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1 MANUAL DE HISTOLOGIA 1

2 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ MANUAL DE HISTOLOGIA FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ

3 MANUAL PRODUZIDO PELA FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Coordenadora Prof. Dra. Roseane de Souza Cândido Irulegui Edição e Organização Isabella de Oliveira Fadoni Alunos Colaboradores Álefy Zanelato Pereira Araújo Alexandre Albuquerque Bertucci Aline Melon Ruegger Beatriz Carvalho Hugo Ribeiro Bellato Ilton de Oliveira Filho Isabella de Oliveira Fadoni Isadora Isis de Oliveira Araújo Ivy Loureiro Teodoro Jaqueline Alves Pereira Silva Júlia Rosante Garcia Luísa Coelho Marques de Oliveira Luíz Henrique Galhardo Guimarães Filho Maria Emília de Oliveira Ambrósio Priscila Alves da Silva Agradecimentos Kelly Cristina Campos Sales Valéria Coelho Imagem da Capa Alexandru Stravrica Capa: Stavrica A. Histology [Internet]. [Acesso em: 2014 Fev 02]. Disponível em: 3

4 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 2015 Faculdade de Medicina de Itajubá. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei de 19/02/1998. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para a venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é dos autores. Faculdade de Medicina de Itajubá Av. Renó Júnior, 368 São Vicente CEP: / Itajubá MG Tel.: (35) F143m Faculdade de Medicina de Itajubá. Manual de Histologia/ Roseane de Souza Cândido Irulegui; Isabella de Oliveira Fadoni. Itajubá/MG: FMIt, f. il. ISBN: Histologia. I. Faculdade de Medicina de Itajubá. II. Irulegui, Roseane de Souza Cândido; Fadoni, Isabella de Oliveira. III. Manual de Histologia. IV. Itajubá. NLM QS504 4

5 A FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Muito mais que um simples Manual de Histologia, esta obra reúne texto, atlas, roteiro de aulas práticas e acima de tudo, uma enorme vontade de contribuir para o processo de ensino aprendizagem de Histologia nos cursos de graduação nas áreas das Ciências Biológicas e da Saúde. Apresenta um texto conciso, que agrega os avanços no conhecimento da histologia descritiva tradicional. É ricamente ilustrado com fotografias coloridas dos tecidos e órgãos observados na microscopia e destacadas no texto. Este livro foi redigido a partir dos roteiros de aulas teóricas e práticas da disciplina Histologia, ministrada na Faculdade de Medicina de Itajubá ao longo de vários anos. Essa edição será disponibilizada na internet, visando fomentar a sua acessibilidade e assim permitr que um número maior de alunos e professores possa utilizá-lo como recurso educacional nas aulas teóricas e práticas de Histologia. Aos docentes, alunos, técnicos e colaboradores, que ao longo dos anos, foram dando o melhor do seu saber, esforço e dedicação ao ensino da Histologia na Faculdade de Medicina de Itajubá, deixamos uma palavra amiga de agradecimento. Dr. Jose Marcos dos Reis 1º Vice-DIretor e Coordenador de Curso da Faculdade de Medicina de Itajubá 5

6 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ HOMENAGEM À MARIA CHRISTINA ANNA GRIEGER Há pessoas que não deveriam desaparecer. Não falo no sentido simbólico, tipo ela vai ser eternamente lembrada. Falo no sentido real, material, humano, um ser vivo que se perpetua, como Matusalém, porque sua missão está além da mortalidade, e dificilmente poderá ser simplesmente substituída. Christina era uma destas pessoas, que ainda deveria estar entre nós. Dirigindo os destinos da faculdade, lecionando, produzindo peças histológicas, contos, músicas e outras artes. Este manual não poderia deixar de homenagear aquela que foi a maior artifice da nossa histologia. Pedi ao seu filho, Eric, nosso ex-aluno, que escrevesse também algumas palavras sobre ela, ele que testemunhou sua pessoa, em casa, e a mestra, na faculdade. Prof. Kleber Lincoln Gomes Pessoas curiosas vivem melhor. A curiosidade nos leva às bordas do mundo e ao cerne da gente. Não há fim. Sempre podemos ir um pouco mais longe, sempre podemos dividir um pouco mais, e mais. O céu não é o limite. Aprendi a provar com a minha mãe. Na sala da minha casa ela ouvia Beatles, mudava o sofá de lugar, conversava comigo e fazia suas peças de histologia. Aproveitava para desenhar os canais de Havers com a mesma delícia de uma tela. Eram transparências, evidências e arte. Algumas vezes fiquei frustrado porque ela não dividia a paixão do futebol comigo, mas quando ela pintou uma camisa do Inter-RS (tão difícil de encontrar na época) entendi que o amor sempre encontra uma fresta, mesmo se não houver paixão. O tempo passou e fiz o curso de medicina. Já no primeiro ano as aulas que eu vi serem confeccionadas em casa, foram expostas no retroprojetor. Tive um pouco de ciúme. Aquilo era meu, só meu. "Como essas pessoas ousam bisbilhotar meus macrófagos e minha camada basal?" Por outro lado, ter aula na faculdade, com a mãe, é uma experiência estupenda. E na mistura de amor e ciência, eu percebia que ela dava aulas e exibia seus tecidos, com o deleite de uma estilista pseudoestratificada. O amor sempre encontra uma fresta. Histologia é coisa de curioso. E essas duas entidades (histologia e curiosidade) fizeram quem eu sou hoje. Fui concebido e convencido através das células, das perguntas, dos slides, do salário e, principalmente, do amor da ex professora de histologia da Faculdade de Medicina de Itajubá, Dra Maria Christina Anna Grieger, que eu sempre chamei de mãe (inclusive na sala de aula). Eric Grieger Banholzer 6

7 PREFÁCIO É com muita satisfação que publicamos este Manual de Histologia cuidadosamente desenvolvidos pelos monitores desta disciplina da Faculdade de Medicina de Itajubá, e, ainda é maior a satisfação quando percebemos o interesse destes monitores em contribuir com o aprendizado de seus novos colegas. Este manual teve como inspiração e modelo o primeiro Manual de Histologia, na época elaborado pela professora Maria Christina Anna Grieger e seus monitores. Me recordo deste manual no ano de 1994, quando cursava esta disciplina e vejo que até hoje ele serve como guia para os acadêmicos do primeiro ano ao enfatizar os aspectos práticos propostos para cada aula de microscopia, reforçando a importância da teoria associada. Agora, acrescido de novas imagens e aprimorado pelos recursos tecnológicos, ele se propõe a acrescentar mais teor à aula prática proposta. Esperamos que ele cumpra com seu propósito e contamos com novas contribuições para que possíveis erros e omissões sejam corrigidos. Agradeço a todos que contribuíram para a concretização deste Manual e finalizo citando as sábias palavras de Leonardo da Vinci: Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende. Itajubá, janeiro de Roseane de Souza Cândido Irulegui 7

8 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ SUMÁRIO Prática 1: USO E MANUTENÇÃO DO MICROSCÓPIO... 9 Prática 2: IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS, CONCEITOS DE BASOFILIA/ACIDOFILIA E INTERPRETAÇÃO DE CORTES HISTOLÓGICOS Prática 3: TECIDO ADIPOSO Prática 4: TECIDO CARTILAGINOSO Prática 5: TECIDO ÓSSEO Prática 6: TECIDOS MUSCULARES Prática 7: CÉLULAS DO CONJUNTIVO Prática 8: FIBRAS DO CONJUNTIVO / SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA) / TIPOS DE CONJUNTIVO Prática 9: VASOS SANGUÍNEOS Prática 10: CORAÇÃO E CÉLULAS DO SANGUE Prática 11: ÓRGÃOS LINFÁTICOS Prática 12: EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO Prática 13: ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA (CÍLIOS, FLAGELOS E MICROVILOS) Prática 14: PROCESSOS DE SÍNTESE Prática 15: EPITÉLIOS GLANDULARES Prática 16: TRATO GASTRO INTESTINAL Prática 17: GLÂNDULAS ANEXAS DO TUBO DIGESTIVO Prática 18: PELE E ANEXOS Prática 19: APARELHO RESPIRATÓRIO Prática 20: TECIDO NERVOSO Prática 21: NERVOS E GÂNGLIOS NERVOSOS Prática 22: APARELHO URINÁRIO Prática 23: GLÂNDULAS ENDÓCRINAS Prática 24: APARELHO GENITAL MASCULINO Prática 25: APARELHO GENITAL FEMININO Prática 26: APARELHO GENITAL FEMININO Prática 27: TIPOS DE NÚCLEO E FASES DA MITOSE

9 PRÁTICA 1 USO E MANUTENÇÃO DO MICROSCÓPIO Autores: Ilton de Oliveira Filho Isabella de Oliveira Fadoni Jaqueline Alves Pereira Silva COMPONENTES DO MICROSCÓPIO ÓTICO: Figura 1 - Componentes do microscópio optico 1 9

10 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ LENTES: Cada microscópio possui 3 lentes objetivas secas (pequeno, médio e grande aumento) e uma objetiva de imersão. OBJETIVA SECA OBJETIVA SECA OBJETIVA SECA OBJETIVA DE IMERSÃO (ÓLEO) PEQUENO AUMENTO (aumenta cerca de 4 vezes a imagem) MÉDIO AUMENTO (aumenta cerca de 10 vezes a imagem) GRANDE AUMENTO (aumenta cerca de 40 vezes a imagem) AUMENTA A IMAGEM DE 90 VEZES A 100 VEZES A lente objetiva de imersão só deve ser usada com óleo de imersão (pois o índice de refração deste óleo é maior que o ar e assim proporciona melhor aproveitamento dos raios luminosos). 2 *OBS.: Para uma melhor análise das lâminas e estruturas nelas contidas é aconselhado que o aumento da imagem seja feito de modo gradual: primeiramente deve ser focalizada a região de interesse no menor aumento (4x) e, posteriormente, focalizar a região desejada nos aumentos 10X e 40x. USO DO MICROSCÓPIO (INSTRUÇÕES E CUIDADOS): 1. SÓ MEXA NO CONDENSADOR E NO DIAFRÁGMA EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. 2. NÃO MUDE OS MICROSCÓPIOS DE LUGAR (somente faça isso em casos de grande necessidade e, se este for o caso, evite movimentos bruscos). 3. Escolha a lâmina a ser estudada na caixa e leia as instruções da aula em questão (contidas neste manual). 4. Antes de colocar a lâmina que você vai examinar sobre a platina, gire o revólver do microscópio de modo que a objetiva de menor aumento (4x) fique em posição de uso. 5. CUIDADO PARA NÃO COLOCAR A OBJETIVA DE IMERSÃO EM USO (ela será explicada no momento oportuno). 6. Ao colocar a lâmina, verifique se a lamínula está voltada para cima. 7. Focalize o corte movimentando primeiro o parafuso macrométrico (lentamente). 8. Se a imagem estiver embaçada, movimente o parafuso micrométrico até encontrar o foco ideal. 9. Gire o revólver e o passe para a objetiva de aumento médio (10x) e focalize novamente a imagem. Faça o mesmo com o grande aumento (40x). 10. CUIDADO AO TROCAR DE LENTE: muitas vezes quando platina está muito elevada, a troca das lentes pode quebrar as laminas. 11. Procure a estrutura desejada para estudo. 12. APÓS O USO DESLIGUE O MICROSCÓPIO DA TOMADA E O CUBRA COM A CAPA PROTETORA. 10

11 REFERÊNCIAS DA AULA 1: 1 Lacerda GA. Introdução ao trabalho de microscopia [Internet] [Acesso em: 2014 Fev 15]. Disponível em: 2 Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: FMIt; p

12 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 2 IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS, CONCEITOS DE BASOFILIA/ACIDOFILIA E INTERPRETAÇÃO DE CORTES HISTOLÓGICOS Autores: Ilton de Oliveira Filho Isabella de Oliveira Fadoni Jaqueline Alves Pereira Silva CONCEITOS INICIAIS: Os tecidos são constituídos por células e por matriz extracelular que estão em constante interação. Ambos possuem diversos constituintes com diferentes ph, desde as fibras colágenas e as mitocôndrias alcalinas até os ácidos nucleicos. 1 Para serem estudadas no microscópio, essas estruturas devem ser coradas. Dentre os corantes, a combinação de hematoxilina e eosina (HE) é a mais comumente usada. Eles se comportam como substâncias de caráter ácido ou básico que tendem a fazer ligações com os componentes dos tecidos. 2 Assim, os componentes que se coram bem por corantes básicos são chamados basófilos e os que se coram bem por corantes ácidos, acidófilos. 1 A hematoxilina é um corante básico, por isso tem afinidade por componentes ácidos dos tecidos. A eosina é um corante ácido e tem afinidade por componentes básicos. Deste modo os elementos básicos dos tecidos são corados pela eosina adquirindo coloração róseo-avermelhada. Já os elementos ácidos são corados pela hematoxilina adquirindo coloração azul-arroxeada. 1 Figura 2 - Epitélio Intestinal - As suas secreções, o seu núcleo e os seus constituintes citoplasmasmáticos são mais ácidos, corados pela hematoxilina adquirindo uma coloração arroxeada. 12

13 Figura 3 - Epitélio da Pele - A pele apresenta queratina (proteína altamente basófila) que possui afinidade pela eosina, adquirindo, assim, coloração avermelhada. INTERPRETAÇÃO DOS CORTES HISTOLÓGICOS: A interpretação dos cortes que foram processados para obtenção de um preparado permanente (a lâmina) dependerá do tipo de órgão (sólido ou oco), de sua constituição microscópica e do tipo de corte que foi feito no fragmento usado. 1 De um modo geral os órgãos sólidos apresentam uma arquitetura tal que em qualquer plano de corte é possível identificar todas as suas estruturas. Há algumas exceções como o rim, a suprarrenal, a hipófise e outras, cuja arquitetura se divide em regiões. 1 Os órgãos ocos, por sua vez, são, em geral, estruturas tubulares e apresentam uma cavidade (luz ou lúmen) de modo que o corte pode ser orientado de forma paralela a luz (corte longitudinal) ou perpendicular a ela (corte transversal). Há ainda a possibilidade do corte ser oblíquo a luz. 2 Microscopicamente, as coisas funcionam da mesma forma. Assim existem estruturas ocas como ductos e vasos sanguíneos que poderão ser cortados longitudinalmente, transversalmente ou obliquamente. 2 Com relação às células, pode-se usar o mesmo raciocínio feito para os órgãos sólidos. É preciso lembrar, no entanto, que os cortes são muito finos podendo a célula ser cortada em diferentes pontos com imagens e interpretações diferentes. 2 13

14 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ REFERÊNCIAS DA AULA 2: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Histologia e seus métodos de estudo; p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: FMIt; p

15 PRÁTICA 3 TECIDO ADIPOSO Autores: Ilton de Oliveira Filho Isabella de Oliveira Fadoni Jaqueline Alves Pereira Silva O TECIDO ADIPOSO: O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo com predominância de células adiposas, chamadas de adipócitos. Tais células podem estar isoladas ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo frouxo, porém a maioria forma grande agregado, constituindo o tecido adiposo distribuído pelo corpo. 1 Este tecido é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicerídeos. Está localizado embaixo da pele, modelando a superfície. Dentre suas funções pode-se citar a formação de coxins absorvedores de choque, principalmente na planta dos pés e na palma das mãos. Contribui também para o isolamento térmico do organismo e preenchimento de espaço entre outros tecidos, mantendo certos órgãos em suas posições normais. O tecido adiposo tem também atividade secretora, sintetizando diversos tipos de moléculas. 1 Existem duas variedades de tecido adiposo: o Tecido Adiposo Unilocular, também chamado Comum ou Amarelo, e o Tecido Adiposo Multilocular ou Pardo. 1 TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR: O Tecido Adiposo Unilocular é o tecido adiposo predominante em humanos adultos. Este tipo de tecido forma o panículo adiposo que está disposto sob a pele. As células adiposas uniloculares se originam no embrião, a partir de células mesenquimais: os lipoblastos. Estas células são parecidas com os fibroblastos, porém logo acumulam gordura no seu citoplasma. As gotículas lipídicas são inicialmente separadas umas das outras, porém muitas se fundem, formando a gotícula única característica da célula adiposa unilocular. 1 Figura 4 - Diferenciação celular 2 15

16 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ O Tecido Adiposo Unilocular possui septos de conjuntivo que apresentam vasos e nervos. As células adiposas uniloculares são grandes e possuem apenas uma gotícula de gordura que ocupa quase todo o citoplasma. Os núcleos dessas células estão deslocados para a periferia e encostados na membrana plasmática. 1 Figura 5 - Adipócitos Uniloculares 3 TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR: Este tipo de tecido adiposo possui distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas. No feto humano e no recém-nascido apresenta localização bem determinada. O Tecido Adiposo Multilocular é especializado na produção de calor, tendo papel importante para os mamíferos que hibernam. Na sua histogênese as células mesenquimatosas tomam um arranjo epitelióide e dão origem ás células adiposas multiloculares. 1 As células adiposas multiloculares são menores, com forma poligonal e o citoplasma é carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos. O núcleo é arredondado e central ou levemente excêntrico.¹ Figura 6 - Adipócitos Multiloculares 4 16

17 LÂMINAS DO LABORATÓRIO FMIt (L-50): Figura 7 Tecido Adiposo Unilocular. Aumento médio. Figura 8 Tecido Adiposo Unilocular. Maior aumento. Figura 9 Tecido Adiposo Multilocular. Menor aumento. 17

18 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 10 Tecido Adiposo Multilocular. Aumento médio. Figura 11 Tecido Adiposo Multilocular (em maior aumento) 18

19 Figura 12 Tecido Adiposo Unilocular e Multilocular REFERÊNCIAS DA AULA 3: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido adiposo; p Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido adiposo; p.127. Fig Medicina UGF [Internet]. Tecido adiposo [Acesso em: 2014 Fev 20]. Disponível em: 4 MOL microscopia On-Line - Seu guia interativo de histologia [Internet]. M 5 - Tecido adiposo multilocular [Acesso em: 2014 Fev 20]. Disponível em: 19

20 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 4 TECIDO CARTILAGINOSO Autores: Ilton de Oliveira Filho Isabella de Oliveira Fadoni Jaqueline Alves Pereira Silva O TECIDO CARTILAGINOSO: O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. Ele é responsável principalmente por garantir o suporte de tecidos moles, revestindo superfícies articulares, onde irá absorver choques mecânicos e facilitar o deslizamento dos ossos nas articulações. Além disso, ele é essencial para a formação e crescimento dos ossos longos. 1 É encontrada principalmente na parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo superfícies articulares de ossos longos. Este tecido será estudado através da Lâmina 33 (L-33) que representa um corte da traqueia. L-33 Traqueia (Cartilagem Hialina): Nesta lâmina, você deve procurar uma região da parede da traqueia que possui coloração mais basófila / arroxeada (resultante da impregnação de um corante básico no caso a hematoxilina em uma estrutura basófila). Focalize esta região e, gradativamente, vá trocando as lentes objetivas secas até chegar ao aumento maior (40x). A região basófila compreende a cartilagem hialina. No grande aumento, você poderá perceber a existência de várias células e de uma substância entre essas células (denominada matriz). Há dois tipos de matriz na cartilagem hialina: 1. Matriz inter-territorial: que corresponde a área basófila, situada entre os grupos celulares (condrócitos) e que se apresenta em uma tonalidade mais clara Matriz territorial: que compreende a área de maior basofilia situada imediatamente em torno dos condrócitos e que, portanto, é mais escura. 2 Observe: 1) No primeiro aumento (4x), mostrado na imagem abaixo (Figura 11), a área em destaque compreende o Tecido Cartilaginoso: 20

21 Figura 13 Tecido Cartilaginoso em destaque 2) No segundo aumento (10x), já é possível diferenciar as regiões MATRIZ e PERICÔNDRIO do Tecido Cartilaginoso: MATRIZ PERICÔNDRIO Figura 14 Localização da MATRIZ e do PERICÖNDRIO no Tecido Cartilaginoso 21

22 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 3) No terceiro aumento (40x), já é possível identificar os tipos de matrizes que compõem o Tecido Conjuntivo. As setas pretas apontam para a matriz territorial dos condrócitos e as setas vermelhas para a matriz inter-territorial dos condrócitos. Figura 15 Matriz Territorial e Inter-territorial É possível identificar nesta lâmina a presença de células no interior e na periferia da matriz. As células contidas no interior da matriz são chamadas de condrócitos e as cavidades ocupadas por estas células são denominadas lacunas. Uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos. 1 Nesta lâmina, você também poderá notar que os condrócitos podem estar dispostos isoladamente ou em grupos. Quando os condrócitos encontram-se agrupados em uma mesma lacuna (2 ou mais condrócitos) eles recebem o nome de GRUPOS ISÓGENOS (pois suas células são originadas de um único condroblasto 1 ). Como é percebido o Tecido Cartilaginoso é envolvido por uma bainha conjuntiva que recebe o nome de PERICÔNDRIO 1 (área mais acidófila rosada na coloração HE). Ele se continua gradualmente com a cartilagem por uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra 1. Ele contém vasos sanguíneos e linfáticos, e nervos 1 (portanto é através dele que há o suprimento sanguíneo e drenagem linfática do Tecido Cartilaginoso). O PERICÔNDRIO reveste a maioria das Cartilagens Hialinas (não está presente nas cartilagens articulares). É uma fonte de novos condrócitos. 1 É rico em fibras colágenas e 22

23 também contém células: fibrócitos (de difícil visualização) e fibroblastos (de forma fusiforme representados por setas vermelhas na Figura 14) estas células estão contidas mais no interior do pericôndrio. Na faixa de transição da matriz para o pericôndrio encontra-se outro tipo de células: os condroblastos (representados por setas pretas na Figura 14). Os controblastos são células que possuem a capacidade de se diferenciar em condrócitos (que irão se localizar nas lacunas) são células menores e com o núcleo ovóide). Figura 16 Pericôndrio e Grupos Isógenos REFERÊNCIAS DA AULA 4: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido cartilaginoso; p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: FMIt; p

24 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 5 TECIDO ÓSSEO Autores: Ilton de Oliveira Filho Isabella de Oliveira Fadoni Jaqueline Alves Pereira Silva TECIDO ÓSSEO: É o constituinte principal do esqueleto sendo o suporte para os tecidos moles e para a proteção dos órgãos. Serve de alavanca para os músculos realizarem movimentos e funcionam como depósitos de cálcio, fosfato e outros íons. 1 O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado pela matriz óssea, sendo suas superfícies recobertas por periósteo (externamente) e endósteo (internamente) que auxiliam na nutrição do osso e na formação de células osteoprogenitoras. Suas principais células são os osteoblastos (sintetizam a matriz), os osteócitos (fazem manutenção da matriz) e os osteoclastos (reabsorvem a matriz). 1,2 Histologicamente existem dois tipos de tecido ósseo: 1) Tecido ósseo primário ou imaturo: é o primeiro tecido ósseo que aparece sendo substituído gradativamente por tecido ósseo secundário. Em adultos é pouco frequente. 1 2) Tecido ósseo secundário, lamelar ou maduro: é o tecido ósseo encontrado em adultos. Apresenta fibras colágenas organizadas em lamelas que se dispõe em camadas concêntricas em torno dos canais de Havers. 1 Quanto ao processo de formação do osso, pode ser divido em: 1) Ossificação intramembranosa: tem início nas membranas de tecido conjuntivo (centro de ossificação primária) com a diferenciação das células mesenquimatosas em osteoblastos que darão início a formação do osso. É o processo formador dos ossos frontal, parietal e partes do osso occipital, temporal e maxilares superior e inferior. Também contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento da espessura de ossos longos. 1,2 2) Ossificação endocondral: tem início sobre a cartilagem hialina com processos que levam a morte dos condrócitos e a calcificação da matriz com invasão de capilares sanguíneos. Principal responsável pela formação de ossos longos e curtos. 1,2 L-37 Osso compacto descalcificado: As lâminas contem um corte transversal da diáfise de um osso longo. A matriz contém numerosas lacunas de cor escura onde estavam os osteócitos. Podem-se notar também os numerosos canalículos que se irradiam das lacunas. Importante lembrar que essa técnica de confecção não preserva células. 2 24

25 As lamelas ósseas são constituídas pela deposição de colágeno em sentido ovoide concentricamente aos canais de Havers formando sistemas de Havers ou ósteons. 2 Sistema de Havers ou Ósteon: é o conjunto de lamelas em torno dos canais de Havers. Os canais possuem forma cilíndrica paralela ao maior eixo da diáfise. Comunicam-se com outros canais de Havers, com o canal medular e com o periósteo através dos canais de Volkmann. 2 Canais de Volkmann: são perpendiculares aos canais de Havers e fazem suas ligações entre si, com o meio externo e com o canal medular. 2 Figura 17 - Canal de Havers (Corte Traansversal) 25

26 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 18 - Canal de Volkmann (Corte Longitudinal) L-32 Ossificação Endocondral: Como já foi dito, ela tem início sobre uma peça de cartilagem hialina através de um processo de hipertrofia e morte dos condrócitos e posterior deposição de cálcio formando a matriz que é invadida com capilares sanguíneos. 1,2 26

27 Figura 19 - Ossificação Endocondral Esses processos de calcificação da matriz óssea podem ser divididos e observados histologicamente em zonas: 1) Zona de Cartilagem em Repouso: onde existe a cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica. 2) Zona de Cartilagem Seriada ou em Proliferação: aqui os condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas. 3) Zonas de Cartilagem Hipertrófica: nessa zona, os condrócitos sofrem hipertrofia ficando volumosos com o citoplasma repleto de glicogênio e lipídeos iniciando processo de apoptose. 4) Zona de Cartilagem Calcificada: aqui ocorre a mineralização dos espaços entre os condrócitos hipertrofiados terminando com a morte deles. 5) Zona de Ossificação: nessa zona parece o tecido ósseo. Capilares sanguíneos infiltram e células progenitoras dão origem a osteoblastos que depositam a matriz óssea. 27

28 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 20 - Ossificação Endocondral (Aspecto Geral) 28

29 Figura 21 - Zona de Cartilagem em Repouso e Zona de Cartilagem Seriada 29

30 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 22 - Zona de Cartilagem Seriada 30

31 Figura 23 - Zona de Cartilagem Hipertrófica. Podem-se observar nas setas os condrócitos volumosos. 31

32 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 24 - Zona de Cartilagem Calcificada. Pode-se observar a presença de células do sangue entre as trabéculas ósseas. 32

33 Figura 25 - Zona de Ossificação. Pode-se observar a presença de células do sangue entre as trabéculas ósseas. Nessa matriz recém-formada, é possível identificar as principais células do tecido ósseo.¹,2 1) Osteócitos: ocupam as lacunas das quais partem canalículos, sendo sempre a disposição de um osteócito para uma lacuna. Eles são células achatadas e escuras essenciais para a manutenção do tecido ósseo. São formados pelos osteoblastos que ficam presos na própria matriz. 2) Osteoblastos: são as células que sintetizam a matriz. Estão dispostos sempre nas superfícies das espículas ósseas lado a lado. Quando tem intensa atividade de síntese possuem formato cuboide com citoplasma basófilo. 3) Osteoclastos: são células móveis, gigantes, multinucleadas e muito ramificadas. Participam da reabsorção óssea coordenada por citocinas e hormônios. Tem origem das células precursoras da medula que se unem para formar osteoclastos. 33

34 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 26 - Observe a disposição lado a lado dos osteoblastos encontrados na periferia da espícula óssea. Quando presos na matriz, eles tornam-se osteócitos, localizados nas lacunas. 34

35 Figura 27 - Observe a morfologia do osteoclasto: célula gigante, multinucleada que apresenta várias ramificações. São menos numerosos e podem ser encontrados na periferia da espícula óssea. REFERÊNCIAS DA AULA 5: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido ósseo; p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: FMIt; p

36 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 6 TECIDOS MUSCULARES Autores: Ilton de Oliveira Filho Isabella de Oliveira Fadoni Jaqueline Alves Pereira Silva O TECIDO MUSCULAR: O Tecido Muscular é constituído por células alongadas que possuem grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis, geradoras das forças necessárias para a contração desse tecido, utilizando a energia contida nas moléculas de ATP.¹ Os componentes das células musculares recebem nomes especiais: a membrana celular é chamada sarcolema, o citosol de sarcoplasma e o retículo endoplasmático liso, de retículo sarcoplasmático.¹ Distinguem-se três tipos de tecido muscular: 1) Músculo estriado esquelético 2) Músculo estriado cardíaco 3) Músculo liso Figura 28 Tipos de Tecido Muscular 2 MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO: O músculo estriado esquelético apresenta fibras musculares organizadas em grupos de feixes. Um conjunto de feixes de fibras musculares é envolto por uma camada de tecido conjuntivo: o epimísio. Sendo que cada feixe é envolvido por septos de tecido conjuntivo: o perimísio. E cada fibra muscular, individualmente, é envolvida pelo endomísio.¹ 36

37 Figura 29 Organização do Músculo 3 Distinguem-se dois tipos de cortes: 1) Corte Longitudinal fibras musculares cortadas ao longo do seu maior eixo. 2) Corte Transversal cortadas ao longo do seu menor eixo. Sendo assim, os cortes para as lâminas referentes ao musculo estriado esquelético vão se apresentar da seguinte forma: 1) Corte Longitudinal: as fibras são cilíndricas, longas, multinucleadas e com estriações transversais. Os núcleos são numerosos e periféricos. 2) Corte Transversal: nesse corte não é possível visualizar as estrias transversais. Os núcleos são periféricos e arredondados. Figura 30 Músculo Estriado Esquelético 4 MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO: 1) Corte Longitudinal: a forma das fibras é variada, pois elas se ramificam com frequência, se anastomosando umas com as outras. Em geral, são cilíndricas, acidófilas e com estriação transversal. Os núcleos são arredondados. Observam-se os discos intercalares: linhas transversais mais coradas, em forma de escada ou ziguezague. 37

38 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 2) Corte Transversal: citoplasma acidófilo, granuloso e sem estrias. O núcleo é arredondado e central. Figura 31 Músculo Estriado Cardíaco 4 MÚSCULO LISO: 1) Corte Longitudinal: a forma das fibras é alongada, mas os limites intercelulares são pouco nítidos, por isso é acidófilo e de aspecto fibrilar. Os núcleos são únicos, centrais e alongados. 2) Corte Transversal: a maioria dos cortes não passa pelo núcleo, de modo que há várias células sem núcleo. Quando aparece, é redondo e central. A célula, neste corte, também é redonda, com diâmetro variável. Figura 32 Músculo Liso 4 LÂMINAS DO LABORATÓRIO FMIt: L-10 ou L-10 a Língua (Músculo Estriado Esquelético): 38

39 Figura 33 - Corte Longitudinal do Músculo Estriado Esquelético Figura 34 - Corte Transversal do Músculo Estriado Esquelético 39

40 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ L-15 Coração (Músculo Estriado Cardíaco): Figura 35 - Corte Longitudinal do Músculo Estriado Cardíaco Figura 36 - Corte Transversal do Músculo Estriado Cardíaco 40

41 Figura 37 - Corte Longitudinal do Músculo Cardíaco (observe os Discos Intercalares) 5 L-02 Intestino Grosso (Músculo Liso): Figura 38 - Corte Longitudinal do Músculo Liso 41

42 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 39 - Corte Transversal do Músculo Liso REFERÊNCIAS DA AULA 6: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido muscular; p A.F.H - Os tecidos. Tipos de tecido muscular [Acesso em: 2014 Fev 20]. Disponível em: 3 Embriologia e histologia - Tecido muscular [Internet] [Acesso em: 2014 Fev 20]. Disponível em: 4 Só biologia. Tecidos musculares [Internet]. [Acesso em: 2014 Fev 20]. Disponível em: 5 Cunha GF. Tecido muscular estriado cardíaco [Internet] [Acesso em: 2014 Fev 20]. Disponível em: 42

43 PRÁTICA 7 CÉLULAS DO CONJUNTIVO Autores: Aline Melon Ruegger Isadora Isis de Oliveira Araújo Ivy Loureiro Teodoro O TECIDO CONJUNTIVO: O tecido conjuntivo tem a função de estabelecer e manter a forma do corpo. Nesse tecido, a maioria das células são produzidas localmente e permanecem nele, com exceção de algumas como os leucócitos, que vêm de outros territórios e podem habitar temporariamente o tecido conjuntivo. As principais células a serem observadas serão apresentadas a seguir. 1 L-26a Estômago (Úlcera): (A visualização dessas células em tecidos normais é mais difícil). Visualize a porção mais interna do corte. Procure a área que tenha muitos núcleos Passe para o maior aumento e tente identificar as células: 1) LINFÓCITOS: Participam da produção de células imunocompetentes. 1 São células pequenas, com núcleo redondo, bastante basófilo (roxo) e com citoplasma pouco visível. No maior aumento, apresenta-se como uma bolinha escura entre as outras células. Figura 40- Linfócito 43

44 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 2) PLASMÓCITOS: são células derivadas de linfócitos, sintetizadores de anticorpos. 1 Geralmente maiores que os linfócitos, são ovoides, com núcleo excêntrico e esférico, e com cromatina disposta em grânulos basófilos. O núcleo se apresenta, tipicamente, em forma de roda de carroça. Tem citoplasma mais abundante que o linfócito, é basófilo, e às vezes mostra uma área clara perinuclear, correspondente ao complexo de Golgi. 1 Figura 41 Plasmócitos 3) NEUTRÓFILOS: Possuem função de defesa ao organismo, fazendo fagocitose de substancias estranhas, como as bactérias. 1 São pequenos, possuem citoplasma pouco visível e núcleo lobulado (geralmente com 2 ou 3 lóbulos, mas podendo apresentar mais), é bem basófilo. 44

45 Figura 42 Neutrófilos Figura 43 Neutrófilo 45

46 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 4) EOSINÓFILOS: Participam da defesa imunológica e das reações alérgicas. 1 Têm aspecto semelhante aos neutrófilos. Apresentam, geralmente, núcleos bilobulados (ou mais) e citoplasma cheio de grânulos de coloração avermelhada (eosinófilos)- para observar isso tente mexer o foco micrométrico, aparecerão grânulos brilhando. Figura 44 - Eosinófilo Figura 45 - Eosinófilos 46

47 5) MACRÓFAGOS: Têm função de defesa, fagocitam substâncias estranhas e bactérias além de processar e apresentar antígenos. 1 São numerosos, mas por variarem muito sua forma nos diferentes tipos de tecido, são difíceis de serem identificados. Têm aspecto característico de grão de feijão ou amendoim, em que se tem o núcleo ovoide com uma reentrância (chanfradura) em um dos bordos. Apresenta citoplasma claro com limites imprecisos. 1 6) FIBROBLATOS: sintetizam principalmente fibras de colágeno e elastina além de substância fundamental. 1 Para visualizá-los, tente sair um pouco da área de acúmulo de células, pois é mais fácil de identificá-los quando eles estiverem isolados. Apresentam-se com aspecto fusiforme, núcleo grande e ovoide, levemente basófilo e tem nucléolo evidente. Já o citoplasma é pouco visível, com prolongamentos nas extremidades da célula e cor muito clara. 1 47

48 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 46 - Fibroblastos 7) FIBRÓCITOS: ainda nas regiões com poucas células, podem-se ver os fibrócitos em meio às fibras colágenas. São menores que os fibroblastos e mais fusiformes, apresentam núcleo bem fino, denso e alongado. O citoplasma não é visível. 1 8) CÉLULAS ADIPOSAS: São importantes fontes de reserva energética e produção de calor. 1 Procure na periferia do corte células arredondadas, grandes, com limites nítidos e citoplasma vazio. O núcleo é pequeno, denso e deslocado para a periferia. 48

49 Figura 47 - Células Adiposas 9) MASTÓCITOS: São importantes nas reações alérgicas, na inflamação, nas reações imunes e na expulsão de parasitas. São células globosas, grandes e com citoplasma cheio de grânulos basófilos. Apresentam núcleo central, esférico e pequeno e de difícil observação pela quantidade de grânulos na célula. 1 49

50 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 48 - Mastócito L-49 Linfonodo (Inflamação Granulomatosa): 10) CÉLULAS GIGANTES: Tem a função de segregar e digerir corpos estranhos 1. São a fusão de vários macrófagos e podem ser vistas em maior aumento. São geralmente arredondadas ou ovoides, apresentam citoplasma acidófilo, homogêneo e com vários núcleos dispostos na periferia ou amontoados na região central da célula. 50

51 Figura 49 - Célula Gigante Figura 50 - Célula Gigante 51

52 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ REFERÊNCIAS DA AULA 7: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido conjuntivo; p

53 PRÁTICA 8 FIBRAS DO CONJUNTIVO / SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA (SFA) / TIPOS DE CONJUNTIVO Autores: Aline Melon Ruegger Isadora Isis de Oliveira Araújo Ivy Loureiro Teodoro O TECIDO CONJUNTIVO: São três os principais tipos de fibras do tecido conjuntivo: colágenas, reticulares e elásticas. As duas primeiras são formadas por proteína colágeno, e a última por proteína elastina. A distribuição dessas fibras varia nos diferentes tipos de tecido conjuntivo, que serão observados nessa prática. As características predominantes de cada tecido refletem seu componente principal ou a forma de organização estrutural do tecido. 1 L- 17 Pele (fibras colágenas e Tecido Conjuntivo Propriamente Dito): TECIDO CONJUNTIVO FROUXO: Está presente em locais com pressão e atrito pequenos como entre células musculares, camada entorno dos vasos e derme. Nele não há predominância de qualquer tipo de fibra. 1 Para visualizá-lo vá até a parte abaixo do epitélio estratificado da pele, ao nível das papilas dérmicas. Lá poderão ser vistos espaços vazios, fibras coradas em rosa e núcleos. Os espaços vazios são a substancia fundamental amorfa (SFA), que pela sua parte hídrica, dá esse aspecto quando processas em lâmina. A SFA embebe fibras e células do conjuntivo, não existindo espaços vazios no tecido vivo. 1 As fibras coradas vistas são as fibras colágenas, que apresentam cor acidófila e trajeto tortuoso. Procure identificá-las em todos os tipos de corte, pois este é um dos elementos mais frequentes em vários órgãos. Como está no tecido conjuntivo frouxo não encontrará muitas fibras. Os núcleos vistos são geralmente fibroblastos e fibrócitos. TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO: Esse tipo de tecido está abaixo das papilas e se caracteriza por apresentar menos SFA e mais fibras colágenas. É dito como não modelado por conter fibras colágenas orientadas em várias direções, o que lhe confere maior resistência às trações exercidas em qualquer direção. É encontrado na região de derme profunda. 1 53

54 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 51 - Tecido Conjuntivo (Pele) L-12 Tendão: TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO: Nesta lâmina, note que as fibras colágenas estão dispostas em única direção e há fibrócitos entre elas. Alguns fibroblastos também poderão ser vistos. 1 54

55 Figura 52 - Tecido Conjuntivo (Tendão) O TECIDO RETICULAR/ FIBRAS RETICULARES: L-7 Tecido Reticular e Fibras Reticulares (colocação em prata): Aqui as células não foram coradas. As fibras reticulares estão coradas em preto, são finas e emaranhadas, formando uma rede de sustentação. 55

56 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 53 - Fibras Reticulares (Coloração em prata) REFERÊNCIAS DA AULA 8: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido conjuntivo; p

57 PRÁTICA 9 VASOS SANGUÍNEOS Autores: Aline Melon Ruegger Isadora Isis de Oliveira Araújo Ivy Loureiro Teodoro L 05 ou L 33 Artéria Elástica: As grandes artérias elásticas contribuem para estabilizar o fluxo sanguíneo. 1 Incluem a aorta e seus grandes ramos. O objetivo desta lâmina é identificar, numa artéria, suas túnicas ou camadas que compõem sua parede. Focalize de modo que você possa ver a luz do vaso. De dentro para fora você deverá identificar 2 : 1) Túnica íntima: apresenta uma camada de células endoteliais (planas), de modo que só poderá ser visto o núcleo 1. Abaixo do endotélio há uma delgada faixa de tecido conjuntivo frouxo e, na Lâmina 05, é possível distinguir uma faixa ondulada e fina de cor rósea. É a limitante elástica interna, que separa a túnica íntima da túnica média. 2 2) Túnica média: constituída principalmente por camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas helicoidalmente. 1 Também possui fibras elásticas isoladas. 2 3) Adventícia: é constituída por tecido conjuntivo frouxo contendo vasos (arteríolas, capilares e vênulas), além de quantidade variável de tecido adiposo. 2 57

58 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 54- Arteríola Elástica (Camadas) Figura 55 - Arteríola Elástica (Camadas) 58

59 Figura 56 - Camadas da parede de Artérias Elásticas 3 L 02 Intestino Grosso: Nesta lâmina, você já identificou o epitélio e glândulas da mucosa, o tecido conjuntivo frouxo da submucosa e o músculo liso da muscular. Focalize a submucosa em menor aumento (região entre as glândulas da mucosa e a muscular); passe para o aumento médio e procure identificar 2 : 1) Capilares: são compostos de uma única camada de células endoteliais que se enrolam em forma de tubo, sofrem variações estruturais que os adaptam para exercer níveis diferentes de troca metabólica entre o sangue e os tecidos. 1 Nesta lâmina, há cortes transversais e oblíquos; o que os caracteriza é a luz estreita, vazia ou contendo algumas hemácias e a parede fina. *OBS.: As hemácias aparecem nos cortes corados por HE como bolinhas vermelhas (dica para identificar vasos sanguíneos). 2 2) Arteríolas: possuem um diâmetro menor que 0,5mm e lúmen relativamente estreito 1. Íntima: uma camada de células endoteliais (aspecto semelhante aos capilares), a limitante elástica interna geralmente não pode ser vista nos cortes corados com HE. Média: geralmente composta de uma ou duas camadas de células musculares lisas circularmente organizadas. 2 59

60 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 57 - Capilares L 28 Timo: Este órgão será estudado mais adiante. Por enquanto, procure distinguir arteríola, vênula e capilar no tecido conjuntivo frouxo que separa os lóbulos de tecido linfoide. 2 1) Vênulas: possuem um diâmetro de 0,2 a 1,0 mm; suas paredes, muito pequenas, são formadas apenas por uma camada de células endoteliais. A maioria das vênulas é do tipo muscular, possuindo pelo menos algumas células musculares lisas na sua parede. 1 60

61 Figura 58 Vênula Figura 59 - Vênula 61

62 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 60 - Arteríolas e Vênulas L 21 Fígado: O fígado é constituído por cordões de células epiteliais entre os quais se dispõem capilares de luz ampla, irregular e de parede descontínua: são os sinusóides. Ocasionalmente são vistas hemácias dentro desses vasos. Procure identificá-los. 2 62

63 Figura 61 - Capilares Sinusóides Hepáticos REFERÊNCIAS DA AULA 9: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Sistema circulatório. p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia p SIU School of medicine [Internet]. Arterial wall [Acesso em: 2014 Fev 20]. Disponível em: 63

64 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 10 CORAÇÃO E CÉLULAS DO SANGUE Autores: Aline Melon Ruegger Isadora Isis de Oliveira Araújo Ivy Loureiro Teodoro AS CÉLULAS DO SANGUE: O sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma, parte líquida, na qual os primeiros estão suspensos. Os glóbulos sanguíneos são os eritrócitos ou hemácias, as plaquetas (fragmentos do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea) e diversos tipos de leucócitos ou glóbulos brancos. O sangue é principalmente um meio de transporte. Por seu intermédio, os leucócitos, células que desempenham várias funções de defesa percorrem constantemente o corpo, atravessam por diapedese a parede das vênulas e capilares e concentram-se rapidamente nos tecidos atacados por microrganismos, onde desempenham suas funções defensivas. O sangue também é responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico (CO 2 ), o primeiro ligado à hemoglobina dos eritrócitos e o segundo ou ligado à hemoglobina e a outras proteínas dos eritrócitos, ou dissolvidos no plasma. Como veículo de distribuição dos hormônios, o sangue possibilita a troca de mensagens químicas entre órgãos distantes. Tem, ainda, papel regulador na distribuição de calor, no equilíbrio ácido-básico e no equilíbrio osmótico dos tecidos. 1 Nesta prática vamos nos ater à classificação e caracterização dos glóbulos sanguíneos células do sangue. COLORAÇÃO DAS CÉLULAS DO SANGUE: As células do sangue geralmente são estudadas em esfregaços preparados pelo espalhamento de uma gota de sangue sobre uma lâmina, onde as células ficam estiradas e separadas, o que facilita a observação ao microscópio. Esses esfregaços são corados com misturas especiais, que contém eosina (corante ácido), azul-de-metileno (corante básico) e azures (corantes básicos de cor púrpura). São muito usadas as misturas de Leishman, Wright e Giemsa, designadas com os nomes dos pesquisadores que as introduziram. Com essas misturas de corantes, as estruturas acidófilas ficam na cor rosa, as basófilas em azul e as que fixam os azures, ditas azurófilas, aparecem na cor púrpura. Para visualizar as células do sangue no esfregaço, você precisará do óleo de imersão, mas CUIDADO, chame um monitor para auxiliá-lo caso haja dúvidas. 1, 2 Identifique as células do sangue: L-51 Esfregaço sanguíneo: 1) Hemácias: são eosinófilas (às vezes de cor parda), arredondadas, com área central mais clara. Ao tentar observar o núcleo, perceberá que hemácias não têm núcleo. Elas representam a maioria das células desta lâmina. 64

65 2) Linfócitos: são arredondados, com citoplasma escasso e núcleo grande, muito basófilo. 3) Monócitos: são as maiores células do esfregaço. Seu núcleo é frequentemente chanfrado (forma de feijão) e basófilo claro. O citoplasma é levemente basófilo. 4) Granulócitos Neutrófilos: apresentam o núcleo lobulado (2 ou mais lóbulos), fortemente basófilo. O citoplasma é de púrpura (roxo claro). 5) Granulócitos eosinófilos: apresentam o núcleo lobulado (geralmente 2 lóbulos ou mais), fortemente basófilo e citoplasma carregado de grânulos eosinófilos. 6) Plaquetas: são corpúsculos pequenos, arredondados e agrupados, de cor basófila, às vezes levemente esverdeados. 1, 2 Figura 62 - Eosinófilos 65

66 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 63 - Basófilo Figura 64 - Basófilo 66

67 Figura 65 - Linfócito e Plaquetas Figura 66 - Plaquetas e Hemácias 67

68 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 67 - Linfócito REFERÊNCIAS DA AULA 10: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Células do sangue; p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de Histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p

69 PRÁTICA 11 ÓRGÃOS LINFÁTICOS Autores: Aline Melon Ruegger Isadora Isis de Oliveira Araújo Ivy Loureiro Teodoro OS ÓRGÃOS LINFÁTICOS: As principais estruturas que participam da resposta imunitária são os órgãos linfáticos: timo, baço, linfonodos e nódulos linfáticos. Esses nódulos são agregados de tecido linfático, localizados na mucosa do aparelho digestivo (principalmente nas tonsilas, nas placas de Peyer do íleo e no apêndice), na mucosa do aparelho respiratório e na do aparelho urinário. O extenso conjunto de tecido linfático das mucosas chama-se MALT. A ampla distribuição das estruturas linfáticas e a constante circulação das células imunitárias no sangue, na linfa e no tecido conjuntivo proporcionam ao organismo um sistema muito eficiente de defesa. Uma variedade de tecido conjuntivo na qual predomina o elemento celular é constituída por tecido linfoide. Pela grande quantidade de linfócitos nesse tecido percebese uma basofilia acentuada, principalmente nas variedades nodular e denso. Utilize esse dado para auxiliá-lo na identificação dos órgãos. 1 NÓDULO LINFÁTICO: L-1, L-2 e L-35 Intestino (Tecido Linfoide Associado à Mucosa): Os tratos digestivo, respiratório e gênito-urinário estão sujeitos a invasões microbianas frequentes, pois se abrem ao meio externo. Para proteger o organismo, existem acúmulos de linfócitos (nódulos linfáticos) associados a tecido linfático difuso localizado na mucosa e na submucosa desses tratos. Nessas lâminas de intestino, você conseguirá identificar esses nódulos, que se encontram entre as glândulas da mucosa e apresentam cor basófila. Raramente se conseguirá identificar no centro deste nódulo o que é denominado centro germinativo (área clara constituída por linfoblastos). 1,2 69

70 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 68 - Nódulo Linfoide (associado à mucosa intestinal) Figura 69 - Nódulo Linfático (associado à mucosa intestinal) 70

71 Figura 70 - Nódulo Linfático (associado à mucosa intestinal) LINFONODO: L-36 e L-36a Linfonodo: Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. Em geral, têm a forma de rim e apresentam um lado convexo e outro com reentrâncias, o hilo. A cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos envia trabéculas para o seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. O parênquima do linfonodo apresenta a região cortical e a região medular, que ocupa o centro do órgão e seu hilo. Entre essas duas regiões há a cortical profunda ou região paracortical. A região cortical superficial é constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os seios subcapsulares e peritrabeculares, e por nódulos ou folículos linfáticos (condensações esféricas de linfócitos). Os nódulos linfáticos podem apresentar áreas centrais claras, os centros germinativos. Na medular, pode-se observar tecido linfoide frouxo, alternando com cordões de tecido linfoide denso (bem basófilo). 1,2 71

72 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 71 Linfonodo Figura 72 - Linfonodo (Centros Germinativos) 72

73 BAÇO: L-8 Baço: O baço é o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, na espécie humana, o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Observando-se o órgão no menor aumento, podem-se identificar duas regiões: a Polpa Branca e a Polpa Vermelha. Na primeira, que é descontínua, podem-se observar pontos esbranquiçados (na macroscopia) no parênquima que são os nódulos linfáticos. Na polpa vermelha, observa-se que esta é formada por estruturas alongadas, os cordões esplênicos ou cordões de Billroth e está localizada em torno dos nódulos linfáticos. 1,2 Figura 73 - Baço (Polpa Branca e Polpa Vermelha) 73

74 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 74 - Baço (Trabécula e Polpas) TIMO: L-28 Timo: O timo é um órgão linfoepitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Possui dois lobos, envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. A cápsula origina septos, que dividem o parênquima em lóbulos contínuos uns com os outros. Diferente dos demais órgãos linfáticos, o timo não apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado por uma parte periférica, denominada zona cortical, que envolve a parte central, mais clara, a zona medular. Na cortical o tecido linfoide é denso, enquanto na medular o tecido linfoide é frouxo. Ainda na medular, podem ser vistos os corpúsculos de Hassall, os quais representam células epiteliais em degeneração. 1,2 74

75 Figura 75 - Timo Figura 76 - Corpúsculo de Hassall 75

76 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ REFERÊNCIAS DA AULA 11: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Sistema imunitário e órgãos linfáticos; p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p

77 PRÁTICA 12 EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO Autores: Beatriz Carvalho Hugo Ribeiro Bellato Maria Emília de Oliveira Ambrósio EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO: Nos epitélios de revestimento as células são organizadas em camadas que revestem a superfície externa ou as cavidades do corpo. Eles podem classificadas de acordo com o número de camadas e as características morfológicas das células na camada superficial. Figura 77 - Epitélios de Revestimento 1 77

78 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ L-24 Rim (Zona Cortical) Epitélio Simples Pavimentoso e Epitélio Simples Cúbico: 1) Epitélio simples pavimentoso: na zona cortical do rim identificar os glomérulos (corpúsculos esféricos com novelos de capilares - coloração mais escura). No aumento médio observar que há um espaço circundando o novelo e este é revestido por células planas/ achatadas. Este epitélio também reveste os vasos sanguíneos (endotélio). 2) Epitélio simples cúbico: na zona cortical do rim identificar vários cortes transversais de túbulos (em torno dos glomérulos), apresentam luz estreita e são revestidos por epitélio simples cúbico. Figura 78 - Rim (Zona Cortical) 78

79 Figura 79 - Rim (Zona Cortical) L-35 Intestino Delgado: Epitélio Simples Cilíndrico: Nesta lâmina buscar uma vilosidade (na superfície mucosa). Epitélio com uma camada de células, apesar de os limites celulares serem pouco nítidos, os núcleos são bem corados e alongados, ficam na região basal das células, muito próximo uns dos outros, indicando que as células são estreitas e longas (altura maior que a largura), característica do epitélio cilíndrico/colunar/prismático. Abaixo do epitélio há tecido conjuntivo frouxo (lâmina própria ou córion) que não contém células epiteliais. *OBS.: Atenção para as regiões em que o tecido foi cortado tangencialmente à fileira dos núcleos, dando a falsa impressão que o epitélio é estratificado. 79

80 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 80 - Intestino Delgado Figura 81 - Intestino Delgado 80

81 L-33 Traqueia (Epitélio Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado): Este epitélio reveste a luz da traqueia, ele apresenta os núcleos em várias alturas dando aspecto de estratificado, porem se observado mais atentamente pode-se perceber que todas as células epiteliais tocam a lâmina basal (algumas vezes é difícil de visualizar). A maioria das células é cilíndrica. *OBS.: Este como todos os outros epitélios, se apoia sobre uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a lâmina própria. Figura 82 - Traqueia 81

82 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 83 - Traqueia L-5 Esôfago (Epitélio Estratificado Pavimentoso Não Queratinizado): Epitélio reveste a luz do esôfago e fica repousado sobre tecido conjuntivo (lâmina própria ou córion), a delimitação entre os dois tecidos é ondulada, com formação de papilas (reentrâncias do tecido conjuntivo em direção ao epitélio). Como é estratificado, o epitélio possui vários camadas, a mais interna (junto ao conjuntivo) as células são cilíndricas/ cúbicas. Nas próximas camadas (medias), as células são maiores, poliédricas, e os núcleos são redondos e afastados entre si. Nas últimas camadas (junto à luz), os núcleos são densos e alongados ou arredondados, são picnóticos e estão bem afastados uns dos outros. As células são pavimentosas/achatadas e empilham-se como discos. *OBS.: Não há queratina neste epitélio estratificado. *OBS.: Epitélio também chamado de escamoso (porque as células superficiais descamam) e/ou malpighiano (descrito originalmente por Malpighi). 82

83 Figura 84 - Esôfago L-17 Pele (Epitélio Estratificado Pavimentoso Queratinizado): Epitélio que também contem várias camadas. Na última camada de células com núcleo há no citoplasma grânulos muito roxos de querato-hialina (substância precursora de queratina). Acima desta camada com grânulos não há mais núcleos, observa-se uma longa faixa acidófila de queratina (células mortas). O epitélio repousa sobre o tecido conjuntivo que na pele é chamado de derme. Há grande número de papilas dérmicas. 83

84 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 85 Pele Figura 86 - Pele 84

85 REFERÊNCIAS DA AULA 12: ¹ Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido epitelial. p

86 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 13 ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA (CÍLIOS, FLAGELOS E MICROVILOS) Autores: Beatriz Carvalho Hugo Ribeiro Bellato Maria Emília de Oliveira Ambrósio ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA: A superfície livre de algumas células epiteliais possui modificações com a função de aumentar sua superfície ou mover partículas. 1) Microvilos: pequenas projeções do citoplasma, são de numero variado, podem ser expansões curtas ou longas em formas de dedos ou pregas de trajeto sinuoso. As células que exercem função absortiva como as do intestino delgado e as dos túbulos proximais do rim possuem centenas de microvilos, nestas células o glicocálice é mais espesso. Conjunto glicocalice e microvilos é chamado de borda em escova ou borda estriada¹; 2) Estereocílios: prolongamentos longos e imóveis do epidídimo e do ducto deferente, que na verdade são microvilos longos e ramificados, portanto não devem ser confundidos com cílios verdadeiros. Os estereocilios aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula.¹ 3) Cílios: são prolongamentos longos e dotados de motilidade, presente na superfície de algumas células epiteliais. São envolvidos pela membrana plasmática. Os cílios estão inseridos em corpúsculos basais (estruturas situadas no ápice das células, logo abaixo da membrana). Os cílios exibem rápido movimento de vai e vem, o movimento ciliar é frequentemente coordenado para que corrente de fluido ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo da superfície do epitélio, ATP é a fonte de energia para o movimento ciliar.¹ 4) Flagelos: no corpo humano estão presentes somente nos espermatozoides, a estrutura é semelhante a dos cílios porem são mais longos e limitados a um por célula.¹ L-25 ou L- 42 Testículo e Epidídimo (HE): 1) Flagelos: testículo é formado por túbulos enovelados cujo revestimento contém as células da linhagem espermatocitária. Nas regiões próximas a luz dos túbulos percebem-se filamentos alongados, formando feixes delgados, são os flagelos dos espermatozoides. 86

87 2) Estereocílios: no epidídimo, canal longo, muito enovelado, na qual a parede é constituída por uma camada de células epiteliais apresentando no bordo livre expansões finas e longas, podendo variar no tamanho e disposição, são os microvilos. Figura 87 - Testículo 87

88 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 88 - Testículo Figura 89 - Epidídimo 88

89 L-33 Traqueia (Cílios): No corte transversal é parecido com um arco, e parede com basofilia intensa. Os cílios se encontram no revestimento interno voltado para a luz no bordo livre das células do epitélio de revestimento (identificado no aumento médio e maior), são estruturas retas, curtas e uniformes (semelhante a uma escovinha). Figura 90 - Traqueia L-35 Intestino Delgado Duodeno (Microvilos): Na superfície mais arroxeada, voltada para a luz (região pregueada e irregular), localizar o revestimento interno do órgão. Ele é constituído por células enfileiradas, finas e colunares, com núcleos ovoides muito próximos uns dos outros, na base da célula. No ápice destas células nota-se uma faixa mais corada, mexendo no micrometro observam-se duas linhas muito finas (como se brilhassem), elas correspondem aos microvilos do bordo livre das células absortivas. O que se vê é uma condensação na área onde estão as microvilosidades, pois são estruturas muito pequenas visíveis ao microscópio eletrônico, por isto essa região é denominada como cutícula estriada ou bordo em escova. 89

90 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 91 - Intestino Delgado REFERÊNCIAS DA AULA 13: ¹ Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido epitelial; p

91 PRÁTICA 14 PROCESSOS DE SÍNTESE Autores: Beatriz Carvalho Hugo Ribeiro Bellato Maria Emília de Oliveira Ambrósio PROCESSOS DE SÍNTESE: Dependendo do tipo de substância sintetizada, teremos células com aspectos diferentes, como é o caso de células que sintetizam glicoproteínas e de células que sintetizam proteínas. 1 SÍNTESE DE GLICOPROTEÍNAS: L-01 ou L-02 Intestino Grosso (Célula Caliciforme) ou L-35 Intestino Delgado (Célula Caliciforme) A camada mucosa do intestino delgado possui vilosidades e microvilosidades. O epitélio dos vilos é formado principalmente por células absortivas (enterócitos) e células caliciformes. As células absortivas são colunares altas, cada uma com um núcleo oval em sua porção basal. No ápice de cada célula existe uma camada homogênea denominada borda em escova, a qual é composta por microvilosidades densamente agrupadas. A função mais importante das células absortivas é internalizar as moléculas nutrientes produzidas durante a digestão. Enzimas como dissacaridases e dipeptidases são produzidas pelas células absortivas e podem fazer parte da membrana plasmática (glicocálice) nas microvilosidades. As células caliciformes estão distribuídas entre as células absortivas. Elas são menos abundantes no duodeno e aumentam em número em direção ao íleo. Estas células produzem glicoproteínas ácidas do tipo mucina que são hidratadas e formam ligações cruzadas entre si para originar o muco, cuja função principal é proteger e lubrificar o revestimento do intestino. O epitélio do intestino delgado é o simples cilíndrico (colunar, prismático). 2 A camada mucosa do intestino grosso não tem pregas, exceto em sua porção distal (reto), nem vilosidades. Contudo, possui microvilosidades. As criptas intestinais são longas e caracterizadas por abundância de células caliciformes e absortivas e um pequeno número de células enteroendócrinas. As células absortivas são colunares e possuem microvilosidades curtas e irregulares. O epitélio do intestino grosso é o simples cilíndrico (colunar, prismático). 2 Ao longo do revestimento da superfície e das glândulas, há uma fileira de células colunares com citoplasma claro, pouco visível, mas com núcleos de cor púrpura dispostos na base das células, formando uma fileira contínua. 91

92 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Entre estas células ressaltam outras maiores, globosas, com citoplasma muito claro (parecendo vazio). Estas são as células caliciformes do intestino. Os seus núcleos estão na porção basal, são escuros e achatados. O citoplasma é pouco corado por que as glicoproteínas têm pouca afinidade pelos corantes usuais, tipo HE. 1 Figura 92- Intestino Delgado Figura 93 - Intestino Delgado 92

93 Figura 94 - Intestino Delgado Figura 95 - Intestino Delgado 93

94 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 96 - Intestino Grosso Figura 97 - Intestino Grosso 94

95 Figura 98 - Intestino Grosso L-27 Intestino Grosso: (Alcian Blue- Coloração específica para glicoproteínas de células caliciformes) Esta lâmina é de um tecido idêntico ao anterior. Aparecem as mesmas células claras e colunares, porém as células caliciformes apresentam o citoplasma corado em azulpiscina ("bolotas azuis" ao longo da glândula). Os núcleos estão com uma coloração lilás, mais clara que a cor habitual e estão fora das "bolotas azuis". 1 95

96 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 99 - Intestino Grosso 96

97 Figura Intestino Grosso 97

98 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Intestino Grosso 98

99 Figura Intestino Grosso SÍNTESE DE PROTEÍNAS: 99

100 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ L-43 Glândula Salivar Submandibular: É um órgão compacto, sólido. Situa-se no assoalho bucal, para onde drena seu conteúdo. É uma glândula exócrina que produz saliva, fluido que possui funções digestivas, lubrificantes e protetoras. É uma glândula tubuloacinosa composta, sua porção secretora contém tanto células serosas quanto células mucosas. As células serosas são o principal componente desta glândula, sendo facilmente distintas das células mucosas. 1,3 1) Células serosas: possuem geralmente um formato piramidal, com uma base larga que repousa sobre uma lâmina basal e um ápice com microvilos pequenos e irregulares voltados para o lúmen. Elas exibem características de células secretoras de proteínas. Células secretoras adjacentes estão unidas entre si por complexos juncionais e formam uma massa esférica denominada ácino, contendo um lúmen central. 3 2) Ácinos serosos: produz uma secreção de aspecto fluido, pouco denso, semelhante a soro. O citoplasma das células é basófilo, arroxeado e granuloso. Isto se deve ao fato de existir, nesta célula, abundante retículo endoplasmático rugoso. Nem sempre é possível ver os núcleos, por causa da coloração escura do citoplasma. A luz é estreita e muitas vezes difícil de ser vista. 1 3) Células mucosas: possuem geralmente um formato cubóide ou colunar; seu núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à base da célula. Elas exibem características de células secretoras de muco. 3 4) Ácinos mucosos: produz uma secreção viscosa, constituída de glicoproteínas. O citoplasma é claro, pouco corado. Os núcleos são basais, mais visíveis, e a luz também é estreita. 1 5) Meia lua serosa: células mucosas e serosas estão arranjadas num padrão característico. As células mucosas formam túbulos, mas no término destes túbulos existe um grupo de células serosas que constituem a meia lua serosa

101 Figura Ácinos Mucosos e Ácinos Serosos Figura Ácinos Mucosos e Ácinos Serosos 101

102 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Ácinos Mucosos e Ácinos Serosos 102

103 Figura Ácinos Mucosos Figura Ácinos Mucosos e Ácinos Serosos 103

104 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Ácinos Mucosos, Ácinos Serosos e Meia Lua Serosa Figura Ácinos Mucosos, Ácinos Serosos e Meia Lua Serosa 104

105 Figura Ácinos Mucosos, Ácinos Serosos e Meia Lua Serosa Figura Ácinos Mucosos e Ácinos Serosos 105

106 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ REFERÊNCIAS DA AULA 14: 1 Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; O Trato digestivo; p Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Órgãos associados ao trato digestivo; p

107 PRÁTICA 15 EPITÉLIOS GLANDULARES Autores: Beatriz Carvalho Hugo Ribeiro Bellato Maria Emília de Oliveira Ambrósio EPITÉLIOS GLANDULARES: L-02 Intestino Grosso (Glândula Exócrina Tubular Reta): A camada mucosa do intestino grosso não tem pregas, exceto em sua porção distal (reto), nem vilosidades. Contudo, possui microvilosidades. Essa camada é composta por células caliciformes e absortivas e um pequeno número de células enteroendócrinas. 1 Ao localizar a mucosa, podem-se identificar as glândulas tubulares retas percorrendo a região. Observa-se que o epitélio de revestimento emite projeções tubulares e retilíneas para dentro da mucosa. A luz mostra um diâmetro variável, parecendo às vezes não existir. 2 O epitélio do intestino grosso é o simples cilíndrico (colunar, prismático). 1 Figura Glândula Exócrina Tubular Reta 107

108 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Exócrina Tubular Reta Figura Glândula Exócrina Tubular Reta 108

109 Figura Glândula Exócrina Tubular Reta 109

110 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Exócrina Tubular Reta Figura Glândula Exócrina Tubular Reta 110

111 Figura Glândula Exócrina Tubular Reta 111

112 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Exócrina Tubular Reta L-09 Glândula Salivar Sublingual (Glândula Exócrina Tubuloacinosa Composta): A glândula sublingual, assim como a submandibular, é uma glândula tubuloacinosa composta formada por células serosas e mucosas. 3 As células mucosas predominam nesta glândula, enquanto as células serosas apresentam-se exclusivamente constituindo semi-luas serosas na extremidade de túbulos mucosos. Assim como na glândula submandibular, as células que formam as semiluas serosas nesta glândula secretam lisozima. 3 Os ácinos mucosos têm um citoplasma muito claro, com núcleos basais e luz estreita. Entre os ácinos podem ser visualizados ductos de excreção, revestidos por epitélio cúbico, com citoplasma róseo e luz mais ampla

113 Figura Glândula Exócrina Tubuloacinosa Composta Figura Glândula Exócrina Tubuloacinosa Composta 113

114 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Exócrina Tubuloacinosa Composta Figura Glândula Exócrina Tubuloacinosa Composta 114

115 Figura Glândula Exócrina Tubuloacinosa Composta L-20 Tireoide (Glândula Endócrina Vesicular ou Folicular): A tireoide é uma glândula endócrina de origem endodérmica que se desenvolve a partir do endoderma da porção cefálica do tubo digestivo. 4 Sua função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) que controlam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é constituída de dois lóbulos unidos por um istmo. 4 A tireoide é formada por vesículas ou folículos. Os folículos são formados por epitélio simples cúbico e a sua cavidade contém uma substância gelatinosa chamada coloide, um material acidófilo e homogêneo. Nele fica contido o produto de secreção da tireoide que será armazenado até ser lançado nos vasos. 2,4 115

116 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Endócrina Vesicular ou Folicular Figura Glândula Endócrina Vesicular ou Folicular 116

117 Figura Glândula Endócrina Vesicular ou Folicular Figura Glândula Endócrina Vesicular ou Folicular 117

118 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Endócrina Vesicular ou Folicular 118

119 Figura Glândula Endócrina Vesicular ou Folicular L-16 Suprarrenal (Glândula Endócrina Cordonal): As adrenais, também chamadas de suprarrenais, são duas glândulas achatadas com forma de meia lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada rim. O órgão é encapsulado e dividido em duas camadas concêntricas: a cortical (periférica, de cor amarelada) e a medular (central, de cor acinzentada). 4 Essas duas camadas podem ser consideradas dois órgãos distintos, de origens embriológicas diferentes, apenas unidos topograficamente. Elas têm funções e morfologia diferentes, embora seu aspecto histológico geral seja típico de uma glândula endócrina formada de células epiteliais dispostas em cordões cercados por capilares sanguíneos. Não há ductos. 2,4 119

120 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Endócrina Cordonal Figura Glândula Endócrina Cordonal 120

121 Figura Glândula Endócrina Cordonal Figura Glândula Endócrina Cordonal 121

122 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Endócrina Cordonal 122

123 Figura Glândula Endócrina Cordonal 123

124 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Endócrina Cordonal 124

125 Figura Glândula Endócrina Cordonal 125

126 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Endócrina Cordonal REFERÊNCIAS DA AULA 15: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; O trato digestivo; p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Órgãos associados ao trato digestivo; p Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Glândulas endócrinas; p

127 PRÁTICA 16 TRATO GASTRO INTESTINAL Autores: Beatriz Carvalho Hugo Ribeiro Bellato Maria Emília de Oliveira Ambrósio O SISTEMA DIGESTIVO: O sistema digestivo consiste no trato digestivo: cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos, (delgado e grosso) e pâncreas. Sua função é obter, a partir dos alimentos ingeridos, as moléculas necessárias para a manutenção e o crescimento e demais necessidades energéticas do organismo.¹ CARACTERÍSTICAS COMUNS: Tubo oco, composto por luz (lúmen), e parede formada por 4 camadas: 1) Mucosa: composta por a) revestimento epitelial e b) lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo rico em vasos); c) muscular da mucosa (camada (s) delgada (s) de musculo liso).¹ 2) Submucosa: composta por tecido conjuntivo, vasos linfáticos e sanguíneos. Possui o plexo nervoso submocoso plexo de Meissner.¹ 3) Muscular: Contem células musculares lisas formando camadas orientadas em espiral (parte circular, e parte longitudinal). Entre as duas subcamadas de musculo liso se observa o plexo mioentérico ou de Auerbach.¹ 4) Serosa: Camada delgada de tecido conjuntivo frouxo que pode ser revestida com mesotélio. Na cavidade abdominal é chamada peritônio visceral e pode ser continuada por mesentério nos órgãos dessa cavidade.¹ *OBS.: Invaginação = Penetração de parte de um órgão em outro, ou nele mesmo.² Ir para dentro. Evaginação= é quando há protrusão do órgão ou parte dele. Ir para fora. LÍNGUA: L-10ª Língua: Massa de músculo estriado esquelético, coberta por mucosa variável de acordo com a região.¹ 1) Mucosa: composta por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e lâmina própria³ (na nossa lâmina o epitélio é queratinizado, pois trata-se de língua de cão). 127

128 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Esses dois componentes se projetam para fora, formando as papilas linguais (as principais são as filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas). Nesse corte as mais comuns são as filiformes.¹ 2) Submucosa: ausente nesse órgão. 3) Muscular: é a própria língua, composta de massa muscular estriada esquelética com feixes de músculos em todas as direções.¹ 4) Serosa: ausente nesse órgão. Figura Língua 128

129 Figura Língua ESÔFAGO: L-05 Esôfago: Tubo oco, muscular que tem a função de transportar os alimentos da boca até o estômago por movimentos peristálticos.¹ 1) Mucosa: Revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado e pela lâmina própria (chamada também de córion).¹,3 Nessa lamina própria há glândulas esofágicas da cárdia, próximo a junção esôfagoestomacal (não visível nesse corte).¹ 2) Submucosa: composta por tecido conjuntivo frouxo, muito parecido com o córion (lâmina própria) da mucosa. Há grupos de glândulas secretoras de muco, ácinos mucosos, cujo produto auxilia no transporte do alimento.³ 3) Muscular: Músculo estriado esquelético (corte da porção superior do esôfago). Demais regiões apresentam musculatura lisa (mais musculo liso quanto mais distal for o corte).³ 129

130 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ *OBS.: A porção superior é composta por músculo esquelético, pois o controle da deglutição em níveis até o esfíncter superior é voluntário e muito importante para engolir os alimentos. Na porção média há uma mistura dos dois tipos de músculo e na porção distal só há músculo liso.¹ 4) Serosa: Ausente neste órgão (só existe na porção que está na cavidade peritoneal). O restante é envolto por camada de tecido conjuntivo que se mistura com o tecido conjuntivo circunjacente; essa camada presente no esôfago é chamada Adventícia.¹ Figura Esôfago 130

131 Figura Esôfago Figura Glândulas Mucosas Esofágicas 131

132 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ ESTÔMAGO: L-06 Estômago (Região Fúndica): Trata-se de uma porção dilatada do TGI que transforma o bolo alimentar (vindo da boca e esôfago) em quimo, uma massa viscosa e pré-digerida, por meio de atividade mecânica e química. Histologicamente há 3 regiões distintas: O cárdia; O corpo (igual ao fundo); e o piloro (antro).¹ 1) Mucosa: É composta por epitélio simples cilíndrico (colunar) que sofre inúmeras invaginações em direção a lamina própria formando as fossetas gástricas (nas quais desembocam as secreções das glândulas tubulares retas). Possui muscular da mucosa.¹,3 A lâmina própria na região fúndica possui essas glândulas gástricas e a distribuição das células nessas glândulas não é uniforme. Existem: A. Células mucosas: produtoras de muco, de cor clara*; B. Células principais: produtoras de enzimas, possuem cor basófila* e; C. Células oxínticas (parietais): produtoras de ácido, são de coloração acidófila*.³ *OBS.: Muitas vezes essas colorações são difíceis de identificar, por problemas técnicos. 2) Submucosa: composição tradicional das submucosas do TGI, porém com tecido conjuntivo mais denso, vasos sanguíneos e linfáticos e infiltrado de macrófagos. Como dito anteriormente se separa da mucosa pela subcamada dita muscular da mucosa. 1,3 3) Muscular: No corte é possível identificar músculo liso em posições tanto longitudinais quanto transversais.³ 4) Serosa: composição clássica de serosas de órgãos da cavidade abdominal: tecido conjuntivo frouxo com vasos que se continua com o mesotélio (camada com epitélio simples pavimentoso).³ 132

133 Figura Estômago Figura 146- Estômago 133

134 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 147- Estômago INTESTINO DELGADO: L-35 Intestino Delgado: Órgão que é sítio terminal de digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e secreção endócrina; composto por três segmentos: duodeno, jejuno e íleo.¹ 1) Mucosa: É formada por dezenas de evaginações (projeções) de seus componentes (epitélio + lamina própria), chamadas vilosidades (como se fossem dedos de uma luva). Nas transições entre um vilo e outro, há aberturas de glândulas tubulares retas formando criptas (à semelhança do estômago), denominadas glândulas (criptas) de Lieberkuhn.¹ O epitélio é formado basicamente por células absortivas, do tipo colunares altas (epitélio simples colunar) que apresentam uma borda em escova ou cutícula estriada, de coloração escura ao M.O, que são as microvilosidades em seus ápices. 1,3 Há ainda: A. Células caliciformes: produtoras de muco que protege e lubrifica o revestimento intestinal¹; 134

135 B. Células de Paneth: localizadas no fundo das criptas (glândulas) de Lieberkuhn, possuem uma série de grânulos acidófilos no citoplasma apical. Secretam lisozima e tem função de defesa.¹ Há muscular da mucosa. 2) Submucosa: composição tradicional das submucosas do TGI. Especificamente no duodeno existem as glândulas de Brünner, que secretam muco alcalino. Há ainda a presença de nódulos linfoides, formando o GALT (tradução livre: tecido linfoide associado ao intestino); quando agregados são chamados de placas de Peyer. Possui também o plexo submucoso (Meissner).¹ 3) Muscular: músculo liso em cortes transversais e longitudinais. ³ Possui o plexo de Auerbach (mioentérico).¹ 4) Serosa: Tecido conjuntivo frouxo, vasos e mesotélio.³ Figura 148- Intestino Delgado 135

136 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 149- Intestino Delgado Figura 150- Intestino Delgado 136

137 Figura 151- Intestino Delgado INTESTINO GROSSO: L-01 e L-02 Intestino Grosso: Esse órgão exerce função de absorção de água, fermentação, formação de massa fecal e produção de muco. É composto por ceco, colón ascendente, colón transverso, colón sigmoide, reto e ânus.¹ 1) Mucosa: composta por um epitélio simples colunar. Não forma vilosidades como no intestino delgado, mas invagina-se em direção à lâmina própria, formando glândulas tubulares retas, as quais possuem abundancia de células caliciformes e absortivas.¹ 2) Submucosa: Separada da mucosa pela muscular da mucosa. Apresenta tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos (clássico). Possui riqueza de tecido linfoide associado ao intestino (GALT). 1,3 3) Muscular: composição tradicional de músculo liso, vistos aqui em cortes transversais e longitudinais.³ 4) Serosa: Composta por tecido conjuntivo frouxo e mesotélio.³ 137

138 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Intestino Grosso Figura 153- Intestino Grosso 138

139 Figura 154- Intestino Grosso Figura 155- Intestino Grosso 139

140 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ REFERÊNCIAS DA AULA 16: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; O trato digestivo; p Silva CRL, Silva RCL, Viana DL. Compacto dicionário ilustrado de saúde. 6ª ed. São Caetano do Sul: Yendis; p. 3 Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p

141 PRÁTICA 17 GLÂNDULAS ANEXAS DO TUBO DIGESTIVO Autores: Alexandre Albuquerque Bertucci Júlia Rosante Garcia Luísa Coelho Marques de Oliveira Luíz Henrique G. Guimarães Filho O SISTEMA DIGESTIVO: O sistema digestivo consiste no trato digestivo - cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso e suas glândulas associadas glândulas salivares, fígado e pâncreas. Sua função é obter, a partir dos alimentos ingeridos, as moléculas necessárias para a manutenção, o crescimento e as demais funções energéticas do organismo. Falaremos agora um pouco de cada glândula anexa. GLÂNDULAS SALIVARES: L-43 e L-20 GLÂNDULA SALIVAR: Figura Glândula Salivar 141

142 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândula Salivar Glândulas salivares são exócrinas e produzem a saliva, que possui funções digestivas, lubrificantes e protetoras. Na cavidade oral, possui diversas glândulas pequenas e, existem também três pares de glândulas salivares maiores: parótida, submandibular e sublingual. 1 1) Glândula Salivar Submandibular: é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo que dela se originam septos separando a glândula exócrina túbuloacinosa em lóbulos. Ela se divide em duas porções; a secretora possui mais células serosas do que mucosas e a porção excretora que se divide em ductos intralobulares (intercalares pequenos, luz estreita e citoplasma claro ou estriados luz um pouco mais ampla, células de revestimento mais acidófila) e extralobulares (são grandes, luz ampla e se localizam nos septos de tecido conjuntivo). 1 2) Glândula Salivar Sublingual: é também túbulo-acinosa composta, mas há predomínio das células mucosas, sendo que as serosas apresentam-se exclusivamente constituindo semi-luas ao redor das mucosas. Seu sistema de ducto é igual ao da glândula salivar submandibular

143 L-48 PÂNCREAS: Figura Pâncreas Exócrino Pâncreas exócrino é a junção de glândulas túbulo-acinosas compostas, dispostas em lóbulos separados por tecido conjuntivo. Não possui ácinos mucosos, sendo constituído por ácinos serosos em que suas células têm intensa basofilia na região basal e acidofilia na região apical; possui uma luz estreita. O sistema de excreção se inicia da luz dos próprios ácinos; os ductos maiores são encontrados ocasionalmente entre os ácinos, mas é nos septos conjuntivos que são melhor observados

144 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ L-21 FÍGADO: Figura Fígado 144

145 Figura 160 Fígado 2 Fígado é uma glândula constituída por cordões de hepatócitos, por vezes, anastomosados entre si e separados por capilares sinusóides, estes se convergem para região central para as veias centro-lobulares. É formado por lóbulos hepáticos que são hexagonais e à sua volta se localizam os espaços porta (arteríola, vênula e ducto biliar). 1 REFERÊNCIAS DA AULA 17: 1 Gama P. Órgãos associados ao trato digestivo. In: Junqueira LC. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; p Histologia-UFGD. Glândulas associadas ao sistema digestivo[internet] [Acesso em: 2014 Mar 05]. Disponível em: 145

146 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 18 PELE E ANEXOS Autores: Alexandre Albuquerque Bertucci Júlia Rosante Garcia Luísa Coelho Marques de Oliveira Luíz Henrique G. Guimarães Filho PELE: L-17 Pele Fina: Há duas regiões diferentes neste órgão, sendo a epiderme e a derme. A epiderme é constituída por 5 camadas diferentes (começando da camada mais superficial): camada córnea, camada lúcida, camada granulosa, camada espinhosa e camada basal ou germinativa. Elas recebem estes nomes devido ao que caracteriza cada uma delas, e é graças a essas camadas que a epiderme apresenta epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. 1 Figura Camadas da Pele 2 146

147 1) Camada Córnea: Por ser representada pela queratina, sua espessura varia dependendo da região do corpo. Quanto maior estímulo (atrito) uma região recebe, mais espessa é essa camada nessa local. Trata-se de uma camada amorfa ou lamelar de coloração eosinófila. 1 2) Camada Lúcida: Difícil de ser identificada na maioria dos cortes, apesar de ser precursora da queratina. É representada por células epidérmicas (ou queratinócitos) mortas. 1 3) Camada Granulosa: Células vivas porém com núcleos picnóticos e com citoplasma repleto de grânulos de querato-hialina, uma proteína precursora da queratina. 1 4) Camada Espinhosa: É constituída por células grandes, de formato poligonal, núcleos vesiculosos e citoplasma acidófilo. Depois da camada córnea, é a camada que mais aumenta de espessura dependendo da quantidade de atrito na área. A união das células é feita por desmossomas, onde se inserem microfilamentos que aparecem como projeções em forma de espinhos em vários cortes histológicos. 1 5) Camada Basal ou Germinativa: As células dessa camada mais profunda ainda não diferem morfologicamente das espinhosas devido a sua imaturidade. Devido a sua alta capacidade mitótica, recebe também o nome germinativa, já que ela é responsável pela renovação da epiderme. Seu aspecto remete a um epitélio cúbico. *OBS.: Nessa camada, podem ser vistos os melanócitos, as células produtoras de melanina. (Pigmento de cor castanha que dá essa coloração às células). 1 Figura Camadas da Pele 3 147

148 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Camadas da Pele 4 Figura 164- Camadas da Pele: Legenda: B Camada Basal; E Camada Espinhosa; G Camada Granulosa; C Camada Córnea

149 Já a derme é composta pela derme papilar, derme reticular e os anexos cutâneos. Ela é constituída por tecido conjuntivo que difere de composição dependendo da região. 1) Derme Papilar: Trata-se de tecido conjuntivo frouxo localizado nas regiões abaixo das papilas dérmicas (reentrâncias do conjuntivo em direção à epiderme). 1 2) Derme Reticular: Situada logo abaixo da derme papilar, sem ter uma delimitação nítida entre essas camadas. É constituída de tecido conjuntivo denso, não modelado, formando um aspecto de rede. Há presença de anexos cutâneos e vasos em menor quantidade. 1 3) Anexos Cutâneos: São glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos. As glândulas sudoríparas são tubulares enoveladas, com uma porção secretora com luz mais ampla e células com coloração mais clara e outra porção excretora, com luz mais estreita e células com citoplasma mais corado. 1 L-39 Pele: Figura Ponteira apontada na derme reticular 149

150 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Derme Papilar e Reticular 6 Figura Derme Papilar e Reticular 7 150

151 ANEXOS CUTÂNEOS: L-39 e L-41 Pele - Glândulas Sebáceas e Folículo Piloso: Localizar na derme reticular: 1) Glândulas sebáceas: estruturas arredondadas ou ovóides, com núcleos picnóticos, irregulares e citoplasma muito claro. São glândulas alveolares simples cujo seus ductos excretores desembocam em folículos pilosos. 1 2) Folículos Pilosos: São invaginações da epiderme, com uma estrutura amarelada acastanhada em seu interior. Apresenta um epitélio estratificado pavimentoso que envolve a cavidade que contêm o pelo. 1 *OBS.: Na base dessas invaginações, é possível identificar na raiz do pelo, - caso este esteja em fase de crescimento - a papila: uma reentrância de tecido conjuntivo frouxo. O músculo pilo-eretor também pode ser visto como um feixe de músculo liso inserido na bainha conjuntiva envolvendo o pelo, estendendose até a derme papilar. 1 Figura Glândula Sebácea e Folículo Piloso 8 151

152 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Glândulas Sebáceas 9 REFERÊNCIAS DA AULA 18: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Pele e anexos; p Minerva. UFPEL. Pele espessa [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 01]. Disponível em: 3 Dermatologia para iniciantes. Epiderme e zona de membrana basal 2011 [Internet]. [Acesso em:2014 Mar 01]. Disponível em: 4 Meldau DC, InfoEscola. Epiderme [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 01]. Disponível em: 5 Minerva. UFPEL. Pele delgada [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 01]. Disponível em: 6 Minerva. UFPEL. Pele delgada [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 01]. Disponível em: 7 Minerva. UFPEL. Pele espessa [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 01]. Disponível em: 152

153 8 AuladeAnatomia. Sistema tegumentar [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 01]. Disponível em: 9 Goldfeder EM. Sistema tegumentar [Internet] [Acesso em: 2014 Mar 01]. Disponível em: 153

154 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 19 APARELHO RESPIRATÓRIO Autores: Alexandre Albuquerque Bertucci Júlia Rosante Garcia Luísa Coelho Marques de Oliveira Luíz Henrique G. Guimarães Filho OAPARELHO RESPIRATÓRIO: O aparelho respiratório é composto pelos pulmões e um sistema de tubos que comunicam o parênquima pulmonar com o meio exterior. Ele é dividido em: 1) Porção condutora: compreende as fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia brônquios e bronquíolos. 2) Porção respiratória: constituída pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. A maior parte da porção condutora é revestida por epitélio ciliado pseudo-estratificado colunar com cílios contendo muitas células caliciformes denominado epitélio respiratório. 1 TRAQUEIA: L-33 Traqueia: Esta lâmina contém cortes de esôfago, linfonodo, tireoide, músculo estriado e traqueia. Focalize a traqueia no menor aumento (estrutura em forma de anel), passe para o aumento médio e identifique: 1) Mucosa: revestida pelo epitélio respiratório. Abaixo do epitélio há uma pequena faixa de tecido conjuntivo frouxo, o córion. 2) Submucosa: constituída por tecido conjuntivo frouxo contínuo com córion da mucosa. Caracteriza-se por apresentar um arco de cartilagem hialina aberto na porção posterior do órgão, onde surgem feixes estreitos de músculo liso que se inserem no pericôndrio da cartilagem. 1 3) Muscular: ausente. 154

155 Figura Traqueia (Camadas) PULMÃO: L-31 Pulmão: O pulmão é um órgão poroso cheio (cheio de espaços, os alvéolos), separados em porções irregulares por traves de tecido conjuntivo frouxo onde se encontram as ramificações dos brônquios, bronquíolos e vasos. Pode-se notar nessas regiões: A. Brônquios: Originam-se da traqueia até entrarem nos pulmões pelo hilo, estes são chamados de primários. Ao penetrarem nos pulmões os brônquios primários dirigem-se para baixo e para fora dando origem a 3 brônquios nos pulmões direitos e 2 brônquios no pulmão esquerdo, estes por sua vez ramificam-se inúmeras vezes até dar origem aos bronquíolos As camadas que a compõem são: 1) Mucosa: nos ramos maiores dos brônquios a mucosa é idêntica a da traqueia enquanto que nos ramos menores o epitélio pode ser cilíndrico simples ciliado. 2) Submucosa: composto de tecido conjuntivo frouxo, blocos arredondados de cartilagem hialina e glândulas serosas e mucosas. 155

156 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 3) Muscular: é escassa e constituída por fibras musculares isoladas que ficam entremeadas às ilhotas de cartilagem. 1 Figura Brônquio B. Bronquíolos: São segmentos intralobulares que não possuem cartilagem ou nódulos linfáticos ou glândulas. O epitélio, nas porções iniciais, é cilíndrico simples ciliado, passando a cúbico ciliado ou não, na porção final. Continuamente à mucosa está a muscular. C. Bronquíolos terminais: São as últimas porções da árvore brônquica, têm estrutura semelhante à dos bronquíolos tendo, porém, parede mais delgada. 156

157 D. Bronquíolos Respiratórios: São as divisões finais dos bronquíolos terminais e constituem a divisão da porção condutora e a respiratória. É um tubo curto com estrutura semelhante a do bronquíolo terminal exceto pela presença dos sacos alveolares. E. Ductos alveolares: Revestidos por epitélio simples plano cujas células são extremamente delgadas. F. Alvéolos: São estruturas responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas responsáveis por fazer a hematose sanguínea. G. Artérias e Veias: Estão localizadas ao lado dos brônquios. As artérias apresentam luz regular, arredondada, com parede espessa (túnica média) enquanto as veias apresentam luz irregular, ampla e parede fina. 1 Figura Bronquíolo Terminal e Artéria Pulmonar 157

158 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ REFERÊNCIAS DA AULA 19: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; O aparelho respiratório; p

159 PRÁTICA 20 TECIDO NERVOSO Autores: Alexandre Albuquerque Bertucci Júlia Rosante Garcia Luísa Coelho Marques de Oliveira Luíz Henrique G. Guimarães Filho O TECIDO NERVOSO: O tecido nervoso encontra-se distribuído pelo organismo irteligando-se e formando uma rede de comunicações, que constitui o sistema nervoso, este apresenta dois componentes principais: 1) Os neurônios 2) Vários tipos de células da glia ou neuróglia As funções fundamentais do sistema nervoso são: (1) Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, luz energia, mecânica e modificações químicas do ambiente externo e interno. (2) Organizar e coordenar direta ou indiretamente o funcionamento de quase todas as funções do organismo, entre as quais as funções motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas. 1 CEREBELO: L-04 Cerebelo (Células de Purkinje): O cerebelo apresenta uma constituição peculiar com circunvoluções onde podem observados a substância cinzenta (córtex) e a substância branca. O córtex cerebelar apresenta 3 camadas: 1) Camada Molecular: mais externa e suas células são muito esparsas 2) Camada de Células de Purkinje: mais central, as células que a compõem são grandes, bem visíveis e seus dendritos são muito desenvolvidos assumindo o aspecto de leque. 3) Camada Granulosa: mais interna formada por neurônios muito pequenos e organizados de modo compacto

160 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Cerebelo (Camadas) MEDULA ESPINHAL: L-52 Medula Espinhal (Neurônio Motor, Células Ependimárias): Na lâmina, a medula encontra-se cortada transversalmente. Nota-se que a substância branca se localiza externamente e que a substância cinzenta internamente com a forma da letra H com um orifício central, o canal central da medula revestido por células ependimárias. Focalize a região mais escura e identifique: 1) Neurônios grandes de forma triangular ou poliédrica, com citoplasma carregado de grânulos e grosseiros e basófilos, por sua vez obscurecendo o núcleo que, nas célulaspodem ser visto, é claro com nucléolo proeminente. Estes são os neurônios motores do corno anterior da medula. Os corpúsculos basófilos são chamados de Corpúsculos de Nissl e apresentam acúmulos de REG, muito desenvolvidos nestas células. 160

161 *OBS.: Entre os neurônios podem ser vistos muitos núcleos menores que pertencem às células da glia. 2) No canal do epêndima observe células com aspecto epitelial (justapostas), lembrando vaamente um epitélio simples cúbico, com núcleos bem corados e citoplasma claro, mal delimitado. São células ependimárias ou simplesmente epêndima. Em algumas classificações, são chamadas de neuróglia epitelial. 3) Na substância branca vê-se também fibras nevosas mielínicas em sua maioria cortadas transversalmente. Neste tipo de corte o axônio é visto como um ponto escuro por uma faixa clara, mas como é uma estrutura delicada, muitas vezes não aparece. A faixa mais clara é a bainha ou mielina destes axônios, entre as fibras podem ser vistas núcleos da glia. Em algumas lâminas podem ser vistos tecido conjuntivo frouxo envolvendo a substância branca, representando a leptomeninge. 4) Na substância cinzenta na parte mais interna são vistos neurônios motores (são os maiores) e sensitivos, fibras amielínicas que são um emaranhado pouco visível de linhas róseas e células da glia. 1 Figura Medula Espinhal 161

162 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Medula Espinhal CÓRTEX CEREBRAL: L-22 Córtex Cerebral (Astrócito - coloração em prata): São células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular, na lâmina nota-se os muitos prolongamentos negros(o citoplasma e núcleos não podem ser vistos, pois existem muitos prolongamentos). São os astrócitos protoplasmáticos

163 Figura Córtex Cerebral L-23 Tecido Nervoso em reparo (micróglia e oligodendrócito coloração em prata): 1) Micróglia ou Microgliócitos: São pequenos ovóides ou alongados, apresentam alguns prolongamentos finos, longos e tortuosos, que saem das extremidades docorpo celular. Representam as células do sistema mononuclear fagocitario no Sistema Nervoso Central. 2) Oligidendrócitos: São células grandes de formas arredondadas ou piriformes. Elas produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do Sistema Nervoso Central

164 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Tecido Nervoso em reparo REFERÊNCIAS DA AULA 20: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido nervoso; p

165 PRÁTICA 21 NERVOS E GÂNGLIOS NERVOSOS Autores: Alexandre Albuquerque Bertucci Júlia Rosante Garcia Luísa Coelho Marques de Oliveira Luíz Henrique G. Guimarães Filho NERVO: L-19 Nervo Mielínico: Existem 2 tipos de corte na lâmina: longitudinal e transversal. 1) Corte longitudinal: Os axônios são basófilos, dispostos em fios muito finos onde, em volta, está a bainha de mielina, vista como um espaço claro. A membrana plasmática das células de Schwann (produtoras de mielina) 2 aparece como uma linha. Sua coloração também é um pouco menos corada que o axônio e seus núcleos também podem ser vistos ocasionalmente. Os nódulos de Ranvier são vistos em áreas em que a membrana de Schwann criam uma reentrância em intervalos regulares. 1 Figura Corte Longitudinal: Axônio e Células de Schwann 2 165

166 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Nódulos de Ranvier 2 Figura Axônio e Mielina 3 166

167 Figura Nódulo de Ranvier e Célula de Schwann 3 2) Corte Transversal: Há uma melhor visualização da bainha de mielina já que os axônios são vistos apenas como pontos centralizados, revestidos pelo espaço claro, que representa a bainha. Os núcleos da célula de Schwann também podem ser vistos nesse corte. 1 O perineuro pode ser visto como uma faixa de tecido conjuntivo denso, individualizando as fibras em feixes. O epineuro é a cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve todo o nervo. O endoneuro, mais delicado, reveste cada fibra individualmente, e é de difícil visualização

168 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Corte Trabsversal 3 Figura Corte Transversal 3 168

169 Figura Organização do Nervo 3 Figura Organização do Nervo 3 169

170 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Organização do Nervo 3 GÂNGLIO SIMPÁTICO: L-11 Gânglio Simpático: Aglomerados de corpos de neurônios situados fora do SNC são denominados gânglios. Seus axônios constituem os nervos mielínicos e amielínicos. 170

171 Figura Gânglio Simpático 4 Figura Gânglio Simpático 4 171

172 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ GÂNGLIOS NERVOSOS INTRAMURAIS (INTESTINO GROSSO): L-02 Intestino Grosso (Gânglios nervosos intramurais/ Plexo Mioentérico/ Plexo de Auerbach): Situados dentro de vísceras ou localizados próximos delas. No intestino grosso, estão entre os cortes longitudinal e transversal de feixes musculares da parede, por isso a denominação intramural ou plexo mioentérico. Procure neurônios no aumento médio, buscando as seguintes características: núcleo claro, citoplasma de coloração rósea ou azul claro. Mude para o aumento maior para confirmar se os encontrou. Entre eles há núcleos de células satélites, e o tecido conjuntivo que reveste os neurônios é comum ao da parede do órgão, portanto não há cápsula envolvendo-os. 1 Figura Intestino Grosso 5 172

173 Figura Plexo Mioentérico 6 Figura Plexo Mioentérico 7 173

174 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Plexo Mioentérico 8 REFERÊNCIAS DA AULA 21: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Tecido nervoso; p ICB.USP. MOL microscopia on line seu guia interativo de histologia. Módulo 9 - Tecido nervoso - organização do tecido nervoso no sistema nervoso periférico [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 02]. Disponível em: 3 Anatpat.unicamp. Nervo norma [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 02]. Disponível em: 4 García Peláez I. SOS biologia celular ytisular [Internet] [Acesso em: 2014 Mar 02]. Disponível em: 5 Fonsêca YCA, Ciências morfológicas UFRN. Intestino delgado [Internet] [Acesso em: 2014 Mar 02]. Disponível em: 6 Caceci T. VM8054 veterinary histology [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 02]. Disponível em: 7 Instituto biomédico LaBEc - Laboratório de biomorfologia celular e extracelular. Atlas de histologia veterinária [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 02]. Disponível em: 8 Meddic.jp. Auerbach s myenteric plexus [Internet]. [Acesso em: 2014 Mar 02]. Disponível em: 174

175 175

176 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 22 APARELHO URINÁRIO Autores: Alexandre Albuquerque Bertucci Júlia Rosante Garcia Luísa Coelho Marques de Oliveira Luíz Henrique G. Guimarães Filho O APARELHO URINÁRIO: O sistema urinário humano tem como função produzir, armazenar e eliminar a urina e garantir a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico do organismo. Ele é composto por rins, bexiga, uretra, ureteres e esfíncteres. Agora, falaremos um pouco sobre alguns órgãos: L-24 Rim: O rim possui duas faces, a convexa e a côncava em que há uma escavação chamada hilo renal. Por ela entra a artéria renal, que leva sangue arterial ao rim; por aí também sai a veia renal, que retira o sangue venoso do rim, levando-o para a veia cava inferior. Externamente, os rins são envolvidos por uma cápsula fibrosa. Internamente, cada rim contém cerca de 1 milhão de pequenos tubos chamados, néfrons. Ele é formado por duas partes principais: a cápsula de Bowman e os túbulos renais. Os túbulos estão identificados como túbulo distal, túbulo proximal e túbulo coletor. O rim ainda se divide em duas zonas, a cortical e a medular. 1) Cortical: há muitos glomérulos (estruturas arredondadas e são envoltas pela cápsula de Bowmann com revestimento interno simples e pavimentoso, e no interior um enovelado de capilares) e dois tipos de túbulos: 1- contorcidos proximais: luz estreita, epitélio de revestimento cúbico simples e citoplasma das células acidófilo. 2- contorcidos distais: luz mais ampla e o citoplasma das células mais claro, quando encosta-se ao glomérulo denomina-se aparelho justa-glomerular. 2) Medular: apresenta um aspecto estriado devido a disposição retilínea dos túbulos. São eles: 1- Alça de Henle: divide-se em duas partes uma mais espessa (se parece com o túbulo contorcido distal, mas não se confunde, pois ele só se localiza na cortical), outra mais delgada (possui aparência de um capilar). 2- Túbulo coletor: assemelha-se à porção espessa da alça de Henle, mas sua luz é bem mais ampla. 176

177 Figura Rim (Cortical) Figura Rim (Cortical e Medular) 177

178 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ L-13 Bexiga: A bexiga é um órgão muscular oco e elástico, que funciona como reservatório temporário da urina. Divide-se em: 1) Mucosa: consiste no epitélio de transição e na sua lâmina própria 2) Sub-mucosa: tecido conjuntivo frouxo 3) Muscular: músculo liso Figura Bexiga REFERÊNCIAS DA AULA 22: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Aparelho urinário; p

179 PRÁTICA 23 GLÂNDULAS ENDÓCRINAS Autores: Álefy Zanelato Pereira Araújo Priscila Alves da Silva HIPÓFISE: L-03 Hipófise: Pequeno órgão revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo e com origem embriológica dupla: nervosa (neurohipófise) e ectodérmica (adenohipófise). Essa glândula mantém importantes relações anatômicas e funcionais com o hipotálamo. 1 Na lâmina, você conseguirá ver a divisão de 3 porções: a adenohipófise (pars distalis + pars tuberalis + pars intermedia), a neurohipófise (pars nervosa) e a pars intermedia. Focalize o órgão com o menor aumento e procure a região mais escura, a adenohipófise. Agora passe para o aumento médio. 1,2 Figura Hipófise 179

180 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ A. ADENOHIPÓFISE: É uma glândula endócrina cordonal, ou seja, suas células se dispõem em cordões anastomosados entre si. 2 Essas células produzem hormônios que são armazenados em grânulos de secreção, o que confere suas características tintoriais. 1 Você vai ver muitas células organizadas em cordões não muito bem definidos e que, por suas características de coloração e de secreção, subdividem-se em 3 tipos 2 : Figura Adenohipófise 1) Células Basófilas: responsáveis pela produção dos hormônios FSH, LH, TSH e ACTH. 1 Como o nome está dizendo, têm o citoplasma basófilo. Em geral, estão situadas mais no interior da glândula

181 Figura Células Basófilas 2) Células Acidófilas: responsáveis pela produção dos hormônios somatotropina e prolactina. 1 Têm o citoplasma alaranjado e em geral, estão situadas mais na porção periférica. 2 Figura Células Acidófilas 181

182 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ *OBS.: há células que não pertencem às categorias descritas. São as células cromófobas, cujo citoplasma é pouco corado, isso porque elas não apresentam ou quase não apresentam grânulos de secreção. Ainda não se conhece muito sobre a sua função. Tente achá-las. 1,2 B. NEUROHIPÓFISE: É uma porção estreita, situada ao lado da adenohipófise, constituída por axônios amielínicos, que provêm do hipotálamo. Como esses axônios são pouco visíveis pela ausência de mielina, esta região se mostra com aspecto fibrilar, de cor clara. Entre as fibras podem ser vistos núcleos de células da glia, chamados pituícitos. 2 Essa região é formada por neurônios secretores, que secretam 2 hormônios: oxitocina e ADH. 1 C. PARS INTERMEDIA: Figura Neurohipófise Situa-se entre a adenohipófise e a neurohipófise, e é constituída por cordões e folículos de células fracamente basófilas que contêm pequenos grânulos de secreção, chamadas de cistos de Rathke. Essa região não tem função conhecida

183 Figura Pars Intermédia TIREÓIDE: L-20 Tireóide (corte menor): É uma glândula endócrina de origem endodérmica constituída por vesículas de vários tamanhos contendo material acidófilo e homogêneo, o colóide, e revestidas por epitélio simples cúbico. 2 Ela sintetiza T3 e T4, hormônios responsáveis pela manutenção da taxa de metabolismo do organismo. 1 Essa glândula é revestida externamente por uma cápsula conjuntiva

184 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Tireóide SUPRARRENAIS: L-15 ou 16 Suprarrenais: Órgãos encapsulados situados sobre as regiões superiores dos rins. 1 São glândulas endócrinas do tipo cordonal (corte menor). Subdividem-se em 2 regiões: cortical e medular

185 Figura Suprerrenal A. CORTICAL: As células do córtex são células secretoras de esteroides, porém não armazenam o hormônio, pois esse é sintetizado após estímulo e é secretado rapidamente. 1 A cortical é a região mais periférica e nela há 3 regiões diferentes: 185

186 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 1) Zona Glomerulosa: formada por cordões celulares de citoplasma claro, dispostos em forma de arcos ou glomérulos. É uma região estreita, situada logo abaixo da cápsula conjuntiva do órgão. 2 Figura Zona Glomerulosa da Suprarrenal 186

187 2) Zona Fasciculada: formada por cordões paralelos de células, dispostos perpendicularmente a capsula do órgão, com citoplasma às vezes esponjoso. Representa a maior parte da espessura da cortical. Os capilares se dispõem entre as colunas (ou fascículos) de células glandulares. 2 Figura Zona Fasciculada da Suprarrenal 187

188 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ 3) Zona Reticular: é a mais interna da cortical, e também a mais estreita. Apresenta cordões celulares anastomosados entre si, dando um aspecto de rede (na verdade, uma região totalmente bagunçada). 2 Figura Zona Reticular da Suprarrenal B. MEDULAR: É a região central da glândula. É constituída por cordões irregulares, anastomosados entre si, entre os quais se dispõem os capilares. Podem ser vistas vênulas com luz muito ampla e parede delgada. 2 PÂNCREAS ENDÓCRINO: L-48 Pâncreas Endócrino: A parte exócrina, constituída por ácinos serosos já foi vista. Agora, procure, com o menor aumento, no meio dos ácinos, as ilhotas de Langerhans

189 São áreas pequenas, arredondadas, contendo um aglomerado de células que conferem um aspecto pontilhado mais basófilo. Nas ilhotas é possível ver 4 tipos de células, secretoras de hormônios, identificadas como 1 : A secretora de glucagon, B secretora de insulina, D secretora de somatostatina F secretora de polipeptídio pancreático Passe para o aumento médio e tente identificar cordões celulares entremeados por capilares (não é muito fácil, mas não é impossível). 2 Figura 207- Pâncreas Endócrino QUESTÕES: 1) O que produzem as células basófilas, acidófilas e cromófobas da adenohipófise? 2) Qual o tipo celular da neurohipófise e o que produzem estas células? 3) O que é coloide do ponto de vista químico? 4) Qual é a função das células das zonas glomerulosa, fasciculada e reticular? 5) Qual é a relação existente entre a zona glomerulosa e o rim? 6) Onde é lançado o produto de secreção da tireoide? 7) Seria bom você saber quem controla as secreções de todas essas glândulas. 189

190 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ REFERÊNCIAS DA AULA 23: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Glândulas endócrinas; p Silva MS, Reis MLA, Grieger MCA, Irulegui RSC. Manual de Histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p

191 PRÁTICA 24 APARELHO GENITAL MASCULINO Autores: Álefy Zanelato Pereira Araújo Priscila Alves da Silva O APARELHO GENITAL MASCULINO: A. TESTÍCULO: L-25 Testículo e Epidídimo: O testículo está apresentado pelo corte circular maior que já foi estudado no início do curso. Você vai rever agora os túbulos seminíferos em corte transversal, com seu revestimento característico constituído por células da linhagem espermatogênica e pelas células de Sertoli. 1) ESPERMATOGÔNIAS: são células pequenas, que na puberdade entram em mitose, se multiplicando. A partir daí algumas vão continuar se dividindo, formando novas espermatogônias e outras vão se diferenciar, dando origem aos espermatócitos primários. 1 Elas estão localizadas junto à membrana basal do túbulo e este é o único dado para diferenciá-las das outras. 2 2) ESPERMATÓCITOS DE PRIMEIRA ORDEM: são as maiores células do túbulo, próximas à membrana basal, e apresentam-se em prófase I da meiose, de modo que é possível observar o núcleo com aspecto característico dos cromossomos. 2 3) ESPERMATÓCITOS DE SEGUNDA ORDEM: originados da primeira divisão da meiose dos espermatócitos de primeira ordem, são muito difíceis de serem vistos porque entram rapidamente na meiose II. 1,2 4) ESPERMÁTIDES: surgem do resultado da divisão dos espermatócitos de segunda ordem. 1 São as menores células do túbulo e aquelas que estão mais próximas da luz. O núcleo é claro, com nucléolos evidentes. 2 5) ESPERMATOZOIDES: originados da transformação das espermátides, apresentam-se aderidos às células do túbulo, com os flagelos voltados para a luz. Geralmente, são vistos em grande quantidade. 1,2 As células de Sertoli têm um formato de pirâmide, em que sua base está localizada na lâmina basal dos túbulos seminíferos e seu ápice está no lúmen desses túbulos. Essas células têm várias funções, como: secreção, produção do hormônio antimülleriano, fagocitose, barreira hematotesticular e suporte, proteção e suprimento nutricional dos espermatozoides em desenvolvimento. 1 Tente identificá-las. 191

192 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 208 Testículo (Túbulos Seminíferos) Figura Espermatozóide, Espermatócito e Espermatogônia 192

193 No tecido intersticial dos testículos ainda é possível encontrar as células de Leydig. São células arredondadas e eosinófilas responsáveis pela produção de testosterona. 1 Figura Célula de Leydig B. EPIDÍDIMO: É uma estrutura que participa do transporte dos espermatozoides e da absorção e digestão dos resíduos das espermátides. 1 Procure, na periferia do corte, uma área menor, ou coloque a L-42, para observar o epidídimo. 2 Este órgão se apresenta como um túbulo enovelado e assim pode ser visto cortes transversais, onde você deverá identificar o epitélio de revestimento constituído por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico, em cujo bordo livre são encontrados os estereocílios. Observe, externamente, o músculo liso

194 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura 211 Epidídimo Figura Epidídimo (Estereocílios) 194

195 REFERÊNCIAS DA AULA 24: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Aparelho reprodutor masculino; p Silva MS, Reis MLA, Grieger MCA, Irulegui RSC. Manual de Histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; Aparelho genital masculino e feminino. p

196 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 25 APARELHO GENITAL FEMININO 1 Autores: Álefy Zanelato Pereira Araújo Priscila Alves da Silva OVÁRIO E TUBA UTERINA: 1) OVÁRIO: L-53 Ovário e Tuba Uterina: Focalize o corte em aumento menor e procure uma região aproximadamente circular, o ovário. Passe para o aumento médio e identifique: A. Folículos Primários: são constituídos por uma camada de células achatadas (células foliculares imaturas) circundando o ovócito. Há vários deles na região periférica do órgão (cortical). 1 Figura 213- Ovário (Folículos Primordiais ou Primários) 196

197 B. Folículos em crescimento: o ovócito aumenta de volume e as células foliculares multiplicam-se formando várias camadas em torno do ovócito. Aparece a zona pelúcida, uma faixa de cor rósea em torno do ovócito. 1 *OBS.: Este corte é de ovário de gata, motivo pelo qual há tantos folículos amadurecendo ao mesmo tempo. Figura Ovário (Folículo em Crescimento) C. Folículos Maduros: no final da fase anterior começam a aparecer espaços entre as células foliculares, até formar uma cavidade grande, o antro folicular, que se apresenta cheio de líquido produzido pelas células foliculares. O ovócito fica preso à parede do folículo por um pedículo de células foliculares, o cúmulos ooforus e apresenta-se revestido, externamente à zona pelúcida, por uma camada de células foliculares denominada coroa radiada. 1 *OBS.: Em torno de folículos em crescimento e folículos maduros, o estroma ovariano se modifica e produz as células da teca. Na lâmina, elas são semelhantes à fibroblastos e estão imediatamente em volta do folículo. Identifique a teca interna. 197

198 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Ovário (Folículo Maduro) 2) TUBA UTERINA: Procure a tuba uterina no tecido que envolve o ovário. Você vai ver vários cortes passando pela luz desse órgão. Observe que a mucosa apresenta-se pregueada e revestida por epitélio simples cilíndrico. Por motivos técnicos, não se pode ver os cílios destas células. Em torno da mucosa há camada estreita de músculo liso

199 Figura Tuba Uterina REFERÊNCIAS DA AULA 25: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Aparelho reprodutor feminino; p

200 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PRÁTICA 26 APARELHO GENITAL FEMININO 2 Autores: Álefy Zanelato Pereira Araújo Priscila Alves da Silva COLO UTERINO: L-55 Colo Uterino (ou Cervix Uterina): Esta lamina também já foi vista em tecido epitelial. Reveja os dois tipos de tecido epitelial que compõem o revestimento do colo. 1) ECTOCERVIX (revestimento externo, voltado para a cavidade vaginal): epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. É daqui que descamam as células observadas nos esfregaços cérvico-vaginal. 2) ENDOCERVIX (revestimento do canal endocervical): epitélio simples cilíndrico, mucossecretor, semelhante ao das glândulas tubulares ramificadas encontradas no córion. O citoplasma das células é muito claro, indício de secreção de muco. 1 *OBS.: Procure a região de transição entre o epitélio da ectocervix. Esta região é chamada junção escamo-colunar ou simplesmente JEC ( escamo vem de epitélio escamoso, sinônimo de estratificado pavimentoso). A maioria dos processos de metaplasia e transformação e transformação maligna se inicia nessa região, por ser ela a mais sujeita a agressões bem como pela ativa renovação celular a que está submetida. 200

201 Figura Colo Uterino (Junção Escamo-Colunar, JEC) 201

202 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Junção Escamo-Colunar (JEC) Figura Junção Escamo-Colunar (JEC) 202

203 L-47 Esfregaço Cérvico-Vaginal, Fase Estrogênica: Nesta fase ocorre predomínio de células superficiais, que são acidófilas e têm o núcleo picnótico. As células estão mais ou menos dispersas e o fundo da lâmina é limpo, ou seja, não há detritos. 1 L-47ª Esfregaço Cérvico-Vaginal, Fase Progesterônica: O esfregaço agora é constituído por células INTERMEDIÁRIAS, que têm o citoplasma azulado ou esverdeado e se apresentam agrupadas. O fundo da lâmina é sujo, ou seja, há muitos bacilos de Doederline, que realizam citólise para obtenção de glicogênio. 2 Figura Esfregaço Cérvico-Vaginal 203

204 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Esfregaço Cérvico-Vaginal QUESTÕES: 1) Justifique a presença de 2 tipos de epitélio no revestimento do colo uterino. 2) Qual o significado da junção escamo-colunar? 3) Explique porque na primeira fase do ciclo as células predominantes no esfregaço são as superficiais. 4) Pode-se dizer que o esfregaço na fase progesterônica é hipertrófico. Como você explicaria essa afirmativa? REFERÊNCIAS DA AULA 26: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Aparelho reprodutor feminino. p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p

205 PRÁTICA 27 TIPOS DE NÚCLEO E FASES DA MITOSE Autores: Álefy Zanelato Pereira Araújo Priscila Alves da Silva INSTRUÇÕES DA AULA: Antes de começar, leia e procure entender as construções abaixo: 1) Os núcleos se coram de cor púrpura devido ao seu teor de ácidos nucleicos. Na verdade, são os grãos de cromatina que se coram, pois o nucleoplasma é incolor, e, como a cromatina costuma ficar dispersa nos núcleos interfásicos, tem-se a impressão, nos aumentos menores, de coloração uniforme. 2) Os grãos de cromatina colados na carioteca permitem uma delimitação nítida do núcleo interfásico, embora a carioteca seja invisível à microscopia óptica. 3) É possível notar, em que fase todas as células, o nucléolo, em numero variável, geralmente esférico e mais corado que o resto do núcleo. 4) Uma vez que os limites celulares são poucos nítidos em cortes corados por HE e como a maioria dos nucléolos aparece mais corada que o resto do núcleo, é fácil cometer o engano de pensar que os núcleos são as células e os nucléolos, seus núcleos. 1 NÚCLEOS INTERFÁSICOS: L-21 Fígado (Núcleos Interfásicos): Focalize o corte com o aumento menor, passe para o médio e identifique um hepatócito. Nesta lâmina, com o maior aumento, é possível perceber a trama uniforme e granulosa do núcleo interfásico, que corresponde à cromatina disposta em grãos delicados de cor púrpura (num nível ultraestrutural, são os cromossomos desespiralizados). Identifique agora os nucléolos e a carioteca (cromatina periférica do núcleo). **ATENÇÃO: algumas células, quando em intensa atividade de síntese, apresentam núcleo muito claro, dando a impressão às vezes de estarem vazios. Isso acontece com frequência nos neurônios e será visto mais a frente. 2 NÚCLEOS PCNÓTICOS E CÉLULAS MULTINUCLEADAS: A. NÚCLEOS PICNÓTICOS: L-10 ou L-10ª Língua: 205

206 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ A língua é um órgão revestido por epitélio estratificados, com várias camadas celulares. Nestas, as células das camadas mais profundas apresentam o padrão interfásico visto acima, semelhante, semelhante ao do hepatócito. Nas camadas mais superficiais (mais próximas da superfície), por um processo de diferenciação os núcleos diminuem gradualmente de volume até se transformar em pontos escuros e densos, sendo denominados NUCLEOS PICNÓTICOS (de picnose = condensação). 2 Focalize estas áreas superficiais e identifique os núcleos picnóticos com maior aumento. B. CÉLULAS MULTINUCLEADAS: Abaixo do epitélio da língua, mais para o meio do corte, você vai encontrar células de músculo esquelético. São muito longas, cilíndricas, de cor rósea (acidófila). Note que há vários núcleos nestas células e que são alongados e dispostos junto à membrana celular, ou seja, periféricos. Este é um exemplo de célula multinucleada e também uma exceção a regra de núcleos centrais. Eles são periféricos por que a célula precisa acumular proteínas, para o processo de contração. 2 FASES DA MITOSE: L-29 Raiz de cebola (Fases da Mitose): Focalize, em menor aumento, a região da ponta da raiz, que tem uma forma arredondada. Passe para o maior aumento e identifique: 1) Núcleos interfásicos: esféricos, centrais, e com cormatina vesiculosa (as células são aproximadamente cúbicas). 2) Prófase: desaparece da carioteca. Os cromossomos se individualizam e aparecem como filamentos escuros que se entrecruzam. 3) Metáfase: os cromossomos são curtos e espessos e se organizam no meio da célula, formando a placa equatorial. 4) Anáfase: Os dois grupos de cromossomo começam a se separar cada um para um polo da célula. Com alguma sorte, você poderá ver o fuso mitótico. 5) Telófase: Os dois grupos de cromossomos, já nos polos, tomam a forma arredondada, típica de núcleos interfásico. 1 *OBS.: Você poderá ver a telófase de duas formas: 1) No início, em que os núcleos ainda aparecem escuros e às vezes pode ser vista a septação das células filhas; 2) No final, em que a aparência das células filhas é similar às outras células, só que em tamanho menor. 206

207 Figura Fases da Mitose (Intérfase, Prófase e Anáfase) 207

208 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ Figura Fases da Mitose (Telófase) 208

209 Figura Fases da Mitose 3 REFERÊNCIAS DA AULA 27: 1 Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; O núcleo celular; p Sechinato MS, Grieger MCA, Irulegui RSC, Reis MLA. Manual de histologia. Itajubá: Faculdade de Medicina de Itajubá; p Rangel T. Atlas de histologia e citologia [Internet]. [Acesso em: 2014 mar 05]. Disponível em: 209

210 FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ ASSOCIAÇÃO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DE ITAJUBÁ Presidente: Dr. Kleber Lincoln Gomes Vice Presidente: Sr. Luiz Carlos Alonso Capasciutti Secretário: Sr. Camilo de Assis Silva Diretor Geral: Dr. Rodolfo Souza Cardoso Diretor Clínico: Dr. Carlos Alberto Benfatti Diretor Técnico: Dr. Carlos Magno Castro Gonçalves Diretor de Ensino: Dr. Afonso Carlos da Silva Diretor Administrativo: Sr. Fábio Cavichia Montanari Diretor: Prof. Dr. Rodolfo Souza Cardoso 1º Vice-Diretor: Prof. Dr. José Marcos dos Reis 2º Vice-Diretor: Dr. Afonso Carlos da Silva Assessora Pedagógica: Profª. Leila Rubinsztajn Direzenchi Administradora Escolar: Econ. Ângela Bacci Fernandes Secretaria de Ensino: Sandra Regina Junqueira 210

211 211

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