Empresas exportadoras optam por soluções de factoring

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1 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5627 DE 07 DE MARÇO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Gestão, Recuperação de Créditos e Factoring Empresas exportadoras optam por soluções de factoring Ana Brigida Portugal é o segundo país da Europa com maior procura de factoring Gestoras de créditos com mais dificuldades em cobrar Bancos vendem dívidas de crédito ao consumo PUB

2 II Diário Económico Quinta-feira 7 Março 2013 GESTÃO, RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E FACTORING OS BANCOS são, desde o inicio do ano, obrigados a acompanhar os processos de crédito dos clientes e a prever eventuais riscos de incumprimento. A iniciativa coloca algumas dúvidas à APERC É uma panaceia, afirma António Gaspar. Também a Deco tem dúvidas, nomeadamente na legitimidade em aceder a informaçãoes de carácter judicial e a relevância dos dados apurados. Situação económica dificulta recuperação de créditos Em 2011, as 29 associadas da APERC recuperaram um montante de mais de 620 milhões de euros. E tinham sob gestão 3,8 mil milhões. IRINA MARCELINO irina.marcelino@economico.pt Estenãovaiserumanobom.A economia está em queda, o desemprego não pára de subir. Os cortes salariais e impostos extra já se sentem nas carteiras dos portugueses. Com as alterações nos orçamentos familiares, muitas vezes não se consegue pagar o que se deve.esenãosepagaoquesedeve,asempresas - e a economia - ficam em dificuldades. Temos mais solicitações mas também mais dificuldade na recuperação, conta António Gaspar, director executivo da Associação Portuguesa de Empresas de Empresas de Gestão e Recuperação de Créditos (APERC). Há cada vez mais pedidos de ajuda por parte de empresas credoras. A conjuntura potencia isto. Com os cortes do 13º e 14º mês, com a subida dos impostos, as pessoas, que se tinham endividado contando com um certo valor, entram em incumprimento. As empresas contactadas pelo Diário Económico concordam: Em 2012, apesar de termos registado um aumento significativo das empresas que solicitaram os serviços de gestão de cobranças, a actividade foi condicionada pela incapacidade financeira dos devedores em fazer face aos seus compromissos para com os seus credores, diz a Coface Serviços Portugal, que actuanaáreadagestãodecobranças.aintrum Justitia, através do seu director para Portugal e Espanha, também confirma: Na actual con- Com os cortes salariais e a subida de impostos, quem tem dívidas entra em incuprimento. Para as empresas que recuperam créditos, este trabalho está a ser mais difícil, apesardeserem mais procuradas pelas empresas credoras. juntura económica, existem mais empresas que querem e procuram conhecer soluções que o mercado tem para lhes oferecer. No entanto, o sucesso das empresas no nosso sector de actividade depende da eficácia da recuperação dos créditos, ou seja, da capacidade dos devedores liquidarem as suas dívidas. O sucesso e consequente crescimento das empresas na área da Recuperação de Crédito está directamente associado à liquidez no mercado particulares e empresas, considera Luís Salvaterra. A situação económica do País está a ser um grande constrangimento para a actividade destas empresas. Paralelamente, diz a Coface, sentimos que as empresas reajustaram as suas políticas de crédito no sentido de as limitar a valores menores, ou mesmo a não conceder crédito a todos os clientes, optando pelo pronto pagamento. Estas medidas impactaram, naturalmente, a actividade de cobranças. Apesar da previsão de negócio não ser de grande crescimento - apesar de uma ou outra excepção (ver texto da página 4) -, os números do crédito recuperado pelas empresas associadas da APERC têm vindo sempre a crescer. E se em 2005, altura em que tinham 19 associados, conseguiram recuperar 350 milhões de euros, em 2011 (ano dos últimos dados disponíveis), os agora 29 associados recuperaram mais de 620 milhões. O montante sob gestão nesteanoerade3,8milmilhõesdeeuros. RECUPERAÇÕES O valor dos créditos recuperados em 2011 pelas 29 associadas daapercultrapassouos620 milhões de euros. A maioria dos créditos que deixam de ser pagos são créditos ao consumo. 620 milhões de euros PERDAS PARA EMPRESAS 69% das empresas inquiridas pela Intrum Justitia preveem perdas de rendimentos devido aos atrasos ou ao não pagamento. 69% ATRASOS IMPEDITIVOS 81% dos empresários inquiridos pela Intrum Justitia receiam pela liquidez das suas empresas. E 66% dizem que os pagamentos em atraso impedem o crescimento das suas empresas. 66% INCOBRÁVEIS A percentagem de incobráveis aumentou, em Portugal, de 3,2% para 3,6%. Na Europa, apercentagemmédia de incobráveis cresceu de 2,7% para 2.8%. 3,6% Empresas que não cumprem são minoria Bastonário dos Advogados reclama que a actividade é para estes profissionais. O mercado de recuperação de crédito não está legislado e o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, defende uma regulamentação da actividade e uma clarificação por parte da Assembleia da República que permitisse saber de facto o que fazem essas empresas. Na sua opinião, estas empresas são uma selva e estão a violar a lei dos actos próprios dos advogados. Garante que a recuperação de créditos é uma tarefa jurídica que só compete a advogados, e que as empresas não têm condições nem conhecimentos jurídicas para fazer esse trabalho. Marinho Pinto não tem dúvidas que a cobrança de dívidas deve ser feito através de advogados, porque é preciso conhecimento jurídico para que a própria negociação possa ser feita em segurança. O bastonário frisa que os advogados negoceiam de maneira a poderem chegar a uma solução, como renegociar a dívida, perdoar juros ou fazer um plano de pagamentos, informando de forma cordial o devedor que se não pagar dentro de um determinado prazo é desencadeado um processo em tribunal. Já as empresas de recuperação de crédito usam métodos pouco ortodoxos e utilizam mesmo parte da dívida para fazer valer o pagamento do serviço, afirma. António Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Recuperação de Crédito (APERC), garante que as empresas que não cumprem com as regras são uma minoria e sublinha que existe uma lei de Agosto de 2004 que define que a negociação da dívida do cliente só deve ser feita por um advogado ou alguém mandatado por ele. Apesar de já haver alguns advogados contratados para fazer isso, a fase extra-judicial é feita pela empresa por via do diálogo, explica. E se o extra-judicial resolve o problema de forma eficaz e eficiente, entrando na justiça, o diferendo pode demorar três, a quatro anos. R.C. TonyGentile/Reuters

3 Quinta-feira 7 Março 2013 Diário Económico III O VALOR DA CONCESSÃO DE CRÉDITOà habitação caiu 2,97% de Dezembro de 2011 a Dezembro de A cobrança duvidosa de créditos hipotecários subiu, por seu turno, 7,34%. A cobrança duvidosa de crédito ao consumo cresceu 6,97% e a de crédito para outros fins subiu 15,66%, de acordo com o Banco de Portugal citado pela associação representativa das empresas de recuperação de créditos. NO ANO DE 2011 mais pessoas trabalhavam nas 29 empresas associadas da APERC. Em 2006, ano em que apenas tinha 19 empresas associadas, o número de trabalhadores era de 614. Os gastos com combustíveis ultrapassaram 1,5 milhões de euros. OPINIÃO: Com telecomunicações,??????????????????? as 29 empresas gastaram 1,3 milhões de euros em 2011.????????????????????????????? Dificuldades de liquidez por atrasos nos pagamentos Empresas acusam recessão por queda nas vendas. O Índice de Pagamentos Europeu 2012 da Intrum Justitia revela que 57% das empresas europeias afirmam ter problemas de liquidez devido a atrasos nos pagamentos. O aumento foi de 10% face ao ano passado. 55% das 7800 empresas inquiridas pela Intrum Justitia dizem que a justificação para estes problemas de liquidez é a situação de recessão económica. O problema da dificuldade das vendas devido à recessão é especialmente intenso na Grécia, onde 96% das empresas assumiram a crise e a recessão como razão para a queda das vendas. Em Portugal responderam também assim 81% das empresas inquiridas e em Espanha 80%. A maioria das empresas diz ainda que a principal razão para os atrasos nos pagamentos é o facto dos devedores terem ficado com problemas económicos. A segunda razão mais evocada é, curiosamente, o pagamento tardio intencional. O retrato tirado aos países europeus revela ainda duas velocidades diferentes no que respeita aos tempos de pagamento entre os países do Norte da Europa, como os nórdicos, a Suiça,aAlemanhaeaÁustria e os países do Sul, como Portugal, Espanha, Itália e Grécia. E exemplificam: em Portugal uma empresa demora em, média 90 dias a pagar a outra empresa. Na Grécia a média é de 80 dias. Já na Suécia e na Alemanha as empresas demoram, porseuturno,35diasaefectuarumpagamento. No que respeita ao acesso ao financiamentro bancário, 47% dos inquiridos assumem não ter apoio suficiente dos bancos (em 2011 este valor era de 32%) para alavancar os seus negócios. De acordo com a Intrum justitia, os incobráveis aumentaram 4% face a 2011, o que significa que 2,8% do total de dívidas na Europa não se consegue cobrar. I.M. PUB

4 IV Diário Económico Quinta-feira 7 Março 2013 GESTÃO, RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E FACTORING O crédito hipotecário é a área menos importante na recuperação de créditos. A maioria das empresas trabalham com o crédito ao consumo. O que compram as empresas LUÍS SALVATERRA Managing director para Portugal e Espanha Os nossos principais clientes são empresas do sector financeiro. SusanaVera/Reuters BRUNO CARNEIRO Chefe executivo da Servdebt Apenas adquirimos carteiras de créditos a bancos e instituições financeiras. Bancos vendem carteiras de crédito ao consumo Empresas que compram créditos antecipam novos negócios nas telecomunicações e em utilities. ANTÓNIO DE ALBUQUERQUE antonio.albuquerque@economico.pt As empresas de recuperação de créditos e que também compram activos têm os bancos como principais clientes. Só no ano passado três das empresas líderes do sector compraram mais de mil milhões de euros, na esmagadora maioria créditos ao consumo. Para este ano estimam um crescimento da actividade com mais compras ao sistema financeiro mas também com a entrada das empresas de telecomunicações e de utilities. Bruno Carneiro, chefe executivo da empresa Servdebt, afirma que são os bancos e instituições financeiras os seus únicos clientes e quando questionado sobre os montantes envolvidos abre o jogo: no ano de 2012 conseguimos concluir com sucesso operações que totalizaram mais de 500 milhões de euros de créditos. O grupo sueco Intrum Justitia, que tem um português, Luís Salvaterra, a liderar as operações da empresa para o mercado nacional e espanhol, também não esconde que os principais clientes são empresas do sector financeiro, nomeadamente empresas de crédito ao consumo e bancos. Quanto questionado sobre o montante adquirido no ano passado assume que adquiriu créditos no valor 500 milhões de euros a mais de uma dezena de entidades. Só no ano passado três das empresas líderes do sector compraram activos de mais de mil milhões de euros, na esmagadora maioria créditos ao consumo. A empresa portuguesa Gesphone, liderada por Carlos Medeiros, acrescenta que já está a comprar activos a empresas de telecomunicações, quando questionado sobre os seus principais clientes. Os principais sectores são o financeiro e o de telecomunicações, afirmou o responsável em declarações ao Diário Económico. Em 2012, a empresa, que se dedica em exclusivo a crédito não hipotecário, terá contratado três cessões de créditos. Aliás, os responsáveis das empresas assumem que para este ano as empresas de telecomunicações e utilities vão começar a vender créditos, o que não deixa de reflectir a crise que se instalou em Portugal. Luís Salvaterra, managing director da Intrum Justitia para Portugal e Espanha, confirma esta tendência. Temos verificado um crescente interesse na venda de carteiras por parte de outros sectores de actividade nomeadamente, telecomunicações e utilities. Todososgestoresconfirmamqueasituação económica do país está a afectar o sector. O esforço de recuperação revela-se muito superior ao exigido em ciclos económicos estáveis ou em desenvolvimento, esclarece o responsável da empresa sueca que este ano espera um crescimento da empresa na casa dos dois dígitos. Carlos Madeiros, CEO da Gesphone, adianta mesmo que a crise actual atrasa a predisposição dos clientes em ceder as carteiras de créditos vencidos. O responsável explica que a redução de actividade propicia que se internalizem serviços que anteriormente eram contratados a terceiros, como forma de rendibilizar as estruturas existentes. Ou seja, para Carlos Medeiros as empresas têm menos apetência para a venda de carteiras de dívidas, ainda que estas aumentem de volume. Bruno Carneiro, chefe executivo da Servdebt, reconhece que o aumento dos rácios de crédito em incumprimento crescem em momentos de crise e por isso a médio/longo prazo isso terá um impacto no nosso crescimento. Mas também afirma que o sucesso das empresas no nosso sector de actividade depende da capacidade dos devedores liquidarem as suas dívidas. No ano passado, a Servdebt contratou mais 100 colaboradores e a facturação cresceu 66% relativamente ao ano de E para este ano, Bruno Carneiro espera um forte ano. Apesar das vantagens destas empresas em permitir injecção de dinheiro fresco, redução de custos administrativos e recursos, aumento de lucros passando a resultados extraordinários o valor de venda, eliminando dos balanços estes créditos, todos dos gestores reconhecem, confrontados com a maior limitação das empresas do sector, a influência da crise económica.

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6 VI Diário Económico Quinta-feira 7 Março 2013 GESTÃO, RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E FACTORING ENTREVISTA ANTÓNIO GASPAR, DIRECTOR EXECUTIVO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS DE GESTÃO E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS Existem dois tipos de empresas: as com boas práticas e as que condenamos Associação defende uma lei que regule o sector para distinguir as boas empresas das outras. ANTÓNIO DE ALBUQERQUE antonio.albuquerque@economico.pt Para António Gaspar, director executivo da Associação das Ampresas de Gestão e Recuperação de Crédito (APERC) o Estado necessita de regular o sector para separa o trigo do joio - ou seja, as empresas de recuperação de crédito que seguem um código de conduta das outras cujos métodos muitas vezes aproximam-se da ilegalidade. Como avalia o sector e como o perspectiva? O sector está sólido, consistente e pronto para se moldar aos desafios constantes e permanentes que lhe são colocados pelos clientes e demais stakeholders do sector. Gostava de referenciar e sublinhar os fortes investimentos feitos em novas tecnologias e formação de colaboradores, verdadeiras apostas destas empresas, sempre a pensar na melhor forma de servir os seus clientes, na eficácia e na eficiência do serviço prestado, não perdendo de vista acréscimos de produtividade, que vão permitindo adequar a estrutura de custos ao pricing praticado. Em termos futuros, acredito que este sector terá ainda muito por onde se expandir, particularmente num vasto mercado que compagina a economia real. É verdade que as empresas do sector ganham quando existem crises? Essaéclaramenteumafalsaquestão.Num momento de crise, como aquela que vivemos, ninguém ganha todos perdem! Pelo facto das empresas terem no seu core business a recuperação de crédito vencido, desenganem-se os que pensam que uma situação de crise as favorece. Uma situação de crise potencia e exponencia a existência dum número crescente de cidadãos que deixam de cumprir as suas responsabilidades creditícias assumidas para com terceiros. E também é verdade que a dificuldade em recuperar os montantes vencidos é muito maior. Daí a falsa questão. Como avalia o sector em Portugal quando comparado com outros países europeus? A comparação não é fácil de fazer. Não existem muitos dados internacionais para comparação; e depois, porque cada país é diferente e por essa via, temos realidades muito distintas. Podemos, no entanto, ver o que se passa com os nossos vizinhos espanhóis, que não estão tão avançados como nós estamos nesta área. Quais as consequências da nova directiva de protecção de dados para as empresas do sector? Temos acompanhado com muita preocupação. O conteúdo que foi colocado para discussão pública do projecto do que poderá vir a ser a nova directiva de protecção de dados, compagina e configura custos brutais para todas as empresas que gerem dados de cidadãos. Obviamente que não são só as empresas que fa- O conteúdo que foi colocado para discussão pública do projecto da nova directiva de protecção de dados, compagina e configura custos brutais para todas as empresas que gerem dados de cidadãos. As principais regras de conduta >> Métodos As empresas não deverá nunca usar métodos de recuperação que sejam opressivos ou de intrusão >> Acção em público A empresa nunca deverá agir em público, de forma intencional a embaraçar os devedores >> Total a ser pago A empresa deverá apresentar sob forma clara o total a ser pago pelos devedores ( quantia em débito, juros, compensações, custo de recuperação), na primeira cartaoucontacto >> Autorização CNPD Aempresadeverátera sua base de dados reconhecida e autorizada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados. A clarificação legal do sector era proveitosa para todos: empresas e clientes, afirma António Gaspar. zem a recuperação extrajudicial e amigável de créditos que poderão vir a sofrer com uma aprovação que não leve em conta custos e factores operacionais por demais irracionais. Através da nossa Federação Europeia, têm vindo a ser apresentados no Parlamento Europeu vários argumentos e propostas alternativas, ressalvando os legítimos interesses de quem manuseia dados de cidadãos, sendo que em algum momento foi apresentada alguma proposta desvinculadora do interesse dos cidadãos. Pensamos é que o normativo a ser aprovado deve ser equilibrado e que leve em conta os esforços das empresas, a operacionalidade e a racionalidade no seu trabalho. A regulamentação de dados tem mais de 20 anos. Desde aí muito se passou, sobretudo a nível de transmissão de dados via net. Naturalmente que tem que haver uma norma. Mas não ser pode passar de extremo a extremo. Defende uma clarificação do sector que permita regular as empresas. Porquê? DesdeafundaçãodaAPERCqueumdosgrandes leitmotivs foi a clarificação legal da actividade da recuperação extrajudicial de crédito. Cedo nos apercebemos que existem dois tipos de empresas neste sector: as que actuam com boas práticas e as que actuam com práticas que sempre temos condenado com toda a veemência e acutilância. Uma clarificação legal era proveitosa para todos: empresas e clientes. PauloAlexandre Coelho

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8 VIII Diário Económico Quinta-feira 7 Março 2013 GESTÃO, RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E FACTORING >> Novidades em 2013 Os principais bancos nacionais têm departamentos dedicados ao mercado de factoring e estão empenhados em melhorar e diversificar a oferta. A CGD tem um produto novo este ano, o Maistesouraria, uma solução que integra a gestão de recebimentos e de pagamentos. O banco prepara ainda melhorias de utilização dos serviços com recurso às novas tecnologias. O Santander Totta continuará a apostar na colocação dos produtos de factoring junto das empresas, tanto para o mercado doméstico como no apoio às empresas exportadoras. Já o Montepio diversificou o mercado alvo, estando em sectores menos tradicinais e mais focado para a contratação de operações com recurso ao mercado doméstico. O BES quer reforçar a ferramenta Express Bill e o Millenniumbcp estará focado no apoio às PME que apresentem capacidade de adaptação ao actual complexo enquadramento económico. Quanto ao Banif, as novidades passarão por variantes de produtos, associados quer à antecipação de receitas quer ao pagamento a fornecedores por parte dos clientes. Santander com quebra No Santander Totta, a actividade de factoring caiu 7,7%. O banco tem cerca de 1200 contratos activos, sendo que em 2012 verificou um acréscimo de 10% relativamente ao ano anterior, diz fonte oficial. O banco oferece factoring com e sem recurso, e factoring de exportação, que se encontra em fase de expansão. Paula Nunes BES com quota de 19,6% O factoring no BES registou em 2012 um ligeiro acréscimo, traduzindo-se no final do ano numa quota de mercado de 19,6% contra os 16% verificados em O banco antecipa para 2013 um aumento de 10 a 15% nos produtos deste segmento de negócio, onde se incluiu também a ferramenta BES Express Bill. João Manuel Ribeiro CGD com menos clientes Recorreram ao Grupo CGD 1056 empresas em 2012, um número menor do que em 2011, mas que o banco espera ver crescer em 2013, dado o impulso observado na vertente de factoring de exportação, diz fonte oficial. Aliás, nestavertente,obancoregistoumesmo um crescimento na procura. Paulo Alexandre Coelho Portugal é o segundo país europeu com maior procura de factoring Apesar do factoring doméstico ter decrescido, empresas estão mais conscientes da sua importância. RAQUEL CARVALHO raquel.carvalho@economico.pt O factoring é um instrumento financeiro que tem tido um papel importante no apoio à economia nacional, garante Beja Amaro, presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF). O responsável informaqueem2012asempresasde factoring receberam um total de 23 mil milhões de euros em facturas. Mesmo assim, o balanço no último ano no que toca o factoring doméstico não é o melhor, com Beja Amaro a afirmar que ao contrário do que se passou em anos anteriores, em 2012 esta actividade registou uma quebra de 16,7%. Por outro lado, o factoring de exportação cresceu 19,9%, com créditos tomados que atingiram os 2,2 mil milhões de euros. Beja Amaro salienta ainda que Portugaléopaíseuropeucomasegunda maior taxa de penetração deste produto. Para Rui Esteves, director-geral da Eurofactor, a tendência é que se continue a assistir a uma redução dos créditos tomados no mercado doméstico e crescimentos significativos na exportação, diz, acreditando que a falta de Oqueéo factoring O factoring é a aquisição de créditos a curto prazo que resultaram da venda de produtos ou da prestação de serviços nos mercados interno e externo. Quem oferece produtos de factoring financia e faz adiantamento sobre facturas, serviços de cobrança, serviços de informações, apoio jurídico, estudos de riscos de crédito e atribuição de limites de crédito ao devedor. Este serviço tem como grande vantagem a capacidade de intervenção de um conjunto de serviços associados e complementares ao financiamento e que são a cobertura de risco de crédito dos clientes das empresas, o serviço especializado de cobrança e ainda a desconsolidação. liquidez das empresas e a redução de financiamento da banca têm levado as empresas a recorrer mais ao factoring. No Millenniumbcp, as soluções de tesouraria disponibilizadas destinam-se quer ao mercado nacional quer a apoiar empresas exportadoras no âmbito da sua actividade internacional, diz fonte oficial. O banco acredita que o factoring de exportação terá tendência para crescer, mas assevera que a actividade a nível nacional continua a representar a maior fatia do negócio de factoring, para apoio às operações de importação e exportação. O banco salienta ainda o volume de actividade registada ao nível do negócio de Confirming, solução em que a empresa faz o outsourcing da gestão dos seus pagamentos, e em que o Millennium bcp assumiu uma quota de mercado de 31% garantindo pagamentos a fornecedores de mais de dois mil milhões de euros, diz a mesma fonte. Segundo fonte oficial do BES, tratando-se o factoring de um produto gerador de liquidez, e consequentemente facilitador de tesouraria, aprocuraaumentounãosóporpartedosjá habituais clientes como também de outros que historicamente não utilizavam o produto mas que viram nele o instrumento financeiro adequado aos tempos actuais. Neste segmento, o BES disponibiliza, além do tradicional factoring, a ferramenta BES Express Bill. No caso do Santander Totta, que disponibiliza a solução exportação, que inclui, entre outros produtos, os de factoring e de cessão de créditos, a intenção é alargar a oferta, apostando na inovação e no comprometimento com o cliente, disse fonte oficial do banco ao Diário Económico. É uma óptima ferramenta de gestão de tesouraria e que é contabilisticamente muito eficiente, acrescenta. O banco explica o sucesso do factoring com o facto das empresas terem as suas necessidades de financiamento indexadas às vendas efectivas e o banco assumir a insolvência dos clientes, o que lhes permite que o financiamento da tesouraria seja comerciale,comotal,nãopesenoendividamento da empresa. O Montepio acrescenta como justificação para um aumento na procura desta solução, a quebra de vendas, da facturação e o crescimento dos níveis de incumprimento, diz fonte do banco.

9 Quinta-feira 7 Março 2013 Diário Económico IX Paula nunes Paulo Alexandre Coelho Paulo Alexandre Coelho Paula Nunes Millennium regista queda A actividade de factoring no Millennium bcp em 2012 atingiu perto de 1,5 mil milhões de euros em créditos, o que reflecte uma queda. Para 2013, o banco espera um crescimento moderado da actividade num cenário de escassez de liquidez moderada e custo de financiamento elevado. Banif apoia PME O Banif apoia as PME com operações de crédito que antecipem receitas firmes e operações de crédito associadas ao ciclo de pagamento a fornecedores. Factoring de exportação, créditos documentários, remessas documentarias e financiamentos externos são os produtos mais procurados. Montepio com -23% O factoring no Montepio registou em 2012 uma quebra de 23% no volume de créditos cedidos, um valor que contrasta comofortecrescimentode43% registado em 2011, refere fonte oficial. O crédito concedido correspondia, no final do ano, a 0,7% do crédito total do banco, que espera que 2013 seja igual a Eurofactor cresce 11% O volume de créditos tomados da Eurofactor Portugal cresceu cerca de 11% em Com 36% de quota de mercado no factoring de exportação, a empresa registou neste segmento um aumento de mais de 60% comparado com 2011, e representando já 65% do total do factoring da empresa. PUB

10 X Diário Económico Quinta-feira 7 Março 2013 GESTÃO, RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E FACTORING Exportadoras apostam em soluções de crédito inovadoras Fonte alternativa ao crédito bancário tradicional, o factoring é competitivo e inclui serviços de gestão de cobrança. Õ factoring instrumento permite gerir melhor as cobranças e garantir recebimentos. RAQUEL CARVALHO raquel.carvalho@economico.pt Já se sabe que existem empresas em queacriseésinónimodenovas oportunidades de negócios e novos voos, sobretudo no exterior. Talvez por isso se explique o crescimento do factoring de exportação em 19,9% o ano passado, de acordo com dados da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF). Os créditos tomados em exportação foram mesmo responsáveis pela gestão de cobranças de uma crescente percentagem de trocas comerciais com o exterior, atingindo os 2,1 mil milhões de euros. Muitas empresas têm, de facto, vindo a recorrer ao factoring, para apostar nas exportações. É o caso da Aquinos, empresa que actuanaáreadoimobiliário,equeestápresente em Espanha, França, no Norte de África e nos PALOP. A empresa já tinha utilizado o factoring no mercado nacional, tendo decididoháquatroanos estendê-laaomercado exportação, diz Jorge Aquino, administrador. O responsável informa terem sido equacinadas várias formas e produtos financeiros para financiamento da actividade operacional, garantindo que o factoring revelou-se uma forma muito competitiva de financiamento. Admite que este produto ajudou a empresa na concretização de parcerias comerciais de longo prazo com grandes cadeias de distribuição, sem descurar o ciclo da tesouraria e as necessidades de fundo de maneio. Já para a Solidal, Condutores Eléctricos, que recorre ao factoring para exportação desde 2005, este produto permitiu o enfoque nos aspectos comerciais quando nos relacionamos com novos clientes e abordamos geografias mais distantes, revela o presidente da empresa. Pedro Lima caracteriza o factoring como uma fonte de financiamento alternativa ao crédito bancário tradicional, competitiva em preço, incorporando serviços de gestão de cobrança e cobrindo o risco do crédito concedido a clientes. Actualmente, a carteira de factoring de exportação da Solidal excede os oito milhões de euros. Presente nos cinco continentes, a Artlant, empresa do sector químico, recorreu ao factoring por ser um instrumento financeiro eficaz que permite garantir os recebimentos e a antecipação de um fluxo financeiro, diz Rui Toscano, director-geral. O responsável garanteaindaqueesteproduto permitegerir melhor o processo produtivo. Dados das empresas 1 Aquinos Em 2012, a Aquinos facturou 42,1 milhões de euros,comumpesono mercado de exportação de cerca de 87,7%, mais do que em Solidal O volume de negócios da Solidal em 2012 ascendeu a 105 milhões de euros, tendo as exportações passado a representar 70% desse volume, mais 2% do que em Actualmente a carteira de factoring de exportação da empresa excede os oito milhões de euros. 3 Artlant A laborar há um ano, a Artlant exporta 95% do que produz. A empresa tem um volume de negócios potencial de cerca de 700 milhões de euros. Bruno Barbosa

11 Quinta-feira 7 Março 2013 Diário Económico XI 3 PERGUNTAS A BEJA AMARO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE LEASING, FACTORING E RENTING - ALF Antevemos uma diminuição na actividade Em 2012, quase sete mil milhões de euros em pagamentos a fornecedores, foram efectuados através de factoring, O presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) frisa, em entrevista ao Económico, que o crescimento do factoring em tempos de crise, mas antecipa uma diminuição da actividade este ano. Qual tem sido a evolução desta actividade? Qual é o peso médio deste segmento, no volume de negócios total da actividade bancária? O factoring é um produto que tem vindo a crescer, com o total de créditos tomados a registar uma variação média anual positiva de 18,5% nos últimos 12 anos. Mesmo em épocas passadas de crise registou crescimentos, uma vez que permite às empresas uma gestão de recebimentos mais eficiente, que resulta num melhor equilíbrio financeiro, para além de permitir o financiamento à tesouraria. Igualmente, diminuem os seus custos fixos do sistema de cobranças e evitam eventuais problemas com clientes, na altura do recebimento. Comparando o crédito concedido através de factoring, com o resto da actividade bancária comparável, crédito de curto-prazo, este pro- Os sectores económicos que mais relações têm com o factoring são o da construção, comércio grossista e retalhista, o sector das utilities e o da indústria alimentar. duto tem vindo a ganhar representatividade, tendo estabilizado desde 2010, com uma média decréditoconcedidoacurtoprazode21%. Quais as principais tendências que tem sentido? Quais as soluções mais procuradas? Sem dúvida que a solução com maior aumento de procura está a ser o factoring à exportação, que cresceu mesmo a uma taxa bastante superior à registada nas exportações nacionais, tendo sido responsável pela gestão de cobranças de uma crescente percentagem das trocas comerciais com o exterior, totalizando quase 2,2 mil milhões de euros. Curiosamente a vertente que recua mais é a de importação, naturalmente ligado à redução das importações nacionais. A vertente que menos recua é o Confirming, que consiste na empresa entregar a gestão de pagamento aos seus fornecedores, a uma factoring. Em 2012, quase sete mil milhões de euros em pagamentos a fornecedores, foram efectuados através de factoring, o que revela bem a importância deste segmento e do pagamento atempado entre empresas. Por outro lado, o factoring tem sido muito utilizado pelas emprsas para internamente fazerem face às suas dificuldades imediatas de tesouraria. Existem ainda empresas a recorrer ao factoring por decisão de outsourcing das cobranças bem como pela informação de risco que as factorings fornecem sobre os clientes dos seus aderentes. Quantas empresas recorreram a este produto em 2012? Qual a perspectiva para 2013? Não existem estatísticas, mas o desenvolvimento do produto e dos sistemas informáticos de suporte eocrescenteinteresseporparte das empresas, tem resultado numa grande difusão do produto e na possibilidade de um cada vez mais alargado leque de empresas, estar em condições de aceder ao factoring. Em 2013, antevemos uma actividade que poderá vir a registar uma diminuição. Por outro lado, a ALF irá continuar o trabalho para que em colaboração com todas as entidades públicas, se tente ultrapassar alguns obstáculos ainda existentes, o que obsta a que a sua utilização seja mais intensa por parte do mercado. PUB

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