Os benefícios da acupuntura na doença de Parkinson

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1 1 Os benefícios da acupuntura na doença de Parkinson Márcia Pinheiro Cidade 1 marciapcidade@yahoo.com.br Dayana Priscila Maia Mejia Pós-graduação em Acupuntura Faculdade Ávila Resumo A doença de Parkinson idiopática é uma afecção crônica e degenerativa, que acomete o sistema nervoso central. É caracterizada primariamente por tremor de repouso, rigidez, acinesia e instabilidade postural, sendo que muitos outros sinais e sintomas podem estar presentes. Dentre os distúrbios que provocam anormalidades na função dos núcleos da base, o parkinsonismo primário ou idiopático afeta aproximadamente 78% dos pacientes, sendo que a faixa etária ocorre normalmente após os 50 anos, mas a maioria dos casos é diagnosticado entre a sexta e sétima década de vida, acometendo homens e mulheres na mesma proporção. Por ser de caráter lentamente progressivo, a abordagem multidisciplinar é de grande valia, principalmente se for iniciada precocemente. Na Medicina Tradicional Chinesa, compreende que um distúrbio é consequência de uma desarmonia interna do indivíduo e sua relação com a natureza, buscando o reequilíbrio orgânico e ao ambiente. O objetivo deste trabalho é o de relatar os benefícios do uso da Acupuntura, como um método auxiliar, nos sinais e sintomas da Doença de Parkinson. Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando-se livros especializados da Medicina Ocidental e Medicina Tradicional Chinesa. Palavras-chave: Acupuntura; Doença de Parkinson; Medicina Tradicional Chinesa. 1. Introdução A doença de Parkinson idiopática é um distúrbio degenerativo, crônico e lentamente progressivo do sistema nervoso central descrito, inicialmente, por James Parkinson, em 1817 como paralisia agitante, sendo caracterizada principalmente por tremor, rigidez, acinesia e instabilidade postural, podendo ocorrer muitos outros sinais e sintomas. A doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente do sexo, raça, cor ou classe social e tende a afetar pessoas mais idosas. Na medicina ocidental, a levodopa continua sendo o padrão-ouro no tratamento da Doença de Parkinson. Contudo, os seus efeitos colaterais a longo prazo, tais como flutuações motoras e distúrbios psiquiátricos, trazem sérias dificuldades. Por outro lado, há indícios de que a metabolização da levodopa possa determinar a formação de radicais tóxicos que agravariam o processo degenerativo que leva à morte dos neurônios nigrais. Dessa forma, têm sido desenvolvidas estratégias farmacológicas para otimização do efeito da levodopa, assim como novas drogas para o tratamento da Doença de Parkinson (ANDRADE, et al., 2006, p.14) Na MTC, a doença de Parkinson aparece sob o sintoma de Convulsões e é sempre relacionada ao Vento do Fígado. Porém, o tremor é sempre devido à falta de nutrição dos meridianos e tendões pelos fluidos e pelo sangue. E devido a isso, deve-se usar pontos para eliminar o vento do fígado e pontos para nutr ir o Qi e o Xue. 1 Pós-graduando em Acupuntura

2 2 Para abordagem deste trabalho, foram analisadas várias bibliografias, onde foi possível conhecer a doença de Parkinson, mostrar a localização de alguns acupontos e relatar os benefícios da acupuntura com o uso de agulhas. Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) o indivíduo é constituído por um conjunto de energias, provenientes do céu e da terra, que fluem por todo o corpo e que devem estar em constante equilíbrio; e quando isso não ocorre, temos então a manifestação de patologias. A terapia por acupuntura visa restabelecer o fluxo da energia vital pelo organismo. Envolve a estimulação de locais anatômicos específicos, através de várias técnicas, sendo o uso de agulhas a principal delas. Com base no estudo, verificou-se que a acupuntura pode contribuir para aliviar os sintomas, melhorar a capacidade funcional e com isso proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente com doença de Parkinson. 2. Núcleos da base Os núcleos da base influenciam os movimentos dos olhos, membros e tronco, indiretamente, agindo nas vias descendentes, ao contrário do córtex motor, que tem conexão direta com os neurônios motores. Além dos déficits de movimentos, as doenças dos núcleos da base também prejudicam a capacidade intelectual, sugerindo uma importante função no aprendizado e a demência é uma das conseqüências que está presente nos pacientes em estágios avançados da doença de Parkinson (MARTIN, 1998). Segundo Crossman; Neary (2002), os distúrbios dos gânglios da base não causam paralisia ou perda sensorial, e sim um controle anormal dos movimentos, da postura e alterações do tônus muscular, podendo ocorrer, também, lentidão ao iniciar e executar os movimentos (hipocinesia, bradicinesia, acinesia) ou podem ocorrer movimentos involuntários anormais (discinesia, hipercinesia). Quando há tônus muscular aumentado, ocorre maior resistência ao estiramento passivo dos músculos durante todo o ato de estiramento, denominado de rigidez, que difere da espasticidade devido esta última estar associada à fraqueza piramidal e à hiperreflexia, que não são encontradas na síndrome extrapiramidal. Os distúrbios dos gânglios da base originam os sintomas no lado contralateral do corpo. Os gânglios da base contêm numerosos núcleos componentes que podem ser divididos em três grupos baseados nas suas conexões. Os núcleos aferentes (input) incluem o núcleo caudado, o putâmen e o núcleo acumbens e, coletivamente, são chamados de estriatum. As porções ventromediais do núcleo caudado e putâmen, junto com o núcleo acumbens, formam o estriatum ventral. Os núcleos eferentes (output) incluem o segmento interno do globo pálido, o pálido ventral e a parte reticulada da substância negra. Os núcleos intrínsecos incluem o segmento externo do globo pálido, o núcleo subtalâmico, a parte compacta da substância negra e a área tegmental ventral (MARTIN, 1998 ). 3. Substância negra A substância negra está situada entre o tegmento e a base do pedúnculo cerebral, sendo um núcleo compacto formado por neurônios que contêm inclusões de melanina. Isso faz com que esse núcleo apresente a coloração escura. Uma característica importante da maioria dos neurônios da substância negra é que eles utilizam como neurotransmissor a dopamina, ou seja, são neurônios dopaminérgicos, mas na realidade, a substância negra contém duas partes: pars compacta e pars reticulada e somente a primeira contém neurônios dopaminérgicos. As conexões da substância negra são muito complexas, mas do ponto de vista funcional, são mais importantes as conexões com o corpo estriado. Essas se fazem nos dois sentidos, através de fibras nigro-estriatais e estriato-nigrais, sendo as primeiras dopaminérgicas. Degenerações dos neurônios dopaminérgicos da substância negra causam diminuição de dopamina no corpo

3 3 estriado, provocando as graves perturbações motoras que caracterizam a chamada Síndrome de Parkinson (MACHADO, 2004). A substância negra mantém amplas conexões com os gânglios da base e a degeneração dos neurônios nigrais é a principal responsável pela lentidão dos movimentos da doença de Parkinson. (NITRINI; BACHESCHI, 2005, p. 82 ). 4. Dopamina Segundo Crossman; Neary (2002), estudos pós-morte dos cérebros de pacientes com doença de Parkinson concluem que a dopamina parece exercer influência excitatória sobre os neurônios estriados da projeção direta para o segmento medial do pálido, e efeito inibitório sobre os neurônios da via indireta, que se projetam para o segmento lateral do pálido e assim, a perda da dopamina do estriado causa diminuição anormal da atividade da via direta e desinibição dos neurônios palidais mediais. Simultaneamente, o excesso de atividade da via indireta causa inibição dos neurônios palidais laterais, desinibição do núcleo subtalâmico e atividade excitatória excessiva das células palidais mediais. Portanto, as alterações das vias direta e indireta exacerbam a atividade anormal excessiva das células eferentes palidais mediais, causando acinesia. A dopamina é formada na substância negra, sendo transmitida pelos axônios ao estriado, onde as terminações nervosas estão carregadas da mesma, sendo denominada sistema neuronal nigroestriatal dopaminérgico. Como conseqüência da degeneração seletiva dos neurônios dopaminérgicos, pode desencadear-se o predomínio de estímulos colinérgicos nessa mesma região estriatal e esse desequilíbrio originariam estímulos nervosos colinérgicos que chegariam aos núcleos do tálamo onde seguiriam duas vias: 1) ascendente, através destes núcleos eferentes talâmicos, em direção ao córtex, dando origem aos tremores ; 2) descendente, pela via retículo-espinhal, através de neurônios eferentes, e seria responsável pela rigidez (MARQUES, 2006). 5. Vias extrapiramidais Os tractos extrapiramidais da medula são: tecto-espinhal, vestíbulo-espinhal, rubro-espinhal e retículo-espinhal. Todos esses tractos terminam na medula em neurônios internunciais que se ligam aos neurônios motores da coluna anterior e assim exercem sua função motora. O tracto rubro-espinhal liga-se aos neurônios motores situados lateralmente na coluna anterior que controlam os músculos responsáveis pela motricidade da parte distal dos membros (músculos intrínsecos e extrínsecos da mão e do pé), semelhante ao tracto córtico-espinhal lateral, que também controla esses músculos. Com a evolução, o tracto rubro-espinhal reduziu-se a um número muito pequeno de fibras e os tractos vestíbulo-espinhal, retículo-espinhal e tectoespinhal ligam-se aos neurônios motores situados na parte medial da coluna anterior, controlando a musculatura axial, ou seja, do tronco, e também a musculatura proximal dos membros. Os tractos vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal são importantes para a manutenção do equilíbrio e da postura básica, sendo que o último controla também a motricidade voluntária da musculatura axial e proximal (MACHADO, 2004). Conforme Nitrini; Bacheschi (2005), as síndromes extrapiramidais caracterizam-se pelas alterações do tono muscular, dificuldade em iniciar movimentos e presença de movimentos involuntários, portanto, a doença de Parkinson pode ser classificada em síndrome oligocinética-hipertônica, cujos movimentos são realizados com muita dificuldade e lentidão. Na visão de Machado (2004), pelas vias extrapiramidais, algumas estruturas nervosas supraespinhais influenciam os neurônios motores da medula, por meio dos seguintes tractos que não passam pelas pirâmides bulbares: rubro-espinhal, tecto-espinhal, vestíbulo-espinhal e

4 4 retículo-espinhal. Verificou-se que, com exceção dos núcleos vestibulares, todas essas áreas recebem fibras do córtex cerebral, formando as vias córtico-rubro-espinhal, córtico-tectoespinhal e córtico-retículo-espinhal. 6. Doença de Parkinson A doença de Parkinson, também chamada de paralisia agitante ocorre devido à destruição difusa da porção da substância negra, que é a parte compacta, que envia fibras nervosas secretoras de dopamina para o núcleo caudado e putâmen, sendo caracterizada por rigidez de grande parte da musculatura do corpo, tremor involuntário das áreas envolvidas quando se está em repouso, e sempre com freqüência fixa de 3 a 6 ciclos/s, e também dificuldade para iniciar o movimento, chamada acinesia (GUYTON, 1993). Na visão de Porth (2004), a doença de Parkinson é um distúrbio degenerativo da função dos núcleos da base que resulta em combinações variáveis de tremor, rigidez e bradicinesia, ocorrendo, normalmente, após os 50 anos de idade, sendo que a maioria dos casos é diagnosticada entre a sexta e sétima década de vida e até 1% da população com mais de 65 anos de idade pode estar afetada pelo distúrbio. De acordo com Freitas et al (2002), a doença de Parkinson é um distúrbio neurológico de caráter progressivo, caracterizada, principalmente, pela degeneração das células da camada ventral da parte compacta da substância negra e do lócus cereleus. Por sua vez, Jacobson (2004) destaca que a doença de Parkinson afeta o sistema extrapiramidal que permite a iniciação, modulação e conclusão do movimento e inclui o corpo estriado, o globo pálido e a substância negra. Para o diagnóstico de uma doença, a medicina tradicional chinesa observa o corpo como um todo, com seus sinais e sintomas, para poder traçar um plano de tratamento. Para O Sullivan (2004), o termo parkinsonismo é usado para descrever vários distúrbios que provocam anormalidades na função dos núcleos da base, sendo que, a doença de Parkinson ou parkinsonismo primário, é a causa mais comum que afeta aproximadamente 78% dos pacientes, não tendo, portanto, uma causa definida. Por sua vez, Meneses; Teive (2003) acreditam que possa haver uma predisposição genética para a doença de Parkinson, pois cerca de 20% dos portadores têm, pelo menos, um parente de primeiro grau acometido. Por outro lado, 5 a 10% dos pacientes têm parkinsonismo familiar e história genética que sugere herança autossômica dominante, e para surgir os sinais cardinais da doença de Parkinson, deve haver uma perda neuronal, em média, acima de 60%. De acordo com Robbins (2000), os neurônios dopaminérgicos da substância negra projetamse para o striatum, e sua degeneração na doença de Parkinson está associada a uma redução do conteúdo estriatal de dopamina, portanto, a intensidade da síndrome motora depende da deficiência de dopamina, que pode ser corrigida, pelo menos em parte, pela terapia de reposição com Levodopa, que é o precursor imediato da dopamina, pois o striatum propriamente dito não é o alvo primário da doença; ao contrário da dopamina, a Levodopa é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. Contudo, o tratamento não reverte as alterações morfológicas nem evita a progressão da doença, e, conforme o tempo passa, a terapia medicamentosa torna-se menos eficaz e os sintomas se tornam mais difíceis de administrar. 7. Características clínicas 7.1. Tremor de repouso Freitas et al (2002) afirma que o tremor de repouso é o sintoma inicial reconhecido em 70% dos pacientes, sendo geralmente, assimétrico e acometendo um ou mais membros. A forma mais característica é o de movimentos rítmicos dos dedos das mãos, semelhante ao ato de contar dinheiro ou de estar rolando pílulas.

5 5 O tremor de repouso normalmente ocorre em repouso, desaparecendo com o movimento voluntário, sendo geralmente manifestado como um tremor de movimentos circulares do indicador e do polegar na mão, podendo, também, ser vistos tremores de repouso nos pés, lábios, língua e mandíbula. Pode apresentar tremor postural quando colocado na posição contra a gravidade. Durante o sono, o tremor desaparece completamente e é agravado pelo estresse emocional ou fadiga (O SULLIVAN, 2004) Rigidez Segundo Umphred (2004), na doença de Parkinson a rigidez pode ser caracterizada como cano de chumbo ou roda dentada, e esta última é a combinação da rigidez cano de chumbo com o tremor. Na rigidez há uma resistência aumentada para a realização de movimentos na sua amplitude total em ambas as direções, e injeções de procaína podem diminuir essa rigidez sem afetar a diminuição dos movimentos espontâneos, comprovando que a rigidez não é o mesmo fenômeno da bradicinesia. Portanto, segue a seguinte citação: A rigidez em roda dentada é uma resistência brusca ao movimento passivo, do tipo catraca, que se apresenta à medida que os músculos se tensionam e relaxam alternadamente. A rigidez em cano de chumbo é uma resistência constante e uniforme ao movimento passivo, sem flutuações. A rigidez é tipicamente desigual em sua distribuição (O SULLIVAN, 2004, p. 750). Para O Sullivan (2004), a rigidez é definida como resistência ao movimento passivo que não depende da velocidade, acometendo, uniformemente, os músculos dos dois lados da articulação e em movimentos nas duas direções. Está presente independentemente da tarefa, amplitude ou velocidade do movimento, afetando primeiramente os músculos proximais, especialmente os dos ombros e pescoço. A sua progressão envolve os músculos da face e dos membros inferiores e superiores até envolver todo o corpo, e a rigidez prolongada resulta em diminuição da amplitude de movimento disponível, contraturas e deformidades posturais. O movimento ativo, concentração mental ou tensão emocional podem piorar a rigidez presente Bradicinesia e acinesia O Sullivan (2004) destaca que os parkinsonianos têm problemas com o movimento voluntário, portanto, a acinesia refere-se à dificuldade para iniciar o movimento. Podem ocorrer momentos de congelamento, caracterizados por uma súbita parada ou bloqueio no movimento, sendo representada por um déficit na fase preparatória do controle de movimento, podendo ser diretamente influenciada pelo grau de rigidez, assim como pelo estágio da doença e das flutuações na ação da droga. Bradicinesia refere-se à lentidão e dificuldade para manter o movimento, apresentando normalmente uma diminuição na velocidade, alcance e amplitude, denominado hipocinesia. A rigidez e depressão também podem influenciar a bradicinesia, sendo geralmente o sintoma mais incapacitante na doença de Parkinson, levando a um aumento da dependência nas tarefas cotidianas. (O SULLIVAN, 2004) Dependendo da parte do corpo acometida, há uma série de sinais e sintomas na doença de Parkinson: fácies inexpressiva, fala hipofônica, micrografia, marcha festinante, não-balançar do membro superior ao caminhar, acúmulo de saliva na cavidade bucal, aumento do tempo para consumir as refeições, dificuldade de realizar as atividades da vida diária (FREITAS et al, 2002). Umphred (2004) afirma que a bradicinesia e a acinesia acometem o desempenho de todos os tipos de movimentos, porém, os movimentos complexos são mais envolvidos do que os

6 6 movimentos simples. Além disso, pacientes com doença de Parkinson têm maior dificuldade em realizar tarefas simultâneas ou seqüenciais, muito mais do que com tarefas simples Instabilidade postural Pode não ser notada na fase inicial, porém, com a evolução da doença, a cabeça e o tronco ficam fletidos ventralmente, os braços estão à frente do corpo, e cotovelos e joelhos flexionados acabam por configurar a postura parkinsoniana, sendo assim, as alterações dos reflexos posturais ocasionam instabilidade postural, não permitindo à pessoa idosa levantar-se ou manter-se de pé sem assistência (FREITAS et al, 2002). O Sullivan (2004) destaca que quanto mais a base de apoio se estreita ou no caso de situações em que a atenção fica dividida, há um aumento da instabilidade postural, ocorrendo, com isso, quedas freqüentes e as lesões originadas destas são resultado da perda progressiva das reações de equilíbrio. Esses pacientes respondem à instabilidade com um padrão anormal de coativação, que resulta de um corpo rígido e falta de habilidade para usar as sinergias posturais normais para recuperar o equilíbrio. As reações posturais ficam cada vez mais comprometidas, conforme a doença progride, e os fatores que contribuem para isso incluem rigidez, diminuição da produção de torque muscular, perda da amplitude de movimento disponível, especialmente nos movimentos do tronco, e fraqueza, sendo que os músculos extensores do tronco demonstram maior fraqueza que os músculos flexores, o que contribui para a aquisição de uma postura fletida e curvada, com aumento de flexão de pescoço, tronco, quadris e joelhos, resultando em uma mudança significativa no centro de gravidade (O SULLIVAN, 2004). 8. Comprometimentos indiretos e complicações 8.1. Pobreza de movimentos Há uma diminuição generalizada no número total e na excursão dos movimentos e quanto mais complexa é a tarefa, maior as dificuldades de movimentação. Os movimentos de rotação se encontram diminuídos, resultando em movimentos que são basicamente realizados em um único plano e os movimentos automáticos ou inconscientes são comprometidos ou perdidos, como exemplo disso é a perda do balanço recíproco dos braços durante a marcha (O SULLIVAN, 2004). Por sua vez, Stokes (2000) destaca que alguns movimentos coordenados complexos, como dirigir automóveis ou datilografar não são muito afetados, mesmo sendo realizados mais lentamente que o normal Fadiga Em pacientes com doença de Parkinson em estado avançado, a fadiga é um dos sintomas mais comuns relatados. O paciente tem dificuldades para manter a atividade e apresenta um aumento da fraqueza e letargia à medida que vai passando o dia. Atos motores repetitivos podem começar fortes mas diminuir em força à medida que a atividade progride. Desse modo, as primeiras palavras faladas podem ser altas e fortes, porém diminuem rapidamente com a progressão da fala. O desempenho diminui consideravelmente na presença de esforço físico intenso ou estresse mental, sendo que o descanso ou sono podem restaurar a mobilidade (O SULLIVAN, 2004) Características faciais A expressão facial é descrita como uma face em máscara, onde o piscar se torna menos frequente e há falta de expressão. O sorriso pode ser possível somente sob comando ou através de esforço voluntário (O SULLIVAN, 2004).

7 Alterações musculoesqueléticas Quanto mais crônica e generalizada a doença se torna, maior será o nível de fraqueza muscular e fadiga. Os pacientes perdem a flexibilidade, desenvolvem contraturas tanto no tecido contrátil quanto no não contrátil pela falta de movimentação de um segmento do corpo. A cifose é a deformidade mais comum, podendo ocorrer, também, escoliose devido estes pacientes se inclinarem sempre para o mesmo lado quando sentados ou andando como resultado da distribuição desigual da rigidez no tronco (O SULLIVAN, 2004) Alterações da marcha O que caracteriza a marcha na doença de Parkinson é o passo encurtado, a velocidade diminuída e a cadência aumentada, e com a progressão da doença, há sempre um aumento progressivo na velocidade e no encurtamento da largura do passo como se o indivíduo estivesse tentando alcançar o seu centro de gravidade, o que é chamado de festinação, sendo que a festinação para frente é denominada de propulsão e a festinação para trás e conhecida como retropulsão (UMPHRED, 2004). Segundo O Sullivan (2004), alguns pacientes só conseguem parar quando fazem contato com um objeto ou uma parede e os que andam na ponta dos pés, devido a contraturas em flexão plantar, apresentam uma instabilidade postural adicional devido ao estreitamento da sua base de suporte. É particularmente difícil para estes pacientes mudar de direção e normalmente é acompanhada por vários e pequenos passos Disfunção de deglutição e comunicação Para O Sullivan (2004) a disfagia é o comprometimento que acomete cerca de 50 a 95% dos pacientes, podendo levar ao sufocamento ou à pneumonia por aspiração e problemas de nutrição, com perda significativa de peso e é resultado da rigidez, redução na mobilidade e restrição na amplitude de movimento. Pacientes com doença de Parkinson apresentam problemas nas quatro fases da deglutição: de preparo bucal, oral, faríngea e esofágica, portanto, possuem controle anormal da língua e dificuldades na mastigação, formação do bolo, resposta de deglutir atrasada e peristalse. Ocorre, também, sialorréia como consequência do aumento da produção de saliva e diminuição da deglutição espontânea. A fala está comprometida em 50 a 73% dos pacientes, fazendo com que ocorra disartria hipocinética, caracterizada por redução no volume da voz, fala monótona e na mesma entonação, articulação imprecisa ou distorcida, e velocidade descontrolada da fala. Além disso, apresentam dificuldade para iniciar e manter a fala que pode ser conseqüência da rigidez e bradicinesia. Os pacientes com DP experimentam redução na mobilidade, amplitude de movimento restrita e velocidade de movimento descontrolada dos músculos responsáveis pela respiração, fonação, ressonação e articulação da voz. Nos estados mais avançados, o indivíduo pode falar suspirando ou nem falar, apresentando mutismo (O SULLIVAN, 2004) 8.7. Distúrbios visuais e sensoriomotores Segundo O Sullivan, 2004, os distúrbios visuais podem incluir o embaçamento da visão e dificuldades de leitura, que não são corrigidas com óculos e esses comprometimentos podem ser agravados pelo uso de medicamentos anticolinérgicos. Os movimentos de acompanhamento dos olhos podem ter uma qualidade brusca, tipo roda dentada; a diminuição do piscar pode ocasionar olhos avermelhados e irritados que queimam e coçam; anormalidades pupilares ocorrem devido a diminuição das respostas reflexas à luz e aos estímulos nociceptivos. O Sullivan (2004) complementa que cerca de 50% dos pacientes apresentam parestesias e dor, incluindo sensações de entorpecimento, latejamento, temperatura anormal e dor de difícil

8 8 localização comparada a uma câimbra. Apesar da causa ser desconhecida, esse desconforto pode ser devido à falta de movimento, rigidez muscular, má postura ou distensão ligamentar. Também podem experimentar extrema agitação motora e acatisia, que afeta cerca de 25% dos pacientes com doença de Parkinson Disfunção cognitiva e comportamental Para Umphred (2004), as deficiências de aprendizagem e percepção são derivadas de uma diminuição na excitação cortical do núcleo caudado, sendo da função do lóbulo frontal, e incluem uma incapacidade em dividir a atenção, em acessar rapidamente a memória em atividade e em perceber e discriminar o visuo-espacial. Os pacientes apresentam dificuldade em aprender quando a atenção seletiva é necessária ou selecionar a resposta motora correta baseada nos estímulos sensoriais. A demência acomete aproximadamente um terço dos pacientes com doença de Parkinson, sendo que em paciente mais velhos, esse risco aumenta com taxas de até 60% relatadas para indivíduos com 80 anos ou mais. Os déficits podem incluir perda das funções executivas (raciocínio, pensamento abstrato, julgamento e etc), comprometimento da memória, déficits de percepção e nas habilidades visuo-espaciais, sem demência. Pode ocorrer, também, a bradifrenia, que é um distúrbio da função intelectual caracterizada por lentidão dos processos de pensamento com falta de concentração e atenção. A depressão também é uma complicação comum, ocorrendo em 25 a 40% dos pacientes, sendo que muitos desenvolvem antes ou logo após surgir os sintomas, sugerindo uma causa endógena que pode estar relacionada com alterações de fundo no sistema serotoninérgico (O SULLIVAN, 2004) Disfunção autonômica Com a doença de Parkinson pode ocorrer perspiração excessiva, pele oleosa, salivação excessiva, anormalidades termorreguladoras como sensações desconfortáveis de calor e frio, disfunção da bexiga, impotência, pouco apetite e diminuição da motilidade gastrintestinal. Pode ocorrer constipação, pois é um problema comum para a maioria dos pacientes (O SULLIVAN, 2004).. 9. Metodologia Este estudo foi elaborado com base em revisão bibliográfica utilizando-se livros especializados da Medicina Ocidental e Medicina Tradicional Chinesa no período de junho a setembro de Pontos de acupuntura na doença de Parkinson O princípio de tratamento na doença de Parkinson é nutrir Sangue e controlar Vento e os pontos comuns na acupuntura, segundo Hecker, et al (2010) são: Para Nutrir Sangue: - B18 (Ganshu): Ponto de Assentimento do Fígado. Sua localização é a 1,5 cun lateral à borda inferior do processo espinhoso de T9. Sua ação na MTC é de regular e tonificar o Fígado e a Vesícula Biliar, nutrir o Sangue do Fígado, remover a estagnação do Qi do Fígado, acalmar o Vento interior, esfriar a Umidade-Calor no Fígado e na Vesícula Biliar, beneficiar os olhos. - B20 (Pishu): Ponto de Assentimento Posterior do Baço. Sua localização é a 1,5 cun lateral à borda do processo espinho de T11. Sua ação na MTC se dá por ser um ponto importante para todas as síndromes de Vazio do Baço, tonifica o Baço e o Estômago, nutre o Sangue, remove a Umidade, drena o Muco. B20+B21 faz a tonificação geral do Qi e do Sangue. - B17 (Geshu): Ponto de Assentimento Posterior do Diafragma. Ponto Mestre do Sangue. Sua localização é a 1,5 cun lateral à borda inferior do processo espinhoso de T7. Sua ação na

9 MTC é de nutrir e regular o Sangue, remover a estase de Sangue, esfriar o Calor do Sangue, relaxar o tórax e o diafragma, tonificar o Sangue e o Qi, harmonizar o Qi do Estômago. - BP6 (Sanyinjiao): Ponto de Reunião dos Três Meridianos Yin do Pé. Sua localização é a 3 cun acima da proeminência mais saliente do maléolo medial na borda tibial posterior, na depressão, amiúde, claramente palpável (sobretudo nas mulheres). Ocasionalmente, o ponto pode estar localizado discretamente mais ventralmente, isto é, na região tibial. Sua ação na MTC é de nutrir particularmente o Yin, tonificar o Baço e o Sangue, circular o Qi e o Sangue, eliminar a estase de Sangue e aliviar a dor no nível do Aquecedor Inferior; regular o útero e a menstruação; eliminar a estagnação no Fígado, acalmar o Yang ascendente do Fígado, tonificar o Yin do Fígado e o Sangue do Fígado, remover a umidade, sobretudo no Aquecedor Inferior, eliminar o calor do Sangue, tonificar o Rim, acalmar a Mente (Shen), especialmente no caso de Calor do Sangue e Deficiência de Yin. - E36 (Zusanli): Três Milhas do Pé. Ponto Mar Inferior do Estômago. Sua localização é com o joelho discretamente flexionado, 3 cun abaixo do ponto E35, aproximadamente ao nível da margem inferior da tuberosidade tibial, bem como cerca de 1 cun lateral à borda tibial no músculo tibial anterior. Sua ação na MTC é de fortalecer o Baço e o Estômago, tonificar o Qi e o Sangue, regular a circulação do Qi e do Sangue, fortalecer o Qi da Alimentação (Gu Qi) e o Qi Defensivo (Wei Qi), remover a Umidade, dissipar o Frio patogênico exterior, regular o Qi puro ascendente e o Qi turvo descendente, travar a inversão do fluxo de Qi, regular os Intestinos, estabilizar a Mente (Shen) e as emoções. E36+P9: deficiência de Qi. - VC4 (Guanyuan): Passagem da Energia. Ponto Mu Frontal (Ponto de Alarme) do Intestino Delgado. Sua localização é a 2 cun cranial ao ponto médio da borda superior da sínfise púbica. Sua ação na MTC é nutrir o Sangue e o Yin, aquecer o útero e o Aquecedor Inferior, revigorar o Rim, o Yang e o Qi Original (Yuan Qi), expelir a Umidade e o Frio do Aquecedor Inferior. - F3 (Taichong): Oscilação Suprema. Ponto Fonte. Sua localização é no ângulo proximal entre o 1 0 e o 2 0 metatarsos, onde as regiões do corpo e da base dos dois ossos estão mais próximas. Sua ação na MTC é de esfriar o Calor no Fígado e na Vesícula Biliar, regular o Qi do Fígado e a estase do Sangue, acalmar o Yang do Fígado, expelir o Vento do Fígado, abrir os olhos, acalmar a Mente (Shen), remover a umidade-calor do Aquecedor Inferior. Para Controlar Vento: - VB20 (Fengchi): Poça do Vento. Sua localização é em uma depressão entre as inserções do músculo esternocleidomastóideo e o músculo trapézio na margem inferior do occipício. Sua ação na MTC é eliminar Vento exterior e interior; acalmar o Yang do Fígado, esfriar o Calor e o Fogo do Fígado, relaxar músculos e tendões, remover obstruções do meridiano, clarear a mente e os olhos, aliviar os sentidos, harmonizar o Qi e o Sangue, promover a audição e a visão. - VG16 (Fengfu): Palácio do Vento. Sua localização é abaixo da protuberância occipital exterior, no mesmo nível do Ponto VB20. Sua ação na MTC quando se usa o método de sedação é expelir o Vento exterior e interior (além do VB20, o ponto mais importante para eliminar o Vento), clarear a Mente (Shen). Quando se utiliza o método de tonificação é revigorar as funções cerebrais, beneficiar a Mente (Shen). - VG 20 (Baihui): Cem Encontros. Sua localização é na linha média da cabeça, 5 cun em direção ao cabelo, a partir da linha de implantação anterior do cabelo, em uma linha que conecta os ápices das duas orelhas. Sua ação na MTC é expelir o Vento interior, clarear a mente (Shen), acalmar o Vento do Fígado e o Yang do Fígado, abrir os órgãos dos sentidos. Outros pontos utilizados: - IG4 (Hegu): União do Vale. Ponto Yuan (Ponto Fonte). Sua localização é quando o polegar é abduzido, o ponto está localizado na linha que conecta o meio do 1 0 metacarpo com o meio do 2 0 metacarpo. A agulha é introduzida cerca de 0,5 a 1 cun na direção da superfície 9

10 10 inferior da diáfise do 2 0 metacarpo. Sua ação na MTC é de expelir os fatores patogênicos exteriores, especialmente o Vento, aliviar o Exterior do corpo, eliminar o Frio, expelir o calor e o Calor do Verão, aliviar a dor, acalmar a Mente (Shen), regular o Qi do Intestino Grosso, harmonizar o Qi ascendente e o Qi descendente, dispersar o Qi do pulmão. - VB34 (Yanglingquan): Fonte da Colina. Ponto Mar Inferior da Vesícula Biliar. Ponto Mestre dos Músculos e dos Tendões. Sua localização é em uma depressão à frente e abaixo da cabeça da fíbula. Sua ação na MTC é promover o fluxo livre do Qi do Fígado (ponto mais importante), relaxar os tendões, regular o Fígado e a Vesícula Biliar, acalmar o Yang do Fígado e o Vento do Fígado, remover a Umidade-Calor, eliminar a Umidade e o Muco, remover obstruções do meridiano. - R3 (Taixi): Riacho Grande. Ponto Fonte. Sua localização é no ponto médio da linha que conecta a proeminência mais saliente do maléolo medial com o tendão do calcâneo. Sua ação na MTC é de beneficiar a Essência (Jing), os ossos e a medula óssea, dominar o Calor Vazio (no caso de Deficiência do Yin), regular o útero, estabilizar as emoções e a Mente (Shen). - R7 (Fuliu): Fluxo Recuperado. Ponto de Tonificação. Sua localização é a 2 cun acima do Ponto R3, na margem anterior do tendão do calcâneo. Sua ação na MTC se dá por ser um ponto importante para fortalecimento do Yang do Rim e para o desenvolvimento geral do Yang (tonifica e estabiliza o Yang), nutre o Yin, regula o Qi do Rim. - ID3 (Houxi): Cânion Posterior. Ponto de Tonificação. Ponto de Abertura do Vaso Governador, Du Mai. Sua localização é na borda ulnar da mão, com o punho levemente fechado, proximal e dorsal a uma prega cutânea na extremidade ulnar da prega de flexão mais distal da palma da mão. O ponto está localizado na transição entre o corpo e a cabeça do 5 0 metacarpo. Sua ação na MTC é abrir o Vaso Governador, expelir os fatores patogênicos exteriores, sobretudo Vento e Calor, eliminar o Vento Interior no Vaso Governador, remover obstruções dos meridianos e dos colaterais, relaxar músculos e tendões, clarear e acalmar a Mente (Shen). - TA5 (Waiguan): Portão Externo. Ponto Luo (Ponto de Conexão). Ponto de Abertura do Meridiano Extraordinário, Yang Wei Mai (Vaso de Ligação Yang). Sua localização é a 2 cun proximal ao Ponto TA4, entre o rádio e a ulna (discretamente ulnar ao ponto médio da prega de flexão dorsal do punho), em uma linha que conecta o Ponto TA4 com a ponta do olécrano. Sua ação na MTC se dá por ser o ponto importante para remoção de fatores patogênicos exteriores, sobretudo Vento-Calor, alivia o Exterior do corpo, esfria o Calor e remove toxinas, remove obstruções do meridiano, domina o Yang do Fígado. 11. Resultados e Discussão Para Kidson (2006), a palavra acupuntura origina-se do latim, a partir de acus (agulha) e punctura (puncionar). A acupuntura refere-se, portanto, à inserção de agulha através da pele, nos tecidos subjacentes, em diferentes profundidades e em pontos estratégicos do corpo, para produzir o efeito terapêutico desejado. A acupuntura é uma especialidade da Medicina Tradicional Chinesa, onde as agulhas são inseridas em pontos vitais, de acordo com o diagnóstico do desequilíbrio do paciente, com o objetivo de promover o fluxo de Qi (substância vital) e harmonizar as nossas energias yin/yang. Para Ding (1996), os pontos de acupuntura, amplamente conhecidos como Pontos, são os pontos estimulados através dos quais, tanto o Qi como o Xue dos sistemas Zang Fu introduzem na superfície corpórea, ao longo das vias dos Meridianos. São localizados sobre a superfície corpórea para a aplicação da Acupuntura e da Moxibustão, sendo gradualmente descobertos pelos chineses nos muitos anos de prática médica em várias patologias. Segundo Yamamura (2001) a acupuntura, o recurso terapêutico mais conhecido da Medicina Tradicional Chinesa no ocidente, é o meio pelo qual, mediante inserção de agulhas, são feitos

11 11 a introdução, a mobilização, a circulação e o desbloqueio da energia, além da retirada das energias turvas (perversas), promovendo a harmonização, o fortalecimento dos órgãos, das vísceras e do corpo. Segundo Ding (1996), o sistema de Meridianos foi descoberto pelos praticantes da medicina na China antiga. Eles consideravam os Meridianos como uma série de passagens através das quais o Qi e o Xue circulavam pelo organismo. Internamente os Meridianos mantêm os sistemas Zang Fu unidos e externamente eles vinculam-se às extremidades para integrar o organismo. Eles transportam o Qi e o Xue, distribuem a Jing (Essência), auxiliam os sistemas Zang Fu a desempenharem suas diversas funções e mantêm as atividades fisiológicas normalizadas no organismo. O Qi e o Xue são produtos das atividades funcionais dos sistemas Zang Fu, manifestando-se de matérias essenciais obtidas do alimento e do ar. Os Jing e os Luo carregam o Qi e o Xue para todas as partes do organismo, promovem o Yin e o Yang, nutrem os órgãos, os músculos, os tecidos e os ossos, além de hidratar as articulações, mantendo assim, o funcionamento normal do corpo. O consumo do Yin pode resultar na ativação do vento interior com espasmos e convulsões (DING, 1996). Para Ding (1996), o transporte do Qi e do Xue é uma função vital dos Jing e dos Luo. A condução do Qi dentro dos Jing e dos Luo não é perceptível subjetivamente sob condições físicas normais. Todavia, quando um ponto é estimulado através da punção, da aplicação da moxa ou estímulo elétrico, o paciente pode sentir uma sensação de irradiação (dor, parestesia, distensão, peso) circulando ao longo dos Meridianos em direções específicas. O Wei Qi (Qi Defensivo) circulando dentro dos Meridianos constitui a base material para a prevenção dos fatores patógenos e exógenos. Na medicina ocidental geralmente o tratamento é medicamentoso ou cirúrgico, com a administração da levodopa que estimula a produção de dopamina. Na Medicina Tradicional Chinesa, a acupuntura visa restabelecer o equilíbrio físico, mental e emocional do indivíduo, embasados nas teorias Yin e Yang, cinco elementos e Zang Fu. Segundo Yamamura (2001) os pontos de acupuntura funcionam como meio de comunicação entre o exterior e o interior do nosso corpo, com isso esses pontos estão sujeitos diretamente a influências das energias transmitindo-as para os canais de energia principais conduzindo aos Zang Fu (órgãos e vísceras) e destes para os tecidos. A inserção de agulha reduz o estresse físico estimulando a secreção de endorfinas, relaxando os sistemas cardiovascular e muscular e restaurando os equilíbrios físicos e autônomos (homeostase), o que inclui normalização das funções viscerais prejudicadas durante a agressão estressante através dos trajetos neuro-hormonais (Ma, 2006). A terapêutica por acupuntura tem como meta regular a atividade funcional do Qi e do sangue dos Jing Luo, em vista da patologia de tal meridiano ou de tal víscera, determinando o ponto a ser picado, próximo do lugar afetado ou um ponto afastado, situado no trajeto do meridiano (AUTEROCHE, 1992). As seis energias (6 Qi), em determinadas circunstâncias, podem provocar ou desencadear doenças. São eles: vento, frio, calor de verão, umidade, sequidão, calor de fogo. O princípio terapêutico entre os mais importantes na medicina chinesa classifica as síndromes de acordo com esses fatores, obtendo-se, dessa maneira, orientação para a seleção do tratamento. Segundo Auteroche (1992), as variações climáticas brutais ou anormais ou então a diminuição da capacidade de resistência do organismo, podem tornar nocivas essas 6 energias que, então, tornam-se patogênicas, agridem os corpos e produzem doenças. O Fígado tem como funções armazenar o sangue, governar a drenagem e o descongestionamento, controlar os tendões (AUTEROCHE, 1992).

12 12 Auteroche (1992) diz que o Vento está no início de numerosas doenças e que é o fator patogênico principal dos 6 excessos. O Frio, a Umidade, a Secura, o Calor agridem o organismo apoiando-se no Vento e formam as síndromes: Vento-Frio, Vento-Calor, Vento- Umidade, Vento-Secura. A tal ponto que Vento Nocivo tornou-se o termo genérico dos fatores patogênicos externos. O Xu de Sangue do Fígado gerando Vento tem como manifestações clínicas: tez pálida, lábios pálidos, visão borrada ou falha, pontos diante dos olhos, tontura, olhos secos, unhas pálidas, irritabilidade, facilmente assustado, insônia com sonhos excessivos, tinido, parestesia dos membros, tremor, espasmos ou movimentos involuntários (coreia), sacudida involuntária da cabeça, menstruações branda ou amenorreia, menstruações atrasadas, tique ou tremor de mãos e pés, possível trismo, língua pálida, pouca saburra, pulso em pena de pássaro e em Corda (MCDONALD e PENNER, 2010). O excesso de trabalho e de atividade sexual causam a deficiência do Yin do Rim, que falha em nutrir o Yin do Fígado gerando aumento do Yang do Fígado que, consequentemente, gera vento e com isso os tremores. Os alimentos que geram mucosidade (como leite, derivados e comidas com alto teor de gordura) se combinam com o fogo, principalmente se o indivíduo consumir bebidas alcoólicas. Se associados ao Vento do Fígado, já comum em idosos, ocorre o Parkinson. O estresse emocional, como a raiva, a frustração e o ressentimento causam ascensão do Yang do Fígado, que com o tempo, pode gerar Vento interno. O simples fato de existir vento interno já pode ocasionar sintomas de Parkinson. O Vento do Fígado causa rigidez dos membros superiores, tremores, tontura intensa, tinidos, dor de cabeça, entorpecimento dos membros, tiques, língua Rígida, Desviada ou móvel, pulso em Corda (MACIOCIA, 2005) Para Wen (1985), o Vento Interior é decorrente da deficiência no sangue e hiperfunção da energia de Yang do fígado; relaciona-se também com a deficiência energética de Yin dos rins. Causa tontura, paresias, tremores nos membros, fibrilações musculares, fraqueza e paralisia nas pernas. O pulso é do tipo corda, fino, fraco, porém rápido. Se há palpitação e palidez facial, há deficiência de sangue. Quando houver manifestação de muita sede e a urina for densa, as fezes ressecadas, haverá excesso de de fogo e de calor. Se houver cefaleia acentuada, rubor facial, boca amarga, insônia, língua avermelhada, pulso fino, rápido e denso, haverá excesso de Yang no fígado. Caso haja dor lombar e nos membros inferiores, sudorese noturna, sensação de calor no rosto e o pulso Tshi for fraco, é porque há deficiência de Yin nos rins. 12. Conclusão A acupuntura é uma terapêutica milenar que utiliza agulhas e outros instrumentos para liberar substâncias químicas para o organismo. Segundo a visão oriental, o Qi é a base das funções fisiológicas e psicológicas do ser humano e quando o seu fluxo normal é interrompido surgem os distúrbios físicos, mentais e emocionais, geradores de doenças. A ciência ocidental demonstrou que a acupuntura promove a liberação de neuropeptídios, endorfinas e hormônios, como o cortisol, que são os responsáveis pela sua ação analgésica, antiinflamatória e sedativa. A acupuntura ajuda a aumentar a resistência do hospedeiro. Quando há agressão externa, alguns sistemas orgânicos são prejudicados. Há uma regulação interna para oferecer resistência à doença. A acupuntura exacerba estes mecanismos para que em menos tempo o equilíbrio e a saúde sejam restabelecidos. Muitas pesquisas revelam ser possível o estímulo do hipotálamo, da hipófise e de outras glândulas que atuam na recuperação.

13 13 Os benefícios terapêuticos constatados em alguns estudos indicam uma melhora do sono, a diminuição da dose medicamentosa e nos efeitos colaterais desta. A acupuntura regula e normaliza as funções orgânicas. As diversas funções no homem são inter-relacionadas e se há algum distúrbio alterando, ocorre a manifestação de sintomas e a doença se estabelece. O estímulo pela acupuntura pode dinamizar e restabelecer os relacionamentos anteriores e apressar a recuperação. Promove também o metabolismo, que é fundamental na manutenção da vida. Em certas condições de doença, há alteração do metabolismo dos diversos órgãos, com consequente prostração e deficiência do organismo. A acupuntura permite a recuperação desse metabolismo, importante no processo de cura. Alguns estudos demonstram que a estimulação por acupuntura estimula a função cerebral, aumentando a circulação sanguínea de áreas específicas ou através de neurotransmissores. A acupuntura pode ter um efeito benéfico nas doenças com comprometimento motor, atuando através de amina endógenas. Em algumas pesquisas realizadas, alguns pacientes relataram alguma melhora subjetiva em pelo menos um dos seguintes sintomas: sono e descanso, tremor, escrita, depressão e bradicinesia. Com isso, verificou-se no presente trabalho, que a acupuntura traz benefícios no tratamento da doença de Parkinson, melhorando seus sintomas e atuando na qualidade de vida do paciente e, por ser uma doença ainda sem cura, faz-se necessário o tratamento para a vida inteira. 13. Referências ANDRADE, Luiz; BARBOSA, Egberto; CARDOSO, Francisco; TEIVE, Hélio. Doença de Parkinson: Estratégias Atuais de Tratamento. 2ª Ed. São Paulo: Segmento Farma, AUTEROCHE B; NAVAILH P. O Diagnóstico na Medicina Chinesa. São Paulo: Organização Andrei, CROSSMAN, A. R.; NEARY, D. Neuroanatomia. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, DING Li. Acupuntura, Teoria dos Meridianos e Pontos de Acupuntura, Edição Atualizada. São Paulo: Editora Roca, FREITAS, Elizabete; PY, Ligia; NERI, Anita; et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, GUYTON, Arthur C. Neurociência Básica. Anatomia e Fisiologia. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Hecker, Hans-Ulrick; Steveling, Angelika; Peuker, Elmar; Kastner, Joerg; Liebchen, Kay. Atlas Colorido de Acupuntura: Pontos Sistêmicos-Pontos Auriculares-Pontos Gatilho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Kidson, R. Acupuntura para Todos: O que Esperar dessa Técnica Milenar e Como Obter Melhores Resultados. Rio de Janeiro: Nova Época, MA, Yun-tao; Ma, Mila; Cho, Zang Hee. Acupuntura para Controle da Dor: Um Enfoque Integrado. São Paulo: Editora Roca, MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. 2ª Ed. São Paulo: Atheneu, MACIOCIA, Giovanni. Diagnóstico na Medicina Chinesa. Um Guia Geral. São Paulo: Editora Roca, MARQUES, Antônio José. Revista Brasileira de Medicina Antroposófica. Ano XXVI n 1 e 2, outonoinverno MARTIN, John. Neuroanatomina Texto e Atlas. 2ª Ed. Porto Alegre: Médicas Artes, MCDONALD, John; PENNER, Joel. Síndromes Zang Fu: Diagnóstico Diferencial e Tratamento. São Paulo: Editora Roca, MENESES, Murilo S; TEIVE, Hélio A. G. Doença de Parkinson. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

14 14 NITRINI, Ricardo; BACHESCHI, Luiz. A Neurologia que Todo Médico Deve Saber. 2ª Ed. São Paulo: Atheneu, O SULLIVAN, Susan; SCHMITZ, Thomas. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 4ª Ed. São Paulo: Manole, ROBBINS. Patologia Estrutural e Funcional. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, STOKES, Maria. Neurologia para Fisioterapeutas. 1ª Ed. São Paulo: Premier, UMPHRED, Darcy A. Reabilitação Neurológica. 4ª Ed. São Paulo: Manole, WEN, Tom Sintan. Acupuntura Clássica Chinesa. São Paulo: Cultrix, YAMAMURA, Y. Acupuntura Tradicional: A Arte de Inserir. 2 Ed. Ver E. Ampl. São Paulo: Editora Roca, 2001.

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