Receita Federal Analista

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1 NISTRATIVOS 1. Conceito São os instrumentos que a ordem jurídica disponibiliza para a Administração Pública alcançar suas finalidades. Extrai-se da lição do mestre Hely Lopes Meirelles que tais poderes são verdadeiros instrumentos de trabalho, adequados à realização das tarefas administrativas 1. Na obra em questão, o festejado autor apresenta exemplo em que as espécies de poderes administrativos são indicadas, auxiliando em muito no entendimento do conceito: Tal o que ocorre, p. ex., com o ato de polícia administrativa, que é normalmente precedido de uma regulamentação do Executivo (poder regulamentar), em que a autoridade escalona e distribui as funções dos agentes fiscalizadores (poder hierárquico), concedendolhes atribuições vinculadas (poder vinculado) ou discricionárias (poder discricionário), para a imposição de sanções aos infratores (poder de polícia). 2 Nesse sentido, um fiscal da Vigilância Sanitária vale-se do poder de polícia ao interditar um estabelecimento comercial que não possui alvará para funcionamento. Da mesma forma, utiliza-se do poder disciplinar o superior hierárquico que aplica uma punição de advertência ao seu subordinado. 2. Espécies Poder regulamentar (ou normativo) Poder hierárquico Poder disciplinar Poder discricionário Poder vinculado Poder de polícia 2.1. Poder regulamentar Também denominado de poder normativo. É o instrumento disponibilizado à Administração Pública para explicar o conteúdo das leis viabilizando a sua correta aplicação. José dos Santos Carvalho Filho refere-se a poder regulamentar como a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar as lei e permitir a sua efetiva aplicação 3. As leis que trazem em seu bojo recomendação para serem regulamentadas somente serão exeqüíveis após a edição do ato normativo regulamentador. Este funcionará como condição suspensiva da norma legal, cujos efeitos 1 MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, p ficarão pendentes até que a Administração Pública expeça o ato. Os atos utilizados pela Administração Pública para exercer seu poder regulamentar são semelhantes à lei relativamente às características generalidade e abstração, porém dela se diferem no que concerne à originariedade, pois a atividade legislativa inova na ordem jurídica, criando direitos e obrigações, ao passo que o poder regulamentar limita-se a explicitar ou complementar as leis. Enquanto as leis são atos normativos originários (primários) 4 os atos decorrentes do poder hierárquico são atos normativos derivados (secundários). Neste sentido é o magistério de Maria Sylvia Di Pietro 5 citando lição de Miguel Reale: Segundo a lição de Miguel Reale, podem-se dividir os atos normativos em originários e derivados. Originários se dizem os emanados de um órgão estatal em virtude de competência própria, outorgada imediata e diretamente pela Constituição, para edição de regras instituidoras de direito novo ; compreende os atos emanados do Legislativo. Já os atos normativos derivados têm por objetivo a explicitação de um conteúdo normativo preexistente, visando à sua execução no plano da praxis ; o ato normativo derivado, por excelência, é o regulamento 6. De acordo com a doutrina administrativista, existem dois tipos de decretos (regulamentos): decreto executivo ou decreto autônomo (independente). O decreto executivo não pode inovar na ordem jurídica, estando sua utilização limitada ao estabelecimento de normas para a fiel execução das leis, conforme disposto no art. 84, IV, da CF. Por tal razão, o poder regulamentar deve ser exercido em sintonia com a lei (secundum legem), não podendo contrariá-la (contra legem 7 ). 4 É interessante destacar que existem atos expedidos pela Administração Pública que, conforme as leis, são autônomos e de natureza primária, mas não se enquadram como instrumentos do poder regulamentar, pois decorrem diretamente da Constituição, não havendo entre eles e a Carta Magna nenhum ato de natureza legislativa. Exemplos: art. 103 B e 130 A, 2º, I, ambos da CF, que se referem, respectivamente, ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público. 5 DI PIETRO, Maria Sylvia.. 20ª ed. São Paulo: Atlas, p Em que pese haver diferenças entre decreto e regulamento, a idéia que se extrai do texto é de que o autor ao fazer referência a regulamento trata de decreto, pois este é o ato normativo derivado por excelência. Alguns autores se referem a regulamento como o conteúdo que é veiculado pelos decretos e regulamentos. 2 MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, p Um ato regulamentar contra legem está eivado de ilegalidade, uma vez que divergiu do conteúdo da lei que deveria ser regulamentada. Neste caso, o próprio órgão emissor do ato pode exercer seu poder de autotutela e anular o ato normativo viciado. Além disto, é possível o controle judicial através de 3 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, p. 47. provocação do Poder Judiciário. Ainda quanto ao controle que Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

2 Diferentemente, o decreto autônomo é inovador, pois seu papel não é explicitar o conteúdo das leis, mas sim servir como instrumento para criação do Direito. Alguns países adotam estes dois decretos, o que não ocorre no Brasil desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, apesar de existir forte corrente doutrinária sustentando que a emenda constitucional nº 32, ao alterar a redação do art. 84, VI, da CF, restabeleceu no Brasil os decretos autônomos, uma vez que possibilitou ao Chefe do Poder Executivo, através de decreto, dispor sobre: - organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; - extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Assim sendo, para os adeptos dessa teoria, com a EC 32/01 houve o restabelecimento 8 dos decretos autônomos no Brasil, é certo que de forma limitada às hipóteses do art. 84, VI, da Constituição Federal. Na realidade, aparenta ser a melhor posição a que defende que a inexistência de decretos e regulamentos autônomos no Brasil, mesmo após a EC 32/01, pois referidos atos normativos, para caracterizarem como tal, devem ser instrumentos de criação de direitos e obrigações. Definitivamente, com o respeito dos que pensam de forma diferente, a figura do decreto autônomo não encontra guarida no ordenamento jurídico pátrio, por resistência imposta pelo princípio constitucional da reserva legal (art. 5º, II, da CF). Neste sentido, Celso Antônio Bandeira de Mello 9 assim se manifesta: Advirta-se que vem se disseminando entre diversas pessoas inclusive entre estudiosos ilustres o equívoco de imaginar que o art. 84, VI, da Constituição do País introduziu em nosso Direito os chamados regulamentos independentes ou autônomos encontradiços no Direito europeu. Pedimos vênia para expressar que, a nosso ver, este entendimento não é minimamente exato. Cabe ainda destacar que, além dos decretos e regulamentos, são também meios de expressão do poder regulamentar os regimentos, deliberações, resoluções e instruções normativas, que são utilizadas por autoridades que não o Chefe do Executivo. sofrem os atos normativos, deve ser citado o art. 49, V, da CF, que prevê a Competência exclusiva do Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. José dos Santos Carvalho Filho 10 faz referência a um sistema de hierarquia entre os atos normativos regulamentares, considerando os decretos e regulamentos como atos de regulamentação de primeiro grau. Os que se seguem, regulamentando-os com maior detalhamento, são atos de regulamentação de segundo grau, como as instruções expedidas pelos Ministros de Estados, e assim por diante. Destaca o respeitado autor que em determinadas situações haverá atos, que não decretos e regulamentos, que exercem por determinação legal a mesma função que estes, sendo nestes casos considerados atos de regulamentação de primeiro grau. Cita como exemplo o art. 61 da Lei 9.096/95 que dispondo sobre partidos políticos, preceitua que o TSE expedirá instruções para fiel execução desta lei. Neste caso, as instruções desempenharão papel idêntico ao dos decretos e regulamentos, demonstrando que para classificação por ele proposta o importante não é o nome que se atribui ao ato normativo, mas sim sua natureza. Com efeito, matéria que não pode deixar de ser abordada é a que o Direito americano denomina de delegação com parâmetros. Está ligada à regulação de matérias de alta complexidade técnica, cujo domínio não está ao alcance do Poder Legislativo. Por tal motivo, referido órgão delega para o órgão ou pessoa administrativa competentes a tarefa de criar normas técnicas não contidas na lei. É o que parte da doutrina denomina de poder regulador, usualmente exercido pelas agências reguladoras, tais como ANATEL (Agência nacional de Telecomunicações), ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e etc Poder hierárquico Alguns autores preferem falar em poderes decorrentes da hierarquia. Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal 11. A organização administrativa tem como pressupostos a distribuição de competências (distribuição de atribuições entre os diversos órgãos, cargos e funções que compõem a Administração Pública) e a hierarquia (relação de coordenação e subordinação existente entre os órgãos/agentes administrativos). As matérias relacionadas à organização administrativa são de competência, não exclusiva, do Chefe do Executivo. Se não implicar em aumento de despesas ou criação/extinção de órgãos públicos, o Chefe do 8 A Constituição Federal de 1967, em seu art. 81, V, permitia que o Chefe do Executivo, através de decretos autônomos, dispusesse sobre estruturação, atribuições e funcionamento dos órgãos da administração federal. 10 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª 9 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito ed. São Paulo: Malheiros, p Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, p Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

3 Executivo poderá tratar do assunto mediante decreto (art. 84, VI, da CF); caso contrário, o Chefe do Executivo terá competência para apresentação do projeto de lei, que será apreciado pelo Poder Legislativo (art. 61, 1º, II, CF). A propósito, decorrem do poder hierárquico os seguintes poderes para a Administração Pública: - edição de atos normativos com efeitos apenas internos disciplinando a atuação dos órgãos subordinados. Estes atos não se confundem com os regulamentos, pois não obrigam estranhos à Administração Pública; - dar ordens aos subordinados; - poder de fiscalização das atividades desempenhadas pelos órgãos e agentes subordinados; - exercício da autotutela (poder de revisão), de ofício ou mediante provocação, através do controle dos atos praticados pelos órgãos inferiores, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes e/ou inoportunos. - aplicação de sanções nos casos de infrações funcionais (disciplinares); - poder de dirimir controvérsias de competência, solucionando os conflitos existentes entre os órgãos; - avocação de competências atribuída a órgão hierarquicamente inferior, desde que não seja exclusiva; - delegação de competências privativas. Maria Sylvia Di Pietro 12 faz interessante comentário ao relacionar organização administrativa com relação hierárquica: Há de se observar que a relação hierárquica é acessória da organização administrativa. Pode haver distribuição de competências dentro da organização administrativa, excluindo-se a relação hierárquica com relação a determinadas atividades. É o que acontece, por exemplo, nos órgãos consultivos que, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, por exemplo, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. Trata-se de determinadas atividades que, por sua própria natureza, são incompatíveis com uma determinação de comportamento por parte do superior hierárquico. Outras vezes, acontece o mesmo porque a própria lei atribui uma competência, com exclusividade, a determinados órgãos administrativos, em especial, os colegiados, excluindo, também, a interferência de órgãos superiores. - em sentido técnico-político como princípio (princípio da hierarquia), um critério de organização administrativa, através do qual um órgão se situa em plano superior em relação a outros, que, por sua vez, se situam também em posição de superioridade em relação a outros, e assim sucessivamente, formando-se uma pirâmide em cujo ápice está o Chefe do Poder Executivo; - em sentido jurídico como ordenamento hierárquico, implicando na distribuição de competências aos diversos órgãos que compõem à Administração Pública; - também em sentido jurídico como relação de coordenação e subordinação entre os titulares de órgãos públicos hierarquicamente ordenados, implicando um poder de dar ordens e o correlato dever de obediência. Celso Antônio Bandeira de Mello 14 destaca que os poderes do hierarca conferem-lhe uma contínua e permanente autoridade sobre toda a atividade administrativa dos subordinados. Não se deve confundir subordinação administrativa, que decorre do poder hierárquico, com vinculação administrativa. Esta não está associada ao poder hierárquico e é resultante da supervisão ministerial desempenhada pela Administração Direta sobre os atos praticados pelas pessoas administrativas integrantes da Administração Indireta. Tome-se como exemplo a supervisão desempenhada pelo Ministério da Educação (órgão da União) sobre as Universidades de ensino constituídas sob a forma de autarquias ou fundações (ambas entidades da Administração Indireta). Enquanto a subordinação está ligada à desconcentração administrativa (distribuição de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica) a vinculação está associada à descentralização administrativa 15 (distribuição de competências entre pessoas diversas). Por fim, é imperioso destacar que não há hierarquia entre os Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário), da mesma forma que não há hierarquia nos Poderes Legislativo e Judiciário quando exercem suas funções típicas (funções próprias, respectivamente, legislar e julgar conflitos com definitividade). A hierarquia é inerente à Administração Pública, podendo se fazer presente nos citados Poderes quando seus agentes estejam no exercício de função administrativa (exercendo, portanto, função atípica 16 ). 14 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, p Com efeito, a citada autora 13, valendo-se das lições de 15 Na descentralização administrativa, diferentemente do que Renato Alessi, expõe que a expressão hierarquia pode ocorre na desconcentração, não há hierarquia entre os ser utilizada em três sentidos diferentes: envolvidos. Ocorre descentralização entre a Administração Direta e as pessoas administrativas integrantes da Administração Indireta (por exemplo, autarquias) e as delegatárias de serviços públicos (concessionárias e permissionárias). 12 DI PIETRO, Maria Sylvia.. 20ª ed. São Paulo: Atlas, p Ocorrerá quando, por exemplo, o TRF da 1ª Região órgão do Poder Judiciário promover concurso público, o que 13 DI PIETRO, Maria Sylvia.. 20ª ed. São constitui função administrativa; da mesma forma, se o Senado Paulo: Atlas, p. 84. Federal órgão do Poder Legislativo, organizar licitação para Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

4 Cabe destacar que no Poder Judiciário prevalece o princípio do livre convencimento do juiz, com base no qual o magistrado atua com independência, sem subordinação jurídica aos tribunais superiores. Contudo, com a edição das súmulas vinculantes, inseridas no ordenamento jurídico pela EC nº 45/04, tal princípio sofreu um abrandamento (mitigação) 17, uma vez que referidas súmulas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal vinculam os demais órgãos do Poder Judiciário, que deverão julgar obedecendo aos seus enunciados. Eis o teor do art. 103-A da CF: O Supremo Tribunal Federal, poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei Poder disciplinar Através do poder disciplinar a Administração Pública apura infrações e aplica as penalidades cabíveis aos servidores públicos e demais pessoas que estejam sob a disciplina administrativa. A disciplina funcional resulta do sistema hierárquico 18. Na lição de Hely Lopes Meirelles 19, poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Com efeito, a punição penal difere da punição administrativa. Nos dizeres de José dos Santos Carvalho Filho 20, o Direito Penal deriva do poder punitivo geral atribuído ao Estado na sua relação com os indivíduos em geral, ainda que no exercício de função pública. Já o Direito punitivo funcional se enquadra dentro do Direito Administrativo, e emana da relação entre a Administração Pública e os seus servidores, exatamente para preservar a disciplina que deve reinar na organização administrativa. Contudo, é imperioso destacar que as punições administrativas e penais podem ser aplicadas concomitantemente, desde que o ilícito praticado aquisição de computadores. Nos dois exemplos há exercício de função atípica. 17 Maria Sylvia Di Pietro faz referência à criação de hierarquia parcial entre o STF e os demais órgãos do Judiciário. 18 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p. 60. configure tanto infração disciplinar como penal. Neste caso haverá aplicação conjunta de duas penalidades sem que ocorra bis in idem. Merece atenção a constatação de que toda infração criminal funcional corresponde a uma infração disciplinar, não sendo o contrário verdadeiro, pois nem toda infração disciplinar equivale a uma infração criminal. Doutrina de renome sustenta que o poder disciplinar é discricionário, uma vez que os estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como ocorre no Direito Penal. Maria Sylvia Di Pietro sustentando esta posição cita o art. 128 da Lei 8.122/90, cujo conteúdo é o seguinte: na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Contudo, não se pode ignorar que a própria Lei 8.112/90 contém passagens que dando ensejo à autuação vinculada do agente público, como ocorre, por exemplo, no art. 132, que lista os casos que justificam a aplicação da demissão. Configurada qualquer uma das hipóteses, a autoridade obrigatoriamente deverá punir o servidor com a pena de demissão, não lhe facultando a norma a aplicação de outra penalidade. Casos como estes são típicos exemplos de vinculação. Na realidade, se for adotada como base a Lei 8.112/90, a discricionariedade na aplicação das sanções será exceção, pois na inquestionável maioria das situações nela previstas a punição decorre do exercício do poder vinculado. Como exemplo de discricionariedade pode-se citar a aplicação da suspensão, em que a autoridade administrativa valerá de critérios discricionários para fixar o número de dias em que o servidor punido ficará suspenso. Por fim, deve ser destacado que para aplicação da pena são imprescindíveis prévio processo administrativo e motivação do ato punitivo Poder discricionário Acerca deste poder, José dos Santos Carvalho Filho assim se pronunciou: é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público 21. Enquanto conveniência indica em que condições o agente vai agir, a oportunidade relaciona-se com o momento em que a atividade será desempenhada. Poder discricionário é o que dispõe os agentes públicos para praticar atos com liberdade na escolha de sua oportunidade e conveniência, ou seja, é o poder de praticar atos discricionários. 19 MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são ed. São Paulo: Malheiros, p importantes instrumentos de controle do exercício do poder discricionário da Administração Pública. 20 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

5 2.5. Poder vinculado Também denominado de poder regrado, é o que dispõe os agentes públicos para praticar atos em que a liberdade para atuação é mínima ou inexistente, ou seja, é o poder utilizado para a prática de atos vinculados. No exercício do poder vinculado, o agente público fica inteiramente preso ao enunciado da lei, em todas as suas especificações 22. O poder vinculado ou regrado da Administração Pública, na sua maior incidência, conquanto não seja incompatível contrapõe-se ao exercício do poder discricionário. Questionando a expressão poder vinculado, José dos Santos Carvalho Filho 23 faz interessante comentário: Doutrina autorizada inclui, entre os poderes administrativos, o denominado poder vinculado, situandoo em antagonismo com o poder discricionário. Com a devida vênia, porém, pensamos não se tratar propriamente de poder outorgado ao administrador; na verdade, através dele na se lhe confere qualquer prerrogativa de direito público. Ao contrário, a atuação vinculada reflete uma imposição ao administrador, obrigando-o a conduzir-se rigorosamente em conformidade com os parâmetros legais. Por conseguinte, esse tipo de atuação mais se caracteriza como restrição e seu sentido está bem distante do que sinaliza o verdadeiro poder administrativo. Diversamente ocorre com o poder discricionário: neste, o administrador tem a prerrogativa de decidir qual a conduta mais adequada à satisfação do interesse público Poder de polícia É a atividade desempenhada pelo Estado cujo objetivo é limitar direitos individuais, restringindo-os ou condicionando-os, em benefício do interesse público. É o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual 24. Importante destacar que esta prerrogativa do Poder Público de limitar direitos individuais deve ser prevista em lei, por conta do princípio da legalidade. A razão do poder de polícia é o interesse social e seu fundamento é a supremacia do interesse público sobre o interesse privado. No direito brasileiro o conceito de poder de polícia foi positivado no art. 78 do Código Tributário Nacional: Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Nos termos do art do Código Tributário Nacional, o exercício do poder de polícia constitui fato gerador da espécie tributária taxa. Maria Sylvia Di Pietro 26 leciona que o poder de polícia reparte-se entre Legislativo e Executivo 27 : Tomando-se como pressuposto o princípio da legalidade, que impede que à Administração impor obrigações ou proibições senão em virtude de lei, é evidente que, quando se diz que o poder de polícia é a faculdade de limitar o exercício de direitos individuais, está-se pressupondo que essa limitação seja prevista em lei. O Poder Legislativo, no exercício do poder de polícia que incumbe ao Estado, cria, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas. A Administração Pública, no exercício da parcela que lhe é outorgada do mesmo poder, regulamenta as leis e controla a sua aplicação, preventivamente (por meio de ordens, notificações, licenças ou autorizações) ou repressivamente (mediante imposição de medidas coercitivas). Com efeito, quanto à competência para o exercício do poder de polícia, pode-se dizer que pertencerá, em princípio, à pessoa federativa à qual a Constituição Federal 28, baseando-se no princípio da predominância do interesse, conferiu o poder de regular o assunto. Assim, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a regulamentação e policiamento da União; os de interesse regional sujeitam-se às normas e à polícia estadual, e os 25 As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 26 DI PIETRO, Maria Sylvia.. 20ª ed. São Paulo: Atlas, p MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, p CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, p Celso Antônio Bandeira de Mello atribui ao poder de polícia sentido amplo ao abranger atos do Legislativo e do Executivo; e reserva o conceito restrito aos atos praticados apenas pelo Poder Executivo. 28 A título de exemplos, ver arts. 21, 22, 23, 24, 25, 30 e 241 (gestão associada) da Constituição Federal. Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

6 de interesse local sujeitam-se aos regulamentos edilícios e ao policiamento administrativo municipal Polícia administrativa x polícia judiciária O poder de polícia incide sobre duas áreas de atuação do Estado: administrativa e judiciária. Daí as expressões polícia administrativa e polícia judiciária. Buscando uma distinção entre as duas polícias, sustentam alguns doutrinadores que a polícia administrativa age preventivamente, enquanto a polícia judiciária repressivamente. Contudo, este critério não é absoluto, pois tanto a atividade preventiva como a repressiva podem ser desempenhadas por ambas as polícias. Critério mais exato consiste em atribuir à polícia administrativa a tarefa de atuar na área de ilícitos exclusivamente administrativos, e à polícia judiciária a área dos ilícitos penais. Enquanto a polícia administrativa atua sobre bens, direitos e atividades, e é regida pelo, a polícia judiciária atua sobre pessoas e rege-se pelo Direito Processual Penal Outra diferença é apontada por Maria Sylvia Di Pietro 30 : a polícia judiciária é privativa de corporações especializadas (polícia civil e militar), enquanto a polícia administrativa se reparte entre diversos órgãos da Administração, incluindo, além da própria polícia militar, os vários órgãos de fiscalização aos quais a lei atribua esse mister, como os que atuam nas áreas de saúde, educação, trabalho, previdência e assistência social. Hely Lopes Meirelles 31 propõe uma divisão da polícia administrativa em geral e especial: Modernamente se tem distinguido polícia administrativa geral e polícia administrativa especial, sendo aquela a que cuida genericamente da segurança, da salubridade e da moralidade públicas, e esta setores específicos da atividade humana que afetem bens de interesse coletivo, tais como a construção, a indústria de alimentos, o comércio de medicamentos, o uso das águas, a exploração de florestas e das minas, para os quais há restrições próprias e regime jurídico peculiar. 4. Formas de atuação do poder de polícia em sentido amplo Abrangendo as atividades dos Poderes Legislativo e Judiciário, o Estado vale-se dos seguintes meios para exercer seu poder de polícia: 29 MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, p DI PIETRO, Maria Sylvia.. 20ª ed. São Paulo: Atlas, p MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, p atos normativos: o Estado impõe limitações administrativas aos direitos individuais através das leis, e regula a aplicação destas leis através dos decretos, regulamentos, portarias, instruções, resoluções e etc.. Significa que tantos os atos normativos primários como os secundários constituem meios de atuação do poder de polícia. - atos administrativos e fatos administrativos (operações materiais): ambos têm como propósito aplicar os comandos das leis aos casos concretos, seja através de medidas preventivas, como fiscalizações, autorizações e licenças, ou de medidas repressivas, como apreensão de mercadorias e interdições de estabelecimentos comerciais. 5. Sanções de polícia O exercício do poder de polícia seria ineficaz se não fosse aparelhado de sanções para os casos de desobediência. O ordenamento jurídico pátrio exige que referidas sanções sejam aplicadas em consonância com os princípios da legalidade e proporcionalidade, exigindose que a sanção seja previamente prevista em lei e que seja proporcional à infração cometida ou ao dano causado à coletividade. Hely Lopes Meirelles 32 lista diversos exemplos de sanções de polícia: interdição de atividade, fechamento de estabelecimento, demolição de construção, embargo administrativo de obra, destruição de objetos, inutilização de gêneros, proibição de fabricação ou comércio de certos produtos e vedação de localização de indústrias ou de comércio em determinadas zonas. Por fim, cabe destacar que a Lei Complementar 123/06 previu um tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte no que concerne ao exercício do poder de polícia sobre os aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança. Além disto, referida norma preceitua que a fiscalização destas empresas deverá ter natureza prioritariamente orientadora (em regra, dupla visita para lavratura de auto de infração), quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com este procedimento. 6. Delegação do poder de polícia Quando o ente federativo (administração direta) exerce o seu poder de polícia, editando leis e atos administrativos, diz-se que há exercício de poder de polícia originário. Quando pessoas administrativas integrantes da administração indireta exercem poder de polícia que lhes foi delegado pela administração direta resta caracterizado exercício de poder de polícia delegado. 32 MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, p Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

7 Sobre a delegação do poder de polícia, José dos Santos Carvalho Filho 33 indica três requisitos para sua ocorrência: 1º) a pessoa jurídica deve integrar a estrutura da Administração Indireta; 2º) a competência delegada deve ter sido conferida por lei; 3º) o poder de polícia há de restringir-se à prática de atos de natureza fiscalizatória, partindo-se, pois, da premissa de que as restrições preexistem e de que se cuida de função executória e não inovadora. Tem-se admitido nos casos de exercício do poder de polícia fiscalizatório a atribuição a pessoas privadas, por meio de contratos, da exclusiva tarefa de operacionalizar equipamentos para constatação de fatos, como ocorre com os radares nas rodovias e nos equipamentos de triagens colocados em aeroportos para identificação de objetos ilícitos. Nestas situações não há delegação de poder de polícia, mas apenas atribuição ao particular da tarefa de constatar os fatos através de maquinas e equipamentos. 7. Atributos As principais características 34 do poder de polícia são discricionariedade, coercibilidade e autoexecutoriedade. - Discricionariedade Significa que no exercício do poder de polícia, o agente público, dentro dos limites impostos pela lei, têm liberdade para agir pautado em critérios de conveniência e oportunidade. É importante advertir que nem todo ato de polícia é discricionário, pois em determinadas situações a lei prevê qual solução deve ser adotada pelo agente público, não lhe sendo atribuída qualquer opção. Nestes casos o ato de polícia será vinculado. Adotando-se como exemplos os alvarás 35 de licença e de autorização, tem-se que a licença é ato de polícia vinculado (licença para construir), ao passo que a autorização é ato de polícia discricionário (autorização para porte de arma). - Coercibilidade É a características do ato de polícia de poder ser imposto pelo agente público independente da concordância do particular destinatário do ato. Equivale à imperatividade dos atos administrativos, sendo certo afirmar que todo ato de polícia é coercitivo (imperativo), ou seja, obrigatório para seu destinatário. Hely Lopes Meirelles 36 destaca que o este atributo justifica o emprego da força física quando houver oposição do infrator, mas não legaliza a violência desnecessária ou desproporcional à resistência, que em tal caso pode caracterizar o excesso de poder e o abuso de autoridade nulificadores do ato praticado e ensejadores das ações civis e criminais para reparação do dano e punição dos culpados. - Auto-executoriedade A Administração Pública executa os seus atos de polícia independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário. Significa que a Administração Pública pode executar seus atos de polícia sem que seja necessário ingressar com uma ação junto ao Poder Judiciário para obter a decisão do magistrado. Através deste atributo a Administração Pública compele materialmente o administrado, valendo-se de meios diretos de coerção (exs: apreensão de mercadorias, interdição de estabelecimentos e dispersão de manifestação de grevistas). Maria Sylvia Di Pietro 37 destaca que o ato de polícia só é auto-executório porque é dotado de coercibilidade. Hely Lopes Meirelles 38 faz importante observação acerca das sanções de polícia: Mas não se confunda a auto-executoriedade das sanções de polícia com punição sumária e sem defesa. A Administração só pode aplicar sanção sumariamente e sem defesa (principalmente as de interdição de atividade, apreensão ou destruição de coisas) nos casos urgentes que ponham em risco a segurança ou a saúde pública, ou quando se tratar de infração instantânea surpreendida na sua flagrância, aquela ou esta comprovada pelo respectivo auto de infração, lavrado regularmente; nos demais casos exige-se o processo administrativo correspondente, com plenitude de defesa ao acusado, para validade da sanção imposta. 33 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p. 72. Conforme já dito no estudo deste atributo nos atos administrativos, alguns autores o desdobram em dois: executoriedade (privilège du préalable) e exigibilidade (privilège d`action d`office). 34 Além destas três citadas, Di Pietro faz referência ao fato de o poder de polícia corresponder a uma atividade negativa, pois o particular sofrerá um limite em sua liberdade de atuação 36 MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª imposto pela Administração. ed. São Paulo: Malheiros, p DI PIETRO, Maria Sylvia.. 20ª ed. São 35 Os alvarás são instrumentos utilizados pela Administração Paulo: Atlas, p Pública para expressar seu consentimento com determinada pretensão do administrado, podendo veicular uma licença ou 38 MEIRELLES, Hely Lopes. Brasileiro. 33ª uma autorização. ed. São Paulo: Malheiros, p Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7

8 A executoriedade consiste na possibilidade de a Administração, após adotar a decisão executória, de executá-la diretamente (apreendendo mercadorias falsificadas, por exemplo); já a exigibilidade está associada à utilização pela Administração Pública de meios indiretos de coerção (ex. multas o Poder Público impõe ao particular determinada obrigação sob pena de, em caso de descumprimento, pagamento de multa). 8. Prescrição As ações punitivas decorrentes do exercício do poder de polícia prescrevem em 5 (cinco) anos conforme dispõe o art. 1º da Lei 9.873/99: Art. 1º. Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. O 1º do citado art. 1º prevê hipótese de aplicação da prescrição intercorrente (aquela que corre mesmo após o início do processo): Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso. Já o 2º determina que quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. O art. 2º traz as hipóteses em que a contagem do prazo prescricional será interrompida: - pela citação do indiciado ou acusado, inclusive por edital; - por qualquer ato inequívoco que importe apuração do fato; - pela decisão condenatória recorrível. O art. 3º elenca as hipóteses de suspensão da prescrição: 9. Exercícios poderes administrativos 1) O poder vinculado ou regrado da Administração Pública, na sua maior incidência, conquanto não seja incompatível contrapõe-se ao exercício do a) discricionário b) disciplinar c) hierárquico d) regulamentar e) de polícia 2) O mesmo ato, que demite um servidor público, pode ser expedido pela autoridade administrativa competente, com manifestação simultânea, predominantemente, dos seus poderes a) discricionário, regulamentar e disciplinar b) vinculado, discricionário e de polícia c) discricionário, regulamentar e de polícia d) vinculado, hierárquico e disciplinar e) hierárquico, regulamentar e disciplinar 3) A atividade negativa que sempre impõe uma abstenção ao administrado, constituindo-se em obrigação de não fazer, caracteriza o poder a) discricionário. b) disciplinar. c) normativo. d) de polícia. e) hierárquico. 4) A respeito dos poderes da Administração, julgue os seguintes itens. 1) O poder vinculado ou regrado é aquele presente nos atos administrativos em que a ação do administrador terá que se ater aos estritos termos da lei, em todos os elementos do ato administrativo. 2) O poder discricionário confere ao administrador certa liberdade para a prática de atos administrativos, no que se refere à escolha de sua oportunidade e conveniência. 3) Como corolário do poder disciplinar, o superior hierárquico pode dar ordens e fiscalizar, delegar e avocar atribuições e rever os atos dos servidores inferiores. 4) O poder hierárquico impõe ao servidor subordinado o cumprimento fiel das determinações superiores, ainda quando manifestamente ilegais. 5) Poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. É correlato com o poder hierárquico, mas com este não se confunde. - durante a vigência dos compromissos de cessação ou de desempenho assumidos perante o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), previstos na Lei 8.884/94; - durante a vigência do termo de compromisso firmado com a Comissão de Valores Imobiliários (CVM), previsto na Lei 6.385/76. Por fim, o art. 5º determina que as disposições desta Lei 9.873/99 não se aplicam às infrações de natureza funcional e aos processos e procedimentos de natureza tributária. 8 Atualizada 25/11/2009 5) Ainda a respeito dos poderes administrativos, julgue os seguintes itens. 1) A punição criminal, realizado por meio da Justiça Penal, é manifestação típica do poder disciplinar. 2) O poder disciplinar abrange não só as infrações relacionadas com o serviço, como também aquelas definidas em lei como crimes e contravenções penais, de competência do Poder Judiciário. 3) Poder regulamentar é aquele de que dispõe o Poder Executivo de explicar a lei para sua correta execução. Não há unanimidade entre os autores a respeitos da titularidade desse poder: parte da doutrina o considera privativo dos Chefes do Executivo, que o exterioriza por meio da expedição de decretos e regulamentos; outros têm considerado atos emanados de outras autoridades administrativas como resultantes do poder regulamentar, como as instruções normativas e portarias ministeriais, Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

9 desde que veiculem normas gerais e abstratas. 4) O poder de polícia autoriza que a administração, em prol do interesse público ou do Estado, restrinja o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais. 5) A doutrina é pacífica no sentido de se permitir a delegação do poder de polícia a entidades privadas. 6) Respeito do poder de polícia, julgue os seguintes itens. 1) São atributos do poder de polícia a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade. 2) A doutrina admite a figura do poder de polícia delegado, quando o Estado delega tal poder a outras pessoas administrativas a ele vinculadas. 3) A polícia administrativa confunde-se com a polícia judiciária, voltada para a preparação da função jurisdicional penal. 4) Se o administrador, no exercício do poder de polícia, ultrapassa o permitido em lei, incidirá em abuso de poder, corrigível pelo particular na via judicial. 5) O atributo da auto-executoriedade do poder de polícia obsta que o particular que teve violados seus direitos pela Administração busque a reparação na via judicial. 7) Julgue os seguintes itens. 1) O princípio da proporcionalidade consubstancia uma das limitações ao poder de polícia da Administração. 2) Segundo o atributo da auto-executoriedade, a Administração pode impor, coercitivamente, as medidas próprias do poder de polícia. 3) A auto-executoriedade autoriza a execução direta, pela própria Administração, das multas por ela impostas no uso do poder de polícia. 4) São exemplos de atuação no âmbito do poder de polícia, entre outros, a interdição de atividades, a demolição de construção irregular que coloque em risco a população, o embargo administrativo de obra, a destruição de gêneros alimentícios que coloquem em risco a população e a vedação de localização de comércio em determinadas zonas. 5) A desproporcionalidade do ato de polícia administrativo equivale a abuso de poder, que o torna ilegítimo. 8) Julgue os seguintes itens, relativos aos poderes do administrador público. I. Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. II. Poder disciplinar é o de que dispõe o gestor público para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. III. Poder regulamentar é a faculdade de explicar a lei para sua correta execução. IV. Poder hierárquico é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. V. Poder Vinculado é aquele que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. Estão certos apenas os itens a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, III e V d) II, IV e V e) III, IV e V 9) A Vigilância Sanitária realizou inspeção em determinado restaurante e constatou irregularidades que acarretaram a imediata interdição do estabelecimento. Essa interdição corresponde a a) Exercício do poder de polícia. b) Exercício do poder regulamentar. c) Prática de ato ilegal, haja vista o poder público somente poder atuar após autorização judicial. d) Exercício do poder disciplinar. e) Exercício do poder hierárquico. 10) Acerca dos poderes da Administração Pública, julgue os itens que se seguem. 1) Quando a Administração dispõe acerca da forma pela qual o ato será praticado diz-se que essa atuação é discricionária. 2) O poder disciplinar é aquele de que dispõe a Administração para condicionar e limitar direitos e garantias individuais e o uso de bens. 3) O ato discricionário da Administração Pública não poderá ser objeto de controle pelo Poder Judiciário. 4) Não se verifica poder hierárquico na relação existente entre a Administração Direta centralizada e a Administração descentralizada. 5) Consideram-se atuações vinculadas tanto a concessão de aposentadoria compulsória quanto a concessão de aposentadoria voluntária. 11) (ESAF89) Poder vinculado é aquele que o direito: a) atribui ao Poder Público para aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração b) confere ao Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores de seu quadro de pessoal c) confere à Administração Pública de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos, com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo d) positivo confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formação e) incumbe às autoridades administrativas para explicitar a lei na sua correta execução ou expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência, ainda não disciplinada por lei 12) (ESAF/91) Quando determinada lei autoriza a Administração Pública a praticar atos, estabelecendo as condições de sua formalização, confere poder a) de polícia b) vinculado c) discricionário d) disciplinar e) regulamentar 13) (CESPE/1996) No exercício do poder regulamentar, 1) o administrador poderá expedir decreto regulamentado por inteiro a matéria não constante da lei regulamentada. 2) o direito brasileiro admite a livre utilização do Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9

10 chamado decreto autônomo. 3) cabe ao decreto, especificando os comandos da lei regulamentada, criar novos direitos e obrigações, desde que respeite o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 4) descabe o controle judicial do decreto expedido em matéria deixada à discricionariedade do administrador. 5) o decreto, observando o princípio da supremacia do interesse público, pode prever a perda da propriedade privada por infrações cometidas por particular. 14) (CESPE/BACEN/1997) Julgue os itens seguintes, acerca dos poderes da administração. 1) O poder disciplinar abrange as sanções impostas a particulares, tais como: multa, interdição de atividade, fechamento de estabelecimento e destruição de objetos. 2) São atributos do poder de polícia: a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade. 3) Para a validade da pena, a motivação da punição disciplinar é sempre imprescindível. 4) Prevalece na doutrina nacional o entendimento de que, após o texto constitucional vigente, não há mais que se falar na possibilidade de expedição de decretos autônomos, pois o poder regulamentar supõe a existência de uma lei a ser regulamentada. 5) Do exercício do poder hierárquico decorrem as faculdades de fiscalizar, rever, delegar, dar ordens e avocar. São características da fiscalização hierárquica: a permanência e a automaticidade. 4) Mesmo em decorrência e no exercício do poder hierárquico, o superior não pode delegar quaisquer atribuições a seus subordinados. 5) Por terem os mesmos fundamentos e as mesmas finalidades, não são cumuláveis as sanções decorrentes do poder punitivo (de natureza penal, regido pelas leis criminais) e do poder disciplinar do Estado. 18) (Cespe/Papiloscopista PF/1997) Ainda em relação aos poderes administrativos, julgue os itens a seguir. 1) Uma vez constatado o cometimento de infração administrativa punível, o superior não pode, em princípio, deixar de aplicar a sanção correspondente, salvo se houver motivo juridicamente relevante para tanto. 2) No Brasil, não são irrestritamente aceitos os chamados decretos autônomos. 3) Se o Presidente da República exorbitar no exercício do poder regulamentar, o Congresso Nacional poderá sustar os atos que caracterizarem o excesso de poder. 4) Poder de polícia não é o que exerce, por exemplo, o DPF, na investigação de infrações penais de competência da Justiça Federal. 5) Um dos atributos essenciais de certos atos administrativos e, em particular, dos praticados no exercício do poder de polícia é a executoriedade (ou autoexecutoridade), que significa poder a administração pública executar seus atos diretamente, sem a necessidade de obter autorização judicial - ainda que o ato possa vir a acarretar, por exemplo, a destruição de patrimônio particular. 15) (Cespe/Delegado PF/1997) Considere a seguinte situação: uma lei permite aos estados da federação a emissão de títulos da dívida pública, cujo produto da venda deverá ser, em razão do mesmo instrumento normativo, aplicado exclusivamente nos serviços de saúde e educação. O governador de determinado estado determinou emitir tais títulos, mas, devido às dificuldades por que passavam as finanças públicas estaduais, determinou a utilização dos recursos oriundos da negociação dos títulos no pagamento de dívidas para com fornecedores do estado e de vencimentos dos servidores públicos. Na situação descrita, como foi atendido o interesse público, a utilização dos recursos foi juridicamente válida. 16) (Cespe/Delegado PF/1997) Considere a seguinte situação: Ricardo é fiscal sanitário e, em operação de rotina, constatou que determinado estabelecimento, comercial vendia alimentos impróprios para consumo. Segundo a normatização aplicável, competiria ao fiscal apenas apreender o produto e aplicar multa ao responsável. Ricardo, no entanto, achando que sua ação seria mais eficaz, também interditou o estabelecimento. Na situação descrita, a interdição é juridicamente inválida. 17) (Cespe/Papiloscopista PF/1997) Acerca dos poderes da administração pública julgue os itens que se seguem. 1) Não existe ato, mesmo praticado no exercício do poder discricionário, que seja, totalmente deixado à discricionariedade do administrador. 2) Nos atos praticados em razão do poder vinculado, a atuação subjetiva do administrador fica restrita ao ato de julgar se a situação de fato está ou não amoldada aos contornos legais. 3) Poder hierárquico e poder disciplinar são sinônimos. 10 Atualizada 25/11/ ) (ESAF/PFN/1998) Não é atribuição da Administração Pública decorrente do poder hierárquico: a) editar atos regulamentares b) aplicar sanções disciplinares c) avocar e/ou delegar atribuições d) controlar as atividades dos órgãos subordinados e) anular atos ilegais praticados por órgãos inferiores 20) (Cespe/Procurador INSS/1998) Julgue os itens seguintes, acerca do poder de polícia administrativa. 1) Em decorrência do poder de polícia de que é investida, a administração pública pode condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, independentemente de prévia autorização judicial. 2) O acatamento do ato de polícia administrativa é obrigatório ao seu destinatário. Para fazer valer o seu ato, a administração pode até mesmo empregar força pública em face da resistência do administrado sem que, para isso, dependa de qualquer autorização judicial. 3) As sanções decorrentes do exercício do poder de polícia administrativa - por exemplo, a interdição de atividade, o fechamento de estabelecimento, a demolição de construção, a destruição de objetos e a proibição de fabricação de determinados produtos - só podem ser aplicadas após regular processo judicial, haja vista a dimensão da restrição de direitos individuais implementada. 4) A proporcionalidade entre a restrição imposta pela administração e o benefício social que se tem em vista, bem como a correspondência entre a infração cometida e a sanção aplicada, podem ser questionadas em juízo, mas deverão ser esgotadas previamente as vias recursais administrativas, sob pena de o Poder Judiciário proclamar a falta de interesse de agir do administrado. 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11 5) Considerando a natureza e os efeitos da atuação da polícia administrativa, os atos administrativos praticados nessa esfera são estritamente vinculados. 21) (ESAF/AGU/98) A atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direitos, interesses ou liberdades individuais, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público, nos limites da lei e com observância do devido processo legal, constitui mais propriamente o exercício do poder (a) de domínio (b) de polícia (c) disciplinar (d) hierárquico (e) regulamentar 22) (Cespe/Papiloscopista PF/2000) No exercício do poder hierárquico, o superior, em certas circunstâncias, pode tanto avocar a prática de determinado ato, quanto, ele próprio, aplicar sanções punitivas a seus subordinados. 23) (Cespe/ Titular de Serviços Notariais e de Registro do TJDFT/2000) Acerca do poder de polícia, é juridicamente correto afirmar que a competência para seu exercício é, em princípio, da entidade política competente para legislar acerca da matéria, que sua teoria geral é a mesma dos atos administrativos e que, no exercício desse poder, a administração pública pode impor restrições a direitos e liberdades constitucionalmente assegurados. 24) (Cesp/Delegado PF/2002) O poder disciplinar impõe ao superior hierárquico o dever de punir o subordinado faltoso. 25) (Cespe/Delegado PF/2002) O Congresso Nacional tem competência para controlar o poder regulamentar do presidente da República. 26) (ESAF/PROCURADOR DO BACEN/2002) Conforme a doutrina, o poder de polícia administrativa não incide sobre: a) direitos b) atividades c) bens d) pessoas e) liberdades 27) (ESAF/ TRF/ 2002) Os poderes vinculados e discricionários se opõem entre si, quanto à liberdade da autoridade na prática de determinado ato, os hierárquico e disciplinar se equivalem, com relação ao público interno da Administração a que se destinam, enquanto os de polícia e regulamentar podem se opor e/ou equiparar, em cada caso, quer no tocante a seus destinatários (público interno e/ou externo) como no atinente à liberdade na sua formulação (em tese tais atos tanto podem conter aspectos vinculados e discricionários, como podem se dirigir a público interno e/ou externo da Administração). a) Correta a assertiva. b) Incorreta a assertiva, porque o poder de polícia é sempre e necessariamente vinculado, só se dirigindo a público externo. c) Incorreta a assertiva, porque o poder regulamentar é sempre e necessariamente discricionário, só se dirigindo a público interno. d) Incorreta a assertiva, porque o poder de polícia é sempre e necessariamente discricionário, só se dirigindo a público interno. e) Incorreta a assertiva, porque o poder regulamentar é sempre e necessariamente vinculado, só se dirigindo a público externo. 28) (ESAF/ AFRF/ 2003) Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional. Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considerase regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado nos limites da lei aplicável, com observância e, tratando-se de atividade que a lei tenha como sem abuso ou desvio de poder. a) pelo Poder Público/ das disposições regulamentares aplicáveis/contrária aos bons costumes b) por órgão de segurança pública/ das normas administrativas aplicáveis/perigosa c) pelo órgão competente/ de procedimentos administrativos/ vinculada d) somente por órgão de segurança pública/ do devido processo legal/atentatória a direitos fundamentais e) pelo órgão competente/ do processo legal/ discricionária 29) (ESAF/ AFRF/ 2003) Tratando-se do poder de polícia, sabe-se que podem ocorrer excessos na sua execução material, por meio de intensidade da medida maior que a necessária para a compulsão do obrigado ou pela extensão da medida ser maior que a necessária para a obtenção dos resultados licitamente desejados. Para limitar tais excessos, impõe-se observar, especialmente, o seguinte princípio: a) Legalidade b) Finalidade c) Proporcionalidade d) Moralidade e) Contraditório 30) (ESAF/CONTADOR RECIFE/2003) Assinale, entre os tipos de poder de polícia abaixo, aquele de natureza exclusivamente municipal: a) ambiental b) de vigilância sanitária c) de trânsito d) de posturas e) trabalhista 31) (ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) O exercício do poder de polícia não é, na sua essência, condizente nem compatível com a prática de ato administrativo que seja do tipo a) enunciativo b) negocial c) normativo d) ordinatório e) punitivo 32) (JUIZ/TRT 17/2003) Analise as proposições abaixo concernentes ao poder de polícia: I - o poder de polícia é atividade administrativa, podendo ser vinculada ou discricionária; Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 11

12 II - o poder de polícia é a faculdade que se reconhece à Administração de condicionar e restringir o uso, o gozo e a disposição da propriedade e o exercício da liberdade dos administrados no interesse público ou social; III - o poder de polícia exige que o Poder Público utilize sempre, previamente, a via judicial cominatória para executar decisões de policiamento administrativo; IV - a manifestação da atribuição de polícia se dá por atos normativos e concretos. V - a atribuição de polícia administrativa também compreende os atos de fiscalização. Marque a opção correta: a) só uma proposição é certa; b) só duas proposições são certas; c) só três proposições são certas; d) só quatro proposições são certas; e) todas proposições são certas. 33) (JUIZ/TRT 9/2003) Considere as seguintes proposições: I - À atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade, ajustando-as aos interesses coletivos denomina-se poder regulamentar. II - No exercício do poder disciplinar a Administração Pública pode impor sanções a particulares não sujeitos à disciplina interna administrativa. III - As autorizações, atos típicos da polícia administrava, são expedidas pela Administração Pública no uso competência exercitável discricionariamente, enquanto as licenças são atos vinculados. IV - Sendo atributo do poder de policia a autoexecutoriedade, pode a Administração Pública, em todas as medidas por ela adotadas, pôr em execução as suas decisões, com os próprios meios, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário e sem se submeter ao controle deste. Assinale a alternativa correta: (a) Todas as proposições estão erradas. (b) Apenas uma proposição está correta. (c) Apenas duas proposições estão corretas. (d) Apenas três proposições estão corretas. (e) Todas as proposições estão corretas. 34) (ESAF/AUDITOR/TCE-PR/2003) A recente Emenda Constitucional nº 32, de 2001, à Constituição Federal, autorizou o Presidente da República, mediante Decreto, a dispor sobre: a) criação ou extinção de órgãos públicos. b) extinção de cargos públicos, quando ocupados por servidores não-estáveis. c) funcionamento da administração federal, mesmo quando implicar aumento de despesa. d) fixação de remuneração de quadros de pessoal da Administração Direta. e) extinção de funções públicas, quando vagas. 35) (ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) O princípio da legalidade, conjugado com o poder discricionário, permite afirmar que a autoridade administrativa municipal a) só pode fazer o que a lei determina, conforme nela previsto. b) só pode fazer o que a lei determina, no tempo nela previsto. c) pode fazer o que a lei permite, quando for conveniente e oportuno. d) deve fazer o que a lei autoriza, do modo nela estipulado. 12 Atualizada 25/11/2009 e) só deve fazer o que a lei autoriza no tempo nela estipulado. 36) (ESAF/Fiscal Trabalho/2003) Tratando-se dos poderes administrativos, correlacione as duas colunas, vinculando a cada situação o respectivo poder: 1. poder hierárquico 2. poder disciplinar 3. poder discricionário 4. poder de polícia ( ) penalidade em processo administrativo ( ) nomeação para cargo de provimento em comissão ( ) delegação de competências ( ) limitação do exercício de direitos a) 2/3/1/4 b) 4/2/1/3 c) 4/3/2/1 d) 2/1/3/4 e) 4/2/3/1 37) (ESAF/Analista MPU/2004) Os poderes vinculado e discricionário, simultaneamente, podem ser exercidos pela autoridade administrativa, na prática de um determinado ato, ressalvado que esse último se restringe à conveniência e oportunidade, bem como quanto a) ao conteúdo. b) à forma. c) à finalidade. d) à competência. e) ao modo. 38) (ESAF/CGU/2004) Uma determinada autoridade administrativa, de certo setor de fiscalização do Estado, ao verificar que o seu subordinado havia sido tolerante com o administrado incurso em infração regulamentar, da sua área de atuação funcional, resolveu avocar o caso e agravar a penalidade aplicada, no uso da sua competência legal, tem este seu procedimento enquadrado no regular exercício dos seus poderes a) disciplinar e vinculado b) discricionário e regulamentar c) hierárquico e de polícia d) regulamentar e discricionário e) vinculado e discricionário 39) (ESAF/CGU/2004) O mérito administrativo, na atuação do administrador público, cujo controle jurisdicional sofre restrições, condiz em particular com o exercício regular do seu poder a) disciplinar b) hierárquico c) de polícia d) discricionário e) vinculado 40) (ESAF/Analista MPU/2004) Quanto aos poderes administrativos, assinale a afirmativa falsa (alterada). a) A esfera discricionária nos regulamentos de organização é maior do que aquela nos regulamentos normativos. b) O poder disciplinar pode alcançar particulares, desde que vinculados ao Poder Público mediante contratos. c) No âmbito do poder hierárquico, insere-se a faculdade de revogarem-se atos de órgãos inferiores, Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

13 considerados inconvenientes, de ofício ou por provocação. d) A regra quanto à avocação de competências determina a sua possibilidade, desde que a competência a ser avocada não seja exclusiva do órgão subordinado. e) O poder de polícia administrativa pode se dar em diversas gradações, finalizando, em todas as situações, com a auto-executoriedade, pela qual o administrado é materialmente compelido a cumprir a determinação administrativa. 41) (ESAF/Analista MPU/2004) Com referência à discricionariedade, assinale a afirmativa verdadeira. a) A discricionariedade manifesta-se, exclusivamente, quando a lei expressamente confere à administração competência para decidir em face de uma situação concreta. b) O poder discricionário pode ocorrer em qualquer elemento do ato administrativo. c) É possível o controle judicial da discricionariedade administrativa, respeitados os limites que são assegurados pela lei à atuação da administração. d) O princípio da razoabilidade é o único meio para se verificar a extensão da discricionariedade no caso concreto. e) Pela moderna doutrina de direito administrativo, afirmase que, no âmbito dos denominados conceitos jurídicos indeterminados, sempre ocorre a discricionariedade administrativa. 42) (Cespe/ Auditor INSS/2003) Em razão do princípio da legalidade, a Constituição da República não admite que o Presidente da República disponha, mediante decreto, acerca da extinção de funções ou cargos públicos. GABARITO: 01) A, 02) D, 03) D, 04) VVFFV, 05) FFVVF, 06) VVFVF, 07) VVFVV, 08) C, 09) A, 10) FFFVV, 11) D, 12) B, 13) FFFFF, 14) FVVVV, 15) F, 16) V, 17) VVFVF, 18) VVVVV, 19) A, 20) VVFFF, 21) B, 22) V, 23) V, 24) V, 25) V, 26) D, 27) A, 28) E, 29) C, 30) D, 31) A, 32) D (I, II, IV, V), 33) B (III), 34) E, 35) C, 36) A, 37) A, 38) C, 39) D, 40) E, 41) C, 42) F. Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 13

14 10. Simulado poderes administrativos Acompanhe a evolução do seu aproveitamento: Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto Julgue os itens abaixo: 01) O poder vinculado ou regrado da Administração Pública, na sua maior incidência, conquanto não seja incompatível contrapõe-se ao exercício do discricionário. 02) Os poderes vinculado e discricionário, simultaneamente, podem ser exercidos pela autoridade administrativa, na prática de um determinado ato, ressalvado que esse último se restringe à conveniência e oportunidade, bem como quanto à forma. 03) O mérito administrativo, na atuação do administrador público, cujo controle jurisdicional sofre restrições, condiz em particular com o exercício regular do seu poder discricionário. 04) O poder disciplinar pode alcançar particulares, desde que vinculados ao Poder Público mediante contratos. 05) No âmbito do poder hierárquico, insere-se a faculdade de revogarem-se atos de órgãos inferiores, considerados inconvenientes, de ofício ou por provocação. 06) Não existe ato, mesmo praticado no exercício do poder discricionário, que seja, totalmente deixado à discricionariedade do administrador. 07) Poder hierárquico e poder disciplinar são sinônimos. 08) Por terem os mesmos fundamentos e as mesmas finalidades, não são cumuláveis as sanções decorrentes do poder punitivo (de natureza penal, regido pelas leis criminais) e do poder disciplinar do Estado. 09) Em decorrência do poder de polícia de que é investida, a administração pública pode condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, independentemente de prévia autorização judicial. 10) O acatamento do ato de polícia administrativa é obrigatório ao seu destinatário. Para fazer valer o seu ato, a administração pode até mesmo empregar força pública em face da resistência do administrado sem que, para isso, dependa de qualquer autorização judicial. daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. 13) O poder disciplinar impõe ao superior hierárquico o dever de punir o subordinado faltoso. 14) A atividade negativa que sempre impõe uma abstenção ao administrado, constituindo-se em obrigação de não fazer, caracteriza o poder de polícia. 15) O poder disciplinar abrange as sanções impostas a particulares, tais como: multa, interdição de atividade, fechamento de estabelecimento e destruição de objetos. 16) São atributos do poder de polícia: a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade. 17) O poder vinculado ou regrado é aquele presente nos atos administrativos em que a ação do administrador terá que se ater aos estritos termos da lei, em todos os elementos do ato administrativo. 18) O poder discricionário confere ao administrador certa liberdade para a prática de atos administrativos, no que se refere à escolha de sua oportunidade e conveniência. 19) Como corolário do poder disciplinar, o superior hierárquico pode dar ordens e fiscalizar, delegar e avocar atribuições e rever os atos dos servidores inferiores. 20) O poder hierárquico impõe ao servidor subordinado o cumprimento fiel das determinações superiores, ainda quando manifestamente ilegais. 21) A punição criminal, realizado por meio da Justiça Penal, é manifestação típica do poder disciplinar. GABARITO: 01) C, 02) E, 03) C, 04) C, 05) C, 06) C, 07) E, 08) E, 09) C, 10) C, 11) E, 12) E, 13) C, 14) C, 15) E, 16) C, 17) C, 18) C, 19) E, 20) E, 21) E. 11) Considerando a natureza e os efeitos da atuação da polícia administrativa, os atos administrativos praticados nessa esfera são estritamente vinculados. 12) Em consonância com as construções doutrinárias acerca do uso e do abuso de poder administrativo, a lei considera que o gestor age com excesso de poder quando pratica o ato administrativo visando a fim diverso 14 Atualizada 25/11/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

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