FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA. Título: A prevenção da saúde e LER/DORT Uma formação para alunos da EJA.

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2 FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA Título: A prevenção da saúde e LER/DORT Uma formação para alunos da EJA Autor Escola de Atuação Município da escola Núcleo Regional de Educação Orientador Instituição de Ensino Superior Disciplina/Área Produção Didáticopedagógica Relação Interdisciplinar Público Alvo Localização Apresentação Palavras-chave Luciane Gabardo Mader CEAD Polo Potty Lazarotto Curitiba Curitiba Prof.º Dr.º Bertoldo Schneider Júnior Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Ciências Unidade Didática Educação Física Alunos do CEAD Polo Potty Lazarotto Rua: São Francisco, 34, Centro Esse trabalho visa estimular o educando-trabalhador da Educação de Jovens e Adultos (EJA) a promover a sua saúde no ambiente familiar, de trabalho e também no ambiente escolar. O professor de Ciências é um facilitador para que ocorra um aprendizado significativo dos conteúdos que envolvam a questão da lesão por esforço repetitivo/distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho LER/DORT, para estimular mudanças de atitudes em relação ao homem/trabalho/estudo. A elaboração do material didático contendo orientações sobre a LER/DORT, sua prevenção, doenças, tratamento e exercícios para que o educando-trabalhador possa ter uma qualidade de vida melhor tanto no seu ambiente de trabalho como no seu aprendizado. LER/DORT; prevenção, educandos-trabalhadores 1

3 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ LUCIANE GABARDO MADER A PREVENÇÃO DA SAÚDE E A LER/DORT UMA FORMAÇÃO PARA ALUNOS DA EJA Curitiba

4 Sumário FICHA PARA CATÁLOGO APRESENTAÇÃO PROCEDIMENTOS/MATERIAL DIDÁTICO Conteúdos Sistema Esquelético Coluna Vertebral Membros Superiores Sistema Articular Sistema Muscular Sistema Nervoso Como ocorre a dor LER/DORT Conceito Histórico Doenças Relacionadas com a LER/DORT Atividades mais freqüentes de ocorrência da LER/DORT Fatores de risco para que ocorra a LER/DORT Sintomas Diagnóstico Tratamento Prevenção Ergonomia Atividades/Técnicas Recursos/Materiais Avaliação

5 3. ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

6 1. APRESENTAÇÃO As transformações ocorridas em nossa sociedade nos últimos tempos fazem com que o trabalhador jovem e adulto busque cada vez mais a escolarização. Com essas mudanças, também veio à sobrecarga de trabalho, e como consequência, as doenças relacionadas ao trabalho. Esse trabalho visa estimular o educando-trabalhador da Educação de Jovens e Adultos (EJA) a promover a sua saúde no ambiente familiar, de trabalho e também no ambiente escolar. Isso faz com que o professor da disciplina de Ciências seja um facilitador para que ocorra um aprendizado significativo dos conteúdos que envolvam a questão da lesão por esforço repetitivo/distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho LER/DORT, para estimular mudanças de atitudes em relação ao homem/trabalho/estudo. Nessa abordagem da saúde serão utilizados recursos de vídeo, imagens e exercícios práticos para estimular o educando-trabalhador para uma qualidade de vida melhor. O material aqui proposto será implementado junto aos educandostrabalhadores do CEAD Polo Potty Lazarotto, em forma de aulas expositivas e parte das aulas com práticas, onde serão realizados exercícios para a prevenção da LER/DORT. 2. PROCEDIMENTOS/MATERIAL DIDÁTICO O educando da EJA é o sujeito na construção do seu conhecimento mediante a compreensão dos processos de trabalho, produção e cultura. Ele passa a ser o sujeito do processo de ensino-aprendizagem, levando esse conhecimento adquirido para além da escola. Na EJA para que ocorram as mudanças na organização do conhecimento é imprescindível que a ação nela contida deva ser voltada aos educandostrabalhadores. 5

7 As práticas pedagógicas na EJA devem ser flexíveis com procedimentos que possam ser alterados, adaptados a realidade do educando-trabalhador. Devem ser considerados os saberes adquiridos, por esse educando, na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho. O educador da EJA deve promover o acesso ao conhecimento científico, fazendo com que o educando-trabalhador amplie o seu universo de conhecimento, com isso, fundamente melhor suas práticas diárias. Por isso, o currículo da EJA é diferenciado. O currículo é compreendido em três dimensões: o currículo formal ou prescrito, currículo vivo ou real e o currículo oculto. O currículo formal tem suas bases na regulamentação prévia estabelecida. O currículo real é o que acontece na sala de aula, com o seu significado próprio e único. O currículo oculto, não precisa estar no currículo formal e sim no Plano Político Pedagógico (PPP) da escola, ele é ação pedagógica entre o educador e o educando no cotidiano escolar, que deve expressar os interesses dos educandos e educadores para oferecer os conhecimentos necessários para que haja uma melhor compreensão da sociedade em que o educando está inserido Conteúdos Serão abordados os conteúdos de ciências sobre o corpo humano. O sistema locomotor formado pelo esquelético e articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. Será trabalhada a questão da saúde LER/DORT que está relacionado com o cotidiano do educando-trabalhador. 6

8 2.1.1 Sistema Esquelético Figura 1 7

9 Figura 2 8

10 O sistema esquelético do ser humano é interno e formado por um conjunto de 206 ossos (figura 1) que têm como características: rígidos, resistentes, leves e flexíveis, são constituídos de sais minerais, como o cálcio e de proteínas. Suas principais funções são a de proteção, sustentação e apoio, produção de células sanguíneas e atuam como alavancas. Protege os órgãos internos mais sensíveis: caixa craniana protege o encéfalo, coluna vertebral protege a medula espinhal, caixa torácica protege os pulmões e coração. Sustentação e apoio ajudam a manter a posição ereta do homem e sustentam os órgãos internos e os músculos. No interior do osso dos ossos longos (figura 3) existe uma medula óssea que produz ininterruptamente os componentes do sangue que são: glóbulos vermelhos ou hemácias, glóbulos brancos ou leucócitos, plaquetas. Figura 3 9

11 O esqueleto age como um sistema de alavancas que em conjunto com os músculos dão suporte e imprimem movimento ao corpo humano. O esqueleto humano adulto possui 206 ossos, mas ao nascermos tem aproximadamente 270 ossos, que vão se fundindo ao longo do nosso desenvolvimento até ficarmos com 206 ossos. Os ossos são classificados em 04 tipos são: ossos longos, ossos curtos, ossos planos ou laminares e ossos irregulares. Ossos longos: quando o comprimento é maior que a sua largura e a sua espessura. No interior dos ossos longos, há uma cavidade chamada de canal medular, que aloja a medula do osso, que por sua vez produz os componentes do sangue. São exemplos: o fêmur, a tíbia, a fíbula, o úmero, o rádio, a ulna, entre outros. Ossos planos ou laminados: quando o comprimento e a largura são equivalentes, predominando sobre a espessura. São exemplos: ossos do quadril, ossos do crânio (occipital, parietal, entre outros), escápula. Ossos curtos: quando o comprimento, a largura e a espessura apresentam uma equivalência. São exemplos: ossos do tarso e do carpo. Ossos irregulares: quando apresentam uma forma complexa, e não encontramos correspondência nas formas geométricas conhecidas. São exemplos: ossos da base do crânio e as vértebras. Os ossos estão distribuídos no nosso corpo. Ossos do esqueleto axial (na figura 2 está em amarelo) Cabeça 29 ossos. Pescoço 07 ossos. Tronco 44 ossos. Ossos do esqueleto apendicular (na figura 2 está em branco) Membros superiores 64 ossos. Membros inferiores 62 ossos. Iremos descrever sobre os ossos da parte superior do nosso corpo como os membros superiores e a coluna vertebral, pois é onde mais ocorrem as LER/DORT. 10

12 Coluna Vertebral A coluna vertebral começa na base do crânio e se estende até a pélvis. Tem a função de sustentar o tronco e a cabeça e proteger a medula espinhal. Sua formação nos permite a posição vertical. Ela está dividida em 05 regiões que são: cervical, torácica, lombar, sacra e cóccix (em alguns livros se considera a região sacrococcígea, daí seriam 04 regiões). Cervical: une o crânio a coluna formada por 07 vértebras que forma o pescoço. Torácica: são em número de 12 e delas partem as costelas que se unem na parte ventral ao osso esterno. Lombar: estão situados entre o tórax e o quadril, são em número de 05 e suportam o peso do corpo. Sacro: formado por 05 ossos fundidos. (figura 4) Cóccix: formado por 04 ossos fundidos. (se considerarmos a região sacrococcígea, é formado por 05 ossos do sacro e 04 ossos do cóccix). 11

13 Figura 4 Entre as vértebras das regiões cervical, torácica e da lombar, há um disco de cartilagem ou discos intervertebrais que permitem movimentos restritos, aumentam a elasticidade da coluna e atuam como amortecedores absorvendo o impacto desses movimentos Membros Superiores Os ossos do membro superior são formados pelo ombro, braço, antebraço e mão. O ombro é chamado de cíngulo do membro superior. Os membros superiores têm como principal função dar flexibilidade e mobilidade, para o nosso corpo. Os membros superiores estão dispostos com simetria lateral, isto é, membros nas laterais do corpo são iguais. Os lados do esqueleto superior são ligados pelo cíngulo do membro superior. 12

14 São formados por um total de 64 ossos que são divididos em: Cíngulo do membro superior: com 04 ossos que são 02 clavículas e 02 escápulas. (figura 5) Braço: 02 ossos, que são os 02 úmeros. Antebraço: 04 ossos, que são 02 rádios e 02 ulnas. Mão: possui 54 ossos divididos em: (figura 6) o Carpo: 16 ossos, 02 escafóide, 02 semilunar, 02 piramidal, 02 pisiforme, 02 trapézio, 02 trapezóide, 02 capitato, 02 hamato. o Metacarpo: 10 ossos, 10 metacarpais. o Dedos: 28 ossos, 10 falanges proximais, 08 falanges médias e 10 falanges distais. Figura

15 Figura Sistema Articular A articulação é onde se encontram 02 ou mais ossos. Sua principal função é manter os ossos unidos e fazer com que o esta junção tenha mobilidade. Os ossos são recobertos por um tecido cartilaginoso e por uma membrana sinovial, que diminui o impacto e o desgaste dos ossos, essa configuração ocorre nas articulações diartroses. A mobilidade se dá pelo conjunto dos ossos, dos músculos e das bolsas sinoviais que amortecem o impacto dos ossos, dos tecidos e dos tendões. As articulações da coluna vertebral suportam o peso do nosso corpo, e a articulações dos membros superiores permitem os movimentos amplos do corpo. 14

16 A classificação das articulações quanto à mobilidade é: Sinartroses (imóveis, sindesmoses ou assinoviais): articulação que não se movimenta, por exemplo, as articulações do crânio. Anfiartroses (semimóveis ou sínfises): articulações onde o movimento é limitado, por exemplo, as articulações da coluna vertebral. Diartroses (móveis ou sinoviais): são articulações que permitem vários tipos de movimentos e em vários sentidos, por exemplo, articulações do braço Sistema Muscular Existem cerca de 600 músculos no nosso corpo que são aproximadamente de 40 a 60% do nosso peso. Os músculos estão ligados aos ossos e têm como sua principal característica a contração e distensão, que faz com que o nosso corpo faça movimentos como andar, pegar, correr. Há 03 tipos de músculos que são: Músculo Estriado Esquelético. Músculo Estriado Cardíaco. Músculo Liso. Para esse trabalho, o que nos interessa são os Músculos Estriados Esqueléticos, que são os músculos voluntários, isto é, aqueles que se contraem por nossa vontade. São músculos de contração rápida e vigorosa. Eles se movem com uma ordem do cérebro, que envia mensagem através dos nervos e que vão até as terminações nervosas que chegam às fibras musculares. Os músculos atuam em pares, quando um músculo contrai há outro que se distende. As fibras musculares são compostas por células alongadas, que por sua vez são formadas por milhares de miofibrilas, são fios muitos finíssimos de proteínas, elas são responsáveis pelo movimento. As miofibrilas recebem o sinal do cérebro e encurtam as suas fibras elas se contraem ao mesmo tempo determinando assim um movimento. 15

17 2.1.4 Sistema Nervoso Figura 7 Para esse trabalho, não iremos elucidar todo o sistema nervoso, vamos apenas explicar como o ele é formado e dividido e como ocorre a dor. O sistema nervoso (figura 7) é formado por uma grande rede de neurônios, que são responsáveis pela transmissão, interpretação e processamento das informações, que o nosso corpo capta do ambiente o tempo inteiro. 16

18 O sistema nervoso é dividido em três partes: Sistema Nervoso Central. Sistema Nervoso Periférico. Sistema Nervoso Autônomo. O sistema nervoso central é formado pelo o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo é formado por telencéfalo, que são os hemisférios cerebrais, diencéfalo do qual fazem parte o tálamo e o hipotálamo, cerebelo e tronco cefálico, que se divide em bulbo (também chamado de medula oblonga), mesencéfalo e ponte. O sistema nervoso periférico é formado pelos: nervos cranianos e raquidianos. Os nervos cranianos ligam o encéfalo aos órgãos dos sentidos, e à musculaturas da face e das vísceras (como o estômago). Já os nervos raquidianos (ou espinhais) ligam a medula à musculatura esquelética. O sistema nervoso autônomo é formado por duas partes que são o simpático e o parassimpático. O sistema nervoso central é protegido pela caixa craniana (o encéfalo) e pelas vértebras (medula espinhal), que são estruturas ósseas. Há também as meninges, que são 03 membranas que envolvem o encéfalo. A meninge externa que fica em contato com a caixa craniana tem por nome dura-máter, a que fica no meio é a aracnóide, e a que fica em contato com o tecido nervoso, tanto no encéfalo e na medula é chamada de pia-máter. Entre a aracnóide e a pia-máter há a existência de um líquido chamado de líquor Como ocorre a dor A dor é uma reação de que algo não está certo no nosso organismo, ela é uma sensação desagradável. Há o envio de estímulos pelos nervos sensoriais até o cérebro, que por sua vez envia os estímulos ao córtex, que produz uma reação orgânica. Essa reação chega até o local da dor por meio dos nervos. 17

19 As sensações de dor podem ser estimuladas por diferentes agentes e sendo que, para cada caso uma há uma liberação de reação diferente. O que diferencia a dor é a sua freqüência, natureza, causa, localização, duração, qualidade e intensidade. O tratamento da dor pode ser através de medicamentos analgésicos, junto pode-se haver um tratamento auxiliar como fisioterapia, massagens ou acupuntura. O sistema nervoso central usa os axônios que são extensões dos neurônios estão envoltos pela bainha de mielina (tecido dielétrico ou isolante que reveste os axônios), como sistema de transmissão de informação. Assim, conduzindo os impulsos nervosos. Todas as fibras levam os impulsos até a medula espinhal, que por sua vez conduz a informação até o tálamo. É neste momento em que se sente a dor, quando a informação chega ao tálamo. O cérebro é um órgão completamente insensível à dor. As meninges são sensíveis à dor LER/DORT A LER (lesão de esforço repetitivo) é um conjunto de doenças causadas pelo esforço repetitivo, que envolve doenças como tenossinovite, tendinite, bursite, entre outras. Também conhecida como DORT (doença osteomuscular relacionada ao trabalho). A LER/DORT podem ser causadas por trabalho com esforço repetitivo, devido à má postura, stress ou trabalho excessivo. Na Instrução Normativa INSS/DC N.º 98 de 05 de dezembro de 2003 DOU de 10/12/2003. Foi atualizada a nomenclatura onde são utilizados os termos Lesão de Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT). A utilização do termo DORT tem sido preferida por alguns autores, mas também encontramos outros termos, tais como: Lesão por Traumas Cumulativos (LTC), Doença Cervicobraquial Ocupacional (DCO), Síndrome da Sobrecarga (SSO). 18

20 Conceito A LER/DORT é uma síndrome relacionada ao trabalho. Nela podem ocorrer vários sintomas juntos ou não, tais como: dor, parestesia (distúrbio em que o paciente acusa sensações anormais, como formigamento, picadas, queimadura), sensação de peso e fadiga, geralmente nos membros superiores. Podem causar incapacidade laboral temporária ou permanente. É o resultado da combinação da sobrecarga das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular com a falta de tempo para sua recuperação. A sobrecarga pode ocorrer seja pela utilização excessiva de determinados grupos musculares em movimentos repetitivos com ou sem exigência de esforço localizado, seja pela permanência de segmentos do corpo em determinadas posições por tempo prolongado, principalmente quando essas posições exigem esforço ou resistência das estruturas músculos-esqueléticos contra a gravidade. A necessidade de concentração e atenção do trabalhador para realizar suas atividades e tensão imposta pela organização do trabalho são fatores determinantes para o aparecimento das LER/DORT Histórico Antes da invenção da impressa por Gutenberg e, por volta de 1440, já havia sido descrita a Doença dos Escribas que era uma tenossinovite. Em 1700 Bernardino Ramazzini, médico italiano, considerado o pai da medicina do trabalho, foi o primeiro médico a correlacionar certas doenças com a ocupação das pessoas. Ele descreveu a doença dos escribas, notórios e secretários de príncipes, atribuindo 03 fatores básicos, que são: vida sedentária, movimento contínuo e repetitivo da mão e a tensão mental para não manchar os livros. O cirurgião suíço Fritz De Quervian, descreveu em 1895 sobre Entorse das lavadeiras, hoje conhecida como tenossinovite de De Quervian. Depois da ocasião da Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra no século XVIII, e no resto do mundo no século XIX, o adoecimento dos trabalhadores começou a ser objeto de estudo por parte da ciência. 19

21 No caso da LER/DORT somente a partir da metade do século XX, que começou a proliferação das descrições, de populações de trabalhadores com problemas músculo-esquelético relacionados ao trabalho. Sinais de osteofitose marginal (bico-de-papagaio) em ossos de punhos e joelhos foram identificados em múmias de população pré-hipânicas, que permaneciam de joelhos por tempo prolongado executando movimentos de flexão e extensão dos membros superiores na atividade de moer grãos, sinal de LER/DORT. No Brasil, as LER/DORT, foram primeiramente descritas como tenossinovite ocupacional, e foram diagnosticadas em lavadeiras e engomadeiras, que foram casos apresentados durante XII Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, em Porém, somente a partir de 1985 surgem publicações e debates sobre a associação da tenossinovite com o trabalho de digitação, sendo a categoria profissional em processamento de dados a primeira a abordar de forma mais expressiva a questão da LER/DORT. As transformações em curso do mundo do trabalho, decorrentes da introdução de novos modelos organizacionais e de gestão, tem tido repercussão sobre a saúde dos trabalhadores, dentre as doenças, uma de grande destaque é a LER/DORT Doenças Relacionadas com a LER/DORT Algumas doenças que são estão relacionado com a LER/DORT. Tendinite: é a inflamação do tecido próprio dos tendões, com ou sem degeneração das fibras. Em qualquer local do corpo. Tenossinovite: é a inflamação dos tecidos sinoviais que envolvem os tendões, com ou sem degeneração tecidual. Sinovite: é a inflamação dos tecidos sinoviais. Pode ocorrer em qualquer local do corpo com ou sem degeneração tecidual. Fascite: é a inflamação de fáscia (é a estrutura composta por tecido conjuntivo responsável pela sustentação e modelação da musculatura e do esqueleto) e ligamentos, com ou sem degeneração de suas fibras, em qualquer local do corpo. 20

22 Neurite: inflamação dos nervos, também conhecida por nevrite. Síndrome do túnel do carpo: é uma neuropatia resultante da compressão do nervo mediano no canal do carpo (figura 8), estrutura anatômica que se localiza entre a mão e o antebraço. Através desse túnel rígido, além do nervo mediano, passam tendões flexores que são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer situação que aumente a pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano e a síndrome do túnel do carpo. Figura

23 Síndrome miofascial: é definida quando um determinado grupo muscular comprometido que desenvolve faixas de contratura, mais conhecido como pontosgatilho (do inglês, trigger points). Estes músculos são dolorosos à compressão, contração ou alongamento e, quando estimulados, produzem dores localizadas. Bursite: processo inflamatório da bursa (bolsa ou cavidade em forma de bolsa, que contém um líquido viscoso, e situado em locais em que, sem a sua presença, ocorre atrito, por exemplo, na mão, cotovelo, ombro). Epicondilite: inflamação aguda ou crônica que acomete a inserção de tendões. São desencadeadas por movimentos repetitivos de punho e dedos. Também conhecida como cotovelo de tenista ou cotovelo do jogador de golfe. Síndrome cervicobraquial: é um distúrbio funcional ou orgânico resultante da fadiga neuromuscular, que pode ser de consequência de uma posição fixa ou devido a movimento repetitivo dos membros superiores, há manifestações dolorosas localizadas na região da coluna vertebral. Síndrome do desfiladeiro torácico: causada pela compressão do feixe vascular (artéria e veia) e nervoso, que vai para o membro superior devido a alterações posturais, que alteram o triângulo formado pela 1ª costela, clavícula e músculos escaleno e peitoral, com dor na região inferior do pescoço (cervical e dorsal alta). Síndrome de De Quervian (enfermidade de De Quervian, torcedura da lavadeira, tendinite estenosante de De Quervian) é uma forma de tendinite crônica, identificada e descrita em 1895 por Fritz De Quervian cirurgião suíço. A tendinite estenosante de De Quervian é a constrição dolorosa da bainha comum dos tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar. O processo inflamatório da bainha causa a diminuição do seu espaço, comprimindo os tendões. Infamação dos tendões que passam pelo punho no lado do polegar. Cisto sinovial: é uma espécie de dilatação patológica (tumefações esféricas), geralmente únicas, macias, habitualmente indolores e flutuantes que ocorrem por degeneração tecido sinovial (membrana que atua no recobrimento e lubrificação das articulações e tendões). Podem aparecer por trauma ou lesão por esforço repetitivo, em várias partes do corpo, mas é bastante comum no punho. Nem sempre são incapacitantes. 22

24 Síndrome do supinador: (dor no cotovelo) compreende a compressão terminal profundo do nervo radial, a compressão é feita pelo músculo supinador e pelo músculo extensor radial curto do carpo. Síndrome do pronador redondo: é a compreensão do nervo mediano abaixo da prega do cotovelo, entre os fascículos musculares do músculo pronador redondo; é frequentemente confundida com síndrome do túnel do carpo. Síndrome do interósseo anterior: a síndrome do interósseo anterior (ramo exclusivamente motor do nervo mediano), que é mais comum que a síndrome do pronador, acomete aqueles que carregam objetos pesados. A manobra que demonstra o diagnóstico é a flexão do terceiro dedo contra resistência (específico do nervo flexor superficial dos dedos) que produz dor no cotovelo. Há também déficit motor. Lesão do nervo mediano na base da mão: Lesão do nervo mediano na base da mão. É a consequência da compressão extrínseca do nervo, como por exemplo, causada pelo uso de ferramentas de cabo curto; vibração e uso da base da mão. Síndrome do canal ulnar: é a compreensão do nervo ulnar ao nível do túnel cubital. Síndrome do canal de Guyon: caracteriza-se pela comprensão do nervo ulnar ao nível do chamado de Canal de Guyon no bordo ulnar do punho. Síndrome do interósseo posterior: compromete o ramo profundo do nervo radial, após sua bifurcação na extremidade proximal do antebraço. Epicondilite medial ou epitrocleíte: inflamações agudas ou crônicas que acometem a inserções de tendões em epicôndilo medial, cotovelo do jogador de golfe. Tendinite do biciptal: inflamação aguda ou crônica do tendão e da bainha sinovial do bíceps. Tendinite do supra-espinhoso: compreensão das fibras do músculo supraespinhoso é um músculo na face superior dorsal da escápula, que têm seu nome derivado da fossa supra-espinhal da escápula, aonde ele se encontra, ao realizar o movimento de abdução (movimento que afasta um membro ou segmento de um membro do plano médio do corpo) do braço acima de 45º e elevação do ombro. 23

25 Tenossinovite dos extensores dos dedos e do carpo: esta inflamação decorre por causa da contração estática destes músculos com finalidade antigravitacional sobre o carpo e dedos. Tenossinovite dos flexores dos dedos e dos flexores do carpo: compromete os tendões da face ventral do antebraço e punho de corrente de movimentos repetitivos de flexão dos dedos e da mão. Tendinite distal do bíceps: inflamação aguda ou crônica do tendão distal do bíceps, que tem sido descrita em associação com movimentos de flexão de antebraço. Tenossinovite do braquirradial: decorre de atividades que exigem movimentos de flexão do antebraço pronado (movimento de rotação) sobre o braço. Distrofia simpática reflexa: tem como uma de suas características a dor de caráter difuso e em queimação. Pode ocorrer em diversas situações nãoocupacionais em que o ombro seja mantido em repouso prolongado. Fibromialgia: a fibromialgia há vários trigger points (pontos-gatilho) que, entretanto, não provocam dor referida com tanta precisão quanto na síndrome miofascial. Caracteriza-se pela presença de pontos dolorosos específicos ou difusos. Contratura de Dupuyton: caracterizado pelo espessamento e retração da fáscia palmar, acarretando uma contratura em flexão dos dedos e incapacidade funcional das mãos. Síndrome de Wartenberg: compressão do nervo radial, responsável por inervações motoras e/ou sensitivas no braço, antebraço e mão. Em alguns casos podem ser encontrados um ou mais doenças relacionadas com a LER/DORT Atividades mais freqüentes de ocorrência da LER/DORT Digitador. Montador de componentes eletrônicos. Bancários. Caixa de supermercados. Costureiras. 24

26 Passadeiras. Lavadeiras. Arrumadeiras. Cozinheiras. Escriturário. Telefonista. Embaladores. Operador de telemarketing. Esportistas. Trabalhos Manuais (tricô, crochê, artesão) Fatores de risco para que ocorra a LER/DORT Repetitividade. Esforço. Força. Posturas inadequadas. Trabalho muscular estático. Invariabilidade de tarefa. Choques. Impacto. Pressão mecânica. Vibração. Frio. Fatores organizacionais. Também há 03 características que são: a intensidade, duração e freqüência. Quanto mais intenso, frequente e duradoura for à atividade, eleva-se a probabilidade de se adquirir a LER/DORT. 25

27 Sintomas Os principais sintomas relatados pelos trabalhadores são: sensação de peso e fadiga, dor, sensação de edema, sensação de enrijecimento muscular, choque, dormência, formigamento, cãimbras, falta de firmeza nas mãos, sensação de fraqueza muscular, sensação de frio e calor, limitações nos movimentos, dificuldades para dormir (devido à dor intensa), acometimento psicológico: frustração, medo, ansiedade, irritação, sentimento de culpa. A LER/DORT é classificado em diferentes graus. Há características (sintomas) para cada estágio da LER/DORT. O trabalhador deve conhecer esses sintomas, pois deles dependem o seu diagnóstico, tratamento e sua cura. Grupo 01: Transtornos funcionais leves: os sintomas causam pouco incômodo. A dor se existe, e pouco intensa e intermitente, e a função das extremidades superiores é normal ou quase normal. A autonomia é total, não existem dificuldades para levar a cabo as tarefas da vida cotidiana. Grupo 02: Transtornos funcionais moderados: diminuição da força, dor, adormecimento, porém não são graves no conjunto, a função continua sendo satisfatória; moderada limitação dos movimentos articulares, dor à mobilização, desvios dos eixos ósseos, transtornos circulatórios, a capacidade de esforço contínuo sendo excelente, pode efetuar esforços importantes, ainda que não por muito tempo. A autonomia é total, quase não existem dificuldades para levar a cabo as atividades diárias. Grupo 03: Transtornos funcionais médios: diminuição da força muscular, a dor, pode causar incômodo e incapacidade, porém a função global das extremidades continua correta; podem ocorrer deformações, desvios, perda de massa muscular, limitação da mobilidade articular. O paciente pode efetuar esforços de mediana intensidade, a autonomia é total e pode fazer as atividades usuais da vida cotidiana. 26

28 Grupo 04: Transtornos funcionais importantes: a perturbação funcional diminuição da força e da eficácia dos movimentos de pegar ou soltar, dor, adormecimento, é grave, permanente e claramente incapacitante no que diz respeito à realização de gestos e trabalhos com as extremidades superiores e com as mãos; a exploração mostra graves anomalias, anquilose (diminuição ou impossibilidade absoluta de movimentos em uma articulação naturalmente móvel) ou intensa rigidez de uma ou de várias grandes articulações, por exemplo, cotovelo e ombro, ao mesmo tempo. Com suas extremidades superiores, o paciente pode efetuar esforços moderados; quanto à autonomia, é completamente factível levar a cabo os atos da vida cotidiana considerada como fundamentais. Os pacientes desse grupo, realizar compras, cozinhar, limpar, entre outras atividades do seu dia-a-dia. Grupo 05: Transtornos funcionais muito importantes: tais como a perturbação, déficit muscular, alteração da precisão ou da estruturação dos gestos e dor são graves e permanentes. A força global das extremidades superiores fica muito diminuída, as anomalias observadas na exploração são muito importantes: múltiplas limitações articulares, sinais inflamatórios, perda de força, a capacidade de esforço está muito diminuída. No melhor dos casos, o paciente pode realizar esforços leves com as mãos e com as extremidades superiores, atos essenciais da vida cotidiana, atividades domésticas de escassa complexidade, eventualmente, a autonomia está reduzida em diversos graus: o paciente, sem força, pode efetuar por si próprio todos os atos que se consideram essenciais; o paciente somente pode levar a cabo uma parte dos atos da vida cotidiana e deve ser ajudado por outras pessoas; o paciente depende muito ou completamente de seu entorno Diagnóstico O diagnóstico deve ser feito por médicos com especialização em medicina do trabalho. Ainda podem diagnosticar a LER/DORT médicos ortopedistas, fisiatras, reumatologistas, especialistas em membros superiores e neurologistas. Pelo fato de não ter sinal físico bem específico da LER/DORT muitos médicos acham que o problema é psicológico. 27

29 As principais limitações relacionadas pelos trabalhadores são: diminuição da agilidade dos dedos, dificuldades de pegar ou segurar objetos, de permanecer sentado por muito tempo, de manter os braços elevados ou suspensos, de estender roupa, de escrever, segurar o telefone, carregar pesos, falta de firmeza ao segurar objetos, limitações para atividade de higiene pessoal, dificuldades de cuidar de crianças, dificuldades nas atividades domésticas. Na realização do exame físico o médico deverá realizar uma série de teste que incluem a palpação, inspeção e outras manobras e testes que ache necessário. O médico deverá realizar exame neurológico, que será de grande valia para o diagnóstico. Esse exame deverá contar com as seguintes etapas: Marcha. (quando for o necessário) Sensibilidade. Força. Coordenação motora, o Coordenação estática; o Coordenação cinética Após a realização de um exame clínico e observação do que o trabalhador não consegue realizar no seu dia-a-dia, o médico pode solicitar exames complementares. Que são: exames de laboratório (hemograma, ácido úrico, provas reumáticas), radiografias, ultra-sonografias, ressonância magnética, cintilografia óssea, tomografia computadorizada e eletroneuromiografia. Um dos grandes problemas da LER/DORT e que não existe exame ou instrumento qualquer que possa provar que o quadro clínico é causado por fatores laborais. Para se fechar um diagnóstico correto é necessário uma equipe multidisciplinar. Cada membro dessa equipe irá realizar a sua rotina para se ter certeza desse diagnóstico. Essa equipe deve ser formada por médicos ortopedista, do trabalho e psicólogos. Todos os casos confirmados com o diagnóstico de LER/DORT devem gerar a emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) pelo empregador, com o preenchimento do Laudo de Exame Médico (LEM) feito pelo médico responsável. Caso o empregador não emita o CAT, o próprio empregado pode fazê-lo numa entidade sindical competente. Encaminha-se a CAT juntamente com o LEM para o 28

30 INSS até o primeiro dia útil após realizado o diagnóstico. O tempo de afastamento do empregado deverá constar na LEM, caso seja superior a 15 dias irá para o setor de perícias médicas do INSS para a realização de exame pericial Tratamento Quanto mais precoce o diagnóstico e o início do tratamento adequado, maiores as possibilidades de sucesso no tratamento. O diagnóstico precoce no Brasil é muito raro, o trabalhador só procura tratamento médico quando já está com dores, e o problema da LER/DORT já está instalado. Na maioria dos casos os trabalhadores são tratados com antiinflamatórios e analgésicos. São eficazes para as crises agudas de dor. Em casos mais graves deve-se associar os antidepressivos, que proporcionam um efeito analgésico e ansiolítico. Em alguns casos, onde há um ou mais quadros de compreensão nervoso periférico, a cirurgia pode ser indicada. Mas observa-se que mesmo com a cirurgia sendo bem sucedida a evolução não é boa, evoluindo com freqüência para dor crônica e de difícil controle. Assim como no diagnóstico, o tratamento também se faz necessário de uma equipe multidisciplinar para que se obtenha sucesso no tratamento terapêutico. Essa equipe deve ser formada por médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, terapeuta corporal e acunpunturista. A acupuntura e a homeopatia embora funcionem em alguns casos, não têm respaldo de toda à comunidade científica. Cada profissional de equipe irá desenvolver suas atividades terapêuticas específicas, deve-se ter uma unidade de objetivos, com trocas constantes sobre à evolução do paciente. Após o tratamento, realizado pelo trabalhador, irá retornar ao seu posto de trabalho, e o problema irá retornar, pois a condição de trabalho dele é que está causando o seu problema. Deve haver uma reorganização pra seu trabalho. 29

31 Prevenção A LER/DORT resulta da utilização exagerada dos músculos e uma sobrecarga nos ossos e nas articulações, instalando-se progressivamente no trabalhador. Para que ocorra a prevenção, deve-se utilizar estratégias que melhorem os postos de trabalho, programas de informação e amparo aos trabalhadores acometidos com a LER/DORT. A ergonomia detecta pontos de desequilíbrio entre o homem e seu posto de trabalho, torna-se possível prever as principais consequências negativas como: acidentes de trabalho, doenças profissionais e do trabalho, fadiga industrial e psicopatologias do trabalho. A ergonomia quando utilizada corretamente, permite que ocorram transformações no ambiente de trabalho, adaptando-as às possibilidades e capacidades do trabalhador. Tendo como função de transformar a situação de trabalho e permite o melhor conhecimento sobre a atividade real do trabalhador. Algumas medidas podem ser tomadas pelas empresas para amenizar o problema da LER/DORT dos seus funcionários, são elas: Intervenções ergonômicas: a reorganização dos postos de trabalho, como mesas, cadeiras com disposição e altura correta para a melhor condição de trabalho. Alternância de tarefas: a diversificação visa diminuir a monotonia inerente ao trabalho repetitivo, e estimular diferentes grupos musculares. Frequência e duração das pausas: deve-se haver um período de descanso da musculatura, para que ocorra a sua recuperação, o tempo de pausa varia dependendo da atividade. Treinamento: deve-se complementar as medidas preventivas, baseia-se na informação, conhecimento dos postos de trabalho e noções básicas de ergonomia. 30

32 Ergonomia A Norma Regulamentadora (NR17) visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao: ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo abordar, as condições de trabalho ter: altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, há a necessidade de pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; borda frontal arredondada; encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. E também devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. 31

33 Os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve ser: fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual; utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: devem ser incluídas pausas para descanso; quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. 32

34 respeitar os ângulos limites e trajetórias naturais dos movimentos, durante a execução das tarefas, evitando a flexão e a torção do tronco; colocar apoio para os pés, independente da cadeira. No dia 28 de fevereiro é Dia Internacional de Prevenção da LER/DORT Atividades/Técnicas A ginástica laboral é o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados no ambiente de trabalho, com a finalidade de colocar previamente o trabalhador bem preparado para a sua rotina diária de trabalho. São técnicas de alongamento, que são realizadas para várias partes do corpo, como: cabeça, tronco, ombros e mãos. O alogmaneto tem a função de relaxar e contribui para: elimina a fadiga muscular e o estresse; aumenta da circulação sangüínea, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões; melhora a mobilidade e flexibilidade músculo articular; melhora a postura; diminui a tensão muscular; diminui o esforço na execução das tarefas diárias; facilita a adaptação ao posto de trabalho; previne a LER/DORT; favorece a mudança da rotina; mostra a preocupação da empresa com seus funcionários; desenvolve o conhecimento corporal; favorece o contato pessoal; A ginástica laboral deve ser feita com no mínimo 3 vezes ao dia, durante o período de trabalho. Faça o exercício que está ligado diretamento com a sua necessidade de trabalho. Realize o exercício de forma a não sentir dor, se sentir pare o exercício. Mesmo durante a realização do seu trabalho, respire fundo, relaxe e faça o movimento de espreguiçar. 33

35 trabalho. Veremos a seguir vários exercícios para serem realizados no seu local de 34

36 Foto 1 Faça um movimento com a cabeça pra frente e para trás Foto 2 Movimente a cabeça, primeiro para um lado, e em seguida, para o outro lado. 35

37 Foto 3 Incline a cabeça para um lado e em seguida para o outro lado. Foto 4 Faça um movimento de rotação com a cabeça. 36

38 Foto 5 Eleve um ombro e em seguida eleve o outro ombro. Foto 6 Leve os seus ombros para frente e para trás. 37

39 Foto 7 Coloque o seu braço para trás, na altura do pescoço, e com a outra mão, na altura do cotovelo faça pressão para trás, lembre que não é pra causar dor, e para relaxar os músculos. Repita no outro braço. 38

40 Foto 8 Coloque o braço atrás da cabeça, e com a outra mão, na altura do cotovelo, faça pressão para baixo. 39

41 Foto 9 De as mãos nas costas, caso não consiga, pegue uma toalha, e faça o movimento, foto abaixo. Foto 10 40

42 Foto 11 Estique os braços acima da cabeça com os dedos entrelaçados, com as palmas da mão virada para cima, estique ao máximo os seus braços, sem sentir dor. 41

43 Foto 12 Estique seus braços para frente com os dedos entrelaçados. Foto 13 Estique seus braços para trás, também com seus dedos entrelaçados. 42

44 Foto 14 Puxe os dedos de uma mão para trás. Apoiar o dedão no dorso da mão. Repita na outra mão. Foto 15 Vire a sua mão para baixo e com a outra faça pressão. Repetir na outra mão. 43

45 Foto 16 Entrelace os dedos, e faça pressão entre eles. Foto 17 Com os dedos entrelaçados gire os punhos, primeiro pra um lado e depois para o outro lado. 44

46 Foto 18 Com os dois braços pra trás do pescoço, faça pressão pra baixo. 45

47 Foto 19 Sentado, incline o seu tronco pra frente, tentando a sua mão encostar no chão. 46

48 Foto 20 Feche os dedos em forma de círculo, com o polegar, começando pelo indicador com o polegar, e depois um dedo de cada vez, fazendo pressão em cada um dos dedos. Foto 21 Com os dedos cruzados em forma de gancho, o indicador com indicador, e assim por diante, tente fazendo pressão pra desengatá-los. 47

49 Foto 22 Feche as mão, como se estivesse segurando algo com força, e em seguida estique os dedos. Repetir na outra mão. 48

50 Foto 23 Abra os dedos afastando os máximo possível e em seguida feche, apartando os dedos, com na foto seguinte. Foto 24 49

51 Foto 25 Movimente os seus ombros pra trás e depois para frente, em movimento circular, (rotação). Repetir no outro ombro. 50

52 2.3. Recursos/Materiais Para que ocorra a implementação desse projeto vai ser necessário a utilização em sala de aula, da TV pendrive, a utilização de atlas anatômicos para explicar as estruturas anatômicas envolvidas. Também serão realizados com os alunos os exercícios específicos para que ocorra a prevenção da LER/DORT Recursos de vídeo, imagens e exercícios práticos para estimular o educandotrabalhador para uma qualidade de vida melhor Avaliação Após a toda a explicações sobre a LER/DORT, para que ocorra a avaliação do educando-trabalhador, pode ser elaborado um folder, cartazes. Na construção desses materiais o aluno irá demonstrar o que ele conseguiu apreender sobre a LER/DORT. Deverão constar as principais informações sobre a LER/DORT, para que o educando-trabalhador leve esses materiais para ao seu local de trabalho e possa compartilhar com seus colegas de trabalho as informações que ele obteve. 3. ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR Ao iniciar o trabalho do professor, seria interessante fazer um debate com seus alunos sobre a LER/DORT, para saber o nível de informação dos educandostrabalhadores sobre o assunto. Poderá passar em vídeo, parte do filme de Charles Chaplin Tempos Modernos - disponível em Onde se vê uma linha de produção e a forma como ocorre o movimento repetitivo no trabalho. Trabalhará os sistemas: ósseo, muscular, articular e nervoso, irá falar sobre as principais estruturas anatômicas que são afetadas pela LER/DORT. Irá relacionar as doenças, atividades profissionais mais frequentes que são acometidas pela LER/DORT, os sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção da LER/DORT. 51

53 LER/DORT. Na prevenção os exercícios que ajudam o educando-trabalhador a prevenir a 4. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO Este material é apenas uma base para o professor trabalhar com seu educando trabalhador. Após a aplicação desse material por parte dos professores, gostaria que me fossem enviadas a críticas e sugestões, para a melhoria do material. Pois devemos trabalhar sempre para a melhoria qualidade de ensino, principalmente para os alunos da EJA. 52

54 5. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ANTONALIA, C. LER/DOR: Prejuízos e fator multiplicador do custo Brasil. São Paulo, 2ª edição, Editora LTr, 2008 AURÉLIO Dicionário Eletrônico versão 6.0. Curitiba, 4ª edição, Positivo Informática cd-rom. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Lesão de Esforço Repetitivo (LER) Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Série A. Normas e Manuais e Técnicas; n.º 103. Brasília: Ministério da Saúde, p. Disponível em: < Acessado em 05 jul BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. LER/DORT: dilemas, polêmicas e dúvidas, Série A. Normas e Manuais e Técnicas. N.º 104. Brasília: Ministério da Saúde, p. Disponível em: < Acessado em 05 jul BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Diagnóstico, Tratamento, Reabilitação, Prevenção e Fisiopatologia das LER/DORT. Série A. Normas e Manuais e Técnicas; n.º 105. Brasília: Ministério da Saúde, p. Disponível em: < Acessado em 05 jul

55 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Saber LER para prevenir a DORT. Série A. Normas e Manuais e Técnicas; n.º 106. Brasília: Ministério da Saúde, p. Disponível em: < Acessado em 05 jul BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de Saúde do Brasil. Série A. Normas e Manuais e Técnicas; n.º 114. Brasília: Ministério da Saúde, p. Disponível em < rabalho.pdf>. Acessado em 05 jul BRASIL. Instrução Normativa INSS/DC N.º 98 de 05 de dezembro de Norma Técnica sobra Lesões de Esforço Repetitivo LER ou Distúrbio Osteomusculares Relacionado ao Trabalho DORT. Diário Oficial da União de 10 de dezembro de Disponível em: < Acessado em 05 jul BRASIL. Norma Regulamentadora N.º 17 Portaria MTPS N.º 3751 de 23 de novembro de Estabelece Normas para Ergonomia. Diário Oficial da União de 26 de novembro de Disponível em: < Acessado em 16 jul NOVO ATLAS DO CORPO HUMANO. São Paulo, Edição Especial, Editora Planeta, p. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação SEED. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação Básica. Curitiba, p. 54

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