8º. Congresso Brasileiro de educação Agrícola Superior 53ª. Reunião Anual da ABEAS. Tendências de Educação e Extensão Rural no Brasil
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- Alfredo Tavares Lancastre
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1 8º. Congresso Brasileiro de educação Agrícola Superior 53ª. Reunião Anual da ABEAS Tendências de Educação e Extensão Rural no Brasil Ednaldo Michellon Professor, Pesquisador e Extensionista da Universidade Estadual de Maringá- UEM. emichellon@uem.br
2 O que é Extensão Rural? Ação de caráter educativo e transformador, baseada em metodologias de aprendizagem e ação participativa, que permite a ambos, agricultor(a) e técnico(a), refletir e atuar sobre a sua realidade. Social Econômico Ambiental Processo contínuo voltado para o desenvolvimento do agricultor(a) de forma a construir soluções mais adequadas aos problemas identificados no dia-adia.
3 O QUE É ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (ATER)? serviço de educação não formal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais (Lei de 11 de janeiro de 2010)
4 Fases da ATER no Brasil 1948 Surgimento dos serviços de ATER no país 1948 a 1962 Humanismo assistencialista ; 1963 a 1984 Difusionismo produtivista ; 1985 a 1989 Humanismo crítico ; (RODRIGUES, 1997) Década de 90 Desmonte da ATER pública; Últimos 10 anos Política Nacional de ATER e Agronegócio;
5 Fases do Ensino da Extensão Rural no Brasil Década de 1940 Fase Difusionista Inovadora; Década de 70 Fase da releitura da realidade e da crítica aos modelos; Década de 90 Fase da adequação ao novo paradigma tecnológico; (FIALHO, 1996). Últimos 10 anos Desafio da construção da Nova Política Nacional de ATER: Agricultura Familiar e Agronegócio;
6 ATER como Instrumento de Política Pública A partir de 2003 Inclusão Social ATER pública, gratuita, para a Agricultura Familiar; Segurança Alimentar e Nutricional; Preservação e Conservação do Meio Ambiente; ATER como serviço-chave na disponibilização e êxito das diferentes políticas públicas para a Agricultura Familiar.
7 Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural PNATER Decreto nº 4.739, de 13/06/2003 transferência da competência da ATER pública do MAPA, onde estava sob guarda da Embrapa, desde o fim da Embrater, para o MDA. A seguir foi criado o Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) vinculado à Secretaria de Agricultura Familiar do MDA.
8 Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural PNATER PNATER em 2004 Orientou a prestação dos serviços de ATER no país; Esta experiência tinha como proposta a transição agroecológica uma crítica aos preceitos e instrumentos da revolução verde e a afirmação do projeto político: a extensão rural agroecológica.
9 Sistema Nacional de ATER Org. AF Empresas Estatais Cooper. de Técnicos Redes e Consórcios Sistema Nacional Descentralizado de Ater Ong s CFR EFA Estabel. Ensino Agriultores De Referência Não estatais vinculadas ao setor publico
10 PNATER MDA Gestão e Coordenação CONDRAF SAF Forum Gestor Comitê de Ater CONSELHOS ESTADUAIS DATER Conselhos Municipais
11 Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural PNATER Lei em janeiro de 2010; - Institucionalização da PNATER (Princípios e Objetivos); - Institucionalização do PRONATER; - Define o público mais ações do PRONAF; - Estabelece nova forma de contratação dos serviços de ATER;
12 Nova Ater Exige um Novo Profissionalismo ELEMENTOS PARA O EXTENSIONISTA DA NOVA ATER Aspectos importantes para uma ação educativa, comprometida com o desenvolvimento rural sustentável e a serviço dos beneficiários.
13 Nova Ater Exige um Novo Profissionalismo Habilidades para planejamento participativo Postura participativa Visão holística e sistêmica Capacidade de análise e síntese
14 Nova Ater Exige um Novo Profissionalismo Capacidade de liderança Animador Articulador Conciliador Habilidade para incentivar contribuir tecnicamente e apoiar a construção de novos conhecimentos
15 ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS Diagnóstico e planejamento participativos Produção de alimentos com qualidade Desenvolvimento de mercados Apoiar atividades não agrícolas
16 ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS Geração de renda e novas ocupações Incentivo agregação de renda Enfoque e ação em cadeias produtivas Proteção ambiental Atuação em redes Apoio Conselhos Capacitação agricultores(as)
17 AÇÕES RECENTES Realização do I e II Seminário Nacional de Ensino em Extensão Rural, ocorridos em Itamaracá (2008) e Santa Maria (2010), financiados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário; Criação do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL As diretrizes desses SEMINÁRIOS, representam, neste momento, elementos-chave para o aprimoramento da formação profissional dos estudantes e técnicos que já atuam na área.
18 AÇÕES RECENTES I CONFERÊNCIA NACIONAL DE ASSITÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL I CNATER (Brasília DF, 23 a 26 de abril de 2012); MOÇÃO do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL.
19 MOÇÃO do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL NA I CNATER 1. Garantir que a disciplina Extensão Rural esteja presente como obrigatória nas matrizes curriculares dos cursos, como forma de inserir os estudantes no contexto da agricultura familiar e camponesa e da pesca artesanal; 2. O ensino da Extensão Rural deve considerar a complexidade existente no meio rural, expressa em diferentes cosmologias, agroecossistemas, sistemas de conhecimento e nas relações de gênero, geração e etnia;
20 MOÇÃO do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL NA I CNATER 3. A disciplina Extensão Rural deve promover reflexões e debates que considerem o papel político-pedagógico da Extensão Rural e Extensão Pesqueira na formação profissional; 4. Estabelecer mecanismos que possibilitem aos estudantes vivenciar a realidade rural e pesqueira por meio de estágios, residência agrária, experiências em pedagogia da alternância, entre outros;
21 MOÇÃO do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL NA I CNATER 5. Envidar esforços para criar um grupo de trabalho interministerial, com a participação do Fórum Nacional de Ensino em Extensão Rural, dialogando com os princípios da educação popular, da educação do campo e da pedagogia da alternância;
22 MOÇÃO do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL NA I CNATER 6. A formação dos profissionais de ATER deverá considerar os princípios e diretrizes construídos nos dois seminários realizados pelo Fórum sobre o ensino da Extensão Rural e Extensão Pesqueira no Brasil, a partir das seguintes dimensões: a) o diálogo de saberes como ponto de partida de experiências inovadoras no ensino de Extensão Rural; e, b) a multi, inter, transdisciplinaridade e a complexidade como pressupostos da organização curricular;
23 MOÇÃO do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL NA I CNATER 7. Fomentar a criação de cursos em todos os níveis (extensão, aperfeiçoamento, graduação, pósgraduação) que possam contribuir para a formação continuada dos agentes de ATER; 8. Garantir no Plano Plurianual (PPA), recursos para apoiar o lançamento de editais específicos à realização de pesquisas, em especial a pesquisa participante, sistematização e divulgação das experiências de ensino e de práticas inovadoras de Extensão Rural e Extensão Pesqueira;
24 MOÇÃO do FÓRUM NACIONAL DE ENSINO EM EXTENSÃO RURAL NA I CNATER 9. Garantir a presença de pelo menos um professor de ensino em Extensão Rural por Estado como delegado nas próximas Conferências Nacionais de Assistência Técnica e Extensão Rural.
25 NOVIDADE: Criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) Foi aprovado no dia 01/10/13, na Câmara dos Deputados, Projeto de Lei de 2013, enviado pela Presidente em junho/13, que autoriza o Poder Executivo a criar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). A votação ocorreu no Plenário da Câmara e o tema, agora, será enviado ao Senado para ser votado em prazo regimental de urgência constitucional. O passo seguinte será a sanção presidencial, caso não haja alteração no projeto.
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32 Reflexões Finais
33 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL SOCIAL AMBIENTAL ECONÔMICO
34 MAS, ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE Teocentrismo Antropocentrismo Moneycentrismo (MICHELLON, 2006)
35 Eco Fóruns Mundiais Estocolmo 1972 Alerta para o Mundo. Rio de Janeiro 1992 Rio 92/Eco 92: Conceito de ECODESENVOLVIMENTO. África do Sul 2002 Rio + 10: Ir além do Discurso. Rio : Conceito de Economia Verde. Tudo virou Sustentabilidade ou estamos indo para o Moneycentrismo?
36 TERRITÓRIO QUESTÃO SOCIAL QUESTÃO ECOLÓGICA PROPOSTA INTEGRADA ECOSSISTEMA GESTÃO ECONÔMICA
37 ORQUESTRAÇÃO DOS INTERESSES PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
38 Muito obrigado pela atenção
39 Referências Bibliográficas DIAS, M. M.. As mudanças de direcionamento da Politica Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural face ao difusionismo. Oikos, Viçosa, v.18, n.2, p.11-21, FIALHO, J. R. D. A historicidade da disciplina de Extensão Rural. Revista de Extensão Rural, Santa Maria, n.3, p.15-22, MICHELLON, E. O dinheiro e a natureza humana: como chegamos ao moneycentrismo? Rio de Janeiro: MK Editora, MICHELLON, E. Políticas públicas, mercado de terras e o meio ambiente: uma análise a partir do Paraná. Tese (Doutorado) Instituto de Economia, UNICAMP, Campinas, 2002 RODRIGUES, C. M. Conceito de seletividade de políticas públicas e sua aplicação no contexto da política de extensão rural no Brasil. Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v.14, n.1, p , 1997.
TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional.
TERMO DE REFERÊNCIA Denominação: Consultor(a) especializado(a) para atuação na área de suporte técnico e avaliação das políticas de fortalecimento da agricultura familiar, com enfoque nos princípios da
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