Política Fiscal e Demanda Agregada
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- Maria Júlia Stachinski Casado
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1 Política Fiscal e Demanda Agregada Apresentação para o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da ANBIMA São Paulo, 14 de junho de 2013
2 Política fiscal e demanda agregada A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? Avaliação da política fiscal no período recente
3 Política fiscal e demanda agregada A relação entre resultado fiscal e demanda agregada não é linear No caso de mudanças na receita, impacto pode ser muito diferenciado dependendo da fonte de receita Mesmo no caso das despesas o impacto pode ser bastante diferenciado em função da categoria de despesa Um problema adicional é quando as despesas afetam a demanda agregada No caso de investimentos o impacto se dá entre o empenho e a liquidação da despesa Contabilidade pública capta as despesas não financeiras apenas no momento do pagamento 3
4 * A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? Após forte crescimento até 2007, desonerações, desaceleração da economia e fim da CPMF contiveram crescimento da receita tributária federal Arrecadação de impostos e contribuições, líquidas de restituições e incentivos fiscais Em % do PIB. Fonte: STN. Elaboração: LCA. 15,6 15,3 15,7 15,5 12,8 13,3 13,8 14,9 14,3 14,8 14,1 14,1 15,1 14,9 14,8 11,1 11,6 * 12 meses terminados em abril 4
5 * A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? Formalização da economia contribuiu de forma significativa para o aumento da receita tributária Receitas da Previdência Social (INSS) Em % do PIB. Fonte: STN. Elaboração: LCA. 6,3 6,3 5,9 5,6 5,6 5,0 5,2 5,3 5,4 4,7 4,7 4,6 4,7 4,8 4,8 4,7 4,8 * 12 meses terminados em abril 5
6 * A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? O que fica mais claro, no período recente, é o recurso a outras fontes de receita, especialmente dividendos de estatais Demais receitas Em % do PIB. Fonte: STN. Elaboração: LCA. 4,6 3,1 2,4 2,3 1,8 2,1 1,9 1,9 1,9 2,1 2,3 2,2 2,6 2,8 2,9 2,7 1,2 * 12 meses terminados em abril 6
7 * A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? Despesas com pessoal têm permanecido relativamente estáveis nos últimos anos Gastos com Pessoal e Encargos Sociais (ativos e inativos) Em % do PIB. Fonte: STN. Elaboração: LCA. 4,8 4,8 4,7 4,6 4,6 4,3 4,5 4,5 4,3 4,3 4,5 4,4 4,3 4,4 4,3 4,2 4,2 * 12 meses terminados em abril 7
8 * A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? Aumento de despesas têm se concentrado nas transferências de renda às famílias (salário mínimo, bolsa família e seguro desemprego) Transferências de renda às famílias (benefícios previdenciários, assistenciais e despesas do FAT) Em % do PIB. Fonte: STN. Elaboração: LCA. 8,7 8,9 8,4 8,2 8,2 7,8 8,1 8,2 7,8 7,1 7,4 6,0 6,0 6,0 6,3 6,5 5,5 * 12 meses terminados em abril 8
9 A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? Investimento é muito baixo e custeio com saúde e educação também tem crescido Despesas de custeio e capital da União Em % do PIB. Exclui despesa com a capitalização da Petrobras. Fontes: Mansueto Almeida e STN. Elaboração: LCA. 2,40 Custeio com saúde e educação (eixo esq.) Demais gastos de custeio (inclusive subsídios e subvenções econômicas, eixo esq.) 1,30 2,20 Investimentos (ex subsídios MCMV, eixo dir.) 1,20 1,10 2,00 1,00 1,80 0,90 0,80 1,60 0,70 1,40 0,60 0,50 1,20 0,40 1, ,30 9
10 A política fiscal dos últimos anos foi expansionista? Considerado o efeito do ciclo econômico, política fiscal foi muito expansionista de 2005 a 2010, mas não em 2011 e 2012 Resultado primário do governo central Em % do PIB. Fonte: STN. Elaboração: LCA. 2,8 Ef etivo 2,5 2,6 2,1 2,0 2,2 2,2 2,1 1,8 2,4 2,3 Expurgado* Expurgado ajustado pelo ciclo econômico 2,3 2,1 2,0 1,7 1,5 1,4 1,2 1,1 0,9 0,9 0,7 0,3 0, * Expurgos: desvios das Demais Receitas em relação à média (2,1% do PIB); FSB (2008 e 2013) e Capitalização da Petrobras (2010) 10
11 Avaliação da política fiscal no período recente Gestão anticíclica da política fiscal não é ruim em princípio, mas perda de transparência é péssima... parte dos custos da política atual está sendo transferida para o futuro (ex. subvenção implícita nos créditos do Tesouro ao BNDES)... se política for feita com medidas não reversíveis (de receita e despesa), deixa de ser anticíclica e passa a ser estrutural Modelo de gestão e contabilidade pública são muito ruins Metas de resultado primário não são o instrumento adequado para gerir a política fiscal em momentos de estabilidade Contabilidade de receitas e despesas por caixa dá margem a medidas pouco transparentes Ideal seria ter menor rigidez de gastos e política fiscal definida com base em metas de longo prazo 11
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