JORNAL. DO SINDITEST.pr GOLPE PELO CELULAR APROVA A EBSERH! Impresso Especial

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1 EDIÇÃO 12 - ANO 22 JORNAL DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Impresso Especial /2008/DR/PR SINDITEST-PR CORREIOS Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná Mudou-se Falecido Ausente Desconhecido Não procurado Recusado CEP errado End. Insuficiente Não existe o nº indicado Inf. Porteiro / sindico Outros Reintegrado ao seviço postal em: / / Responsável: DO Gestão SINDICATO É PRA LUTAR GOLPE PELO CELULAR APROVA A EBSERH! PÁGINAS 4 e 5 Com violência policial e várias irregularidades, Zaki Akel e seus 30 conselheiros privatistas aprovam a privatização do HC PARTICIPE! II Congresso do SINDITEST ACONTECE DE 03 A 07 DE NOVEMBRO! Neste segundo semestre, a prioridade da nossa Direção é a realização do II Congresso do Sinditest. A categoria vai debater com qualidade temas fundamentais como Conjuntura, Reforma Estatutária, filiação a uma Central Sindical e Combate às opressões (machismo, racismo, homofobia, etc). PÁGINA 06 NO DIA 09 DE OUTUBRO VENHA PARA O ATo EM DEFESA DE NICOLAS PACHECO! O Ato fará o lançamento do Comitê Lutar Não é Crime e irá lutar pelo fim do processo judicial contra o estudante e militante Nicolas Pacheco. Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais! Participe desta luta! PÁGINA 08

2 2 3 LUTA CONTRA A EBSERH expediente FOTOS - A EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) é um desastre completo em todo o país. Onde foi implantada, agravou os problemas já existentes e não conseguiu realizar nenhuma de suas promessas. Na UnB, os funcionários contratados pela EB- SERH entraram em greve 15 dias após terem iniciado suas atividades. No Piauí, somente neste ano ocorreram três greves. Numa delas, os médicos reivindicavam o pagamento do piso salarial da categoria. Na Universidade Federal do Mato Grosso, a EBSERH fechou leitos e parou de pagar os APHs que os trabalhadores já haviam realizado. No Espírito Santo, houve greve em defesa das 30h e contra as remoções forçadas de trabalhadores estatutários. Em todo o país, a resistência contra a EB- SERH cresce a cada dia. Nada está definido. Entre fazer uma ridícula votação por celular e destruir O Jornal do SINDITEST-PR é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná. Avenida Agostinho Leão Junior, 177 Alto da Glória Curitiba/Paraná Telefone: (41) Fax: (41) imprensa@sinditest.org.br Fotos: Sinditest-PR. Jornalista Responsável: - DRT Diagramação: Maria Carolina Felício - MTB 8400 Tiragem: exemplares. Gráfica: Mega Impressão Gráfica e Editora - fone: e É permitida a reprodução com a citação da fonte. Os textos sem assinatura são de autoria da Direção do Sinditest. facebook.com/sinditest twitter.com/sinditestpr imprensa@sinditest.org.br editorial NÃO TEM ARREGO as condições de trabalho e o caráter público do HC, como querem os privatistas, há uma grande distância. A EBSERH enfrenta a ação de inconstitucionalidade no STJ e uma infinidade de outros problemas. Do mesmo modo que o FUNPRESP (a privatização das nossas aposentadorias), a Nada está definido. Entre fazer uma ridícula votação por celular e destruir as condições de trabalho e o caráter público do HC, como querem os privatistas, há uma grande distância. EBSERH pode fracassar, a depender da resistência dos trabalhadores. As próximas ações do bloco privatista são previsíveis: atacar cada vez mais o Sinditest, com multas e perseguições, cassar cada um dos trabalhadores do HC que estiveram à frente das lutas no último período e tentar acabar com a jornada de 30h no hospital, escalas, etc. É preciso preparar a resistência e não desistir da luta. Os trabalhadores da saúde lutam nos hospitais privados há décadas, pela jornada de 30h e por salários e condições de trabalho decentes. A EB- SERH representa um retrocesso imenso em relação ao HC público, como hospital-escola. Esse retrocesso precisa ser combatido. Agora, precisamos lutar para expulsar a EBSERH daqui. Todos os trabalhadores do HC devem se orgulhar da luta histórica que travamos nos últimos anos. Fomos a primeira universidade do país a rejeitar a EBSERH com uma resolução aprovada. Vamos lutar agora para ser a primeira a expulsá-la e a recuperar o HC! ERRATA Na matéria Descaso! Pacientes do HC não conseguem fazer cirurgias por falta de anestesistas, da edição 11, de agosto, o nome da empresa é COPAS e não COPAN. A falácia da democracia no Brasil: A falsa ideia de democracia que temos no país hoje está escancarada no processo eleitoral brasileiro. Os principais candidatos, e sua coligação numerosa, ou seja, os que mais pontuam nas encomendadas pesquisas de sondagens eleitoreiras são financiados essencialmente pelos empresários do setor do agronegócio, da construção civil, da mineração e pelos banqueiros. E já sabemos que quem paga a fanfarra nas urnas sabe exatamente o que irá ouvir depois de eleito ou de eleita. Dilma, Marina e Aécio não apresentam uma proposta verdadeira de mudança social, econômica e política para o Brasil por que não se distinguem em seu modo de fazer política, estão fechados com a elite, com os patrões, e não com a classe trabalhadora. Segundo estudo publicado este ano em revista pelo Instituto Latino- -americano de Estudos Socieconômicos, a candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, foi eleita em 2010 com R$ 262 milhões em doações, sendo que 80% deste montante veio das empresas de construção civil, do agronegócio, dos bancos e da mineração. Não é por acaso que foram construídos tantos estádios para a Copa do Mundo, que Dilma-PT impôs a EBSERH, privatizou o Pré-Sal e que Os três candidatos que mais pontuam nas pesquisas à presidência são legítimos representantes dos patrões Conheça os (as) demais candidatos e candidatas à Presidência da República nas eleições 2014 Eduardo Jorge (PV) Eymael (PSDC) Levy Fidelix (PRTB) Luciana Genro (Psol) Mauro Iasi (PCB) Pastor Everaldo (PSC) Rui Costa Pimenta (PCO) Zé Maria (PSTU) ARTIGO o Congresso está dando amplos poderes para a bancada ruralista, porque a política que vale ainda é a de uma mão lava a outra. A candidata Marina Silva, do PSB, despontou como principal rival de Dilma após a morte de Eduardo Campos, e vem mostrando algumas faces do grupo que ela representa: um grupo de poderosos empresários e banqueiros. Além disso, Marina Silva está diretamente ligada com a bancada religiosa no Congresso, que é extremamente conservadora e contra uma série de direitos pelos quais a comunidade LGBT, os movimentos sociais e feministas vêm lutando há décadas. Já o PSDB de Aécio Neves não conseguiu construir oposição ao governo petista em 12 anos de gestão e tão pouco está sendo capaz de fazê-lo nesse momento eleitoral. A principal dificuldade que o PSDB encontra é a falta de propriedade para criticar o continuísmo do PT nas piores heranças deixadas pelo tucanato em oito anos de governo, continuando com as privatizações, com o pagamento da dívida pública, com as parcerias público- -privadas, com o desmonte do Estado, estrangulamento do serviço público, com escândalos de corrupção, enfim, com o aprimoramento das políticas neoliberais da Era Fernando Henrique Cardoso. Para piorar o atual quadro eleitoral brasileiro, as principais emissoras de televisão do país, que desfrutam de concessão pública para suas transmissões, mantêm regras totalmente antidemocráticas para participação nos debates, tanto para os presidenciáveis como para os governos nos estados. Isso sem falar no próprio horário de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que não contempla igualitária e equitativamente todas as propostas de candidatura. No ano passado com as Jornadas de Junho o povo brasileiro demonstrou que está disposto a mudanças na política e disse nas ruas e no Congresso Nacional que quer saúde e educação pública de qualidade, que quer direito à moradia própria, ao transporte público acessível e de qualidade. No dia 05 de outubro será também um dos momentos de demonstrar quem realmente representa o povo. Acesse o programa de Governo de cada candidato (a): sistema-de-divulgacao-de-candidaturas

3 4 5 Golpe do celular Zaki e seus 30 conselheiros privatistas aprovam a EBSERH votando por telefone Violência policial e a prisão ilegal de Nicolas Pacheco garantiram as manobras do Reitor A aprovação da EBSERH no dia 28 de agosto foi garantida apenas pela repressão da Polícia Federal, que prendeu de forma ilegal o estudante Nicolas Pacheco e usou bombas, balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo contra os manifestantes. A violência policial foi a única ferramenta disponível para os 31 conselheiros privatistas, que decidiram falar em nome da população e entregar o HC para a iniciativa privada. Essa votação ilegal foi questionada judicialmente pelo Sinditest, que solicitou a anulação da sessão do COUN, no entanto o pedido foi negado. A Frente de Luta Pra Não Perder o HC não desistiu e a APUFPR entrou com ação na Justiça Federal requerendo diversos documentos necessários para legitimar a sessão e que a UFPR ainda está mantendo em segredo sem qualquer justificativa. A Reitoria da UFPR está intimada a apresentar, dentre outros, a comprovação da regularidade da convocação e do quórum, a gravação integral da sessão, a lista de presença assinada e a contagem individual dos votos dos Conselheiros. Até o momento a aprovação da EBSERH representa uma vitória parcial para os planos de privatização da presidente Dilma Rousseff (PT). Quem privatizou os Correios, os portos, as rodovias, os aeroportos e o petróleo do Pré-sal, não poderia deixar de privatizar também os hospitais universitários. Essa tragédia tem, portanto, responsáveis: em primeiro lugar, a presidente Dilma; em segundo, a coalizão privatista formada por Reitoria da UFPR, Direção-Geral do HC, poder judiciário local e imprensa, além dos agentes do Reitor pertencentes ao baixo escalão, que fizeram o jogo sujo contra o sindicato e contra os trabalhadores no interior do HC e na UFPR nos últimos meses. Vamos recorrer contra mais esse golpe do Reitor. As tentativas anteriores de privatizar o HC (4 e 9 de junho) também foram ilegais. Dessa vez, sem quórum para realizar a votação na Sala dos Conselhos, Zaki Akel ligou para seus amigos privatistas e recolheu 31 votos a favor da EBSERH. No entanto, o Conselho Universitário tem 63 membros, mas apenas os 31 amigos privatistas do reitor foram consultados. A votação por celular é uma aberração. E mesmo que fosse válida, os 63 membros do COUN deveriam receber a chamada do reitor pedindo a declaração de voto, o que não aconteceu. Tanta mentira, tanta força bruta... Aprovação da EBSERH se deu graças à violência do poder estatal A UFPR vinha resistindo à aprovação da EBSERH há vários anos. O ponto alto dessa luta foi a greve unificada de 2012, em que docentes, servidores e estudantes conseguiram forçar o reitor privatista a aprovar no COUN resolução contrária à EB- SERH. A exemplo da Frente de Luta Nacional, no Paraná a Frente de Luta Pra Não Perder o HC, da qual do Sinditest faz parte, encabeçou uma forte luta contra a privatização do HC, mais acentuada nos últimos três anos. Foi a mais dura batalha que o movimento sindical enfrentou na UFPR, fazendo tudo o que foi possível para defender os empregos da FUNPAR e defender o HC. O governo federal jogou pesado contra a população e os usuários do SUS, estrangulando o orçamento do HC e lançando o hospital ainda mais no caos. A grande imprensa, como sempre, principalmente a Rede Globo e a Gazeta do Povo, agiu no interesse da iniciativa privada, fazendo forte campanha pela EBSERH: retratou o caos causado pelo subfinanciamento sem mostrar a causa e vendeu a ideia de que a EBSERH seria a única solução. Chantagem contra trabalhadores da FUNPAR e ataques contra o sindicato Enquanto isso, a coalizão privatista deixou a Ação Civil Pública da demissão dos trabalhadores da FUNPAR/HC seguir e colocar um prazo para a demissão. Usaram então a chantagem, a ameaça de demissão e o assédio moral permanente como arma contra os trabalhadores, tentando forçá-los a acreditar que a EBSERH poderia salvar seus empregos, promessa desmentida pelos próprios diretores da EBSERH. Além disso, o Reitor não perdeu a oportunidade de judicializar a greve FUNPAR/HC, greve legítima em defesa dos empregos, encontrando amparo na justiça. A FUNPAR então exigiu corte de ponto e multa contra o sindicato, além de descumprir o Acordo Coletivo de Trabalho que havia sido firmado judicialmente. Zaki Akel, Flavio Tomasich e Antônia Lélia Sanches: criminalizando greves e protestos em favor da privatização Zaki Akel também tentou criminalizar as manifestações dos trabalhadores estatutários. Judicializou a greve dos trabalhadores do HC-RJU, auxiliado pela procuradora Antônia Lelia Sanches, do Ministério Público Federal, que em vez de agir como procuradora dos interesses do cidadão, atuou como procuradora dos interesses da EBSERH. Zaki, Flavio Tomasich e Antônia Lélia conseguiram uma liminar decretando o corte de ponto dos trabalhadores em greve e determinando que houvesse um livro de ocorrências em cada balcão do HC, para registrar casos de pacientes que não fossem atendidos em razão da greve. A intenção era criminalizar cada trabalhador individualmente. A mesma energia repressora não foi utilizada por parte da procuradora Antônia Lélia ou do Reitor Zaki Akel no recente caso da ausência de médicos anestesistas, fato que prejudicou centenas de pacientes. O Centro Cirúrgico chegou a funcionar em apenas ¼ do seu potencial. Vale lembrar que essas ações foram derrotadas pela Assessoria Jurídica do Sinditest, mostrando que se tratava de abuso de poder por parte do Reitor e seus aliados. Mesmo com todos esses ataques e perseguições, os trabalhadores do HC não deixaram de lutar. Desde o início do ano, realizamos inúmeros protestos e manifestações, projetando a luta em defesa do HC na imprensa e conseguindo a atenção e o apoio da população. Desigualdade de forças e o discurso enganador do governo federal O governo federal e os patrões controlam a imprensa, possuem o poder de estado, o poder econômico e controlam também parte do poder judiciário.em contrapartida, nós, trabalhadores, possuímos apenas nossa força de trabalho, nossa capacidade de mobilização e os modestos recursos do sindicato. Além das manifestações, produzimos jornais para alertar a população, anúncios no rádio e conseguimos espaço nas O SUS é integral, é gratuito. Uma empresa, a razão de ser dela, tem que ser lucrativa, ela tem que ter lucro. Isso está na própria Lei que criou a EB- SERH. Ela prevê inclusive, nessa lei, a existência de ressarcimento de planos privados de saúde. O que é que nos indica essa lei? Que neste momento vai ter orçamento para o funcionamento da empresa, mas chegará um tempo em que o gestor vai dizer para a empresa pública: vocês são uma empresa e vocês tem que se sustentar e o caminho está lá indicado, vocês podem ser lucrativas e vocês podem criar dupla fila uma para quem tem plano privado de saúde e outra para quem não tem. Aqui o próprio Reitor nos informou que a equipe que vai dirigir o hospital são profissionais da própria universidade, então nos parece um contrassenso porque se a universidade tem os recursos humanos capacitados, se tem gestores com excelência, por que que ela vai criar essa figura empresarial para gerir o hospital? Me parece um arranjo muito mal explicado que esconde o verdadeiro objetivo que é privatizar a longo prazo o sistema de saúde! Trecho de entrevista concedido pelo Procurador Peterson de Paula Pereira à APUFPR, durante Debate ocorrido dentro do HC em 24 de julho deste ano. mídias menos conservadoras. O Ataque foi tão pesado, que até o caixa do sindicato virou alvo dos privatistas. Foi por isso que a última liminar conseguida pelo Reitor ameaça o sindicato com pesadas multas, que podem ultrapassar 100 mil reais. O Reitor Zaki Akel, imitando a presidente Dilma, aprendeu a repetir que a EBSERH é 100% pública e 100% SUS. Ao repetir isso exaustivamente, como um papagaio, ele tenta esconder da população a verdade: o Art. 3 da Lei nº , a lei de criação da EBSERH, diz expressamente que É assegurado à EBSERH o ressarcimento das despesas com o atendimento de consumidores e respectivos dependentes de planos privados de assistência à saúde (...). Isso significa que a EBSERH vai atender os usuários dos planos de saúde, buscando depois o ressarcimento. Com o estrangulamento dos recursos do hospital, o mesmo que o governo já pratica hoje, esse ressarcimento será uma das principais fontes de receita da EBSERH e, com o tempo, o hospital será obrigado a instaurar a dupla porta : uma para quem tem plano, com atendimento preferencial, e outra para quem não tem.

4 6 PREPARE-SE! II Congresso do Sinditest ACONTECE EM NOVEMBRO Inscrições de Teses Maria Carolina Felício Entre os dias 03 a 07 de novembro o SINDITEST vai realizar seu II Congresso, que tem como tema Reorganizar, Democratizar e Construir a Luta. A participação de toda a categoria é essencial para a construção de um sindicato mais forte e mais combativo. Neste sentido o II Congresso do SINDITEST traz propostas como a reforma do Estatuto e a filiação a uma Central Sindical. Neste segundo semestre, a prioridade da nossa Direção é a realização do II Congresso do SINDITEST. Durante cinco dias, a categoria vai debater com qualidade temas fundamentais como Conjuntura, Estatuto, filiação a uma Central Sindical e Combate às opressões (machismo, racismo, homofobia, etc). Além do debate, importantes decisões serão tomadas. Nossa expectativa é de que o SINDITEST-PR avance dentro do processo de reorganização da classe trabalhadora que está em curso, adaptando o sindicato às necessidades desta classe, democratizando o espaço sindical e fortalecendo a luta, explica Carla Atenção para os prazos! até dia 03 de outubro Cobalchini, presidente do Sinditest-PR. A reforma do Estatuto se faz necessária neste momento para reorganizar a classe e tonar o sindicato mais combativo. Dada a seriedade da decisão é de extrema importância que os trabalhadores estejam presentes durante as discussões do Congresso e construam novos rumos junto com o SINDITEST. O Congresso será um espaço privilegiado para debater esses temas e participar dessa nova fase do sindicato, onde cada trabalhador possa se reconhecer e integrar as lutas de forma orgânica. Independente da Direção que esteja a frente do sindicato, temos que criar ferramentas que garantam a democracia. Hoje, o estatuto é presidencialista e as decisões podem ser tomadas quase que exclusivamente pelos diretores. Isso está errado, o trabalhador deve participar das lutas, das greves, e também das decisões, reitera Carla. A filiação à CSP-Conlutas também se faz necessária neste momento de luta pela classe trabalhadora. A Central Sindical e Popular, assim como Período para eleição dos Delegados de 01 a 24 de outubro Mantenha-se informado, acompanhe o Sinditest w w w. s i n d i t e s t. o r g. b r facebook/sinditest twitter/sinditestpr youtube/canal Sinditest PR busca o SINDITEST, tem uma visão horizontal de construir a luta, buscamos construir processos que assegurem a democracia operária, um rico e saudável debate interno, respeitando a diversidade política existente em nosso interior, acredita a CSP. De acordo com Carla Cobalchini, filiar o SINDITEST-PR à CSP-Conlutas significa colocar o sindicato dentro desse processo de reorganização da classe trabalhadora. Já sabemos que a classe trabalhadora possui ferramentas mais e menos combativas, mais e menos atreladas ao governo. A CSP-Conlutas reúne o que há de melhor nos sindicatos lutadores que não se venderam ao governo e aos patrões. Além disso, esta Central possui uma estrutura democrática e esteve presente em toda a luta que travamos nos últimos anos: contra a privatização do HC, contra as demissões da FUNPAR, pelas 30 horas, pelo aumento 7 salarial, pelos direitos dos servidores públicos, contra a criminalização dos movimentos sociais, etc. Para saber mais informações sobre o II Congresso SINDITEST acompanhe nosso site ( w w w. s i n d i t e s t. o r g. br) e nossa página nas redes sociais (facebook/ sinditest e twitter/ sinditestpr). Não fique de fora, sua participação é muito importante para construir um sindicato democrático e combativo! Mulheres em M ov i m e n to ASCOM - SINDITEST CONGRESSO IRÁ PROMOVER O II ENCONTRO DE MULHERES DO SINDITEST Um dos eventos mais importantes da programação do Congresso será o II Encontro de Mulheres do Sinditest, dando continuidade ao trabalhado de base desenvolvido no ano passado. A chamada base do sindicato é composta pela maioria de mulheres, mas ainda assim essa realidade não está refletida nos postos ocupados por mulheres na Direção, isso porque historicamente não se garantem condições de equidade para que as mulheres possam desempenhar atividades sindicais. Para isso, o Encontro contará com o apoio da coordenação da Mulher Trabalhadora da FASUBRA e com a co-organização do MML (Movimento Mulheres em Luta). A Gestão Sindicato É Pra Lutar entende que é preciso fortalecer a luta de todas as mulheres e proporcionar políticas efetivas de participação dessas trabalhadoras. A diretora do Sinditest, Rufina Roldan, diz que o II Encontro de Mulheres do Sinditest terá dois eixos principais: de colaborar com a reformulação do estatuto para que ele contemple o combate ao machismo em sua estrutura e de ajudar a elaborar a pauta política do sindicato. Independente da gestão que esteja ou passe pelo sindicato, tem que haver uma estrutura dentro das finalidades do estatuto que registre uma política de combate ao machismo. Pode ser através de uma secretaria de mulheres dentro da própria direção, com artigos no estatuto que prevejam, por exemplo, a garantia de creches, ressalta Rufina. Rufina Roldan defende que é imprescindível a filiação a Central Sindical e Popular CSP-Conlutas para avançar ainda mais nas políticas sindicais voltadas para as mulheres. Filiar à CSP-Conlutas vai garantir que esse trabalho se fortaleça dentro do sindicato porque ele vai estar associado com outros sindicatos e é um trabalho que vai fortalecer a Federação, porque em sua base a maioria dos sindicatos tem trabalho zero no combate ao machismo, a própria secretaria de mulheres da FASUBRA é muito recente. Nesse sentido a CSP-Conlutas é muito mais avançada do que a Federação. A filiação permite fazer via CSP ações de combate ao machismo dentro da FASUBRA.

5 8 edição 12 - ano 22 LUTAR NÃO É CRIME No dia 09 de outubro ocorre em Curitiba o lançamento do Comitê Lutar Não é Crime, que abre uma nova etapa da luta contra a criminalização dos movimentos sociais e pretende por fim ao processo judicial aberto contra o militante e estudante de história Nicolas Pacheco. A campanha em defesa da liberdade dos movimentos de luta está acontecendo em todo o país, abrangendo uma vasta lista de presos políticos, perseguidos desde as Jornadas de Junho do ano passado, acusados de crimes que se alicerçam em preceitos da época da Ditatura Militar. O mais perturbador, entretanto é saber que o ranço dessa ideologia repressora e violenta legitimada pelo Estado está sendo impressa agora pelo governo do PT, se espelhando no que a população já conhece e já espera do seu irmão, o PSDB. O caso da prisão arbitrária do estudante Nicolas Pacheco no Prédio da Reitoria, que ocorreu no dia 28 de agosto, durante o Ato contra a privatização do HC na votação do COUN da UFPR, é uma sintomática da política neoliberal aplicada pelo governo do PT. Afinal, 12 anos do poder serviram para garantir a entrega do patrimônio construído com a força de trabalho do povo, a entrega dos hospitais universitários para a iniciativa privada. Porém, não sem antes usar das artimanhas da justiça burguesa, através da imposição de pesadas multas para as entidades que realmente lutam lado a lado com os trabalhadores e estudantes e de toda a força de repressão das polícias, que nesses momentos nada mais são que cães com dentes afiados protegendo as estruturas de poder. É um escândalo que num governo com o apoio e a ilusão de milhões de trabalhadores, que viveram a década de 80 lutando contra a Ditadura Venha para o Ato de lançamento do Comitê Lutar Não é Crime! Pelo arquivamento do processo de Nicolas Pacheco! Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais! #somostodosnicolas! Data: 09 de outubro Local: Salão Nobre (Direito UFPR - Santos Andrade) Horário: 19 horas Militar tenha que viver em pleno século 21 sob os auspícios de um governo que supostamente é dos trabalhadores, voltar a um processo de criminalização, perseguição, aterrorização sobre os trabalhadores, a juventude e o povo pobre. Então esse é um fenômeno nacional, não é um caso isolado, por isso é mais lamentável ainda, afirma Durval Wanderboock Junior, coordenador do ILAESE e colaborador da CSP-Conlutas. Vale lembrar que Nicolas após receber muitos jatos de spray de pimenta nos olhos, foi agarrado com truculência pelas costas, imobilizado por quatro policiais e permaneceu preso por pelo menos quatro horas no Prédio da Reitoria sem ao menos ser informado sobre o motivo da prisão e sem poder receber um advogado para representálo. O estudante declarou que três advogados tentaram conversar com os policiais, mas eles além de se recusarem a recebê-los, chegaram a fazer chacota. A arbitrariedade cometida foi tanta que vários policiais federais estavam encapuzados e nenhum apresentava identificação na farda. A Polícia Federal acusou Nicolas dos crimes de resistência, constrangimento ilegal e desacato, já o Ministério Público recentemente ofereceu denúncia, mas reconheceu apenas as duas primeiras acusações. Para a Frente de Luta há a intenção de criminalizar o movimento e coagir os demais participantes do protesto. A impressão é de que eu fui sorteado ali, me cataram primeiro porque eu estava de costas. Poderia ter sido qualquer outro que estava ali, mas fui eu, declarou o estudante após ser solto na madrugada do dia 29 de agosto, mediante pagamento de fiança. Nicolas é um exemplo do que está ocorrendo em todo o país, neste que é um momento de intensas lutas sociais. É um processo nacional. O governo, depois das Jornadas de Junho de 2013 essencialmente trabalhou com duas políticas, uma da repressão direta e outra da criminalização das lideranças que encabeçaram as lutas do ano passado, como o MPL, os sindicatos combativos, a Conlutas. Essa política continua ainda e as sentenças judiciais são escandalosas, são uma vergonha, uma aberração, conclui Durval Junior. ASCOM - SINDITEST