UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECO ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO GIOVANE SPANNER

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1 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECO ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO GIOVANE SPANNER A (IN)SUFICIÊNCIA DO TERMO FUNDADA SUSPEITA COMO REQUISITO LEGITIMADOR DA BUSCA PESSOAL CHAPECÓ (SC), 2012

2 GIOVANE SPANNER A (IN)SUFICIÊNCIA DO TERMO FUNDADA SUSPEITA COMO REQUISITO LEGITIMADOR DA BUSCA PESSOAL Monografia apresentada ao Curso de Direito da Universidade Comunitária da Região de Chapecó, UNOCHAPECÓ, como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Direito, sob a orientação da Prof. Me. Alexandre Cichovicz. Chapecó (SC), junho 2012.

3 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO A (IN)SUFICIÊNCIA DO TERMO FUNDADA SUSPEITA COMO REQUISITO LEGITIMADOR DA BUSCA PESSOAL GIOVANE SPANNER Prof. Me. Alexandre Cichovicz Professor Orientador Prof. Me. Glaucio Wandre Vicentin Coordenador do Curso de Direito Profª. Me. Silvia Ozelame Rigo Moschetta Coordenadora Adjunta do Curso de Direito Chapecó (SC), junho 2012.

4 GIOVANE SPANNER A (IN)SUFICIÊNCIA DO TERMO FUNDADA SUSPEITA COMO REQUISITO LEGITIMADOR DA BUSCA PESSOAL Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de BACHAREL EM DIREITO no Curso de Graduação em Direito da Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ, com a seguinte Banca Examinadora: Me. Alexandre Cichovicz Presidente Me. Valmor Vigne Membro Laides de Souza Membro Chapecó (SC), junho 2012.

5 DEDICATÓRIA Com grande satisfação, dedico esta obra a meus pais e minha irmã que me proporcionaram esta conquista e a minha namorada Simone Villa Ficagna que sempre esteve ao meu lado me apoiando e incentivando, nunca esquecerei. Meu muito obrigado.

6 AGRADECIMENTOS Incialmente devo agradecer a Deus por iluminar todos os dias o meu caminho e estar a meu lado nas horas mais difíceis. Agradeço também a todos os professores da Unochapecó pelas sábias palavras que me instruíram e me auxiliaram no crescimento pessoal, em especial aos professores José Jacir Victovoski, Michel de Oliveira Braz e ao meu orientador Alexandre Adriano Chichovicz, que além de professores os considero como eternos amigos. Por fim, agradeço a toda minha família, amigos e todas as pessoas que de alguma forma me auxiliaram nesta conquista.

7 "A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo". Albert Einstein

8 RESUMO A BUSCA PESSOAL FRENTE AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. Giovane Spanner. Alexandre Cichovicz (ORIENTADOR). (Universidade Comunitária Da Região de Chapecó UNOCHAPECÓ) (INTRODUÇÃO) A busca pessoal é medida necessária para a produção de provas no processo penal, sendo também um dos principais métodos de prevenção de crimes. Porém a fundada suspeita é requisito essencial para legitimar a busca pessoal, desta forma, devido a inúmera incidência de buscas pessoais realizada pela polícia ostensiva, e a subjetividade do termo fundada suspeita, viu-se necessária uma abordagem específica a cerca do tema para analisar até que ponto pode-se restringir os direitos individuais em prol dos direitos sociais. (OBJETIVOS) O objetivo geral é verificar quais os parâmetros jurídicos que podem ser utilizados para legitimar atividade policial ostensiva na realização da busca pessoal frente ao princípio constitucional da proporcionalidade. Os objetivos específicos são definir o conceito de busca pessoal, natureza jurídica e saber qual sua aplicação perante o ordenamento jurídico brasileiro. Identificar os critérios que determinam a formação da fundada suspeita contida no Art. 244 do CPP. Detectar formas de limitação do poder de polícia na realização da busca pessoal. (EIXO TEMATICO) O eixo temático do curso de Direito da Universidade Comunitária da Região de Chapecó UNOCHAPECÓ pela qual o trabalho vincula-se é a cidadania e Estado. (METODOLOGIA) a pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, devido a analise de legislação, doutrina na área de direito e psicologia, artigos jurídicos, internet etc... O método é dedutivo (CONCLUSÃO) Conclui-se que são ilegais as buscas pessoais realizadas sem fundada suspeita, uma vez que este termo está calcado na subjetividade do agente, propiciando os abusos de poder. No entanto para que haja uma proporcionalidade na violação dos direitos individuais para garantir a ordem pública, faz-se necessária uma mudança na legislação, tornando assim o termo fundada suspeita mais claro e concreto. (PALAVRAS CHAVE) Busca Pessoal, Fundada Suspeita, direitos fundamentais.

9 ABSTRACT THE PERSONAL SEARCH FRONT PRINCIPLE OF PROPORTIONALITY. Giovane Spanner. Alexandre Cichovicz (ADVISOR). (Chapecó Region Community University UNOCHAPECÓ) (INTRODUCTION) The personal search is a measure necessary for the production of evidence in criminal proceedings, and also one of the main methods of crime prevention. But the "founded suspicion" is an essential prerequisite to legitimate personal search, this way, because the innumerable incidence of personal searches conducted by police overt, and the subjectivity of the term "founded suspicion", saw a need for a specific approach about the subject to analyze to what extent one can restrict individual rights in favor of social rights. (OBJECTIVES) The main objective is to verify what the legal parameters that can be used to legitimate the overt police activity in the realization of the personal search front the constitutional principle of proportionality. The specific objectives are to define the concept of personal search, legal and know what your application to the Brazilian legal system. Identify the criteria that determine the formation of founded suspicion contained in Art. 244 of the CPP. Detecting means of limiting police power in the realization of personal search. (THEMATIC AXIS) The thematic axis of the College of Law at Chapecó Region Community University UNOCHAPECÓ in which the study is linked is the "Citizenship and State." (METHODOLOGY) The research is characterized as bibliographic because the analysis of legislation, doctrine in the field of psychology and law, legal articles, internet etc... The method is deductive (CONCLUSION) We conclude that are illegal the personal searches conducted without grounds for suspicion, since this term is grounded in the subjectivity of the agent, allowing the abuse of power. However to providing a proportionality in the violation of individual rights to ensure public order, it is necessary a change in legislation, thus making the term founded suspicion more clearly and concrete. (KEY WORDS) Search Personal, Founded Suspicion, fundamental rights

10 LISTA DE APÊNDICES APÊNDICE A - ATESTADO DE AUTENTICIDADE DA MONOGRAFIA APÊNDICE B - TERMO DE SOLICITAÇÃO DE BANCA... 69

11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I A BUSCA NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO Considerações históricas do instituto da busca Da busca no processo penal Etimologia e conceito de busca Momentos da realização e natureza jurídica da busca Finalidade da busca Modalidades da Busca Legitimados para realizar a busca CAPÍTULO II CRITÉRIOS PARA A FORMAÇÃO DA FUNDADA SUSPEITA NA BUSCA PESSOAL A busca pessoal no ordenamento jurídico brasileiro A caracterização da fundada suspeita Existência de fundada suspeita ou abuso de autoridade CAPÍTULO III ILEGALIDADE DA BUSCA PESSOAL: utilização do princípio da proporcionalidade OU NECESSIDADE DE ALTERAÇÃO LEGISLATIVA? Dos direitos fundamentais Da utilização do princípio da proporcionalidade na solução de conflitos entre direitos fundamentais individuais e sociais Da necessidade de uma alteração legislativa CONCLUSÃO... 60

12 REFERÊNCIAS APÊNDICES... 65

13 INTRODUÇÃO A presente pesquisa propõe abordar o tema da Busca Pessoal no policiamento ostensivo diante dos direitos individuais e sociais, analisando o princípio da proporcionalidade, tendo como objetivo geral a ideia de problematizar a questão da busca pessoal para verificar se a norma carece de esclarecimento ou complementação quando realizada pela policia ostensiva. Para a construção deste trabalho será utilizado método dedutivo bibliográfico, buscando desta forma fundamentação em várias obras literárias que auxiliarão na compreensão e entendimento do tema abordado. Diversas obras de autores distintos auxiliarão no desenvolvimento deste projeto tais como Guilherme de Souza Nucci, Tourinho Filho, Julio Mirabete, Nestor Távora, Marcellus Palastri Lima. O Código de Processo Penal em seu artigo 240 1º determina com critérios objetivos a forma de como deve ser realizada as buscas domiciliares, definindo com máxima cautela para que não ocorra violação aos direitos individuais do morador. Já as buscas pessoais, estão dispostas nos artigos 240 2º e 244 do Código de Processo Penal. No entanto, apesar destes artigos definirem como e quando devem ser realizadas, as buscas pessoais, um dos termos presentes mais utilizados para legitimar a execução da medida, é a chamada fundada suspeita, termo este não muito claro e que apresenta problemas quanto ao entendimento do agente executor da medida. Desta forma, delimita o tema da busca pessoal, com objetivos específicos buscando definir a natureza jurídica e saber qual sua aplicação perante o ordenamento jurídico brasileiro, também, identificar os critérios que determinam a formação da fundada suspeita

14 14 contida no art. 244 do CPP e detectar formas de limitação do poder de polícia na realização da busca pessoal. Será conceituada a natureza jurídica e determinar quem é legitimado para realizar a busca pessoal, além de analisar os requisitos essenciais, destacando-se o estudo do termo fundada suspeita. O tema é polêmico e divergente entre doutrina e legislação que traz em sua aplicabilidade uma série de questões que envolvem o Processo Penal e princípios constitucionais, por isso o interesse em estudá-lo, além de que, a busca pessoal é um dos meios mais utilizados para a obtenção de prova e também um dos principais instrumentos da atividade da polícia de segurança. O tema também é discutido, por ter em sua realização prática um contato direto com o corpo da pessoa revistada, sendo ato humilhante e constrangedor, podendo violar direitos fundamentais individuais, como o da privacidade, intimidade, imagem. Desta forma, as buscas pessoais devem ser realizadas com a máxima cautela, devendo o agente tomar as devidas precauções, do contrário poderá incorrer no crime de abuso de autoridade. Por isso a importância de se analisar a busca pessoal em conformidade com direitos fundamentais, individuais, sociais, com o princípio da Dignidade da Pessoa Humana bem como o princípio da proporcionalidade, ou seja, até que ponto deve-se preservar a segurança pública em detrimento dos direitos individuais dos cidadãos. Salienta-se que a busca pessoal a qual o tema da pesquisa se refere é a processual e preventiva, como disposto no Parágrafo 2º do artigo 240, e artigo 244 do Código de Processo Penal Brasileiro, qual seja, aquela realizada pela polícia ostensiva e não a realizada na entrada de estádios, casas de show, festas particulares entre outros. Desta forma, para que haja sintonia entre os capítulos, inicialmente será necessário uma conceituação do termo Busca propriamente dito, resgatando sua conceituação histórica e apresentando suas peculiaridades, demonstrando os tipos de busca, além de estudar e diferenciar a busca domiciliar da busca pessoal, e seus métodos. Posteriormente no segundo capítulo serão abordados os requisitos legitimadores da

15 15 busca pessoal, procurando entender o conceito da expressão fundada suspeita, tão importante para a elaboração deste trabalho. Também neste capítulo será explicado o que é poder de polícia, e suas limitações. Após feita todas as análises necessárias, iniciará ao terceiro capítulo, adentrando nos direitos fundamentais individuais que podem vir a ser violados na realização de uma busca pessoal, e o direito social de segurança, que também necessitam ser preservados. Com isso, no terceiro capítulo dar-se-á ênfase aos direitos fundamentais individuais, demonstrando os direitos da privacidade, da intimidade, da imagem, e os direitos fundamentais sociais, como o direito a segurança, até chegar ao princípio da Dignidade da Pessoa Humana e o princípio da proporcionalidade, Serão conceituados os direitos fundamentais individuais, bem como os sociais, suas características e peculiaridades necessárias para um convívio social harmônico. Também os direitos sociais e individuais serão confrontados com o intuito de verificar qual deles deve prevalecer em detrimento do outro. Qual a importância da preservação dos direitos individuais da intimidade da vida privada, da imagem bem como a preservação do direito social da segurança, serão temas necessariamente abordados ao longo da pesquisa. Desta forma, pretende-se instigar a reflexão em relação ao abuso de autoridade policial na realização da busca pessoal quando não existir fundada suspeita possível de legitimá-la, tema este que está constantemente ligado ao direito individual dos cidadãos revistados e que possui pouca repercussão na doutrina. Com isso, a fim de preservar os direitos individuais e também proporcionar segurança para a sociedade é que se fará uma reflexão, se, há necessidade de mudança no instituto da Busca, para alterar alguns dispositivos e tornar mais objetivo os requisitos necessários para a Busca Pessoal, ou tem possibilidade da utilização do princípio da proporcionalidade para resolução dos conflitos entre direitos individuais e sociais.

16 16 CAPÍTULO I 1 A BUSCA NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO Com a consciência de que se trata de tema complexo, propõe-se neste primeiro capítulo da pesquisa, desenvolver um estudo em torno da chamada busca, discorrendo sobre seu conceito, natureza jurídica, finalidade, objeto e modalidades, a fim de compreender a utilização desse procedimento na prática jurídica. Pretende-se, inicialmente, fazer um breve relato histórico para posteriormente adentrar com maior clareza e fundamentos no tema pretendido, conceituar e analisar brevemente os termos busca e apreensão, dispostos no artigo 240 do CPP, termos importantes para o desenvolver do trabalho, pois como veremos possuem características peculiares na produção de provas. Com o auxilio de diversos autores contempla-se as formas, momentos e critérios a serem observados na execução da Busca Pessoal e Domiciliar para com isso diferenciá-las e tornar claro e compreensível o seguimento do estudo. 1.1 Considerações históricas do instituto da busca Inicialmente, vários são os relatos que evidenciam a evolução da busca até chegar ao nosso ordenamento jurídico atual, como alega Nassaro (2011) citando A lei das Doze

17 17 Tábuas no direito Romano, e o processo penal canônico na Idade Média que também fazia menção a forma de realização da busca no processo penal. Conforme Nassaro (2011), a busca pessoal ocorria em conjunto com a busca domiciliar, pois não fazia sentido se realizar a revista somente na pessoa, já que esta poderia ter ocultado o objeto procurado em sua residência. No entanto a casa possuía uma maior atenção do que o próprio corpo do indivíduo, pois já tinham a concepção da proteção do patrimônio do indivíduo, por ser um âmbito familiar e inviolável. Neste sentido, apesar da Lei das XII Tábuas não prever expressamente a modalidade de busca, possui na parte em que cuidava do crime de furto, menção em tutelar a casa do indivíduo como menciona, Meira (apud PITOMBO, 1999, p. 20): A Tábua VIII Dos Delitos, Número XV, cuidava: O furto lance licioque conseptum (descoberto pelo prato e a cintura: isto é, o delito daquele em casa de quem é encontrado o objeto furtado recorrendo a perquisição solene que se devia fazer nu, para não haver suspeita de que trazia consigo o objeto, protegido apenas por um cinto (licium), como respeito à decência e tendo nas mão um prato (lanx), seja para colocar o objeto, se encontrado, seja para que as mãos demonstrem que não trazem nada escondido) este delito é assimilado ao furto manifesto (grifo do autor). Assim pode-se determinar que a busca era entendida como um ato preliminar ao crime de furto, pois dirigia-se a casa do indivíduo a procura do bem furtado. Também, percebe-se que quem realizava a busca era a própria pessoa ofendida, sempre com a atenção para com a casa do indivíduo investigado, pois para que se realizasse esse procedimento, a pessoa ofendida devia faze-lo nu, (somente com um cinto em sinal de respeito) e com um prato nas mãos, (em sinal de que não escondia consigo o bem objeto da procura). Nota-se que as buscas pessoais ocorriam em conjunto com as buscas domiciliares, pois não possuíam regras claras a respeito desses métodos, até mesmo em nosso sistema imperialista, como veremos a seguir. Conforme evidencia Pitombo (1999, p. 26-7) no Brasil, muitas foram as mudanças até chegarmos as leis atuais, o Imperador Dom Pedro I, antes mesmo da existência de Constituição ou leis ordinárias, fixou restrições para a realização da busca domiciliar, a fim de evitar ataques e violações aos direitos da segurança individual, da propriedade e da imunidade da casa da pessoa, que já eram, na época, considerados direitos sagrados e invioláveis.

18 18 Prosseguindo seu estudo, a doutrinadora acima citada relatou a criação do Código de Processo Criminal, de 1832, o qual disciplinou o instituto Das Buscas, estabelecendo requisitos para a concessão, formas, competência e atribuição para executá-la, proibindo, por exemplo, em seu artigo 197 a busca durante a noite (1999, p. 27-8). Nota-se que mesmo na época do Brasil Império as regras e ordenamentos jurídicos existentes primavam pela garantia dos direitos individuais na realização da busca pessoal e domiciliar a fim de aperfeiçoar o instituto com regras rígidas evitando-se arbitrariedades. Desde então, procedeu-se um grande avanço na legislação processual penal através de Decretos, Tratados e reformas Legislativas visando a obtenção de provas, através do instituto da Busca, sem que houvesse violações dos direitos dessas pessoas investigadas. Apesar desse grande salto no âmbito criminal, com a criação da primeira Constituição da República, foi delegado aos Estados legislar sobre a matéria processual e em razão disso muitas foram as falhas e omissões a respeito das Buscas e Apreensões. Nesse sentido Pitombo (apud PITOMBO, 1999, p. 33), relata que: O resultado mostrou-se lamentável, sob dúplice aspecto, salvo raras exceções. Alguns estados jamais elaboraram Código de Processo. Limitaram-se a observar a legislação imperial: Código de Processo Criminal de 1832 e Regulamento 737 de Outros criaram diplomas sem precisão técnica, onde, por exemplo, se imiscuam meras disposições de organização judiciaria, entre normas processuais. Portanto não houve, nesta época, uma uniformização da matéria, já que cada estado possuía sua própria legislação acerca do instituto da busca. Tal fato, explica, em parte, as falhas existentes no atual Código de Processo Penal. A legislação processual evoluiu quando a Constituição de 1934 declarou a União como competente para legislar em matéria processual, retirando esse poder que anteriormente era dos Estados. A partir de então foi nomeada comissão de estudo para a elaboração do Código de Processo Penal. Em 13 de outubro de 1941 adveio a promulgação do primeiro Código de Processo Penal, Decreto-lei 3.689, em vigor a partir de 1º de janeiro de 1942, e que está vigente até o momento. O referido Código classifica os institutos da busca e apreensão como Provas. Tal

19 19 classificação gerou discussões doutrinárias que resultaram em propostas de reformas legislativas. Tratando sobre essas propostas a doutrinadora Pitombo (1999, p. 15) especifica, resumidamente, as várias classificações do instituto da busca apresentadas nos projetos e anteprojetos de reforma processual penal: O Código de Processo Penal, de 1941, cuida dos institutos, no título VII, Das provas (arts. 240 a 256). A referida classificação acabou por gerar polêmica, na doutrina. Os anteprojetos e projetos de reforma processual penal dispuseram sobre o assunto de forma diversa: ora como Prova (Vicente Ráo), ora como Providências que Recaem sobre Pessoas ou Coisas (anteprojeto de Hélio Tornaghi), ora sob a denominação Dos Atos Processuais Coativos (Anteprojeto de Frederico Marques e Projeto de reforma de 1983). Já o código de Processo Penal Militar cuidou da matéria sobre o Título Medidas preventivas e Assecuratórias não há, na atual discussão de reforma do Código, até agora, sugestões de alteração dos institutos. Percebe-se, portanto, que muito se discutiu ao longo dos anos a respeito do tema da busca e vários foram os projetos e anteprojetos criados com o intuito de reformar a classificação do instituto no Código de Processo Penal. No entanto, as propostas de alterações da lei vigente não foram acatadas e na atual discussão de reforma do código não há sugestões de mudanças nesse sentido, permanecendo os institutos da Busca e Apreensão inalterados até os dias atuais. A forma pela qual o atual Código de Processo Penal disciplina a matéria em estudo será abordada posteriormente. 1.2 Da busca no processo penal Feita uma breve consideração histórica a respeito do instituto da busca faz-se necessária uma análise mais aprofundada deste instituto, pois a inobservância das regras processuais penais que tratam do tema acarreta violação aos direitos e garantias fundamentais dos indivíduos, tornando inúteis as persecuções penais. Sem o intuito de esgotar o tema, o presente estudo pretende abordar alguns pontos relevantes da Busca a fim de proporcionar um melhor entendimento sobre o tema.

20 20 Inicialmente, passaremos à análise do conceito de busca, sua respectiva natureza jurídica, os momentos de realização e a finalidade do instituto. É necessária esta abordagem para que se construa alicerce sustentável para a compreensão do tema Etimologia e conceito de busca Etimologicamente a palavra busca, do verbo buscar, significa s.f. 1. Ação de. 2. Procura. 3. Investigação; pesquisa. 4. Exame; revista. 5. Batida policial (LUFT, 1995, p. 99). Pitombo (1999, p. 92-4), ao tratar da etimologia da palavra busca, relata, através de uma pesquisa em dicionários e enciclopédias que: A palavra busca, do verbo buscar, possui origem obscura. Afirma-se que o vocábulo é próprio do espanhol e do português. Há, porém, quem afirme ser originário do francês busq, verbo de caça; ou do latim poscere, pedir, demandar, llamar, ou, ainda, do italiano buscare, fazer diligência para achar alguma coisa, servindo-se das mãos. O termo busca significa, ainda, pesquisa, procura, exame, revista, investigação, esquadrinho. E buscar é mover-se de um lado para outro para tentar descobrir, alguém ou alguma coisa; procurar, esforçar-se por achar [...] ir a um lugar para trazer de lá alguém ou alguma coisa [...] examinar detidamente, revisar, pesquisar e passar busca (grifo do autor). A etimologia da palavra busca não difere, em essência, do seu significado jurídico, expressando ambos o ato de procurar, varejar, rastrear, tentar descobrir. No sentido jurídico, porém, se tem como finalidade o encontro de vestígios, coisas ou pessoas, relacionadas com um fato investigado (PITOMBO, 1999, p. 94). Nesse viés, Tourinho Filho (2008, p. 377), conceitua Busca como: Busca, do verbo buscar, sinônimo de descobrir, de encontrar, procurar, investigar, significa a procura de alguma coisa ou de alguém. Os antigos definiam a busca como a pesquisa, varejo ou procura feita por ordem de autoridade competente, para os fins declarados em lei. Nucci (2009, p. 130), por sua vez, afirma que Busca é [...] o movimento desencadeado, como regra, pelos agentes do Estado para a investigação, descoberta e pesquisa de algo interessante para o processo penal, realizando-se em pessoas e lugares.

21 21 Verifica-se nos conceitos acima mencionados que a Busca é a forma de procurar, investigar, trazer a tona algo necessário para o processo, é meio necessário para encontrar algo, realizado em pessoas e lugares e por uma autoridade competente. De outra banda, da análise dos conceitos acima, também, pode-se concluir, que a busca não surge aleatoriamente, ou seja, não é indeterminada, mas sim está vinculada com o objeto ou aquilo que seja relevante ou necessário para o processo. Assim, à medida que as investigações são conduzidas, por muitas vezes e sem sombra de dúvida são esses métodos os mais utilizados para dar consistência na instauração da denúncia contra os investigados. A busca, portanto, é ato do procedimento persecutivo penal, restritivo de direito individual (inviolabilidade da intimidade, vida privada, domicílio e da integridade física ou moral), consistente em procura, que pode ostentar-se na revista ou no varejamento, conforme a hipótese: de pessoa (vítima de crime, suspeito, indiciado, acusado, condenado, testemunha e perito), semoventes, coisas (objetos, papéis, e documentos) bem como de vestígios (rastros sinais e pistas) da infração (PITOMBO, 1999, p. 96, grifo da autora). Uma vez conceituada a Busca é interessante mencionar o conceito de apreensão para que se evidenciem pontos semelhantes e opostos desses dois institutos no mundo jurídico, embora haja a possibilidade de um estudo completo de busca sem contemplar apreensão. Com isso, Tourinho Filho (2008, p. 378) preceitua que: Apreensão: é uma medida cautelar probatória, pois se destina à garantia da prova (ato fim em relação à busca, que é ato meio) e ainda, dependendo do caso, para a própria restituição do bem ao seu legítimo dono (assumindo assim uma feição de medida assecuratória). Desta forma, nota-se que enquanto a busca visa procurar, investigar, encontrar algo, importante para a obtenção de provas no processo penal, tida com caráter de urgência, a apreensão possui uma característica cautelar, ou seja, proteger o produto da prova para que não se perca no tempo, além disso, conforme transcrito acima, a busca é o ato meio e a apreensão é o ato fim da produção da prova.

22 Momentos da realização e natureza jurídica da busca Em relação à natureza jurídica, a Busca é analisada pelos doutrinadores sob três enfoques diferentes. A busca pode apresentar natureza mista, pode ser considerada meio de prova, ou ainda, utilizada como medida cautelar. Senão vejamos: Para Nucci (2008, p. 495), o termo Busca, bem como, a apreensão, possuem natureza jurídica mista: Conforme o caso, a busca pode significar um ato preliminar à apreensão de um produto de crime, razão pela qual se destina à devolução à vítima. Pode significar, ainda, um meio de prova quando a autorização é dada pelo juiz para se proceder a uma perícia em determinado domicílio. A apreensão tem os mesmos ângulos. Pode representar a tomada de um bem para acautelar o direito de indenização da parte ofendida, como pode representar a apreensão da arma do delito para fazer prova. Assim, tanto a busca, quanto a apreensão, podem ser vistos, individualmente, como meios assecuratórios ou como meios de prova, ou ambos. O autor destaca com clareza a natureza jurídica da busca e apreensão, pois como mencionado, podem ser vistos de diversas formas, ou seja, como meio assecuratório (acautelando um bem ou um direito), utilizado na produção de prova (apreensão de um produto ilícito, por exemplo) ou ter sua natureza jurídica mista, tendo em um mesmo contexto as duas formas descritas anteriormente. O Código de Processo Penal Brasileiro, por sua vez, traz a busca em duas modalidades, a pessoal e a domiciliar, ambas tidas como meios de prova, já que estão disciplinadas no art. 240 do capítulo XI, do Título VII, que trata das provas (VADE MECUM, 2009, p. 414). Grinover identifica a busca como um procedimento cautelar, porém vai além, destacando a necessidade de perigo na demora, que é destinado a evitar o perecimento dos bens, e da existência da fumaça do bom direito para a sua realização, ou seja, a natureza cautelar da busca e apreensão serve para tutelar algo imprescindível para o processo e que pode se perder com o tempo, por isso são determinados esses métodos para proteger a prova:

23 23 A busca constitui diligência cautelar, normalmente operada na fase de investigação e, muitas vezes, no momento mesmo da prática delituosa ou logo após, em decorrência de perseguição ao autor do crime. Dada a sua natureza de providência cautelar, exigem-se para a sua perfeita efetivação os requisitos do periculum in mora e do fumus boni juris. (2009, p. 161), (grifo da autora). Também nesse mister, Camargo Aranha (apud LIMA, 2003, p. 173), o qual diz que: Temos para nós, seguindo o ensinamento de notáveis juristas, que serão citados, que a busca e apreensão não é prova, mas sim medida cautelar de natureza criminal visando a assegurar a obtenção e perpetuação de uma prova. A realização da Busca pode ocorrer antes ou durante o inquérito policial, mediante iniciativa da autoridade policial, pelo juiz de ofício ou através de provocação da parte, como menciona Lima, (2003, p. 174): Apesar de coloca-la entre os meios de prova, nossa busca e apreensão é medida assecuratória de uma produção de prova, podendo ser realizada antes ou durante o inquérito policial e mesmo durante a instrução criminal, ou até em fase de execução da pena. Assim, pode ser a iniciativa da Autoridade Policial ou do Juiz, ex officio ou através de provocação da parte (grifo do autor). Conforme o caso, a busca pode significar um meio de prova, quando se vincule à autorização conferida pelo juiz para a realização de uma diligência ou uma perícia em determinado domicílio. Pode simbolizar um meio assecuratório, quando se ligar ao ato preliminar de apreensão de produto de crime, razão pela qual se destina à devolução à vítima (NUCCI, 2009, p. 130). Desta forma extraímos dos autores acima citados, que Busca não é prova, mas sim um dos meios mais utilizados para a obtenção da prova no processo penal sendo que para a realização da busca e apreensão é necessário que haja elementos concretos e caráter de urgência que fundamentem a ação da policia, pois, como mencionado, é também um dos principais instrumentos da atividade da polícia de segurança. Com isso, com auxílio de alguns doutrinadores conceituamos a natureza jurídica da busca e apreensão como medida cautelar, assecuratória que visa a obtenção de provas.

24 Finalidade da busca Várias são as finalidades da Busca, quais sejam: realização de prisão, apreensão de pessoas e coisas e descoberta e colheita de provas, como melhor elucida Nucci (2009, p. 131): Portanto, a busca será concedida para três fins: a) realização de prisão; b) apreensão de pessoas e coisas; c) descoberta e colheita de provas. No primeiro grupo, encontra-se a prisão de criminosos. No segundo, existem apreensões em dois sentidos: b.1) confisco de coisas para o Estado ou para devolução à vítima; b.2) restituição de vítimas à liberdade. No terceiro, encontramos apreensões com o prisma de constituição de prova da materialidade do delito ou da autoria. Apesar de Nucci, mencionar essas três finalidades, o autor deixa claro que este rol do art. 240 do CPP é exemplificativo, o que não impede o surgimento de outras hipóteses de busca. Buscando aprofundar o estudo sobre busca e apreensão, encontramos no Art do CPP, duas formas de ocorrência destes métodos de produção de prova, a busca pessoal, sendo descrito no parágrafo 2º do artigo também, tema deste estudo, e a domiciliar. Extrai-se deste artigo também as finalidades para qual a Busca foi implementada em nosso ordenamento jurídico penal, sendo que na maioria das vezes a Busca antecede a Apreensão. No entanto, pelo fato do instituto da busca estar disposto no mesmo Artigo, Capítulo e Título onde o instituto da apreensão também está descrito, muitas vezes ambos se confundem, ou acredita-se que a Apreensão complementa a Busca, o que não é verdade, sendo que a busca possui uma finalidade distinta e nem sempre é ato que antecede a Apreensão. Nesse sentido é o entendimento de Pitombo (2005, p ), 1 Art A busca será domiciliar ou pessoal. 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados para a prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender pessoas vítimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicção. 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. (VADE MECUM, 2009, p. 414).

25 25 Boa parte da doutrina, a partir da premissa de unidade dos institutos, misturou-lhes as finalidades. Afirmou-se, num primeiro momento, que a finalidade da busca e da apreensão era a descoberta e comprovação dos delitos, a prisão dos criminosos, a investigação dos instrumentos ou vestígios do crime. Entendeu-se, mais tarde, que a busca e apreensão visavam a assegurar a prova criminal, prender pessoas acusadas de crime ou evadidas e se destinavam a atender ao corpo de delito. E, depois, de modo equivocado, que a finalidade da busca é sempre a apreensão. [...] A finalidade da busca, no processo penal brasileiro, é, de modo geral, achar o desejado, ou o descobrimento do pretendido, de pessoa, coisa móvel objeto, papel ou documento -, semovente, e de outros elementos materiais. Todos ligados, de alguma sorte, à persecução penal, em seus momentos: extrajudicial e judicial. Analisando o mencionado acima, extraímos que a busca visa encontrar algo interessante para a persecução penal, não sendo somente para embasar a acusação, mas também vem para auxiliar a defesa. Assim entende-se que o objetivo da busca é, através do objeto encontrado, poder vislumbrar a verdade real, não importando se esta verdade beneficia a defesa ou a acusação. Conclui-se, portanto, que a importância da busca está no descobrimento do que se procura, conforme 3º do Art. 245 do Código de Processo Penal 2 (VADE MECUM, 2011, p. 641), não recaindo em coisa indeterminada, pessoa incerta ou local não sabido, mas sim no que efetivamente é relevante ao processo penal Modalidades da Busca A legislação processual penal elenca duas modalidades de busca no art. 240 do Código de Processo Penal: a domiciliar e a pessoal. Antes de adentrar na definição da busca domiciliar e pessoal, faz-se importante referir, desde já, que ambas as espécies de busca representam uma forma de restrição ou limitação dos direitos e garantias fundamentais, em especial, os constantes nos incisos III, X e 2 Art As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. [...] 3.º Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura. (VADE MECUM, 2011, p. 641).

26 26 XI, do art.5º 3 da Constituição Federal, os quais serão analisados posteriormente em capítulo específico. O Código de Processo Penal não conceitua a busca domiciliar, limitando-se a estabelecer as finalidades desse procedimento, em seu art. 240, 1º 4 : Observa-se que este parágrafo possui oito alíneas autorizando a realização da busca domiciliar. Diante disso, a doutrina ficou na incumbência de conceituar a busca domiciliar. No entanto, não se pode defini-la sem antes interpretar o significado da palavra domicílio. Lopes Júnior (2010, p. 665), conceitua domicílio como: (a) Habitação definitiva ou moradia transitória; (b) Casa própria, alugada ou cedida; (c) Dependências da casa, sendo cercadas, gradeadas ou muradas (pátio); (d) Qualquer compartimento habitado; (e) Aposento ocupado de habitação coletiva em pensões, hotéis, motéis etc.; (f) Estabelecimentos comerciais e industriais, fechados ao público. Ferreira Filho, (1990, p. 37) por sua vez, define domicílio como sendo: [...] todo local, delimitado e separado, que alguém ocupa com direito exclusivo e próprio, a qualquer título. O ponto essencial da caracterização está na exclusividade em relação ao público em geral. Assim, é inviolável como domicílio tanto a moradia quanto o estabelecimento de trabalho, desde que este não esteja aberto a qualquer um do povo, como um bar ou restaurante. Percebe-se, conforme citações acima, que os doutrinadores definem domicílio como sendo todo o lugar em que o indivíduo tem sua moradia. Contudo, ambos enfatizam que o local tido como domicílio deve ser fechado ao público em geral, ou seja, embora a 3 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida, `a liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] III ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; [...] X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (VADEMECUM, 2006, p. 7 8). 4 Art A busca será domiciliar ou pessoal. 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados para a prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender pessoas vítimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicção [...]. (VADE MECUM 2009, p. 414).

27 27 conceituação de domicílio seja ampla, este local somente pode ser caracterizado como domicílio, se estiver restrito as pessoas que nele residem. Este também é o entendimento de Nucci, (2009, p. 134): O termo domicílio deve ser interpretado com a maior amplitude possível. Equipara-se, pois, domicílio a casa ou habitação, isto é, o local onde a pessoa vive, ocupando-se de assuntos particulares ou profissionais. Serve para os cômodos de um prédio, abrangendo o quintal, bem como envolve o quarto de hotel, regularmente ocupado, o escritório do advogado ou de outro profissional, o consultório médico, o quarto de pensão, entre outros lugares fechados destinados à morada de alguém (grifo do autor). Diante do exposto, pode-se extrair que a busca domiciliar é a procura realizada dentro de uma moradia, ultrapassando os limites físicos do imóvel, podendo ser determinada em diversos locais, habitados ou não, no momento da execução da busca. Portanto, se no local de moradia do indivíduo, houver algo que seja interessante ao processo deve ser realizada uma busca para averiguar a existência de possíveis provas uteis a persecução penal. No entanto, a realização da busca domiciliar apresenta formalidades e restrições devido à garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio. O art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal prevê, taxativamente, os casos excepcionais em que é permitido a busca domiciliar em casa alheia, quando estabelece que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial (VADE MECUM, 2011, p. 10). Assim tem-se que a busca domiciliar só é permitida com o consentimento do morador, exceto, por determinação judicial, executada durante o dia, ou, nos casos de flagrante delito, prestação de socorro ou situação de desastre. Em relação ao consentimento ou não do morador, Nucci (2009, p. 137) esclarece que: Durante a noite, se o morador não concordar com a invasão de seu domicílio, mesmo que seja para realizar de prisão de fugitivo, deve a polícia aguardar o amanhecer, bloqueando as saídas e montando guarda. Ao alvorecer, ingressa-se à força, preferencialmente com o acompanhamento de testemunhas.

28 28 Conclui-se, portanto, que o morador pode permitir a realização de busca em seu domicílio, a qualquer hora do dia ou da noite, mesmo sem mandado judicial. A segunda modalidade de busca está elencada no 2º, do art. 240, do Código de Processo Penal 5. É a chamada Busca pessoal. Contudo, o objetivo de estudar o tema da busca é analisar os fundamentos que validam a ação da polícia ostensiva na realização da revista pessoal, e confrontá-la com o princípio da proporcionalidade visando verificar até que ponto se pode violar princípios e direitos individuais em prol do bem comum. Também será analisada a existência ou não de abuso de autoridade nas revistas policiais, ou seja, se a maneira com que é exercido o poder de polícia na realização da busca pessoal fere princípios constitucionais. Desta forma deixaremos neste momento de adentrar no referido tema, uma vez que o mesmo será analisado no próximo capitulo de forma detalhada Legitimados para realizar a busca A busca tanto pessoal como domiciliar atualmente é praticada pelos agentes públicos que possuem a função constitucional de garantir a segurança pública, preservar o patrimônio, investigar e impedir a prática de crimes. Estão legitimados para realizar a busca pessoal os agentes elencados no art. 144 da Constituição Federal, quais sejam, as polícias federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civil, militar e o corpo de bombeiros militar. Desta forma ficam excluídos os guardas municipais por não possuírem tal função de realizar a busca pessoal, conforme afirma Nucci (2008, p. 501). Por fim, nota-se ao término da primeira parte do referido trabalho, que após uma pequena abordagem histórica, seguindo para a conceituação, natureza jurídica e finalidade da 5 Art A busca será domiciliar ou pessoal [...] 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. (VADE MECUM 2009, p. 414).

29 29 medida da busca e apreensão evidenciamos que esses procedimentos são de extrema importância, estando dispostos no Código de Processo Penal, e sendo discutidos nas doutrinas de diversos autores, principalmente em relação a natureza jurídica da busca e apreensão. Em suma, pode-se extrair do tema acima descrito, que a Busca significa a procura, pesquisa, pode ocorrer de duas modalidades, a domiciliar e a pessoal, a primeira em regra, necessitando de mandado judicial, já a segunda necessitando somente da existência de fundada suspeita. Sua natureza jurídica é discutida sob três aspectos, sendo vista como meio de obtenção de prova, sendo como meio acautelatório sob a sustentação da fumaça do bom direito e o perigo da demora na realização da medida, ou na forma mista, unindo os dois aspectos. Também a Busca tem por finalidade realização de prisão, apreensão de pessoas e coisas e descoberta e colheita de provas, sendo os legitimados para a realização desta medida, os agentes elencados no art. 144 da Constituição Federal. Com todo o exposto a partir de primeira linha desse capítulo, construímos alicerce sustentável para ingressarmos para o próximo capítulo com maior conhecimento técnico e jurídico a respeito do tema, facilitando a compreensão e entendimento daquele que buscar interagir com o tema.

30 30 CAPÍTULO II 2 CRITÉRIOS PARA A FORMAÇÃO DA FUNDADA SUSPEITA NA BUSCA PESSOAL Consoante exposição feita no primeiro capítulo desta pesquisa, a Busca não é considerada uma prova, mas sim um meio utilizado para obtenção da prova no processo penal. Contudo, para a realização da busca e apreensão é necessária a existência de elementos concretos com caráter de urgência que fundamentem a ação dos agentes legitimados a procedê-la. Diante disso a exposição do tema é de extrema importância, pois a busca é um dos meios mais utilizados para a obtenção da prova no processo penal e também um dos principais instrumentos da atividade da polícia de segurança. Contudo, o objetivo de estudar o tema da busca é analisar a existência ou não de abuso de autoridade nas revistas policiais, ou seja, se a maneira com que é exercido o poder de polícia na realização da busca pessoal fere princípios constitucionais como os da intimidade e da dignidade humana. Para isso é necessária à conceituação e estudo específico da busca pessoal sob o enfoque da formação da fundada suspeita, requisito obrigatório para a realização da busca pessoal no indivíduo. 2.1 A busca pessoal no ordenamento jurídico brasileiro Historicamente, Nassaro (2011) identifica que o primeiro relato de busca pessoal

31 31 encontra-se no Livro do Gênesis, parte III, A História de José, da Bíblia Sagrada. (Livro do Gênesis, parte III, Capítulo 44, versículos 9-12), a seguir transcrito: [...] Se o senhor encontrar a taça com um de seus servos, que ele morra e nós nos tornaremos escravos de seu amo. Seja como dissestes! Aquele com quem for encontrada a taça será meu escravo. O mordomo respondeu: De acordo. Aquele com quem for encontrada a taça será meu escravo, e os outros ficarão livres. Cada um colocou depressa sua saca de trigo no chão e a abriu. O mordomo se pôs a examiná-los começando pelo mais velho e terminando pelo mais novo, e encontrou a taça na saca de Benjamin. (BÍBLIA SAGRADA, 1990, p. 60). A partir da citação acima transcrita, nota-se que o instituto da busca pessoal é antigo. Evoluiu com o passar dos anos, porém a sua essência, seu objetivo de encontrar algo permaneceu. Assim, como mencionado anteriormente, a segunda modalidade de busca prevista no ordenamento jurídico brasileiro é a Busca Pessoal, elencada no 2º, do art , do Título VII da Prova, do capítulo XI DA BUSCA E DA APREENSÃO do Código de Processo Penal, (VADE MECUM, 2011, p. 641). Conforme o artigo supracitado será realizada a busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; armas e munições, instrumentos utilizados para a prática de crime ou destinados a fim delituoso; objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; ou ainda, para colher qualquer elemento de convicção. Portanto, ao lado da busca domiciliar, o ordenamento jurídico prevê a busca pessoal, ou seja, [...] aquela que incide diretamente sob o corpo do agente (LOPES JUNOIR, 2011, 6 Art A busca será domiciliar ou pessoal. 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados para a prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender pessoas vítimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicção. 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.

32 32 p. 706). No entanto, a revista pessoal não se restringe apenas ao corpo do indivíduo, mas também às roupas e objetos que estão em sua posse. Tal afirmação é consubstanciada na definição que Nucci (2008, p. 500) dá ao significado de Pessoal, ao esclarecer que Pessoal é o que se refere ou pertence à pessoa humana. Pode-se falar em busca com contato direto ao corpo humano ou a pertences íntimos ou exclusivos do indivíduo, como a bolsa ou o carro. Já, Mirabete (2008, p. 323) preceitua busca pessoal como sendo a [...] inspeção do corpo e das vestes de alguém para apreensão dessas coisas. Inclui, além disso, toda a esfera de custódia da pessoa, como bolsas, malas, pastas, embrulhos etc., incluindo os veículos em sua posse (automóveis, motocicletas, barcos etc). Desta forma, observando e unindo os conceitos dos termos de busca no genérico com o conceito de pessoal pode-se definir a Busca Pessoal, como a procura, no corpo do indivíduo e em seus pertences e objetos ou materiais que possam servir de prova ou que sejam interessantes para o processo penal. Nota-se, portanto, que o termo pessoal pode abranger até mesmo o veículo, exceto aqueles destinados a moradia (trailer, motor casa). É necessário que os objetos procurados estejam ligados ao corpo da pessoa, em sua posse ou em contato direto com a pessoa, bem como, que se relacionem com a investigação (PITOMBO, 2005, p. 145). Assim, além de incidir nas vestes ou nos objetos que a pessoa traga consigo e em seu veículo, a busca pessoal também será feita diretamente no corpo do indivíduo. Nucci (2009, p. 537), ao tratar da abrangência da busca pessoal, especifica que: [...] envolve as roupas, o veículo (como já sustentado acima), os pertences móveis que esteja carregando (bolsas, mochilas, carteiras etc.), bem como o próprio corpo. Esta última hipótese deve ser tratada com especial zelo e cuidado, pois significa ato extremamente invasivo. Pode, no entanto, ser necessária a diligência, como tem ocorrido nos casos de tráfico de entorpecentes, quando os suspeitos carregam, entre as nádegas ou os seios, pequenos pacotes contendo drogas. A busca, pessoal, segundo ensinamentos de Nassaro (2007), ainda pode ser direta e indireta. Diz-se direta, aquela em que há um contato direto com o corpo do revistado, e

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