Introdução aos Agronegócios Seminário Temático I. Profª Caroline P. Spanhol
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- Maria do Loreto Paiva César
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1 Introdução aos Agronegócios Seminário Temático I Profª Caroline P. Spanhol
2 Agronegócios no Brasil Em 2010, o agronegócio foi responsável por 22,4% do PIB do País e em 2011 pode chegar a 24% ou 25% (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2010). Conforme levantamento da Confederação Nacional de Agricultura, 37% das exportações do País e um terço de todos os empregos formais são provenientes do setor.
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4 A Origem do conceito Até meados do séc. XX FAZIA-SE DE TUDO PRODUTORES VERSÁTEIS Desenvolvimento dos centros urbanos Informação tecnologia Surgem as empresas antes e depois da porteira
5 A Origem do conceito Cada dia mais, as propriedades rurais... Perdem sua auto-suficiência Passam a depender mais de insumos e serviços que não são seus Especializam-se em algumas atividades Geram excedentes de consumo e abastecem mercados muitas vezes distantes Recebem informações externas Necessitam de estradas, armazéns, portos, aeroportos, softwares, bolsas de mercadorias, pesquisas, fertilizantes, novas técnicas; Conquistam mercado; Enfrentam a globalização e a internacionalização da economia.
6 A origem do conceito AGRICULTURA Refere-se agora às atividades de dentro da porteira. AGRIBUSINESS Trata-se dos negócios que envolvem desde o antes até o pós porteira. Visa dar um nome que recupere a importância do termo agricultura de 50 anos atrás.
7 Origem do conceito Em 1957, John Davis e Ray Goldberg formalizaram: a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles.
8 Em síntese...agronegócios... Engloba todos os participantes envolvidos na produção, processamento e marketing de um produto específico. Inclui o suprimento das fazenda, as fazendas, operações de estocagens, processamento, atacado e varejo envolvidos em fluxo desde os insumos até o consumidor final. Inclui as instituições que afetam e coordenam os estágios sucessivos do fluxo do produto, tais como Governo, associações e mercados futuros.
9 Visão sistêmica Nos EUA em 1957 e no Brasil na década de 80 ganha importância a visão sistêmica. Englobando: 1. Setores fornecedores de insumos 2. As atividades das unidades produtoras 3. Pós porteira Armazenagem, beneficiamento, industrialização, embalagem,distribuição e outros.
10 Visão sistêmica Problemas do setor agroalimentar são complexos e precisam de enfoque de agribusiness e não estático como o da agricultura (Davis e Goldberg,1957). A idéia fica mais evidente quando Ray Goldberg introduz o conceito de sistemas agroindustriais dos produtos soja, trigo e laranja dentro da visão sistêmica.
11 Visão sistêmica - importância 1. Tomadores de decisão passam a olhar também os consumidores finais e tendências de mercado 2. Indispensável na formulação de políticas com maior probabilidade de acerto. 3. O todo é maior que a soma das partes 4. Ajuda a criar um ambiente para o desenvolvimento e viabilizam estruturas que não competiriam.
12 Especificidades da produção agropecuária Sazonalidade da produção Influência de fatores biológicos: doenças e pragas Perecibilidade rápida
13 Agribusiness Segundo Farina e Zylberstajn (1994) existem duas importantes metodologias: Commodity System Approach CSA Davis e Goldberg (1968) Analyse de filière de origem francesa traduzida como cadeias agroindustriais. Morvan (1988)
14 O que uma commodity? Pode ser definida como uma mercadoria, principalmente minérios e gêneros agrícolas que são produzidos em larga escala e comercializados em nível mundial. As commodities são negociadas em bolsas de mercadorias, portanto seu preço é definido em nível global, pelo mercado internacional. As commodities são produzidas por diferentes produtos e possuem características uniformes. Podem ser estocadas por um determinado período de tempo sem prejuízo da qualidade. Ex: soja, suco de laranja congelado, trigo, algodão, café etc.
15 Jusante? Montante? Jusante é a parte posterior de um processo, o que antecede é montante. Podemos dizer que a comercialização de um produto está à jusante da industrialização. A produção de MP está a montante da industrialização.
16 Curiosidades da última aula... O leite é um produto altamente perecível e pode sofrer alterações de natureza bioquímica ou microbiana. Assim, com o surgimento do leite UHT, acondicionado nas embalagens assépticas multicamadas, foi possível a manutenção da qualidade e conservação do produto, oferta em grande escala, bem como a garantia de segurança do alimento. A introdução da tecnologia asséptica para fins de embalagens por volta de 1950 representou um avanço na indústria de embalagens de líquidos, podendo ser considerado um marco tecnológico relevante para a compreensão do agronegócio do leite no Brasil.
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19 As embalagens A embalagem asséptica multicamadas, mais conhecida como embalagem longa vida, é composta de seis camadas de três diferentes materiais: papel duplex de fibra longa (75%), polietileno de baixa densidade (20%) e alumínio (5%). As camadas internas de polietileno tornam a embalagem impermeável e evitam o contato do alimento com o alumínio. A camada de alumínio impede a penetração de ar, luz e microrganismos, assegurando a preservação do alimento embalado (MOURAD e outros, 2008).
20 As embalagens A tecnologia do leite UHT, por exemplo, encontra-se monopolizada pela empresa Tetra Pak, condicionando a instalação do maquinário e a compra de caixas para envase a um volume mínimo de um milhão de unidades. Isso inviabiliza a adoção dessa tecnologia por diversas indústrias de laticínios de pequeno porte, limitando-as ao mercado regional de menor rentabilidade (QUEIROZ, MACHADO e BOUROULLEC, 2008).
21 50 60 Today No Brasil, cerca de 99% do leite longa vida utiliza como embalagem o papel cartonado laminado (Santos, 1996 apud Santos 1999) fornecido por uma única empresa (Tetra Laval).
22 Commodity System Approach CSA Corte vertical na economia; Ponto de partida e principal delimitador análitico uma matéria-prima (soja, laranja, café etc). Dependência Intersetorial > Início da visão sistêmica A análise deve ser feita de montante à jusante Principais critérios de análise Estrutura - Conduta - Desempenho
23 Analyse de filière ou CPA Ferramenta oriunda da Escola Francesa de Economia Industrial, desenvolvida na década de 60. Aplica-se a uma seqüência de atividades que transformam uma matéria-prima em produto pronto para o consumidor final. A análise sugere uma imagem de atividades sucessivas para se alcançar um objetivo. A análise de filiére é vista como uma concatenação de atividades, resultando na oferta de bens ao consumidor final (que está no final do processo). Além disso, pode-se dizer que esta abordagem é vista como uma articulação das atividades econômicas integradas (nem sempre linear). A análise deve ser feita de jusante à montante. Ex: Cadeia produtiva da Manteiga
24 CPA
25 Níveis de Análises Sistema Agroindustrial (SAI) Atividades que concorrem para a produção de produtos agroindustriais, desde a produção de insumos até a chegada do produto final ao consumidor Batalha e Andrea O SAI é composto pelos seguintes atores: 1) agricultura, pecuária, pesca; 2) Indústrias agroalimentares; 3) Distribuição agrícola e alimentar; 4) Comércio Internacional; 5) Consumidor; 6) Indústrias e serviços de apoio Não se associa nenhuma Matéria-prima específica.
26 Sistemas Agroindustriais Sistema Agroindustrial INDÚSTRIAS DE APOIO Alimentar Não Alimentar Transportes Combustíveis Indústria química Embalagens Outros Serviços Produção Agricultura Pecuária Pesca Transfor mação IAA 1ª IAA 2ª IAA 3ª Distribuição Varejo Atacado Restaurante s Exploração Florestal Indústria do fumo Couros e peles Móveis Têxteis
27 Sistema agroindustrial da cana de açúcar
28 Desafios Para as empresas Antecipar tendências Estratégias de marca Inovação tecnológica constante Margens e ciclos de vida dos produtos cada vez menores Rapidez na adaptação às novas tendências agilidade Qualidade, regulação nos mercados e defesa do consumidor
29 Desafios Para o agribusiness brasileiro internamente Estatísticas nacionais O desenvolvimento de tecnologia de pesquisa Melhorias no setor de distribuição e transportes Revisão na tributação Desenvolvimento das bolsas e leilões Coordenação dos sistemas Reconversões setoriais Busca das parcerias e alianças estratégicas
30 Desafios A nível internacional Desenvolvimento de Mercados, exportações e agregação de valor Luta contra o protecionismo
31 Uso de ocupação do solo em MS
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33 Atividades Quais as principais diferenças e semelhanças entre os conceitos de commodity system e o de filière? Enumere os agentes formadores do SAI e comente as interações que existem entre eles.
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