de tratamento Figura 22 - Pá carregadeira Figura 23 - Esteiras para triagem manual Figura 24 - Elevador de caçamba Figura 25 - Britador de impacto Figura 26 - Britador de rolos Figura 27 - Moinho de martelos Figura 28 - Grelha inclinada de classificação de materiais Figura 29 - Tromel de classificação Figura 30 - Separador por correntes de Foucault Figura 31 - Plástico triturado e esferas de plástico ( granza ) Figura 32 - Fabricação de peças de plástico por injeção de pellets Figura 33 - Vidro triturado para reciclar Figura 34 - Latas de alumínio para reciclar Figura 35 - Alimentação da incineradora com ponte grua Figura 36 - Preparação do aterro Figura 37 - Acondicionamento de resíduos recém dispostos Figura 38 - Encerramento do aterro Figura 39 - Ciclo de monitoramento Pag. 12

13 DEFINIÇÕES A seguir, serão apresentadas as definições de alguns termos técnicos utilizados ao longo do documento. Acondicionamento O gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que sejam possíveis, as condições para a sua reutilização e de reciclagem. Agregado reciclado Material granular proveniente do beneficiamento (trituração) de resíduos de construção Classe A com características técnicas para utilização em obras de edificação, infraestrutura, recobrimento em aterros sanitários ou outras obras de engenharia, de acordo com os critérios técnicos e orientações exigidas pela legislação vigente. Área contaminada Local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos. Área órfã contaminada Área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis. Áreas de armazenamento transitório Área que tenha como atividade fim o armazenamento de resíduos da construção civil e volumosos em local adequado, de forma controlada e sem risco à saúde pública e ao meio ambiente, com o intuito de viabilizar sua triagem, reutilização, reciclagem ou disposição final, conforme a Normativa COPAM nº 155. Áreas de destinação de resíduos São áreas destinadas ao beneficiamento/reciclagem ou tratamento de resíduos. Áreas de disposição final de resíduos São áreas destinadas à disposição em solo de rejeitos. Áreas de reciclagem Área onde ocorre o processo de transformação de um resíduo para fins de reaproveitamento conforme a Normativa COPAM nº 155. Pag. 13

14 Áreas de Triagem e Transbordo ATT Estabelecimento privado ou público destinado ao recebimento de resíduos da construção civil e volumosos, usado para triagem dos resíduos recebidos e posterior remoção para destinação adequada conforme a Normativa COPAM nº 155. Aterro Controlado É uma fase intermediária entre o vazadouro a céu aberto (lixão) e o aterro sanitário. Os resíduos são dispostos em terreno sem impermeabilização, não dispondo de sistemas de drenagem de percolado ou gases, como exigido para os aterros sanitários. Entretanto, a operação é bastante similar ao previsto para os aterros sanitários, com espalhamento, compactação e recobrimento dos resíduos diariamente. A área é cercada sem a presença de animais e atividades de catação, ao contrário do que normalmente se verifica nos lixões. Aterro de resíduos Classe A de reserva de material para usos futuros É a área tecnicamente adequada onde serão empregadas técnicas de destinação de resíduos da construção civil classe A no solo, visando à reserva de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente e devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente (nova redação dada pela Resolução 448/12). Aterro sanitário Instalação destinada à disposição sanitária e ambientalmente segura dos resíduos sólidos urbanos do âmbito da Administração Municipal na superfície ou subterrâneo, baseados nos princípios e métodos da engenharia sanitária e ambiental. Beneficiamento Processos que tenham por objetivo agregar valor aos resíduos para sua utilização como matéria-prima ou produto. Britadores Equipamentos utilizados para o processo de britamento que consiste no uso da energia mecânica de caráter compressivo, de impacto ou de cisalhamento. Alguns tipos de britadores mais utilizados são: Britador de mandíbulas, Britador giratório e Britador de rolos. Os britadores são equipamentos usados para a redução grosseira de grandes quantidades de sólidos como materiais rochosos, carvão, vidro, etc. Bacia de Captação de Resíduos A bacia de Captação de Resíduos é a parcela da área urbana que apresenta condições homogêneas para o recebimento dos resíduos de construção ou resíduos volumosos nela gerados, em um único ponto de captação (Ponto de Entrega para Pag. 14

15 Pequenos Volumes). Estes Pontos podem ser compartilhados para recebimento de outros resíduos com potencial para a logística reversa ou reciclagem. Banco de áreas para aterramento O banco de áreas para aterramento é composto por lotes ou pequenas glebas urbanas ou rurais, públicas ou particulares, que necessitam de aterramento para correção de seus relevos, em caráter definitivo e de forma adequada, com vistas à implantação de atividade requerida À implantação desse banco de áreas deve conter, além do cadastro das áreas disponíveis para aterramento, critérios corretos para atender à demanda de materiais limpos, definição das responsabilidades e procedimentos para o licenciamento e execução do aterramento. Também deve ser exigido dos responsáveis pelas obras o uso exclusivo dos resíduos de classe A, adequadamente triados nas instalações propostas à readequação do sistema de gestão atual. Capacidade de recebimento Capacidade máxima de recebimento do empreendimento ou atividade, que deverá ser informada levando-se em conta a capacidade de processamento dos equipamentos e sistemas instalados. A capacidade de recebimento deverá ser expressa necessariamente na unidade explicitada no texto descritivo do porte do empreendimento ou atividade, conforme especificado na Normativa COPAM nº 155. Caracterização É uma das etapas do Projeto de Gerenciamento de RCC e consiste na identificação e quantificação dos resíduos, de acordo com o Artigo 9º, da CONAMA 307/2002. Ciclo de vida do produto É constituído por todas as etapas relativas a um produto, desde a obtenção de matérias-primas e insumos, processo de produção, consumo, resíduo pós-consumo, destinação e disposição final. Este ciclo é conhecido internacionalmente pela expressão From cradle to Grave (Do Berço ao Túmulo). Ciclones É o equipamento mais usado para coleta de poeira. Os ciclones são equipamentos utilizados para a coleta de partículas (limpeza de gases). Colar Metropolitano Conjunto de municípios pertencentes ao Colar Metropolitano da região metropolitana de Belo Horizonte, segundo o art. 3, 1, da Lei Complementar Estadual n 124/2012, bem como eventuais alterações. São eles: Barão de Cocais, Belo Vale, Bom Jesus do Amparo, Bonfim, Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna, Moeda, Pará de Minas, Prudente de Morais, Santa Bárbara, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José da Varginha Sete Lagoas. Pag. 15

16 Coleta diferenciada Coleta e transporte externos de resíduos, por grupos e/ou classe de resíduos segregados no local de geração e por tipo de destinação ou disposição final ambientalmente adequada. Coleta e transporte Externo Atividade que prevê a coleta dos resíduos sólidos por transportador devidamente registrado, cujos veículos devem contar com as autorizações previstas na legislação vigente, de âmbito local, estadual e federal, com informações de origem e destino. Os resíduos perigosos devem sempre ser transportados separadamente por veículos especiais fechados. Coleta Interna Atividade que prevê a coleta dos resíduos sólidos desde o local de geração de uma obra, até o armazenamento temporário e/ou externo conforme determina a legislação vigente e o PMGRCC. Coleta seletiva Coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição, composição ou classes previstas em norma legal. Coletor Recipiente fixo ou móvel, de capacidade variável, no qual os resíduos são depositados para seu posterior armazenamento ou transporte. Coprocessamento Técnica de destinação final, na qual se utiliza o processamento de resíduos da construção civil e volumosos como substituto parcial de matéria-prima e/ou de combustível em processos de fabricação de cimento e/ou similares. Consórcios municipais Consiste em um contrato regulamentado pela Lei Federal nº , de 6 de abril de 2005, formado por dois ou mais municípios, com adesão aprovada por lei municipal. Consultora contratada Empresa (ou Consórcio) contratada para a modelagem do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV). Pag. 16

17 Contratante Órgão que contrata a elaboração da modelagem do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), no caso, a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Controle de Transporte de Resíduos (CTR) O CTR (ou MTR Manifesto de Transporte de Resíduos) é um documento emitido pelo transportador de resíduos que fornece informações sobre gerador, origem, quantidade e descrição dos resíduos e seu destino, conforme especificações das normas brasileiras NBR /2004, NBR /2004 e NBR /2004 da ABNT. Convênio Arranjo institucional entre entes federativos de caráter associativo para atingir objetivos comuns. Depósito clandestino (Bota-fora) Área de deposição irregular de resíduos, utilizadas por transportadores de RCC-RV, que utilizam grandes áreas sem as licenças ambientais requeridas. Trata-se de atividade clandestina passível de sanções administrativas, civis e criminais. Desmonte Processo utilizado antes da demolição completa de um edifício, através do qual se realiza a extração e segregação de peças ou materiais presentes nos resíduos, de forma que cada parte possa receber a destinação mais adequada em função das suas características, sejam resíduos passíveis de reutilização, bem como os perigosos. Destinação final ambientalmente adequada Conforme a Lei /2010, considera-se destinação ambientalmente adequada de resíduos a reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação e aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. Disposição final ambientalmente adequada Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos, conforme a definição legal presente na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Pag. 17

18 Ecoponto Ponto de Entrega para Pequenos Volumes Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes de RCCV (URPV) Equipamento público destinado ao recebimento e triagem de pequenos volumes de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, gerados e entregues pelos municípios ou por pequenos transportadores, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente, observando as especificações da norma brasileira NBR /2004. Empresa prestadora de Serviços de Resíduos Sólidos (EPS-RS) Pessoa jurídica que presta serviços relacionados aos resíduos sólidos mediante uma ou várias das seguintes atividades: limpeza de vias e espaços públicos, coleta e transporte, transbordo, destinação e disposição final de resíduos sólidos. Fragmentação de sólidos É a operação que tem por objetivo a redução do tamanho de um determinado material sólido, podendo este ser matéria prima, insumo ou produto nas diversas etapas de um processo de transformação. Existe uma grande variedade de equipamentos para a realização deste processo, que podem ser classificados de acordo com a redução do tamanho das partículas em grossos, médios e finos. Geração Momento em que se gera um material que, de acordo com a legislação vigente, é considerado resíduo. Geradores São pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades que gerem resíduos, inclusive RCCV. Gerenciamento de resíduos sólidos Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma da Lei nº , de 2 de agosto de 2010 (nova redação dada pela Resolução 448/12). Estas ações podem ser desenvolvidas pelo poder público ou delegadas a terceiros. Gestão de resíduos sólidos Conjunto de etapas que inclui o planejamento, diretrizes, procedimentos, objetivos e metas, atribuindo responsabilidades aos geradores, de acordo com a legislação vigente, além das atividades de supervisão, monitoramento e fiscalização. Trata-se de responsabilidade pública, indelegável. Pag. 18

19 Grandes geradores Pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas que gerem RCCV acima do limite diário estipulado pelo poder público municipal. Grelha vibratória São equipamentos utilizados na separação dos sólidos menores para a alimentação de britadores e rebritadores, a fim de permitir que esses equipamentos trabalhem em seus níveis máximos de capacidade. Servem para remover materiais finos do material bruto (ROM) antes do britador primário e para o escape do material antes de rebritadores. A adoção de grelhas proporciona vários benefícios, entre os quais: permite que o britador alcance sua plena capacidade de produção; reduz a capacidade nominal necessária do britador; reduz o desgaste por abrasão dos revestimentos do britador; os materiais finos (ou particulados) formam uma camada de material que protege a correia transportadora contra o impacto direto da descarga do britador. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) É um imposto brasileiro previsto constitucionalmente, de competência municipal, que incide sobre a propriedade predial e territorial urbana e tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do município. Infraestrutura de disposição final Instalação devidamente equipada e operada que permite dispor sanitária e ambientalmente de forma segura os resíduos sólidos, mediante aterros sanitários e aterros de segurança. Infraestrutura de tratamento Instalação onde se aplicam ou operam tecnologias, métodos ou técnicas que modificam as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos sólidos, de maneira compatível com requisitos sanitários, ambientais e de segurança. Insalubridade São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham aos empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Pag. 19

20 Lixão Denominação popular para a disposição final inadequada de resíduos sólidos, caracterizada pela sua descarga sobre o solo, sem critérios técnicos nem medidas de proteção ambiental adequadas à saúde pública. É o mesmo que vazadouro ou descarga a céu aberto. Logística reversa Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos pós-consumo ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Manejo de resíduos sólidos Toda atividade técnica operacional de resíduos sólidos que envolva o manuseio, acondicionamento, segregação, transporte, armazenamento, transferência, tratamento, disposição final ou qualquer outro procedimento técnico operacional utilizado desde a geração até a destinação e disposição final dos mesmos. Material valorizado Material segregado e submetido, ou não, a outros processos que agreguem valor, para serem utilizados como matéria prima. Minimização Ação de reduzir ao mínimo possível o volume e periculosidade dos resíduos sólidos, através de qualquer estratégia preventiva, procedimento, método ou técnica utilizada na atividade geradora. Misturadores Equipamentos destinados à mistura de pós e grãos. Não degrada o produto e possui ampla acessibilidade para limpeza e descontaminação. Pá Carregadeira Trator escavo-carregador usado para amontoar terra, entulho, lama, lixo e carregar os veículos em operação nas vias públicas e nos aterros sanitários. Padrões sustentáveis de produção e consumo Produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a aplicação ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras. Pag. 20

21 Parceria Público-Privada (PPP) Contrato de prestação de obras ou serviços não inferior a R$ 20 milhões, com duração mínima de 5 e no máximo 35 anos, firmado entre empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal. Peneiramento Operação de separação mecânica de materiais com o objetivo de separar sólidos granulados de diâmetros diversos por meio da utilização de peneiras manuais. Peneira Vibratória Equipamento eletromecânico que separa materiais em diversas granulometrias, inclusive as muito finas (particulado). Neste processo, as partículas são separadas e as maiores ficam na peneira. A peneira vibratória ou tela está relacionada com as indústrias que trabalham com classificação, separação por diferentes tamanhos e seleção de materiais em misturas. Pequenos geradores São pessoas físicas que geram pequenas quantidades de RCCV, em geral até 1m³ por dia, ou um objeto de grande volume para este mesmo período. Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil e Volumosos Documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, cujos procedimentos são regularizados pelas Resolução CONAMA n 307/2002, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Plano de recuperação de áreas degradadas O PRAD (Plano de Recuperação de Área Degradada) é um tipo de Estudo Ambiental que contém uma série de programas e ações que permitem minimizar o impacto ambiental causado por uma determinada atividade ou empreendimento. Tem por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de estabilidade, em termos ambientais e de segurança. Protocolo Documento que contém um conjunto de procedimentos específicos de forma ordenada, estabelecidos para a realização de alguma atividade. Sempre possui a mesma estrutura e conteúdo. Também se emprega este termo nos protocolos Pag. 21

22 dedicados às comunicações nos sistemas de automatização e controle, bem como no transporte de dados, etc. Reabilitação Ações de intervenção realizadas em uma área contaminada visando atingir um risco tolerável para o uso declarado ou futuro da área. Reaproveitamento Obtenção de benefício de um material, artigo, elemento ou parte de resíduos sólidos, a partir de técnicas de reaproveitamento, tais como reciclagem, recuperação ou reutilização. Receptores de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos Pessoas jurídicas, públicas ou privadas, operadoras de empreendimentos, cuja função seja o manejo adequado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos em pontos de entrega, áreas de triagem, áreas de reciclagem, aterros, entre outras. Reciclagem Ato de submeter o resíduo a um processo de transformação física, química ou biológica, obtendo um novo produto, idêntico ou não ao anterior. Rejeitos Resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. Remediação Uma das ações de intervenção para reabilitação de área contaminada que consiste em aplicação de técnicas, visando a remoção, contenção ou redução das concentrações de contaminantes. Reserva de Resíduos A Reserva de Resíduos é o processo de disposição segregada de resíduos selecionados para reutilização ou reciclagem futura. Resíduos biodegradáveis São restos orgânicos que se descompõe facilmente no ambiente e que podem ser transformados facilmente em compostos orgânicos para acondicionamento de solos. Resíduos da Construção Civil - RCC Pag. 22

23 Aqueles provenientes das atividades de construção, reforma, reparo ou demolição de obras de construção civil, bem como os provenientes da preparação e da escavação de terrenos para fins de construção civil, conforme especificado na Resolução CONAMA 307/2002 e na Deliberação Normativa COPAM nº 155/ Resíduos inertes São aqueles que não se descompõe e a degradação natural não ocorre ou demandaria grandes períodos de tempo. Entre estes se encontram os RCC Classe A, além do poliestireno expandido, alguns papéis e a grande maioria de plásticos. Resíduos não perigosos São aqueles gerados em qualquer lugar e no desenvolvimento de sua atividade, que não apresentam riscos para a saúde humana e/ou ao meio ambiente. Resíduos perigosos São aqueles resíduos que por suas características ou manuseio ao que serão submetidos, representam um risco significativo para a saúde ou ao ambiente. São considerados perigosos os que apresentem pelo menos uma das seguintes características: autoinflamabilidade, explosivo, corrosivo, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, os quais podem causar dano à saúde humana e/ou ao ambiente. Também se consideram perigosos os envases e embalagens que tenham estado em contato com eles ou com substâncias ou produtos perigosos. Resíduos sólidos Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis quanto a melhor tecnologia disponível. Resíduos volumosos (RV) Os Resíduos Volumosos (RV) são os resíduos considerados como os não provenientes de processos industriais, constituídos basicamente por material volumoso não removido pela coleta pública municipal rotineira, como móveis e equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira, podas e assemelhados. Reutilização É o processo de reuso de um resíduo, sem transformação do mesmo. Pag. 23

24 Segregação Ato de (após a geração) garantir a separação dos resíduos na fonte de sua geração ou posteriormente, por tipo ou classe previstos em norma. Transportadores São pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação ou disposição final. Tratamento É o processo, método ou técnica que permite modificar as características físicas, químicas ou biológicas do resíduo, a fim de reduzir volume, peso ou seu perigo potencial capaz de causar danos à saúde e ao ambiente, tornando mais seguras e econômicas as condições de armazenagem, transporte e disposição final. Tratamento térmico É todo e qualquer processo cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima de oitocentos (800) graus Celsius (CONAMA 316/2002). Triagem A triagem de resíduos consiste na operação de separação e limpeza dos diversos resíduos e/ou componentes dos resíduos de outros materiais indesejáveis, para posterior acondicionamento e envio à recuperação ou reciclagem. Usina de Triagem e Compostagem Local onde é realizada a separação manual ou mecanizada da matéria orgânica, materiais recicláveis, rejeitos e resíduos especiais presentes no lixo. A parte orgânica é destinada ao pátio de compostagem, onde é submetida a um processo de conversão biológica em adubo, e o que não pode ser aproveitado é aterrado em valas de rejeitos. Valorização Operação manual ou mecânica, desenvolvida apenas por um gestor autorizado, que permite o máximo aproveitamento de todos os recursos contidos nos resíduos da construção, com garantia de aplicação de acordo com as normas e as leis vigentes, e que permite sua reinserção no ciclo econômico e produtivo dos materiais de segundo uso. Pag. 24

25 ABREVIATURAS AAF ABNT ANTT AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTE TERRESTRE ARMBH AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE AS CM CONAMA CONTRAN COPAM CTB CTRS EPI EPC FEAM GIRSU INCA ATERRO SANITÁRIO COLAR METROPOLITANO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS INCINERAÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL ISO ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE NORMALIZAÇÃO (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION) LO LP MMA NBR PDDI-RMBH LICENÇA DE OPERAÇÃO LICENÇA PRÉVIA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE NORMA BRASILEIRA PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE Pag. 25

26 PCI PODER CALORÍFICO INFERIOR PEAD PNRS PRL POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS PREVENÇÃO DE RISCOS LABORAIS REE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS RDC RCC RCCV RMBH RSU SEBRAE SLU URPV URP PGIRPN PGIREEE PGIRCC RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA UNIDADE DE COLETA DE PEQUENOS VOLUMES UNIDADE DE RECEBIMENTO DE PNEUS PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS PNEUMÁTICOS PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PGRCCV PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS BDE PDE BASES DE DESCARGA DE ENTULHO POSTOS DE DESCARGA DE ENTULHO SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO Pag. 26

27 1 INTRODUÇÃO De acordo com o Termo de Referência, o presente documento possui como objetivo geral identificar alternativas para o transbordo, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos RCCV, de acordo com as necessidades específicas de cada classe e, considerando ainda as especificidades da RMBH e Colar Metropolitano. Conforme o mesmo documento, a elaboração do Produto deve considerar todos os aspectos legais relacionados ao tema, como por exemplo: a Resolução CONAMA n 307/2002 e suas revisões, as normas e orientações técnicas definidas pela ABNT, e, ainda, algumas leis municipais, dentre as quais se destacam: Lei Municipal Nº /2012 (Belo Horizonte), que institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos (SGRCCV) e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos (PMRCCV), e dá outras providências; Lei Municipal nº também de 2012, que dispõe sobre a limpeza urbana, seus serviços e o manejo de resíduos sólidos urbanos no Município de Belo Horizonte. Em geral, todo o processo de proposição de alternativas deve ser realizado considerando o arcabouço legal existente que regula e normatiza o tema em uma determinada região de estudo. Não menos importante é o reconhecimento das necessidades específicas da região. Uma análise comparativa entre a situação diagnosticada e as exigências legais pode ser entendida como o pontapé inicial da definição de caminhos que conduzam ao alcance das metas e diretrizes previamente definidas. E sobre este assunto, vale registrar que a adequação às regras e leis deve ser tomada como proposta prioritária, antes que seja dado um próximo passo em direção às alternativas mais complexas e tecnologicamente sofisticadas. Neste sentido, serão apresentadas condições básicas e mínimas que devem ser observadas por todos os profissionais envolvidos no gerenciamento de RCCV. Dentro deste tópico se inclui a especificação dos equipamentos de segurança individuais e coletivos e os procedimentos operacionais sugeridos para a realização das etapas de transbordo, tratamento e destinação final dos RCCV. Para auxiliar no monitoramento, controle e melhoria contínua dos processos propostos serão apresentados sugestões de indicadores de desempenho operacional e ambiental visando à obtenção, atualização, coleta e sistematização dos dados de geração de RCCV. É importante observar que, tais indicadores devem ser aplicados de forma paralela e em sintonia com a implantação dos processos de melhoria dos projetos que forem instituídos, pois devem ser capazes de monitorar o gerenciamento dos resíduos sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo, no âmbito municipal e regional com o objetivo de atender, minimamente, o conteúdo básico previsto no Parágrafo único do Art. 12º da Lei /2010, a saber: Pag. 27

28 (...) Art. 12º.. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão e manterão, de forma conjunta, o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima. Parágrafo único. Incumbe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios fornecer ao órgão federal responsável pela coordenação do Sinir todas as informações necessárias sobre os resíduos sob sua esfera de competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento. (...) Pag. 28

29 1.1. BASE LEGAL E NORMATIVA PARA OS RCCV As informações dos quadros a seguir foram apresentadas no Produto 00, Fase I, de forma generalizada. Tendo em vista que são muitas as esferas e órgãos que regulam ou orientam a gestão e o gerenciamento dos RCCV entende-se que é importante apresentação destas normas de forma mais específica, para cada esfera da administração publica Federal, Estadual e Municipal - a saber: Quadro 3 - Leis e Decretos Federais para a gestão e ou gerenciamento dos RCCV Ano Natureza Legislação Disposição 1981 Federal 1988 Federal 1998 Federal 2005 Federal 2007 Federal 2010 Federal 2010 Federal Lei Federal nº Decreto Federal n Lei Federal n⁰ 9605 Lei Federal nº Lei Federal nº Lei Federal n⁰ Decreto Federal n⁰ Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Aprova regulamento para transporte rodoviário de produtos perigosos. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS); altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Regulamentou a Lei n⁰ /2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Fonte: Adaptado do Produto 00 - Fase I. Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Quadro 4 - Leis e Decretos Estaduais sobre o gerenciamento dos RCC. Ano Natureza Legislação Disposição 1980 Estadual Lei Estadual Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do n meio ambiente no Estado de Minas Gerais Estadual Altera e consolida o Decreto de março de 1981, Decreto que regulamenta a lei nº 7.772, de 8 de setembro de Estadual nº 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais Estadual Dispõe sobre o controle e o licenciamento dos Lei Estadual empreendimentos e das atividades geradoras de nº resíduos perigosos em Minas Gerais Estadual Lei Estadual Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de 2006 Estadual 2009 Estadual nº Lei Estadual nº Lei Complementar n 107 Materiais. Altera a estrutura orgânica dos órgãos e entidades da área de meio ambiente que especifica e a Lei 7.772, de 8 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, e dá outras providências. Cria a agência de desenvolvimento da região metropolitana de Belo Horizonte - Agência RMBH. Pag. 29

30 Ano Natureza Legislação Disposição 2009 Estadual Lei Estadual Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos. nº Estadual Decreto nº Regulamenta a Lei nº Fonte: Adaptado do Produto 00 - Fase I. Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Quadro 5 - Leis e Decretos Municipais (municípios maiores de habitantes) para os RCC. Ano Natureza Legislação Disposição Municipal Lei Municipal 1978 (Belo nº Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Lei Municipal nº Decreto Municipal nº Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte. Lei Municipal nº Lei Municipal nº Decreto Municipal nº Lei Municipal nº Decreto Estadual nº Decreto consolidado nº /2005. Lei Municipal nº Lei Municipal nº Decreto nº Aprova o regulamento de limpeza urbana de Belo Horizonte. Dispõe sobre a Política de Proteção, do Controle e da Conservação do Meio Ambiente e da Melhoria da Qualidade de Vida no Município de Belo Horizonte. Dispõe sobre a política de proteção, do controle e da conservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida no município de Belo Horizonte. Determina que a coleta de resíduos seja seletiva. Institui a Licença Ambiental. Cria o Programa de Incentivo à Instalação e Ampliação de Empresas, o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e dá outras providências. Dispõe sobre o Programa de Incentivo à Instalação e Ampliação de Empresas PROEMP e sobre as exigências para o gozo de benefício fiscal previsto no inciso I do artigo 3 da Lei N.º 7.638, de 19 de janeiro de Contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte. Lei Municipal Código de Posturas de Belo Horizonte, seus decretos e regulamentadores. Regulamenta a lei N.º 8.616, de 14 de julho de 2003, que contém o Código de Postura de Belo Horizonte. Cria a Divisão de Licenciamento na SLU. Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e a destinação final de resíduo sólido que menciona e dá outras providências. Dispõe sobre a implantação de usina de reciclagem de resíduos sólidos e dá outras providências. Regulamenta a Lei nº 8.616/03, que Contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte. Pag. 30

31 Ano Natureza Legislação Disposição Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Belo Horizonte) Municipal (Betim) Municipal (Betim) Municipal (Betim) Municipal (Betim) Municipal (Betim) Municipal (Betim) Municipal (Betim) Municipal (Contagem) Municipal (Contagem) Municipal (Contagem) Lei Municipal nº Lei Municipal nº Lei 2029 Lei 3309 Decreto nº Lei 3591 Lei nº Lei 4705 Lei 4858 Lei 3676 Lei 3789 Lei Complementa r 33 Institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC - e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC, e dá outras providências. Dispõe sobre a limpeza urbana, seus serviços e o manejo de resíduos sólidos urbanos no Município, e dá outras providências. Proíbe destinar Resíduo Industrial no Aterro Sanitário. Coleta Seletiva de Pilhas e Baterias. Regulamenta a LEI Nº 3274, de 20 de Dezembro de 1999, que dispõe sobre a Política de Proteção. Preservação, Conservação e Recuperação do Meio Ambiente e de Melhoria de Qualidade de Vida. Coleta Seletiva de Resíduos. Dispõe sobre a Revisão do Plano Diretor do Município de Betim. Destinação de Pneus. Consórcio Médio Paraopebano de Resíduos Sólidos COMPARESOLURB. Institui o Programa de Coleta Seletiva de Lixo e dá outras providências. Dispõe sobre a Política Municipal do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de aplicação e dá outras providências. Institui o Plano Diretor do Município de Contagem e dá outras providências Municipal (Contagem) Municipal (Contagem) Municipal (Esmeraldas) Municipal (Ibirité) Municipal (Ibirité) Municipal (Vespasiano) Municipal (Vespasiano) Municipal (Vespasiano) Lei 4377 Lei Complementa r 188 Lei nº 2058 Lei Complementa r 021 Lei Complementa r 0093 Lei Lei complementar 002 Lei Complementa r 007 Dispõe sobre a política municipal de saneamento básico, seus instrumentos e dá outras providências. Dispõe sobre a política e as diretrizes da Limpeza no Município de Contagem e dá outras providências. Dispõe sobre o Plano Diretor Estratégico Participativo do Município de Esmeraldas. Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Ibirité e dá outras providências. Institui o código sanitário do município de Ibirité. Dispõe sobre o planejamento urbano do município de Vespasiano e dá outras providências. Institui o Plano Diretor Participativo do Município de Vespasiano e dá outras providências. Fica criada a secretaria municipal do meio ambiente. Pag. 31

32 Ano Natureza Legislação Disposição 2009 Municipal (Vespasiano) Lei Municipal Lei Orgânica (Sete Lagoas) Municipal (Sete Lagoas) Municipal (Sete Lagoas) Municipal (Sete Lagoas) Municipal (Sete Lagoas) Municipal (Sete Lagoas) Municipal (Sete Lagoas) Municipal (Ribeirão das Neves) Municipal (Ribeirão das Neves) Municipal (Ribeirão das Neves) Municipal (Baldim) Municipal (Santa Luzia) Municipal (Sabará) Municipal (Sabará) Municipal (Sabará) Lei nº 7152 Lei Complementa r nº 109. Lei nº 7214 Institui Lei nº Decreto nº 4161 Decreto nº 4022 Lei nº 040 Lei nº 36 Decreto nº 053/2010 Lei Complementa r nº 1082 Lei n 2699 Lei nº 738/97 Lei n 994 Lei nº 12/08 Dispõe sobre a destinação ambiental de pneus inservíveis no município de Vespasiano. Lei orgânica do município de Sete Lagoas Dispõe sobre a utilização de caçambas estacionárias para coleta e remoção de resíduos da construção civil, resíduos volumosos e dá outras providências. Promove a revisão do plano diretor do município de Sete Lagoas, aprovado pela lei complementar 06 de 23 de setembro de 1991, nos termos do capítulo iii da lei de 10 de julho de estatuto da cidade. a coleta seletiva de resíduos na câmara municipal e prefeitura de Sete Lagoas e dá outras providências. Institui o plano integrado de gerenciamento de resíduos da construção civil para o município de Sete Lagoas, em conformidade com as Resoluções CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002 e nº 348, de 16 de agosto de Regulamenta as leis complementares nº 20/96 e nº 49/00 que alteram a lei nº 1040 de 06 de novembro de 1964 que dispõe sobre o código de posturas do município e revoga os decretos nº 3.400/07 e 3.873/09. Regulamenta a lei nº 7152 de 17 de novembro de 2005 que "dispõe sobre a utilização de caçambas estacionárias para coleta e remoção de resíduos da construção civil, resíduos volumosos e dá outras providências.". Dispõe sobre o código de posturas do município de ribeirão das neves. Plano Diretor do município de Ribeirão das Neves. Dispõe sobre a organização do conselho municipal do meio ambiente CODEMA. Institui o Plano Diretor do Município de Baldim. Institui o Plano Diretor de Santa Luzia. Institui o Novo Código de Postura do Município de Sabará. Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do Meio Ambiente. Institui o Plano Diretor de Sabará. Fonte: Adaptado do Produto 00 - Fase I. Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Pag. 32

33 Quadro 6 - Resoluções CONAMA para RCC. Ano Natureza Legislação Disposição 1997 Federal 1999 Federal 2001 Federal 2002 Federal 2002 Federal 2004 Federal 2009 Federal 2011 Federal 2012 Federal 2013 Federal Resolução CONAMA nº 237 Resolução CONAMA 258 Resolução CONAMA nº 275 Resolução CONAMA nº 316 Resolução CONAMA nº 307 Resolução CONAMA nº 348 Resolução CONAMA nº 420 Resolução CONAMA nº 431 Resolução CONAMA nº 448 Resolução CONAMA nº 460 Dispõe sobre o licenciamento ambiental e inclui em anexo a listagem de atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. Regulamenta o descarte de pneus. Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos sólidos da construção civil. Altera a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Altera Resolução nº 307. Altera Resolução nº 307. Altera Resolução nº 420. Fonte: Adaptado do Produto 00 - Fase I. Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Quadro 1 - Deliberações Normativas COPAM para RCC. Ano Natureza Legislação Disposição 1981 Estadual Deliberação Normativa Fixa normas para disposição de resíduos sólidos. COPAM nº 07 Deliberação Convoca municípios para o licenciamento 1996 Estadual Normativa COPAM n⁰ 16 ambiental de sistema adequado de disposição final de lixo e dá outras providências Estadual 2004 Estadual Deliberação Normativa COPAM nº 52 Deliberação Normativa COPAM n 74 Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema adequado de disposição final de lixo e dá outras providências. Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passiveis de autorização ambiental de funcionamento ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização ambiental e de licenciamento ambiental, e dá outras providências. Pag. 33

34 Ano Natureza Legislação Disposição 2008 Estadual 2010 Estadual Deliberação Normativa COPAM n⁰ 118 Deliberação Normativa COPAM nº 155 Fonte: Adaptado do Produto 00 - Fase I. Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Quadro 2 - Normas Brasileiras (NBR) da ABNT para RCCV. Altera os artigos 2º, 3º e 4º da Deliberação Normativa 52/2001, estabelece novas diretrizes para adequação da disposição final de resíduos sólidos urbanos no Estado, e dá outras providências. Dispõe sobre atividades para manejo e destinação de resíduos da construção civil e volumosos, e dá outras providências. Ano Norma Disposição 1992 NBR Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos NBR Armazenamento de resíduos sólidos perigosos NBR Apresentação de projetos de aterro controlados de resíduos sólidos urbanos NBR Solo Sondagens de simples reconhecimento com SPT Método de Ensaio NBR Resíduos da construção civil e resíduos volumosos Área de transbordo e triagem Diretrizes para projeto, implantação e operação NBR Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes Aterros Diretrizes para projeto, implantação e operação NBR Resíduos sólidos da construção civil Áreas de reciclagem Diretrizes para projeto, implantação e operação NBR Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil Execução de camadas de pavimentação Procedimentos NBR Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural Requisitos NBR Resíduos Sólidos Classificação NBR Lixiviação de Resíduos Procedimentos NBR Solubilização de Resíduos Procedimentos NBR Amostragem de Resíduos Procedimentos NR-18 Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção (Ministério do Trabalho) Fonte: Adaptado do Produto 00 - Fase I, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Quadro 3 - Outros Instrumentos Legais. Ano Natureza Legislação Disposição 1978 Federal Norma Regulamentadora - Serviços especializados em engenharia de NR 04 segurança e em medicina do trabalho Federal Norma Regulamentadora - EPI Equipamentos de proteção individual. NR Federal Norma Regulamentadora - Programa de controle médico de saúde NR 07 ocupacional Federal Norma Regulamentadora - Programa de prevenção de riscos ambientais. Pag. 34

35 Ano Natureza Legislação Disposição NR Federal Norma Regulamentadora - Condições e meio ambiente de trabalho na NR 18 indústria da construção. Divulga lista de resíduos sólidos, a qual será utilizada pelo Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, pelo Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental e pelo Instrução Normativa - Cadastro Nacional de Operadores de 2012 Federal IBAMA - 13/2012 Resíduos Perigosos, bem como por futuros sistemas informatizados do IBAMA que possam vir a tratar de resíduos sólidos. Visando padronizar a linguagem e terminologias utilizadas no Brasil para a declaração de resíduos sólidos, principalmente com relação às informações prestadas ao IBAMA junto ao Cadastro Técnico Federal Federal Instrução Normativa - IBAMA - 1/2013 Fonte: Adaptado do Produto 00 - Fase I, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, Regulamentar o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP), estabelecer sua integração com o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF-APP) e com o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (CTF-AIDA). Pag. 35

36 2 METODOLOGIA Diferentemente do Produto 04 - Alternativa de Gestão e Manejo recomendado para os RCCV cujo conteúdo foi voltado para as etapas internas, desde o acondicionamento dos resíduos até o transporte externo dos mesmos, o presente documento apresenta alternativas de sistemas para as etapas executadas externamente ao local no qual o resíduo é gerado - canteiro de obras, residência, no caso de pequenas reformas, etc. - incluindo os sistemas de transbordo, tratamento e disposição final dos RCCV, conforme apresentado no esquema da Figura 2 abaixo. Figura 2 - Esquema de funcionamento de uma Planta para o Tratamento de Resíduos Volumosos. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP FR, Dessa forma, este produto centraliza em aspectos relacionados às condições de gerenciamento, operações, monitoramento e avaliação das etapas de transbordo, tratamento e destinação e disposição final ambientalmente adequada para os RCCV gerados na Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. Para a elaboração deste documento, foi necessário incrementar o diagnóstico, apresentado na Fase 01, com o levantamento de novas informações e dados utilizando novas fontes, além daquelas de caráter primário outrora apresentadas. Neste sentido, foram consultados novos trabalhos acadêmicos, outras legislações e normas, projetos de pesquisa e documentação variada - nacionais e internacionais - capazes de oferecer suporte técnico às propostas descritas para o gerenciamento em Pag. 36

37 sua fase externa ao canteiro de obras ou local de geração. Este conjunto de informações esta resumido no organograma da Figura 3: Levantamento de dados Secundários Primários Consulta a fontes publicadas e/ou sistematizadas Produtos da FASE 1 e FASE 2: Trabalhos acadêmicos Produto 01: Geração, fontes geradoras e custos Legislação e normas Produto 02: Plano, programas, projetos atuais Projetos de investigação Produto 03: Benchmarking Internacional Referencial - RCCV Documentação de referência nacional e internacional Produto 04: Alternativa de gestão e gerenciamento recomendada para os RCCV Figura 3- Fluxo de coleta da informação. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP FR, Pag. 37

38 3 ALTERNATIVAS PARA A DESTINAÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS RCCV Neste item estão apresentados os resultados e informações do estudo denominado Panorama da destinação dos resíduos de Construção Civil nos municípios do Estado de Minas Gerais divulgado durante o V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental Belo Horizonte/MG realizado em novembro de Este estudo apresentou de forma analítica dados de destinação de resíduos da construção civil em 649 dos 853 municípios de Minas Gerais, com base em informações da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Tais informações referentes à disposição e destinação dos resíduos da construção civil foram levantadas a partir dos relatórios referentes às vistorias realizadas no ano de 2011 pela Gerência de Resíduos Sólidos Urbanos da Feam aos locais de disposição e/ou tratamento de resíduos sólidos urbanos nos municípios mineiros. Essas vistorias foram realizadas no contexto do programa Minas sem lixões, que constituiu uma parceria da Feam com a Fundação Israel Pinheiro (FIP), com o objetivo de apoiar as municipalidades mineiras na implantação de políticas públicas voltadas para a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos. De acordo com este estudo, a disposição de resíduos da construção civil (RCC) em áreas impróprias ainda é comum nos municípios brasileiros, o que acarreta impactos ambientais diversos. Em alguns casos ocorre a utilização desses resíduos para fins de obras de engenharia, todavia, sem respeito aos critérios técnicos estabelecidos em normas para esses usos. Assim, a destinação ambientalmente correta dos RCC é uma realidade distante em muitas cidades do estado. Os resultados do relatório mostram que a principal forma de destinação dos municípios que disponibilizaram informações sobre RCC foi o uso para a manutenção de estradas. A prática é realizada em 72% dos municípios, sendo a única destinação dos RCC informada em 62,1% dos municípios estudados. Destacam-se também a utilização dos resíduos no controle de processos erosivos e/ou aterramentos. A transformação/valorização dos resíduos em agregados de granulometria adequada para uso em pavimentação não foi especificada nos relatórios. Apenas em um dos municípios foi declarado que ocorre a trituração dos resíduos antes da utilização. Em aproximadamente 13% dos municípios é relatada a disposição dos RCC no mesmo local de disposição de RSU, em alguns casos, sendo co-dispostos com os RSU ou empregados para a cobertura destes. A disposição dos RCC em aterros de resíduos de Classe A é realizada em poucos municípios. Os resultados permitem concluir que a destinação ambientalmente adequada dos RCC nos municípios de Minas Gerais ainda ocorre de forma incipiente. Pag. 38

39 A Lei de 12/01/2009, que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos, diz: Art. 40º - É de responsabilidade dos órgãos ambientais estaduais e municipais, em função da competência designada para atividades de impacto regional ou local, o controle ambiental, compreendendo o licenciamento e a fiscalização, sobre todo e qualquer sistema, público ou privado, de geração, coleta, transporte, armazenamento, tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos. A Lei Nº , de 24 de agosto de 2012 que Institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC - e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos PMRCC de Belo Horizonte explica no Art. 26º: São áreas para recepção de grandes volumes de resíduos da construção civil e de resíduos volumosos: I - Áreas de Triagem e Transbordo de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos - ATTs; II - Estações de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil; III - Aterros de Resíduos da Construção Civil; IV - Áreas mistas com a composição das unidades especificadas nos itens anteriores. Na proposta do Produto atual serão consideradas as seguintes formas de disposição como sugestão para a destinação final e disposição adequada dos RCCV: Áreas de triagem e transbordo (ATT). Plantas de reciclagem e beneficiamento. Plantas de produção de agregados reciclados. Plantas de produção de combustível derivado de resíduos (CDR). Plantas para recuperação de energia (incineração, outros tratamentos térmicos, e co-processamento). Plantas de armazenamento e transferência de RCC (na qual não se realiza a etapa de triagem, porque o material já chega limpo e segregado). Disposição de material inerte em Aterros Classe A para reservação futura. Pag. 39

40 Áreas mistas compostas por várias atividades especificadas nos tópicos anteriores, já que as diversas funções dessas instalações triagem, reciclagem e aterro podem estar concentradas em um mesmo local, principalmente em municípios de pequeno porte que dispõe de área. As áreas destinadas ao processamento de grandes volumes de RCC podem ser públicas ou privadas. Pelas diretrizes da Lei Nacional de Saneamento Básico (PNSB), as áreas públicas só poderão operar com resíduos privados caso sejam estabelecidos preços públicos que recomponham os custos do processo. As possibilidades de concentração de operações nas mesmas áreas deverão ser analisadas caso a caso, porém havendo sempre o respeito a esta diretriz da PNSB. Na Figura 4 seguinte são apresentadas as principais relações entre os agentes de coleta de RCCV e as instalações de disposição final de RCCV. Pag. 40

41 Figura 4- Principais relações entre as instalações de RCCV. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP-FR, Pag. 41

42 A definição da localização das instalações para manejo de grandes quantidades de resíduos deve ser precedida de uma análise mais detalhada de diversos fatores, principalmente aqueles apresentados em seguida: uso da instalação por apenas um município ou em conjunto, independentemente dos serviços de coleta e transporte sejam próprios de cada município ou executados de forma associada convênio, consórcio, etc.; regulamentação do uso do solo no município, o que pode ser analisado nos Planos Diretores Municipais; localização das regiões com maior concentração de grandes geradores de resíduos tais como áreas residenciais ou comerciais com população de maior renda ou que estejam em processo de adensamento populacional; existência de viários eixos viários para agilizar e viabilizar o transporte de veículos de carga de maior porte. A análise destes itens é importante para o trabalho de articulação com os agentes privados e para definição da estratégia de gestão e, ainda, para a viabilidade da valorização de grandes volumes de RCCV gerados em determinada região. Os quadros seguintes apresentam de forma sintética o escopo de cinco normas técnicas brasileiras específicas para o gerenciamento e a valorização dos resíduos da construção civil. Estas normas, às Leis Federais /2005, /2007 e /2010, devem ser adotadas como a diretriz central para as operações essenciais nas novas áreas de manejo. Quadro 4 - Aspectos centrais de normas técnicas brasileiras para o gerenciamento de RCCV. Aspectos centrais das Normas Brasileiras para o gerenciamento de RCCV ABNT - NBR :2004 Resíduos da construção civil e resíduos volumosos. Áreas de Transbordo e Triagem. Diretrizes para projeto, implantação e operação. Diretriz central: triagem obrigatória de todos os resíduos, nas classes A, B, C e D. Define procedimentos para o gerenciamento na triagem dos resíduos das diversas classes, inclusive quanto à proteção ambiental e controles diversos. Disciplina também os PEVs. ABNT - NBR :2004 Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes. Aterros. Diretrizes para projeto, implantação e operação. Diretriz central: empreendimentos devem permitir a utilização das áreas conformadas ou o uso futuro dos resíduos reservados. Define procedimentos para o preparo da área e disposição dos resíduos de Classe A, proteção das águas e proteção ambiental, planos de controle e monitoramento. Pag. 42

43 ABNT - NBR :2004 Resíduos sólidos da construção civil. Áreas de Reciclagem. Diretrizes para projeto, implantação e operação. Diretriz central: controle das emissões no processo e de armazenamento dos produtos. Estabelece procedimentos para o isolamento da área e para o recebimento, triagem e processamento dos resíduos da Classe A. Fonte: Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos, Ministério do meio ambiente de Brasil. Quadro 5 - Aspectos centrais de algumas normas técnicas brasileiras para reciclagem de RCC. Aspectos centrais das Normas Brasileiras para reciclagem de RCCV ABNT - NBR :2004 Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Execução de camadas de pavimentação. Procedimentos. Diretriz central: permitido o uso em todas as camadas dos pavimentos. Define as características dos agregados e as condições para uso e controle na execução de reforço de subleito, sub-base, base e revestimento primário (cascalhamento). ABNT - NBR :2004 Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural. Requisitos. Diretriz central: permite-se o uso em concreto massa e artefatos até 15 MPa. Define condições de produção, requisitos para agregados para uso em pavimentação e em concreto, e o controle do armazenamento do agregado reciclado. Fonte: Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos, Ministério do meio ambiente de Brasil. A destinação dos resíduos operados nestas áreas deverá se dar em conformidade com a legislação, notadamente as Leis Federais /2007 e /2010 e as resoluções aplicáveis do CONAMA. O Quadro 12 apresenta de forma sintética algumas possibilidades que vem sendo exercitadas para a destinação dos resíduos valorizados ou reciclados nas áreas normatizadas. Quadro 6 - Algumas possibilidades para a destinação de RCCV segregado. Resíduo Destino Processo previsto RCC Classe A: concreto Planta fabricação agregados Uso em pavimentação RCC Classe A: concreto Unidade armazenamento Reservação para reciclagem temporário futura RCC Classe A: concreto Aterro de RCC Disposição final RCC Classe A: cerâmica Planta de reciclagem coprocessamento em cimenteiras RCC Classe A: asfalto Planta de reciclagem Uso em pavimentação RCCV madeira Planta de reciclagem Fabricação móveis Pag. 43

44 Resíduo Destino Processo previsto RCCV madeira Planta fabricação CDR Valorização energética RCD classe D tintas, óleos, graxas solventes Aterro Classe 1 Disposição final Resíduos volumosos: móveis, Descaracterização para eletrodomésticos e outros bens Planta de reciclagem reciclagem dos componentes inservíveis Fonte: Elaboração própria baseada no Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em Consórcios públicos Ministério do Meio Ambiente do Brasil MODELOS DE PLANTAS DE TRIAGEM E TRANSBORDO Áreas de Triagem e Transbordo (ATT) podem ser um empreendimento privado ou público, e são destinadas ao recebimento e triagem de RCCV para posterior reuso, destinação ou disposição adequada. A Lei Nº , de 24 de agosto de 2012 institui, para o município de Belo Horizonte, o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC - e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC, e em seus Artigos 32 e 34 estabelece: Os resíduos volumosos devem ser triados nas Áreas de Triagem e Transbordo de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - ATTs, aplicando-se a eles, sempre que possível, processos de reutilização, desmontagem e reciclagem que evitem a sua destinação final a aterro sanitário. Os resíduos da construção civil devem ser integralmente triados, segundo a classificação definida pela Resolução CONAMA nº 307/2002, e devem receber a destinação ambientalmente adequada. Portanto, as Áreas de Triagem e Transbordo de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos (ATTs) se caracterizam como instalações destinadas ao recebimento de RCCV de grandes geradores, públicos ou privados, e compromissadas com a sua total triagem. As atividades devem ser realizadas sem que haja prejuízo à saúde pública e ao meio ambiente e além da triagem podem ser feitas eventuais transformações e posterior encaminhamento para adequada disposição, conforme especificações da NBR /2004. É importante destacar a importância da reutilização e reciclagem dos resíduos no canteiro de obras ou no local de geração. O manejo correto dos resíduos no interior do canteiro permite a identificação de materiais reutilizáveis, que geram economia tanto por dispensarem a compra de novos materiais como por evitar sua identificação como resíduo e passagem às demais fases do gerenciamento. Devido a isto, a implantação de novas usinas de reciclagem para esses materiais deve ser incentivada, mesmo que seja necessário, para a sua viabilidade econômica, a aplicação da cobrança de taxas específicas. Pag. 44

45 Da mesma maneira, a etapa de triagem é uma fase relevante para o processo de gerenciamento dos RCC, pois, quando bem executada possibilita que estes sejam encaminhados para usinas de reciclagem e passem pelo procedimento de valorização sem qualquer interrupção ou contratempo presença de vigas de metal que podem, por exemplo, danificar equipamentos. Haverá sempre a necessidade de uma reserva de parte da ATT para a recepção e processamento dos resíduos originados nas atividades de limpeza corretiva, recepção dos resíduos e armazenamento temporário dos resíduos captados na rede de pontos de entrega voluntária, etapa prévia ao transbordo. A gestão pública deve completar em seu ciclo de iniciativas uma área que dê suporte ao cumprimento das exigências legais como solução para os resíduos de responsabilidade pública. Em função dos passos que devem ser seguidos, é possível destacar dois modelos: Áreas de Transbordo: instalação destinada exclusivamente ao Transbordo de RCCV para o armazenamento de pequenos volumes de RCCV para que possam ser transportadas, em volumes maiores, às plantas de valorização ou aos Aterros Classe A. Áreas de Triagem e Transbordo: instalação de RCCV com dupla função: triagem, seleção e logística por meio do transporte de grandes volumes. Utilizada para triar e selecionar os RCCV retirando materiais não admissíveis nas etapas seguintes ou que não podem ser aceitos diretamente em outras instalações como as plantas de valorização ou Aterros Classe A. Figura 5- Entrada de resíduos volumosos (móveis e colchões) nas plantas de triagem. Fonte: TERSA. Planta de Tratamento de Resíduos Volumosos de Gavà (Barcelona-Espanha). Pag. 45

46 Figura 6- Planta de triagem e transbordo. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP-FR, Pag. 46

47 As ATT são normatizadas pela NBR:15112 de 2004 que prevê, dentre outras orientações técnicas: Cercamento no perímetro da área em operação, construído de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais. Portão junto ao qual seja estabelecida uma forma de controle de acesso ao local. Os acessos internos e externos devem ser protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas com sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) que identifique(m) o empreendimento; quanto às atividades desenvolvidas e quanto à aprovação do empreendimento. Anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança, ventos dominantes e estética, como, por exemplo, cerca viva arbustiva ou arbórea no perímetro da instalação. Portaria e balança. Sinalização dos diversos elementos. Área de operação: A área de operação deve ter sua superfície regular: - Área de recebimento; - Área de armazenamento temporário dos resíduos recebidos; com contêineres de grande volume (de 9 a 15 m 3 de capacidade), para os seguintes resíduos: restos de obra (concreto, pedras, solos); restos de obra (materiais cerâmicos); metais; madeira; plásticos; papel e papelão; vidro. - Área de triagem; - Área de armazenamento dos materiais segregados; - Área de armazenamento temporário coberto para os resíduos classe D; - Área de eventual transformação dos materiais segregados; Pag. 47

48 Sistemas de proteção ambiental: deverá ser implantado um sistema de proteção ambiental que contemple: - sistema de controle de poeira, ativo tanto nas descargas como no manejo e nas zonas de acumulação de resíduos; - dispositivos de contenção de ruído em veículos e equipamentos. - sistema de proteção das águas superficiais: deve ser previsto um sistema de drenagem das águas de escoamento superficial na área de reciclagem, capaz de suportar uma chuva com período de recorrência de cinco anos, compatibilizado com a macrodrenagem local, para impedir: o acesso, na área de reciclagem, de águas precipitadas no entorno; o carregamento de material sólido para fora da área. - revestimento primário do piso das áreas de acesso, operação e estocagem, executado e mantido de maneira a permitir a utilização sob quaisquer condições climáticas. Equipamentos de segurança: - A ATT deve dispor de equipamentos de proteção individual, de proteção coletiva, de proteção contra descargas atmosféricas e de combate a incêndio; - Iluminação e energia: O local da área de reciclagem deve dispor de iluminação e energia permitindo uma ação de emergência em qualquer momento. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a área aproximada necessária para estas infraestruturas varia de a m 2, em função do maior ou menor volume de resíduos a receber por dia. Quadro 7 - Área básica demandada para o gerenciamento dos resíduos da construção civil. Tipo de instalação Capacidade Área demandada Triagem geral de resíduos 70 m 3 /dia m 2 Triagem geral de resíduos 135 m 3 /dia m 2 Triagem geral de resíduos 270 m 3 /dia m 2 Triagem geral de resíduos 540 m 3 /dia m 2 Fonte: Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos Ministério do meio ambiente de Brasil. Pag. 48

49 Nas áreas de triagem é realizada a seleção, classificação, avaliação e triagem das frações recuperáveis de RCCV, para que logo possam ser transportados em volumes maiores os materiais obtidos. Os materiais mais indicados para processamento em uma ATT são os RCCV misturados (sem contaminação) ou aquelas já previamente segregados os quais são derivados de praticamente quase todas as instalações de recebimento de RCCV sugeridas, ou seja: URPV. Postos de descarga de entulho (PDE). Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Os materiais originados destas infraestruturas após a seleção, classificação, avaliação e separação das frações recuperáveis são: Frações recuperáveis de resíduos volumosos. Resíduos inertes - Classe A. Resíduos recicláveis - Classe B. Resíduos para os quais ainda não existe processo de reciclagem viável Classe C. Resíduos perigosos Classe D. O destino dos materiais originados no processo pode ser : Unidades de reciclagem. Plantas de produção de agregados reciclados. Plantas de produção CDR. Plantas de recuperação de energia. Coprocessamento. Plantas de armazenamento e transferência de RCC. Aterro Classe A Aterro sanitário. Os modelos de plantas de triagem podem variar conforme o material admitido na entrada, a saber: Planta Fixa de triagem de RCCV: instalações que dispõe de maquinaria e equipamentos específicos para classificar os RCCV misturados ou separados Pag. 49

50 em origem, bem como de sistemas de controle de armazenamento para potencializar o valor agregado dos produtos obtidos e otimizar o rendimento da produção. Têm como objetivo a obtenção de materiais recuperáveis. Por um lado, materiais pétreos limpos e, por outro, a madeira, os metais e os plásticos. Planta fixa de triagem de RCC: instalação para o tratamento de resíduos da construção onde se coletam, selecionam, classificam, trituram e valorizam as suas diferentes frações valorizáveis, com a finalidade de obter produtos finais aptos para a sua utilização. Estão orientadas à reciclagem de materiais pétreos, principalmente o concreto, aglomerado asfáltico e materiais cerâmicos limpos. A fabricação de agregados reciclados deve estar de acordo com as especificações técnicas e ensaios descritos nas normas vigentes. Planta fixa de triagem de RVol: instalação de tratamento de resíduos volumosos onde se coletam, selecionam, classificam, trituram e valorizam suas diferentes frações valorizáveis, com a finalidade de obter produtos finais aptos para a sua utilização. Estão orientadas à obtenção de materiais não pétreos, principalmente a madeira, os metais e os plásticos. Sugere-se que todas as instalações, inclusive as móveis, estejam devidamente licenciadas pelo órgão publico responsável atentando ainda para todos os aspectos citados abaixo, para realização das atividades de gerenciamento de resíduos. ASPECTOS AMBIENTAIS Ocupação do solo; Consumo de água; Consumo de energia; Geração de águas residuais; Geração de ruído; Geração de poeira; Geração de resíduos MODELOS DE PLANTAS DE RECICLAGEM / BENEFICIAMENTO Conforme estabelecido pela Deliberação Normativa do COPAM nº 155, uma Área de reciclagem é um local onde ocorre o processo de transformação de um resíduo para fins de reaproveitamento (DN COPAM nº 155). Os tipos de plantas de reciclagem variam em função dos tipos de resíduos a reciclar - papel, de vidro, plásticos. A seguir, serão apresentadas com detalhes, às plantas de reciclagem de resíduos volumosos e as plantas de reciclagem de RCC. Pag. 50

51 Área de reciclagem de resíduos da construção civil: é uma área destinada ao recebimento e transformação de resíduos da construção civil Classe A, já triados, para produção de agregados reciclados (NBR , 2004). Para que os resíduos sejam reciclados e reaproveitados como matéria prima, as características do produto reciclado devem ser compatíveis ao uso futuro ao qual ele será destinado. A reciclagem dos RCC contaminados com materiais não inertes produz reciclada de pouca aceitabilidade. Por isso, é fundamental a segregação dos materiais inertes o qual possui maior potencial de reciclagem e reuso em outras obras, ou até mesmo, na mesma obra em que foi gerado. O ideal é que a equipe esteja capacitada para realizar a segregação e triagem dos RCC no momento da geração do resíduo, ainda no canteiro de obras. Pag. 51

52 Figura 7- Fluxo do resíduo em uma Planta de reciclagem de RCCV. Fonte: Elaboração própria, Consórcio, IDP-FR, Pag. 52

53 Assim como as ATT, sugere-se que as áreas de reciclagem apresentem: Cercamento da área em operação para impedir o acesso de pessoas estranhas e animais. Portão com guarita para controle de acesso ao local, portaria e balança. Os acessos internos e externos devem ser protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas. Sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) que identifique(m) o empreendimento; quanto às atividades desenvolvidas e quanto à aprovação do empreendimento. Anteparo paisagístico para proteção de ventos predominantes, como, por exemplo, cerca viva arbustiva ou arbórea no perímetro da instalação. Sinalização dos diversos elementos. Área de operação com superfície plana para recebimento dos materiais. Área de armazenamento temporário dos resíduos recebidos; com contêineres de grande volume (9 a 15 m3 de capacidade) para os resíduos a reciclar; Área específica para o armazenamento temporário de resíduos não recicláveis; Área de reciclagem. Área de armazenamento dos materiais reciclados. Área coberta e protegida para armazenamento temporário os resíduos classe D por no máximo 90 dias. Sistemas de proteção ambiental que contemple: - sistema de controle de poeira tanto nas áreas de descargas e manejo como nas zonas de acumulação de resíduos; - dispositivos de contenção de ruído em veículos e equipamentos; - sistema de proteção das águas superficiais: sistema de drenagem das águas de escoamento superficial na área de reciclagem, capaz de suportar uma chuva com período de recorrência de cinco anos, compatibilizado com a macrodrenagem local, para impedir o acesso de águas precipitadas no entorno na área de reciclagem e o carregamento de material sólido para fora da área. Pag. 53

54 - Revestimento primário do piso das áreas de acesso, operação e estocagem, executado e mantido de maneira a permitir a utilização sob quaisquer condições climáticas. Equipamentos de segurança. - A Área de reciclagem deve dispor de equipamentos de proteção individual, de proteção coletiva, de proteção contra descargas atmosféricas e de combate a incêndio. - Iluminação e energia: o local da área de reciclagem deve dispor de iluminação e energia que permitam uma ação de emergência em qualquer momento. A área necessária para uma Planta de Reciclagem ou beneficiamento pode ser estimada em função do material a ser reciclado e do maior ou menor volume (m 3 ) de resíduos recebidos por um período determinado de tempo. O Quadro 8, a seguir, apresenta uma recomendação do Ministério do Meio Ambiente para determinadas capacidades de recebimento de 40 m 3 /dia a 320 m 3 /dia. Quadro 8 - Área básica demandada para o gerenciamento dos resíduos. Tipo de instalação Capacidade Área demandada Reciclagem RCCV 40 m 3 /dia m 2 Reciclagem RCCV 80 m 3 /dia m 2 Reciclagem RCCV 160 m 3 /dia m 2 Reciclagem RCCV 320 m 3 /dia m 2 Fonte: Elaboração própria a partir do manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos, Ministério do meio ambiente de Brasil. As plantas de reciclagem podem ser classificadas em níveis, de 01 a 03, que variam conforme o nível de tecnologia empregado nas operações, conforme já explicado anteriormente Produto 04 a diferença básica entre estes é: Nível 01: demanda somente uma limpeza do terreno para execução das tarefas de classificação visual dos produtos descarregados por tamanho e um processo de trituração dos elementos maiores. Estas plantas geralmente são instaladas em Áreas de Triagem e Transbordo, e constituem o primeiro passo para as plantas de níveis superiores. Nível 02: geralmente são utilizadas para o tratamento de materiais de obra capazes de produzir materiais reciclados que podem ser reutilizados nas próprias obras ou em outras. Nestas plantas é feito o processo de britação ou fragmentação e a classificação granulométrica dos produtos obtidos para posterior venda. Ocorre redução drástica do volume de resíduo recebido o qual se reduzindo o percentual de rejeitos a ser aterrado. Pag. 54

55 Nível 03: são plantas de tratamento de materiais específicos usadas para resíduos volumosos (madeira, metal, plástico) limpos derivados de outras frações que permitem um aproveitamento quase integral de seus componentes. Geralmente, são instalações fixas e capazes de triturar o resíduo até alcançar a granulometria praticada no mercado ou estabelecida em contrato de compra e venda do material reciclado. Realiza-se, ao mesmo tempo, a limpeza das impurezas e separação de itens indesejados. As plantas de nível 3 para RCC são denominadas nesse Produto como Plantas de produção de agregados reciclados. São plantas de tratamento de materiais limpos, previamente segregados, que permitem um aproveitamento quase integral dos seus componentes. Geralmente são instalações fixas, robustas e os produtos obtidos são de grande qualidade. Plantas móveis: podem ser utilizados nas próprias obras ou em lotes préfixados por um período de tempo. Obras de grande porte, geralmente quando a há demanda para uso de agregados em processos de pavimentação, por exemplo, são as mais indicadas para reciclagem in situ de materiais pétreos, como o concreto, aglomerado asfáltico e materiais cerâmicos limpos. A fabricação de agregados reciclados deve estar sempre sujeita às especificações técnicas e ensaios descritos nas normativas vigentes e exigidas para a obra e uso em questão. O Quadro 9 a seguir apresenta as vantagens e desvantagens das plantas de reciclagem que são sugeridas para a recuperação das frações reutilizáveis dos resíduos gerados nas atividades de construção civil possibilitando que estes sejam comercializados e/ou reutilizados em outras obras, sejam elas públicas ou privadas. Quadro 9 - Vantagens e desvantagens das Plantas de reciclagem. Plantas de reciclagem Vantagens Redução do volume total de resíduos não beneficiados. Diminuição da exploração de recursos naturais para fabricação, e consequente redução dos impactos socioambientais relacionados. Beneficiamento e valorização dos resíduos gerando produtos comercializáveis, geralmente de custo mais baixo ao empreendedor. Geração de emprego, renda e inclusão social. Criação de novos postos de trabalho para mão-de-obra com baixa qualificação. Incentivo à valorização dos RCCV e consolidação da importância do descarte correto. Desvantagens Geração de resíduos que devem ser dispostos corretamente de acordo com a sua composição. Pag. 55

56 Plantas de reciclagem Vantagens Desvantagens Amenização dos impactos socioambientais causados pelo descarte inadequado dos resíduos, tais como a multiplicação de vetores de doenças, o comprometimento da paisagem e do tráfego de pedestres e veículos. Os materiais que podem ser encaminhados a uma planta de reciclagem são frações recuperáveis dos RCCV, já segregados, resultantes de quase todas as instalações da coleta de RCCV: URPV. Postos de descarga de entulho. Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Plantas de triagem e transferência. Dentre os aspectos ambientais que devem ser levados em consideração, podem ser citados: Ocupação do solo. Consumo de água. Consumo de energia. Geração de águas residuais que devem ser tratadas para atendimento à legislação ambiental vigente. Geração de ruído que deve atender à legislação ambiental vigente. Geração de poeira e material particulado. Geração de resíduos. No que se refere aos aspectos legais, devem ser atendidas todas as exigências previstas no processo de licenciamento pelo órgão ambiental, seja ele municipal ou estadual PLANTAS DE RECICLAGEM DE MADEIRA As plantas de reciclagem ou beneficiamento de madeira são um caso particular já que, para o seu funcionamento adequado, devem receber apenas madeira já segregada. Pag. 56

57 Na segregação, deve-se atentar, principalmente, para o material tratado com produtos químicos que podem ser considerados contaminantes. Caso não seja possível retirar o resíduo químico antes do processo, o material deve ser enquadrado na Classe D e reservado para encaminhamento a aterro específico, Classe 1. Atenção também deve ser dada a outros componentes que precisam ser separados tais como: pregos, parafusos, pedaços de vidro ou plástico, dentre outros. Os formatos mais comuns de resíduos de madeira que podem ser encaminhados a este tipo de instalação são: Restos de construção e demolição: na construção se utiliza madeira para elaborar formas, escoras, portas e janelas, etc. Paletes de madeira: é uma plataforma horizontal utilizada como base para o transporte de mercadorias. Apesar de já haver algumas boas práticas de reforma para posterior reutilização de pellets usados, em muitos casos, principalmente em empreendimentos industriais, este material é visto como resíduo. Móveis, portas e armários : são geralmente resíduos volumosos pesados gerados pela própria população quando o munícipe se desfaz de seu mobiliário. Embalagens de madeira: podem ser de pequeno ou de grande porte, neste item se enquadram as caixas de frutas e embalagens utilizadas para o transporte de equipamentos e peças robustas. Os mercados de distribuição de alimentos são focos de geração destes itens. Bobinas de madeira: usadas para transporte de cabos, fios, mangueiras, e outros dutos feitos de material flexível. Em muitos casos podem ser reutilizadas, reformadas ou, se não for possível, encaminhadas para reciclagem. Cavaco de madeira: é o resíduo de madeira mais comum, são pedaços de madeira de formato e dimensões variadas. É um resíduo típico de empresas do setor moveleiro ou de fabricação de peças de madeira, mas também estão presentes em resíduos de pequenas reformas e em algumas obras. Madeira tratada: toras usadas, postes para iluminação pública, etc. O tratamento superficial com material químico dificulta a sua reciclagem, fazendo com que o seu processamento tenha que ser separado, além disso, demanda a realização de análise do produto resultante já que, em algumas ocasiões, este pode ser enviado para produção de combustível derivado de resíduos CDR ou co-processamento em fornos de clínquer como fonte de energia. É importante destacar que a trituração de material volátil pode liberar material particulado no ar. Sendo assim, as plantas que executam processos de trituração para Pag. 57

58 granulometrias muito finas devem contar com um sistema de tratamento de ar como, por exemplo, ciclones ou filtros manga com o objetivo de reduzir o impacto ao meio ambiente e os riscos à saúde dos trabalhadores. Também é fundamental que a instalação esteja equipada com um sistema efetivo contra incêndios, já que processa grandes volumes de material combustível. Para tal devem ser seguidas as recomendações do Corpo de Bombeiros em nível municipal. Como componentes mínimos recomendam-se: grupo de pressão, hidrantes, extintores abc (6 kg), extintores CO 2 5 kg. O sistema hidro sanitário da planta - canalizações de água e sistema de drenagem para água pluvial - devem conter filtros capazes de reter elementos sólidos, estar dotadas com caixa de registro e dispor de um sistema para separar os materiais recolhidos. Além do exposto, a instalação deve conter contêineres de coleta seletiva para cada um dos resíduos gerados durante a atividade. Aspectos ambientais devem ser considerados no momento de escolha e definição da área de instalação da planta, dentre os quais podem ser citados: tipo de uso e ocupação do solo, consumo de energia, geração de ruído, emissão de poeira e material particulado, emissões de Compostos Orgânicos Voláteis e geração de resíduos. Ressalta-se que assim como para as demais infraestruturas devem ser tomadas todas as ações para emissão de licenças de operação e adequação das exigências legais definidas no processo de licenciamento ambiental. O esquema apresentado na Figura 8 representa as etapas de processamento da madeira desde a sua recepção na planta até o encaminhamento para o destino final. Como representado, o produto final obtido é a madeira triturada de tamanho variável o qual pode ser fixado conforme as exigências do cliente, do mercado existente na região e em função do uso futuro. Lasca de madeira com aproximadamente 5 cm. Pó de madeira gerado durante a trituração. Serragem com granulometria intermediária entre o pó e a lasca de madeira. Pag. 58

59 Estes produtos podem ser vendidos para reintrodução como matéria-prima em outras indústrias. Dessa maneira, permite-se prolongar o ciclo de vida da madeira e reduzir o uso de matéria-prima virgem. Outros destinos possíveis são a valorização energética direta (caldeiras de biomassa, etc.), e a fabricação de combustível derivado de resíduos (CDR) ou pellets. Figura 8- Processos típicos de uma planta de reciclagem ou beneficiamento de madeira. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP-FR, Pag. 59

60 Figura 9- Resíduos de madeira segregados prontos para serem triturados e peneirados. Fonte: TERSA. Planta de Tratamento de Resíduos Voluminosos de Gavà (Barcelona- Espanha). Figura Planta de reciclagem de madeira. Fonte: TERSA. Planta de Tratamento de Resíduos Volumosos de Gavà (Barcelona- Espanha). Pag. 60

61 A área necessária para uma planta típica, com capacidade de tratamento de aproximadamente t/ano de madeira pode variar entre m 2 a m 2. Figura 11- Produtos reciclados da madeira prontos para serem estocados ou encaminhados para venda. Fonte: TERSA. Planta de Tratamento de Resíduos Volumosos de Gavà (Barcelona- Espanha). O Quadro 10 abaixo apresenta as áreas mínimas exigidas para o manejo dos resíduos nas plantas de beneficiamento (ou reciclagem) de madeira com capacidades variadas. Quadro 10 - Área básica demandada para o manejo dos resíduos. TIPO DE INSTALAÇÃO CAPACIDADE ÁREA DEMANDADA Planta de beneficiamento ou reciclagem de madeira Planta de beneficiamento ou reciclagem de madeira 100 m 3 /dia m m 3 /dia m 2 Fonte: Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos, Ministério do meio ambiente de Brasil MODELOS DE PLANTAS PARA PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUOS (CDR) Outro destino possível para os RCCV, e para os rejeitos das plantas de reciclagem, são as plantas de produção de combustível derivado de resíduos (CDR). Neste tipo de planta são processadas as frações não recuperáveis dos RCCV que possuem um alto ou médio poder calorífico como materiais de madeira e plásticos que não possuem alternativa viável de reciclagem. Nesta instalação, o resíduo não reaproveitável ou o rejeito passam por um processo de transformação para viabilizar o seu reaproveitamento. Pag. 61

62 A preparação de CDR por meio de processos mecânicos/físicos se fundamenta no processamento da fração seca dos resíduos não valorizáveis em outras instalações com o objetivo principal do aproveitamento energético contido neste tipo de material. A fração seca é constituída, principalmente, por restos de materiais, tais como: embalagens, plásticos, papel e papelão, tecidos, metais férricos e não férricos. Os materiais compostos por metais ferrosos e não ferrosos são separados dos demais materiais por meio da utilização de separadores magnéticos e correntes indutivas, respectivamente. Na primeira etapa, o material recebido, previamente segregado, passa por um processo de pré-acondicionamento (trituração, separação, classificação, etc.), para que os materiais recuperáveis alcancem características adequadas para o processo de produção do CDR e para a qualidade final do produto. Após a retirada dos metais ferrosos e não ferrosos, os materiais restantes passam por uma série de etapas de tratamento que normalmente acontecem na seguinte ordem: separação de materiais, trituração ou secagem térmica. Este processo é executado até que seja obtida uma mistura dos materiais necessários com a composição granulométrica e qualitativa correspondentes ao combustível derivado de resíduos (CDR). Geralmente, realizam-se etapas posteriores para o peneiramento e separação final de materiais particulados não desejáveis e para o acondicionamento final (granulação, pelotização, briquetagem, etc.) obtendo-se um produto com as características definidas pelo usuário final. Figura 12 - Moinho de martelos para biomassa. Fonte: Empresa REMATEC. Um dos principais objetivos deste tipo de instalação é a redução da fração biodegradável dos resíduos, cujo destino pose ser a disposição em aterros ou a fabricação de compostos orgânicos. Pag. 62

63 Estes combustíveis apresentam uma composição de material biodegradável que pode variar entre 50% e 60%. Este percentual elevado pode contribuir consideravelmente para a redução das emissões de CO 2 ao ser considerada a parte biodegradável como fonte de energia renovável. Além disso, a necessidade crescente de reduzir os custos de produção faz com que a indústria junto com o setor energético esteja cada vez mais interessados na possibilidade de utilização de um combustível substituto mais econômico e com qualidades específicas e homogêneas. Atualmente, a indústria cimenteira é o principal consumidor final deste combustível. Também é necessário destacar que, mesmo que o termo Combustível Derivado de Resíduo seja utilizado em todos os processos que aproveitam os resíduos como combustíveis, o seu significado varia, consideravelmente, de país a país, pois, os tipos de resíduos de origem utilizados, os processos de produção e a aplicação final regulamentada para o CDR produzido são diferentes em cada região. Por exemplo, em alguns países o CDR é produzido de alguns fluxos de resíduos específicos, já em outros casos, é obtido a partir do RSU processado. Além disso, o conceito e a finalidade das plantas de tratamento (mecânico-biológico) de resíduos com produção de CDR também são entendidas de forma diferente em alguns casos, tais como: Conforme o Comitê Europeu de Normatização (Norma EN 15357), um Combustíble Sólido Recuperado (CSR) é um combustível sólido preparado a partir de resíduos não perigosos para a sua valorização energética em plantas de incineração ou co-incineração e que cumpre com alguns requisitos de classificação e especificação determinados na Norma EN O esquema da Figura 13 apresenta todas as etapas de produção de CDR em uma planta típica, desde a sua recepção até o destino final do material energeticamente valorizável produzido a partir das frações não recuperáveis dos RCCV provenientes do rejeito das plantas de triagem e reciclagem. O destino dos materiais obtidos pode ser a valorização energética em Plantas de recuperação de energia ou em Cimenteiras, desde que, tanto o resíduo como a planta receptora, estejam licenciados para tal. Pag. 63

64 Figura 13 - Esquema de Planta de produção de CDR. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP-FR, Pag. 64

65 Sugere-se que as plantas de produção de combustível derivado de resíduos (CDR) sejam dotadas de: Cercamento da área sinalizado com identificação da infraestrutura e aprovação do empreendimento - para impedir o acesso de pessoas estranhas e animais. Portão com guarita para controle de acesso ao local. Acesso protegido e mantido de forma que permita o funcionamento da planta sob quaisquer condições climáticas. Anteparo vegetal e paisagístico em todo o entorno da infraestrutura para proteção de ventos predominantes. Portaria e balança. Sinalização adequada. Área de operação com superfície plana para área de recebimento e descarga de resíduos e galpão coberto para a fabricação e armazenamento de resíduos e do próprio CDR. Sistemas de proteção ambiental que contemple: controle da emissão de material particulado, principalmente, nas áreas de descargas, de manejo e nas zonas de acumulação de resíduos; dispositivos de contenção de ruído em veículos e equipamentos; sistema de proteção e drenagem das águas superficiais para suportar uma chuva com período de recorrência de cinco anos para impedir, principalmente, o acesso, na área de reciclagem, de águas precipitadas no entorno e o carreamento de material sólido para fora da área de forma a comprometer o sistema de drenagem local. Revestimento primário do piso das áreas de acesso, operação e armazenamento, executado e mantido de maneira a permitir a utilização sob quaisquer condições climáticas. EPI, de EPC, de proteção contra descargas atmosféricas e de combate a incêndio para todos os funcionários. Além disso, deve ter também sistema de iluminação e energia que permitam uma ação de emergência em qualquer momento. Sistema contra incêndios: fundamental, já que se trata de uma instalação que produz material combustível, devendo ser composto por: Grupo de pressão, hidrantes; extintores abc (6 kg), extintores CO2 (5 kg). A área aproximada do terreno para instalação de uma planta de produção de CDR é bastante variável sendo que será maior caso seja necessário prever espaço para separação prévia dos materiais e, menor, caso o galpão seja usado apenas para a fabricação de CDR. Tomando o último caso como parâmetro - galpão sem previsão de Pag. 65

66 área de triagem e separação - para uma capacidade de tratamento de aproximadamente de t/ano de resíduos, a área do terreno necessária é de aproximadamente m 2. Aspectos ambientais devem ser considerados no momento de escolha e definição da área de instalação da planta dentre os quais podem ser citados: tipo de uso e ocupação do solo consumo de energia, geração de ruído, emissão de poeira e material particulado, emissões de Compostos Orgânicos Voláteis; e a geração de resíduos. Ressalta-se que assim como para as demais infraestruturas devem ser tomadas todas as ações para emissão e adequação das exigências legais definidas no processo de licenciamento ambiental MODELOS DE PLANTAS DE PRODUÇÃO DE AGREGADOS RECICLADOS As plantas de produção de agregados reciclados são outro caso específico de planta de reciclagem de RCCV nas quais podem ser processadas as frações inertes (Classe A) presentes nos RCCV. Uma planta de produção de agregados reciclados é, em termos gerais, uma área de reciclagem de resíduos da construção civil, destinada ao recebimento e transformação dos RCC Classe A previamente triados, para produção de agregados reciclados (NBR Resíduos sólidos da construção civil Áreas de reciclagem Diretrizes para projeto, implantação e operação). A legislação especifica para o Município de Belo Horizonte, Lei Municipal /20 12 segue os mesmos princípios da CONAMA 307/2004 ao estipular que os resíduos da construção civil de natureza mineral, designados como Classe A, devem ser prioritariamente reutilizados ou reciclados, salvo se inviáveis estas operações, caso em que deverão ser destinados a aterros de resíduos da construção civil licenciados para reservação e beneficiamento futuro ou para conformação topográfica de terrenos. Parágrafo único - Na conformação topográfica de terreno com resíduos da construção civil Classe A deve-se obedecer ao disposto na legislação municipal que regula o movimento de terra e entulho. Pag. 66

67 Figura 14 - Planta de seleção de RCC em Astúrias (Espanha). Fonte: COGERSA. Figura 15 - Tromel em planta de seleção de RCC em Astúrias (Espanha). Fonte: COGERSA. Os produtos obtidos para uso futuro em pavimentação devem cumprir com as seguintes normas técnicas para reciclagem de RCCV: ABNT - NBR : Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Execução de camadas de pavimentação. Procedimentos. ABNT - NBR : Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural. Requisitos. Pag. 67

68 Figura 16 - Esquema de planta de produção de agregados reciclados. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP-FR, Pag. 68

69 Um caso específico de planta de reciclagem de RCC e fabricação de agregados reciclados são os equipamentos móveis de reciclagem de RCC em obra. Alguns tipos de obra demandam e viabilizam reciclagem in situ mediante plantas de trituração e seleção, geralmente, quando a mesma obra pode utilizar estes agregados - para um processo urbanístico, por exemplo. A fabricação de agregados reciclados deve ser executada conforme com as especificações técnicas e ensaios indicados nas normativas vigentes. Sugere-se que estejam devidamente registradas para as atividades de valorização de resíduos na própria obra na qual foram gerados, tal como estabelecido pela autoridade ambiental competente. Quadro 11 - Vantagens e desvantagens das plantas de produção de agregados reciclados. Plantas moveis e fixas de produção de agregados reciclados Vantagens Redução do volume total de RCC não beneficiados. Diminuição da exploração de recursos naturais para fabricação de agregados e consequente redução dos impactos socioambientais relacionados. Beneficiamento e valorização dos resíduos gerando produtos comercializáveis, geralmente de custo mais baixo. Geração de emprego, renda e inclusão social. Criação de novos postos de trabalho para mão-de-obra com baixa qualificação. Incentivo à valorização dos resíduos da construção civil e consolidação da importância do descarte correto. Amenização dos impactos socioambientais causados pelo descarte inadequado dos resíduos, tais como a multiplicação de vetores de doenças, o comprometimento da paisagem e do tráfego de pedestres e veículos. Desvantagens Gera resíduo que devem ser dispostos corretamente de acordo com a sua composição. Sugere-se que a planta de produção de agregados reciclados seja dotada de: Cercamento no perímetro da área em operação, construído de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais. Portão junto ao qual seja estabelecida uma forma de controle de acesso ao local. Os acessos internos e externos devem ser protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas, com sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) que identifique(m) o empreendimento quanto às atividades desenvolvidas e à aprovação do empreendimento. Pag. 69

70 Anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança, ventos dominantes e estética, como, por exemplo, cerca viva arbustiva ou arbórea no perímetro da instalação. Portaria. Balança. Sinalização dos diversos elementos. Área de operação: A área de operação deve ter sua superfície regularizada. - Área de recebimento; - Área de armazenamento temporário dos resíduos recebidos; - Área de armazenamento temporário coberto para os resíduos de classe D; - Área específica para o armazenamento temporário de materiais recuperados (madeira, metais, plásticos, outros); - Área de reciclagem/fabricação de agregados; - Área de armazenamento dos agregados reciclados. Sistemas de proteção ambiental: deve ser implantado um sistema de proteção ambiental que contemple: - Sistema de controle de poeira, ativo tanto nas descargas como durante o manejo, e nas zonas de acumulação de resíduos. - Dispositivos de contenção de ruído em veículos e equipamentos. - Sistema de proteção das águas superficiais: deve ser previsto um sistema de drenagem das águas de escoamento superficial na área de reciclagem, capaz de suportar uma chuva com período de recorrência de cinco anos, compatibilizado com a macrodrenagem local, para impedir: o acesso, na área de reciclagem, de águas precipitadas no entorno; o carregamento de material sólido para fora da área. - Revestimento primário do piso das áreas de acesso, operação e estocagem, executado e mantido de maneira a permitir a utilização sob quaisquer condições climáticas. Equipamentos de segurança. - A planta de produção de agregados reciclados deve dispor de equipamentos de proteção individual, de proteção coletiva e de proteção contra descargas atmosféricas e de combate a incêndio. Pag. 70

71 - Iluminação e energia: o local da área de reciclagem deve dispor de iluminação e energia que permitam uma ação de emergência em qualquer momento. A área aproximada do terreno para uma planta de produção de agregados reciclados pode variar em função do nível de segregação do material recebido e do maior ou menor volume de resíduos a admitir. Ou seja, caso a planta receba somente material devidamente triado, a área pode ser menor, caso contrário, deve ser previsto um espaço para reservação e triagem do material não segregado e também do material que não será processado. Quadro 12 - Área básica demandada para o gerenciamento dos resíduos em uma planta de produção de agregados reciclados dos RCCV. Tipo de instalação Capacidade Área demandada Reciclagem RCD Classe A 40 m 3 /dia m 2 Reciclagem RCD Classe A 80 m 3 /dia m 2 Reciclagem RCD Classe A 160 m 3 /dia m 2 Reciclagem RCD Classe A 320 m 3 /dia m 2 Recuperação de solo 240 m 3 /dia m 2 Nota: Os solos são também considerados como RCD Classe A na Resolução CONAMA, desde que não estejam contaminados, pois, neste caso, são considerados Classe D. Fonte: Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos, Ministério do meio ambiente de Brasil. Nas plantas de produção de agregados reciclados se realiza a recuperação das frações inertes recuperáveis presentes nos RCC com a finalidade de obter agregados reciclados utilizáveis pela empresa pública e privada. Os materiais processados, quando a triagem não é necessária, são provenientes de instalações nas quais a triagem prévia do material improprio para a reciclagem já foi realizada, ou seja: Plantas de recuperação e transferência. Obras privadas ou públicas. Os materiais obtidos nas operações de seleção, classificação, avaliação e separação dos RCC limpos e segregados são produtos que podem ser vendidos e utilizados como agregados reciclados em outras obras, desde que todas as orientações técnicas recomendadas e exigidas pela legislação vigente sejam atendidas. Aspectos ambientais devem ser considerados no momento de escolha e definição da área de instalação da planta dentre os quais podem ser citados: tipo de uso e Pag. 71

72 ocupação do solo, consumo de energia, geração de ruído, emissão de poeira e material particulado, geração de resíduos e geração de águas residuais. Ressalta-se que assim como para as demais infraestruturas devem ser tomadas todas as ações para emissão e adequação das exigências legais definidas no processo de licenciamento ambiental MODELOS DE PLANTAS DE INCINERAÇÃO PARA VALORIZAÇÃO ENERGETICA Uma planta de recuperação de energia é uma instalação na qual se realiza o tratamento térmico de resíduos mediante as operações de valorização energética ou de eliminação. A Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002 que dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos e define o termo tratamento térmico como qualquer processo cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima de oitocentos graus Celsius (800 ºC). O processo de incineração utiliza a combustão controlada para degradar termicamente materiais residuais. Os equipamentos envolvidos na incineração garantem fornecimento de oxigênio, turbulência, tempo de residência e temperatura adequados e devem ser equipados com mecanismos de controle de poluição para a remoção dos produtos da combustão incompleta, das emissões de particulados, de dióxido de enxofre (SOx) e dióxido de nitrogênio (NOx) além das dioxinas e furanos. O tipo de incineração pode ser diferenciado de acordo com o tipo de forno de combustão utilizado os quais serão apresentados em maior detalhe a seguir: a) incineração em forno de grelha; b) incineração em forno rotativo; c) incineração em leito fluidizado. Em todos os casos, a incineração é pouco indicada para os resíduos gerados na construção civil ou volumosos. A incineração em forno de grelha, a pesar de bastante flexível, quando usado em operações que utilizam combustíveis heterogêneos, permite o tratamento de RSU, resíduos industriais, lodos de depuradoras ou resíduos dos serviços de saúde. Para a sua aplicação aos RCCV é necessária a segregação prévia dos materiais não combustíveis não sendo adequada para partículas, líquidos ou materiais que podem se derreter na grelha. Já no incinerador tipo forno rotativo, se pode incinerar praticamente qualquer resíduo independente do seu tipo ou composição. Entretanto, é preciso atentar para as exigências legais vigentes para que não seja incinerado um resíduo que possa ter Pag. 72

73 outro destino de acordo com a hierarquia de gerenciamento de resíduos estabelecida pela Politica Nacional de Resíduos Sólidos. Mesmo assim, e devido às condições da combustão, sua aplicação atual está direcionada apenas ao tratamento de resíduos perigosos (por exemplo, resíduos de serviços de saúde) sendo que uma pequena parte é utilizada para o tratamento de RSU. Também para o incinerador de forno de Leito Fluidirizado, os RCCV tem um uso restrito e quase nulo já que são mais adequados resíduos com ausência ou baixo conteúdo de materiais inertes e metais separados. Sendo assim, são usados geralmente para lodos de depuradora ou combustível derivado de resíduos CDR CO-PROCESSAMENTO EM CIMENTEIRAS O coprocessamento é uma técnica de destruição térmica sob altas temperaturas em fornos de clínquer devidamente licenciados para este fim, com aproveitamento de conteúdo energético e/ou aproveitamento da fração mineral como matéria-prima, sem que haja a geração de outros resíduos. Foram consultados diversos estudos sobre o possível aproveitamento dos RCD ricos em cerâmica, tais como: telhas, ladrilhos, azulejos, vasos sanitários, etc. Estes materiais podem ser valorizados por meio do processo de coprocessamento em cimenteiras depois de uma trituração prévia e acondicionamentos adequados. Esta transformação é simples e de baixo impacto e, no final do processo são produzidos materiais susceptíveis para a adição ao cimento Portland ou para adição ao processo de clinquerização. Os estudos que foram utilizados estão listados a seguir: Resíduos cerâmicos para uso possível como matéria prima na fabricação de clínquer de cimento Portland: caracterização e ativação alcalina. Publicado em 2006 na revista espanhola Materiales de Construcción. Emprego de resíduos cerâmicos como matéria prima alternativa na fabricação de cimento Portland. Realizado em 2011 pelo Instituto de Ciências da Construção Eduardo Torroja (Conselho Superior de Investigações Científicas Espanha). Os resultados obtidos nestes estudos demonstram a validade tecnológica de determinados resíduos cerâmicos como matéria prima para a fabricação de clínquer de cimento Portland. De acordo com a legislação brasileira, as principais premissas para a utilização dos resíduos no coprocessamento, são: Valor agregado ao resíduo: deve ser utilizado como substituto de combustível ou matéria prima. Garantia de fornecimento regular. Pag. 73

74 Garantia de aplicável ambiental do clínquer coprocessado: a incorporação dos metais à estrutura do clínquer deve ser comprovada através dos testes de lixiviação. A Resolução CONAMA nº 264, de 26 de agosto de 1999, que dispõe sobre Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de coprocessamento de resíduos, especifica: O coprocessamento consiste no reaproveitamento de resíduos nos processos de fabricação de cimento. O resíduo é utilizado como substituto parcial de combustível ou matéria-prima e as cinzas resultantes são incorporadas ao produto final, o que deve ser feito de forma controlada e ambientalmente segura. O tempo de residência e a temperatura do forno de cimento (normalmente entre 1400 e 1500ºC) são adequados para destruir termicamente a matéria orgânica. Esses fornos também devem ter mecanismos de controle de poluição atmosférica para minimizar a emissão de particulados, dióxido de enxofre (SOx) e dióxido de nitrogênio (NOx). A DN 154 de agosto de 2010 estabelece critérios para utilização destes resíduos, para o monitoramento e para o controle do processo definindo um PCI mínimo de 2800 kcal/kg para 2000 kcal/kg e limites de entrada de metais no forno, ampliando os parâmetros que precisam ser monitorados e exigindo a disponibilização dos dados de monitoramento online para as Autoridades ambientais além de ensaios trimestrais de lixiviação do clínquer. As cimenteiras podem aproveitar parte dos resíduos minerais gerados por outras indústrias, como cinzas, escórias, resíduos de construção e demolição, lodos do processo de fabricação de papel ou açúcar, sendo possível: Substituir matérias-primas naturais evitando a exploração de recursos naturais e suas emissões associadas. Evitar parte das emissões de processo, pois alguns destes materiais recuperados contêm óxido de cálcio e não é necessária a descarbonatação. Reduzir o conteúdo de clínquer por tonelada de cimento fabricado, usando estes minerais como aditivos na fase final de fabricação de cimentos. O coprocessamento em cimenteiras é uma alternativa de baixo custo frequentemente utilizada para o tratamento térmico de uma grande variedade de resíduos. A RMBH possui uma grande vantagem que é o grande número indústrias cimenteiras o que representa um incentivo ao coprocessamento dos RCC. Para se ter uma ideia, de todas as plantas licenciadas para o coprocessamento dos 14 grupos industriais presentes na indústria cimenteira brasileira, 33% estão localizadas Pag. 74

75 na região sudeste, 10 destas plantas em MG e 07 na RMBH e CM. Ressalta-se que várias outras se encontram em processo de licenciamento. A Figura 17 apresenta o panorama das plantas de coprocessamento no Brasil em Figura 17 - Distribuição das fábricas de cimento de produção de clínquer. Fonte: Associação Brasileira do cimento Portland. Panorama do coprocessamento de resíduos em fornos de cimento 2013 (BRASIL) Os dados sobre resíduos coprocessados foram coletados junto às empresas que realizam o coprocessamento de resíduos e logo consolidados pela Associação Brasileira do cimento Portland (ABCP). O resultado dessa consolidação indicou que, em 2013, os resíduos coprocessados representaram a eliminação de um passivo ambiental de 1,25 milhão de toneladas. Do total processado nesse ano, os resíduos coprocessados como substitutos de matérias primas representaram 29% ( t), e aqueles com potencial energético corresponderam a 71% ( t) do total coprocessado. Em relação ao tipo de material utilizado, os pneus constituíram 23% ( t) do total, o que equivale a 57 milhões de pneus de automóveis (1 t = 200 mil pneus). Ainda de acordo com a ABCP em seu último relatório anual para a sustentabilidade, no Brasil, aproximadamente 1 milhão de toneladas de resíduos são coprocessadas anualmente. No entanto, o potencial desta capacidade de eliminação de resíduos por meio do coprocessamento pela indústria brasileira de cimento é muito superior, podendo chegar a 2,5 milhões de toneladas. Para fins de análise comparativa o Quadro 13 apresenta os dados de utilização de resíduos em coprocessamento na indústria cimenteira da União Europeia para o ano de Nota-se que o potencial já utilizado e de aproximadamente 7,4 milhões de toneladas de resíduos e que o material mais encaminhado ao processo é, em ordem Pag. 75

76 de crescente, o CDR (23,6%) seguido de Farinhas e gordura animal (14,2%) seguido de pneus com 13,1% do total de resíduos coprocessado, 10% a menos do que o praticado no Brasil. Quadro 13 - Distribuição dos combustíveis alternativos empregados na UE em Material Toneladas (mil) % (em relação ao total) Madeira, papel e papelão 320 4,3% Tecidos 43 0,6% Plásticos ,2% Combustível derivado de resíduos (CDR) ,6% Pneus, borracha ,1% Lodos industriais 369 5,0% Lodos de depuradoras municipais 327 4,4% Farinhas e gordura animal ,2% Resíduos do carvão 96 1,3% Resíduos agrícolas 30 0,4% Serragem impregnada e outros 404 5,5% Dissolventes e similares 533 7,2% Óleos e similares 377 5,1% Outros 370 5,0% TOTAL 7.367,00 milhões de toneladas Fonte: RECUPERACIÓN ENERGÉTICA DE RESIDUOS EN LA INDÚSTRIA CEMENTERA. Fundación CEMA (Fundación laboral do cimento e medio ambiente). A seguir, no Quadro 14 são apresentadas as vantagens de desvantagens do coprocessamento de resíduos quando comparado ao processo de incineração citado anteriormente. Quadro 14 - Vantagens e desvantagens da incineração e do coprocessamento PROCESSO VANTAGENS DESVANTAGENS INCINERAÇÃO CO-PROCESSAMENTO EM CIMENTEIRAS Degrada completamente os resíduos, quebrando as moléculas dos componentes perigosos. Tecnologia aceita pelos órgãos ambientais, desde que em instalações licenciadas. Aplicada a uma grande quantidade de tipos de resíduos. Sempre em função do poder calorífico do material a ser incinerado. O coprocessamento permite o aproveitamento de conteúdo energético de uma fração dos RCCV, considerada combustível alternativo, e/ou aproveitamento de outra fração dos RCCV, considerada como substituta da matéria prima, Gera cinzas, que devem ser corretamente dispostas de acordo com a sua composição. Gera emissões atmosféricas, que devem ser controladas. Alto custo e limitações para RCCV. De acordo com a Resolução CONAMA 264 de 1999, é proibida a destinação via coprocessamento dos resíduos: domiciliares brutos, resíduos de serviços de saúde, radioativos, explosivos, organoclorados, agrotóxicos e Pag. 76

77 PROCESSO VANTAGENS DESVANTAGENS sem a geração de novos resíduos. afins. A queima de resíduos não prejudica a capacidade do forno do cimento em atender aos padrões de emissão estabelecidos pelos órgãos de controle ambiental. Baixo custo. Necessita controle de emissões atmosféricas. Não há geração de cinzas, pois toda a matéria queimada é reincorporada ao produto final. Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, Nas plantas de coprocessamento em fornos de clínquer pode ser realizada a substituição de matéria-prima que seria obtida para a fabricação do cimento - por alguma das frações não recuperáveis dos RCC. Além disto, outros tipos de resíduo podem ser utilizados objetivando a valorização energética de outras frações não recuperáveis dos RCC, com o objetivo de obter energia utilizável pela empresa pública e privada, bem como pela população no geral. Os materiais a processar em uma planta de coprocessamento são: as frações não recuperáveis dos RCC que tenham poder calorífico e não tenham alternativa de reuso ou reciclagem; as frações não recuperáveis dos RCC que tenham poder calorífico suficiente como madeira e plásticos, principalmente aqueles que não tenham alternativa de reuso, reciclagem e que possam estar contaminados; Dentro da lógica da proposta apresentada para o fluxo de gerenciamento dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano, os materiais que podem ser destinados ao coprocessamento podem ser oriundos das seguintes instalações: Plantas de triagem e transbordo. Plantas de produção de combustível derivado de resíduos (CDR). Os materiais obtidos nas operações de valorização energética são energia elétrica para venda e utilização. ASPECTOS AMBIENTAIS Ocupação de solo. Consumo de água. Pag. 77

78 Consumo de energia. Geração de emissões veiculadas. Geração de ruído. ASPECTOS LEGAIS No âmbito Federal: A RESOLUÇÃO CONAMA nº 264, de 26 de agosto de 1999 publicada no DOU nº 54, de 20 de março de 2000, Seção 1, páginas 80-83, define no seu Art. 9º que este tipo de infraestrutura deve possuir licença prévia, licença de instalação e licença de operação para instalações novas. Quando se trate de instalações existentes deverão dispor de licenciamento ambiental específico. A Deliberação Normativa COPAM nº 154, de 25 de agosto de 2010, que Dispõe sobre o Coprocessamento de resíduos em fornos de clínquer, estabelece critérios para utilização de resíduos, monitoramento e controle. Também específica que as cimenteiras podem aproveitar, entre outros, parte dos resíduos de construção e demolição. No âmbito Estadual: Conforme o Art. 8º da Lei ESTADUAL 7.772, DE 8 DE SETEMBRO DE 1980 do Estado de Minas Gerais, esta tipologia de instalação deve possuir licenciamento de instalação e de funcionamento sujeitos a autorização da Comissão de Política ambiental (COPAM) MODELO DE ARMAZENAMENTO DE MATERIAL EM ÁREAS DE ARMAZENAMENTO TRANSITÓRIO PARA USO FUTURO Atualmente as áreas de armazenamento transitório para uso futuro não estão estabelecidas como tais na legislação brasileira, porém podem ser assimiladas às instalações existentes. Conforme a Resolução CONAMA 448/2012: Aterro de resíduos Classe A de reservação de material para usos futuros: é a área tecnicamente adequada onde serão empregadas técnicas de destinação de resíduos da construção civil Classe A no solo, visando a reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente e devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente. Pag. 78

79 Área de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos (ATT): área destinada ao recebimento de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, para triagem, armazenamento temporário dos materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção para destinação adequada, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; Com base nas definições anteriores, sugere-se considerar as áreas de armazenamento transitório de materiais de maneira similar às ATT de RCCV. Sugere-se que a superfície da área de armazenamento transitório seja completamente asfaltada ou pavimentada com uma base de concreto. Desta forma, é possível facilitar a movimentação dos RCCV armazenados, sem afetar a camada subjacente do terreno. Os materiais a serem dispostos nas áreas de armazenamento transitório para seu uso futuro são RCC, resíduos volumosos, ou materiais segregados, segundo seja conveniente. Dentre as instalações propostas, os materiais a serem armazenados transitoriamente nas ATT, podem ser originados de: URPV. Postos de descarga de entulho. Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Plantas de triagem e transferência. Os materiais obtidos em áreas de armazenamento transitório para seu uso futuro são os mesmos que foram recebidos. Ademais podem gerar lixiviados que deverão ser gerenciados como resíduos perigosos. Dentre os aspectos ambientais podem ser citados: ocupação de solo, consumo de água, consumo de energia, geração de lixiviados, geração de ruído, Geração de poeira e geração de odores. Em relação aos aspectos legais, ressalta-se que as áreas de armazenamento e transbordo de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, ou (ATT) de RCCV, são áreas destinadas ao recebimento de RCC e RVOL destinadas ao armazenamento temporário dos materiais segregados e para posterior encaminhamento a destinação adequada. Estas áreas devem ser licenciadas como Áreas de transbordo e triagem. Pag. 79

80 3.9. MODELO DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS INERTES EM ATERROS CLASSE A Os aterros Classe A, de acordo com a Deliberação Normativa COPAM nº 155, de 25 de agosto de 2010, pode ser definido como um local devidamente preparado no qual são empregadas técnicas para a disposição de resíduos classe "A" da construção civil, nos termos da classificação instituída pela Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, ou das que sucederem, visando à reservação de materiais segregados de forma a possibilitar o seu uso futuro e/ou a futura utilização da área, adotando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente. A Lei nº , de 24 de agosto de 2012 Institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC - e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC, e deu outras providências. Em seu Artigo 30º ressalta-se que: Os resíduos da construção civil e os resíduos volumosos não podem ser depositados em aterros sanitários. Os resíduos da construção civil, se apresentados na forma de agregados reciclados ou na condição de solos não contaminados, podem ser utilizados em aterros sanitários com a finalidade de execução de serviços internos ao aterro. A NBR 15113:2004. Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes Aterros define as diretrizes para projeto, implantação e operação dos aterros de RCC. Pag. 80

81 Figura 18 - Esquema aterro Classe A. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP-FR, Pag. 81

82 Sugere-se que os aterros Classe A sejam dotados de: Cercamento no perímetro da área em operação, construído de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais. Portão junto ao qual seja estabelecida uma forma de controle de acesso ao local. Os acessos internos e externos devem ser protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas. Sinalização na(s) entrada(s) e na(s) cerca(s) que identifique(m) o empreendimento. Anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança, ventos dominantes e estética, como, por exemplo, cerca viva arbustiva ou arbórea no perímetro da instalação. Faixa de proteção interna ao perímetro, com largura justificada em projeto. Portaria. Balança. Portaria das diversas áreas. Área de recepção: a área de recepção deve ter sua superfície regularizada. Área de armazenamento temporário coberta para os resíduos classe D. Área de disposição dos RCC. Área de acumulação de materiais (terras e argilas) para o cobrimento dos RCC depositados. Sistemas de proteção ambiental: deve ser implantado um sistema de proteção ambiental que contemple: Sistema de proteção das águas subterrâneas. Devem ser previstas medidas para a proteção das águas subterrâneas mediante um sistema de poços de monitoramento, instalado na área do empreendimento, constituído de no mínimo quatro poços, sendo um a montante e três a jusante, no sentido do fluxo de escoamento preferencial do aquífero. Os poços devem ser construídos de acordo com a NBR Sistema de proteção das águas superficiais. Pag. 82

83 Devem ser previstas medidas para a proteção das águas superficiais respeitando-se faixas de proteção de corpos de água e prevendo-se a implantação de sistemas de drenagem compatíveis com a macrodrenagem local, devendo ser capazes de suportar chuva com períodos de recorrência de cinco anos, que impeça: acesso, no aterro, de águas precipitadas no entorno; carregamento de material sólido para fora da área do aterro. O sistema de proteção das águas superficiais deve incluir: Sistema de controle de poeira, ativo tanto nas descargas como no manejo e nas zonas de acumulação de resíduos; Dispositivos de contenção de ruído em veículos e equipamentos; Equipamentos de segurança. A planta de produção de agregados reciclados deve dispor de equipamentos de proteção individual, de proteção coletiva e de proteção contra descargas atmosféricas e de combate a incêndio. Iluminação e energia: o local da área de reciclagem deve dispor de iluminação e energia que permitam uma ação de emergência em qualquer momento. Resíduos admissíveis nos aterros Classe A Resíduos da construção civil Classe A, conforme classificação da Resolução CONAMA n 307 são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplenagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios fios etc.) produzidas nos canteiros de obras. d) resíduos inertes (classe II-B conforme a Lei Federal n /2010): aqueles que, quando amostrados de forma representativa e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água vigentes, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Pag. 83

84 Resíduos não admissíveis em Aterros Classe A I - Resíduos classe I perigosos conforme a Lei Federal n /2010, são aqueles que, em função das suas características de toxicidade, corrosividade, reatividade, inflamabilidade, patogenicidade ou explosividade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à aplicável ambiental, tais como os patogênicos, os mutagênicos, os teratogênicos, os poluentes, os bioacumulativos e congêneres; Inclui os resíduos da construção civil classe D conforme classificação da Resolução CONAMA n 307 (modificada pela Resolução n 431/2011 e pela Resolução n 348/04). Nesta classificação entram os resíduos de alguns materiais perigosos de construção (amianto) e os aditivos empregados em outros materiais (adesivos, massas, pinturas, selantes). II - Resíduos classe II A - não perigosos, não inertes: conforme a Lei Federal n /2010: são aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - perigosos ou de resíduos classe II - B - inertes, nos termos desta lei, podendo apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Inclui os resíduos da construção civil classe B e C conforme classificação da Resolução CONAMA n 307 (modificada pela Resolução n 431/2011 e pela Resolução n 348/04). Os resíduos valorizáveis da construção (metal, madeira, plástico, vidro, etc.) estão considerados dentro desta classificação. Quadro 15 - Vantagens e desvantagens dos aterros. Classe A Vantagens Baixo custo em relação a outras opções de tratamento e disposição final, como a incineração. Pode ser utilizado para grande variedade de tipologias de RCC. Desvantagens Necessita de uma grande área física para construção e operação. Gera um passivo que precisa ser continuamente monitorado. Um caso particular de Classe A são as bacias de entulho, que são aterros de pequeno porte com a finalidade imediata de regularização de terrenos. Nos aterros Classe A devem ser depositadas as frações não recuperáveis presentes nos RCCV, com a finalidade de gerar o menor impacto possível e permitir a sua reservação para uso posterior. Tendo em vista as infraestruturas sugeridas para o gerenciamento dos RCCV gerados na RMBH e Colar Metropolitano, os Aterros Classe A receberiam resíduos provenientes das seguintes áreas propostas: Pag. 84

85 URPV. Postos de descarga de entulho. Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Plantas de triagem e transferência. Em termos de produção, diferentemente das demais infraestruturas previstas, tais como os pontos limpos e plantas de triagem, os Aterros Classe A não apresentam nenhum material oriundo do processo de aterramento. Vale salientar que o lixiviado gerado deve ser tratado de forma adequada e conforme a legislação ambiental vigente. No que se refere aos ASPECTOS AMBIENTAIS, devem ser considerados ocupação de solo, consumo de água, consumo de energia, geração de lixiviados, geração de ruído, geração de poeira e geração de odores. Sobre os aspectos legais, os aterros de resíduos da construção civil e resíduos inertes, destinados à disposição exclusiva de resíduos da Classe A triados, estão sujeitos ao licenciamento ambiental quanto à localização, instalação e operação, no âmbito dos órgãos estaduais de meio ambiente respeitando sempre as restrições quanto às áreas com legislação ambiental específica. Além de Aterros podem ser licenciadas áreas menores com finalidade imediata de regularização de terrenos para edificação e deverão ser dispensados de licença ambiental que em alguns casos é, na verdade, uma Autorização Ambiental de Funcionamento ou AAF. Pag. 85

86 3.10. COMPARAÇÃO DAS ALTERNATIVAS O Quadro 16 apresenta uma detalhada comparação de todos os processos de destinação final citados nos itens anteriores. Quadro 16 - Comparação entre plantas de tratamento de RCCV. TIPO DE PLANTA MATERIAIS TRATADOS INFRAESTRUTURA DE ORIGEM MATERIAIS OBTIDOS DESTINO Plantas de armazenamento e transferência de RCCV. ASPECTOS AMBIENTAIS Plantas de reciclagem. Plantas de triagem (seleção, classificação avaliação e separação das frações recuperáveis) e transbordo RCCV misturado ou segregado URPV. Postos de descarga de entulho. Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Frações recuperáveis dos RCCV. RCC Classe B. RCC Classe A e resíduos inertes. RCC Classes C e D. Outros resíduos perigosos. Plantas de produção de agregados reciclados. Coprocessamento cimenteiras. em Plantas de produção CDR. Plantas de recuperação de energia. Ocupação de solo. Consumo de água. Consumo de energia. Geração de águas residuais. Geração de ruído. Geração de poeira. Geração de resíduos. Aterro Classe A. Plantas armazenamento transferência de RCCV de e RCC Classe A e resíduos inertes. RCCV. Segregados em outras Classes URPV. Postos de descarga de entulho. Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Plantas de triagem e RCC Classe A e resíduos inertes. RCCV segregados em outras Classes. Aterro sanitário. Plantas de reciclagem. Plantas de produção de agregados reciclados. Coprocessamento cimenteiras. em Ocupação de solo. Consumo de água. Consumo de energia. Geração de lixiviados. Geração de ruído. Geração de poeira. Geração de odores. Pag. 86

87 TIPO DE PLANTA MATERIAIS TRATADOS INFRAESTRUTURA DE ORIGEM transbordo. MATERIAIS OBTIDOS DESTINO Plantas de produção CDR. ASPECTOS AMBIENTAIS Plantas de recuperação de energia. Aterro Classe A. Plantas de reciclagem Plantas de produção de agregados reciclados Plantas de produção de combustível derivado de resíduos (CDR) Frações segregadas recuperáveis RCC limpos e segregados Materiais separados com poder calorífico (Madeira e plásticos) URPV. Postos de descarga de entulho. Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Plantas de triagem e transbordo. Plantas de armazenamento e transferência de RCCV. Plantas de triagem e transbordo. Plantas de armazenamento e transferência. Obras privadas ou públicas. Plantas de triagem e transbordo. Subprodutos para venda e utilização como matéria prima alternativa. Agregados reciclados. Combustível derivado de resíduos. Aterro sanitário. Empresa pública e privada Obra privada. Obra pública. Plantas de recuperação de energia. Coprocessamento cimenteiras. em Ocupação de solo. Consumo de água. Consumo de energia. Geração de águas residuais. Geração de ruído. Geração de poeira. Geração de resíduos. Ocupação de solo. Consumo de água. Consumo de energia. Geração de águas residuais. Geração de ruído. Geração de poeira. Geração de resíduos Ocupação de solo. Consumo de energia. Geração de ruído. Geração de poeira. Geração de emissões. (Compostos Orgânicos Pag. 87

88 TIPO DE PLANTA Plantas de recuperação de energia (incineração e outros tratamentos térmicos) MATERIAIS TRATADOS Materiais segregados com poder calorífico (Madeira e plásticos) INFRAESTRUTURA DE ORIGEM Plantas de triagem e transbordo. Plantas de produção de combustível derivado de resíduos (CDR). URPV. MATERIAIS OBTIDOS Energia. Escórias e cinzas. DESTINO Consumo energético. Escórias e cinzas ao aterro. ASPECTOS AMBIENTAIS Voláteis). Geração de resíduos. Ocupação de solo. Consumo de água. Consumo de energia. Geração de emissões veiculadas. Geração de ruído. Geração de resíduos perigosos (escórias e cinzas). Postos de descarga de entulho. Disposição de resíduos inertes em aterros Classe A RCC Classe A e resíduos inertes Pontos Limpos. Obras privadas ou públicas. Plantas de triagem e transbordo. Nenhum material. Lixiviado. Lixiviados ao gerenciamento adequado. Ocupação de solo. Consumo de água. Consumo de energia. Geração de lixiviados. Geração de ruído. Geração de poeira. Geração de odores. Plantas de armazenamento e transferência de RCCV. Fonte: Elaboraçao Propria, Consorcio IDP Ferreira Rocha, Pag. 88

89 4 ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO DOS RCCV As características, em termos qualitativos (gravimétricos), dos RCCV foram previamente indicadas no Produto 3. O conteúdo outrora apresentado detalha a composição típica dos RCC e dos Resíduos Volumosos em diferentes países. Os dados e informações apresentados no produto supracitado, em síntese, mostram que os resíduos gerados por atividades associadas à construção são, geralmente, constituídos por um conjunto de fragmentos ou restos de paredes, pedras, solos, concreto, argamassas, madeira, arames, resina, plásticos, gesso, cal, cerâmica, telhados e pavimentos, principalmente. A composição pode variar consideravelmente, dependendo da situação econômica da região onde são gerados e do tipo de projeto, obra e etapa de construção. Valse ressaltar ainda que os resíduos gerados pela demolição seletiva (ou desmonte) de edifícios, ruas e outras estruturas, bem como os de escavação também são enquadrados como resíduos de construção CARACTERIZAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS RCCV POR ORIGEM Diante disso, é possível realizar uma caracterização genérica dos RCC de acordo com o tipo de atividade e objeto da obra que o originou. No Quadro 17 são apresentadas composições típicas de RCC de acordo com o tipo de atividade e elemento da obra que os gerou, incluindo os principais componentes dos resíduos em cada caso. Quadro 17 - Classificação de RCC de acordo com o tipo de atividade. ATIVIDADE ORIGEM COMPONENTES PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES Demolição Construção Moradias Outros edifícios Obras públicas Escavação Edificação Obras Públicas Manutenção e reformas Antigas: alvenaria, tijolo, madeira, gesso, telhas, reboco. Recentes: tijolo, concreto, ferro, aço, metais e plásticos. Industriais: concreto, aço, tijolo, alvenaria. Serviços: concreto, tijolo, alvenaria, ferro, madeira. Alvenaria, ferro, aço, concreto armado. Solos e pedras. Concreto, ferro, aço, tijolos, blocos, telhas, materiais cerâmicos. Plásticos, materiais não férreos. Solo, pedra, concreto, produtos betuminosos. Moradias: cal, gesso, madeira, telhas, materiais cerâmicos, pavimentos, tijolo. Outro: concreto, aço, alvenaria, tijolo, gesso, cal, madeira. Os materiais dependem da idade do edifício e da utilidade do mesmo no caso dos de serviços. Os materiais dependem da idade e do tipo de infraestrutura É possível reutilizar em grande parte nas próprias obras ou em outras que demandem o material. Originados geralmente por recortes, materiais eliminados por sua aplicação inadequada ou defeitos adquiridos durante a manipulação. Fonte: Diagnóstico básico de resíduos de la construção do Estado de México. Gobierno do Estado de México. Secretaría do Medio Ambiente Dirección General de Prevención e Controle de la Contaminación do Agua, Suelo e Resíduos Pag. 89

90 Outras caracterizações mais especificas, de acordo com a origem do resíduo, podem ser feitas, conforme apresentado nos itens a seguir: resíduos gerados em obras viárias: asfalto, brita, solos, etc. resíduos gerados em escavações: solos, pedras, etc. resíduos gerados em demolição de edifícios: cerâmicas, concreto, argamassa, amianto, etc. resíduos gerados em construção e renovação de edifícios: cerâmicas, concreto, argamassa, amianto, etc., pode haver a presença de outros resíduos tais como: plástico, papel, vidro, madeira, etc. resíduos gerados em descontaminação de solos: solos contaminados e não contaminados, pedras, etc., podem ser encontrados resíduos perigosos e não perigosos, bem como os inertes. resíduos gerados em descontaminação de aterros clandestinos: solos, cerâmicas, concreto, argamassa, etc., também podem ser encontrados outros resíduos, tais como: plástico, papel, vidro, madeira, resíduos perigosos e não perigosos e inertes. Os itens a seguir apresentarão com detalhe as informações citadas acima para cada origem de geração de resíduo Agregados procedentes de obras viária - camadas de aglomerado asfáltico Este tipo de agregado reciclado apresenta, tal como o resíduo procedente do concreto, um núcleo formado pelo agregado natural de origem, recoberto por uma matriz de asfalto que é porosa e bastante resistente ao desgaste e à abrasão. Estas características permitem a obtenção de agregados com uma porcentagem bastante reduzida de desclassificados inferiores e valores de coeficiente de Los Angeles altos, já que não geram finos por roçamento do agregado nas mesas de seleção ou no transporte por esteiras, o que é mais comum acontecer ao agregado reciclado derivado de concreto. Entretanto, para poder processar o RCC composto de aglomerado asfáltico é necessária à utilização de um equipamento principal de trituração denominado moinho de impacto. Sugere-se que a etapa de trituração seja executada sob condições de temperatura mais amenas evitando assim, entupimentos na máquina e que o material asfáltico se amoleça. Os agregados de asfalto apresentam propriedades bastante semelhantes aos de Pag. 90

91 concreto, porém com uma capacidade de absorção de água menor e uma densidade máxima de compactação maior. As aplicações dos agregados de asfalto são limitadas às bases e sub-bases de vias, mas, apesar disso, o resultado da execução na obra é excelente Escavações (terra, pedras, etc.) Nos processos de escavação nos quais não se realizam, ao mesmo tempo, tarefas de demolição, geralmente há a geração de terra ou solos e pedras. Como já mencionado anteriormente, a Resolução CONAMA Nº 307 define que os solos são também considerados como RCC Classe A e, desde que limpos e sem resquícios de resíduos contaminantes, podem ser utilizados para nivelamento de terrenos, preenchimento e, ainda, como camada de cobrimento dos resíduos em aterros sanitários, dentre outras aplicações. No caso dos solos sujos, contendo materiais orgânicos, pedras, etc., o tratamento adequado é a reciclagem em áreas de recuperação próprias. Nestes casos, o processo de reciclagem é relativamente simples e, em termos gerais, o material passa por uma etapa de peneiramento, para remoção de galhos, gravetos e outros materiais grosseiros como entulhos e, após esta etapa, o material já pode ser reutilizado para outras atividades tais como aquelas supracitadas Demolição de edifícios (concreto, cerâmicas, argamassa, amianto, etc.) Os agregados reciclados procedentes de concreto são os mais estudados e os que apresentam um maior número de aplicações. A origem do concreto pode variar entre fundações e estruturas de edifícios, bases de pavimentos rígidos, pré-fabricados, etc. É praticamente impossível determinar a resistência de trabalho do concreto de origem e classificar a planta por zonas de armazenamentos diferenciados. Ainda assim, esta resistência oferece uma ideia aproximada das características finais dos agregados. Quanto maior a resistência do material de origem, menor a porcentagem de materiais finos obtidos (desclassificados de menor tamanho) e maior a resistência à fragmentação e trituração. Caso o processo de produção seja o adequado, os finos dos agregados de granulometrias contínuas estarão compostos apenas de concreto. Isto resulta em altos percentuais de areia e agregados não plásticos. A granulometria final dos agregados reciclados é geralmente determinada pela máquina de trituração utilizada no processo. Ainda que algumas pesquisas demonstrem que o concreto tende a quebrar-se em pequenos tamanhos gerando apenas grandes pedras sem forma definida, a experiência mostra que os moinhos de impacto, por exemplo, proporcionam uma forma cúbica ao agregado. Pag. 91

92 Todos os agregados reciclados possuem um índice de lameralidade entre 5% e 9%. Esta propriedade é importante para todas as aplicações seja como cascalho para obras de drenagem ou para fabricação de novas peças de concreto. Os pontos mais desfavoráveis do material reciclado são a absorção de água e a resistência à fragmentação o que se deve, principalmente, à fração de argamassa aderida ao agregado natural constituinte do concreto inicial. Esta mesma característica favorece a compactação dos agregados que compensa a resistência à fragmentação sendo possível alcançar 100% do valor obtido no ensaio do Próctor de referência. Quando se faz referência aos agregados para bases e sub-bases, o grau de mistura com outros materiais (cerâmica ou asfalto), até uma determinada porcentagem, têm efeitos mais visuais do que estruturais. Para a produção de agregados para concretos e argamassas é fundamental a ausência total de impurezas. Dentre os materiais obtidos por meio da reciclagem do concreto se destacam os cascalhos e as britas, cujas aplicações são as bases e sub-bases de estradas e o agregado para o concreto tendo em vista, sempre, as recomendações técnicas definidas nas normas brasileiras de referencia. Além dos agregados derivados do concreto, geralmente reutilizados para usos em novas construções, existem os agregados derivados de cerâmica limpa e os agregados derivados de misturas. O coprocessamento dos resíduos cerâmicos em cimenteiras em substituição ao clínquer - principal matéria-prima para a fabricação do cimento é uma alternativa viável quando comparada às demais quais sejam a reciclagem ou aterramento em Aterros Classe A. A utilização destes resíduos como matéria-prima alternativa possui benefícios, como por exemplo a redução da exploração de minas de extração mineral e a recuperação da degradação no meio ambiente causada pela produção do cimento. Os agregados derivados de cerâmica limpa, devido à sua higroscopicidade, retém a umidade e, portanto, apresentam um número variado de aplicações nas atividades de jardinagem bem como para as coberturas ecológicas. Contudo, os materiais inertes de fração de até 40 mm apresentam condições de compactação ótimas e encontram numerosas aplicações como agregados para terraplenagem em restauração de espaços degradados e em estradas. Os agregados reciclados derivados de misturas RCC apresentam condições de compactação adequadas e podem ser empregados como materiais para terraplenagem e material para sub-bases para asfalto, sendo utilizado cascalho reciclado como camada superficial. Pag. 92

93 No que se refere ao amianto, a Resolução CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004, altera a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. O amianto é classificado como um RCC de Classe D, ou seja, são considerados resíduos perigosos oriundos do processo de construção e, portanto devem ser armazenados em áreas cobertas, transportados, reutilizados e destinados conforme as normas brasileiras específicas. Ressalta-se que a sua utilização não está proibida, mas o material contendo amianto em sua composição deve ser descartado tal e como um resíduo perigoso devendo-se evitar que seja misturado a outros resíduos com potencial de reciclagem e reutilização Construção e renovação de edifícios - plástico, papel, vidro, madeira. Na construção de edifícios são gerados resíduos procedentes da própria obra, como por exemplo, as embalagens de materiais usados na construção, recortes e sobras de azulejos, tijolos, blocos pré-fabricados, etc. e também alguns resíduos similares aos RSU que são gerados pelos profissionais que trabalham ali, como plásticos, restos de comida, resíduos orgânicos, papel, etc. Visando a sua reutilização/reaproveitamento e valorização bem como o encaminhamento adequado destes resíduos, algumas ações e medidas podem ser tomadas nos locais de geração de RCC, a saber: 1. Redução: evitar compras em excesso e materiais entregues em embalagens não recicláveis; evitar ao máximo que os materiais se convertam em resíduos contaminados ou impróprios para reuso, reciclagem e reaproveitamento por segregação, acumulo, transporte ou manipulação inadequados. 2. Segregação: identificação, classificação, segregação e acondicionamento dos resíduos conforme sua classificação para favorecer a reciclagem. Como sugerido, no Produto 04, a realização da segregação in loco, mediante o uso de 08 contêineres (concreto, pedra e terra; material cerâmico; metal, madeira, plástico, papel e papelão; vidro e resíduos em geral) situados na mesma obra na qual os resíduos são gerados é crucial para a garantia da demanda de resíduos nas demais infraestruturas. 3. Reutilização: reaproveitar os materiais selecionados durante o processo de demolição seletiva (ou desmonte ), reutilizar os recortes de peças cerâmicas, azulejos e quando não seja possível a reutilização, encaminhá-los para áreas de reciclagem ou co-processamento. 4. Enviar ao aterro Classe A quantidade mínima de resíduos. Pag. 93

94 Na reforma de edifícios são produzidos resíduos procedentes da substituição parcial de pavimentos, revestimentos, marcenaria, instalações elétricas, de água e de climatização. São gerados também embalagens de materiais utilizados na incorporação de sistemas de isolamento térmico em fachadas e telhados, instalações de energia renovável, placas de captação solar, dentre outros. Os resíduos gerados são variados e a segregação durante a obra é fundamental. Alguns desses resíduos são inertes pétreos (demolição de obra de fábrica), que podem ser reciclados como RCC ou coprocessados em indústrias cimenteiras para geração de energia. Outros tipos de resíduos gerados constituem-se em frações recuperáveis como metais, embalagens de madeira e plástico e devem ser encaminhados para reciclagem. Aqueles resíduos gerados não segregados ou que não apresentam possibilidade viável ou localmente disponível para sua reutilização, reciclagem e recuperação tais como alguns tipos de madeira tratada, plásticos, dentre outros, podem ser enviados para aproveitamento energético em fornos de cimento desde que atendam aos padrões e constituição adequada. Finalmente, existirá uma fração que não admite nenhum tipo de valorização, como por exemplo, o vidro laminado e, em algumas regiões, o gesso, e, neste caso estes resíduos devem ser encaminhados a aterro específico, Classe A ou especial, dependendo da constituição do material em questão Descontaminação de solos A Resolução CONAMA 420/2009 dispõe sobre os critérios e valores orientadores quanto à presença de substâncias químicas no solo estabelecendo diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas em decorrência de atividades antrópicas e apresentando os seguintes conceitos: Remediação: uma das ações de intervenção para reabilitação de área contaminada que consiste em aplicação de técnicas, visando a remoção, contenção ou redução das concentrações de contaminantes; Reabilitação: ações de intervenção realizadas em uma área contaminada visando atingir um risco tolerável para o uso declarado ou futuro da área; A referida CONAMA 420/2009 estabelece as seguintes classes de aplicabilidade dos solos, segundo a concentração de substâncias químicas: I - Classe 1 - Solos que apresentam concentrações de substâncias químicas menores ou iguais aos Valores de Referência de Qualidade (VRQ); II - Classe 2 - Solos que apresentam concentrações de, pelo menos, uma substância química maior do que o VRQ e menor ou igual ao Valor de Prevenção (VP); Pag. 94

95 III - Classe 3 - Solos que apresentam concentrações de, pelo menos, uma substância química maior que o VP e menor ou igual ao Valor de Investigação - VI; IV - Classe 4 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VI. Além destas definições a CONAMA 420/2009 também especifica que as alternativas de intervenção para reabilitação de áreas contaminadas poderão contemplar a aplicação de técnicas de remediação. Estipula ainda que a consideração de um solo como contaminado demanda a obrigação de desenvolver as ações de recuperação ambiental do local em questão e que a fase de recuperação compreende principalmente três etapas, descritas a seguir: A elaboração de um projeto detalhado da remediação a partir da análise das alternativas de recuperação, de acordo com critérios técnicos, econômicos e meio ambientais. A execução do projeto detalhado da remediação, uma vez tenha sido aprovado, consiste na necessidade de realizar um acompanhamento e controle da evolução do meio e, em determinados casos, a realização de uma análise de risco residual. Caso proceda, a comprovação final da eficácia das ações realizadas mediante a realização de um monitoramento em médio ou longo prazo. No caso em que os resultados não se ajustem aos valores estabelecidos, devem ser elaboradas propostas adicionais. A seguir (Quadro 18) são apresentadas algumas possibilidades de linhas de atuação para a descontaminação de solos. Quadro 18 - Linhas de atuação para a descontaminação de solos. Escavação e transporte ao depósito controlado. Escavação e tratamento. Aplicação off-site. Pag. 95

96 Escavação e tratamento. Aplicação on-site. Confinamento e cobertura. Tratamento Piezômetros de processo Tratamento sem escavação. Aplicação on-site. Piezômetros de controle Barreira Barreira Fonte: Causas i comseqüències de la comtaminació dels. Generalitat de Catalunya, departament de Medi Ambient i habitatge, Junta de Residus de Catalunya. As ações apresentadas nas imagens acima estão descritas de forma mais completa nos itens abaixo: Escavação e transporte ao depósito controlado: o terreno é escavado para extração do solo contaminado que será disposto em um aterro controlado e adequado à periculosidade do resíduo extraído. Escavação e tratamento - aplicação off-site: o terreno é escavado e o solo contaminado extraído é transportado a uma instalação fixa e tratado mediante a técnica mais adequada como incineração, destruição ou por métodos químicos. Escavação e tratamento - aplicação on-site: o solo contaminado é extraído do terreno e tratado no mesmo local por meio da utilização de equipamentos móveis ou desmontáveis. A escavação realizada deve ser preenchida com o solo tratado (caso seja possível) ou com solo limpo. Confinamento e cobertura: instalação de uma barreira (total ou parcial) em volta da zona contaminada capaz de impedir a dispersão dos resíduos. Tratamento sem escavação - aplicação on-site: quando os solos contaminados são tratados sem escavação, apenas mediante processos químicos. Os resíduos procedentes da descontaminação de solos geralmente são integralmente considerados RCC (solos, pedras, etc.), e junto ao volume total podem ser encontrados resíduos perigosos, não perigosos e remanescentes inertes. Pag. 96

PRODUTO 05 - ALTERNATIVA PARA O TRANSBORDO, TRATAMENTO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL PARA OS RCCV ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_20150520

PRODUTO 05 - ALTERNATIVA PARA O TRANSBORDO, TRATAMENTO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL PARA OS RCCV ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_20150520 PRODUTO 05 - ALTERNATIVA PARA O TRANSBORDO, TRATAMENTO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL PARA OS RCCV ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_20150520 AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

Leia mais

PROJETO DE LEI N., DE 2015 (Do Sr. DOMINGOS NETO)

PROJETO DE LEI N., DE 2015 (Do Sr. DOMINGOS NETO) PROJETO DE LEI N., DE 2015 (Do Sr. DOMINGOS NETO) Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para gestão e aproveitamento dos resíduos da construção civil e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL

Leia mais

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) 333333333 AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO

Leia mais

NORMA TÉCNICA. 1. Finalidade

NORMA TÉCNICA. 1. Finalidade 1. Finalidade Disciplinar os procedimentos administrativos e operacionais para o correto gerenciamento de resíduos gerados em operações portuárias, manutenção de máquinas e equipamentos e atendimento a

Leia mais

Alternativas tecnológicas disponíveis. Variações de custo e de segurança das operações.

Alternativas tecnológicas disponíveis. Variações de custo e de segurança das operações. DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS Alternativas tecnológicas disponíveis. Variações de custo e de segurança das operações. INTRODUÇÃO SUSTENTABILIDADE,

Leia mais

III Simpósio sobre Gestão Empresarial e Sustentabilidade (SimpGES) Produtos eco-inovadores: produção e consumo"

III Simpósio sobre Gestão Empresarial e Sustentabilidade (SimpGES) Produtos eco-inovadores: produção e consumo 24 e 25 de outubro de 2013 Campo Grande-MS Universidade Federal do Mato Grosso do Sul RESUMO EXPANDIDO O CAMPO NACIONAL DE PESQUISAS SOBRE GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUO DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCD)

Leia mais

PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM.

PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM. PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM. Aprovado no CONSEMA Reunião N 0 180 em 20/08/2015 1. INTRODUÇÃO. A partir da Lei Federal 12.305/2010, foram definidos cronogramas

Leia mais

RESÍDUO SÓLIDO: UM PROBLEMA SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO.

RESÍDUO SÓLIDO: UM PROBLEMA SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO. RESÍDUO SÓLIDO: UM PROBLEMA SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO. POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº 12.305/2010 DECRETO Nº 7.404/2010 O QUE MUDA COM A LEI 12.305/2010? Lixões a céu aberto e aterros

Leia mais

1. OBJETIVO 2. APLICAÇÃO 3. REFERÊNCIAS 4. DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES GESTÃO DE RESÍDUOS

1. OBJETIVO 2. APLICAÇÃO 3. REFERÊNCIAS 4. DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES GESTÃO DE RESÍDUOS Versão: 03 Página 1 de 6 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes para a segregação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, transporte e destinação dos resíduos sólidos gerados, de acordo

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º, DE 2011 (Do Sr. Deputado Marcelo Matos)

PROJETO DE LEI N.º, DE 2011 (Do Sr. Deputado Marcelo Matos) PROJETO DE LEI N.º, DE 2011 (Do Sr. Deputado Marcelo Matos) Institui diretrizes para a reutilização e reciclagem de resíduos de construção civil e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS LEI 12.305/2010

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS LEI 12.305/2010 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS LEI 12.305/2010 I RESUMO EXECUTIVO O que muda com a Lei 12.305/2010? Lixões a céu aberto e aterros controlados ficam proibidos. A Lei, determina que todas as administrações

Leia mais

Considerando que o descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais;

Considerando que o descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais; RESOLUÇÃO N 037/2009 - SEMA Dispõe sobre a coleta, armazenamento e destinação de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo no Estado do Paraná. O Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos

Leia mais

MINUTA DE RESOLUÇÃO ABILUMI

MINUTA DE RESOLUÇÃO ABILUMI MINUTA DE RESOLUÇÃO ABILUMI O CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso de suas atribuições e competências que lhe foram concedidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentadas

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE CANOAS

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE CANOAS TERMO DE REFERÊNCIA PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS 1 JUSTIFICATIVA O presente Termo de Referência tem por fim orientar a elaboração do PGIRS. 2 OBJETIVO O objetivo do PGIRS

Leia mais

Resíduos da Construção Civil INEA DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM)

Resíduos da Construção Civil INEA DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Resíduos da Construção Civil INEA DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Legislação e Normas Resolução CONAMA n 307 de 04 de Maio de 2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão

Leia mais

GERAÇÃO DO RCC COM CNPJ (CONSTRUTORAS FORMAIS) => 25% SEM CNPJ (MERCADO INFORMAL) => 25% COM CPF (AUTÔNOMOS) => 15% SEM CPF (LIMPEZA PÚBLICA) => 35%

GERAÇÃO DO RCC COM CNPJ (CONSTRUTORAS FORMAIS) => 25% SEM CNPJ (MERCADO INFORMAL) => 25% COM CPF (AUTÔNOMOS) => 15% SEM CPF (LIMPEZA PÚBLICA) => 35% GERAÇÃO DO RCC COM CNPJ (CONSTRUTORAS FORMAIS) => 25% SEM CNPJ (MERCADO INFORMAL) => 25% COM CPF (AUTÔNOMOS) => 15% SEM CPF (LIMPEZA PÚBLICA) => 35% LEGISLAÇÃO PERTINENTE - Resolução CONAMA n 307/2002

Leia mais

VIABILIDADE AMBIENTAL E ECONÔMICA DA RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS POR MEIO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUO - CDR

VIABILIDADE AMBIENTAL E ECONÔMICA DA RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS POR MEIO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUO - CDR VIABILIDADE AMBIENTAL E ECONÔMICA DA RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS POR MEIO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUO - CDR CONFERÊNCIA WASTE TO ENERGY 2014 MARILIA TISSOT DIRETORA EXECUTIVA VIABILIDADE

Leia mais

A Logística Reversa diante da PNRS e do PGRSS

A Logística Reversa diante da PNRS e do PGRSS A Logística Reversa diante da PNRS e do PGRSS Situação Atual O descarte de medicamentos em desuso, vencidos ou sobras é realizado muitas vezes pela população no lixo comum ou diretamente na rede de esgoto.

Leia mais

Panorama sobre resíduos sólidos

Panorama sobre resíduos sólidos Panorama sobre resíduos sólidos Brasil Dinamarca: Cooperação em Meio Ambiente Setembro de 2009 Principais conceitos (proposta do setor industrial) Resíduos sólidos: qualquer material, substância, objeto

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI Nº 12.305/2010 - DECRETO NO. 7.404/2010

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI Nº 12.305/2010 - DECRETO NO. 7.404/2010 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº 12.305/2010 - DECRETO NO. 7.404/2010 BASE LEGAL Lei nº 12.305/2010 - Decreto No. 7.404/2010 Lei nº 11.445/2007 - Política Federal

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) 1 - DIRETRIZ GERAL O presente Termo de Referência tem o objetivo de orientar os empreendimentos, sujeitos ao

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 * Revogada pela Resolução 401, de 4 de novembro de 2008.

RESOLUÇÃO Nº 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 * Revogada pela Resolução 401, de 4 de novembro de 2008. RESOLUÇÃO Nº 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 * Revogada pela Resolução 401, de 4 de novembro de 2008. O Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, no uso das atribuições e competências que lhe são conferidas

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE ANEXO I TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DE BRASIL NOVO, MEDICILÂNDIA, URUARÁ E PLACAS PROJETO042/2014

Leia mais

SUMÁRIO. Daniel Bortolin02/02/2015 ÍNDICE: ÁREA. Número 80 Título. Aprovação comunicada para Cintia Kikuchi/BRA/VERITAS; Fernando Cianci/BRA/VERITAS

SUMÁRIO. Daniel Bortolin02/02/2015 ÍNDICE: ÁREA. Número 80 Título. Aprovação comunicada para Cintia Kikuchi/BRA/VERITAS; Fernando Cianci/BRA/VERITAS Aprovado ' Elaborado por Daniel Bortolin/BRA/VERITAS em 02/02/2015 Verificado por Cintia Kikuchi em 02/02/2015 Aprovado por Americo Venturini/BRA/VERITAS em 02/02/2015 ÁREA QHSE Tipo Procedimento Regional

Leia mais

Considerando a necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias;

Considerando a necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias; NOVA RESOLUÇÃO DE PILHAS E BATERIAS Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas em território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento

Leia mais

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) II Workshop Construindo o diagnóstico dos RCCV e RSS

Leia mais

O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda

O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda Janaina da Costa Pereira Torres janainacpto@gmail.com Lucas de Medeiros Figueira lucasfigueira.c4@gmail.com Danielle Alves de

Leia mais

A GESTÃO DOS RESÍDUOS DE OBRA EM UMA COMPANHIA DE SANEAMENTO CERTIFICADA

A GESTÃO DOS RESÍDUOS DE OBRA EM UMA COMPANHIA DE SANEAMENTO CERTIFICADA A GESTÃO DOS RESÍDUOS DE OBRA EM UMA COMPANHIA DE SANEAMENTO CERTIFICADA ENG JORGE KIYOSHI MASSUYAMA (APRESENTADOR) Cargo atual: Diretor de Operações da SANED. Formação: Engenheiro Civil, formado em 1981,

Leia mais

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. - Instrumento da PNRS -

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. - Instrumento da PNRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - Instrumento da PNRS - VISÃO para os Planos : 1 - conjunto de ações voltadas para a busca de soluções 2 - considerar as dimensões política, econômica, ambiental,

Leia mais

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SANTO ANTÔNIO DAS MISSÕES - RS BRASIL PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DAS MISSÕES Elaborado por: COMITE DE COORDENAÇÃO DO

Leia mais

LEGISLAÇÃO - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

LEGISLAÇÃO - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA LEGISLAÇÃO - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA VEJA A NOVA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PARA PCBS RETIRADA DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA: - Portaria Interministerial (MIC/MI/MME) 0019 de

Leia mais

4º CONGRESSO SIMEPETRO

4º CONGRESSO SIMEPETRO 4º CONGRESSO SIMEPETRO POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LOGÍSTICA REVERSA Walter Françolin SINDIRREFINO - Agosto 2011 LEI nº 12.305 de 02 de Agosto de 2.010. institui a Política Nacional de Resíduos

Leia mais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais PÁG. 1/8 1. OBJETIVO Definir a sistemática para identificação e avaliação contínua dos aspectos ambientais das atividades, produtos, serviços e instalações a fim de determinar quais desses tenham ou possam

Leia mais

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo Seminário: Compostagem na Cidade de São Paulo 10 de agosto de 2012 O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo Eng. Cristiano Kenji Iwai Divisão de Apoio ao Controle de

Leia mais

ULC/0417 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. 1.0 18/08/09 Ajuste de layout para adequação no sistema eletrônico.

ULC/0417 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. 1.0 18/08/09 Ajuste de layout para adequação no sistema eletrônico. CONTROLE DE REVISÃO Código do Documento: Nome do Documento: ULC/0417 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Responsável pela Elaboração: Gerente de Segurança e Meio NE/SE Responsável

Leia mais

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA Resolução nº 307, de 5 de Julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações

Leia mais

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PGIRS Diretrizes para Implementação

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PGIRS Diretrizes para Implementação AUDIÊNCIA PÚBLICA - PGIRS Engenheira Sanitarista Kátia Cristina de Souza Assessoria Técnica da Preifeitura de Cuiabá Cuiabá, 24 de Novembro de 2014 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria.

Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria. Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria. Resumo Mirdes Fabiana Hengen 1 1 Centro Universitário Franciscano (mirdes_hengen@yahoo.com.br) Com a Resolução nº 307, de 05 de Julho de 2002,

Leia mais

Perguntas frequentes Resíduos Sólidos. 1) Quais são os tipos de resíduos frequentemente gerados em plantas industriais?

Perguntas frequentes Resíduos Sólidos. 1) Quais são os tipos de resíduos frequentemente gerados em plantas industriais? Perguntas frequentes Resíduos Sólidos 1) Quais são os tipos de resíduos frequentemente gerados em plantas industriais? Resíduos industriais: gerados nos processos produtivos e instalações industriais.

Leia mais

Sistema de Cadastro Ambiental Rural

Sistema de Cadastro Ambiental Rural Sistema de Cadastro Ambiental Rural XX Simpósio Jurídico ABCE ÂNGELO RAMALHO ASSESSOR MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO DIRETORIA DE FOMENTO E INCLUSÃO FLORESTAL São Paulo, Outubro/2014

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO Cinthia Martins dos SANTOS Programa de Pós Graduação em Engenharia do Meio Ambiente, Escola de Engenharia,

Leia mais

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos TÍTULO DO TRABALHO: Sustentabilidade e Viabilidade do Tratamento de Resíduos de Serviço de Saúde pelo sistema de autoclavagem a experiência do município de Penápolis (SP ) TEMA : III Resíduos Sólidos NOME

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 (DOU de 17/07/2002)

RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 (DOU de 17/07/2002) RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 (DOU de 17/07/2002) Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Correlações: Alterada pela Resolução nº 469/15

Leia mais

Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico e os Resíduos da Construção Civil

Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico e os Resíduos da Construção Civil Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico e os Resíduos da Construção Civil Lei n 4.285 de 26 de dezembro de 2008 Art. 5º São áreas de competência da ADASA: I recursos hídricos, compreendidos

Leia mais

RESOLUÇÃO N o 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 Publicada no DOU nº 136, de 17/07/2002, págs. 95-96

RESOLUÇÃO N o 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 Publicada no DOU nº 136, de 17/07/2002, págs. 95-96 RESOLUÇÃO N o 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 Publicada no DOU nº 136, de 17/07/2002, págs. 95-96 Correlações: Alterada pela Resolução nº 448/12 (altera os artigos 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 e revoga os

Leia mais

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL O Ministério Público e a implementação da Resolução CONAMA 307/2002 Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Ministério

Leia mais

Município de Capanema - PR

Município de Capanema - PR LEI Nº. 1.557, DE 20 DE MAIO DE 2015. Dispõe sobre a política municipal de resíduos sólidos do Município de Capanema e dá outras providências. A Câmara Municipal de Capanema, Estado do Paraná, aprovou

Leia mais

A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA IMPLANTAÇÃO DA LEI 12305/10

A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA IMPLANTAÇÃO DA LEI 12305/10 A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA IMPLANTAÇÃO DA LEI 12305/10 ALEXANDRA FACCIOLLI MARTINS Promotora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente - GAEMA PCJ-Piracicaba MP/SP DESAFIOS

Leia mais

Diário Oficial da União Seção 01 DOU 03 de agosto de 2010 Página [3-7]

Diário Oficial da União Seção 01 DOU 03 de agosto de 2010 Página [3-7] Diário Oficial da União Seção 01 DOU 03 de agosto de 2010 Página [3-7] LEI N 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de

Leia mais

ANEXO VIII DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ANEXO VIII DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL ANEXO VIII DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PÁGINA 1 DE 6 I INTRODUÇÃO Os trabalhos e análises destinados à preparação dos documentos antecedentes e indispensáveis à abertura do processo licitatório

Leia mais

O PAPEL DO MUNICÍPIO NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O PAPEL DO MUNICÍPIO NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS REALIZAÇÃO: O PAPEL DO MUNICÍPIO NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS O Município é estratégico na gestão dos resíduos sólidos. As atividades geradoras e de gestão de resíduos se desenvolvem no âmbito local.

Leia mais

Curso E-Learning Licenciamento Ambiental

Curso E-Learning Licenciamento Ambiental Curso E-Learning Licenciamento Ambiental Todos os direitos de cópia reservados. Não é permitida a distribuição física ou eletrônica deste material sem a permissão expressa do autor. Objetivos do Curso

Leia mais

EDITAL N O 01/2012 1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. A proposta de Acordo Setorial a ser apresentada deverá obedecer aos seguintes.

EDITAL N O 01/2012 1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. A proposta de Acordo Setorial a ser apresentada deverá obedecer aos seguintes. CHAMAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DE ACORDO SETORIAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS FLUORESCENTES, DE VAPOR DE SÓDIO E MERCÚRIO E DE LUZ MISTA. EDITAL N O 01/2012 O MINISTÉRIO

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DIRETRIZES E PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTOS NO MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Ministério das Cidades Nov 2012 DIAGNÓSTICO DO DESTINO

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA Renato das Chagas e Silva Engenheiro Químico Departamento de Controle FEPAM LEI FEDERAL 6938/81 DECRETO FEDERAL 99274/90 BASE PARA GESTÃO AMBIENTAL obrigatoriedade

Leia mais

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei.

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei. DO DO PARÁ LEI Nº 877/13 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013. Institui a Política Municipal de Saneamento Básico, e o Plano de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Xinguara-Pa e dá outras providências. O PREFEITO

Leia mais

POTENCIAL DA RECICLAGEM EM CUIABÁ E NO ESTADO DE MATO GROSSO

POTENCIAL DA RECICLAGEM EM CUIABÁ E NO ESTADO DE MATO GROSSO SEMINÁRIO PREPARATÓRIO À XII CONFERÊNCIA DAS CIDADES REGIÃO CENTRO-OESTE CUIABÁ, 02 DE SETEMBRO DE 2011 TEMA: POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS POTENCIAL DA RECICLAGEM EM CUIABÁ E NO ESTADO DE MATO

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Política Nacional de Resíduos Sólidos Política Nacional de Resíduos Sólidos Princípios, objetivos e instrumentos, Diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos Responsabilidades dos

Leia mais

RESOLUÇÃO TÉCNICA Nº XXX

RESOLUÇÃO TÉCNICA Nº XXX RESOLUÇÃO TÉCNICA Nº XXX Estabelece as condições gerais de prestação dos serviços de saneamento para abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos. A DIRETORIA EXECUTIVA da Agência Reguladora

Leia mais

MMA. D i r e t o r a d e A m b i e n t e U r b a n o S e c r e t a r i a d e Re c u r s o s H í d r i c o s e M e i o U r b a n o

MMA. D i r e t o r a d e A m b i e n t e U r b a n o S e c r e t a r i a d e Re c u r s o s H í d r i c o s e M e i o U r b a n o M INISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA Zilda Maria Fa ria Veloso D i r e t o r a d e A m b i e n t e U r b a n o S e c r e t a r i a d e Re c u r s o s H í d r i c o s e M e i o U r b a n o POLÍTICA NACIONAL

Leia mais

AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA AMLURB RESÍDUOS SÓLIDOS

AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA AMLURB RESÍDUOS SÓLIDOS AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA AMLURB PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI FEDERAL 12.305/10 PNRS Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE LICENÇA OPERAÇÃO/REGULARIZAÇÃO LO - Nº 14/2015 DEMA A Secretaria Municipal da Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Meio

Leia mais

Normatização e legislação aplicada: diretrizes e parâmetros de licenciamento e controle no estado de São Paulo

Normatização e legislação aplicada: diretrizes e parâmetros de licenciamento e controle no estado de São Paulo Normatização e legislação aplicada: diretrizes e parâmetros de licenciamento e controle no estado de São Paulo João Wagner Silva Alves Assessor da Presidência da CETESB SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Normatização

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 433/2015 CAPÍTULO I DOS CONCEITOS

PROJETO DE LEI Nº 433/2015 CAPÍTULO I DOS CONCEITOS PROJETO DE LEI Nº 433/2015 Institui a Política Municipal de estímulo à produção e ao consumo sustentáveis. CAPÍTULO I DOS CONCEITOS Art. 1º Esta Lei institui a Política Municipal de estímulo à Produção

Leia mais

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico As competências constitucionais Competência para prestação de serviços públicos locais (CF, art. 30) Compete aos Municípios:... V - organizar e

Leia mais

PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGIRS

PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGIRS NOTA TÉCNICA PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGIRS Esta Nota Técnica tem o objetivo de reforçar junto aos Municípios do Estado de Pernambuco sobre os Planos Municipais de Gestão

Leia mais

5. Criar mecanismos de incentivo para facilitar que as empresas atendam o PNRS.

5. Criar mecanismos de incentivo para facilitar que as empresas atendam o PNRS. 3.5. RESÍDUOS INDUSTRIAIS Diretrizes 01 : A principal diretriz da Política Nacional de Resíduos Sólidos para os resíduos sólidos industriais (RSI) é a eliminação completa dos resíduos industriais destinados

Leia mais

MINHA CASA, MINHA VIDA 2 Novas metas, maiores desafios

MINHA CASA, MINHA VIDA 2 Novas metas, maiores desafios MINHA CASA, MINHA VIDA 2 Novas metas, maiores desafios Desafios do PMCMV Sustentabilidade, Perenidade e Imagem O sucesso do PMCMV depende da produção de moradias bem localizadas, servidas de infraestrutura,

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012

RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012 Ministério da Justiça CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA - CNPCP RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012 CONSIDERANDO a ausência de preocupação com o tratamento dado aos resíduos gerados

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS 1. JUSTIFICATIVA O presente Termo de Referência tem por fim orientar a elaboração do PGRS conforme previsto no

Leia mais

Orientações para elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS

Orientações para elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS Orientações para elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS Luís Eduardo Magalhães-BA Março/2015 Werther Brandão Secretário Municipal de Saúde Luziene de Souza Silva

Leia mais

feam FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

feam FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE Parecer Técnico DISAN 18562/2006 PARECER TÉCNICO DISAN N 18562/2006 Empreendedor: Prefeitura Municipal de Jequitibá Endereço: Av. Raimundo Ribeiro da Silva, 145 - Centro

Leia mais

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE RESOLUÇÃO N. 307, DE 05 DE JULHO DE 2002 Alterações: Resolução CONAMA n. 348, de 16.08.04 Resolução CONAMA n. 431, de 24.05.11 Resolução CONAMA n. 448, de 18.01.12 Resolução

Leia mais

RESUMO. É elaborado pelo Executivo municipal e aprovado pela Câmara municipal por meio de lei.

RESUMO. É elaborado pelo Executivo municipal e aprovado pela Câmara municipal por meio de lei. Anual Diurno Questões, súmulas e jurisprudência Luiz Antonio de Souza Data: 26/09/2012 Aula 32 RESUMO SUMÁRIO 1) Tutela da política urbana 1.1) Instrumentos 1) Tutela da política urbana 1.1) Instrumentos

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS Diretoria de Licenciamento Ambiental Coordenação Geral de Transporte, Mineração

Leia mais

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) Considerando: 1) A importância dos mananciais e nascentes do Município para o equilíbrio e a qualidade ambiental,

Leia mais

Passivos Ambientais Mineração. Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano

Passivos Ambientais Mineração. Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano Passivos Ambientais Mineração Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano ATIVIDADE DE MINERAÇÃO A mineração está sempre entre as atividades para as quais, em quase todos os

Leia mais

4 ª OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA A APLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO CONAMA N N 362/2005

4 ª OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA A APLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO CONAMA N N 362/2005 4 ª OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA A APLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO CONAMA N N 362/2005 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAS ATIVIDADES LIGADAS AOS ÓLEOS LUBRIFICANTES USADOS OU CONTAMINADOS Engª Quím. Carmem L. V. Níquel

Leia mais

Licenciamento Ambiental e Municipal

Licenciamento Ambiental e Municipal Curso de Treinamento - ABLP Licenciamento Ambiental e Municipal Simone Paschoal Nogueira 14 de outubro de 2008 Sede da ABLP Procedimento pelo qual o órgão ambiental competente permite a localização, instalação,

Leia mais

Módulo 2. Legislação. 2.1. Legislação Aplicável ao Licenciamento Ambiental. Exercícios.

Módulo 2. Legislação. 2.1. Legislação Aplicável ao Licenciamento Ambiental. Exercícios. Módulo 2 Legislação 2.1. Legislação Aplicável ao Licenciamento Ambiental. Exercícios. Legislação Aplicável ao Licenciamento Ambiental Constituição Federal 1988 Leis Federais Resoluções CONAMA Outras Leis

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL. CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP

LICENCIAMENTO AMBIENTAL. CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP LICENCIAMENTO AMBIENTAL CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP 19/06/2012 Estrutura organizacional da CETESB depois da unificação do licenciamento Presidência Vice Presidência

Leia mais

Lei nº 7653 DE 24/07/2014

Lei nº 7653 DE 24/07/2014 Lei nº 7653 DE 24/07/2014 Norma Estadual - Alagoas Publicado no DOE em 28 jul 2014 Dispõe sobre as atividades pertinentes ao controle da poluição atmosférica, padrões e gestão da qualidade do ar, conforme

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL Página 1 / 7 O que é LICENCIAMENTO AMBIENTAL? O LICENCIAMENTO AMBIENTAL é o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual

Leia mais

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº-1, DE 25 DE JANEIRO DE 2013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº-1, DE 25 DE JANEIRO DE 2013 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº-1, DE 25 DE JANEIRO DE 2013 O PRESIDENTE SUBSTITUTO DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS

Leia mais

DECRETO Nº 10.296 DE 13 DE JULHO DE 2000

DECRETO Nº 10.296 DE 13 DE JULHO DE 2000 DECRETO Nº 10.296 DE 13 DE JULHO DE 2000 Aprova as Diretrizes Básicas e o Regulamento Técnico para apresentação e aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde no Município de Belo

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE Página 1 de 5 SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE A Secretaria Municipal da Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, através do Departamento de

Leia mais

LOGISTICA REVERSA INCLUSÃO SOCIAL REQUALIFICAR A CIDADE

LOGISTICA REVERSA INCLUSÃO SOCIAL REQUALIFICAR A CIDADE Prof. Carlos Alexandre Silva Graduado em Tecnologia da Gestão Ambiental Faculdade de Arquitetura e Engenharia CEUSNP - SP Pós Graduando em Arquitetura, Cidades e Sustentabilidade Faculdade de Arquitetura

Leia mais

Estatuto da Cidade 22/05/2015. Lei Nº 10.257, de 10/07/2001. Medida Provisória Nº 2.220, de 04/09/2001. MP Nº 103, de 01/01/2003. Conselho das Cidades

Estatuto da Cidade 22/05/2015. Lei Nº 10.257, de 10/07/2001. Medida Provisória Nº 2.220, de 04/09/2001. MP Nº 103, de 01/01/2003. Conselho das Cidades Estatuto Estatuto da da Cidade Cidade Referencia : Conhecendo o Estatuto das Cidades, Manual do Instituto Polis, autor(es): Caixa Economica Federal, FASE - Federação de Órgãos para Assistência Social e

Leia mais

O ENGAJAMENTO DA INDÚSTRIA DE TINTAS NA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O ENGAJAMENTO DA INDÚSTRIA DE TINTAS NA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS O ENGAJAMENTO DA INDÚSTRIA DE TINTAS NA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Há muitos anos, a indústria de tintas, sob a liderança da ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), pesquisa

Leia mais

Disciplina: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Professora: Viviane Japiassú Viana GERENCIAMENTO PARTE 4. Disposição final de resíduos sólidos

Disciplina: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Professora: Viviane Japiassú Viana GERENCIAMENTO PARTE 4. Disposição final de resíduos sólidos GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOSS PARTE 4 Disposição final de resíduos sólidos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Disposição final De acordo com a Resolução CONAMA 358/05, disposição final de

Leia mais

Normas Técnicas -RCD

Normas Técnicas -RCD Mestrado em Engenharia Civil NORMAS TÉCNICAS DE RCD Profa. Stela Fucale Normas Técnicas -RCD NBR15.112/04 Resíduosdeconstruçãoeresíduosvolumosos Áreasde transbordo e triagem Diretrizes para projeto, implantação

Leia mais

Da Legislação Ambiental. Da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Harmonização da PNRS. Constituição Federal da República Federativa do Brasil

Da Legislação Ambiental. Da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Harmonização da PNRS. Constituição Federal da República Federativa do Brasil Da Legislação Ambiental Constituição Federal da República Federativa do Brasil Capitulo VI Do Art. 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

Leia mais

política nacional de resíduos sólidos conceitos e informações gerais

política nacional de resíduos sólidos conceitos e informações gerais política nacional de resíduos sólidos conceitos e informações gerais 1 Índice PALAVRA DO PRESIDENTE 03. Palavra do Presidente 04. Introdução 06. Resíduos Sólidos 07. Classificação dos Resíduos Sólidos

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) Dispõe sobre a recuperação e conservação de mananciais por empresas nacionais ou estrangeiras especializadas em recursos hídricos ou que oferecem serviços

Leia mais

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de Óleo de Veículos - Licença de Instalação (LI) -

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de Óleo de Veículos - Licença de Instalação (LI) - Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de

Leia mais

Leila Burgos de Carvalho Moreira Eng. Química Coordenadora de Indústrias e Serviços COIND/DIRRE/INEMA

Leila Burgos de Carvalho Moreira Eng. Química Coordenadora de Indústrias e Serviços COIND/DIRRE/INEMA Leila Burgos de Carvalho Moreira Eng. Química Coordenadora de Indústrias e Serviços COIND/DIRRE/INEMA O licenciamento ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Objetivo

Leia mais

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA O mar humildemente coloca-se abaixo do nível dos rios para receber, eternamente,

Leia mais