MEDIDA DA RAZAo DE RANIIFICACAo DO DECAIMENTO D+ --t K-K+K+ DUPLAMENTE SUPRIMIDO POR CABIBBO. Hendly da Silva Carvalho
|
|
- Iago Padilha Canejo
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 MEDIDA DA RAZAo DE RANIIFICACAo DO DECAIMENTO D+ t KK+K+ DUPLAMENTE SUPRIMIDO POR CABIBBO Hendly da Silva Carvalho TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE FISICA DA UNI VERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECEssARIOS A OBTENCAo DO GRAU DE DOUTOR. Aprovada por: Prof. Ignacio Alfonso de Bediaga e Hickman (OrientadorPresidente da Banca) Prof. Anibal Jose Ramalho Prof. Bernard Marie :\larechal Prof. Jose Antonio l\lartins Simoes Prof. Leandro Salazar de Paula Rio de Janeiro, RJ BRASIL JULHO DE 1997
2 CARVALHO, Hendly da Silva Medida da Razao de Ramifica~ao do Decaimento D+ t KK+K+ Duplamente Suprimido por Cabibbo. Rio de Janeiro, UFRJ, IF, XII, 154 f. Tese: Doutor em Ciencias (Fisica) 1. Razao de Ramifica~ao 2. Decaimento Fraco 3. Supressao por Cabibbo Teses 1. Universidade Federal do Rio de Janeiro IF. II. Titulo 11
3 RESUMO Neste trabalho, fazemos um estudo dos modos de decaimento D+ + KK+K+ e D; + K K+K+ nos dados da experiencia de produ~ao hadronica de charme E791, realizada no Fermilab. 0 decaimento D+ + KK+K+ e duplamente suprimido por Cabibbo, enquanto que 0 D; + KK+K+ possui apenas uma supressao de Cabibbo. Encontramos 11,6 ± 3,9 eventos na regiao de massa do D+ e 8,9 ± 3,3 eventos na regiao de massa do D;. Obtivemos que a razao de ramifica~ao do D+ + KK+K+ e (3,7 ± 1,3 ± 0, 6) x 10 4 e que a razao do D; + KK+K+ relativa ao canal D; + </)7r+ e (4,2±1,5±0,6) x ABSTRACT In this thesis, we performed a study for the decay modes D+ + KK+K+ and D; + KK+K+, using the data collected by the E791, a hadroproduction of charm experiment at Fermilab. The D+ + K K+K+ decay is doubly Cabibbo supressed while the D; + KK+K+ decay is singly Cabibbo supressed. vve found 11.6 ± 3.9 events in the D+ mass region and 8.9 ± 3.3 in the D; mass region. The D+ + K K+K+ branching ratio is measured to be (3.7 ± 1.3 ± 0.6) x 10 4 while the D; + KK+K+ branching ratio relative to D; + </)7r+ is measured to be (4.2 ± 1.5 ± 0.6) x
4 Capitulo 1 Introdu~ao Desde a descoberta da ressonancia Jj\J!(cc), ha mais de 20 anos atras, a fisica do charme tern sido uma area de grande interesse e, conseqiientemente, bastante investigada. Urn dos principais motivos deste interesse vern do fato que 0 quark charmoso eo primeiro dos assim chamados quarks pesados. Partfculas contendo estes quarks possuem massa suficientemente grande de maneira que alguns aspectos de QCD perturbativa sao aplicados tanto no estudo de produ~ao quanto no estudo de decaimentos. as decaimentos fracos de hadrons que possuem 0 quark charmoso fornecem urn otimo laboratorio para se investigar os efeitos da intera~aoforte na fronteira entre os regimes perturbativo e nao perturbativo. Os decaimentos fracos leptonicos e semileptonicos'sao razoavelmente bern descritos pela teoria, ao passo que os decaimentos hadronicos continuam sendo urn desafio para a teoria atualmente existente. A origem da diferen<;a entre as vidas medias dos mesons charmosos pseudoescalares esta associada com os decaimentos hadronicos destes mesons. Enquanto as taxas de decaimentos semileptonicos do DO e do D+ sao as mesmas, a taxa total de decaimentos hadronicos favorecidos por Cabibbo do DO e cerca de 3,2 vezes maior do que a do D+. 1
5 Capitulo 1. IntrodUl;ao 2 Existem pelo menos duas explica<;oes plausiveis para estas diferen<;as. A taxa de decaimento hadronico favorecido por Cabibbo do D+ pode ser suprimida devido ao fato de que e possivel obter 0 mesmo estado final atraves dos dois tipos de diagramas espectadores existentes, havendo a possibilidade de uma interferencia destrutiva [13]. 0 mesmo nao ocorre para 0 DO e D;, pois neste caso os dois tipos de diagramas espectadores levam a estados finais diferentes. Tambem e possivel que as vidasmedias do DO e D; sejam aumentadas devido it contribui<;ao dos diagramas naoespectadores, que ocorrem nos principais modos de decaimento destes mesons, mas que nao ocorrem no principais modos de decaimentos do D+. A hip6tese da contribui<;ao significativa dos diagramas naoespectadores pode ser testada a partir das medidas experimentais das razoes de ramifica<;ao de canais charmosos, cujos decaimentos ocorram via diagramas naoespectadores. as canais duplamente suprimidos por Cabibbo do D+ sao de particular interesse, haja vista que se pode encontrar decaimentos ocorrendo apenas atraves de diagramas naoespectadores, como por exemplo o canal D+ KK+K+. Alem disso, nos casos de decaimentos de dois corpos nao existe a interferencia destrutiva entre os dois tipos de diagramas espectadores. Estes decaimentos sao muito raras devido it supressao de Cabibbo. Considerando apenas os termos de acoplamento de sabor, esses decaimentos sao cerca de 400 vezes menos provaveis que os decaimentos favorecidos por Cabibbo. Com 0 advento de experiencias de alta estatistica tomouse possivel a determina<;ao experimental das razoes de ramifica<;ao de alguns canais duplamente suprimidos por Cabibbo. A primeira observa<;ao experimental de urn canal duplamente suprimido por
6 .. Capitulo 1. Introdu<;ao 3 Cabibbo foi feita em 1991 [27] pela colabora<;ao E691, analisando 0 canal D+ + K+. o valor da razao de ramifica<;ao obtida deste canal relativa ao canal D+ + 7r+ foi (5, 8~~:~ ± 0,7) x Em 1993 foi publicado pela vva82[2:l] a medida da razao de ramifica<;ao do canal D+ + KK+K+ relativa ao canal D+ + 7r+, cujo valor obtido foi (4,9 ± 2,3 ± 0,6) x Contudo, 0 resultado experimental mais recente a respeito deste canal, obtido pela colabora<;ao E687 [22], onde foi estabelecido 0 limite superior de 2,5 x 10 2 (90%C..), que esta em claro desacordo com 0 resultado obtido pela WA82. A E687 tambem estabeleceu urn limite superior para 0 valor da razao de ramifica<;ao do D+ + K+ relativa ao canal D+ + 7r+, obtendo 0 resultado de 2,1 x 10 2 (90%C..). Apesar deste resultado ser menor do que 0 obtido pela E691, nao esta inconsistente com aquele. A E791, uma experiencia com alvo fixo realizada no Fermi National Accelerator Laboratory (FERMILAB), teve como principal objetivo estudar a produ<;ao e 0 decaimento das particulas charmosas em intera<;5es pionnucleon. Durante a tomada de dados foram armazenados cerca de 20 bilh5es de eventos em 24 mil fitas de 8mm. Obtevese cerca de 200 mil eventos charmosos totalmente reconstruidos. A E791 tinha a maior amostra de eventos charmosos totalmente reconstruidos e, portanto, tern condi<;5es de comprovar e melhorar os resultados experimentais atuais. Isto nos motivou a estudar 0 canal D+ + KK+K+. Neste sentido a experiencia E791 apresentou 0 resultado experimental mais recente da razao de ramifica<;ao do canal duplamente suprimido por Cabibbo D+ + K+7r+7r
7 Capitulo 1. lntrodut;ao 4 relativa ao canal D+ ~ K7r+7r+ [23], obtendo 0 seguinte resultado: (1.1 ) onde 0 sinal obtido tinha 59 ± 13 eventos. Nesta tese medimos as razoes de ramifica<;ao No capitulo 2 apresentamos os elementos essenciais para 0 entendimento do contexto no qual se insere 0 presente trabalho. Discutimos a questao da diferen<;a das vidasmedias dos mesons pseudoescalares e mostramos como as medidas experimentais da razao de ramifica<;ao de alguns modos de decaimentos, como por exemplo 0 D+ + KK+K+, podem ajudar a elucidar esta questao. Tambem mostramos os resultados experimentais existentes a respeito dos decaimentos duplamente suprimido por Cabibbo. No capitulo 3 descrevemos brevemente 0 feixe, 0 alvo e 0 espectrometro da experiencia E detetor de muons recebeu mais enfase, pois 0 trabalho de modelagem destes detetores no programa de simula<;ao Monte Carlo foi parte de meu trabalho de doutoramento. No capitulo 4 abordamos 0 trabalho de reconstru<;ao dos dados e sele<;ao de eventos da amostra do D+ + KK+K+. Tambem descrevemos 0 ~v'lonte Carlo utilizado na E791. No capitulo 5 apresentamos 0 trabalho de analise desenvolvido na procura dos modos de decaimentos D+ + KK+K+ e D: + KK+K+, mostramos os diversos procedimentos adotados para obtermos os cortes finais de analise e discutimos os possiveis canais de decaimento charmosos (reflexoes) que podem fazer parte do background no espectro No capitulo 6 apresentamos os resultados de nossa analise. Mostramos 0 sinal obtido de D+ + KK+K+ contendo 11,6 ± 3, 9 eventos e 0 sinal de D: + KK+K+ contendo
8 Capitulo 1. Introdu<;ao 5 1 8,9 ± 3,3 eventos. Obtivemos que a razao de ramificac;ao do D+ t KK+K+ e (3,7 ± 1, 3±0, 60) x 10 4 e que a razao de ramificac;ao do D; t KK+K+ relativa ao D+ t </)1r+ e(4,2 ± 1,5 ± 0,63) x Por fim, apresentamos as conclus5es de nosso trabalho.
9 Capitulo 2 Aspectos Teoricos e Resultados Existentes Neste capitulo discutimos a questao da diferen<;a das vidasmedias dos mesons charmosos e mostramos como as medidas experimentais da razao de ramifica<;ao de alguns canais especiais, como por exemplo 0 D+ KK+K+ 1, podem ajudar a elucidar esta questao. 2.1 Decaimentos as tres tipos basicos de decaimento existentes sao denominados forte, fraco ou eletromagnetico, dependendo da intera<;ao fundamental que induz 0 processo. Nas energias em que erealizado no presente, 0 estudo de partfeulas e praticamente indiferente a intera<;ao gravitacional, pois sua intensidade emuito baixa comparandose com as demais. Na tabela 2.1 mostramos algumas caracteristicas dos diferentes tipos de intera<;5es fundamentais. 1 Aqui, como no decorrer de todo 0 presente trabalho, os estados conjugados de carga estarao implicitamente incluidos. 6
10 Capitulo 2. Aspectos Te6ricos e Resultados Existentes 7 Intera<;ao tipica intensidade alcance (m) mediador vidamedia (s) relativa Eletromagnetica I Forte 102:3 1 rv g Fraca rv W±;ZO Gravitacional ? Tabela 2.1: Intera<;oes Fundamentais. As quantidades de impartancia para 0 estudo dos decaimentos sao a vida media (T), as taxas de decaimento (f) e as razoes de ramifica<;ao (B). o conceito de vida media, herdado da fisica nuclear, parte de uma lei estatistica que se obtem supondo que cada uma das particulas se desintegra independentemente das demais e, alem disso, que a probabilidade de que uma particula existente no instante t decaia no intervalo sucessivo tlt seja independente do tempo. Assim sendo, as particulas decaem segundo a lei: (2.1) onde N(t) e 0 numero de particulas existentes ap6s um intervalo de tempo t a partir de t = O. Assim, a vidamedia e 0 intervalo de tempo dentro do qual 63,2% das particulas iniciais decairam, onde, par convell<;ao, determinase a vidamedia usando 0 tempo medido no referencial de repouso das particulas (tempo proprio). A taxa de decaimento f i e a probabilidade que uma dada particula ira decair em um determinado canal. As taxas'de decaimento sao grandezas aditivas e, portanto, somandose todas as larguras de decaimentos possiveis f i para a particula, obtemos a taxa total f, que obedece it rela<;ao: (2.2)
11 Capitulo 2. Aspectos Te6ricos e Resultados Existentes 8 Finalmente, as raz6es de ramifica<;ao B i (Branching Ratio), dao a importancia relativa de urn determinado modo de decaimento da particula, e sao definidos como: (2.3) 2.2 Decaimento Fraco de Mesons Charmosos Pseudoescalares Os mesons charmosos sao estados ligados de urn quark charmoso com urn antiquark leve (u,d ou s). Os mesons charmosos, de mais baixa massa, 0 DO(cii), 0 D+(cd) e D:(cs), sao estados singletos de spin com JP = 0 (pseudoescalar). Suas principais caracteristicas [5] sao mostradas na tabela 2.2. DO quarks I( P') massa (GeV) T(10 1 :ls) cu. 1/2(0) 1,8645 ± 0,0010 4,21 ± 0, 10 D+ cd 1/2(0) 1, 8694 ± 0, ,62 ± 0,28 D+ s cs 0(0) 1,9691 ± 0,0012 4,45±0,30 Tabela 2.2: Mesons charmosos pseudoescalares Os mesons pseudoescalares nao podem decair via intera<;ao forte, pois esta intera<;ao conserva sabor e nao hci estados mais leves de mesons com os mesmos sabores. A intera<;ao fraca carregada, por outro lado, nao conserva sabor, tornandose a unica possibilidade destes mesons decairem. De acordo com 0 modelo padrao [1, 2, 3], os processos envolvendo troca de sabor sao mediados somente pelos bosons vetoriais TV±, pois a ocorrencia destes processos envolvendo correntes fracas neutras (Zo) sao proibidos [6]. A fenomenologia das intera<;6es
12 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 9.. fracas carregadas e descrita atraves de uma estrutura tipo correntecorrente, dentro do limite de nosso interesse, ou seja, a do decaimento das particulas charmosas aonde a energia transferida edesprezivel frente amassa do boson vetorial intermediario. Neste caso, as intera<;oes podem ser tratadas como puntuais. Assim, temos que a amplitude de transi<;ao da corrente carregada e dada por: ~Jf _ GF JtJa iv1,,;2' a onde G F e a constante de acoplamento de Fermi e J a e a corrente fraca carregada. (2.4) A corrente fraca J a e dada pela soma de dois termos: (2.5) onde ze> e uma corrente leptonica e h a e uma corrente hadronica. Conseqiientemente, a amplitude dada pela equa<;ao 2.4 fornece tres tipos de processos fracos: puramente leptonicos, semileptonicos e naoleptonicos. De acordo com 0 modelo padrao das intera<;oes eletrofracas, as correntes fracas carregadas acoplam apenas estados pertencentes ao mesmo isodubleto de isospin fraco [7, 8]. Os dois isodubletos relevantes para 0 decaimento do quark charmoso sao: (;) e (~) (2.6) onde os estados d' e 8' relacionamse aos estados d e 8 atraves da seguinte transforma<;ao unit<iria: sen()c) (d). cos()c s (2.7)
13 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 10 o angulo Be (conhecido como angulo de Cabibbo) determina 0 acoplamento fraco entre 0 quark c com os quarks S ou d. Como 0 valor de Be e pequeno (Be = 0,21), os decaimentos do tipo c + d sao suprimidos por urn fator tan 2 B c em rela<;ao a decaimentos do tipo c + s. Esta e a chamada supressao por Cabibbo. As intera<;6es fracas carregadas possuem estrutura V A (V=vetorial;A=vetoraxial). Esta estrutura traduz 0 fato de que apenas fermions (antifermions) de helicidade negativa (positiva) participam destas intera<;6es. No acoplamento entre leptons, como por exemplo no aclopamento e Ve, 0 elemento de matriz de la e dado por: (2.8) onde U e e U v sao espinores de Dirac. As correntes hadronicas possuem estrutura mais complexa, visto que os hadrons sao afetados pelas intera<;6es fortes. Nos processos puramente hadronicos, que sao os processos que nos interessam, e necessario a aplica<;ao de tecnicas naoperturbativas, cujaformula<;ao nao e ainda bern estabelecida. A.lem disso, utilizase a aproxima<;ao de fatoriza<;ao, na qual a amplitude de decaimento hadronico edescrita atraves do produto de elementos de matrizes das correntes fracas. Como ja foi visto, 0 quark charmoso pode decair via intera<;ao fraca em sou d, enquanto que os basons produzidos podem decair leptonicamente no par (l, VI) ou hadronicamente no par (if1, q2) (figura 2.1).
14 ' Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 11 Figura 2.1: Decaimentos hadronico (a) e semiieptonico (b) do quark c 2.3 Calculo da VidaMedia Em primeira ordem, os processos de decaimentos fracos podem ser descritos por quatro diagramas de quarks, os quais podem ser vistos na figura 2.2. Figura 2.2: Diagramas que descrevem, em primeira ordem, os decaimentos dos mesons charmosos: (a) Emissao externa de W; (b) Emissao interna de W; (c) Aniquila~ao de W; (d) Troca de W. as diagramas (a) e (b) descrevem os chamados processos espeetadores (processo de decaimento de sabor), ja que urn dos quarks iniciais continua existindo no estado final, comportandose como urn mero espectador do processo. Os diagramas (c) e (d), por outro lado, descrevem os processos naoespeetadores. Nesse caso nenhum dos quarks iniciais esta presente no estado final. 0 primeiro descreve urn processo de aniquilac;ao de \V enquanto
15 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 12 que 0 segundo descreve urn processo de troca de VV 2. Como os estados observaveis sao singletos de cor, urn par qij so pode se hadronizar ern urn meson, caso ambos possuam cores opostas, de modo que a combinac;ao possa ser urn singleto de cor. Obervandose os diagramas (a) e (c) da figura 2.2 verificamos que 0 par quarkantiquark originado pelo decaimento W pode ter qualquer par de coranticor, o que nao ocorre ern (b) e (d), onde as cores dos quarks inciais fixam as cores do par criado. Aprimeira vista, esta exigencia de acoplamento de cores introduz urn fator 3 nas amplitudes dos diagramas (a) e (c), devido as 3 diferentes combinac;oes de cores possiveis para os quarks no estado final destes diagramas. Podemos estimar as contribuic;oes dos diversos processos da figura 2.2 atraves de urn tratamento simplificado, onde para os processos espectadores usamos a hipotese de que o quark leve ij nao altera 0 comportamento do quark c, e que os quarks envolvidos neste decaimento podem ser considerados livres. Por simplicidade e clareza, restringirnosemos aos processos de decaimento do meson n:, cujos principais modos de decaimento recebem contibuic;oes de diagramas do tipo espectador tanto quanto do naoespectador. Para avaliar as contribuic;oes dos canais descritos por graficos espectadores 3, podemos fazer uma analogia corn 0 decaimento do muon, /l + evev, IJ cujo calculo e bastante conhecido [7, 8]: (2.9) onde GF e a constante de Fermi e m c e a massa do quark c (rv 1,5 GeV). 2Para os deeaimentos em que 0 \V deeai leptonieamente, temos a eontribui<;ao de diagramas do tipo (a) (semileptonieo) e do tipo (e) (puramente leptonieo) 3Nesta abordagem, as eontribui<;6es dos deeaimentos semileptonicos sao ealeulados de maneira amiloga
16 Capitulo 2. Aspectos Te6ricos e Resultados Existentes 13 l No caso dos processos envolvendo gnificos naoespectadores, seguindo a mesma linha de raciocinio, podemos fazer uma analogia dos diagramas (c) e (d) da figura 2.2 com 0 diagrama que descreve 0 decaimento do pion [7, 8], 7r ~ /cvj.l' Dentro das hipoteses ja consideradas, obtemos que a contribui<;ao naoespectadora para 0 decaimento do D; e dado por: (2.10) onde.fd; e a constante de decaimento do meson D s (experimentalmente.fd; = 241 ± 37A1eV [9]), ml e m2 sao as massas dos quarks finais (ambas inferiares a 0,5 GeV) e m D + rv 1,97GeV. 0 fatar contendo as massas dos quarks finais representa a chamada s supressao par helicidade. Comparando as rela<;6es 2.9 e 2.10 e levandose em conta que f D+' ml e m2. sao muito menares que m c e md+, esperariamos que as contribui<;6es dos processos espectadores para os decaimentos fracos dos mesons charmosos fossem muito maiores do que as contribui<;6es dos processos naoespectadores. Desta forma, 0 chamado modelo espectador seria a primeira aproxima<;ao na descri<;ao desses decaimentos. Este modelo sugere que a vidamedia dos mesons charmosos e menor que a vidamedia do muon par urn fator da ordem de (~)5, 0 que representa uma extrapola<;ao par mais me de seis ordens de grandeza, e que esta em born acordo com a vidamedia inclusiva para os mesons charmosos [5]. Por outro lado este modelo preve as mesmas vidasmedias para os mesons D+, DO e D;, 0 que esta em franco desacordo com as informa<;6es experimentais. Os valores medidos sao [5]: 2,52 ± 0,09, (2.11)
17 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes ,09, 0,07' (2.12) Estes resultados mostram claramente que 0 tratamento anteriormente adotado, e por demais simplificado para descrever detalhadamente os decaimentos de mesons charmosos e, portanto, e necessario procurar modelos mais detalhados, em que as intera<;oes fortes tambem sejam inclufdas. Urn tratamento quantitativo para os decaimentos hadr6nicos fracos favorecidos por Cabibbo 4 parte da Hamiltonia efetiva [10, 11, 12]: (2.13) onde (1 ""5)ds,."J.L(1 "")c U"V. IJ.L / / /0' (2.14) (2.15) e C1 e C2 representam as corre<;oes da intera<;ao com gluons duros (correc;oes de QCD em pequenas distancias) e, portanto, sao calculados perturbativamente. De acordo com a QCD estes parametros possuem sinais opostos. o operador 0 1 descreve a interac;ao de corrente carregada usual, enquanto 0 operador O 2 descreve a interac;ao neutra efetiva gerada pelos efeitos de QCD em pequenas distancias. o d.lculo das amplitudes de transic;ao fraca e feito usualmente atraves da hipotese de que as amplitudes possam ser fatorizadas [13] em urn par de elementos de matrizes. 4A generalizal,;ao para os decaimentos suprimidos por Cabibbo e feita de maneira amiloga.
18 Capitulo 2. Aspectos Teorieos e Resultados Existentes 15 Neste caso ocorre a substitui<;ao de campos de intera<;ao por campos assintoticos, e e negligenciada qualquer intera<;ao de estado final das particulas. Desta forma a Hamiltoniana efetiva passa a ser escrita como (2.16) com (2.17) e (2.18) onde ~ = i~c e N e e 0 numero de cores. Podese mostrar [13] que as amplitudes dos diagramas de quarks (a) e (c) da figura 2.2 sao proporcionais a at, enquanto que os diagramas (b) e (d) da mesma figura possuem amplitudes proporcionais a a2. No caso do D+ e possivel obter 0 mesmo estado final atraves dos dois diagramas espectadores (ver figs. 2.2a e 2.2b), 0 que levaria it possibilidade uma interferencia destrutiva, ja que at e a2 possuem sinais contrarios. 0 mesmo nao ocorre para 0 DO e D;, pois neste caso os dois tipos de diagramas espectadores levam a estados finais diferentes. No limite em que ~ + 0, ou seja N e + 00, esta interferencia poderia ser significativa [13], 0 que poderia explicar a diferen<;~ vidas medias dos mesons charmosos. Uma outra hipotese para se explicar as rela<;oes 2.11 e 2.12 seria levar em conta a contribui<;ao dos diagramas naoespectadores, que ocorrem nos modos mais importantes de decaimentos dos mesons DO e D;, mas que nao ocorrem nos principais modos de decaimentos do D+. A supressao por helicidade, que representa um argumento desfavoravel
19 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 16 aos diagramas naoespectadores, poderia ser compensada pela presen<;a de gluons (spin 1) no estado inicial, que livraria 0 sistema (cij) de seu carater pseudoescalar. Alem disso a mesma supressao pode ser contornada, para alguns canais especificos, pela existencia, na regiao de massa dos mesons D, de ressonancias com os mesmos numeros quanticos associados ao decaimento [10]. Por exemplo, uma possivel explica<;ao para a grande razao de ramifica<;ao do decaimento DO ~ J(0, poderia ser a existencia de urn meson pseudoescalar com os numeros quanticos do kaon, na regiao de massa do DO. Dutro modelo proposto por Basdevant et al [14], onde a fun<;ao de onda dos quarks e representada por fun<;6es de onda de particulas livres moduladas por uma gaussiana, leva naturalmente a urn aumento da importancia das contribui<;6es naoespectadoras no decaimento dos mesons charmosos [15]. A hip6tese da contribui<;ao significativa dos diagramas naoespectadores pode ser testada, a principio, a partir das medidas experimentais das raz6es de ramifica<;6es de canais charmosos, cujos decaimentos ocorram apenas via diagramas naoespectadores. Bigi e Fukugita [18] apontaram 0 decaimento DO ~ J(o como uma prova irrefutavel da contribui<;ao significativa dos processos naoespectadores, ja que esse decaimento s6 pode ocorrer via 0 proeesso de troea de \V (ver fig. 2.3). Assim, a observa<;ao experimental daquele deeaimento com B(DO ~ J(O) = (8, 5±1, 0) x 10 3 [5] foi interpretada como uma evidencia de que as eontribui<;6es dos diagramas de troea de sabor nao sao despreziveis. No entanto, posteriormente, Donoghue [19] afirmou que 0 decaimento DO ~ J(o nao indieava neeessariamente uma eontribui<;ao de troea de ltv, propondo que 0 mesmo poderia oeorrer via reespalhamento forte dos quarks no estado final de outros deeaimentos
20 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 17 espectadores (intera~ao de estado final), principalmente de DO + K* 7] (ver figura 2.4). Verificouse posteriormente que a razao de ramifica~aodeste canal era pequena, e que na verdade os canais intermediarios mais plauslveis de produzirem, atraves de intera~oes de estado final, 0 decaimento DO + ](O seriam 0 DO + p+k e 0 DO + K*7[+, cujas razoes de ramifica~ao sao muito maiores que a do DO + ](o. No trabalho proposto por Chau & Cheng [16] a amplitude contem contribui<;oes de processos de aniquila<;ao e reespalhamento forte, mostrando contribui<;oes significativas de ambas possibilidades. E bastante dificil, devido a estas duas interpreta<;oes posslveis, estimar a real importancia dos diagramas naoespectadores baseado apenas neste canal. Devese, portanto, investigar outros canais. Figura 2.3: 0 decaimento DO ~ JKo pelo diagrama de troca de W Figura 2.4: 0 decaimento DO ~ JKo atraves do processo de interal;oes de estado final Outro resultado experimental que implica na contribui<;ao significativa dos diagramas naoespectadores e a medida da razao de ramifica<;ao do D: + 7[7[+7[+ nao ressonante, que decai apenas via diagrama de aniquila<;ao de VV e nao esta sujeito a intera<;ao de
21 Capitulo 2. Aspectos Te6ricos e Resultados Existentes 18 estado final. 0 valor de B(D: + 7[7[+7[+) e 1,0 ± 0,4% [5], 0 que corresponde a cerca de ~ da razao de ramifica<;ao do canal D: + 7[+, cujo decaimento ocorre via diagrama naoespectador de emissao externa de W. Ambos os decaimentos sao favorecidos por Cabibbo e nao sofrem supressao por acoplamentos de cores, 0 que mostra uma significativa contribui<;ao do diagrama de aniquila<;ao de W. Por outro lado 0 decaimento D; + p7[+, que tambem so pode oearrer via diagrama de aniquila<;ao de W, indica uma razao de 'fi rcd+ 'P+1r ) < 0 08 [5] d.. A rami ca<;ao pequena [(DBt '4>1r+) _,, mostran 0 uma aparente mconslstencla com Outros canais interessantes para se investigar a contribui<;ao dos processos naoespectadores, sao os canais duplamente suprimidos por Cabibbo do D+, que serao discutidos na proxima se<;ao: Canal Duplamente Suprimido por Cabibbo D+ t KK+K+ Alguns canais duplamente suprimidos por Cabibbo do D+ podem ajudar a estimar a importancia dos diagramas naoespectadores no decaimento de mesons charmosos, visto que se pode encontrar decaimentos que ocorrem apenas via diagramas de aniquila<;ao de W como por exemplo os canais D+ + K+ e D+ + KK+K+ nao ressonante (ver fig. 2.5). Alem disso, no caso de decaimentos duplamente suprimidos em dois corpos, que esperamos que sejam dominates como no caso nao suprimido e com uma supressao de Cabibbo, nao existe a possibilidade de interfer mcia destrutiva entre os dois tipos de diagramas espectadores devido aos termos de cor. Portanto esta classe de decaimentos do D+ pode trazer importantes informa<;oes sobre esta antiga polemica, atraves da compara<;ao
22 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 19 direta dos diversos canais. A dificuldade de observa~ao desta classe de canais provem do fato que os decaimentos duplamente suprimidos por Cabibbo sao muito raros, pois considerando apenas a dependencia com 0 lingulo de Cabibbo, temos que a cada supressao de Cabibbo esta associado urn fator 20 (tan 2 ()c). Portanto, urn decaimento simplesmente suprimido por Cabibbo e 20 vezes mais provavel do que urn decaimento duplamente suprimido por Cabibbo, e este por sua vez e cerca de 400 vezes mais improvavel que 0 correspondente decaimento favorecido por Cabibbo. Caso a diferen~a entre as larguras do D+ + <jjk+ com os tambem duplamente suprimidos por Cabibbo D+ + K+po e D+ + K* 1r+ seja grande (como no caso dos canais DO + <jjko e DO + p+k e 0 DO + K*1r+), permanecera a duvida sobre a contribui~ao do grafico naoespectador. J<i 0 canal D+ + KK+K+ nao ressonante nao esta sujeito a processos de reespalhamento forte, da mesma forma que 0 canal nao ressonante D; + 1r1r+1r+, sendo, portanto, urn canal importante para se quantificar a contribui~ao nao espectadora. E interessante notar, que devido ao espa~o de fase, 0 decaimento do D+ em tres kaons carregados no estado final pode ter somente contribui<;oes do canal ressonante D+ + <jjk+ e do canal nao ressonante D+ + K K+K+. Diferentemente do D; + 1r1r+1r+, onde sao possiveis inumeras contribui~6esressonantes, dificultando
23 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 20 assim a individualiza<;ao da componente nao ressonante. Figura 2.5: Os decaimentos D+ > (/)K+ (a) e D+ > KK+K+ (b) atraves do processo de aniquilal;ao de W Com 0 advento das experiemcias de altas estatisticas tornouse vicivel a determina<;ao experimental das razoes de ramifica<;ao de alguns canais duplamente suprimidos por Cabibbo. A primeira observa<;ao experimental de urn decaimento duplamente suprimido por Cabibbo foi feita em 1991 pela colabora<;ao E691 [20], analisando 0 canal D+ ~ cpk+. o valor obtido para a razao de ramifica<;ao deste canal relativa ao canal D+ ~ qnr+ obtida foi: B(D+ ~ JK+ ) +3,2. 2 B(D+. +) (0,8_2,6 ± 0, 7) x 10, ~ cpr. (2.19) onde apenas 4, 5~~:6 eventos foram encontrados. Em 1993 foi publicado pela \VA82 [21] a medida da razao de ramifica<;ao do canal D+ ~ KK+K+ relativa ao canal D+ ~ r.+, cujo valor obtido foi: (2.20) Este resultado foi por demais surpreendente, mostrando que a razao de ramifica<;ao do D+ ~ KK+K+ era cerca de 50% do valor do canal simplesmente suprimido por Cabibbo
24 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 21 Contudo, 0 resultado experimental mais recente [22] obtido pela colabora~ao E687 esta em claro desacordo com resultado obtido pela \VA82: B(D+ t KK+K+ ) B(D+ t cj)';r+ ) < 2,5 x 10 2 (90% C.L.). (2.21) A E687 tambem mediu a razao de ramifica<;ao relativa do D+ t K+, obtendo 0 seguinte resultado: B(D+ t K+ ) 2 B(D+ t 1r+ ) < 2,1 x 10 (90% C.L.). (2.22) Apesar deste resultado indicar urn limite superior inferior ao que foi obtido pela E691, nao esta estatlsticamente inconsistente com aquele. A E791 e a experiencia que possui a maior amostra de eventos charmosos totalmente reconstruidos 5 e, portanto, tern condi~6es de comprovar e melhorar os resultados experimentais atuais. Isto nos motivou a investigar 0 canal D+ t KK+K+. A E791 apresentou 0 resultado experimental mais recente da razao de ramifica<;ao do canal duplamente suprimido por Cabibbo D+ t K+1r+1r relativa ao canal D+ t K1f+1f+ [23], obtendo 0 seguinte resultado: (2.23) onde foi encontrado urn sinal contendo 59 ± 13 eventos (ver fig. 2.6(a)). A E687 tambem mediu esta razao de ramifica<;ao relativa obtendo resultado equivalente [24]: (2.24)
25 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes D. ;: It ~::s: ; II) ~ 6 ~ ~ 4 f'. \1.., 2 0 III f I I I I I I I I J.8 /.9 1 M(K+w.7C+) GI!Vlc 2 (b) ~ Figura 2.6: Espectros de massa K+7f+7f obtidos pela E791 (a) e pela E687 (b) onde 0 sinal obtido tinha 20,9 ± 6,6 eventos (ver fig. 2.6(b)). as dois resultados obtidos sao compativeis. A medida obtida pela E791 POSSUl enos estatlstico e sistematico inferiores aos que foram obtidos na E sinal obtido na E791 ecerca de 3 vezes maior do que 0 sinal obtido na E687. Na figura 2.6 epossivel comparar os espectros de massa do D+ + K+1r+1r obtidos pela E791 e E687. o decaimento D+ + K+1r+1r pode ocorrer via diagramas espectadores e aniquilac;ao de W (ver fig. 2.7) e, portanto, e interessante confrontar este resultado com 0 resultado experimental da razao de ramifica<;ao do D+ + KK+K+. Caso esses resultados sejam da mesma ordem, teremos urn forte indicio de uma contribui<;ao significativa do diagrama 5 A experiencia E831 (Fermilab), que esta terminando a sua tomada dados, tera em breve uma amostra de evelltos charmosos superior a da E791
26 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 23 de troca de W. Figura 2.7: as diagramas que descrevem 0 decaimento do D+ + K+1f+1f. 2.5 Decaimentos do D.i com uma Supressao de Cabibbo A E687 obteve a primeira medida da razao de ramifica<;ao de urn decaimento simplesmente suprimido do D;. 0 canal analisado foi 0 D; ~ K+ 7[+7[. 0 valor da razao de ramifica<;ao deste canal relativa ao canal D; ~ <p7[+ foi: B(D; ~ K+7r+7r ) B(D; ~ <P 1r +) = 0,28 ± 0,06 ± 0,05 (2.25) A E687 tamem analisou 0 modo de decaimento D; ~ KK+K+, obtendo 0 seguinte limite superior: (2.26) Este canal tern a contribui<;ao de tres graficos, como mostraclo na figura 2.8
27 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 24 Figura 2.8: Os diagramas que descrevem 0 decaimento do D; ~ KK+K Determina~aoda Amplitude de Transi~aodo Canal D+ + KK+K+ Nao Ressonante Infelizmente, ate 0 presente momento, ainda nao existe urn tratamento teorico para a descri<;ao do decaimento de 3 corpos, existindo apenas uma abordagem do ponto de vista puramente fenomenologico. Podese descrever a amplitude de decaimento do processo D+ l KK+K+ nao ressonante baseado no modelo fenomenologico proposto por Gourdin et al [25]. Aplicando a hipotese de fatorizac;ao a este decaimento, que se processa via 0 mecanismo de aniquila<;ao, obtemse que a estrutura geral do elemento de matriz desse decaimento e dado por: onde al eo parametro fenomenologico dado pela rela<;ao 2.17; V ed e V us sao os elementos da matriz de CabibboKobayashiMaskawa [4].
28 Capitulo 2. Aspectos Tearicos e Resultados Existentes 25 o elemento de matriz da diverg mcia do vetor axial fraco entre 0 vacuo hadronico e 0 meson pseudoescalar D+ e dado poi: (2.28) onde Pb eo quadrimomento do meson D+ e.fd e a sua constante de decaimento, calculada a partir dos decaimentos semileptonicos. A forma mais geral que descreve a corrente hadronica JIl(K+, K 1 K+) e dada por quatro fatores de forma [26]: (2.29) com Vi (qi q3) v ( gllv cj2 QIlQV) 1 (2.30) Vi (q2 q3)v ( gllv cj2 QIlQV), (2.31) Vf lla,b{ C QIaQ2Bq37' (2.32) Vr qr + q~ + Q~ = Qil. (2.33) as termos proporcionais a F I e F 2 (F 3 ) sao originados a partir da corrente vetorialaxial (vetorial) e correspondem a termos de spin fator F 4 se origina da parte de spin zero da corrente vetorialaxial. Substituindo as rela<;oes 2.28 e 2.29 na equa<;ao 2.27, obtemos que a amplitude de transi<;ao do D+ t KK+K+ e dada em fun<;ao de urn unico fator de forma atraves da seguinte rela<;ao: (2.34)
29 Capitulo 2. Aspectos Teoricos e Resultados Existentes 26 onde F 4 (E 1, E 2 ) depende de duas variaveis, escolhidas como as energias dos kaons. A razao de ramificac;ao do canal D+ t KK+K+ e calculada atraves da seguinte relac;ao: (2.35) onde N e 0 fator de normalizac;ao: N = TD+ _1 1_!a2 (G F m D +)2 Iv 1 2 1V: 12 / 2 1i md+ 641[3 2 1 J2 cs ud D+ (2.36) e Tea integral do espac;o de fase dada por: (2.37) o fator ~ na relac;ao 2.36 e devido a presenc;a de dois kaons de mesmo sinal no estado final. Assim a medida experimental da razao de ramificac;ao do D+ t KK+K+ nao ressonante permitira a determinac;ao da integral de espac;o de fase T (ver relac;ao 2.37). Se tomarmos F 4 como sendo independente das energias dos kaons, como foi feito no trabalho [25], poderemos estimar 0 valor do fator de forma F 4 da relac;ao 2.37.
30 ., Capitulo 3 A Experiencia E791 A E791 e a terceira experiencia de alvo fixo e de alta estatlstica realizada no Tagged Photon Laboratory (TPL) do Fermilab, dedicada ao estudo da ffsica envolvendo produ<;ao e decaimento do quark charmoso. Precederam a E791 as experiencias E691 [27, 28] e a E769 [30,31,32,33]. A E691, utilizando feixe de f6tons e alvo de berilio, foi urn marco na hist6ria da ffsica do charme, dando importantes contribui<.;oes ao estudo de decaimento e fotoprodu<.;ao de particulas charmosas. 0 grande sucesso da E691 deveuse principalmente a dois fatores: a utiliza<.;ao de detetores de vertice de siudo, que permitiu determinar com grande precisao as posi<.;oes de produ<.;ao e decaimento das particulas charmosas, e a ado<.;ao de urn trigger com 0 minimo aceitavel de restri<.;oes possibilitando a obten<.;ao de uma abundante amostra de charme. Esta filosofia de coleta de dados passou a ser adotada nas experiencias posteriores relalizadas no TPL. A E769, utilizando feixes hadronicos (K±, 7f± e p±) e alvos de aluminio, berilio, cobre e tungstenio, dedicouse ao estudo dos mecanismos de hadroprodu<.;ao de charme. 0 numero de eventos charmosos totalmente reconstruidos na E691 foi cerca de , equanto que na E769 foram reconstruidos cerca de eventos. 27
31 CapItulo 3. A Experiencia E A experiencia E791 foi desenvolvida visando a obten~ao de uma maior estatlstica de eventos charmosos, a fim de explorar toda uma nova regiao da fisica do charme, como por exemplo, a procura por decaimentos charmosos raros. 0 numero de eventos charmosos totalmente reconstruidos na E791 ecerca de 20 vezes maior do que a de suas predecessoras. A E791 utilizou feixe de pions negativos de 500 GeVIc e alvos constituidos de quatro folhas de carbono e uma de platina. 0 espectr6metro utilizado (fig. 3.1) consistia de 23 pianos de detetores de silicio (S:\lD), 2 camaras proporcionais de fios (P\VC) com urn total de 6 pianos e 4 dimaras de arrasto, contendo urn total de 35 pianos, para a determina~ao das trajetorias de particulas carregadas; 2 magnetos analisadores para a medida dos momentos de particulas carregadas; 2 contadores Cerenkov para a identificac;ao de particulas; calorimetros eletromagnetico e hadr6nico para a medida da energia neles depositada e, finalmente, dois detetores de muons, 0 primeiro constituido de 15 placas de cintiladores e 0 segundo de 16 placas de cintiladores. Os dados foram coletados de julho de 1991 a janeiro de Ao total, foram armazenados cerca de 20 bilh5es de eventos em 24 mil fitas de 8mm. 0 trabalho de reconstru~ao dos dados foi realizado de mar~o de 1993 a agosto de Foram obtidos cerca de 200 mil eventos charmosos totalmente reconstruidos. 3.1 Feixe o processo de obten~ao do feixe primario de protons de 800 GeVIc no Fermilab efeito em varias etapas envolvendo cinco aceleradores (fig. 3.2).
32 Capitulo 3. A Experiencia E I..... ti,... m"."". ~ " t!( II~ V 0 Iki~ 0. JJ II! Ij I I ~ac;..:: «; f>: Q IX W '" I W ~ ~,«0 u c:: ~ C'l z,... Ow I o I ll. o w (.) I'.) < ~ 111 u o ~ ~ Figura 3.1: 0 espectrometro da E791.
33 Capitulo.3. A Experi mcia E Booster (8 GeV) Meson '..L..."...=~, Mel Principal (500 GeV) & Tevatron(800 GeV) Neutrino ~PETPL pee Figura 3.2: 0 conjunto de aceleradores e diferentes linhas de feixe do Fermilab. o processo de acelera<;ao tern inicio no acelerador eletrostatico Cockcroft Walton, onde ions de H submetidos a uma diferen<;a de potencial de 750 kv sao acelerados ate a enegia de 750 KeV e injetados no acelerador linear LINAC de 160m de extensao. As particulas sao aceleradas no LINAC atraves de uma serie de cavidades de radiofrequencia ligadas a uma fonte de tensao que opera a uma frequencia de 200 MHZ. A a<;ao das cavidades de radiofrequencia faz com que os ions se agreguem em pequenos grupos (bunches). Esta estrutura e desfeita na saida do LINAC, quando os ions atingem a energia de 200 MeV. Os pr6ximos estagios de acelera<;ao sao realizados por tres sincrotons de diferentes caracteristicas. o sincroton e uma maquina ciclica, na qual 0 feixe de particulas e mantido em 6rbita circular atraves de dipolos magneticos. A cada volta as particulas sao aceleradas por cavidades de radiofrequencia sincronizadas, sendo necessario aumentar 0 campo magnetico dos dipolos para manteias na mesma trajet6ria. As particulas ao se deslocarem, tambem sofrem oscila<;5es espaciais transversais e longitudinais (oscila<;5es de energia), sendo necessario utilizar quadrupolos magneticos para focalizar 0 feixe.
34 Capitulo 3. A Experiencia E Os ions provenientes do LINAC ao passarem por uma fina camada de carbono perdem seus eletrons, dando origem a urn feixe de protons que e enviado para 0 primeiro sincontron (Booster). Apos serem acelerados ate 8 GeV, 0 feixe de protons e injetado no anel principal de lkm de raio, onde alcanqam 150 GeV. Durante a transferencia do feixe de protons e necessario que as fontes de radiofrequencia dos dois acelerados estejam em fase, a fim de que se mantenha a estrutura periodica do feixe. Finalmente, 0 feixe de protons passa para 0 ultimo sincontron (Tevatron), urn anel com magnetos supercondutores situado sobre 0 ane! principal, alcanqando a energia final de 800 GeV. Ao atingir a energia maxima, cerca de protons sao extraidos durante urn intervalo de 22 segundos (intervalo denominado spill) e enviados para as tres areas experimentais: Meson, Neutrino e Proton(fig 3.2). Apos urn intervalo de 34 segundos (interspill), repetese 0 processo de extraqao. A linha de feixe destinada a area de protons e ainda subdividida em P\VEST (P\V), PEAST (PE), PCENTER (PC) e PBEAST(PBE), onde esta localizado 0 TPL. Na linha de feixe do PEAST, urn fluxo tipico de protons por spill interage com urn alvo de berilio de 30 cm de espessura. Os pions produzidos na interaqao sao selecionados, focalizados e alinhados respectivamente por dois quadrupolos e dois dipolos magneticos e levados a colisao com 0 alvo da E791. Aproximadamente 42 milh6es de pions sao produzidos por spill.
35 Capitulo 3. A Experiencia E Alvo A configura<.;ao do alvo da E791 foi determinada tendo como compromisso a obten<.;ao de uma alta taxa de intera<;ao e uma reduzida probabilidade de espalhamento multiplo e intera<.;oes secundarias, que prejudicam a resolu<;ao do vertice 1. A determina<.;ao dos vertices primarios (posi<.;ao onde as partlculas charmosas sao produzidas) e secundarios (posi<.;ao onde as partfculas charmosas decaem) com uma boa resolu<.;ao e de fundamental importancia para a analise de eventos charmosos, pois permite reduzir boa parte do fundo combinatoria alvo consistiu de uma lamina de platina de O,5mm de espessura, seguida por quatro laminas de carbono de 1,6mm de espessura. A figura 3.3 mostra a posi<.;ao de cada uma das laminas do alvo, obtidas atraves da reconstru<.;ao dos vertices primarios. A pequena espessura dessas laminas fornece urn forte confinamento da posi<;ao z do vertice primario e 0 espa<.;amento entre as laminas fornece 0 volume livre para 0 decaimento das partlculas charmosas, minimizandose a contamina<.;ao por intera<.;oes secundarias na reconstru<.;ao de vertices secundarios. A platina e 0 carbono foram escolhidos devido a alta densidade que permite utilizar laminas finas, mas que ao mesmo tempo forne<.;a uma alta taxa de intera<.;ao. Cerca de 2% do total dos pions incidentes interagem com 0 alvo. A configura<;ao do alvo e suas caracteristicas sao mostrados na tabela 3.1 lchamamos de vertice 0 ponto onde duas ou mais trajet6rias se cruzam, podendo ser oriundo de uma interac;ao ou decaimento. 2eventos formados pela combinac;ao aleat6ria de trac;os.
36 Capitulo 3. A Experiimcia E ~ 800 ~ 600 ~ 400 ~ 200 ~ \ I 1 I I I I o Coordenodo Z do interoeoo (em) Figura 3.3: Posi<;ao dos vertices primarios reconstrufdos. Lamina :\laterial platina carbono carbono carbono carbono Posic;ao z (cm) 8,191 6,690 5,154 3,594 2,060 Espessura (mm) 0,52 1,57 1,57 1,53 1,58 comprimento de interac;ao(%) 0,584 0,589 0,586 0,582 0,582 Diametro (cm) 1,01 1,37 1,38 1,37 1,36 Comprimento de radiac;ao (%) 16,9 1,2 1,2 1,2 1,2 Tabela 3.1: Caracterfsticas do alvo Espectrometro Nesta sec;ao e feita uma breve descric;ao dos diversos detetores que compoem 0 espectrometro da E791. A descric;ao dos detetores de muons recebera mais enfase, pois 0 trabalho de modelagem desses detetores no programa de simulac;ao de Monte Carlo (se<;ao 4.4) foi parte do meu trabalho de doutoramento Detetor de Vertice(SMD) Para separar eventos charmosos de eventos hadronicos comuns e necessario que 0 detetor de vertice possua excelente resoluc;ao espacial, ja que a separac;ao tipica entre
37 Capitulo 3. A Experiencia E os vertices de produc;ao e decaimento e da ordem de algumas centenas de microns da direc;ao do feixe, alem de ser capaz de operai' em altas taxas de interac;ao (rv 10 6 Hz). as detetores de microtrilhas de silicio, ou abreviadamente SMD (Silicon Microstrip Detector), sao detetores de estado solido [36] que satisfazem esses requerimentos. a cristal de silicio possui quatro eletrons de valencia, que a temperatura de zero absoluto, nao conduzem eletricidade. A banda de valencia esta separada da banda de conduc;ao por uma energia de 1 ev. Atemperatura ambiente, a energia termica e suficiente para excitar eletrons para a banda de conduc;ao, tornandoos portadores de carga. as lugares livres deixados pol' esses eletrons se comportam como portadores de carga oposta. Urn cristal puro de silicio tern 0 mesmo numero de portadores de cargas positivas e negativas. Quando se dopa 0 cristal com impurezas contendo tres eletrons de valencia (tipo p), dase origem a urn excesso de portadores de cargas positivas, ao passo que dopandose com elementos contendo cinco eletrons de valencia (tipo n) se origina urn excesso de portadores de cargas negativas. Na maioria dos detetores utilizase uma junc;ao de materiais tipo pen, feita atraves da implantac;ao de uma fina camada de material tipo p na supeffcie do cristal de silicio dopado com materiais tipo n. Nestajunc;ao, os eletrons e buracos sao rearranjados, ficando a regiao n positiva e p negativa. Estas cargas se acumulam na regiao central (regiad de deplec;ao) criando uma barreira de pontencial que repele os portadores de cargas desta regiao. A aplicac;ao de uma diferenc;a apropriada de voltagem permite aumentar a regiao de deplec;ao para quase toda extensao do crista!. A figura 3.4 mostra a distribuic;ao de cargas na junc;ao pn na ausencia e na presenc;a de uma diferenc;a de voltagem aplicada.
38 Capitulo.1. A Experiencia E o f I }_ o 0 :_ + 1;+ +. l l ++.+ o o _ e+ o 1 eletrons o bwacos ~=. Figura 3.4: Distribui<;ao de cargas numa jun<;ao pn, antes e ap6s a aplica<;ao de uma tensao. Trajet6ria da Partlcula Cristat ~e SillclQ (tipo n) 1 ~m Arsenio (n+).. A1uminlo 300pm C3 8oro (tipo p) Figura 3.5: Se<;ao de um plano de S:MD. A figura 3.5 mostra a se<;3,o reta de urn plano de SMD tipico utilizado na E791. Estes pianos de SMD consistem de urn conjunto de tiras de boro (material tipo p) com 30 pm de largura, e interespa<;ados de 25 ou 50 flm, implantados em uma face de silicio de 300 pm de espessura, cuja face oposta recebe uma forte dopagem de arsenio (mateial tipo n). Para coletar a carga depositada e aplicada uma fina camada de aluminio sobre 0 boro e arsenio. Urna partfcula de minima ioniza<;3,o ao passar pela regiiio de deple<;ao do plano de
39 Capitulo.3. A Experiencia E SMD, produz aproximadamente pares eletronburaco ao longo de sua trajetoria. Esses pares sao entao separados pelo campo eletrico existente nesta regiao. 0 pulso eletrico produzido na tira mais proxima apassagem da particula e coletado e amplificado, dando a localiza~ao da particula incidente. Cada tira tern 0 seu proprio canal de saida. A E791 utilizou 23 pianos de SMD, 6 localizados antes do alvo e na linha de feixe para a determina<;ao da trajetoria do feixe, e 17 apos 0 alvo para a reconstru~ao dos vertices primarios e secundarios(ver figura 3.6). Este conjunto de pianos deteta particulas no volume de urn cone de 100 mrad, e estao dispostos na dire~ao x, y e v, onde v e rodado 20,5 em rela~ao a x. As principais caracteristicas dos pianos de SMD estao mostradas na tabela 3.2 Os diferentes pianos de SJ\lD tinham resolu~6estipicas da ordem de 7,2 flm e 14,4 flm para pianos com separa<;ao entre as tiras de 25 flm e 50 flm, respectivamente. A eficiencias desses pianos variavam de 80% a 98%.
40 Capitulo 3. A Experiencia E III J V X y X Y V 910 I' 1213''' XYV YXV XYV 1 2 J YX W 4 56 w xy 78 YX BEN1 ~ ~. Figura 3.6: Configura~ao dos pianos de SMD na E Camaras de Arrasto As camaras de arrasto, localizadas na regiao posterior ao alvo, possibilitaram que as trajetorias e momentos de particulas carregadas fossem determinados ao lange do espeetrometro. as momentos das particulas eram determinados pela medida da deflexao que suas trajetorias sofriam ao atravessarem as regi6es de campo magnetico. o funcionamento das camaras de arrasto baseiase no fato de que particulas carregadas ao atravessarem urn meio gasoso deixam urn rastro de moleculas ionizadas. as eletrons liberados do gas sao atraidos para os fios sensores, e devido a fios de campo estrategicamente localizados, migram com uma velocidade praticamente constante (velocidade de arrasto) durante a maior parte do trajeto. Estes eletrons quando estao na vizinhan<;a dos fios sensores, devido a alta intensidade do campo nesta regiao, produzem uma avalanche
41 . Capitulo 3. A Experiencia E PIanos Posi<;ao(cm) Espa<;amento das Numero de tiras tiras(pm) 7 0,670 25;50 * ,000 25;50 * , , , , , , , , , ,588 50;200 * ,848 50;200 * ,548 50;200 * ,248 50;200 * ,948 50;200 * ,508 50;200 * 864 Tabela 3.2: Caracteristicas do SMD (* espa<;amento na regiao central; espa<;amento nas bordas). de novos eletrons que sensibiliza 0 fio. Sabendo 0 tempo gasto pelos eletrons para alcan<;ar 0 fio sensor mais proximo, e supondo uma rela<;ao espa<;otempo linear, obtemse a que distancia a partfcula passou deste fio. 0 sinal de urn unico fio sensor nao fornece informa<;ao sobre de que lado do fio a particula passou. Para solucionar este problema e necessario a utiliza<;ao de outros pianos sensores com diferentes orienta<;6es espaciais. Urn plano sensor e composto de fios sensores paralelos, alternados de fios de campos. Cada plano sensor esta localizado entre dois pianos contendo fios de alta tensao (ver fig. 3.7). Determinase a posi<;ao e 0 potencial eletrostatico de cada fio no interior da camara, de maneira a produzir urn campo eletrico praticamente constante na maior parte da camara. Urn total de 35 pianos sensores, agrupados em quatro esta<;6es de camaras de arrasto
42 Capitulo 3. A Experiencia E MV FIo$ de Campo X U x x HV Fios sensores X x )( HV HV Planos de Alta Voltagem V x x HV Figura 3.7: Arranjo dos pianos de uma camara de arrasto. VISTA V VISTA.X VISTA U fiossensor ' lamanhl;) da celula Figura 3.8: Orienta~ao dos pianos das camaras de arrasto.
43 Capitulo 3. A Experiencia E (Dl, D2, D3 e D4), foram utilizados pela E791. Todas as dimaras receberam a mesma mistura de 50% de argonio e 50% de etano. Os pianos tinham orienta<;oes nas dire<;oes X, U e V (ver fig. 3.8). Os fios do plano X estavam orientados na dire<;ao vertical, enquanto que os pianos U e V eram inclinados respeetivamente de ± 20,5 em rela<;ao a X. Alem disso, a esta<;ao Dl possuia pianos X', similares a X, porem ligeiramente deslocados, para resolver a ambigiiidade que surge devido a impossibilidade de distinguir de quallado de urn fio a particula passou. A camara Dl estava localizada antes do primeiro magneto Ml e, junto com os SMD e PVVC, fornecia informa<;oes iniciais das trajet6rias. A D2 estava posicionada entre os dois magnetos. A terceira, D3, estava logo ap6s 0 segundo magneto :\12 e adicionava informa<;ao para a determina<;ao das trajet6rias de particulas que passavam por ambos magnetos. A ultima camara vinha bern mais adiante, ap6s 0 detetor de limiar de radia<;ao Cerenkov e logo antes dos calorimetros. As camaras de arrasto sao bastantes ineficientes bern proximo aregiao central (regia,o do feixe), devido a grande quantidade de particulas presentes. Fora dessa regiao, as tres primeiras camaras apresentaram uma eficiencia de 95%, e a quarta, 90%. As principais caraeterlsticas das camaras de arrasto estao mostradas na tabela 3.3. Informa<;oes adicionais podem ser encontradas em [38] Camaras Proporcionais de fio(pwc) As camaras proporcionais de fio sao detetores de particulas carregadas, que analogamente as camaras de arrasto, utilizam a ioniza<;ao do meio para a determina<;ao da localiza<;ao da particula. Estes detetores consistem basicamente de urn tanque de gas contendo
Prof. Rogério Eletrônica Geral 1
Prof. Rogério Eletrônica Geral 1 Apostila 2 Diodos 2 COMPONENTES SEMICONDUTORES 1-Diodos Um diodo semicondutor é uma estrutura P-N que, dentro de seus limites de tensão e de corrente, permite a passagem
Leia maisHoje estou elétrico!
A U A UL LA Hoje estou elétrico! Ernesto, observado por Roberto, tinha acabado de construir um vetor com um pedaço de papel, um fio de meia, um canudo e um pedacinho de folha de alumínio. Enquanto testava
Leia maisDetectores de Partículas: Tiago dos Anjos
Detectores de Partículas: Uma Introdução ao CMS Tiago dos Anjos Sumário Aceleradores Circulares LHC O Detector CMS - Sistema de Trajetórias - Sistema de Múons - Calorímetro Eletromagnético - Calorímetro
Leia maisIBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3
Linhas de Força Mencionamos na aula passada que o físico inglês Michael Faraday (79-867) introduziu o conceito de linha de força para visualizar a interação elétrica entre duas cargas. Para Faraday, as
Leia maisIvan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:
Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas
Leia maisgrandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?
Física 01. Um fio metálico e cilíndrico é percorrido por uma corrente elétrica constante de. Considere o módulo da carga do elétron igual a. Expressando a ordem de grandeza do número de elétrons de condução
Leia maisAlém do Modelo de Bohr
Além do Modelo de Bor Como conseqüência do princípio de incerteza de Heisenberg, o conceito de órbita não pode ser mantido numa descrição quântica do átomo. O que podemos calcular é apenas a probabilidade
Leia mais4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto
4 Segmentação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a segmentação do áudio em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas. É importante mencionar que as mudanças
Leia maisDetectores de Partículas. Thiago Tomei IFT-UNESP Março 2009
Detectores de Partículas Thiago Tomei IFT-UNESP Março 2009 Sumário Modelo geral de um detector. Medidas destrutivas e não-destrutivas. Exemplos de detectores. Tempo de vôo. Detectores a gás. Câmara de
Leia maisLEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais
LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia
Leia maisLista de Eletrostática da UFPE e UPE
Lista de Eletrostática da UFPE e UPE 1. (Ufpe 1996) Duas pequenas esferas carregadas repelem-se mutuamente com uma força de 1 N quando separadas por 40 cm. Qual o valor em Newtons da força elétrica repulsiva
Leia maisc) A corrente induzida na bobina imediatamente após a chave S ser fechada terá o mesmo sentido da corrente no circuito? Justifique sua resposta.
Questão 1 Um estudante de física, com o intuito de testar algumas teorias sobre circuitos e indução eletromagnética, montou o circuito elétrico indicado na figura ao lado. O circuito é composto de quatro
Leia maisOs capacitores são componentes largamente empregados nos circuitos eletrônicos. Eles podem cumprir funções tais como o armazenamento de cargas
Os capacitores são componentes largamente empregados nos circuitos eletrônicos. Eles podem cumprir funções tais como o armazenamento de cargas elétricas ou a seleção de freqüências em filtros para caixas
Leia maisRESUMO 2 - FÍSICA III
RESUMO 2 - FÍSICA III CAMPO ELÉTRICO Assim como a Terra tem um campo gravitacional, uma carga Q também tem um campo que pode influenciar as cargas de prova q nele colocadas. E usando esta analogia, podemos
Leia maisNOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA
NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 5 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 5 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA ÍNDICE 5.1- Postulados
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Força Central. Na mecânica clássica, uma força central é caracterizada por uma magnitude que depende, apenas, na distância r do objeto ao ponto de origem da força e que é dirigida ao longo do vetor que
Leia maisDS100: O SINAL ELÉTRICO
DS100: O SINAL ELÉTRICO Emmanuel M. Pereira I. Objetivo O propósito deste artigo é esclarecer aos clientes da Sikuro, usuários do eletroestimulador modelo DS100 (C ou CB), no que se refere ao tipo de onda
Leia maisESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO.
Nome: Assinatura: P2 de CTM 2012.2 Matrícula: Turma: ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO. NÃO SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES..
Leia maisSeleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede
Seleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede Fig. 1: Arranjo do experimento P2510502 O que você vai necessitar: Fotocélula sem caixa 06779.00 1 Rede de difração, 600 linhas/mm 08546.00 1 Filtro
Leia maisDIODO SEMICONDUTOR. Conceitos Básicos. Prof. Marcelo Wendling Ago/2011
DIODO SEMICONDUTOR Prof. Marcelo Wendling Ago/2011 Conceitos Básicos O diodo semicondutor é um componente que pode comportar-se como condutor ou isolante elétrico, dependendo da forma como a tensão é aplicada
Leia maisCap. 7 - Fontes de Campo Magnético
Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física III 2014/2 Cap. 7 - Fontes de Campo Magnético Prof. Elvis Soares Nesse capítulo, exploramos a origem do campo magnético - cargas em movimento.
Leia mais( ) ( ) ( ( ) ( )) ( )
Física 0 Duas partículas A e, de massa m, executam movimentos circulares uniormes sobre o plano x (x e representam eixos perpendiculares) com equações horárias dadas por xa ( t ) = a+acos ( ωt ), ( t )
Leia maisCaracterização temporal de circuitos: análise de transientes e regime permanente. Condições iniciais e finais e resolução de exercícios.
Conteúdo programático: Elementos armazenadores de energia: capacitores e indutores. Revisão de características técnicas e relações V x I. Caracterização de regime permanente. Caracterização temporal de
Leia maisIntrodução à Eletricidade e Lei de Coulomb
Introdução à Eletricidade e Lei de Coulomb Introdução à Eletricidade Eletricidade é uma palavra derivada do grego élektron, que significa âmbar. Resina vegetal fossilizada Ao ser atritado com um pedaço
Leia maisEXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO
EXPERIMENTO N o 6 LENTES CONVERGENTES INTRODUÇÃO Ao incidir em uma lente convergente, um feixe paralelo de luz, depois de passar pela lente, é concentrado em um ponto denominado foco (representado por
Leia maisDISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA E N OS QUâNTICOS TEORIA - PARTE II. Elétron de diferenciação e elétrons de valência. Distribuição eletrônica de íons
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA E N OS QUâNTICOS TEORIA - PARTE II Elétron de diferenciação e elétrons de valência O elétron de diferenciação é definido como o último elétron do subnível mais energético de um
Leia maisIBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =
Energia Potencial Elétrica Física I revisitada 1 Seja um corpo de massa m que se move em linha reta sob ação de uma força F que atua ao longo da linha. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo
Leia maisEventos independentes
Eventos independentes Adaptado do artigo de Flávio Wagner Rodrigues Neste artigo são discutidos alguns aspectos ligados à noção de independência de dois eventos na Teoria das Probabilidades. Os objetivos
Leia maisEspectometriade Fluorescência de Raios-X
FRX Espectometriade Fluorescência de Raios-X Prof. Márcio Antônio Fiori Prof. Jacir Dal Magro FEG Conceito A espectrometria de fluorescência de raios-x é uma técnica não destrutiva que permite identificar
Leia mais1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão.
1. Difusão Com frequência, materiais de todos os tipos são tratados termicamente para melhorar as suas propriedades. Os fenômenos que ocorrem durante um tratamento térmico envolvem quase sempre difusão
Leia maisPOTENCIAL ELÉTRICO. por unidade de carga
POTENCIAL ELÉTRICO A lei de Newton da Gravitação e a lei de Coulomb da eletrostática são matematicamente idênticas, então os aspectos gerais discutidos para a força gravitacional podem ser aplicadas para
Leia maisAula de Véspera - Inv-2009 Professor Leonardo
01. Dois astronautas, A e B, encontram-se livres na parte externa de uma estação espacial, sendo desprezíveis as forças de atração gravitacional sobre eles. Os astronautas com seus trajes espaciais têm
Leia maisEletricidade Aula 1. Profª Heloise Assis Fazzolari
Eletricidade Aula 1 Profª Heloise Assis Fazzolari História da Eletricidade Vídeo 2 A eletricidade estática foi descoberta em 600 A.C. com Tales de Mileto através de alguns materiais que eram atraídos entre
Leia maisCapítulo 4 Trabalho e Energia
Capítulo 4 Trabalho e Energia Este tema é, sem dúvidas, um dos mais importantes na Física. Na realidade, nos estudos mais avançados da Física, todo ou quase todos os problemas podem ser resolvidos através
Leia maisEletricidade e Magnetismo - Lista de Exercícios I CEFET-BA / UE - VITÓRIA DA CONQUISTA COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Eletricidade e Magnetismo - Lista de Exercícios I CEFET-BA / UE - VITÓRIA DA CONQUISTA COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Carga Elétrica e Lei de Coulomb 1. Consideremos o ponto P no centro de um quadrado
Leia maisAVALIAÇÃO DE DIFERENTES SENSORES PARA CONSTRUÇÃO DE UM PIRELIÔMETRO
1107 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SENSORES PARA CONSTRUÇÃO DE UM PIRELIÔMETRO Winnie Queiroz Brandão¹; Germano Pinto Guedes²; Mirco Ragni³ 1. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Bacharelado em Física, Universidade
Leia maisMicrofone e altifalante. Conversão de um sinal sonoro num sinal elétrico. sinal elétrico num sinal sonoro.
Microfone e altifalante Conversão de um sinal sonoro num sinal elétrico. Conversão de um sinal elétrico num sinal sonoro. O funcionamento dos microfones e dos altifalantes baseia-se na: - acústica; - no
Leia maisDIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira
DIODOS A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtém-se uma junção pn, que é um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção. Figura 1 Devido a repulsão mútua os elétrons
Leia maisPOTENCIAL ELÉTRICO E FORÇA ELÉTRICA
POTENCIAL ELÉTRICO E FORÇA ELÉTRICA 1. No movimento de A para B (figura) ao longo de uma linha de campo elétrico, o campo realiza 3,94 x 10-19 J de trabalho sobre um elétron. Quais são as diferenças de
Leia maisUniversidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Informática
Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Informática Francisco Erberto de Sousa 11111971 Saulo Bezerra Alves - 11111958 Relatório: Capacitor, Resistor, Diodo
Leia maisJuliana Cerqueira de Paiva. Modelos Atômicos Aula 2
Juliana Cerqueira de Paiva Modelos Atômicos Aula 2 2 Modelo Atômico de Thomson Joseph John Thomson (1856 1940) Por volta de 1897, realizou experimentos estudando descargas elétricas em tubos semelhantes
Leia maisEstabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006
TUTORIAL Fonte Estabilizada de 5 Volts Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br
Leia maisNeste capítulo trataremos das propriedades gerais de um laser, bem como das características de um laser a fibra de cavidades acopladas.
3 Laser a Fibra Neste capítulo trataremos das propriedades gerais de um laser, bem como das características de um laser a fibra de cavidades acopladas. 3.1 Propriedades Gerais A palavra LASER é um acrônimo
Leia maisExercícios Tensão e Corrente
Exercícios Tensão e Corrente TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Atualmente há um número cada vez maior de equipamentos elétricos portáteis e isto tem levado a grandes esforços no desenvolvimento de baterias
Leia maisPROPRIEDADES ELÉTRICAS DOS MATERIAIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES PROPRIEDADES ELÉTRICAS DOS MATERIAIS INTRODUÇÃO Resistência elétrica
Leia maisUNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO Amanda 5ª Atividade: Codificador e codificação de linha e seu uso em transmissão digital Petrópolis, RJ 2012 Codificador: Um codoficador
Leia maisSeção de choque diferencial
Seção de choque diferencial Em uma postagem anterior, Seções de choque, apresentei o conceito de seção de choque como sendo uma medida da probabilidade de colisão entre uma partícula incidente e uma partícula
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Força Central. Na mecânica clássica, uma força central é caracterizada por uma magnitude que depende, apenas, na distância r do objeto ao ponto de origem da força e que é dirigida ao longo do vetor que
Leia maisACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA)
ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA) 1. Introdução 1.1 Inversor de Frequência A necessidade de aumento de produção e diminuição de custos faz surgir uma grande infinidade de equipamentos desenvolvidos
Leia maisELETROSTÁTICA. Ramo da Física que estuda as cargas elétricas em repouso. www.ideiasnacaixa.com
ELETROSTÁTICA Ramo da Física que estuda as cargas elétricas em repouso. www.ideiasnacaixa.com Quantidade de carga elétrica Q = n. e Q = quantidade de carga elétrica n = nº de elétrons ou de prótons e =
Leia maisCOLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE. Programa de Recuperação Paralela. 2ª Etapa 2014
COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 2ª Etapa 2014 Disciplina: Física Série: 3ª Professor (a): Marcos Vinicius Turma: FG Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação.
Leia maisResistividade de Materiais Condutores
Roteiro Experimental n 2 da disciplina de Materiais Elétricos vidade de Materiais Condutores COMPONENTES DA EQUIPE: NOTA: Data: / / 1. OBJETIVOS: Estimar a resistividade do material a partir das suas dimensões;
Leia maisMaterial Extra: Modelos atômicos e atomística Química professor Cicero # Modelos Atômicos e atomística - Palavras chaves
Material Extra: Modelos atômicos e atomística Química professor Cicero # Modelos Atômicos e atomística - Palavras chaves Evolução da ideia do átomo 1) Partícula maciça, indivisível e indestrutível; 2)
Leia maisDiodos. TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica
Diodos TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica Sumário Circuitos Retificadores Circuitos Limitadores e Grampeadores Operação Física dos Diodos Circuitos Retificadores O diodo retificador converte
Leia maisSobriedade e objetividade nessa caminhada final e que a chegada seja recheado de SUCESSO! Vasco Vasconcelos
Prezado aluno, com o intuito de otimizar seus estudos para a 2ª fase do Vestibular da UECE, separamos as questões, por ano, por assunto e com suas respectivas resoluções! Vele a pena dar uma lida e verificar
Leia maisFÍSICA 3ª Série LISTA DE EXERCÍCIOS/ELETROSTÁTICA Data: 20/03/07
1. O campo elétrico de uma carga puntiforme em repouso tem, nos pontos A e B, as direções e sentidos indicados pelas flechas na figura a seguir. O módulo do campo elétrico no ponto B vale 24V/m. O módulo
Leia maisCONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO EM ELETRÔNICA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO EM ELETRÔNICA 26. Com relação aos materiais semicondutores, utilizados na fabricação de componentes eletrônicos, analise as afirmativas abaixo. I. Os materiais semicondutores
Leia mais4 Avaliação Econômica
4 Avaliação Econômica Este capítulo tem o objetivo de descrever a segunda etapa da metodologia, correspondente a avaliação econômica das entidades de reservas. A avaliação econômica é realizada a partir
Leia mais3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar
3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar Vimos que as previsões sobre as capacidades caloríficas molares baseadas na teoria cinética estão de acordo com o comportamento
Leia mais5 Comportamento Dinâmico de um EDFA com Ganho Controlado sob Tráfego de Pacotes
86 5 Comportamento Dinâmico de um EDFA com Ganho Controlado sob Tráfego de Pacotes No capítulo anterior estudamos a resposta do EDFA sob variações lentas da potência em sua entrada e vimos que é possível
Leia maisVestibular UFRGS 2015. Resolução da Prova de Física
Vestibular URGS 2015 Resolução da Prova de ísica 1. Alternativa (C) O módulo da velocidade relativa de móveis em movimentos retilíneos de sentidos opostos pode ser obtido pela expressão matemática: v r
Leia maisIntrodução teórica aula 6: Capacitores
Introdução teórica aula 6: Capacitores Capacitores O capacitor é um elemento capaz de armazenar energia. É formado por um par de superfícies condutoras separadas por um material dielétrico ou vazio. A
Leia maisMotores Síncronos ADRIELLE C SANTANA
Motores Síncronos ADRIELLE C SANTANA Motores Síncronos Possuem velocidade fixa e são utilizados para grandes cargas, (em função do seu alto custo que faz com que ele não seja viável para aparelhos menores)
Leia maisPropriedades Corpusculares da. First Prev Next Last Go Back Full Screen Close Quit
Propriedades Corpusculares da Radiação First Prev Next Last Go Back Full Screen Close Quit Vamos examinar dois processos importantes nos quais a radiação interage com a matéria: Efeito fotoelétrico Efeito
Leia maisNotas de Cálculo Numérico
Notas de Cálculo Numérico Túlio Carvalho 6 de novembro de 2002 2 Cálculo Numérico Capítulo 1 Elementos sobre erros numéricos Neste primeiro capítulo, vamos falar de uma limitação importante do cálculo
Leia maisLIGAÇÕES INTERATÔMICAS
UNIDADE 2 - LIGAÇÕES INTERATÔMICAS 2.1. FORÇAS DE LIGAÇÃO FORTES Importante conhecer-se as atrações que mantêm os átomos unidos formando os materiais sólidos. Por exemplo, uma peça de cobre contém 8,4x10
Leia maisRECUPERAÇÃO TURMAS: 2º ANO FÍSICA
RECUPERAÇÃO TURMAS: 2º ANO Professor: XERXES DATA: 22 / 11 / 2015 RECUPERAÇÃO FINAL FORÇA ELÉTRICA (LEI DE COULOMB) FÍSICA Para todas as questões, considere a constante eletrostática no vácuo igual a 9.10
Leia maisO AMPLIFICADOR LOCK-IN
O AMPLIFICADOR LOCK-IN AUTORES: MARCELO PORTES DE ALBUQUERQUE LEONARDO CORREIA RESENDE JORGE LUÍS GONZALEZ RAFAEL ASTUTO AROUCHE NUNES MAURÍCIO BOCHNER FEVEREIRO 2008 SUMÁRIO RESUMO... 3 1. INTRODUÇÃO...
Leia mais1 Problemas de transmissão
1 Problemas de transmissão O sinal recebido pelo receptor pode diferir do sinal transmitido. No caso analógico há degradação da qualidade do sinal. No caso digital ocorrem erros de bit. Essas diferenças
Leia mais1 P r o j e t o F u t u r o M i l i t a r w w w. f u t u r o m i l i t a r. c o m. b r
Exercícios Potencial Elétrico 01. O gráfico que melhor descreve a relação entre potencial elétrico V, originado por uma carga elétrica Q < 0, e a distância d de um ponto qualquer à carga, é: 05. Duas cargas
Leia mais3. Duas esferas A e B de massas m A = 5 g e m B =
Curso de pós graduação em Astrofísica Prova de admissão 1. O menor ângulo sob o qual o olho humano consegue visualizar dois pontos é da ordem de 1 (um minuto de arco). Esse ângulo recebe o nome de ângulo
Leia maisLaboratório 7 Circuito RC *
Laboratório 7 Circuito RC * Objetivo Observar o comportamento de um capacitor associado em série com um resistor e determinar a constante de tempo do circuito. Material utilizado Gerador de função Osciloscópio
Leia maisFísica. Resolução. Q uestão 01 - A
Q uestão 01 - A Uma forma de observarmos a velocidade de um móvel em um gráfico d t é analisarmos a inclinação da curva como no exemplo abaixo: A inclinação do gráfico do móvel A é maior do que a inclinação
Leia mais=30m/s, de modo que a = 30 10 =3m/s2. = g sen(30 o ), e substituindo os valores, tem-se. = v B
FÍSIC 1 Considere a figura a seguir. Despreze qualquer tipo de atrito. a) O móvel de massa M = 100 kg é uniformemente acelerado (com aceleração a) a partir do repouso em t =0 segundos, atingindo B, emt
Leia maisExperimento 2 Gerador de funções e osciloscópio
Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio 1. OBJETIVO O objetivo desta aula é introduzir e preparar o estudante para o uso de dois instrumentos muito importantes no curso: o gerador de funções e
Leia maisProjetos. Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Mestrado em Informática 2004/1. O Projeto. 1. Introdução. 2.
Pg. 1 Universidade Federal do Espírito Santo - UFES Mestrado em Informática 2004/1 Projetos O Projeto O projeto tem um peso maior na sua nota final pois exigirá de você a utilização de diversas informações
Leia maisdv dt Fig.19 Pulso de tensão típico nos terminais do motor
INFLUÊNCIA DO INVERSOR NO SISTEMA DE ISOLAMENTO DO MOTOR Os inversores de freqüência modernos utilizam transistores (atualmente IGBTs) de potência cujos os chaveamentos (khz) são muito elevados. Para atingirem
Leia maisTeste de Avaliação 3 A - 06/02/2013
E s c o l a S e c u n d á r i a d e A l c á c e r d o S a l Ano letivo 201 2/2013 Física e Química A Bloco II (11ºano) Teste de Avaliação 3 A - 06/02/2013 1. Suponha que um balão de observação está em
Leia maisO degrau de potencial. Caso II: energia maior que o degrau
O degrau de potencial. Caso II: energia maior que o degrau U L 9 Meta da aula plicar o formalismo quântico ao caso de uma partícula quântica que incide sobre o degrau de potencial, definido na ula 8. Vamos
Leia maisTópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções
Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções 1. INTRODUÇÃO Ao se obter uma sucessão de pontos experimentais que representados em um gráfico apresentam comportamento
Leia maisTIPO-A FÍSICA. x v média. t t. x x
12 FÍSICA Aceleração da gravidade, g = 10 m/s 2 Constante gravitacional, G = 7 x 10-11 N.m 2 /kg 2 Massa da Terra, M = 6 x 10 24 kg Velocidade da luz no vácuo, c = 300.000 km/s 01. Em 2013, os experimentos
Leia maisEletromagnetismo: imãs, bobinas e campo magnético
Eletromagnetismo: imãs, bobinas e campo magnético 22 Eletromagnetismo: imãs, bobinas e campo magnético 23 Linhas do campo magnético O mapeamento do campo magnético produzido por um imã, pode ser feito
Leia maisMATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa
MATERIAIS SEMICONDUTORES Prof.: Sheila Santisi Travessa Introdução De acordo com sua facilidade de conduzir energia os materiais são classificados em: Condutores Semicondutores Isolantes Introdução A corrente
Leia maisAPOSTILA TECNOLOGIA MECANICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE POMPEIA CURSO TECNOLOGIA EM MECANIZAÇÃO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA Autor: Carlos Safreire Daniel Ramos Leandro Ferneta Lorival Panuto Patrícia de
Leia mais1 Propagação de Onda Livre ao Longo de um Guia de Ondas Estreito.
1 I-projeto do campus Programa Sobre Mecânica dos Fluidos Módulos Sobre Ondas em Fluidos T. R. Akylas & C. C. Mei CAPÍTULO SEIS ONDAS DISPERSIVAS FORÇADAS AO LONGO DE UM CANAL ESTREITO As ondas de gravidade
Leia mais!! OLIMPIADA!IBEROAMERICANA! DE!FISICA! COCHABAMBA' 'BOLIVIA'2015' Prova Teórica
'!! OLIMPIADA!IBEROAMERICANA! DE!FISICA! COCHABAMBA' 'BOLIVIA'2015' Prova Teórica o A duração desta prova é 5 horas. o Cada problema deve ser respondido em folhas diferentes, não misture problemas diferentes
Leia maisRedes de Computadores (RCOMP 2014/2015)
Redes de Computadores (RCOMP 2014/2015) Transmissão de Dados Digitais Comunicação em rede 1 Transmissão de dados Objetivo: transportar informação mesmo que fosse usado um meio de transporte clássico seria
Leia maisFísica IV. Interferência
Física IV Interferência Sears capítulo 35 Prof. Nelson Luiz Reyes Marques Interferência Arco-íris = Bolha de sabão refração interferência Princípio da superposição Quando duas ou mais ondas se superpõem,
Leia mais(a) a aceleração do sistema. (b) as tensões T 1 e T 2 nos fios ligados a m 1 e m 2. Dado: momento de inércia da polia I = MR / 2
F128-Lista 11 1) Como parte de uma inspeção de manutenção, a turbina de um motor a jato é posta a girar de acordo com o gráfico mostrado na Fig. 15. Quantas revoluções esta turbina realizou durante o teste?
Leia maisDIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO
DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA FONTE DE TENSÃO Essa deficiência presente nos retificadores é resolvida pelo emprego de um filtro Essa deficiência presente nos retificadores é resolvida pelo emprego de um filtro
Leia maisCONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA Material Utilizado: - um conjunto para experimentos com trilho de ar composto de: - um trilho de ar (PASCO SF-9214) - um gerador de fluxo de ar (PASCO SF-9216) - um carrinho
Leia maisFUNDAMENTOS DE ONDAS, Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica
FUNDAMENTOS DE ONDAS, RADIAÇÕES E PARTÍCULAS Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica Questões... O que é uma onda? E uma radiação? E uma partícula? Como elas se propagam no espaço e nos meios materiais?
Leia maisAntena Escrito por André
Antena Escrito por André Antenas A antena é um dispositivo passivo que emite ou recebe energia eletromagnéticas irradiada. Em comunicações radioelétricas é um dispositivo fundamental. Alcance de uma Antena
Leia maisAS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA
CAPÍTULO 1 AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA Talvez o conceito físico mais intuitivo que carregamos conosco, seja a noção do que é uma força. Muito embora, formalmente, seja algo bastante complicado
Leia maisSumário. Prefácio... xi. Prólogo A Física tira você do sério?... 1. Lei da Ação e Reação... 13
Sumário Prefácio................................................................. xi Prólogo A Física tira você do sério?........................................... 1 1 Lei da Ação e Reação..................................................
Leia maisKit de ótica. Material. Montagem
Som, Luz e Materiais Kit de ótica Um pouco de história Embora as propriedades óticas de ampliação e redução de objetos convexos e côncavos transparentes fossem conhecidas desde a Antiguidade, as lentes,
Leia maisAluno(a): Nº. Professor: Fabrízio Gentil Série: 3 o ano Disciplina: Física - Magnetismo
Lista de Exercícios Pré Universitário Uni-Anhanguera Aluno(a): Nº. Professor: Fabrízio Gentil Série: 3 o ano Disciplina: Física - Magnetismo 01 - (PUC SP) Na figura abaixo temos a representação de dois
Leia maisEXPERIMENTO 11: DEMONSTRAÇÕES SOBRE ELETROMAGNETISMO. Observar, descrever e explicar algumas demonstrações de eletromagnetismo.
EXPERIMENTO 11: DEMONSTRAÇÕES SOBRE ELETROMAGNETISMO 11.1 OBJETIVOS Observar, descrever e explicar algumas demonstrações de eletromagnetismo. 11.2 INTRODUÇÃO Força de Lorentz Do ponto de vista formal,
Leia maisCapítulo 5: Aplicações da Derivada
Instituto de Ciências Exatas - Departamento de Matemática Cálculo I Profª Maria Julieta Ventura Carvalho de Araujo Capítulo 5: Aplicações da Derivada 5- Acréscimos e Diferenciais - Acréscimos Seja y f
Leia maisCONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES
CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES 1 a QUESTÃO Valor: 1,00 A L 0 H mola apoio sem atrito B A figura acima mostra um sistema composto por uma parede vertical
Leia mais