DESIGN E USABILIDADE DE APLICATIVOS DE SMARTPHONES PARA MOTORISTAS

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1 DESIGN E USABILIDADE DE APLICATIVOS DE SMARTPHONES PARA MOTORISTAS Aluno: Marcela Araújo Rodrigues Co-autor(es): Rafael Cirino Gonçalves Mariah Loureiro de Carvalho Orientador: Manuela Quaresma Introdução O uso de smartphones vem aumentando cada vez mais e já faz parte do dia-a-dia de muitas pessoas, seja em casa, no trabalho e no deslocamento pela cidade. Com isso, o desenvolvimento de diversos aplicativos também é, consequentemente, acelerado para suprir as necessidades que os usuários encaram durante o dia. Atualmente, existem vários aplicativos de smartphone para serem usados durante a condução de um automóvel, seja para guiar o motorista ao longo do caminho que ele deve percorrer, ou muitos outros serviços. É possível observar nas lojas de aplicativos que, a cada dia, novos aplicativos/serviços vem sendo desenvolvidos para o uso em automóveis. Apesar do crescimento desta fatia de mercado, muitas das funções e soluções dadas aos sistemas não estão de acordo com o contexto da condução. Quaresma e Gonçalves [1] apontaram em estudo anterior uma série de problemas no design de aplicativos de smartphone para motoristas, que podem oferecer riscos à condução e proporcionar eventuais acidentes. Por serem portáteis, smartphones e seus aplicativos podem ser utilizados, em tese, em qualquer situação, logo, os aplicativos devem estar preparados para a interação nos mais diversos contextos de uso, considerando as peculiaridades de cada um [2];[3]. Dessa forma, é preciso entender como o ambiente externo influencia nessa interação, quais os hábitos e estratégias de uso de cada motorista, para que os aplicativos possam se adaptar melhor às necessidades do usuário e ao contexto da condução, mitigando assim o risco em seu uso e otimizando a interação. Esta pesquisa é a continuação de um estudo em andamento sobre design e usabilidade de aplicativos de smartphone para motoristas.os objetivos específicos da pesquisa realizada no período de e foram: 1) compreender as possibilidades de interações físicas com o smartphone dentro de um automóvel; 2) conhecer o contexto de uso dos aplicativos smartphone para uso em automóveis; 3) conhecer os hábitos e estratégias de uso e opinião dos motoristas usuários de smartphones em relação aos aplicativos destinados ao auxílio na condução de automóveis. Nesta segunda etapa da pesquisa, chegou-se a um panorama geral sobre o uso de aplicativos no contexto da condução, e seus resultados geraram 1 artigo nacional (avaliado como melhor trabalho de um congresso) e 1 artigo internacional (publicado em revista indexada). Aplicativos de smartphone para motoristas Diferente dos telefones celulares tradicionais, os smartphones são aparelhos de comunicação com tecnologia muito mais próxima a um computador pessoal (PC). Uma das suas principais características são aplicativos que podem ser instalados nele. Os aplicativos são programas (softwares) das mais variadas categorias, que rodam nos sistemas operacionais específicos de cada smartphone. Por exemplo, com o uso da rede de telefonia móvel 3G ou mesmo uma rede Wi-Fi disponíveis em smartphones, é possível acessar a internet através do aparelho para rodar aplicativos de , redes sociais e mesmo navegar por sites. Além dos aplicativos e aliada àquestão da mobilidade, a geolocalização é outro recurso dos smartphones bastante importante e utilizado, pois é possível através de uma

2 antena GPS localizar o ponto exato onde o smartphone está situado ou mesmo rastrear o caminho percorrido quando ele está em movimento. Com esse recurso, muitos aplicativos foram desenvolvidos para dar suporte à mobilidade das pessoas, possibilitando uma diversidade de novos serviços, como por exemplo, os aplicativos para localização de postos de gasolina próximo à área onde o automóvel/smartphone está circulando. Aplicativos de smartphone para motoristas podem ser utilizados para diversas funções, seja para guiar o motorista ao longo do caminho que ele deve percorrer, seja para dar informações sobre o tráfego, seja para avisar sobre os eventos que estão ocorrendo no trânsito (como acidentes, obras, etc.), e muitos outros serviços. É possível observar nas lojas de aplicativos (virtuais) que, a cada dia, novos aplicativos/serviços vêm sendo desenvolvidos para o uso em automóveis. As imagens abaixo (figuras 1, 2 e 3) apresentam as interfaces de um dos tipos de aplicativo disponíveis para os motoristas os sistemas de navegação GPS. Esses sistemas, através de uma base de dados com mapas das regiões e a geolocalização, guiam o motorista de um ponto ao outro indicando cada passo do caminho, tanto por interfaces visuais como por áudio. Além dessa característica básica desse tipo de aplicativo, outros serviços também estão inseridos nesses sistemas, como alerta de radar e informações sobre o trânsito, utilizando a rede de internet. Figura 1 TomTom Brazil App sistema de navegação GPS de origem holandesa com base de dados e mapas do Brasil Figura 2 igo Primo BrazilApp sistema de navegação GPS de origem húngara com base de dados e mapas do Brasil Figura 3 Sygic GPS Navigation App sistema de navegação GPS de origem eslovaca com base de dados e mapas do Brasil Beneficiando-se da possibilidade de comunicação entre as pessoas/usuários de smartphones através da internet, existe outro tipo de aplicativo para uso em automóveis, que vem sendo amplamente utilizado a cada dia, conhecidos como aplicativos comunitários, que funcionam como redes sociais de motoristas. As imagens a seguir (figuras 4, 5 e 6) apresentam alguns exemplos de interfaces desse tipo de aplicativo. Basicamente, todos funcionam como alertas de radar ou eventos (acidentes, obras, engarrafamento, etc.), sinalizados pelos próprios motoristas, que formam uma comunidade específica de um dado aplicativo. Por exemplo, ao conduzir o automóvel numa rua onde há um acidente, o motorista através de inputs no aplicativo alerta a todos os outros motoristas da comunidade de que existe um acidente naquele exato ponto, que é identificado através geolocalização e apresentado para a comunidade pela interface do aplicativo.

3 Figura 4 WazeApp aplicativo israelense de alerta comunitário e sistema de navegação GPS disponível em vários países, incluindo o Brasil Figura 5 TrapsterApp aplicativo americano de alerta comunitário disponível em vários países, incluindo o Brasil Figura 6 icoyoteapp aplicativo francês de alerta comunitário, disponível em vários países europeus Outro tipo de aplicativo para uso em automóvel muito útil é aquele que transmite unicamente informações sobre trânsito da cidade, como os exemplos das interfaces abaixo (figuras 7, 8 e 9). Nesses aplicativos não há um guia de rota, apenas as imagens de mapas ou câmeras de monitoramento que apresentam as informações e condições do trânsito, vindas pela internet. Figura 7 Maplink Trânsito App aplicativo brasileiro de informação de tráfego em tempo real Figura 8 Sytadin App aplicativo francês de informação de tráfego em tempo real Figura 9 Vai Rio App aplicativo brasileiro de alertas sobre o tráfego no Rio de Janeiro Um quarto tipo de aplicativos para motoristas é o de assistência na condução, que utiliza da tecnologia de realidade aumentada. Esses aplicativos auxiliam o motorista em tempo real no monitoramento do status do veículo, apresentando a sua velocidade, a distância em relação ao veículo a frente a fim de alertar para uma possível colisão, o diagnóstico da condução (economia de combustível, emissão de CO2, etc.) e possibilitando a gravação do percurso para análise posterior. Alguns exemplos de interfaces desse tipo de aplicativo são apresentados a seguir nas figuras 10 e 11.

4 Figura 10 ionroad App aplicativo israelense de assistência na condução Figura 11 Safety Sight App aplicativo japonês de assistência na condução Esses são apenas alguns exemplos dos aplicativos mais populares no Brasil e no exterior, que estão disponíveis para motoristas. Muitos outros estão disponíveis nas principais lojas de aplicativos e muitos ainda devem surgir nessa categoria Caracterização do problema Como pode ser visto nos exemplos apresentados acima e mesmo em outros aplicativos disponíveis para motoristas, várias das informações apresentadas nas telas têm um tamanho muito pequeno para serem lidas durante a condução, ainda mais se for considerado que o automóvel está em movimento com trepidação. Não só o tamanho reduzido das informações, mas também a quantidade de informações apresentadas dificulta a leitura e compreensão das mesmas, com telas sobrecarregadas de pictogramas, imagens e texto em alguns casos. Além disso, outras questões parecem ser problemáticas nas interfaces desses aplicativos, como a demanda visual necessária para a conclusão de tarefas de entrada de dados e a falta de padronização e compatibilidade em relação à expectativa do usuário e aos sistemas operacionais onde os aplicativos rodam [4], assim como o excesso de interações necessárias para fazer o aplicativo funcionar durante a condução. Todos esses problemas podem levar a potenciais distrações do motorista, prejudicando a segurança rodoviária. Sendo assim, cabe esclarecer algumas questões quanto ao design das interfaces desse tipo de aplicativo: - as interfaces de aplicativos smartphones concebidos para o uso durante a condução de automóveis estão adequadas, de forma a evitar distrações do motorista? - as interfaces são fáceis de usar durante a condução? - que diretrizes de design de interfaces existem para o desenvolvimento de aplicativos de smartphone? Se existem algumas, será que elas consideram o uso dos aplicativos durante a condução de um automóvel e seu potencial de distração ao motorista? Distração do motorista De acordo com a NHTSA National Highway Traffic Safety Administration [5], órgão responsável pela segurança no trânsito norte-americano, a distração do motorista pode ser definida como um tipo específico de desatenção que ocorre quando os motoristas desviam sua atenção da tarefa de dirigir para se concentrar em outra atividade. Esta distração pode ocorrer de diferentes maneiras, de acordo com as seguintes categorias: Distração Visual através de tarefas que exigem que o motorista desvie o olhar da via para obter informação visual (como as interfaces visuais dos aplicativos); Distração Manual através de tarefas que exigem que o motorista retire uma das mãos do volante para manipular algum dispositivo (como a entrada de dados em aplicativos através de touchscreens e botões físico);

5 Distração Cognitiva através de tarefas que tiram a atenção do motorista para longe da tarefa de dirigir (como tentar compreender uma informação confusa apresentada na interface do aplicativo). Como a tarefa de dirigir requer do motorista uma especial atenção ao que se passa a sua frente, a distração visual pode ser considerada a que mais ocorre e, consequentemente, a que mais pode causar acidentes. Wang et al. apud Burns & Landsdown [6] declararam que 13% dos acidentes com automóveis nos EUA estão relacionados à distração visual e que parte desta distração pode estar relacionada ao uso de sistemas de informação e comunicação em veículos. Brooks & Rakotonirainy [7] ainda colocam que quanto maior for a demanda visual do sistema mais perigosa se torna a condução de um automóvel. Segundo Orski apud Burns & Landsdown [6], empresas desenvolvedoras de equipamentos eletrônicos para automóveis vêm sugerindo como solução para a distração visual a aplicação de interfaces baseadas na fala (comando/reconhecimento de voz e áudio). Desta maneira, o motorista não teria mais a necessidade de olhar para dentro do veículo e acionar manualmente os controles para concluir a tarefa desejada no equipamento. Porém, neste momento, desconsidera-se o quão isto pode influenciar na carga mental do motorista. Não só os olhos dos motoristas devem estar atentos à via como também a mente, para evitar tanto a distração visual como também a distração cognitiva. Vários pesquisadores [6]; [8]; [9]; consideram que sistemas baseados na fala não solucionam totalmente o problema da distração com sistemas de informação em automóveis. Distração do motorista com o uso de smartphones O ambiente da condução é complexo, com muitas variáveis envolvidas, requerendo muito esforço do motorista em diversas tarefas. McKnight & Adams [10] alegam que a tarefa de dirigir é composta por mais de 1500 atividades mentais simultâneas, o que faz com que nem sempre o motorista seja capaz de manter o foco na atividade principal e aumenta a probabilidade de ocorrência de acidentes. Junto à complexidade da tarefa de dirigir, produtos tecnológicos para o uso em veículos estão em constante crescimento no mercado, porém muitas deles não são focados na tarefa de conduzir. Lee et al. [11] define o contexto da condução como uma constante disputa entre a tarefa principal e as secundárias pela atenção do motorista. Cada atividade secundária pode prejudicar severamente a performance da atividade principal de conduzir, aumentando o risco de acidentes. Toda vez que uma pessoa realiza uma atividade paralela, a atenção da mesma deve alternar constantemente com a demanda da principal. Toda vez que a atenção do motorista é requerida por ambas, o mesmo pode não ser capaz de lidar com as atividades de forma efetiva, propiciando a ocorrência de acidentes. Quando realizamos uma tarefa secundária dentro do contexto da condução, muitos pontos importantes devem ser considerados, no que tange a interação com dispositivos embarcados, como o campo de visão do motorista, trepidação do veículo, o alcance dos controles/interface e a apresentação das informações. Mesmo com todas as questões específicas inerentes a este contexto, o aumento do número de smartphones no mercado permitiu o crescimento do número de aplicativos para motoristas nas lojas de aplicativos (Apple AppStore, Google Play e Windows Phone). Estes aplicativos desempenham diferentes funções, como oferecer informações sobre o tráfego, alertar sobre anormalidades na via, navegação GPS e afins. Isso significa que aplicativos para motoristas oferecem diferentes possibilidades, não se limitando apenas ao auxílio na tarefa principal de conduzir. Para reduzir os impactos causados pelo uso de smartphones durante a condução, aplicativos devem considerar todas as características do seu contexto de uso [2]; [3] além de também estarem de acordo com as estratégias de interação dos seus usuários e com a forma com que eles utilizam seus aparelhos dentro de veículos. Como apontado por Ramm et al. [12], quanto mais natural é a interação com dispositivos embarcados, menos

6 distrações podem ocorrer durante a condução. Magnussonet et al. [13] também declaram que toda atividade possui características sociais em diferentes ambientes, logo, devemos nos focar no modo com que a tarefa é realizada, o que interfere na mesma e o que a modifica. Todas essas informações trazem o respaldo necessário para a concepção de produtos melhor adaptados para o uso no mundo real. A fim de propor uma alternativa segura para o uso de aparelhos móveis dentro de veículos, algumas montadoras (Ford, Honda, entre outras) criaram dispositivos embarcados (IVIS) que se conectam com o smartphone do usuário, sincronizam seus conteúdos/funcionalidades e exibindo-os em seus displays, além de permitir a operação por seus botões. Porém Heikkinenet et al. [14] afirmam que a inserção das funcionalidades de um smartphone em um IVIS não pode ser entendida apenas como uma simples adaptação da interface do aplicativo para outro aparelho. Os designers devem entender as necessidades dos usuários para além das demandas oferecidas pelo ambiente da condução, observando suas atitudes e motivações para a interação. Os autores também pontuam que uma importante diferença entre o uso de IVIS dedicados e aplicativos é o fato de que smartphones possuem muitas outras funções que podem ser utilizadas ao mesmo tempo, o que altera o ambiente da tarefa e traz novas demandas para o design de interface. Harvey et al. [15] alegam que os principais problemas a serem considerados sobre o uso de IVIS podem ser divididos em 6 fatores principais: 1) a realização de duas atividades concomitantes durante a condução; 2) a grande gama de características diferentes dos usuários; 3) seu uso em múltiplas condições ambientais; 4) diferentes níveis de treinamento dos usuários com sistemas; 5) variações nas frequências de uso; e 6) a adoção bem-sucedida do sistema pelos usuários.entretanto, todos estes pontos devem ser considerados individualmente durante o processo de design de um aplicativo para motoristas, e isso só se faz possível com o conhecimento pleno dado contexto de uso de smartphones durante a condução. Além disso, motoristas costumam utilizar muitos outros aplicativos em concomitância com aqueles concebidos para o uso durante o contexto da condução. Acredita-se que os impactos da interação com este tipo de serviço também devem ser levados em conta para o entendimento das necessidades deste usuário. Heikkinen et al. [14] apontam para o fato que aparelhos celulares também são utilizados como ferramenta de comunicação entre o motorista e sua família/amigos. Os autores enfatizam a importância da educação do motorista para uma interação segura com seu smartphone durante a condução, porém estruturas reguladoras não proporcionam tal educação de forma efetiva. Hallett et al. [16] afirmam que campanhas públicas desempenham um papel bom papel informativo sobre os riscos oferecidos pelo uso de smartphones durante a condução, porém, os avisos não são seguidos pelos motoristas em suas atividades cotidianas. Metodologia Para se alcançar os objetivos desta pesquisa, foram aplicadas técnicas de abordagem quantitativa e qualitativa, cujos dados foram posteriormente analisados e organizados de forma a representar informações contundentes. Para o levantamento de um panorama geral das estratégias e opinião dos motoristas quanto ao uso de aplicativos durante a condução, foi aplicado um questionário online [17], com proposições/questões objetivas e algumas perguntas abertas. Optou-se pela utilização desta técnica devido a seu grande espectro de abrangência, uma vez que para se traçar um panorama de toda uma população, faz-se necessário uma grande amostragem de dados. Com uma visão geral do contexto de uso de aplicativos durante a condução, hipóteses de persona foram criadas [18] e com base nelas foram feitas inquirições contextuais [19]

7 entendendo de forma mais aprofundada como se dão as interações entre o motorista e seu smartphone durante a condução. Por fim, todos os dados foram utilizados para a criação de personas [18] e cenários de uso. As personas e os cenários foram construídos com base no cruzamento entre os dados qualitativos e quantitativos, identificando padrões de comportamento. Ao fim, pôde-se construir uma imagem geral sobre o uso de smartphones no contexto da condução; assim como foi possível entender quais as principais demandas e estratégias de uso de aplicativos dentro do cenário brasileiro. Resultados do Questionário O questionário foi composto de 30 perguntas divididas em 4 seções, cada uma delas com perguntas relativas a uma questão sobre o uso de smartphones para motoristas. A primeira seção era composta basicamente por questões de filtragem de perfil de respondente, já que o escopo desta pesquisa visa apenas motoristas que utilizam smartphones durante a condução, todos aqueles que não faziam parte deste perfil de usuário foram sumariamente descartados. A segunda seção abarcou questões sobre a interação do motoristas com os seus respectivos smartphones de forma genérica: onde eles o posicionam enquanto conduz, de que forma interagem com os mesmos e afins. A terceira seção foi destinada especificamente a informações sobre a interação de motoristas com os aplicativos: que tipos utiliza, se utiliza mais de um, com que frequência utilizam, assim como as estratégias de uso. Por fim, a quarta seção possuía questões de cunho demográfico, para coletar informações sobre quem era o respondente, facilitando a caracterização dos dados e avaliar o espectro da amostragem coletada. A plataforma utilizada foi o Eval&Go e a divulgação ocorreu em território brasileiro, com respondentes de todas as regiões do país. O principal meio de divulgação do questionário foram redes sociais, fóruns e comunidades relacionados tanto a conteúdos relativos a plataformas mobile, quanto a conteúdo automotivo. Os dados coletados nessa etapa são quantitativos e mostram quais os hábitos mais comuns entre os brasileiros. O questionário obteve 538 respondentes, sendo 366 que se encaixavam no perfil de usuário (Brasileiro, maior de 18 anos e usuário de smartphone no carro). A maioria dos respondentes estava entre anos de idade e não houve uma diferença relevante de gênero. A amostragem da pesquisa foi composta apenas por motoristas brasileiros, logo, não necessariamente ela pode ser representativa de outros países. Os dados coletados em relação à interação física com o smartphone demonstram que a orientação de tela mais utilizada durante a condução é a vertical, sendo preferida por 79% dos respondentes. Apesar da diferença expressiva, o local em que o smartphone é posicionado influencia na opção pela orientação vertical ou horizontal da tela. Quando colocado em um suporte no painel de instrumentos, a orientação vertical apresenta 61% de frequência entre os respondentes em relação à orientação horizontal (39%). No entanto, ao comparar as orientações de tela dos usuários que preferem colocar o smartphone em seu colo, a diferença dentre elas foi de 92% para orientação vertical e 8% para orientação horizontal. Alguns fatores influenciam a escolha do usuário pela orientação vertical: 1) em geral, os aplicativos inicializam na orientação portrait, como é sugerido pela Apple Interfaces Human Guidelines [20], por exemplo; e 2) fatores como a trepidação do veículo e alcance do dedo polegar também exercem influência, visto que, ao segurar o smartphone na posição vertical, há mais precisão na interação com a tela touch screen e uma maior firmeza ao interagir devido à pega da mão.

8 Fig Gráfico do local de posicionamento do smartphone relacionado ao tipo de orientação utilizada Outro ponto que cabe ser ressaltado é o fato de que a orientação vertical possa estar sendo preferida devido a sua capacidade de exibir mais informações sobre orientação do trajeto de navegação durante o uso de mapas (informação esta de suma importância dentro do contexto de condução). Por se tratar de um caminho contínuo, a informação à frente do usuário ganha um papel de destaque em detrimento a informações sobre o trajeto já percorrido ou sobre o ambiente ao seu redor. Logo a orientação vertical permite a exibição mais efetiva de informações relevantes ao usuário dentro deste contexto. A figura 13 mostra que a maioria dos locais onde os smartphones são posicionados é: perto do câmbio de marchas, no colo e no banco do passageiro. Em geral, tais locais se encontram abaixo da linha de downvision [21]. Acredita-se que devido a esta prática, para interagir com o smartphone, o motorista necessite desviar sua visão para fora da via. Young et al. [21] afirma que o desvio da visão do motorista da via pode comprometer a sua capacidade de controlar o veículo com eficiência e sua capacidade de reagir a situações adversas. Devido a este fato, os autores alegam que todo dispositivo que possa vir a oferecer informações ao usuário deve estar posicionado dentro do limite de downvision, o que nem sempre ocorre no uso de smartphones. Acredita-se que esta prática seja danosa para a segurança rodoviária, logo, deve ser considerada e combatida no design de interface de aplicativos.

9 Fig Gráfico do posicionamento do smartphone durante a condução O posicionamento do smartphone não influencia somente na orientação da tela, mas também no dedo utilizado durante a interação com o dispositivo. Observou-se que o indicador é o mais utilizado quando o aparelho é colocado no painel de instrumentos ou quando está em um suporte no pára-brisas. Jáo polegar foi preferido nas situações em que o smartphone é posicionado próximo ao câmbio de marchas, quando guardado no bolso ou na bolsa, quando está no banco do passageiro ou no colo. O posicionamento no porta luvas apresentou resultados iguais para ambos os dedos. Uma parcela pouco significativa revelou usar o dedo médio. Presume-se que o uso do dedo polegar como o mais frequente possa estar relacionado com o hábito do usuário de utilizar o smartphone segurando com a mão em outros contextos de uso e com os outros fatores já mencionados quanto à orientação de tela. Isso faz com que tal hábito se repita dentro do veículo por uma mera questão de costume. Acredita-se que o aumento relativo do uso do indicador em locais como o suporte no parabrisas possa estar relacionado com a distância entre o aparelho e o alcance do braço do motorista. Assume-se que a distância pode fazer com que o usuário não consiga alcançar facilmente o aparelho a ponto de conseguir segurá-lo com a mão, o que propicia o uso do indicador para aumentar o alcance do braço. Quando perguntados sobre a forma como conectam seu smartphone ao carro, 39% dos usuários disseram conectar via bluetooth, 40% não faz conexão e 34% faz conexão por cabo. Observa-se que a maior parte dos respondentes faz conexão entre seu smartphone e o veículo. Entretanto, a conexão via Bluetooth ainda é uma novidade na maioria dos veículos brasileiros. Um dos motivos que justifica o posicionamento do smartphone abaixo da linha de downvision pode ser referente ao tipo de conexão feita entre o smartphone e o carro. Percebeu-se que 42% das pessoas que colocam seu smartphone no câmbio de marcha, utilizam como meio de conexão o cabo. Acredita-se que esse fato se deve à limitação de mobilidade causado extensão do cabo. Dentre os diferentes tipos de informações mais consumidas pelos motoristas durante a condução, se destacam principalmente aquelas relativas ao trânsito, acompanhado por chats/comunicação, como pode ser visto na figura 14. Destaca-se a grande frequência do uso de aplicativos de chat (50%) e SMS (34%) durante a condução, mesmo com todos os

10 problemas ressaltados por pesquisas quanto a esta prática durante a condução [16]; [22]; [23]. Fig Gráfico de informações consultadas no smartphone durante a condução No contexto da condução, não são apenas aplicativos relacionados à tarefa de dirigir são consultados. Quando perguntados sobre que apps são utilizados em concomitância, a maioria dos respondentes afirmou utilizar apps para motoristas e aplicativos de comunicação (chats, e afins), seguidos de aplicativos de música. Acredita-se que a adoção desses tipos de aplicativos neste contexto se dá pela tentativa de otimização do tempo devido ao excesso de engarrafamentos nas grandes cidades brasileiras. Damatta (2010), afirma que o ambiente de trânsito do Brasil é extremamente conturbado e fonte de estresse, o que faz com que pessoas busquem por formas de se desvencilhar de problemas ou amenizá-los tanto quanto possível. Supõe-se que uso de aplicativos que monitorem o trânsito e que forneçam informações fidedignas em tempo real é feito no intuito de evitar ao máximo a passagem por engarrafamentos e possíveis estresses relativos ao deslocamento. A forte presença do uso de aplicativos de chat durante a condução pode ser justificada pelo mesmo motivo, uma vez que estes aplicativos podem ser vistos como sistemas de entretenimento para momentos críticos. Também se acredita que o uso de chats desempenha uma função de otimizar o tempo no diaa-dia do motorista. As figuras 15 e 16 mostram que o uso do smartphone durante a condução cumpre a função de tornar o motorista mais disponível para sua família, amigos e trabalho, o que justifica a utilização dessas ferramentas para comunicação dentro do veículo.

11 Fig Me tornar mais acessível para família e amigos Fig Me tornar mais disponível para o trabalho Sobre o tópico da opinião dos usuários quanto a sua própria segurança durante o uso de aplicativos na condução, os dados apontam para uma incoerência entre a sua percepção de risco e os atos praticados em prol da segurança. De acordo com os resultados do questionário, constatou-se que 50% dos usuários não acham que os aplicativos de seus smartphones os ajudam a dirigir de uma maneira mais segura. Nas questões abertas, diversos respondentes reconheceram os riscos relacionados à distração causada pelo uso de aplicativos durante a condução. Constata-se que a ideia do uso de aplicativos dentro do veículo como prática arriscada seja senso comum dentro da população brasileira. Tal ideia ainda se faz presente quando 72% dos respondentes afirmaram que se incomodariam de poder acessar mais informações enquanto se está dirigindo. Acredita-se que mecanismos de prevenção em massa, como o Código de Trânsito Brasileiro que proíbe o uso de celular durante a condução, exercem influência para a construção de uma imagem negativa quanto ao uso do smartphone durante a condução. Apesar dos dados acima, constatou-se que o comportamento do usuário quanto ao uso de smartphones se mostra antagônico ao seu discurso. Como dito anteriormente, grande parte dos motoristas posicionam seus smartphones fora do campo de visão da via, o que propicia o desvio do olhar do motorista para fora da via, impedindo-o de enxergar o que está a sua frente. Tal prática pode tornar o motorista incapaz de reagir em uma situação de risco. Outro comportamento inapropriado observado foi o uso de ferramentas de mensagem e comunicação por grande parte dos respondentes do questionário. Hallet et al. [16] constatou que o ato de digitar no smartphone durante a condução é uma atitude que pode trazer riscos à segurança, mas que mesmo assim, motoristas ainda o fazem e consideram menos danoso do que outras práticas, como falar no celular enquanto dirige. Acredita-se que a incoerência entre o discurso do usuário e suas ações esteja relacionada à sua própria percepção quanto aos riscos vinculados aos seus atos. De acordo com Dejoy [25] pessoas quando estão sob o controle de um veículo tendem a se sentir mais hábeis ao volante e menos propensas a se envolverem em acidentes. Dejoy [25]; Machado [26] e Damatta [27] ainda afirmam que este fenômeno faz com que pessoas acreditem que apenas os outros motoristas estejam sujeitos a riscos e erros. Levando em consideração a teoria acima e os dados obtidos, faz-se crer que os motoristas desvinculam suas práticas de uso do smartphone a um comportamento de risco. Acredita-se que o discurso de represália quanto ao uso de aplicativos no trânsito seja construído a partir da observação do comportamento dos demais motoristas, que ressaltam os riscos inerentes a esta prática. Ao se observar os anseios quanto a novas funções/aparelhos e/ou aplicativos para serem utilizados durante a condução, pôde-se constatar que a maioria dos respondentes sente

12 a necessidade de ferramentas contextuais que auxiliem a condução, entrada de dados e visualização da informação sem a necessidade da interação física entre o humano e o sistema. A função mais comentada/desejada dos respondentes deste estudo foi a possibilidade de interação com o smartphone com comandos de voz. Acredita-se que a comunicação por voz seja vista como algo importante devido ao fato de permitir ao motorista utilizar o seu smartphone em quanto dirige, sem a necessidade de manipulá-lo fisicamente e/ou olhar para ele. O segundo ponto de maior importância foi relativo à apresentação de informações de forma contextual diretamente no para-brisa do motorista, através de um HUD (head up display). Acredita-se que este tipo de função esteja diretamente relacionada com a necessidade dos comandos de voz, dispensando completamente a necessidade de interagir com o aparelho smartphone para a utilização de aplicativos. O terceiro ponto mais apontado por parte dos respondentes está relacionado com a aplicação de uma inteligência artificial que realize algumas atividades sem a necessidade de um comando expresso do usuário. Assume-se que a necessidade deste tipo de serviço esteja relacionada a uma intenção de redução do esforço cognitivo durante a condução, característica essa muito importante para tal contexto [10]. Outro fator que acredita-se estar relacionado a isto é a difusão e popularização de tecnologias de inteligência artificial, que se tornam cada vez mais presentes na mídia e orientam a vontade do consumidor, aliada a sua necessidade. Com base na literatura e nos relatos dos usuários, conclui-se que as necessidades dos mesmos estejam diretamente relacionadas às demandas em termos de esforço por parte do contexto da condução e consequentemente aos tipos de distração que podem se abater sobre o motorista. Quando observamos as três principais necessidades/anseios dos respondentes, fica evidente que cada uma delas é relativa a um tipo de demanda/distração do motorista (NHTSA; 2005), sendo o comando de voz relativo à distração manual; o HUD à visual e a inteligência artificial à cognitiva. Apesar desta suposta preocupação dos usuários quanto à sua demanda durante o uso de aplicativos, questiona-se se a abordagem proposta pelos mesmos durante o questionário se mostra adequada ao contexto de uso, já que as mesmas não levam em consideração prováveis consequências inerentes ao seu uso (como o esforço cognitivo em coordenar a fala ou excesso de informação visual que HUD pode oferecer). Young [27] afirma que a interação com sistemas automatizados pode trazer uma grande demanda de esforço cognitivo para o motorista, o que pode vir a sobrecarregá-lo e oferecer riscos. Burns & Landsdown [6] consideram que sistemas baseados na fala não solucionam totalmente o problema da distração com sistemas de informação em automóveis. Dependendo do modelo mental que o motorista faz sobre o sistema, este pode aumentar ainda mais a sua carga cognitiva causando a distração. Resultados da Inquirição Contextual A Inquirição Contextual foi realizada com 11 usuários, no próprio automóvel do motorista. Foram entrevistados 5 homens e 6 mulheres, com experiência no trânsito variando entre 5 e 32 anos. Os carros dos entrevistados estavam entre os modelos Hatch, Sedan e SUV. O tempo de duração das entrevistas era de acordo com o percurso cotidiano dos usuários, variando de 30 minutos à 1 hora, os trajetos foram realizados na cidade do Rio de Janeiro e, em geral, eram percursos da casa para o trabalho ou vice versa. A entrevista foi realizada por dois pesquisadores, um deles sentado no banco da frente, ao lado do motorista - responsável por conectar a câmera no para-brisas do carro e fazer a mediação da entrevista, explicando o passo a passo dela - e o outro no banco de trás - responsável por fazer a

13 gravação de áudio e o registro de fotos do carro, do posicionamento do smartphone e de momentos ou situações que caracterizassem o usuário. Ambos os entrevistadores fizeram seus registros pessoais em blocos de notas, para posteriormente interpretarem os dados em conjunto. O termo de consentimento era entregue enquanto os entrevistadores explicavam sobre os procedimentos da entrevista. Ao final, era dado um feedback sobre as informações coletadas para certificar que estavam de acordo com a realidade do motorista. Um roteiro de entrevista foi desenvolvido com o intuito de elencar os principais pontos a serem observados pelos entrevistadores, referentes às estratégias de uso e a relação do motorista com os seus aplicativos, satisfação dos sistemas, bem como seus constragimentos e falhas, desvio do olhar, tempo de conclusão de tarefas, quais os fatores externos que influenciam no seu comportamento no trânsito, entre outros. Os usuários eram alertados que os entrevistadores não estavam julgando a habilidade de conduzir e, sim, a maneira com que os usuários interagiam com o seu smartphone dentro do carro. Por isso, eram instruídos a não limparem seus veículos antes da entrevista e a realizarem seus trajetos cotidianos. De acordo com as características dos usuários observadas na Inquirição, foram elencados os comportamentos mais relevantes, ou seja, os que mais interferem na conduta do usuário frente ao volante e foram observadas diversas relações entre eles. O primeiro deles foi a afinidade do motorista com tecnologias, característica que apresentou alguns padrões recorrentes de comportamento entre os usuários. Os entrevistados mais "high techs" apresentavam um maior prazer durante a condução, interagiam com frequência com os dispositivos do carro e/ou com os aplicativos referentes àatividade de conduzir. O número de aplicativos utilizados era variado neste perfil de usuário, visto que determinados usuários interagiam muito com apenas um aplicativo, enquanto outros utilizavam muitos aplicativos, mas com interações pontuais em cada. Os aplicativos paralelos àcondução eram utilizados mais com o intuito de otimizar a experiência, como os aplicativos de música.a personalização dos aplicativos também apresentou acentuada relação, devido ao conhecimento das funções disponíveis e por isso eram adaptadas ao contexto de uso. A informação mais consumida, em geral, eram sobre o trânsito e por isso também eram usuários colaboradores, reportavam eventos importantes na via. Foi observada uma maior tendência em realizar inputs alternativos, como comandos de voz, devido àconexão completamente integrada do carro com o smartphone. Os usuários com menor afinidade com tecnologias costumavam realizar uma interação mais direta com o hardware e pouca interação com os dispositivos do carro, quando ocorria, era limitada aos sistemas de áudio. Em geral, a integração do smartphone era realizada através de cabos, inviabilizando determinadas funções que poderiam ser realizadas viabluetooth. Outro quesito que gerou muitos comportamentos semelhantes foi referente ao trajeto cotidiano do usuário. Em trajetos longos, o motorista tende à interagir mais com o smartphone com o intuito de otimizar o tempo ocioso no trânsito. Os aplicativos que não possuem funções referentes à de condução são utilizados para comunicação, para resolver problemas de trabalho e, muitas vezes, para entretenimento. A utilização de aplicativos para motoristas tem a finalidade de buscar o melhor trajeto e rotas alternativas afim de fugir dos engarrafamentos, bem como alertar sobre o tempo de percurso. Há uma grande consulta nesses aplicativos, ainda que os usuários apresentem senso crítico para avaliar os trajetos sugeridos e nem sempre seguem a primeira rota definida. Por outro lado, a preferência por trajetos específicos acontece com maior frequência em trajetos curtos, visto que a diferença de tempo entre as rotas sugeridas não é tão significante e por isso optam por aquelas que promovem uma melhor experiência. Em trajetos curtos, há uma tendência de minimizar a interação com o smartphone e utilizá-lo apenas em casos de emergência, visto que na

14 maioria dos casos é possível aguardar a chegada em determinado local para resolver seus assuntos. O nível de confiança nas informações fornecidas pelos aplicativos varia em decorrência da frequência de uso dos mesmos. Usuários assíduos apresentaram maior confiança em relação aos que usam esporadicamente. A condução da maior parte dos entrevistados mostrou-se cautelosa. Os usuários que apresentaram condução não cautelosa foram os que utilizaram muitos aplicativos enquanto dirigiam com o intuito de entretenimento e por isso passíveis de muita distração. O local de posicionamento do smartphone também foi observado para saber se os usuários planejavam o local onde o colocavam ou se não havia um padrão e era posicionado no lugar de maior conforto e rápido acesso, como o colo. Apesar de diferentes condutas, o comportamento com maior relação ao local foi a frequência de uso. Motoristas que interagiam constantemente com o smartphone, em geral, colocavam-o em locais de acesso mais fácil e nem sempre planejado. Aqueles que interagiam com menos frequência e mostraram-se mais preocupados com eventuais distrações, posicionavam o celular em um local mais adequado ao campo de visão. A preocupação relativa à assaltos não se mostrou tão relevante em grande parte dos usuários. Muitos relataram que é inevitável, outros não gostariam de mudar sua conduta no trânsito e afetar sua experiência de conduzir em detrimento de um comportamento mais seguro à assaltos. O prazer da direção também mostrou-se relacionado com a distância. Em geral, trajetos longos são passíveis de muitos engarrafamentos em cidades grandes como o Rio de Janeiro. Por esse motivo, a direção torna-se uma atividade obrigatória e menos prazerosa. Os usuários que realizam trajetos menores e possuem afinidades com tecnologia, desfrutam mais o momento da direção, escolhem playlists adequadas, interagem com seus dispositivos de maneira completa visto que conseguem integrar o carro e o smartphone às suas necessidades e tornam a experiência de conduzir o veículo única. A partir dos comportamentos, foram estabelecidas as principais metas dos motoristas enquanto estão conduzindo o veículo. A primeira dela é se desvencilhar do trânsito e buscar o trajeto de menor duração para chegar ao seu destino. De diversas formas, os motoristas entrevistados mostraram os meios utilizados para adquirir informações de trânsito. Seja por rádios, aplicativos para motoristas, informações de familiares ou amigos, a maior parte dos usuários revelou utilizar ao menos uma dessas formas, variando a intensidade e frequência do consumo da informação e, em alguns casos, o local. Alguns usuários consultavam essas informações antes de sair com o veículo, enquanto outros utilizavam durante todo o percurso em busca de rotas alternativas. A segunda meta é otimizar o tempo, visto que, em muitos casos, o engarrafamento é inevitável, o trajeto é muito longo e o veículo fica parado. Dessa forma, ele se torna um ambiente para se comunicar com os amigos ou familiares, assim como adiantar ou resolver problemas de trabalho, como enviar s ou realizar ligações. A terceira meta ainda é referente ao tempo ocioso no trânsito, no entanto, é utilizado para buscar formas de entretenimento, seja através de redes sociais, jogos, aplicativos de notícias, chats, entre outros. A quarta meta é referente à experiência do usuários. Foi constatado que determinados usuários apreciam a experiência de estar dirigindo e por isso buscam meios de otimizá-la ao máximo, seja configurando playlists adequadas ao momento, interagindo com os diversos devices do carro ou até mesmo buscando rotas com um caminho mais prazeroso. O momento de dirigir não é mais apenas uma obrigação, mas um lazer. Observando os diferentes perfis de usuário, suas tarefas e objetivos, conseguimos perceber que cada um dos fatores listados acima está relacionado diretamente com o ambiente em que dirigem, seja ele interno (o veículo) ou externo (o trajeto que percorrem), levando em consideração todas as atividades de seu dia-a-dia.

15 Observando primeiramente o ambiente externo ao veículo como os trajetos percorridos, ambiente em que conduz e dia-a-dia do motorista, fica evidente diferentes características que moldam os cenários e constroem diferentes experiências de condução, cada uma com sua motivação. O primeiro fator que define este ambiente externo é a distância percorrida pelo motorista em seus trajetos corriqueiros. Quanto mais longe ele mora, maior o tempo gasto em seus percursos, o que influencia na sua busca por otimização de rotas e corrobora para uma experiência negativa de condução. O segundo fator observado foi referente à intensidade dos engarrafamentos enfrentados pelo motorista. Novamente encontramos a variável tempo gasto com um elemento crucial para a construção de uma experiência de conduzir. Desta forma, presume-se que quanto menos tempo ocioso, melhor será a experiência do motorista e menos atividades paralelas o mesmo realizará. O último fator referente ao ambiente externo é a periodicidade de realização destes trajetos por parte do motorista. Observa-se que quanto mais pontual é a necessidade do trajeto, menos dispendiosa ela se mostra, dando a entender que a mesma é uma questão opcional. Os fatores acima influenciam diretamente o ambiente interno do carro, que por sua vez também colaboram para a construção da experiência do motorista. Observou-se que quanto mais as pessoas gastam tempo em seu deslocamento, maior a quantidade de coisas que carregam, tornando o veículo uma segunda casa como mudas de roupa, livros e qualquer outra coisa que possam vir a necessitar ao longo do dia. Outro fator interno que foi observado durante os estudos foi o nível de organização da cabine do motorista. Percebemos muitas pessoas com uma cabine desorganizada, cheia de coisas àmão, mas sem necessariamente um lugar específico para cada uma delas. Nos casos onde foram encontrados carros muito organizados e limpos, os usuários possuíam uma relação prazerosa com o ambiente da condução, o que motiva o motorista a manter sua cabine a mais organizada possível otimizando assim a experiência. Por fim, um fator crucial para a construção do ambiente interno da condução foi a presença e o posicionamento do smartphone no veículo. Observou-se que questões relativas à cabine do veículo influenciam a forma com que as pessoas utilizam o aparelho, interferindo diretamente na condução. O uso do cabo de áudio e de alimentação de bateria limitam a movimentação do smartphone, o que faz com que as pessoas tenham que desviar o olhar da via para utiliza-los. Percebeu-se que aqueles que buscam por uma condução mais prazerosa buscam interagir com o smartphone sem desviar sua visão da via, seja com o uso de suportes ou a utilização de métodos de conexão do aparelho com o sistema multimídia do veículo. O smartphone também altera o ambiente ao oferecer diferentes atividades paralelas ao motorista durante a condução (como já dito acima), o que faz com que eles busquem por formas de suprir suas necessidades ao longo do percurso.

16 Personas e Cenários

17 Conclusão A partir do cruzamento dos dados qualitativos e quantitativos, foram identificados padrões de comportamentos e fatores ambientais que influenciam diretamente na maneira de conduzir dos motoristas. Os resultados do questionário mostraram que a maior parte dos motoristas utilizam o smartphone durante a condução para otimizar o tempo do seu dia-a-dia, seja realizando atividades paralelas como ligações, ou reduzindo o tempo gasto em engarrafamentos com rotas alternativas. Um outro fenômeno observado foi a forte presença do uso de chats durante a condução - tais como o facebook messenger e o whatsapp. Quanto à interação física com o aparelho smartphone, foi observado que a maior parte dos usuários o utilizam em suas mãos, os posicionando geralmente em lugares muito abaixo da linha de visão da via por exemplo: perto do câmbio de marchas ou no banco do passageiro, por uma questão de conforto e praticidade de uso. As maiores reclamações e necessidades apresentadas pelos participantes da pesquisa foram em relação ao uso de comandos de voz, o que mostra a sua necessidade de aliviar a distração visual e manual imposta pela digitação. Pôde-se observar no questionário, um perfil comportamental de um usuário brasileiro pouco preocupado com segurança. Apesar deste achado, a maior parte dos respondentes da pesquisa não se mostraram conscientes dos riscos de suas atitudes, alegando ter um comportamento seguro no trânsito e reclamando de todos os outros motoristas a sua volta. Com os dados obtidos na Inquirição Contextual, ficou evidente que motoristas que apresentam uma condução cautelosa, interagem pouco com os aplicativos. Os que realizam trajetos curtos apresentam, em geral, preferência por rotas específicas, visto que o engarrafamento não influencia significativamente no seu percurso. Os usuários que demonstram muita afinidade com tecnologia e prazer na direção, em geral, interagem bastante tanto com o carro quanto com o smartphone e costumam fazer uma integração entre eles, seja através de cabos auxiliares ou bluetooth; tem seus aparelhos personalizados e colaboram e consomem significativamente informações de trânsito. Por outro lado, aqueles que possuem

18 pouca afinidade com tecnologia, interagem pouco com os aplicativos e não confiam plenamente nos mesmos; não costumam realizar atividades paralelas àtarefa de dirigir, ou seja, não utilizam o momento da condução para resolver assuntos pessoais ou referentes ao trabalho, concentram-se na direção, a menos que haja uma necessidade imediata. Em suma, conclui-se que hádiferentes personas e cenários de uso durante a condução e, por esse motivo, diferentes condutas são adotadas. Percebeu-se que as personas diferenciam-se entre si pelas seguintes variáveis: 1) tempo gasto em seus trajetos; 2) afinidade com tecnologias; 3) o prazer em dirigir; 4) preocupação com segurança. Independente da persona adotada, todas elas possuem o mesmo objetivo, a busca por praticidade e conforto durante a condução. Por terem demandas diferentes dentro do mesmo objetivo, a interação com o smartphone é diferente, tanto no tipo de informação consumida quanto na forma de interagir. Para os próximos passos desta pesquisa, os perfis comportamentais e cenários encontrados nesta etapa serão utilizados para a criação de propostas de requisitos de projeto deste tipo de aplicativo, apoiados com as diretrizes coletadas na etapa anterior. Posteriormente, tais requisitos serão validados e transformados em diretrizes de usabilidade, atendendo o objetivo geral da pesquisa. Referências Bibliográficas 1 - QUARESMA, Manuela ; GONCALVES, R. C.. Usability Analysis of Smartphone Applications for Drivers. Lecture Notes in Computer Science, v. 1, p , WROBLEWSKI, L. Mobile First. New York: A Book Apart, p. ISBN CLARK, J. Tapworthy: Designing Great iphone Apps. Sebastopol: O'Reilly Media, p. ISBN QUARESMA, M. Assessment of visual demand of typical data entry tasks in automotive navigation systems for iphone. WORK: a Journal of Prevention, Assessment and Rehabilitation, Landsdale, v.41, p , National Highway Traffic Safety Administration. Visual-Manual NHTSA Driver Distraction Guidelines for In-Vehicle Electronic Devices. Vol. 77 No. 37, BURNS, P.; LANSDOWN, T.. E-distraction: the challenges for safe and usable internet services in vehicle. In: Proceedings of NHTSA Driver Distraction Internet Forum. Rockville: Westat, Acesso em: 12 jun BROOKS, Chad; RAKOTONIRAINY, Andry. In-Vehicle Tecnologies, Advanced Driver Assistance Systems and Driver Distraction: Research challenges. In: Proceeding of International Conference on Driver Distraction. Sydney, LEE, John D.; STRAYER, David L.. Preface to special section on driver distraction. Human Factors, Santa Monica, v. 46, n. 4, p , HARBLUK, Joanne; NOY, Y.; EIZENMAN, Moshe. The impact of internal distraction on driver visual behavior. In: Proceedings of NHTSA Driver Distraction Internet Forum. Rockville: Westat, Acesso em: 12 jun McKnight, A. J., & Adams, B. B. (1970). Driver Education Task Analysis: Volume II: Task Analysis Methods. Washington, DC: NHTSA Lee, J. D., Regan, M., & Young, K. L. (2009). Defining Driver Distraction. In M. Regan, J. D. Lee, & K. L. Young (Eds.), Driver Distraction: Theory, Effects and Mitigation. Boca Raton, FL: CRC Press.

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