Proposta aprovada: utilizar as duas estratégias no esforço para aprovação do PL7027/2013.

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1 RELATÓRIO DE SUELY SILVEIRA, COORDENADORA DO SINDJUFE Como afirmou o coordenador da FENAJUFE e servidor do TRE-GO, João Batista, a Fenajufe realizou intervenção junto ao TSE sobre a majoração do auxílio alimentação e auxílio creche para que o TSE edite portaria própria do órgão. Isto ocorre porque o tribunal recusou-se a subscrever a portaria conjunta do CNJ sobre a questão. O PL7027/2013, que define a isonomia entre FCs de chefes de cartório, cria FC1 para cada zona eleitoral e cargos para as zonas criadas após a lei 10842/2004, está na CTASP com parecer favorável do relator. Porém, o presidente da comissão recusa-se a colocar o projeto em pauta alegando a necessidade de um acordo com o governo por conta do impacto orçamentário, que seria de R$ ,00. A orientação da federação é que os sindicatos de base pressionem os deputados locais pertencentes a essa comissão pela aprovação do projeto. Eugênia Lacerda, coordenadora do Fenajufe e servidora do TSE, esteve em contato com a SGP do tribunal e forneceu as seguintes informações: Rezoneamento - A resolução do TSE definirá parâmetros para o rezoneamento feito pelos tribunais regionais, dentre eles o estabelecimento de número mínimo de eleitores por zona eleitoral por exemplo. A proposta deve ser colocada em pauta no mês corrente. Redistribuição - A ministra Luciana Lóssio pediu vista do PA6603, que trata da redistribuição, entretanto a avaliação é de que a minuta, que foi encaminhada ao jurídico da Fenajufe para avaliação, não é favorável para os servidores. Além disto, não há previsão de um novo concurso nacional de remoção. Criação de cargos O SOF do TSE apresentou parecer desfavorável ao projeto de criação de cargos para a Justiça Eleitoral alegando o limite imposto pela LRF. Adicional de fronteira A Fenajufe solicitou que seja concedido aos servidores do eleitoral que trabalham em zonas com sede em municípios de fronteira, um adicional, da mesma forma que ocorre no MPU, onde foi estabelecido, através de portaria, o percentual de 20% do vencimento básico. Remoção - Existe previsão de que essa questão será tratada pelo TSE no próximo mês de maio. PONTOS DE PAUTA 1 - Estratégia para aprovação do PL7027/2013 Os assessores parlamentares da Fenajufe expuseram suas avaliações sobre a melhor forma de conquistarmos a provação desse projeto. Alexandre Marques defendeu que, por conta dos prazos de trâmite nas comissões, problema agravado pelo ano peculiar que teremos no Congresso

2 por causa da Copa e das eleições, devemos pressionar os parlamentares e o governo para que seja aprovado um pedido de urgência para o projeto, garantindo assim que ele seja votado pelo plenário sem passar pelas comissões. Alexandre destacou ainda que o projeto está amparado pela LDO, aprovada em 24/12/2013, e que a greve é fundamental para a conquista da sua aprovação. Já Antônio Queiroz, o Toninho do DIAP, patrocinou a proposta de convencer o presidente da CTASP a colocar o projeto em pauta na comissão, pressionar Ricardo Berzoini, ministro de Relações Institucionais, e o ministro Dias Toffoli, futuro presidente do TSE, para que ocorra a inclusão do projeto no orçamento de 2015, e assim forçar o acordo agora para votação em plenário após as eleições. Para alcançarmos esse objetivo, apontou a greve dos servidores com ameaça concreta à realização da eleição como via única para encurralar o judiciário. Na sua análise de conjuntura, opinou que a falta das reivindicações de substituição da política macroeconômica e destituição do governo, nos protestos populares de junho de 2013, fez com que o abalo sofrido pelo governo fosse menor. Proposta aprovada: utilizar as duas estratégias no esforço para aprovação do PL7027/ Criação de cargos para a Justiça Eleitoral Durante a avaliação dos servidores, foram destacados os seguintes problemas: - Aumento das requisições/terceirizações. - Número expressivo de zonas eleitorais com apenas um servidor (na Paraíba, das 37 zonas do estado, 30 apresentam esse problema). - Adoecimento dos servidores (fibromialgia, depressão) e a constatação de que "o nosso trabalho está além das nossas forças". Entre as avaliações, vale ressaltar os seguintes pontos: - Não aumento ou extinção dos FCs e CJs. - Não trabalhar além da capacidade porque enquanto dermos conta do trabalho, à custa da nossa saúde, continuaremos sem a criação dos novos cargos. - Não extrapolar a jornada e combater a requisição/terceirização. a) Realizar estudo orçamentário e atualização dos dados do projeto do TSE e envio de projetos de criação de cargos por regional priorizando aqueles que estiverem com maior déficit. b) Denunciar ao CNJ e ao MPT sobre a terceirização, requisição, condições de trabalho e saúde do trabalhador da Justiça Eleitoral. c) Remeter a questão à Carta de Brasília e envio do relatório do encontro à Fenajufe, TSE e CNJ. d) Defender, junto às administrações dos regionais, a ocupação de CJs e FCs apenas por servidores efetivos, argumentando que os tribunais podem estabelecer limites além do mínimo exigido por lei.

3 e) Realizar estudo da LRF sobre os limites da Justiça Eleitoral. f) Propor a criação do cargo de Analista Judiciário - Execução de Mandados. 3 - Serviço extraordinário nas Eleições 2014 e banco de horas Destaques das avaliações: - Ataque ao pagamento de horas extras aos ocupantes de CJs. - Questão do banco de horas não reconhecido por outro tribunal para o qual o servidor se desloca. - Propor uniformização das regras sobre banco de horas com estudo feito pelo Coletivo Jurídico da Fenajufe. - Enviar para o Coletivo Jurídico da Fenajufe a análise do envio de uma minuta de regulamentação de banco de horas. - O Coletivo Jurídico da Fenajufe deverá orientar os sindicatos de base a entrar com ação coletiva para pagamento do banco de horas com opção para aqueles servidores que preferire mantê-lo. - Os sindicatos de base deverão solicitar transparência no pagamento de horas extras por unidade de cada tribunal. 4 - Posicionamento em relação à PEC31 que altera a composição das cortes eleitorais Proposta aprovada: Declarar o apoio do ENEJE à federalização da Justiça Eleitoral através da Carta de Brasília. 5 - Recadastramento biométrico Problemas apontados: - Terceirização do serviço, comprometendo a segurança das informações. - Baixa qualidade do kit para execução do cadastramento. Foi informado, por João Batista, que a proposta do TRE-RS de realizar o cadastramento biométrico em três ciclos no interior do estado e cinco ciclos na capital, mantendo os dois sistemas nas votações cancelando os títulos convencionais apenas no último ciclo, deve ser estendida para todo o país, provocando uma ampliação do tempo disponível para a finalização do serviço. Proposta aprovada: a Fenajufe deverá orientar os sindicatos de base a provocar o MPT e o TCU sobre os problemas advindos da terceirização do recadastramento biométrico. 6 - Remoção e redistribuição Destaque das avaliações: - redistribuição em reciprocidade em substituição à permuta mesmo entre tribunais diferentes do mesmo ramo. Em caso de remoção/redistribuição, usar como primeiro critério de desempate o tempo de serviço desde a última remoção/redistribuição e, como segundo critério, o tempo de serviço desde a entrada no serviço público.

4 Marcar reunião com a ministra Luciana Lóssio para discutir a regulamentação e aprovação da resolução em momento posterior. 7 - Campanha salarial unificada Destaques das avaliações: - Servidores do TRE-RJ declararam não saber da existência do calendário de mobilização da Fenajufe aprovado na última reunião ampliada da federação. - Relatos de dificuldades de mobilização. - Informe de que 2/3 do quadro do TRE-DF é composto por servidores requisitados. - No dia 11 do mês corrente, haverá reunião do Fórum Nacional dos SPFs. RELATÓRIO DE LAIS PEROBA ESTEVES, SERVIDORA DO CARTÓRIO ELEITORAL DO INTERIOR O Eneje (Encontro Nacional dos Servidores da Justiça Eleitoral), que aconteceu no último sábado, em Brasília, foi um momento interessante para atualizar questões importantes dos servidores da Justiça Eleitoral. O requerimento ao TSE solicitando o reajuste do auxílio alimentação e auxílio escola (nos quais apenas o eleitoral ficou de fora), foi trazido ao debate, assim como o PL 7027/2013, que trata da criação de cargos efetivos e funções comissionadas nos quadros de pessoal dos TREs destinados às zonas eleitorais. Esta última, muito importante aos servidores, deixou-nos a par da situação atual: O relator Roberto Santiago apresentou relatório favorável. Entretanto, mostra que é uma luta difícil porque é preciso anular o acordo com área econômica de governo para colocar o projeto em votação na CTASP. O impacto orçamentário é de 15 milhões. Como já sabemos, a política do governo é não autorizar projetos que causem impacto no orçamento. Ficou claro que, neste caso, devemos fazer pressão nos deputados que compõem a CTASP. Importante ter acesso a todas essas informações para elaborarmos estratégias que possibilitem, mesmo que com dificuldade, algum tipo de possibilidade de vitória em relação a esse PL. Também foi colocada a questão de remoção e redistribuição. A decisão foi no sentido de fazer uma análise mais profunda da questão e acrescentar pedidos da Fenajufe na Resolução do TSE. Isso atrasa um pouco a aprovação, mas será melhor para o servidor. Dentre as inclusões da Fenajufe, estão os seguintes pontos: regulamentação pelo STF do instituto da redistribuição com reciprocidade, de preferência (a remoção por permuta não é tão boa para a administração, nem para o servidor); por fim, que no concurso de remoção e redistribuição não seja contado todo o tempo, mas só o da última lotação.

5 Foi melhor participar dessa decisão em conjunto com os demais colegas. Esta acabou sendo a melhor opção, o que mostra a importância de se estar presente nesses encontros. Sobre o anteprojeto de lei que cria cargos efetivos e funções comissionadas, a SOF do TSE disse que não há orçamento porque esbarra nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O processo será sobrestado até que o problema do orçamento seja resolvido. A SOF ironizou: Só alterando a LRF. Pelo que percebi, essa é uma questão muito difícil de ser resolvida por um bom tempo. Por isso, não foi pensado ainda nada para conseguir mudar essa realidade. PL 7027/2013 transita na CTASP. Após, CFT e CCJ. Esta foi uma discussão importante e ficou claro que sem urgência não vai a plenário. A estratégia é procurar o Presidente da Câmara para que ele possa colocar em pauta na Reunião de Líderes. A forma mais célere disto acontecer é pressionando para que o projeto seja discutido lá. Segue agora os encaminhamentos que todo servidor deve estar ciente, para cobrar dos representantes dos seus sindicatos: - Cada sindicato deve entrar com ação coletiva reivindicando o pagamento de horas extras (se o servidor assim quiser). - Regulamentar o banco de horas e o registro biométrico, implantando inclusive impressão de registro de ponto para comprovação. - Provocar o coletivo jurídico da Fenajufe para buscar uniformização das regras do banco de horas. - Acesso ao orçamento geral, para reivindicação de horas extras (percentual para cada unidade). - Exigir transparência dos tribunais, alterando resolução que vai de encontro à Lei 8112/90. - Acionar o Coletivo Jurídico da Fenajufe para entrar com pedido de providências para que o CNJ regulamente as horas extras em termos nacionais para os tribunais as cumpram. - Lutar contra a PEC 59 da carreira única (estadual + federal). - Buscar um Estudo mais aprofundado nas bases sobre a PEC 31 altera composição das Cortes Regionais Eleitorais (+ juízes federais, + equilíbrio). - Provocar MPT e TCU terceirização da biometria e observar carga horária do servidor.