O MAÇON NA GESTÃO DA COISA PÚBLICA
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- Matilde Rocha Sabrosa
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1 I JORNADAS DE EMPRESÁRIOS E GESTORES GLLP/GLRP O MAÇON NA GESTÃO DA COISA PÚBLICA Vimeiro 25 de outubro 2014
2 Experiência pessoal Anterior a entrar na Maçonaria, nunca sentindo insuficiência de competências pessoais para ser Gestor Público (GP) O GP tem condicionantes adicionais relativamente ao Gestor Privado, em conhecimentos, em restrições de intervenção eficiente Independentemente de restrições próprias do GP - em prol da transparência e da responsabilidade - nunca tive desculpas para não cumprir a missão A Maçonaria deu-me preparação para um exercício espontâneo de tolerância, prudência e equidade na gestão de interesses ou de justiça na concessão de direitos ou de benefícios * A maior utilidade manifesta-se menos na execução e mais na vertente da conceção de políticas (onde os critérios da equidade, das externalidades e do outcome são definidos)
3 Gestor público Gestor: gere recursos de forma eficiente para atingir objetivos de forma eficaz e lucrativa * Público: cumpre uma Missão pública em prol dos interesses superiores da Sociedade do desenvolvimento económico, social e ambiental
4 Púbico X Privado O Gestor Privado concentra-se na visão do mercado, e por isso na competição em busca do lucro, na busca da máxima competitividade e eficiência. * O GP concentra-se no cumprimento de uma missão pública, e por isso nos interesses superiores da Sociedade na busca da qualidade do serviço e da eficiência.
5 Distingue-se do gestor privado Na focalização: serviço público X mercado (competição e lucro) Na racionalidade: gestão regulada pelo Estado X gestão ditada pelo Benefício/Custo Nas incompatibilidades e impedimentos No escrutínio do desempenho: público X privado No direito: administrativo e privado X privado Na responsabilidade: penal, civil e financeira (atos e omissões praticados) * Nos limites da atuação: justiça e equidade X normas de concorrência e ética empresarial
6 Aproxima-se do gestor privado Na busca da eficácia e da eficiência, porque ambos gerem recursos No cumprimento de preceitos éticos, embora com abordagens diferentes No respeito pelos princípios da boa governança, porque ambos procuram a eficiência * Na responsabilidade de motivação e qualificação do pessoal
7 Gestor Público X Ética Maçónica Os valores morais que fazem gradualmente parte da vida do Maçon, na busca da perfeição, preparam-no para melhor servir a Sociedade A força aglutinadora de todos os maçons na construção do Templo é a crença numa sociedade mais perfeita e justa A Justiça é um dos pilares da Sociedade, assegurando a cada um o que é seu, devendo ser aplicada com a prudência e bom senso para assegurar equidade A equidade consiste na adaptação de uma norma a um caso concreto, observando-se a igualdade, tornando qualquer norma ou lei mais justa O aperfeiçoamento permanente do Maçon pela absorção dos valores morais que se apreendem das mensagens simbólicas é decisivo para as suas responsabilidades profanas * A prática dos valores maçónicos concorrem para facilitar e ajudar a missão do GP, estando para ela especialmente preparado
8 Conclusões O GP deve apresentar um perfil não apenas objetivo (eficiente para ser competitivo), mas também subjetivo, voltado para o social, a cidadania. A gestão pública apresenta particularidades associadas ao conhecimento do direito administrativo e da gestão orçamental Acima de qualquer método e estratégia de gestão, está a ética, a prudência, a tolerância, o espírito de missão, a equidade e a descrição. Um GP eficaz não tem de ser maçom, mas este apresenta-se com as qualidades pessoais que porventura melhor ajudarão ao desempenho de cargos públicos * A maior utilidade do GP Maçon manifesta-se na vertente da conceção de políticas, garantindo-se à partida a equidade, as externalidades e o outcome das mesmas
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