A UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE FACTORING NA REGIÃO DE TUBARÃO-SC: UM ESTUDO DE CASO.

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL ANA PAULA WLOCH A UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE FACTORING NA REGIÃO DE TUBARÃO-SC: UM ESTUDO DE CASO. TUBARÃO, JULHO DE 2006

2 ANA PAULA WLOCH A UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE FACTORING NA REGIÃO DE TUBARÃO-SC: UM ESTUDO DE CASO. Monografia apresentada à Diretoria de Pósgraduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, para a obtenção do título de especialista em MBA Gestão Empresarial. Orientador: Prof.(Dr). Jailson Coelho TUBARÃO, JULHO DE 2006.

3 RESUMO Com o presente trabalho pretendemos colocar a realidade das empresas de factoring em nosso país, visto que ainda é um segmento novo e pouco difundido, gerando interpretações e conceitos errôneos. Pretendemos ainda analisar como tal segmento pode contribuir para auxiliar seus potenciais clientes: as micro e pequenas empresas, através dos variados serviços prestados pela atividade do fomento mercantil. Para isso, daremos uma visão panorâmica desse novo segmento que ainda consolida-se em nosso país, utilizando-se, para tanto, da pesquisa bibliográfica e de um estudo de caso de uma empresa de fomento mercantil. Palavras-chave: Factoring; fomento mercantil; fomento comercial; micro e pequenas empresas.

4 LISTAS DE TABELAS Tabela 1 - Modalidades de factoring praticadas no Brasil...23 Tabela 2 - Classificação das empresas por pessoas empregadas...36 Tabela 3 - Classificações de micro e pequenas empresas...36 Tabela 4 - Taxa de mortalidade brasileira, distribuidas por regiões...43 Tabela 5 - Funcionários da Factoring AA...52 Tabela 6 - Clientes da Factoring AA...53 Tabela 7 - Faturamento dos clientes da Factoring AA...54

5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO FACTORING Origens Históricas Modalidades Factoring Convencional Factoring Trustee Factoring Maturity Factoring Matéria-Prima Factoring Exportação Benefícios e Vantagens Prestação de Serviços MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Classificação Características Importância Econômica Dificuldades Enfrentadas A Falta de Capital de Giro METODOLOGIA APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS CONCLUSÃO...58 REFERÊNCIAS...61

6 5 1 INTRODUÇÃO Representando aproximadamente noventa e nove por cento do número total de empresas existentes no Brasil, as micro e pequenas empresas exercem papel incontestável na economia do país, como geradoras de empregos, riquezas e elevada participação no PIB (Produto Interno Brasileiro), assim contribuindo para o desenvolvimento econômico e também social do país. Por representar tamanha importância em nosso país, deveriam encontrar maiores incentivos governamentais. Porém, o que se observa, é a altíssima taxa de mortalidade encontrada nesse segmento de pequenas empresas, fato que se explica basicamente pelas dificuldades em se conseguir créditos e elevadas taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras. Faz-se necessário ás micro e pequenas empresas a busca por alternativas mais rentáveis para concessão do capital de giro, imprescindível para incrementar, desenvolver e fortalecer o segmento. Nesse cenário, surge uma alternativa: as sociedades de fomento mercantil (factorings). A atividade de fomento mercantil é caracterizada pela prestação contínua de variados serviços, os quais resultam na aquisição dos créditos de sua empresa-cliente, oriundos exclusivamente das vendas mercantis ou de prestação de serviços a prazo. Entretanto, tal alternativa ainda é pouco conhecida e difundida entre as micro e pequenas empresas, deixando assim de auxiliar, beneficiar e expandir esse importante segmento. O presente trabalho tem como objetivo identificar quais são os variados e abrangentes serviços que uma empresa de factoring pode oferecer a seu mercado

7 6 alvo, além de analisar como tais serviços podem auxiliar e desenvolver seus clientes, gerando maior lucratividade para ambas empresas. Para isso, faz-se necessário conhecer o funcionamento de uma empresa de factoring, analisando os serviços prestados, bem como identificar e relacionar seus clientes. Para tal, utilizamos uma pesquisa bibliográfica, um estudo de caso analisando uma empresa de factoring e da experiência prática vivenciada nesses sete anos de contato direto com o mercado de factoring.

8 7 2 FACTORING O termo factoring é uma expressão inglesa, atualmente universal, bastante difundida e praticada em mais de cinqüenta países. Segundo Donini (2002, p. 04), sua derivação vem do latim factor, cujo radical origina-se do verbo facere, que significa agir, fazer, desenvolver e fomentar. Diversos autores conceituam factoring como atos que envolvem a cessão de créditos, antecipação de recursos não financeiros e a prestação de serviços (que podem ser convencionais ou diferenciados, conjugados ou separados) entre duas partes: a empresa de factoring (que no Brasil também são conhecidas como sociedades de fomento comercial ou fomento mercantil) e a empresa-cliente. Donini (2002), Rizzardo (2000) e Markusons (1997) utilizam também as expressões faturizadora e faturizada, para denominar, respectivamente, empresas de factoring e empresas-cliente. Atualmente, o factoring é caracterizado como uma atividade comercial ou mercantil, um mecanismo de livre iniciativa empresarial, baseado na prestação contínua dos mais variados e abrangentes serviços, oferecidos para as micro, pequenas e médias empresas, seu mercado-alvo, sendo conjugado pela compra de bens ou serviços produzidos pelas mesmas. Leite (2005, p. 4) utiliza uma definição simples e que projeta um maior entendimento sobre o significado da atividade: factoring é uma atividade comercial mista atípica = serviços + compras de créditos (direitos creditórios) resultante de vendas mercantis. Rizzardo (2000, p. 09) define as atividades de factoring como a aquisição ou compra do crédito ou dos ativos financeiros das empresas comerciais ou

9 8 industriais, com expansão para o fomento mercantil e outros setores, como a assessoria empresarial, a gestão dos créditos, a administração de contas a receber e o planejamento da política creditícia (considerados os serviços oferecidos pelas empresas de factoring). Observa-se que a definição utilizada atualmente por diversos países do termo factoring foi aprovada na Convenção Diplomática de Ottawa, em maio de 1988, da qual participou o Brasil com mais cinqüenta e três nações, segundo dados retirados do site da ANFAC (Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring). Na Convenção Diplomática de Ottawa foram discutidos variados aspectos relativos ao tema factoring, baseados em estudos desenvolvidos por vários países ao longo de quatorze anos. Aprovou-se através dessa convenção, o texto de um contrato de factoring destinado a negócios entre os países então participantes, além da constituição de um acordo internacional, em que foram signatários cinqüenta e três países, inclusive o Brasil. Portanto, a empresa que realiza a atividade de factoring é uma sociedade mercantil, tanto limitada quanto anônima, cuja existência legal nasce com o arquivamento de seus atos constitutivos através da Junta Comercial, não sendo necessária a prévia autorização do BACEN (Banco Central do Brasil) para funcionar, pelo fato de não ser enquadrada como instituição financeira. Não é uma atividade financeira porque não pode fazer captação de recursos de terceiros, nem intermediar para emprestar estes recursos como fazem os bancos. Rizzardo (2000, p. 26) explica: (...) a finalidade que leva a constituir uma empresa de factoring nunca será a coleta de recursos monetários e a intermediação o que é característica dos bancos.(...) Verdade que sua maior finalidade consiste na aplicação de

10 9 recursos, mas de recursos próprios e não de terceiros. Não se lhes permite a captação de dinheiro, sob pena de passar a desempenhar uma atividade específica de bancos. A partir disso, percebe-se que o objetivo do fomento mercantil não é descontar títulos ou cheques, muito menos fazer financiamentos. Sua finalidade é o fomento mercantil, fomentar, assessorar e promover o desenvolvimento e parceria com o micro e pequeno empresário. As empresas de factoring são comerciais e desenvolvem atividades bastante complexas, onde se conjuga prestação de serviços com a compra de direitos creditórios resultante de vendas mercantis de suas empresas-clientes, dependendo, como já visto, fundamentalmente de recursos próprios. É uma atividade bastante complexa, embasada na prestação de serviços, amplos e abrangentes, que necessitam de sólidos conhecimentos de mercado, de gerência, de matemática financeira, estratégia operacional e contabilidade, para assim exercer uma relação de parceria com seus clientes e promover o desenvolvimento nacional, conforme Markusons (1997, p. 39) explica: O factoring constitui uma atividade de fomento mercantil que se destina a ajudar, sobretudo, o segmento das pequenas e médias empresas a expandir seus ativos e aumentar suas vendas. É uma atividade ampla e complexa, que exige conhecimentos de mercado, matemático-financeiro de estratégia empresarial, com sentido de parceria. No Brasil, essa atividade existe oficialmente desde 1982, quando foi fundada a ANFAC (Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring), entidade civil que presta apoio técnico e operacional as empresas de factoring a ela filiadas. De acordo com dados da ANFAC, as empresas de factoring brasileiras, atualmente, atendem mais de setenta mil micro, pequenas e médias

11 10 empresas brasileiras, movimentando cerca de R$: 2,5 bilhões a R$: 3 bilhões por mês, representando anualmente um giro de R$: 29,8 bilhões, aquecendo assim a economia do país. O ciclo operacional do factoring compreende dois estágios distintos: iniciase com a prestação de serviços contínuos de apoio a empresa-cliente (que serão descritos posteriormente), indispensáveis para a realização do factoring, e conclui-se com a compra de créditos gerados pelas vendas mercantis da empresa cliente. Leite (2005, p. 16) explica esse ciclo: (...) o factoring compreende uma relação complexa, de múltiplas funções. Só se opera com factoring se ocorrer a combinação de funções e serviços executados de forma continua, que pode ter por conseqüência a compra de bens ou serviços produzidos por uma empresa comercial ou industrial, representados pelos direitos creditórios decorrentes de suas vendas mercantis a prazo. Esse encadeamento é essencial. Infelizmente, em nosso país, essa atividade ainda é pouco conhecida e difundida pela sociedade e pelo mercado em geral. Tal fato pode ser explicado pela sua complexidade e também pelo pouco tempo de sua existência, como já visto, o factoring iniciou-se suas atividades no Brasil apenas no ano de 1982, com a fundação da ANFAC. Como conseqüência da pouca difusão e desconhecimento, gera uma série de conceitos, desvios e percepções errôneos, classificando-a como mera troca de cheques e duplicatas, ou simplesmente uma agiotagem legalizada, contribuindo para o desencadeamento de empresas que praticam ilegalmente a agiotagem. Rizzardo (2002, p. 117) explica: Ocorre que muitas empresas têm apenas a denominação ou a fachada de factoring, dedicando-se, no entanto, a concessão de crédito, ou de pequenos empréstimos pessoais, numa típica atividade bancária. Embora

12 11 camuflando o exercício de assessoramento financeiro, ou de compra de ativos, na verdade atua com o crédito, cobrando altos juros, numa verdadeira prática de agiotagem. Ao contrário disso, factoring é uma atividade extremamente importante para a economia do país e também para auxiliar mais de três milhões de micro, pequenas e médias empresas existentes no Brasil, segundo dados do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Por isso, faz-se necessário o esclarecimento e divulgação da atividade de fomento mercantil. Domini (2004, p. 5) explica: Alternativa de crédito e de sobrevivência às micro, pequenas e médias empresas, a factoring ainda é vista, por puro desconhecimento, como uma agiotagem ou operação bancária disfarçada. A ignorância sobre essa importante atividade, de extrema função social e fundamental relevância na economia do país, necessita urgentemente de esclarecimentos, a fim de separar o joio do trigo. Portanto, factoring não desconta títulos, nem cheques, não é instituição financeira, não faz empréstimos, não adianta recursos, não opera crédito pessoal, não capta recursos de terceiros em real ou dólar. Factoring é uma atividade comercial bastante complexa e que deve ser realizada por profissionais capacitados a fim de assessorar e orientar seus clientes. É uma atividade mista atípica, resumindo-se na equação de prestação de serviços contínuos + compra de créditos (direitos creditórios) resultantes das vendas mercantis de suas empresas clientes, com isso expande os ativos da empresa-cliente, aumenta-lhes as vendas, elimina seu endividamento e transforma suas vendas à prazo em vendas à vista. Sendo assim, o factoring caracteriza-se como mais um mecanismo de apoio à expansão dos ativos, ao aumento das vendas e à redução dos custos das empresas de pequeno e médio porte, mercado-alvo.

13 12 A atividade é legalmente permitida no Brasil, baseada nas normas do direito legislado no país, embora ainda não disponha de uma legislação específica e mais abrangente. Sendo uma atividade relativamente nova, tem gerado muitas distorções também na prática comercial. Leite (2005, p.21) esclarece: As atividades de factoring no Brasil são regidas pelas normas do direito legislado vigente no País (Código Civil, Código Comercial, Lei das Vendas Mercantis e toda legislação aplicável às transações mercantis). Em outras palavras, o factoring, praticado como factoring, é legalmente permitido, representado por empresas mercantis, criadas de acordo com os preceitos constitucionais e arquivadas na Juntas Comerciais. A atividade do fomento mercantil é um mecanismo de suma importância e que vem suprindo uma grande lacuna no sistema econômico brasileiro, auxiliando as micro, pequenas e média empresas excluídas dos tradicionais sistemas de fornecimento de capital, tão necessário ao bom funcionamento das mesmas. Além disso, auxilia as empresas com restrições cadastrais ou concordatárias, como explica Markusons (1997, p. 21): Ocorre que muitas empresas concordatárias, ou aquelas com restrições cadastrais para operarem com bancos, têm nas empresas factoring a possibilidade de suprimento de capital, à medida que o nível de exigência e burocracia em nada se assemelham aos bancos, que exigem dos empresários e demais clientes, saldo médio, reciprocidades, seguros e outros encargos. As empresas de factoring trabalham com rapidez, agilidade e flexibilidade, justamente para facilitar o desenvolvimento de seu mercado-alvo, pelo fato de terem um menor nível de exigência, comparado aos bancos. Simplificação nas providências de conseguir capital de giro para suas empresas-cliente, sem a necessidade de um cadastro rigoroso e demorado, independente da situação econômica da empresa e sem exigências de garantias. Além disso, o recebimento

14 13 dos créditos gerados pelas vendas mercantis das empresas-cliente representa uma alternativa de socorro nos momentos de grande apuro, de baixa produção ou de recessão econômica. Fomentar, assessorar, promover o desenvolvimento e o progresso financeiro, auxiliar o micro e pequeno empresário a solucionar seus problemas diários, através dos amplos serviços oferecidos, terminando com a concessão de créditos através de suas vendas mercantis, sem a conhecida burocracia bancária, são as principais funções das empresas de factoring. Leite (2005, p. 22) faz uma caracterização do factoring: O factoring é a execução contínua I de prestação de serviços: a) ou de alavancagem mercadológica (busca de novos clientes, produtos e mercados; b) ou pesquisa cadastral; c) ou de seleção compradores sacados ou fornecedores; d) ou de acompanhamento de contas a receber e a pagar; e) conjugada com: II a compra de créditos (direitos) resultantes das vendas mercantis realizadas a prazo pela empresa-cliente. A seguir serão abordadas as origens históricas da atividade de fomento mercantil. 2.1 Origens Históricas Diversos autores explicam que é extremamente difícil situar o exato momento do aparecimento da atividade do fomento mercantil, ou melhor, da atividade dos factors. Rizzardo (2000, p.34) utiliza duas divisões para explicar as origens da atividade: o velho factoring e o moderno factoring, entretanto é preciso observar que são atividades atualmente distintas, pois ao longo dos séculos evoluíram e adaptaram-se aos padrões atuais. Donini (2002, p. 13) considera exagero buscar

15 14 antecedente histórico tão distante para justificar o factoring praticado na atualidade, e não considera o período denominado velho factoring. Observa-se nos registros históricos que no Ocidente, o rei da Babilônia, de nome Hamurabi, gravou num bloco de pedras, algumas normas que regiam as atividades comerciais daquele tempo. Essas normas ficaram historicamente conhecidas como o Código de Hamurabi. Leite (2005, p. 01) descreve sobre o acontecimento: Nos primórdios da História do Ocidente, há mais de dois mil anos antes de nossa era, Hamurabi, Rei da Babilônia, fez gravar num bloco de pedra, como parte do chamado Código de Hamurabi, fórmulas de gestão comercial e normas que regulamentavam os procedimentos do comércio daquela época. Comércio pressupunha confiança (crédito). Naqueles primórdios da civilização, a forma de obter e transferir recursos a terceiros surgia como necessidade do tráfico de mercadorias e foi utilizada pelos povos antigos, caldeus, babilônios, fenícios, etruscos, gregos e romanos, entre outros que faziam comércio no Oriente Médio e no Mediterrâneo. Desse modo, pesquisadores acreditam que as origens históricas das atividades comerciais relacionadas ao crédito tenham surgido com o mencionado código. Com o surgimento do comércio, havia a necessidade de transportar e comercializar as mercadorias produzidas para distantes regiões. Fez-se necessário então, nomear pessoas específicas para realizar tais tarefas, surgindo assim os denominados agentes mercantis, conforme explica Leite (2005, p. 01): a figura do agente mercantil nasceu com a civilização para facilitar e incrementar o comércio, que era, naqueles longínquos tempos, baseado nas trocas de mercadorias o escambo pois não existia moeda. Como conseqüência, para enfrentar as dificuldades encontradas na comercialização de suas mercadorias, os comerciantes da Babilônia já trocavam as

16 15 mercadorias ou os ativos, a fim de obter recursos necessários para capitalizar seu negócio, caracterizando uma compra de créditos comerciais. Sendo assim, autores afirmam que as operações de factoring tiveram suas origens nos séculos XIV e XV, na Europa. Os romanos e gregos difundiram a figura do factor caracterizado como um comerciante renomeado da região, que inspirava confiança e tinha como profissão vender e guardar as mercadorias em outras regiões, além de coletar informações sobre os pagamentos dos comerciantes com os quais tinha negócios. Para o factor, pagavam-se comissões pela prestação de seus serviços, os quais eram inclusos venda e cobrança de créditos, inclusive para prestar informações sobre outros comerciantes, a fim de verificar o real risco da realização de negócios. Assim nasceu a figura do agente mercantil ou factor, que eram representantes de exportadores que conheciam muito bem as novas colônias, custodiando as mercadorias e prestando contas a seus proprietários. Com o passar dos anos, as atividades do factor foram evoluindo e prosperando, passando a antecipar o pagamento das mercadorias dos seus fornecedores, cobrando posteriormente dos compradores. Essa situação beneficiava e auxiliava os fornecedores e vendedores, visto que os factors eram profundos conhecedores dos comerciantes locais e conheciam perfeitamente sua liquidez creditícia. Sendo assim, no factoring antigo, o factor era considerado um comissário do vendedor, que recebia do mesmo as mercadorias e tinha o comprometimento de vendê-las e receber o valor pago por elas. Cobrava por isso uma comissão ou um percentual sobre o preço da mercadoria. Era largamente utilizado na Europa e nos Estados Unidos. Para Donini (2002, p.14), a origem do factoring como é praticado atualmente remota a partir do século XVI, na Inglaterra, onde era utilizado

17 16 exclusivamente no mercado têxtil, conforme explica Leonis (vol. 253 apud Donini, 2002, p. 14): O moderno factoring tem seu antecedente mais remoto no século XIV, na Inglaterra, quando foi utilizado ali exclusivamente no mercado têxtil, no setor da lã. As peças de lã confeccionadas pelos fabricantes, eram aceitas em regime de consignação por determinados comerciantes que vendiam a outros e por alguma razão especial os consignatários garantiam aos fabricantes a cobrança de seus créditos comerciais contra os adquirentes. A dificuldade encontrada em relação as grandes distâncias, os precários meios de transportes da época e os riscos comerciais foram fatores que contribuíram para nomeação de representantes-depositários, que recebiam e comercializavam as mercadorias, providenciavam a entrega, armazenagem e vendas da mesmas, além de verificar o comportamento creditício dos compradores. Sendo assim, o factoring foi uma conseqüência direta da forma de comercializar as mercadorias. O factor foi o intermediário encarregado pelas vendas, uma espécie de representante comercial comissionado, como conseqüência, como lembra Luz (1999 apud Donini, 2002, p. 16) factoring era o nome da coisa que o factor fazia; dito em outras palavras, era a corretagem comercial, a intermediação na compra e venda mercantil e na prestação de diversos serviços. Essa simples corretagem comercial sofreu grandes evoluções ao longo da história, ditadas pela alteração das condições do mercado em que operava. Por factoring moderno entende-se como a atividade de vendas de créditos, que passou a ser utilizado largamente a partir do século XX, e com isso, surgiu o sentido do factoring atual, conforme comenta Leite (2005, p. 03): Assim, surgiu o sentido moderno do factoring, ou seja, com a venda dos créditos oriundos da venda dos bens, pelos produtores ou fornecedores, os factors adquiriam o direito de cobrá-los, como seus legítimos proprietários.

18 17 O factor, que no seu sentido primitivo prestava serviços de comercialização, distribuição e administração, agregou a função de fornecedor de recursos. A partir de 1960, o êxito do factoring tornou-se tão marcante que as empresas atuantes no setor passaram a ter concorrência de numerosos bancos comerciais, que estimulados pelos bons negócios daquelas firmas, partiram para constituir suas próprias carteiras de factoring. Desde então, o factoring difundiu-se por mais de cinqüenta países, entre eles destacam-se os Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Noruega, Holanda, Espanha, Itália, França e Bélgica, países economicamente expressivos. Nos países da América Latina que utilizam o factoring, destacam-se Brasil, México, Colômbia, Peru e Equador. No Brasil, a atividade de factoring foi trazida oficialmente no dia 11 de fevereiro de 1982, através da fundação da ANFAC, órgão que teve notória participação e disseminação dos conceitos de factoring. Entretanto, por se tratar de uma atividade relativamente nova, atípica, totalmente desconhecida e sem legislação específica, houve resistências e restrições à atividade, retardando assim seu crescimento e difusão. A circular de número 703, datada de Junho de 1982, proibiu o exercício da atividade de factoring em nosso país. Essa proibição foi gerada pelo Banco Central do Brasil, órgão que regulamenta as instituições financeiras em nosso país, pelo fato de entender que o fomento mercantil invadia a área de atuação específica de instituição financeira. Conceitos absolutamente incorretos sobre o tema foram relevantes para tal decisão, pelo motivo da atividade ser desconhecida e atípica no país.

19 18 Sendo assim, as empresas que desobedecessem tal circular estavam sujeitas à multa, além da detenção de seus diretores, conforme explica Rizzardo (2000, p. 55): Os infratores do ordenado acima incorriam nas graves sanções cominadas no 7 do art. 44, também da Lei em menção: Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição financeira, sem estar devidamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, ficam sujeiras à multa referida nesse artigo e detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoas jurídicas, seus diretores administradores. A partir de então, trava-se uma luta constante e incansável para a regulamentação da atividade por parte da ANFAC e suas onze empresas então filiadas, com o incentivo de que a atividade já utilizada e regulamentada em alguns países estrangeiros, com imenso sucesso. Somente no dia trinta de Setembro de 1988, após várias circulares e debates, o Banco Central revogou a edição da circular de proibição, regulamentando as sociedades de fomento comercial em nosso país, embora com regulamentos e leis especiais, desvinculando totalmente o factoring do sistema financeiro, conforme corrobora Leite (2005, p. 53): (...) é vedado à empresa de factoring praticar qualquer operação com as características privativas das instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central. E a principal atividade de uma instituição financeira é a captação de recursos no mercado (intermediação), que os mutua a terceiros. Percebe-se que o fomento mercantil nada tem a ver com empréstimos, financiamentos ou agiotagem. É um negócio sério e totalmente amparado pela legislação brasileira, embora não possua uma legislação especifica para a atividade. É um importante mecanismo de alavancagem dos negócios, que desempenha um

20 19 relevante e importante papel sócio econômico, de inestimável valor para a produção e fundamental para a sobrevivência dos micro e pequenos empresários deste país. 2.2 Modalidades Leite e Donini dividem as atividades do factoring no Brasil em quatro tipos, de acordo com sua função e o setor de atuação da empresa-cliente. Também é preciso considerar que a origem do factoring é inglesa, portanto, seu maior desenvolvimento, aprimoramento e difusão encontram-se no país de seu nascimento, no caso, os Estados Unidos. As quatro modalidades observadas pelos autores são as seguintes: convencional, trustee, maturity e compra de matéria-prima. Leite (2005, p.315) ainda observa uma quinta modalidade de factoring, ainda pouco conhecida e utilizada no país, mas que compreende um grande nicho de mercado: o factoring exportação. Rizzardo (2000, p. 35) vai mais longe e acrescenta as seguintes modalidades praticadas por outros países e inexistente no Brasil: Colletion type factoring agreement: modalidade de factoring que representa apenas serviços de cobrança; undisclosed factoring: traduzido como factoring encoberto, modalidade utilizada pelos ingleses, onde o factor adquire as mercadorias e as vende; non notification factoring: nessa modalidade não há a notificação da cessão ao devedor, onde o próprio cliente se encarrega da cobrança e do respectivo pagamento ao factor; new style factoring: modalidade onde se observam variados serviços prestados aos clientes conjugado com a compra e venda do ativo financeiro.

21 20 A seguir, serão apresentadas as modalidades praticadas no Brasil Factoring Convencional É a modalidade de factoring mais praticada e difundida no Brasil, sendo classificada como a operação de factoring propriamente dita. Essa modalidade consiste na prestação de serviços de caráter contínuo realizada pela factoring, conjugada com a compra dos direitos creditórios oriundos de vendas a prazo da empresa-cliente. Pela prestação de serviços é cobrada uma comissão ad valorem 1 e pela compra dos direitos creditórios a factoring cobra um deságio nos créditos, correspondente a sua remuneração que é denominado fator. Leite (2005, p. 33) define fator como a precificação da compra de créditos, que se compõem pelo custo de oportunidade de recursos, custos operacionais, tributos e expectativa de lucro e de risco. Resumindo, o factoring convencional envolve e desempenha duas funções distintas: a cessão de créditos e a prestação de serviços convencionais Factoring Trustee Leite (2005, p. 07) define o trustee factoring como a operação de prestação de serviços de tesouraria, acompanhamento de contas a receber e a pagar no qual a sociedade de fomento mercantil é mandatária da sua empresacliente contratante para gerenciar suas contas e receber e/ou a pagar. 1 Ad Valorem é a comissão pelos serviços prestados, que segundo Leite (2005, p. 277) oscila de 0,5% a 3%, acertada e pactuada a cada negócio.

22 21 Sendo assim, na modalidade trustee a factoring presta assessoria administrativa e financeira às empresas fomentadas, como assessoria de crédito, mercadológica, análise de risco, contas a pagar e a receber e outros serviços variados, além de efetuar a compra de seus direitos creditórios e a cobrança de seus títulos. Por esse motivo, essa modalidade envolve confiança (trustee em inglês) e parceria entre a empresa de fomento comercial e seus clientes Factoring Maturity Segundo Donini (2002, p. 39), a palavra inglesa maturity significa no vencimento. Nessa modalidade, a empresa de factoring apenas adquire os títulos de seus clientes e somente efetua o pagamento dos títulos negociados em seu vencimento. Caracteriza-se somente pela compra dos créditos, sem antecipação do pagamento a empresa-cliente. Somente há repasse dos créditos se houver o pagamento dos títulos dos sacados no vencimento. É uma modalidade ainda pouco utilizada no Brasil Factoring Matéria-Prima De acordo com Donini (2002, p. 13), nessa modalidade a empresa-cliente não terá como fomento recursos financeiros, mas sim matéria-prima, insumos e estoques para sua produção, manufaturação e industrialização. Sendo assim, a factoring transforma-se em intermediaria entre a empresa fomentada e seus fornecedores de matéria-prima, comprando-a a vista. Como pagamento, a empresa-

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