Avaliação da Infertilidade

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1 Avaliação da Infertilidade Dr. Eduardo Camelo de Castro Ginecologista e Obstetra Professor do Curso de Pós Graduação em Reprodução Humana da PUC-GO Experiência devastadora, comparanda ao divórcio e ao diagnóstico de doença crônica grave Connolly, 1992 Infertilidade Evento mais estressante da vida Connolly, 1992 Cohen, 2001 Mesmos níveis de depressão que no câncer, doenças cardíacas e HIV Da Costa, 2007 Eduardo 1

2 Avaliação Básica da Infertilidade Espermograma Função Ovulatória Patência Tubária Não encontra a causa em 25% dos casais Hull, 1985 Indicações: Avaliação da Infertilidade História de Fator Masculino (subfertilidade masculina diagnosticada, varicocele, infecções, criptorquidia, traumas) História de Fator Feminino (idade > 35 anos, Oligo/amenorreia, suspeita de endometriose, doença tubária ou uterina) Após 1 ano de relações regulares sem concepção ASRM, 2008 WHO, 2009 Eduardo 2

3 Causas de Infertilidade fator uterino, fator cervical, fator imunológico ESCA Causas de Infertilidade Problemas da Ovulacao (35%) Todas as glanu Eduardo 3

4 Causas de Infertilidade Obstrução das Trompas (35%) Causas de Infertilidade Endometriose (20%) Eduardo 4

5 Causas de Infertilidade Mioma Miomas Subserosos Intramurais não alteram a cavidade endometrial Intramurais alteram a cavidade endometrial Submucosos (B) Castro, 2003 Avaliação da Infertilidade Anamnese Completa: Idade Tempo de Infertilidade Ciclos Dismenorreia Dor Frequência das Relações Exame Físico geral Exame Ginecológico Exame Urológico Eduardo 5

6 Espermograma Volume: 2-6 ml ph: 7-8 Concentração: > 20 milhões/ml Duas amostras reduz falso positivo (B) Motilidade: >50% (a+b) A (progressiva, rápida e direcional) B (progressiva, lenta e não direcional) C (não progressiva) D (imóvel) Kruger: > 14% normais Vitalidade: >50% Leucócitos: <1 milhão/ml Teste com correlação bem estabelecida com obtenção de gravidez RCOG Guidelines : Grade B Recommendation 1999; ESHRE Capri workshop 2000; National Guideline Clearinghouse 2000 Avaliação da Infertilidade Ovulação (35%) Regularidade dos ciclos pressupõe ovulacao (B) Fauser, 2008 McIlveen, 2007 Ciclos regulares dispensam avaliação da ovulação (B) ACOG, 2002 RCOG, 2004 Ciclos irregulares indicam exames complementares Evers, 2002 Eduardo 6

7 Avaliação da Infertilidade Ovulação (35%) Prolactina (sintomático C) TSH (suspeito C) USG seriada (sim B) Progesterona > 10 ng/ml histologia normal Progesterona > 3 ng/ml evidência de ovulação Reserva Ovariana Indicação: mulheres > 35 anos suspeita de baixa reserva (C/D) Exames: Avaliação da Infertilidade FSH basal < 10 mui/ml (sim - B) Contagem dos Folículos Antrais > 10 (sim B) Hormônio antimulleriano > 1,84 (não - C) Castro, 2010 Eduardo 7

8 Ultrassonografia Avalia: forma do útero e anexos pólipos, miomas reserva ovariana (CFA) Teste com correlação bem estabelecida com obtenção de gravidez RCOG Guidelines : Grade B Recommendation 1999; ESHRE Capri workshop 2000; National Guideline Clearinghouse 2000 Diagnóstico da Infertilidade Monitorização da Ovulação Endométrio Crescimento folicular e ovulação fase lútea corpo lúteo e líquido em fundo de saco Eduardo 8

9 Histerossalpingografia Histerossalpingografia Afastar processo infeccioso Agendar do 7-10 dia Incompetência istmo cervical Pólipos Sinéquias Miomas Obstrução tubária Aderências pélvicas Mal-formações Teste com correlação bem estabelecida com obtenção de gravidez RCOG Guidelines : Grade B Recommendation 1999; ESHRE Capri workshop 2000; National Guideline Clearinghouse 2000 Eduardo 9

10 Videolaparoscopia Confirmação de alteracões tubárias a HSG (B) Padrão ouro no diagnostico de endometriose (A) Salpingectomia de hidrossalpinge previa as TRA (A) Histerossalpingosonografia (HSSG) Boa concordância com a HSG e laparoscopia com cromotubação (A) Ressonância Magnética Eduardo 10

11 Ressonância Magnética Histeroscopia Não aumenta as taxas de gravidez se for realizada de rotina (B) Eduardo 11

12 Associação dos Exames Eduardo 12

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