EPIDEMIOLOGIA DA EHRLICHIA SP. E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL ZOONÓTICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA. BÁRBARA MARIA PARANÁ DA SILVA SOUZA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EPIDEMIOLOGIA DA EHRLICHIA SP. E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL ZOONÓTICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA. BÁRBARA MARIA PARANÁ DA SILVA SOUZA"

Transcrição

1 Universidade Federal da Bahia Escola de Medicina Veterinária Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos EPIDEMIOLOGIA DA EHRLICHIA SP. E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL ZOONÓTICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA. BÁRBARA MARIA PARANÁ DA SILVA SOUZA Salvador-Bahia 2008

2 BÁRBARA MARIA PARANÁ DA SILVA SOUZA EPIDEMIOLOGIA DA EHRLICHIA SP. E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL ZOONÓTICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA. Dissertação apresentada à Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, como requisito para obtenção do título de mestre em Ciência Animal nos Trópicos, na área de Saúde Animal. Orientador: Prof. Dr. Carlos Roberto Franke Co-orientador: Prof. Dr. Luís Fernando Pita Gondim Salvador-Bahia 2008

3 SOUZA, Bárbara Maria Paraná da Silva Salvador, Junho de 2008, 56 págs. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, Professor orientador: Prof. Dr. Carlos Roberto Franke Palavras-chave: 1.Ehrlichia canis 2. Ehrlichia chaffeensis 3. Ehrlichia ewingii 4.Epidemiologia 5. Imunofluorescência Indireta

4 EPIDEMIOLOGIA DA EHRLICHIA SP. E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL ZOONÓTICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA. BÁRBARA MARIA PARANÁ DA SILVA SOUZA Dissertação defendida e aprovada para obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal nos Trópicos. Salvador, 30 de junho de Comissão Examinadora: Prof. Dr Carlos Roberto Franke Escola de Medicina Veterinária/UFBA Orientador Prof. Dr. Cláudio Roberto Madruga Pesquisador Visitante/UFBA Profª. Drª. Arianne Pontes Oriá Faculdade de Medicina Veterinária/UNIME

5 Dedico este trabalho a minha família, em especial a minha filha Carol.

6 AGRADECIMENTOS A Deus, que me acompanhou e iluminou o meu caminho durante mais esta jornada; À minha mãe e a Jorge por possibilitar de todas as formas a realização da pessoa que eu sou hoje; À minha mãe, filha e noivo, pela paciência, amor e incentivo demonstrados principalmente nos momentos mais difíceis desta dissertação; Ao Prof. Dr. Carlos Roberto Franke, pela amizade, orientação e confiança a mim depositada; Ao Prof. Dr. Luís Fernando Pita Gondim e M. Sc. Rosângela Uzêda na realização do cultivo e a imunofluorescência ocorresse; A amiga Danielle Leal e pelo incentivo e ajuda em diversas etapas da realização desta dissertação; Aos amigos pelo auxílio durante a execução desta dissertação: Íris Meneses, Lídia Oliveira, Diana Bittencourt, Débora Barboza, Cyro Gomes Neto e Fred Julião pela enorme contribuição em todo desenvolvimento deste trabalho; Ao M. Sc. Adriano Alcântara pela colaboração na execução da PCR; À Fundação de Amparo a Pesquisa do estado da Bahia (FAPESB), pela bolsa de mestrado a mim concedida; Ao Prof. Dr. Marcelo Labruna pelo fornecimento da linhagem celular e cepa de E. canis essenciais para o desenvolvimento do projeto; A Fundação Alexander von Humboldt pela doação dos equipamentos de biologia molecular ao Prof. Dr Carlos Roberto Franke (III-ERSX-BRA/ ), tornando possível a execução da PCR deste trabalho; Aos membros do Centro de Controle de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador, em especial: ao gerente desta Instituição, Marcelo Medrado; a Lucrécia Maria Lopes da Rocha e Isabel Cristina Santos Guimarães, pelo fornecimento de dados epidemiológicos e ajuda inestimável para viabilidade do trabalho de campo; Aos colegas de mestrado, aos amigos e a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a realização e conclusão desta dissertação.

7 A teoria ensina. Porém, a prática aferelhe o valor. Não basta saber. É imprescindível utilizar o que se conhece. (Joanna de Ângelis)

8 ÍNDICE LISTA DE TABELAS LISTA DE FIGURAS RESUMO SUMMARY Pág x xi xii xiii 1. INTRODUÇÃO GERAL REVISÃO DE LITERATURA Agente Etiológico Ciclo no hospedeiro Epidemiologia Distribuição Geográfica Vetor Vetor da E. canis Vetores da E. chaffeensis e E. ewingii Fatores de Risco Potencial Zoonótico Técnicas Diagnósticas Diagnóstico Parasitológico Diagnóstico Sorológico Diagnóstico Molecular ARTIGO CIENTÍFICO CONSIDERAÇÕES GERAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45

9 x LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Prevalência da Ehrlichia canis determinada por diferentes sistemas de amostragem, técnicas sorológicas e exames diretos de esfregaço sanguíneo e reação da polimerase em cadeia (PCR), em diversos estados brasileiros...pág. 13

10 xi LISTA DE FIGURAS REVISÃO DE LITERATURA FIGURA 1 - Árvore filogenética da Família Anaplasmataceae baseado na similaridade do 16S rrna...pág 05 FIGURA 2 - Histiócito maligno de cão, DH82, infectado com E. canis...pág 07 FIGURA 3 - Casos de erliquiose humana registrados nos Estados Unidos entre os anos de 1986 e pág 15 ARTIGO CIENTÍFICO FIGURA 1 - Mapa do município de Salvador, Bahia, com a localização dos 12 distritos sanitários (DS)...pág 28 FIGURA 2 - Distritos Sanitários de Itapuã e Cajazeiras, pertencentes ao município de Salvador, Bahia, destacando em cor escura os setores censitários investigados...pág 30 FIGURA 3 - Eletroforese em gel de agarose (1,5%) dos produtos amplificados do gene 16S rrna das amostras de dos cães selecionados...pág 35

11 xii SOUZA BMPS. Epidemiologia da Ehrlichia sp. e avaliação do seu potencial zoonótico no município de Salvador, Bahia. Salvador, Bahia, p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia, RESUMO Este estudo objetivou pesquisar a epidemiologia da erliquiose canina em dois distritos sanitários (DS) do município de Salvador, Bahia, com especial atenção na identificação da espécie de Ehrlichia envolvida nas infecções caninas e vetoriais detectadas. Para isso foram coletas amostras de 472 cães domiciliados distritos sanitários de Cajazeiras e Itapuã. Pela imunofluorescência indireta (título 1:80) a prevalência de erliquiose em cães foi de 35,6% (168/472), sendo de 41,4% (84/203) no DS de Cajazeiras e de 31,2% (84/269) em Itapuã. Os animais soropositivos foram analisados pela nested-pcr para identificação da espécie de Ehrlichia responsável pela infecção. Destes, 58 (34,5%) cães foram PCR positivo para E. canis. Foram coletados e classificados os carrapatos em 35 cães. Todos pertenciam à espécie Rhipicephalus sanguineus e apresentavam diferentes estágios do ciclo de vida. A nested-pcr dos carrapatos resultou em 20% (7/35) de infecção por E. canis. A nested-pcr em cães e carrapatos para E. chaffeensis e E. ewingii foi negativa, não havendo amplificação de fragmento de DNA. Os resultados demonstram elevada prevalência da erliquiose canina nas áreas pesquisadas e apontam a E. canis, como seu agente etiológico e o R. sanguineus seu principal vetor e reservatório. Palavras-Chave: E. canis, E. chaffeensis, E. ewingii, Imunofluorescência Indireta, PCR, epidemiologia.

12 xiii SOUZA BMPS. Salvador, Bahia, Epidemiology of Ehrlichia sp. and evaluation of its potential zoonotic in the city of Salvador, Bahia. 56 p. Dissertation (Master of Science in Animal Science on Tropics) School of Veterinary Medicine, Federal University of Bahia, Bahia, SUMMARY This study aimed to find the epidemiology of canine ehrlichiosis in two health districts (DS) of the city of Salvador, Bahia, with special attention on identifying the species of Ehrlichia involved in canine infections and the vectors detected. For this reason samples were collected from 472 dogs house in the health districts of Cajazeiras and Itapuã. For the indirect immunofluorescence (IFI) (titer 1:80) the prevalence of erliquiose in dogs was 35.6% (168/472), being 41.4% (84/203) in the DS of Cajazeiras and 31.2% (84/269) in Itapuã. The animals positive in the IFI were tested by-nested PCR to identify the species of Ehrlichia responsible for the infection. Of these, 58 (34.5%) dogs were PCR positive for E. canis. We collected and classified the ticks in 35 dogs. All belonged to the species Rhipicephalus sanguineus and had different life stages. The nested-pcr of ticks resulted in 20% (7 / 35) of infection by E. canis. The nested-pcr in dogs and ticks for E. ewingii and E. chaffeensis was negative, with no amplification of DNA fragment. The results show a high prevalence of canine ehrlichiosis in the areas surveyed and pointed to E. canis, as the causative agent and R. sanguineus is the insect main vector and reservoir. Keywords: E. canis, E. chaffeensis, E. ewingii, Immunofluorescence Indirect, PCR, epidemiology.

13 1 1. INTRODUÇÃO A erliquiose canina é provocada pelas bactérias Ehrlichia canis, Ehrlichia chaffeensis e Ehrlichia ewingii de localização intracelular obrigatória nas células mononucleares, pertencentes à família Anaplasmataceae. (VARELA, 2003; MOREIRA et al., 2004). Considerada uma das doenças infecciosas mais importantes para os cães, a enfermidade tem apresentado ocorrência significativa em vários países da América Latina (PEREZ et al., 1996; UNVER et al., 2001) e estados brasileiros (LEGATZKI, JORGE, 2002; AGUIAR et al., 2007b; CARLOS et al., 2007; LABRUNA et al., 2007). E. canis é o agente etiológico da erliquiose monocítica canina clássica, sendo a espécie que mais acomete os cães (RIKIHISA, 1991; VARELA, 2003) e única até o momento identificada no Brasil. O animal infectado por essa espécie de Ehrlichia apresenta-se, em geral, clinicamente apático, anoréxico e emaciado, e com alterações hematológicas como trombocitopenia e leucopenia. A recente caracterização de uma nova subespécie de Ehrlichia canis na Venezuela ressaltou o potencial zoonótico deste gênero, em vista da identificação de infecção persistente e assintomática em um paciente humano com envolvimento de um cão e carrapatos também infectados pelo mesmo microorganismo (PEREZ et al., 1996, 2006; UNVER et al., 2001). A E. chaffeensis, embora seja responsável pela erliquiose monocítica humana e tenha o cervídeo Odocoileus virginianus, como principal reservatório, infecta naturalmente cães domésticos, assim como coiotes e caprinos (SKOTARCSAK, 2003; WALKER et al., 2004). Essa espécie de Ehrlichia tem o Amblyomma americanum como principal vetor, embora haja relato de infecção, também, nas espécies Dermacentor variabilis e Rhipicephalus sanguineus (WALKER et al., 2004; NDIP et al., 2007; RIKIHISA, 1999; STANDAERT et al., 1995), expandindo potencialmente a distribuição geográfica da E. chaffeensis. No Brasil, a presença desta espécie é relatada em cães, por sorologia, no Estado de Minas Gerais (GALVÃO et al., 2002) e por reação de polimerase em cadeia (PCR) em cervídeo (Blastocerus dichotomus) capturado no Rio Paraná entre o sudoeste do Estado de São Paulo e leste de Mato Grosso do Sul (MACHADO et al., 2006).

14 2 A E. ewingii, agente etiológico da erliquiose granulocítica canina também é uma zoonose (BULLER et al., 1999; DUMLER et al., 2001; PADDOCK et al., 2001 SKOTARCSAK, 2003). Embora esteja restrita aos Estados Unidos, até a presente data, a sua identificação nos carrapatos Amblyomma americanum, Rhipicephalus sanguineus e o Dermacentor variabilis (MURPHY et al., 1998; BREITSCHWERDT et al., 1998a) torna possível também sua distribuição nas regiões onde estas espécies de ixodídeos são descritas. O diagnóstico da erliquiose canina é dado pela associação entre sinais clínicos, alterações hematológicas e visualização de mórulas em esfregaço sanguíneo. A sintomatologia associada é inespecífica (SAINZ, 1996) e o exame parasitológico é pouco sensível em virtude da baixa bacteremia, inclusive durante a fase aguda da infecção (IQBAL, RIKIHISA, 1994; HARRUS et al, 1998a). Técnicas sorológicas (Dot-ELISA e imunofluorescência indireta-ifi) são utilizadas no diagnóstico da erliquiose canina com alta sensibilidade e especificidade. A procedência do antígeno (em geral proveniente de culturas de células infectadas com Ehrlichia) influi na sensibilidade e especificidade. A IFI e o Immunocomb (Biogal, Israel) utilizam a cultura de Ehrlichia como antígeno, enquanto que o Snap 3DX (IDEXX Laboratories Inc., USA) utiliza duas proteínas específicas de E. canis (p30 e p30-1) (OHASHI et al., 1998; WANER et al., 2001). Recentemente, um teste ELISA utilizando como antígeno a proteína recombinante da E. canis (rmap2) foi desenvolvido e mostrou-se eficaz na detecção de anticorpos anti-e. canis (ALLEMAN et al., 2001). Embora as técnicas sorológicas sejam eficientes, a presença de anticorpos não indica uma infecção ativa, tornando necessária a confirmação do diagnóstico por outras técnicas. A PCR é o método de diagnóstico direto que tem evidenciado elevada sensibilidade e especificidade (IQBAL AND RIKIHISA, 1994; IQBAL et al., 1994). A principal vantagem do método é ser espécie-específico para as diferentes espécies de Ehrlichia o que nem sempre é possível com outras técnicas. A nested-pcr tem sido utilizada em muitos estudos por apresentar alta sensibilidade e especificidade. Os primers desenvolvidos para esta técnica baseiam-se na seqüência do gene 16S rrna que, apesar de ser comum a todas eubactérias, apresenta alta especificidade para a E. chaffeensis, E. ewingii e E. canis (ANDERSON et al., 1992; MCBRIDE et al., 1996; MURPHY et al., 1998; MATHEWS et al., 2000).

15 3 No Brasil apenas a E. canis é descrita e a ela são atribuídos os casos de erliquiose canina registrados no país. A homologia genética, baseada na seqüência do gene 16S rrna, de 97,7% (DUMLER et al., 2001) entre as E. canis, E. chaffeensis e E. ewingii permite formular a hipótese de que a erliquiose canina registrada em Salvador, Bahia além de ser causada pela E. canis pode contar com o envolvimento das espécies E. chaffeensis e E. ewingii sem ser percebido, em vista das reações cruzadas nos testes sorológicos utilizados no diagnóstico. No caso de ser constatada a ocorrência destas espécies na cidade de Salvador o significado desta doença passa a abranger a esfera da Saúde Pública por suas implicações zoonóticas. O objetivo deste estudo foi pesquisar a epidemiologia da erliquiose canina em dois distritos sanitários do município de Salvador, Bahia, com especial atenção na identificação da espécie de Ehrlichia envolvida nas infecções caninas e vetoriais detectadas.

16 4 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Agente Etiológico A Ehrlichia é uma bactéria cocóide, intracelular obrigatória, gram-negativa pequena ( µm) e pleomórfica (WANER, HARRUS, 2000). A bactéria se localiza nas células do sistema retículo endotelial do fígado, baço e linfonodos, sendo as células mononucleares o ponto inicial de sua multiplicação (HARRUS et al, 1998b; MUNHÓZ, BABO, 1998; ANDEREG, PASSOS, 1999). Em geral a espécie de Ehrlichia pode ser diferenciada pelo tipo de célula que infecta. A E. canis e E. chaffeensis infectam monócitos, provocando a erliquiose monocítica, enquanto que a E. ewingii invade neutrófilos produzindo a erliquiose granulocítica (VARELA, 2003). Dumler et al. (2001) reorganizaram a taxonomia da ordem Rickettsiales de acordo com as seqüências dos genes 16S rrna e gro ESL. Na Família Anaplasmataceae foram incluídas as Tribos Ehrlichieae e Wolbachieae e a estrutura da tribo da família Rickettsiaceae foi eliminada. Algumas espécies dos gêneros Ehrlichia, Anaplasma, Neorickettsia e Wolbachia foram remanejadas devido a afinidades genéticas inter-espécies (Figura 1). A E. canis ficou na ordem Rickettsiales, da família Anaplasmataceae do gênero Ehrlichia, assim como a E. ewiingi, E. chafeensis, E. muris e E. ruminatium. No gênero Ehrlichia todas as espécies apresentam uma similaridade de cerca de 97,7% na seqüência do gene 16S rrna. Entre a E. canis e E. chaffeensis e a E. ewingii a similaridade é maior que 98,0% (ANDERSON et al., 1992; DUMLER et al., 2001). A acentuada homologia genética das espécies do gênero Ehrlichia é a causa do repertório antigênico semelhante que compartilham contribuindo para a ocorrência de reações cruzadas nos testes sorológicos.

17 5 FIGURA 1. Árvore filogenética da Família Anaplasmataceae baseado na similaridade do 16S rrna. Fonte: A erliquiose canina foi descrita em 1935, por Donatien e Lestoquard no Instituto Pasteur da Argélia. Denominada previamente como Rickettsia canis, o parasito foi observado no interior de células mononucleadas circulantes de cães infestados por carrapatos (GREENE, HARVEY, 1984; RIKIHISA, 1991). Em 1945, Moshkovskii renomeou-a de Ehrlichia canis em homenagem ao bacteriologista alemão Paul Ehrlich, ganhador do prêmio Nobel de Medicina em Nas décadas de 1940 e 1950 foram relatadas infecções em cães por E. canis na África, Índia e Antilhas Holandesas. Na década de 1960 a erliquiose foi diagnosticada em Singapura, Vietiname, Estados Unidos e países europeus (EWING, 1969; KEEFE et al., 1982). Durante a guerra do Vietiname a erliquiose canina, conhecida na época como a pancitopenia tropical canina, foi responsável pela elevação da mortalidade entres cães de guerra americanos, os quais apresentavam principalmente emaciação e hemorragia (BAVARRO et al., 2005). No Brasil, a erliquiose canina foi diagnosticada pela primeira vez em Belo Horizonte por Costa et al. (1973), quando os autores observaram a inclusão citoplasmática típica de E. canis em linfócitos. A erliquiose granulocítica canina só foi descrita nos Estados Unidos em 1971, apesar da E. ewingii ser identificada como o agente etiológico desta enfermidade em 1992 (EWING et al.,

18 6 1971; ANDERSON et al. 1992). Em 1998 a erliquiose granulocítica foi descrita em seis cães, dois destes obtiveram confirmação de infecção por E. ewingii através da PCR e seqüenciamento do produto amplificado. A espécie pode ser antigenicamente semelhante à E. canis e produz uma infecção subclínica, todavia, a ocorrência de poliartrite em cães tem forte associação com esta enfermidade (BREITSCHWERDT et al., 1998a). Recentemente, esta bactéria foi descrita infectando também humanos nos Estados Unidos, dos quais quatro pacientes foram infectados com a E. ewingii, e três destes apresentavam no momento da infecção algum tipo de comprometimento imunológico (BULLER et al., 1999; PADDOCK et al., 2001). Em 1986, a erliquiose monocítica humana foi descrita pela primeira vez nos Estados Unidos. Mas, a Ehrlichia responsável por esta enfermidade, posteriormente nomeada como E. chaffeensis, só foi isolada em 1990 de um soldado de Fort Chaffee nos Estados Unidos (MAEDA et al., 1987). O paciente apresentava histórico de mordida de carrapato, dores musculares, febre, alterações hematológicas, renais e hepática, apresentando título elevado de anticorpos para E. canis (ANDERSON et al., 1991; DAWSON et al., 1991; BAVARRO et al., 2005). A E. chaffeensis só foi descrita em cães, com infecção natural, em 1996, nos Estados Unidos (DAWSON et al., 1996). Desde então o número de registro d e infecções por esta espécie em cães tem se elevado (BREITSCHWERDT et al., 1998a; MURPHY et al., 1998; SKOTARCSAK, 2003; WALKER et al., 2004) Ciclo no hospedeiro A proliferação da E. canis no hospedeiro inicia com a aderência à membrana plasmática da célula e invaginamento da mesma. As bactérias se localizam no interior do vacúolo e realizam replicação por divisão binária formando inclusões intracelulares chamadas de mórula (1-2µm) que é considerada a estrutura característica taxonômica de gênero, sendo, portanto comum a todas as espécies de Ehrlichia (HARRUS et al., 1997b; MUNHÓZ, BABO, 1998). Quando infectados, os monócitos alcançam um tamanho de três a quatro vezes sua dimensão. Cada monócito pode conter mais de 70 inclusões intra-citoplasmáticas com mais de 100 microorganismos por inclusão (RIKIHISA, 1991). As inclusões são liberadas na circulação

19 7 quando ocorre o rompimento do monócito ou por exocitose, quando há fusão deste com a membrana plasmática. Normalmente, a mórula é observada nos leucócitos na fase aguda da infecção, mas em pequeno número e por um curto período (GREENE, HARVEY, 1984; HARRUS et al., 1998a; ANDEREG, PASSOS, 1999; WANER, HARRUS, 2000). No cultivo in vitro dos leucócitos Nyindo et al. (1971) descreveram três etapas no desenvolvimento da E. canis em cultura de células mononucleares: corpos elementares; corpos iniciais e mórula. Em 48 horas de incubação os autores observaram a descoloração do citoplasma próximo ao núcleo e a presença de corpos elementares (0,2 a 0,6 µm) nessa região. Em seguida, os corpos elementares aumentam em número e formam os corpos iniciais. Esses são inclusões de organismos pleomórficos imaturos que variam de 0,5 a 2,0 µm e aparentam ser corpos elementares aderidos. Após o sétimo e o décimo segundo dia de incubação tornamse mórulas, inclusões de corpos maduros maiores que os corpos iniciais e de aparência oval (Figura 2). Figura 2. Histiócito maligno de cão, DH82, infectado com E. canis. As setas mostram mórulas de E. canis. Coloração Panótico 1000x Keisary et al. (1996), através da microscopia eletrônica de cultura de células de histiócito canino (DH82) (WELLMAN et al., 1988) infectadas com uma cepa israelense de E. canis, observaram duas formas diferentes de mórula. Uma delas composta por microorganismos de tamanhos variados, densamente compactados dentro do vacúolo, tornando difícil a identificação individual desses microorganismos. A outra forma consiste em um vacúolo que contém uma substância filamentosa que envolve os microorganismos pleomórficos. Essas

20 8 formas também foram descritas em cultura de E. chaffeensis em DH82, que Zhang et al., (2007) nomearam como células denso-coradas porque possuem um denso nucleóide (0,4-0,6 µm) e células reticulares (0,4-0,6 µm por 0,7-1,9 µm) com filamentos nucleóides e ribossomos dispersos uniformemente Epidemiologia A abrangência geográfica dos organismos que causam a erliquiose canina tem relação direta com os vetores ixodídeos, os quais são dependentes das populações de hospedeiros susceptíveis à infestação e das condições climáticas de temperatura e umidade. Ademais a expansão do trânsito dos animais possibilitou uma rápida difusão da Ehrlichia a regiões até então indenes, devido à introdução de animais portadores ou vetores infectados em áreas com outras espécies de hospedeiros e vetores (carrapatos) potenciais (SHAW et al., 2001; IRWIN, 2002; VARELA, 2003) Distribuição Geográfica A erliquiose canina tem distribuição mundial, embora apresente maior concentração nas regiões tropicais e subtropicais com alta morbidade (KEEFE et al., 1982; GREENE, HARVEY, 1984; SAINZ et al., 1995; BANETH et al., 1998; DAVOUST et al., 1999; WANER, HARRUS, 2000; UNVER et al., 2001; DAGNONE et al., 2003; VARELA, 2003; RODRIGUES-VIVAS et al., 2004; WATANABE et al., 2004). A E. canis é a única espécie do gênero com distribuição cosmopolita. Casos de infecção, em animais e humanos, por este agente já foram descritos em Israel, Venezuela, Brasil, Sudão, México, Itália, Peru, Estados Unidos e África (KEISARY et al. 1996; SAINZ et al., 1995; MURPHY et al., 1998; RODRIGUES-VIVAS et al., 2004; MACIEIRA, et al., 2005; INOKUMA et al., 2006; PEREZ et al., 2006; NDIP et al., 2007).

21 9 No Brasil, a única espécie descrita infectando os cães é a E. canis. Casos desta doença vêm sendo diagnosticados em vários estados brasileiros, a exemplo do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Bahia (MUNHÓZ BABO, 1998; GALVÃO et al., 2002; DAGNONE et al., 2003; TAKAHIRA et al., 2003; BULLA et al., 2004; MOREIRA et al., 2004; MACIEIRA, et al., 2005; AGUIAR et al., 2007b; CARLOS et al., 2007; DINIZ et al., 2007). A E. ewingii e a E. chaffeensis estão concentradas nos Estados Unidos (MURPHY et al., 1998; McQUISTON et al., 1999; GOODMAN et al., 2003; LIDDELL et al., 2003; NDIP et al., 2005), apesar da presença de DNA destas duas espécies em cães e carrapatos de Cameroon na África e de E. chaffeensis em cervos (Blastocerus dichotomus) no Brasil (NDIP et al., 2007; MACHADO et al., 2006). Nos Estados Unidos uma grande parte dos casos de infecção por E. chaffeensis em humanos são registrados no sudeste do país, área de distribuição do vetor carrapato Amblyomma americanum (McQUISTON et al., 1999) Vetor Carrapatos da família Ixodidae são responsáveis pela transmissão da erliquiose canina e possuem como característica um revestimento quitinoso ou escudo que se estende sobre toda a superfície dorsal do macho, mas encobre apenas uma pequena área atrás da cabeça na larva, na ninfa e na fêmea adulta (ONOFRIO et al., 2006; SERRA-FREIRE & MELLO, 2000). O ciclo de vida dos ixodídeos inclui as fases de larva hexápoda, ninfa octópoda e adulta, também com quatro pares de patas. Os carrapatos apresentam um curto período no hospedeiro e, pelo menos em um estádio do ciclo, atuam como ectoparasitos obrigatórios. Os gêneros de carrapatos que atuam como vetores das espécies de Ehrlichia que infectam o cão são: Ixodes, Dermacentor, Amblyomma e Rhipicephalus. Destes, apenas o Rhipicephalus e o Amblyomma ocorrem no Brasil (URQUHART et al., 1990; LABRUNA et al., 2001; ONOFRIO et al., 2006; SERRA-FREIRE & MELLO, 2006). No carrapato, a Ehrlichia é disseminada pela hemolinfa, por meio dos hemócitos, até as células do intestino e da glândula salivar. Durante o repasto sanguíneo do carrapato as

22 10 bactérias, juntamente com as secreções da glândula salivar são injetadas no hospedeiro. A transmissão ao vetor ocorre, principalmente, na fase aguda da infecção no hospedeiro, devido a uma bacteremia mais intensa (GROVES et al., 1975; LEWIS et al, 1977; GREENE, HARVEY, 1984; HARRUS et al., 1998a; WANER, HARRUS, 2000) Vetor da E. canis O principal vetor da E. canis é o Rhipicephalus sanguineus. Esse carrapato também conhecido como carrapato vermelho do cão, apresenta distribuição mundial. Adaptado ao ambiente urbano este carrapato geralmente é encontrado em cerca de 30% dos cães. Isso se deve ao seu hábito nidícola, vivendo entocado nas frestas dos abrigos dos cães hospedeiros. Por isso, na área rural, a infestação ocorre apenas em cães confinados, enquanto que naqueles criados livre as infestações são inexistentes ou insignificantes devido à ausência do vetor em ambiente silvestre (GROVES et al., 1975; LEWIS et al, 1977; MURPHY et al., 1998; LABRUNA, PEREIRA, 2001; DANTAS-TORRES, 2008). Acredita-se que essa espécie de carrapato é originária do continente africano e que sua introdução no continente americano tenha ocorrido associada ao cão doméstico. Este é tido como o principal hospedeiro e responsável pela manutenção das populações desse carrapato no ambiente. Formas imaturas do vetor podem parasitar roedores e outros pequenos mamíferos e, na forma adulta, se alimenta em animais de grande porte, como carnívoros silvestres, ungulados e humanos (ESTRADA-PEÑA, JONGEJAN, 1999; LABRUNA, PEREIRA, 2001; DANTAS-TORRES, 2008). O R. sanguineus é um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. A transmissão da Ehrlichia ocorre por via transestadial, enquanto que a via transovariana não esta comprovada. Os estágios de larva, ninfa e adulto, são capazes de transmitir a E. canis ao hospedeiro, e essa capacidade de transmissão pode prolongar-se até 155 dias pós-infecção do carrapato. Esse fenômeno permite que os vetores transmitam as bactérias aos cães durante um longo período e o fato do ciclo de vida incluir três hospedeiros torna a capacidade de disseminação do agente etiológico mais

23 11 acentuado (GROVES et al., 1975; LEWIS et al., 1977; GREENE, HARVEY, 1984; HARRUS et al., 1997b). Johnson et al. (1998) demonstraram por meio de infecção experimental que o Dermacentor variabilis pode transmitir E. canis. Este vetor ocorre em diversos países da Europa e América do Norte, todavia não foi registrado no Brasil (WANER, HARRUS, 2000; LABRUNA, PEREIRA, 2001; VARELA, 2003; ONOFRIO et al., 2006) Vetores das E. chaffeensis e E. ewingii O Amblyomma americanum, denominado carrapato da estrela solitária, apresenta distribuição restrita aos Estados Unidos e é o principal vetor da E. chaffeensis e E. ewingii. Diferente do R. sanguineus, o A. americanum caracteriza-se por hábito de tocaia, ou seja aguarda a passagem de um hospedeiro para que possa nele se fixar e iniciar sua alimentação. Além disso, os cães domésticos são hospedeiros acidentais, enquanto que os naturais são os mamíferos selvagens e as aves (LABRUNA, PEREIRA, 2001). O principal hospedeiro vertebrado da E. chaffeensis é o cervo, Odocoileus virginianus, que apresentam infecção persistente de até nove meses, além disso, é o hospedeiro preferencial dessa espécie de carrapato (VARELA-STOKES, 2007). A semelhança do R. sanguineus, a transmissão da E. chaffeensis pelo A. americanum é por via transestadial, sendo a via transovariana ainda não provada. É interessante observar que os estágios de ninfa e adulto do A. americanum são capazes de transmitir a E. chaffeensis para o cervo (O. virginianus) e incapazes de transmitir essa Ehrlichia para os cães (LONG et al., 2003). No Brasil, das 47 espécies de carrapato da família Ixodidae registradas, 70% pertencem ao gênero Amblyomma. O A. ovale e A. auerolatum já foram descritos infestando cães e carnívoros selvagens em áreas rurais do Estado do Paraná (LABRUNA et al., 2001). Entretanto, Labruna et al., (2007) não detectaram DNA de Ehrlichia em espécies de Amblyomma (A. cajennense, A. ovale e A. oblongoguttatum) provenientes do norte do Brasil,

24 12 o que sugere que essas espécies de Amblyomma não são comumente infectadas por espécies do gênero Ehrlichia (LABRUNA et al., 2001; LABRUNA, PEREIRA, 2001). Espécies do gênero Ixodes, I. scapularis, I. ricinus e o I. pacificus também podem transmitir E. chaffeensis e E. ewingii. Essas espécies de carrapato caracterizam-se por ter seu ciclo evolutivo em três hospedeiros com duração de cerca de três anos. Esses ixodídeos estão restritos a Europa, América do Norte, Austrália e a África do Sul (URQUHART et al., 1990; SERRA-FREIRE & MELLO, 2006). Outros estudos apontam o D. variabilis como possível vetor da E. ewingii e E. chaffeensis (MURPHY et al., 1998;). Similar ao R. sanguineus, este carrapato nas formas imaturas se alimenta de pequenos mamíferos e na forma adulta de grandes mamíferos, e nesta fase raramente parasitam pequenos roedores (SONESHINE, 1993 apud STEIERT, GILFOY, 2002). Em Missouri, Estado Unidos, a razão de infecção de E. chaffeensis e E. ewingii em D. variabilis foi de 6,7% (8/120) e de 3,3% (4/120) respectivamente (STEIERT, GILFOY, 2002). Nos Estados Unidos a importância na transmissão da E. ewingii pelo R. sanguineus é questionável. Não há dados que comprovem que esse carrapato seja transmissor da E. chaffeensis, embora tenha sido detectado DNA de Ehrlichia em espécimes deste vetor coletados de cães em Camarões, África (MURPHY et al., 1998; LABRUNA, PEREIRA, 2001; NDIP et al., 2007) Fatores de Risco A prevalência de anticorpos anti-e. canis em cães registrada em trabalhos realizados em diversos países é bastante distinta a exemplo cita-se 18% no Japão; 19% no Espanha; 21% no Turquia; 32% no África; 33% no Egito; 44,1% no México e 80,8% no Sudão (BOTROS et al., 1995; SAINZ et al., 1996; BATMAZ et al., 2001; RODRIGEUZ-VIVÁS et al., 2004; WATANABE et al., 2004; NDIP et al., 2005; INOKUMA et al., 2006). No Brasil, a prevalência de erliquiose canina difere entre os estados brasileiros, variando de 14% a 44,7% (MOREIRA et al, 2003; BULLA et al., 2004; DAGNONE et al., 2003; MACIEIRA et al,

25 ; COSTA JR. et al., 2006; TRAPP et al, 2006; CARLOS et al., 2007; AGUIAR et al., 2007b; ALBERNAZ et al., 2007; SANTOS et al., 2007). Essa variação pode ser atribuída a aspectos epidemiológicos tais como: a distribuição e sazonalidade vetorial; a ocorrência e os hábitos das espécies hospedeiras. Salienta-se que a sensibilidade e especificidade do método diagnóstico empregado em estudos epidemiológicos, bem como a técnica de amostragem das populações em estudo têm grande importância na determinação da prevalência encontrada (Tabela 1). Tabela 1. Prevalência da Ehrlichia canis determinada por diferentes sistemas de amostragem, técnicas sorológicas e exames diretos de esfregaço sanguíneo e reação da polimerase em cadeia (PCR), em diversos estados brasileiros. Estado Sorologia PCR Esfregaço Origem da amostra selecionada Referência sanguíneo Paraná 21,7% (28/129) - - Cães com trombocitopenia, anemia ou exposição carrapato. Dagnone et al., 2003 Paraná 22,8% (87/381) - - Hospital veterinário. Trapp et al., 2006 Bahia 36,0% (72/200) - - Hospital veterinário, clínicas particulares e visitas domiciliares. Carlos et al., 2007 Rondônia 31,2% (98/314) - - Visitas domiciliares (áreas rurais e urbanas). Aguiar et al., 2007 Rio de Janeiro - 32,1% (36/112) - Cães com trombocitopenia. Macieira et al., 2005 São Paulo - 30,9% (67/217) - Cães com e sem trombocitopenia. Bulla et al., 2004 Minas Gerais - 44,7% (101/ - Visitas domiciliares em áreas rurais. Costa Jr. et al., ) São Paulo - 38,9% (86/221) Rio de ,9% Janeiro (219/1576) Minas ,0% Gerais (31/194) - Com e sem trombocitopenia. Santos et al., 2007 Hospital veterinário. Cães suspeitos de hospital veterinário Albernaz et al., 2007 Moreira et al., 2003 A incidência de erliquiose canina é mais acentuada em áreas urbanas, provavelmente devido ao fato que a maioria dos cães urbanos são criados em espaços restritos, o que favorece o estabelecimento de populações de R. sanguineus (LABRUNA, PEREIRA 2001). A prevalência de erliquiose canina urbana (37,9%; 58/153) e rural (24,8%; 40/161) no município de Monte Negro, Roraima registradas por Aguiar et al (2007b) confirmam essas observações. Entretanto, as condições ambientais, a baixa freqüência de tratamento com

26 14 acaricidas e o hábito domiciliar podem proporcionar elevada exposição dos cães aos vetores o que favorece prevalências mais elevadas em cães de área rural (44,7%; 101/ 226) conforme registrado por COSTA Jr. et al., Ainda que muitos autores considerem que a idade e o sexo não são fatores predisponentes à erliquiose canina, existem diferenças significativas de incidência de E. canis entre faixas etárias e sexo dos cães. Exemplo disso foi à determinação de maior risco de infecção em cães acima de dois anos de idade (HARRUS et al., 1997a; WATANABE et al., 2004; RODRIGEUS-VIVAS et al. 2004) e a constatação que cães machos tinham risco 2,8 vezes maior de adquirir a doença comparativamente às fêmeas (COSTA Jr. et al., 2006; GAL et al., 2008). O curso da erliquiose canina parece diferir entre raças. Como exemplo a raça Pastor Alemão parece ser mais propensa a forma severa da doença. A resposta clínica do Pastor Alemão à infecção por E. canis resulta em um estado severo ou moderado, ao passo que a raça Beagle, geralmente, apresenta um curso moderado e persistente da doença. Diferença na susceptibilidade destas raças pode ser atribuída à variação na habilidade de produzir resposta imune celular. O Pastor Alemão apresenta uma resposta imune celular de menor intensidade do que os Beagles, sendo que a resposta imune humoral não apresenta diferença (NYINDO et al., 1980; HARRUS et al., 1997a) Costa Jr. et al. (2006) em estudo avaliando alguns possíveis fatores de risco e a soropositividade para erliquiose observaram que, em áreas rurais no Brasil, cães sem raça definida apresentavam associação significativa em comparação com animais de raça Potencial Zoonótico Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a erliquiose é uma zoonose, sendo a E. chaffeensis e a E. ewingii as espécies tradicionalmente envolvidas na casuística humana. Recentemente, a E. canis foi incriminada por causar infecções em pacientes que apresentavam estado febril, na Venezuela (PEREZ et al., 1996). A erliquiose monocítica humana tem a E. chaffeensis como agente etiológico e causa grande morbidade e mortalidade no sudeste e centro sul dos Estados Unidos (PADDOCK et al., 2001; SCHUTZE et al., 2007; THOMAS et

27 15 al., 2007; CDC, 2008). A E. ewingii é a espécie responsável pela erliquiose granulocítica humana, doença similar a anaplasmose granulocítica humana causada pelo Anaplasma phagocytophilum. (BULLER et al., 1999; PADDOCK et al., 2001; GOODMAN et al., 2003; LIDDELL et al., 2003). De 1986 a 1997 os serviços de saúde e outros laboratórios de diagnóstico dos Estados Unidos relataram ao Centro de Controle de Doenças (CDC) mais de 1200 casos de erliquiose humana, entre erliquiose monocítica e granulocítica, com predominância da primeira (Figura 3) (CDC, 2008). Figura 3. Casos de erliquiose humana registrados nos Estados Unidos no período de 1986 a Fonte: A doença é comumente observada em adultos (> 40 anos), com uma leve predominância do sexo masculino e histórico de exposição ao carrapato. A sazonalidade é outra característica da erliquiose, sendo que 80% dos casos ocorreram entre abril e setembro nos Estados Unidos, período de maior atividade do vetor, A. americanum (STANDAERT et al., 2000; SCHUTZE et al., 2007; THOMAS et al., 2007; CDC, 2008). A erliquiose monocítica humana pode apresentar a forma sintomática ou assintomática. A forma sintomática tende a ser inespecífica, confundindo-se com diversas outras doenças infecciosas. Geralmente o curso da erliquiose varia do brando ao moderado, porém em situações em que o tratamento não é realizado imediatamente, casos fatais ou que necessitem de hospitalização podem ocorrer. As infecções por E. ewingii estão associadas a pacientes

28 16 imunocomprometidos, a exemplo de transplantados e HIV positivos (PADDOCK et al., 1997; THOMAS et al., 2007). Estudos têm demonstrado uma infecção mais branda em pacientes infectados com a E.ewingii comparativamente a pacientes infectados com E. chaffeensis (PADDOCK et al., 2001). Os sintomas, em geral, incluem febre, dor de cabeça, mal-estar, dores musculares, náuseas, vômitos, confusão e, ocasionalmente, erupção cutânea. Dentre as alterações hematológicas pode ser observado trombocitopenia, elevação das enzimas hepáticas (alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase), hipoalbuminemia, linfopenia, leucopenia e hiponatremia (ROHRBACH et al., 1990; PADDOCK et al., 1997; SCHUTZE et al., 2007; THOMAS et al., 2007). A infecção em humanos por E. canis teve sua primeira descrição na Venezuela em 1996, por Perez et al, e caracterizava-se por ser assintomática, sendo então denominada de erliquiose humana da Venezuela. Em outro estudo desenvolvido neste mesmo país por Unver et al (2001) foi possível associar a mesma cepa de E. canis infectando o homem, o cão e o carrapato, sugerindo que os cães infectados cronicamente servem como fonte de infecção para esta espécie em humanos e com o R. sanguineus atuando como vetor. A erliquiose humana da Venezuela pode apresentar forma sintomática ou assintomática e é observada em jovens com idade variando de 16 a 38 anos, diferente do observado na infecção por E. chaffeensis nos Estados Unidos. Dentre os pacientes acometidos pela E. canis todos tiveram contato com cães, apoiando a idéia do potencial zoonótico (PEREZ et al., 2006). Esses autores afirmaram, ainda, que pacientes com episódios febris sem etiologia conhecida são observados frequentemente nas regiões tropicais, e isto justifica a inclusão da erliquiose canina, por E. canis, no diagnóstico diferencial. No Brasil, não há registro de infecção por E. canis em humanos, apesar da alta prevalência da doença em cães e de relatos sobre infestação de humanos por R. sanguineus (DANTAS- TORRES et al., 2006; LOULY et al., 2006). Estudos sorológicos têm sugerido a ocorrência da infecção por E. chaffeensis em indivíduos sadios, bem como em casos de HIV positivo (CALIC et al., 2004; COSTA, 2005; COSTA, BRIGATTE, GRECCO, 2005; COSTA et al., 2006). Em uma comunidade rural de Minas Gerais foi registrada uma prevalência de erliquiose humana por E. chaffeensis de 10,5%. Enquanto, que numa localidade na Região

29 17 Amazônica não foi detectada a presença de Ehrlichia pela técnica de PCR em pacientes febris com histórico de exposição a carrapatos (LABRUNA et al., 2007). 2.4 Técnicas Diagnósticas O diagnóstico de erliquiose canina pode ser clínico, hematológico, parasitológico, sorológico e pelo emprego da biologia molecular por meio do teste da reação da polimerase em cadeia (PCR). Usualmente são efetuados apenas os diagnósticos clínico e hematológico, apesar de serem apenas presuntivos, em vista dos sintomas serem inespecíficos e as alterações hematológicas serem compatíveis com outras etiologias. No entanto estas são as técnicas menos onerosas e mais accessíveis (O DWYER et al., 2001). Cães infectados com a Ehrlichia apresentam alterações hematológicas como leucopenia, anemia, trombocitopenia, além da inversão da relação albumina e gamaglobulina. Apesar das diversas descrições demonstrando a forte associação da trombocitopenia com cães infectados por E. canis, este fator não pode ser considerado como único critério diagnóstico, uma vez que infecções com outros hemoparasitos também provocam essa alteração. Além disso, a trombocitopenia pode ser imuno-mediada, decorrente de processos neoplásicos, de doenças inflamatórias ou resultante de infecção com outra etiologia. Contudo, a trombocitopenia no quadro clínico de cães de áreas endêmicas para erliquiose deve ser considerada como diagnóstico presuntivo dessa enfermidade (GRINDEM et al., 2002; BULLA et al., 2004; MACIEIRA et al., 2005) Diagnóstico Parasitológico Esfregaço de sangue periférico, corado pela técnica de Wright ou de Giemsa, objetivando a identificação de mórula de E. canis em células mononucleares é uma opção viável de diagnóstico. Inclusões citoplasmáticas de E. canis (corpos elementares, corpos iniciais e mórulas) coram-se de roxo com o corante de Wright e de azul com o corante de Giemsa. A E. canis está localizada principalmente no citoplasma dos monócitos, mas podem estar também

30 18 em neutrófilos ou linfócitos, dependendo da cepa envolvida. A identificação de mórulas nos esfregaços sanguíneos é difícil devido à baixa bacteremia que raramente ultrapassa 1% de células infectadas (IQBAL, RIKIHISA, 1994; HARRUS et al., 1998a). Os exames microscópicos de amostras de baço, sangue e medula óssea mostram baixa sensibilidade na fase subclínica da erliquiose canina, devido ao pequeno número de células infectadas encontrados nesta fase (HARRUS et al., 1998a, 2004). Contudo, a utilização da papa de leucócitos possibilita uma maior concentração de leucócitos, aumentando a chance de encontrar células infectadas, especialmente nos casos de cães com leucopenia (HARRUS et al, 1998a; WANER, HARRUS, 2000; MYLONAKIS et al., 2003; BULLA et al., 2004). O isolamento de E. canis de células mononucleares do sangue e de outros tecidos em cultura apresenta maior sensibilidade no diagnóstico da erliquiose canina. Geralmente, o isolamento e cultivo da E. canis e E. chaffeensis são realizados em cultura de célula DH82, linhagem celular de histiócito maligno de cão (WELLMAN et al., 1988; RIKIHISA, 1991; TORRES et al., 2002; IQBAL, RIKIHISA, 2004; AGUIAR et al., 2007a). O isolamento da E. ewingii em cultura celular, ainda não foi obtido por tratar-se de uma técnica dispendiosa, demorada (14 a 34 dias) e que exige estrutura adequada para o cultivo celular. A variação do tempo requerido para o isolamento da Ehrlichia sp do sangue de cão infectado tem relação inversa com o nível de infecção. Entretanto, esse é o teste de escolha para o diagnóstico em casos extremamente importantes para avaliar a eficiência de quimioterápicos, devido à sua alta sensibilidade (IQBAL, RIKIHISA, 1994; IQBAL et al., 1994; BREITSCHWERDT et al., 1998b; STANDAERT et al., 2000). Entretanto deve ser considerado que a E. canis multiplica-se lentamente, infectando poucas células sanguíneas após a fase de maior bacteremia, influenciando a eficiência do isolamento em cultura e produzindo alguns resultados falsonegativos (IQBAL, RIKIHISA, 1994) Diagnóstico Sorológico A técnica da imunofluorescência indireta (IFI) tem sido empregada desde 1972 (RISTIC et al., 1972) e permanece sendo a técnica de referência no diagnóstico da erliquiose canina (TORRES et al., 2002). A IFI consiste basicamente na reação do antígeno (E. canis) fixado

31 19 em lâmina de microscopia com anticorpos de soros de animais infectados. A detecção da reação é com conjugado marcado com isotiocianato de fluoresceína visualizada num microscópio com filtros de 540 nm para detecção de fluorescência. Na IFI, a soropositividade começa entre 7 a 21 dias após a infecção e chega a níveis máximos após 80 dias e persiste, a menos que se efetue o tratamento (HARRUS et al., 1998c). Os antígenos utilizados geralmente são procedentes de cultivo de células infectadas com E. canis (IQBAL, RIKIHISA, 1994; TORRES et al., 2002). De acordo com a padronização da técnica, a presença de títulos de anticorpos anti-e. canis em diluição superior a 1:40 é considerada como indicador de exposição do hospedeiro ao agente (RIKIHISA, 1991; HARRUS et al., 2002; AGUIAR et al., 2007a). Um aspecto negativo da IFI para erliquiose é a possibilidade de ocorrer reações cruzadas, especialmente entre E. canis, E. chaffeensis e E. ewingii (ANDERSON et al., 1991; RIKIHISA, 1991; DUMLER et al., 1995; WANER et al., 1997; BREITSCHWERDT et al., 1998a; DUMLER et al., 2001; SUKSAWAT et al., 2001; PADDOCK, CHILDS, 2003; FISHMAN et al., 2004) Sendo que o título de IgG mostra-se, comparativamente, mais elevado quando a espécie de Ehrlichia que infectou o paciente é a mesma utilizada como antígeno no IFI. Por isso, a IFI apresenta especificidade baixa, embora possua boa sensibilidade (RISTIC et al., 1972; RIKIHISA, 1991; WANER, HARRUS, 2000; HARRUS et al., 2002). Essa baixa especificidade torna-se ainda mais crítica com soros de títulos baixos (< 1:160), como foi observado por O Connor et al., (2006). O Dot-ELISA (Dot Blot) é uma técnica sorológica sensível e específica para detecção de anticorpos no soro e não requer estrutura laboratorial sofisticada. Assemelha-se ao ELISA indireto, diferindo somente pela adsorção do antígeno a uma membrana de nitrocelulose. A leitura do resultado é visual e a interpretação é simples e o resultado da reação permanece registrado na membrana de nitrocelulose, permitindo uma conferência posterior dos dados (WANER et al., 2001; HARRUS et al., 2002). O Immunocomb (Biogal, Israel) que utiliza como fonte de antígeno Ehrlichia proveniente de cultivo in vitro e o Snap 3DX (IDEXX Laboratories Inc., USA) que utiliza duas proteínas específicas de E. canis (p30 e p30-1) (OHASHI et al., 1998; WANER et al., 2001) são testes Dot-ELISA, amplamente utilizados no diagnóstico de erliquiose canina. Um teste ELISA com proteína recombinante da E. canis (rmap2) como antígeno mostrou elevada

32 20 sensibilidade e especificidade na detecção de anticorpos anti-e. canis (ALLEMAN et al., 2001). Os testes sorológicos disponíveis atualmente para o diagnóstico da erliquiose canina apresentam vantagens por dispor de resultados qualitativos e quantitativos, o que, por sua vez pode facilitar o diagnóstico. Testes como IFI e o ELISA apresentam a desvantagem de necessitarem de equipamentos para leitura dos resultados (microscópio de fluorescência e leitor de ELISA) ao contrário dos testes Dot-ELISAs nos quais os resultados são lidos visualmente, característica esta, que é apreciada pelos médicos veterinários que trabalham em clínicas e em hospitais veterinários. Qualitativamente o Immunocomb, Snap 3DX e o ELISA com rmap2 são úteis no diagnóstico da erliquiose canina. Contudo, quantitativamente estes testes apresentam resultados variáveis, quando o título do soro testado é menor que 1:320. Nesse caso é indicada a repetição do teste no período de 1-2 semanas. Na avaliação da sensibilidade do Immunocomb, Snap 3DX e o ELISA com rmap2 em soros de cães positivos para Erlichia sp pela IFI os resultados variaram de 71% a 86%. A sensibilidade desses testes passou a ser de 91% a 100% quando os soros avaliados tinham títulos superiores a 1:320 na IFI. As particularidades de cada teste influenciam sua sensibilidade e especificidade. Os antígenos purificados ou recombinantes utilizados no diagnóstico podem aumentar a especificidade e diminuir a sensibilidade em virtude do menor número de epítopos B imunodominantes, ao contrário dos antígenos brutos solúveis ou organismo inteiro, a exemplo da técnica de IFI, que aumentam a sensibilidade pela presença de antígenos inespecíficos que possibilitam reações cruzadas com vários epítopos (BÉLANGER et al., 2002; HARRUS et al., 2002; O CONNOR et al., 2006). O Western blot (WB) é outra técnica utilizada no diagnóstico de erliquiose canina cuja sensibilidade é semelhante à IFI. O princípio de detecção de antígenos é idêntico ao da técnica de Dot-ELISA. No WB, o antígeno solúvel é submetido à separação eletroforética em gel de poliacrilamida e transferido para uma membrana. A identificação das proteínas reconhecidas pelo soro imune é semelhante ao Dot-ELISA. Porém é uma técnica cara e demanda mais tempo (IQBAL et al., 1994; RIKIHISA et al., 1992).

33 21 Soros de cães infectados por E. canis, E. chaffeensis e E. ewingii reagem com proteínas que variam de KDa., sendo que soros de cães imunes à E. canis reagem fortemente com epítopos B das proteínas imunodominantes de KDa. Essas proteínas são específicas de E. canis diferenciando-a da E. ewingii e algumas cepas de E. chaffeensis, o que evidência polimorfismo antigênico dessa última espécie de Ehrlichia (O CONNOR et al., 2006). Segundo Rikihisa, Ewing, Fox (1994) uma proteína com peso molecular aparente de 30 kda foi observada na eletroforese com antígenos de E. chaffeensis e E. canis. Ambas apresentaram forte reação com soros imunes homólogos, mas não heterólogos, portanto, apesar do mesmo peso molecular aparente, são antigenicamente distintas Diagnóstico Molecular A reação da polimerase em cadeia (PCR) é um método de amplificação de DNA in vitro. Essa técnica tem sensibilidade e especificidade consideravelmente superior às técnicas parasitológicas, e pode ser empregada no diagnóstico da erliquiose a partir de amostras de necropsia e material de biópsia. Esta técnica permite a identificação da espécie de Ehrlichia envolvida na infecção, o que nem sempre é possível em outras técnicas diagnósticas, contudo, apresenta custo mais elevado e requer técnicos especializados (IQBAL, RIKIHISA, 1994; IQBAL et al., 1994; WEN et al., 1997; BREITSCHWERDT et al., 1998a; HARRUS et al., 1998a; MURPHY et al., 1998; DAVOUST et al., 1999; HARRUS et al., 2004; BULLA et al., 2004; FENOLLAR, RAOULT, 2004). A nested-pcr é uma técnica mais sensível que a PCR tradicional, por incluir na sua execução uma etapa de re-amplificação do produto com outro par de primers (WEN et al., 1997). Em estudo comparativo entre a nested-pcr, WB, IFI e isolamento em cultura de célula, a despeito da boa sensibilidade do WB e do isolamento em cultivo celular, ficou demonstrado que estas técnicas têm a desvantagem de um custo elevado e de demandarem muito tempo de execução, ao passo que a PCR e a RIFI, além de apresentarem alta sensibilidade são técnicas mais rápidas (IQBAL et al., 1994; WEN et al., 1997). Há um vasto número de trabalhos utilizando a técnica da PCR empregando a seqüência do gene 16S rdna (gene altamente conservado) no diagnóstico de erliquiose canina (IQBAL,

COORDENAÇÃO ACADÊMICA NÚCLEO DE GESTÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA COORDENAÇÃO ACADÊMICA. Projeto de Pesquisa Registrado Informações Gerais

COORDENAÇÃO ACADÊMICA NÚCLEO DE GESTÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA COORDENAÇÃO ACADÊMICA. Projeto de Pesquisa Registrado Informações Gerais COORDENAÇÃO ACADÊMICA Projeto de Pesquisa Registrado Informações Gerais 1. Coordenador (a): ANA KARINA DA SILVA CAVALCANTE (KARINA@UFRB.EDU.BR) Vice- Coordenador (a): 2. Título do projeto: Ocorrência de

Leia mais

Erliquiose Monocítica Canina: Revisão sobre a doença e o diagnóstico

Erliquiose Monocítica Canina: Revisão sobre a doença e o diagnóstico UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS Erliquiose Monocítica Canina: Revisão sobre a doença e o diagnóstico Herika

Leia mais

Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica

Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica Dengue é uma doença endêmica que afeta mais de 100 países, incluindo as regiões de clima tropical e subtropical da África, Américas, Leste do Mediterrâneo,

Leia mais

Diagnóstico Microbiológico

Diagnóstico Microbiológico Diagnóstico Microbiológico Identificação e Tipagem Bacteriana Prof. Vânia Lúcia Diagnóstico clínico Sinais (mensuráveis) e sintomas (subjetivos) Origem Etiologia Natureza Diagnóstico laboratorial Identificação

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite de lyme Versão de 2016 1. O QUE É ARTRITE DE LYME 1.1 O que é? A artrite de Lyme é uma das doenças causadas pela bactéria Borrelia burgdorferi (borreliose

Leia mais

Portuguese Summary. Resumo

Portuguese Summary. Resumo Portuguese Summary Resumo 176 Resumo Cerca de 1 em 100 indivíduos não podem comer pão, macarrão ou biscoitos, pois eles têm uma condição chamada de doença celíaca (DC). DC é causada por uma das intolerâncias

Leia mais

deficiências gênicas em amostras de DNA, de seres humanos e/ou animais, o qual além

deficiências gênicas em amostras de DNA, de seres humanos e/ou animais, o qual além "PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DE DEFICIENCIAS GÊNICAS COM UTILIZAÇÃO DE FLUORESCÊNCIA, OU PROCESSO PCR MULTIPLEX FLUORESCENTE". Trata o presente relatório da descrição detalhada acompanhada

Leia mais

Leishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora

Leishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora Leishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora Em entrevista à Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Dr. Javier Moreno fala sobre a vacina contra leishmanioses (http://www.ideal.es/jaen/20140212/mas-actualidad/ciencia/europaimpulsa-vacuna-contra-201402121152.html)

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR 1

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR 1 1 FREQUÊNCIA DE HEMOPARASITOSES EM CÃES NA REGIÃO SUL FLUMINENSE RJ PEDRO HENRIQUE EVANGELISTA GUEDES 1, ANA PAULA MARTINEZ DE ABREU 2, THIAGO LUIZ PEREIRA MARQUES 2, PATRÍCIA DA COSTA 1 1 Alunos de curso

Leia mais

7.012 Conjunto de Problemas 5

7.012 Conjunto de Problemas 5 Nome Seção 7.012 Conjunto de Problemas 5 Pergunta 1 Enquanto estudava um problema de infertilidade, você tentou isolar um gene hipotético de coelho que seria responsável pela prolífica reprodução desses

Leia mais

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Unidade de Assistência, Unidade de Laboratório e Rede de Direitos Humanos

Leia mais

PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO

PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO 1 PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO O Brasil conta hoje, com 254.886 médicos em atividade profissional (CFM, 2003). O contingente de radiologistas é da ordem de 5388, o que

Leia mais

BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES DANOS RADIOINDUZIDOS NA MOLÉCULA DE DNA Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas da células, o DNA passa a ser a molécula chave

Leia mais

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 CAPÍTULO6 BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 Aspectos de gênero O Programa Bolsa Família privilegia como titulares as mulheres-mães (ou provedoras de cuidados), público que aflui às políticas de assistência

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

RELATÓRIO DA SITUAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA

RELATÓRIO DA SITUAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA DESTAQUES RELATÓRIO DA SITUAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA RELATÓRIO DA SITUAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 7 DE NOVEMBRO DE 204 Desde o início do surto, ocorreram 3 268 casos de Ébola em oito

Leia mais

VÍRUS (complementar o estudo com as páginas 211-213 do livro texto)

VÍRUS (complementar o estudo com as páginas 211-213 do livro texto) COLÉGIO E CURSO INTELECTUS APOSTILA NOME: MAT.: Biologia I PROFº: EDUARDO SÉRIE: TURMA: DATA: VÍRUS (complementar o estudo com as páginas 211-213 do livro texto) Os vírus são os únicos organismos acelulares,

Leia mais

GENÉTICA DE POPULAÇÕES:

GENÉTICA DE POPULAÇÕES: Genética Animal Fatores Evolutivos 1 GENÉTICA DE POPULAÇÕES: A genética de populações lida com populações naturais. Estas consistem em todos os indivíduos que, ao se reproduzir uns com os outros, compartilham

Leia mais

Pré-imunização e Tratamento de Tristeza Parasitária em Bovinos Leiteiros

Pré-imunização e Tratamento de Tristeza Parasitária em Bovinos Leiteiros Pré-imunização e Tratamento de Tristeza Parasitária em Bovinos Leiteiros Laboratório de Imunovirologia Molecular DBG UFV Prof. Sérgio Oliveira de Paula Tristeza Parasitária Bovina (TPB) Enfermidade hemoparasita

Leia mais

INFORME TÉCNICO SEMANAL: DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA E MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA

INFORME TÉCNICO SEMANAL: DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA E MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA 1. DENGUE Em 2015, até a 52ª semana epidemiológica (SE) foram notificados 79.095 casos, com incidência de 5.600,2/100.000 habitantes. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior observa-se um aumento

Leia mais

TÍTULO: ESTUDO RETROSPECTIVO DA OCORRÊNCIA DE EHRLICHIA CANIS DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DOS ANOS DE 2014 À 2015

TÍTULO: ESTUDO RETROSPECTIVO DA OCORRÊNCIA DE EHRLICHIA CANIS DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DOS ANOS DE 2014 À 2015 TÍTULO: ESTUDO RETROSPECTIVO DA OCORRÊNCIA DE EHRLICHIA CANIS DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DOS ANOS DE 2014 À 2015 CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA INSTITUIÇÃO:

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: EVOLUÇÃO CLÍNICA E PARASITOLÓGICA DE ANCILOSTOMOSE CANINA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS

Leia mais

PREVALÊNCIA DE Ehrlichia canis PELA TÉCNICA DE NESTED- PCR E CORRELAÇÃO COM A PRESENÇA DE MÓRULA E TROMBOCITOPENIA EM CÃES DE ALEGRE-ES

PREVALÊNCIA DE Ehrlichia canis PELA TÉCNICA DE NESTED- PCR E CORRELAÇÃO COM A PRESENÇA DE MÓRULA E TROMBOCITOPENIA EM CÃES DE ALEGRE-ES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS MARA RÚBIA ROCHA PEREIRA SALES PREVALÊNCIA DE Ehrlichia canis PELA TÉCNICA DE NESTED-

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA OCORRÊNCIA DE Ehrlichia canis EM CÃES SINTOMÁTICOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA E ANÁLISE DE VARIABILIDADE EM REGIÕES GENÔMICAS DE REPETIÇÃO MARIANA

Leia mais

QUESTÕES DE HEMATOLOGIA E SUAS RESPOSTAS

QUESTÕES DE HEMATOLOGIA E SUAS RESPOSTAS QUESTÕES DE HEMATOLOGIA E SUAS RESPOSTAS O QUE É VERDADEIRO E O QUE É FALSO? Questões 1 Anemia na deficiência de ferro a) Está geralmente associada com elevação do VCM. b) O HCM geralmente está diminuído.

Leia mais

OMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 10 de Outubro de 2014

OMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 10 de Outubro de 2014 OMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 10 de Outubro de 2014 Até ao final do dia 8 de Outubro, foi notificado um total de 8399 casos confirmados, prováveis e suspeitos da doença do vírus do

Leia mais

4 0 0 /2 2 0 A D A IS V E R O Ã IÇ D pelo E V L T H O L E P O Ã Ç C E F - IN E T N IE C A P O D L A U N A M

4 0 0 /2 2 0 A D A IS V E R O Ã IÇ D pelo E V L T H O L E P O Ã Ç C E F - IN E T N IE C A P O D L A U N A M MANUAL DO PACIENTE - INFECÇÃO PELO HTLV EDIÇÃO REVISADA 02/2004 pelo Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Infecção pelo HTLV. Sabemos que as

Leia mais

TÍTULO: ANÁLISE MOLECULAR E IMUNOLÓGICA DA OCORRÊNCIA DE EHRLICHIA CANIS NO MUNICÍPIO DE NUPORANGA

TÍTULO: ANÁLISE MOLECULAR E IMUNOLÓGICA DA OCORRÊNCIA DE EHRLICHIA CANIS NO MUNICÍPIO DE NUPORANGA TÍTULO: ANÁLISE MOLECULAR E IMUNOLÓGICA DA OCORRÊNCIA DE EHRLICHIA CANIS NO MUNICÍPIO DE NUPORANGA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE

Leia mais

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS - Folha 1 Barbeiro - Triatoma infestans O nome cientifico do inseto barbeiro é Triatoma infestans, mas no Brasil sao conhecidas mais de 30 especies que transmitem a doença de Chagas. O genero como o proprio

Leia mais

COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA

COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA AGENTE CAUSADOR: Plasmodium falciparum, P. vivax e P. malariae. protozoário esporozoário parasita da hemáceas.

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 2.104, DE 2011 (Apensados os Projetos de Lei nº 2.962/2011, 3.303/2012, 4.907/2012, 1.929/2015 e 2.330/2015) Altera o 1º do art. 1º da Lei nº 11.520,

Leia mais

ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE EMBRIÕES ZEBUÍNOS PRODUZIDOS A PARTIR DA TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO - FIV

ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE EMBRIÕES ZEBUÍNOS PRODUZIDOS A PARTIR DA TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO - FIV ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE EMBRIÕES ZEBUÍNOS PRODUZIDOS A PARTIR DA TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO - FIV Autor: Jorge Dias da Silva (SILVA, J. D.) E-mail: jorge@simaoedias.com Tel: 34 9202 1195 1 - INTRODUÇÃO

Leia mais

Saúde Integral na Produção de Bovinos de Corte

Saúde Integral na Produção de Bovinos de Corte Saúde Integral na Produção de Bovinos de Corte Prof. Adil Knackfuss Vaz PhD CEDIMA - Centro de Diagnóstico Microbiológico Animal Departamento de Medicina Veterinária CAV/UDESC - Av. Luiz de Camões 2090,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA (CLÍNICA E REPRODUÇÃO ANIMAL)

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA (CLÍNICA E REPRODUÇÃO ANIMAL) UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA (CLÍNICA E REPRODUÇÃO ANIMAL) RENATA DE SOUZA ROSA LIMA OCORRÊNCIA DE ANTÍGENOS DE Dirofilaria

Leia mais

LAUDO 015/2013 - SMS LAUDO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADES DE SAÚDE LAUDO PERICIAL DE INSALUBRIDADE E/OU PERICULOSIDADE N.º 015/2013 1

LAUDO 015/2013 - SMS LAUDO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADES DE SAÚDE LAUDO PERICIAL DE INSALUBRIDADE E/OU PERICULOSIDADE N.º 015/2013 1 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE - SMS GERÊNCIA DE SAÚDE DO SERVIDOR MUNICIPAL - GSSM EQUIPE DE PERÍCIA TÉCNICA - EPT LAUDO 015/2013 - SMS LAUDO FISIOTERAPEUTA EM UNIDADES

Leia mais

O QUE É AIDS?... 2 TESTAGEM... 3 PRINCIPAIS SINTOMAS DA AIDS... 4 SAIBA COMO SE PEGA AIDS... 5 Assim Pega... 5 Assim não pega... 5 Outras formas de

O QUE É AIDS?... 2 TESTAGEM... 3 PRINCIPAIS SINTOMAS DA AIDS... 4 SAIBA COMO SE PEGA AIDS... 5 Assim Pega... 5 Assim não pega... 5 Outras formas de O QUE É AIDS?... 2 TESTAGEM... 3 PRINCIPAIS SINTOMAS DA AIDS... 4 SAIBA COMO SE PEGA AIDS... 5 Assim Pega... 5 Assim não pega... 5 Outras formas de transmissão... 6 Acidentes ocupacionais com materiais

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR ESTÁGIO DE MATURAÇÃO DAS CATARATAS DE CÃES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL TANISE CARBONI DA SILVA 1, MAÍRA HAASE PACHECO 1, MELINA BARBBARA

Leia mais

PROVA DE BIOLOGIA. Observe o esquema, que representa o transporte de lipoproteína LDL para dentro da célula. Receptores de LDL.

PROVA DE BIOLOGIA. Observe o esquema, que representa o transporte de lipoproteína LDL para dentro da célula. Receptores de LDL. 11 PROVA DE BIOLOGIA Q U E S T Ã O 1 6 Observe o esquema, que representa o transporte de lipoproteína LDL para dentro da célula. Partícula de LDL (Lipoproteína de baixa densidade) Receptores de LDL Endossomo

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

FMEA (Failure Model and Effect Analysis)

FMEA (Failure Model and Effect Analysis) Definição FMEA (Failure Model and Effect Analysis) Conceitos Básicos A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha, conhecida como FMEA (do inglês Failure Mode and Effect Analysis), é uma ferramenta

Leia mais

INSTITUIÇÃO:UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

INSTITUIÇÃO:UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO TÍTULO:AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DA DENGUE NO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO ATRAVÉS DA CONFIRMAÇÃO SOROLÓGICA AUTORES: Cavalcanti, A. C.; Oliveira A. C. S. de; Pires, E. C. ; Lima, L.

Leia mais

NOTA TÉCNICA N o 014/2012

NOTA TÉCNICA N o 014/2012 NOTA TÉCNICA N o 014/2012 Brasília, 28 de agosto de 2012. ÁREA: Área Técnica em Saúde TÍTULO: Alerta sobre o vírus H1N1 REFERÊNCIA(S): Protocolo de Vigilância Epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1)

Leia mais

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 José Cechin Superintendente Executivo Carina Martins Francine Leite Nos últimos meses, vários relatórios publicados por diferentes instituições

Leia mais

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS HIV/AIDS

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS HIV/AIDS FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS HIV/AIDS Descrição Doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, em função de seu

Leia mais

Epidemiologia de Desastres. Organización n Panamericana de la Salud Organización n Mundial de la Salud

Epidemiologia de Desastres. Organización n Panamericana de la Salud Organización n Mundial de la Salud Epidemiologia de Desastres Organización n Panamericana de la Salud Organización n Mundial de la Salud Nestes momentos milhões de pessoas estão sendo afetados por desastres no mundo. EVENTOS ADVERSOS Fenômenos

Leia mais

Proposta de redação - O Ebola não pertence à África, mas a África pertence ao mundo

Proposta de redação - O Ebola não pertence à África, mas a África pertence ao mundo Proposta de redação - O Ebola não pertence à África, mas a África pertence ao mundo PRODUÇÃO DE TEXTO Ebola Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso

Leia mais

CAPÍTULO 12 BIOLOGIA SOCIAL DA DOENÇA FALCIFORME

CAPÍTULO 12 BIOLOGIA SOCIAL DA DOENÇA FALCIFORME CAPÍTULO 12 343 BIOLOGIA SOCIAL DA DOENÇA FALCIFORME INTRODUÇÃO A biologia social agrupa uma série de situações vivenciadas pelo falcêmico no âmbito social que inclui qualidade de vida e relacionamento.

Leia mais

Trabalho 7 Fila de prioridade usando heap para simulação de atendimento

Trabalho 7 Fila de prioridade usando heap para simulação de atendimento Trabalho 7 Fila de prioridade usando heap para simulação de atendimento Data: 21/10/2013 até meia-noite Dúvidas até: 09/10/2013 Faq disponível em: http://www2.icmc.usp.br/~mello/trabalho07.html A estrutura

Leia mais

Histologia e Genética

Histologia e Genética Histologia e Genética Sangue Tecido Conjuntivo Sanguíneo Sistema ABO Sistema RH Sistema MN Sangue Tecido Conjuntivo Sanguíneo O sangue é o sistema de transporte interno de todos os vertebrados e de vários

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ELABORAÇÃO DE PROJETOS Unidade II ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA Profa. Eliane Gomes Rocha Pesquisa em Serviço Social As metodologias qualitativas de pesquisa são utilizadas nas Ciências Sociais e também no Serviço Social,

Leia mais

DENGUE e DENGUE HEMORRÁGICO

DENGUE e DENGUE HEMORRÁGICO DENGUE e DENGUE HEMORRÁGICO Prof. Dr. Rivaldo Venâncio da Cunha Dourados, 08 de fevereiro de 2007 O que é o dengue? O dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus; Este vírus pode ser de quatro

Leia mais

DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA DENGUE

DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA DENGUE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA DENGUE O que é a Dengue? A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus chamado flavivirus,

Leia mais

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS Mirian Vieira Batista Dias Universidade Federal de São Carlos/Secretaria

Leia mais

Etapa complementar para o diagnóstico da infecção pelo HIV princípios metodológicos

Etapa complementar para o diagnóstico da infecção pelo HIV princípios metodológicos Aula 11 Etapa complementar para o diagnóstico da infecção pelo HIV princípios metodológicos As amostras com resultados reagentes, na etapa de triagem, devem ser submetidas à etapa complementar. Nessa etapa,

Leia mais

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI TÍTULO: PERFIL HEMATOLÓGICO E PARASITOLÓGICO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS COM SUSPEITA DE INFECÇÃO POR PARASITOS ( HEMOPARASITOS E ENDOPARASITOS) COM POTENCIAL ZOONÓTICO ATENDIDOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA FACULDADE

Leia mais

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune. MANUAL DO PACIENTE - ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Leia mais

Poluição atmosférica decorrente das emissões de material particulado na atividade de coprocessamento de resíduos industriais em fornos de cimento.

Poluição atmosférica decorrente das emissões de material particulado na atividade de coprocessamento de resíduos industriais em fornos de cimento. Poluição atmosférica decorrente das emissões de material particulado na atividade de coprocessamento de resíduos industriais em fornos de cimento. Benedito Costa Santos Neto

Leia mais

MEMÓRIA DA REUNIÃO 1. PAUTA

MEMÓRIA DA REUNIÃO 1. PAUTA Assunto: Reunião/Palestra saúde para orientar e esclarecer as dúvidas da população sobre as ações preventivas na área da saúde pública em virtude da construção da UHE Belo Monte. Redator: Lucimara Rios

Leia mais

UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE UNINORTE AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO

UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE UNINORTE AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE UNINORTE AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO RIO BRANCO Ano AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO Pré-Projeto de Pesquisa apresentado como exigência no processo de seleção

Leia mais

AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM ROSELINE CALISTO FEBRE DO NILO OCIDENTAL

AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM ROSELINE CALISTO FEBRE DO NILO OCIDENTAL AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM ROSELINE CALISTO FEBRE DO NILO OCIDENTAL Belo Jardim 2008 FEBRE DO NILO OCIDENTAL 1. DESCRIÇÃO Infecção viral que pode transcorrer de

Leia mais

Q-Acadêmico. Módulo CIEE - Estágio. Revisão 01

Q-Acadêmico. Módulo CIEE - Estágio. Revisão 01 Q-Acadêmico Módulo CIEE - Estágio Revisão 01 SUMÁRIO 1. VISÃO GERAL DO MÓDULO... 2 1.1 PRÉ-REQUISITOS... 2 2. ORDEM DE CADASTROS PARA UTILIZAÇÃO DO MÓDULO CIEE... 3 2.1 CADASTRANDO EMPRESAS... 3 2.1.1

Leia mais

SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DE INSPEÇÃO DE

SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DE INSPEÇÃO DE SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DE INSPEÇÃO DE TUBULAÇÃO Romildo Rudek Junior Petrobras S.A. UN-REPAR Tadeu dos Santos Bastos Petrobras S.A. UN-REVAP Rui Fernando Costacurta Petrobras S.A. UN-REPAR

Leia mais

TÍTULO: DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE VITAMINA C EM DIFERENTES SUCOS NATURAIS E INDUSTRIALIZADOS

TÍTULO: DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE VITAMINA C EM DIFERENTES SUCOS NATURAIS E INDUSTRIALIZADOS TÍTULO: DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE VITAMINA C EM DIFERENTES SUCOS NATURAIS E INDUSTRIALIZADOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SUBÁREA: QUÍMICA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Aula N : 15 Tema:

Leia mais

Manual do Carrapatograma

Manual do Carrapatograma Manual do Carrapatograma Amigo Produtor de Leite, Existem no mundo quase 900 espécies de carrapatos, só no Brasil existem mais de cinqüenta. Sendo que, o mais preocupante para a pecuária é o carrapato

Leia mais

Moradores denunciam demora no combate à dengue no ABC

Moradores denunciam demora no combate à dengue no ABC 1 de 5 Moradores denunciam demora no combate à dengue no ABC Maria Teresa Orlandi Apesar do risco iminente de uma epidemia de dengue chegar à região, as prefeituras têm demorado para detectar e extirpar

Leia mais

Doenças degenerativas lisossômicas

Doenças degenerativas lisossômicas Doenças degenerativas lisossômicas 2013 Catabolismo - é a quebra de moléculas. Anabolismo - é processo de formação dessas macromoléculas. -As doenças lisossômicas são incluídas no grupo das doenças degenerativas;

Leia mais

Primeira e Segunda Lei de Mendel, Polialelia, Sangue e Sexo

Primeira e Segunda Lei de Mendel, Polialelia, Sangue e Sexo Primeira e Segunda Lei de Mendel, Polialelia, Sangue e Sexo 1. Em uma espécie de planta, a forma dos frutos pode ser alongada, oval ou redonda. Foram realizados quatro tipos de cruzamento entre plantas

Leia mais

Dengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar.

Dengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar. Dengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar. O verão chega para agravar o pesadelo da dengue. As mortes pela doença aumentaram na estação passada e vem preocupando

Leia mais

Introdução. Capítulo. 1.1 Considerações Iniciais

Introdução. Capítulo. 1.1 Considerações Iniciais Capítulo 1 Introdução 1.1 Considerações Iniciais A face humana é uma imagem fascinante, serve de infinita inspiração a artistas há milhares de anos. Uma das primeiras e mais importantes habilidades humanas

Leia mais

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino Wérica Pricylla de Oliveira VALERIANO 1 Mestrado em Educação em Ciências e Matemática wericapricylla@gmail.com

Leia mais

Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS

Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS Versão 1.0 2015 I. Introdução Consistirá o estágio em um período de trabalho, realizado pelo aluno, sob o controle de uma autoridade docente, em um estabelecimento

Leia mais

Imunocromatografia e Dot-ELISA. Andréa Calado

Imunocromatografia e Dot-ELISA. Andréa Calado Imunocromatografia e Dot-ELISA Andréa Calado IMUNOCROMATOGRAFIA A imunocromatografia é uma técnica que começou a ser desenvolvida nos anos 60, sendo primeiro criada para o estudo das proteínas séricas;

Leia mais

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Orientação para pacientes com Hérnia Inguinal. O que é uma hérnia abdominal? Hérnia é a protrusão (saliência ou abaulamento) de uma víscera ou órgão através de

Leia mais

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451 O PLURAL DAS PALAVRAS TERMINADAS EM -ÃO: MUDANÇA OU VARIAÇÃO ESTÁVEL? Miriam Cristina Almeida Severino (UFRJ) cristinasmiriams@yahoo.com.br Christina Abreu Gomes (UFRJ) christina-gomes@uol.com.br 1. Introdução

Leia mais

BOLETIM TÉCNICO IMUNOCAN VACINA. Vacina para Tratamento e Prevenção da DERMATOFITOSE em Cães e Gatos. Importador:

BOLETIM TÉCNICO IMUNOCAN VACINA. Vacina para Tratamento e Prevenção da DERMATOFITOSE em Cães e Gatos. Importador: BOLETIM TÉCNICO IMUNOCAN VACINA Vacina para Tratamento e Prevenção da DERMATOFITOSE em Cães e Gatos Importador: 1 As Dermatofitoses são micoses superficiais nas quais a infecção fungica afeta as camadas

Leia mais

ENTREVISTA Questões para Adauto José Gonçalves de Araújo, FIOCRUZ, em 12/11/2009

ENTREVISTA Questões para Adauto José Gonçalves de Araújo, FIOCRUZ, em 12/11/2009 FGV CPDOC 29/10/2010 Disciplina: Pesquisas Qualitativas - Prof. Mariana Cavalcanti Aluna: Adriana Maria Ferreira Martins Matrícula 091401001 ENTREVISTA Questões para Adauto José Gonçalves de Araújo, FIOCRUZ,

Leia mais

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre ÍNDICE 1. O que é Leucemia Mieloide Crônica (LMC)?... pág 4 2. Quais são os sinais e sintomas?... pág 4 3. Como a LMC evolui?... pág 5 4. Quais são os tratamentos disponíveis para a LMC?... pág 5 5. Como

Leia mais

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* O idoso brasileiro no Mercado de Trabalho 30 1- Introdução A análise da participação do idoso nas atividades econômicas tem um caráter diferente das análises tradicionais

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI MANUAL DO PACIENTE - LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA EDIÇÃO REVISADA 02/2009 HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes

Leia mais

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO DESENVOLVENDO UM PROJETO 1. Pense em um tema de seu interesse ou um problema que você gostaria de resolver. 2. Obtenha um caderno

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

Resistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina

Resistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina Resistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina Resumo O propósito deste trabalho é testar a resistência de bactérias (Escherichia

Leia mais

Q U E S T Ã O 4 0 Q U E S T Ã O 4 1 PROVA DE BIOLOGIA II

Q U E S T Ã O 4 0 Q U E S T Ã O 4 1 PROVA DE BIOLOGIA II 23 PROVA DE BIOLOGIA II Q U E S T Ã O 4 0 Cientistas americanos conseguiram modificar geneticamente bichos-da-seda para fazê-los produzir teia de aranha, um material conhecido por sua resistência e elasticidade,

Leia mais

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo.

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo. Informação ao participante e consentimento informado para o parceiro VIH positivo Estudo PARTNER O estudo PARTNER é um estudo levado a cabo com casais em que: (i) um parceiro é VIH positivo e o outro é

Leia mais

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR Considerações sobre o diagnóstico de doenças transmitidas pelo sangue Ms. Paulo Germano de Carvalho O sangue é uma porta de entrada para

Leia mais

Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física?

Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física? Fisiologia Humana QUESTÕES INICIAIS 1 2 3 Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física? Qual a importância dos conhecimentos

Leia mais

Do neurônio biológico ao neurônio das redes neurais artificiais

Do neurônio biológico ao neurônio das redes neurais artificiais Do neurônio biológico ao neurônio das redes neurais artificiais O objetivo desta aula é procurar justificar o modelo de neurônio usado pelas redes neurais artificiais em termos das propriedades essenciais

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?

Leia mais

Programa de Controle da Dengue/SC

Programa de Controle da Dengue/SC Programa de Controle da Dengue/SC Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para municípios não infestados por Aedes aegypti, infestados por Aedes aegypti sem circulação viral e infestados

Leia mais

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida O que é seguro? 6 O que é Seguro-Saúde? 6 Como são os contratos de Seguro-Saúde? 7 Como ficaram as apólices antigas depois da Lei nº 9656/98? 8 Qual a diferença

Leia mais

Universidade de Brasília FACE - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Departamento de Economia Programa de Pós-Graduação

Universidade de Brasília FACE - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Departamento de Economia Programa de Pós-Graduação Regulamento do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Economia Aprovado pelo Colegiado de Pós-Graduação em 17/02/2009 Título I Disposições Gerais Art. 1º Art. 2º Art. 3º O Programa de Pós-Graduação

Leia mais

REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 RIO VERDE

REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 RIO VERDE ORDEM CASOS DE DENGUE DA REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 EM 2015 (Período: 10/08/2015 à 10/11/2015) MUNICÍPIO ABERTO SOROLOGIA EXAME NS1 ISOLAMENTO VIRAL CLASSIFICAÇÃO EVOLUÇÃO REALIZADO NÃO REALIZADO NÃO

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO ANEXO I. PROJETO DE CURTA DURAÇÃO 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Título do

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

2. Nesse sistema, ocorre uma relação de protocooperação entre algas e bactérias.

2. Nesse sistema, ocorre uma relação de protocooperação entre algas e bactérias. PROVA DE BIOLOGIA QUESTÃO 01 Entre os vários sistemas de tratamento de esgoto, o mais econômico são as lagoas de oxidação. Essas lagoas são reservatórios especiais de esgoto, que propiciam às bactérias

Leia mais

Prova de seleção de candidatos a Mestrado e Doutorado para PG Entomologia-UFV

Prova de seleção de candidatos a Mestrado e Doutorado para PG Entomologia-UFV Prova de seleção de candidatos a Mestrado e Doutorado para PG Entomologia-UFV 1 Contexto A seleção de candidatos consistirá de prova escrita eliminatória, análise de Curriculum Vitae (CV) e, para o caso

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO PREZADO PACIENTE: O Termo de Consentimento Informado é um documento no qual sua AUTONOMIA (vontade) em CONSENTIR (autorizar) é manifestada. A intervenção cirúrgica indicada

Leia mais