V COLÓQUIO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
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- Miguel Castel-Branco Faria
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1 V COLÓQUIO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS ANGOLA 40 ANOS DE INDEPENDÊNCIA: MEMÓRIA, IDENTIDADES, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO Luanda, Anfiteatro da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da Universidade Agostinho Neto (UAN) Dias 29 e 30 de Outubro de 2015 TERMOS DE REFERÊNCIA I. Introdução Angola completa em Novembro quarenta anos como país independente. Seja qual for a perspectiva científica ou o ângulo de análise, são evidentes as grandes transformações ao longo destas quatro décadas, na economia como na demografia, na política como na cultura. Na esfera pública ou na vida privada, vivemos hoje numa sociedade profundamente diferente daquela que em Novembro de 1975 celebrou a Independência. Por outro lado, o contexto internacional em África e no resto do mundo registou extraordinárias mudanças durante estas quatro décadas. Tais mudanças influenciaram decisivamente o evoluir da
2 situação em Angola, mas também podemos afirmar que as mudanças em Angola influenciaram o mundo à nossa volta. O Colóquio da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da Universidade Agostinho Neto (UAN), que pela quinta vez se realiza, enquadra-se este ano nas actividades alusivas ao quadragésimo aniversário da Independência, que decorrem sob o lema «Angola 40 anos: Independência, Paz, Unidade nacional e Desenvolvimento». A FCS da UAN, através dos seus vários Cursos, está particularmente vocacionada para produzir e difundir conhecimento sobre a realidade social angolana e sobre o lugar de Angola no mundo actual. Cada uma das Ciências Sociais terá, portanto, contribuições específicas a dar para aprofundar o conhecimento do que é Angola hoje e de como se chegou até aqui. Mas compete também à Academia aplicar os seus instrumentos e capacidade de análise para ajudar a construir um futuro à altura das expectativas geradas pela proclamação da nossa Independência, em Novembro de As últimas décadas merecem ser dissecadas com rigor, sem amalgamar as diferentes etapas que percorremos como país independente e sem escamotear as implicações, para o presente e o futuro, das opções feitas e dos processos em curso. Para entender o caminho percorrido, precisamos também de olhar para os tempos em que «independência» era um sonho e uma palavra perigosa. Seja pelo registo da memória individual ou colectiva, ou pelos resultados da investigação histórica, o passado precisa de ser trazido ao presente e analisado criticamente. Por isso, o V Colóquio da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto irá celebrar os 40 anos da independência de Angola com uma grande abrangência temática, conjugando memória, identidades, cidadania e desenvolvimento. A Antropologia, a Ciência Política, a Comunicação Social, a Geodemografia, a Gestão e Administração Pública, a História, a Psicologia e a Sociologia encontrarão campo para intervenções oportunas e fecundas. E o mesmo sucederá, certamente, com intervenientes vindos de outras disciplinas e áreas de conhecimento.
3 II. Objectivos São objectivos deste Colóquio: Promover uma reflexão sobre as profundas transformações da sociedade angolana nos últimos quarenta anos; Estimular a análise, fundamentada e crítica, da situação actual, como instrumento útil para a definição de políticas futuras; Partilhar resultados da investigação histórica relacionada com os temas do Colóquio; Criar oportunidades de diálogo entre as gerações que testemunharam a luta pela independência e as que já nasceram no país independente. III. Participantes O Colóquio é particularmente dedicado a docentes e estudantes da Faculdade de Ciências Socais, mas está aberto a participantes oriundos de outras instituições académicas e de investigação, a representantes de partidos políticos e da sociedade civil e ao público em geral. IV. Painéis e Temas Painel 1 - Memória(s), Identidades e a Nação em Construção No eterno jogo da formação, consolidação, dissolução e recomposição de identidades, a memória social joga um papel determinante. Este painel abre-se à discussão sobre as relações entre memória e história, sobre o papel da literatura e da música na afirmação da angolanidade (no passado e no presente), e sobre o papel da(s) memória(s) na construção de identidades, nacionais ou outras. Mas pretende igualmente questionar o uso (e abuso) do próprio conceito de «identidade», não só na academia como no discurso político ou na comunicação social.
4 Painel 2 - Actores Políticos e Sociais e a Afirmação da Cidadania Num mundo complexo, onde a revolução tecnológica nas comunicações estreitou as relações entre o global e o local, os clássicos modelos de análise das Ciências Sociais são frequentemente desafiados pela emergência de novos (ou aparentemente novos) fenómenos e actores sociais. A afirmação da cidadania, nos seus múltiplos aspectos, obriga- -nos à discussão sobre a redefinição dos limites do espaço público e das formas de participação política e cívica. Painel 3 - Instituições, Políticas Públicas e o Direito ao Futuro Um dos grandes desafios que se coloca a muitas sociedades africanas é o de reforçar instituições que, servindo os cidadãos, consolidem o Estado e lhe permitam desenhar e aplicar políticas públicas tendentes a satisfazer necessidades e aspirações da sua população, promovendo a inclusão social. No caso de Angola, os evidentes desequilíbrios, herdados do período colonial ou gerados no decorrer dos últimos 40 anos, precisam de ser enfrentados com políticas esclarecidas e instituições capazes de cumprirem o seu papel num mundo em mudança. Painel 4 - Os Caminhos do Desenvolvimento: Expectativas e Realidades Em meados dos anos 1970, quando Angola se tornou independente, as receitas para o desenvolvimento dos países saídos dos antigos impérios coloniais pareciam claramente estabelecidas e o progresso, uma vez iniciado o caminho, seria irreversível. Nas últimas quatro décadas, essas ilusões desfizeram-se, mesmo em regiões do mundo mais estáveis que a nossa. Este painel abre-se a contribuições sobre a economia de Angola nos últimos quarenta anos, mas também sobre o desenvolvimento para lá dos indicadores económicos (o «desenvolvimento humano») e sobre a própria evolução de conceitos ou paradigmas relativos ao desenvolvimento.
5 V. Abertura A abertura do Colóquio deverá ser efectuada através de uma Conferência inaugural relacionada com o tema geral do Colóquio. VI. Comunicações As propostas de comunicações (título e resumo) deverão ser enviadas até 30 de Agosto, para estabelecimento do programa definitivo. Os autores das comunicações deverão entregar a versão definitiva até 15 de Outubro, em formato digital e em papel, sem o que não poderão fazer a sua apresentação. Os textos utilizarão caracteres Times New Roman, tamanho 12. As Comunicações serão apresentadas em língua portuguesa e não deverão exceder o tempo definido no programa (15 minutos). A comissão organizadora reserva-se o direito de seleccionar as propostas de comunicação. As Edições Mulemba (editora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto), publicarão, através da Mulemba Revista Angolana de Ciências Sociais, uma edição especial dedicada ao Colóquio. Os textos definitivos não poderão exceder caracteres (incluindo espaços, tabelas e notas). VII. Calendário O V Colóquio terá lugar em Luanda, nos dias 29 e 30 de Outubro de 2015, no anfiteatro principal da Faculdade de Ciências Sociais da UAN. VIII. Convidados de Honra Reitor da Universidade Agostinho Neto Vice-Reitores da Universidade Agostinho Neto
6 IX. Comissão Organizadora A Comissão Organizadora tem as seguintes atribuições: Coordenação geral do trabalho preparatório do Colóquio; Supervisão do Colóquio; Aprovação do orçamento, captação de financiamentos e gestão dos fundos do Colóquio; Asseguramento de todas as condições materiais e humanas. Integram a Comissão Organizadora do Colóquio, as seguintes entidades: a) Decano da FCS (Coordenador); b) Vice-Decanos da FCS; c) Chefe do Departamento de Administração e Finanças da FCS; d) Chefe do Departamento de Recursos Humanos da FCS; e) Chefes dos Departamentos de Ensino e Investigação da FCS; f) Director das Edições Mulemba da FCS. A Comissão Organizadora é coadjuvada por subcomissões e outros órgãos de apoio, designadamente: subcomissão científica; subcomissão de logística; protocolo e relações públicas; secretariado técnico; e um porta-voz. X. Subcomissão Científica A Subcomissão Científica tem as seguintes atribuições: Reunir e seleccionar as comunicações; Elaborar e rever o programa do evento e planificar cada sessão; Elaborar os anúncios (call for papers); Receber os textos das comunicações; Aprovar a lista dos prelectores e participantes em geral; Seleccionar moderadores e relatores de cada painel e tema; Produzir o relatório científico sobre o Colóquio.
7 Integram a Subcomissão Científica os seguintes professores: Luzia Milagre (Coordenadora) Boubacar Keita Cesaltina Abreu Conceição Faria Fernando Paulo Faria José Canhimbué Maria da Conceição Neto Paulo de Carvalho Víctor Kajibanga Víctor Morais Virgílio Coelho XI. Subcomissão de Logística, Protocolo e Relações Públicas A subcomissão de Logística, Protocolo e Relações Públicas tem as seguintes atribuições: Assegurar o alojamento, transporte e logística para participantes externos; Assegurar a recepção e despedida dos convidados; Assegurar as condições humanas e materiais para a realização das actividades; Planificar e gerir a sessão de abertura e a sessão de encerramento do Colóquio. A Subcomissão de Logística, Protocolo e Relações Públicas é coordenada pelo Chefe do Departamento de Administração e Finanças da Faculdade de Ciências Sociais da UAN e integrada por dez (10) funcionários.
8 XII. Secretariado Técnico O secretariado técnico tem as seguintes atribuições: Assegurar toda actividade do secretariado; Garantir a correspondência necessária, a gestão do expediente e do arquivo do colóquio; Reproduzir e distribuir toda a documentação do Colóquio; Elaborar a acta, as conclusões e o relatório final do Colóquio. O Secretariado Técnico é coordenado pela Me. Eliana Cardoso, e integrada pelos seguintes docentes e funcionários: Me. Ilonka de Assis e Costa, Me. José Garcia Quitari, Lic. Alberto Cafussa, Lic. Malundama Sebastião, Lic. Sebastião Merlen André, Lic. Delsa Mateus, Lic. Maria Salomé Ngueve e BSc. Ismael Cohen. XIII. Porta-Voz O Colóquio terá um porta-voz oficial, a indicar pela Direcção da Faculdade. O Porta-voz do Colóquio tem as seguintes atribuições: Divulgar regularmente os comunicados de imprensa; Manter informada a comunidade académica da Faculdade e a opinião pública. Aprovado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Faculdade de Ciências Sociais da UAN, em reunião realizada em Luanda, no dia 26 de Março de FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS Sciat ut Serviat Estudar para Servir
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